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OYÁ LOGUN-ERÊ

É proveniente da nação Efon. O nome Logun-erê significa


"Guerreira de Erê". Erê foi uma das cidades afetadas pela
guerra de Ogun, esta cidade recebeu o auxílio desta Oyá
para se reconstruir e então Ela foi eleita Ayabá matrona da
cidade. Conhecida também como Oyá N'ifá Orô - A Senhora
dos segredos da caça!

Gosta de crianças, conhecedora de folhas e ervas


medicinais, se apresenta nas matas densas proximas aos
rios, grande ligacao com Omolu, Logunedé, Odé, Oxum e
Ibeji. De aspecto muito jovem, é destemida, tem
temperamento alegre, porém é muito rústica, ansiosa,
agitada, e se contrariada ou desafiada se torna bruta,
vingativa e guerreira. Foi esta Oyá quem criou Logunedé.
Veste rosa, azul claro, coral, verde folha. Traz espada de
cobre, eruexim de pêlo claro e longo, usa palha da costa,
mariwô e peles e couro de animais na sua vestimenta. Traz
ofá de cobre em seu fio de contas. Seu adê pode levar palha
da costa para esconder o rosto.

Esta Ayabá só pega juntó de pessoas de Logunedé, e de


pessoas de Ibeji, do contrário não pega Juntó, ou é cabeça
ou não é nada.

Dizem que quando um dos Ibeji morreu, foi ela quem


esculpiu o boneco que representava o outro gêmeo morto,
feito da arvore de Iroko.

Ibeji come e fica assentado nos pés desta Oyá.

É geralmente assentada no barro.

É uma Oyá extritamente caçadora, muito jovem, solitária,


mora numa cabana no meio da mata, exímia conhecedora
de folhas e ervas, domina a arte da caça, da guerra e
também da cura.
Quando Ogun iniciou uma guerra gigantesca e cruel que ia
desde os Reinos Jeje até as montanhas de Ekiti, esta Oyá
encontra Omolu e os dois se tornam grandes amigos e se
propuseram a curar os feridos e socorrer os abandonados e
afetados pela guerra. De aldeia em aldeia eles iam acudindo
os que haviam sofrido os males da guerra. Eles
atravessaram muitas aldeias e então na floresta de Ypondá,
eles acharam um menino ricamente vestido, com coroa e
coberto de joías e adereços, e brincando sozinho, ele atirava
pedras em uma colmeia. Logo as abelhas africanas foram
atacar a criança, mas Omolu girou e levantando suas palhas,
ele afastou e impediu que as abelhas se aproximassem do
pequeno menino. Oyá o pegou no colo e ao longe ouviu a
voz de uma mulher a gritar "Omó Mí! Omó Mí!" (Meu filho!
Meu filho!).

Era a Rainha de Ypondá, Oxum, que procurava seu filho


Logunedé.

Oyá foi até ela e entregou o menino e então disse:

"Yponda, sou Oyá Logun-Erê, não deixe seu filho fugir


novamente, a guerra está cada vez mais violenta e podem
fazer mal a ele."

Oxum então deu um abebé para Oyá como forma de


agradecimento.

Oxum respondeu:

"Tu és Oyá a caçadora não é? Meu oraculo sempre me diz


que a natureza de meu filho o fará se afastar de mim e eu
gostaria que o ensinasse a lutar e se defender. A Terra está
cheia de crueldade e ficarei mais tranquila se meu filho
puder se defender por si só. Faça isso por ele eu lhe peço."

O coração de Oyá não a deixou negar este pedido. Por


muitos anos Omolu e Oyá viveram em Ypondá e ensinaram
a Logunedé a arte da caça, das ervas, da cura, da magia e
da luta.

Dizem que durante a guerra entre Oxum e Obá, Oyá Logun-


erê teria escondido e protegido Logunedé e de presente
recebeu um Ofá miraculoso de Odé.

Seus filhos:

São pessoas fortes e trabalhadoras, o extinto materno é


muito forte. Em suas vidas eles aprendem sempre a lidar
com folhas e ervas medicinais e cuidar de doentes. São
sérios, introvertidos, e sempre procuram a razão para tudo,
pois o amor sempre lhe causam feridas profundas. São
pessoas que amadurecem muito rápido. São comprometidas
com orixá e não tem medo de função. Tem poucos amigos,
pois não conseguem demonstrar seus sentimentos com
facilidade. São ótimos educadores.

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