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Direito Administrativo
Romoaldo Goulart
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DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL - 2015
Direito Administrativo
Romoaldo Goulart
Assim, na responsabilidade subjetiva o Estado Estado ou, até mesmo, atenuam essa
passa a responder por suas condutas, todavia, responsabilidade.
o interessado terá que provar se o Estado agiu São situações que afastam a responsabilidade
com dolo ou culpa para o resultado de uma do Estado, na teoria do risco administrativo:
ação danosa. Deve, então, haver a conduta do Culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força
estado, o resultado danoso com a prática do maior.
ato e a prova de que o Estado agiu com culpa A situação que atenua a responsabilidade do
ou dolo para a ocorrência daquele resultado. Estado, na teoria do risco administrativo é a
Tal teoria, a da responsabilidade subjetiva, chamada Culpa concorrente. Tal ocorre,
hoje é utilizada apenas como exceção, ou seja, quando tanto o Estado, quanto a parte
no caso da falta do serviço. Imaginemos que prejudicada deram causa a ocorrência do
um carro venha a cair em um buraco na dano. Em casos como esse, soma-se o
estrada, em decorrência da falta da prejuízo de divide-se as despesas.
manutenção que deveria ter sido feito, mas A responsabilidade civil do Estado, nos termos
não foi. No caso apresentado, que tiver o de hoje, encontra-se seu fundamento legal na
prejuízo pela falta do serviço terá que própria Constituição Federa de 1988, que em
demonstrar que o Estado agiu com culpa a fim seu art. 37, §6°, assim diz:
de que possa ter reparado o prejuízo.
O que se mostrou, na prática, foi a dificuldade Art. 37. A administração pública direta e
para que as pessoas do povo pudessem indireta de qualquer dos Poderes da União,
provar que o Estado agiu com culpa ou dolo, dos Estados, do Distrito Federal e dos
até mesmo porque, o Estado, a administração Municípios obedecerá aos princípios de
pública, por diversas vezes, não dar o acesso legalidade, impessoalidade, moralidade,
devido aos cidadãos a fim de que os mesmos publicidade e eficiência e, também, ao
tomem posse de documentos, informações a seguinte: (Redação dada pela Emenda
fim de fazerem valer seus direitos, a fim de Constitucional nº 19, de 1998)
demonstrar condutas indevidas praticadas
pelo governo. § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e
Em decorrências dessas situações, surge as as de direito privado prestadoras de serviços
teorias administrativistas. Nesta, a públicos responderão pelos danos que seus
reponsabilidade a ser tratada é a chamada agentes, nessa qualidade, causarem a
responsabilidade objetiva. terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou
Na responsabilidade objetiva não tem a culpa.
importância o elemento volitivo do tipo, ou seja,
a ideia de dolo ou culpa não é discutida nessas Decorre do §6° acima que a responsabilidade
situações. Em tal teoria, basta comprova a objetiva não é só do Estado, mas da pessoa
ação do Estado, o dano e o vinculo entre a jurídica de direito público e das de direito
ação estatal e o resultado danoso, é o que privado que estejam na prestação de serviços
chamamos em prova de nexo causal ou nexo públicos. Dessa forma, alcança, inclusive,
de causalidade. particulares que estejam prestando serviços
Todavia, na teoria administrativista, temos que públicos, como é o caso das concessionárias
falar na teoria do risco integral e na teoria do e permissionárias de serviços públicos, por
risco administrativo. exemplo.
Perla teoria do risco integral, o Estado sempre
responderá pelo dano ocorrido, Responsabilidade Civil pelos atos Legislativos
independentemente de qualquer outro
elemento. Em sendo assim, no risco integral, Em regra, o Estado não responde pelos atos
não há nenhuma situação que afaste a Legislativos (Leis em geral), pois são tidos
responsabilidade do Estado, ele sempre como atos de Soberanias, atos próprios de
responderá. Estado.
Pela teoria do risco administrativo, há Quando se fala em regra, é claro, já temos que
situações que afastam a responsabilidade do pensar nas exceções, pois é o que as bancas
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