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DEE

Departamento de
Engenharia Elétrica

Disciplina: Conversão Eletromecânica da Energia (EL392)

Máquinas Síncronas

Zanoni Dueire Lins


Prof. DEE/CTG/UFPE
Junho/2017 - Revisão 3
MÁQUINA SÍNCRONA (MS)
O nome Síncrono se deve ao fato desta máquina
operar com uma velocidade de rotação
sincronizada com a frequência da tensão elétrica
aplicada aos terminais do MOTOR /
retirada dos terminais do GERADOR
frequência
n [rpm] 120.f
=
P
velocidade
número de polos
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Características Construtivas:
(MS de Campo Girante)

1) Enrolamento de Armadura:
No estator  Corrente alternada
em enrolamento polifásico.

2) Enrolamento de Campo:
No rotor  Corrente contínua
OU
Imã Permanente (MSIP)

Máquina Síncrona de Imã Permanente 3


Exemplos de utilização da Máquina Síncrona:

Compensador Síncrono

Banbury: Máquina misturadora de Borracha

Usina Hidroelétrica - UHE


Gerador Eólico

Turbogerador
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http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Geracao-Transmissao-
e-Distribuicao-de-Energia/Geradores/Turbogeradores

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Máquina Síncrona Elementar – 2 polos, monofásica

qr
Considerando que cada cabeça polar esteja cobrindo 180o

Fmm_total_rotor= N.i
Metade dessa Força Magnetomotriz gera uma indução
magnética (B) que saí do rotor e a outra metade gera
uma indução magnética (B) que entra no rotor.

Fmm_metade= N.i/2
Área da sapata polar entreferro
Corrente contínua de alimentação do enrolamento do rotor

N.i = R..B.A N.i /2 = R..B/2.A N.i /2 = (2g/mo).B/2


Relutância Indução magnética
Permeabilidade magnética 6
Número de espiras do enrolamento do rotor
Qual a quantidade de fluxo está sendo concatenado
pela bobina do estator (enrolamento de armadura)?
Fluxo produzido pelo enrolamento do rotor (rotor sendo girado na velocidade w)
 Consideremos sem o chanframento das sapatas polares (sendo uma onda retangular 

t=0s

Fluxo concatenado
enrolamento do estator
(enrolamento de armadurada)
Em t=0s,
o rotor está
nesta posição
ls = Ns . ftotal
Fluxo produzido enrolamento
Número de espiras do do rotor (enrolamento de campo)
enrolamento do estator
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Fluxo concatenado com a bobina do estator
com rotor girando na velocidade w

t=0s t= (p/2.w) t= (p/w)


ls = Ns . F total Wb-esp ls = 0 Wb-esp ls = - Ns . F total Wb-esp

t= (2.p/w)
t= (3.p/2.w)
ls = 0 Wb-esp ls = Ns . F total Wb-esp
Fluxo concatenado com a bobina do estator
com rotor girando na velocidade w
ls [Wb-esp]
tempo (s) ls [Wb-esp] E [volt]
Ns . F total
0 Ns . F total
p/(2.w) 0
p/w - Ns . F total
p/w (2.p)/w
(3.p/2).w 0
0 p/(2.w) (3.p/2).w tempo (s)
(2.p)/w Ns . F total

- Ns . F total
Lei de Faraday
e = - dl
dt
O formato da onda de tensão do tempo gerada (GERADOR) tem o mesmo formato
da onda espacial de indução magnética produzida pelo enrolamento de campo.
Máquina Síncrona Elementar – 2 polos, monofásica

Considerando que cada cabeça polar esteja cobrindo 180o

É feito o ajuste adequado da permeabilidade magnética das


cabeças polares (sapatas polares) do rotor na máquinas de
pólos salientes de forma a se obter uma distribuição espacial
de indução magnética ao longo do entreferro.

Permeabilidade
Fmm_metade= N.icc/2 magnética ar

Área da sapata polar entreferro


Corrente contínua de alimentação do enrolamento do rotor

N.icc= R..B.A N.icc/2 = R..B/2.A N.icc/2 = (2g/ mr.mo).B/2


Relutância Indução magnética
Permeabilidade magnética reativa 10
Número de espiras do enrolamento do rotor
Demonstração da Fórmula n [rpm] = 120. f
P

Para uma máquina de 2 polos, cada rotação


completa do rotor resulta na geração de uma onda
completa de tensão. Ou seja, fmec = fele onde, fmec é em
ciclo de rotações por segundo e fele é em ciclos de
onda por segundo (Hz). Transformando para ciclo de
rotações por minuto tem-se: n[rpm] = 60. fele

Para uma máquina de P polos, a cada rotação do rotor


é gerada uma onda de tensão com (P/2) ciclos de rotação
mecânica. Ou seja, fele = (P/2).fmec onde, fmec é em ciclo de
rotações por segundo e fele é em ciclos de onda por segundo
(Hz). Transformando para ciclo de rotações por minuto tem-se:
n [rpm] = (120. fele )/P
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Demonstração da Fórmula n [rpm] = 120. f
P
qele = 2. qmec

Generalizando para uma máquina de P polos qele = (P/2). qmec

Uma variação infinitesimal no tempo de qele e


ocasionará em uma variação qmec ou seja:
d(qele) / dt = (P/2) . d(qmec) / dt
wele = (P/2) . wmec
f ele = (P/2) . n[rpm] / 60
2.p. f ele = (P/2) . 2.p. f mec
f ele = (P/120) . n[rpm]  Transformando f mec para ciclo de rotações por
minuto tem-se: n[rpm] = 60. fmec  fmec = n[rpm] / 60
n[rpm] = (120/P) . f
Rotação Frequência em Hertz 12
do rotor Número de polos
Anéis de cobre e escovas de carvão:

MS (Campo Girante) MS (Campo Fixo)


Inserção de corrente contínua para Retirada/Inserção de Potência no
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o enrolamento do rotor enrolamento do rotor
(Polos Lisos)

4 polos

2 pólos 60Hz
2 polos  3600 rpm
4 polos  1800 rpm

Turbogeradores UHEs e Geradores Eólicos (MSIP)


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A FMM produzida pelo rotor da MS de polos lisos
Fator da componente fundamental de
uma série de Fourier para uma onda quadrada
Corrente do rotor CC
Fator de distribuição

Fg1=(4/p).(kr.Nr/P).Ir.cos[(P/2).qr]
fundamental
Número de polos
entreferro

Ângulo mecânico
Número de espiras

Figura 4.21 – página 192


Máquinas Elétricas
6a Edição- A.E. Fitzgerald

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Ligação do enrolamento
2 polos 4 polos da armadura
(4 polos)

16
Tensão Gerada no Gerador Síncrono:

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Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Concentrados

18
Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Concentrados

19
Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Concentrados

20
Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Concentrados

1 : Fundamental

21
Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Distribuídos

22
Força Magnetomotriz (FMM) em Máquinas
Rotativas CA - Enrolamentos Distribuídos

23
Campo Magnético Girante em Máquinas CA
Máquina Trifásica Método Analítico

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Campo Magnético Girante em Máquinas CA
Máquina Trifásica Método Analítico

Fag1=(4/p).(kenr.Nfase/P).ia.cos(qae)
Fbg1=(4/p).(kenr.Nfase/P).ib.cos(qae-120o)
Fcg1=(4/p).(kenr.Nfase/P).ic.cos(qae+120o)

(cos).(cos)=1/2.[(cos ( - ) + cos( + )] 25


Campo Magnético Girante em Máquinas CA
Máquina Trifásica Método Analítico
Fazendo:
Fmmmax=(4/p).(kenr.Nfase/P). Im
Temos:

Fag1=Fmmmax.cos(qae) . cos(we.t)
Fbg1=Fmmmax.cos(qae -120º) .cos(we.t-120º)
Fcg1=Fmmmax.cos(qae+120º) .cos(we.t+120º)
Utilizando esta identidade trigonométrica:
(cos).(cos)=1/2.[(cos ( - ) + cos( + )] 26
Campo Magnético Girante em Máquinas CA
Enrolamento Trifásico Método Analítico

Máquina trifásica – 3f Ângulo elétrico

Ângulo mecânico

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Devido a identidade trigonométrica
Campo Magnético Girante em Máquinas CA
Enrolamento Trifásico

Método Gráfico
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Máquina Síncrona Especial
(Máquina Síncrona de Campo Fixo)
Feito o chanframento adequado das sapatas polares
Para se obter uma distribuição espacial de indução
magnética (e por seguinte, do fluxo magnético) senoidal. Enrolamentos distribuídos

X X

Enrolamento de Campo: Está no ESTATOR e é alimentado por corrente continua


Enrolamento de Armadura: Está no ROTOR. Sendo MOTOR, o enrolamento
polifásico é regularmente distribuído e é alimentado por correntes polifásicas equilibradas.
Sendo GERADOR, o enrolamento polifásico é regularmente distribuído e fornece
correntes polifásicas equilibradas para uma carga elétrica.
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O Motor Síncrono Especial
NÃO TEM PARTIDA PRÓPRIA

ws

wr = 0

O Motor Síncrono Especial NÃO TEM PARTIDA PRÓPRIA. Pois na partida, o campo ge-
rado pelo enrolamento de campo está PARADO (wr= 0 rad_elet/s) enquanto que o campo
gerado pelo enrolamento distribuído (alimentado por correntes polifásicas equilibradas)
do rotor está GIRANDO NA VELOCIDADE SÍNCRONA (wS= 2.p. fS rad_elet/s)
 Para que surja um Conjugado Eletromagnético ESTÁVEL em uma máquina
elétrica (Motor ou Gerador) os campos magnéticos produzidos pelos enrolamentos
do estator e do rotor devem estar estacionários um em relação ao outro. 30
Como realizar a partida do
Motor Síncrono Especial ?
OU TAMBÉM CHAMADO DE MOTOR SÍNCRONO DE CAMPO FIXO

ws
-ws
wr= 0

Onde wS= 2.p. fS rad_elet/s) e fs é a frequência de alimentação das correntes do enrs.do rotor

O Motor Síncrono Especial NÃO TEM PARTIDA PRÓPRIA.


Para que ocorra a PARTIDA do Motor Síncrono Especial deve-se girar o rotor a velocidade
síncrona e em sentido de giro contrário ao sentido de giro do campo gerado pelo
enrolamento de armadura (ou seja, na velocidade - wS) para que o campo gerado pelo
enrolamento do rotor fique estacionário com o campo gerado pelo enrolamento de campo.
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Transparências Elaboradas pelo:
Prof. Zanoni Dueire Lins
 Departamento de Eng. Elétrica - DEE
 Centro de Tecnologia e Geociências – CTG
 Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
 Telefone UFPE : (81) 2126.8255
 e-mail: zanoni.lins@gmail.com
 Telefone Celular: 9.9167.1961 – 9.9892.7320

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