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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL FREDERICO GUILHERME SCHMIDT

CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

HEBER DA SILVA VASQUES

PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

SÃO LEOPOLDO
2014
HEBER DA SILVA VASQUES

PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Trabalho de pesquisa apresentado para a


Disciplina de Tecnologia das Instalações,
pelo Curso Técnico em Eletrotécnica da
Escola Técnica Estadual Frederico
Guilherme Schmidt.

Professor: Gerry Sanchez

São Leopoldo
2014
RESUMO

Este trabalho visa sistematizar as etapas que compõem o projeto de uma


instalação elétrica residencial, conforme a NBR 5410:2004. Para tanto, será tomada,
como exemplo, uma casa térrea com uma área construída igual a 131,72m2,
conforme ilustrado a seguir:

No desenvolvimento do roteiro serão contempladas: Determinação da carga


instalada na iluminação e tomadas (de uso geral e específico), divisão dos circuitos,
escolha da seção dos condutores, distribuição das cargas entre as fases, escolha
dos dispositivos de proteção, desenho da instalação elétrica, entre outros
dimensionamentos.
ABSTRACT

This work aims to systematize the steps that make up the project of a
residential wiring, according to NBR 5410:2004. Achieving this will take, as an
example, a one-story house with a floor area equal to 131.72 m 2, as shown below:

In developing the script will be covered: Determination of the installed load on


the lighting and outlets (general and specific use), division of the circuit, select the
section of the conductors, load distribution between phases, choice of protective
devices, electrical installation design among other sizings.
5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 7
2 PROJETO ................................................................................................. 8
2.1 RESIDÊNCIA............................................................................................. 8
2.2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS .................................................................. 9
3 PONTOS DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS ............................................. 10
3.1 PONTOS DE ILUMINAÇÃO .................................................................... 10
3.2 PONTOS DE TOMADAS ......................................................................... 11
3.2.1 Pontos de tomadas de uso gerais – PTUG´s ............................... 11
3.2.2 Pontos de tomadas de uso específicos – PTUE´s ....................... 12
4 PREVISÃO DE CARGAS ....................................................................... 14
4.1 POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO ................................................................. 14
4.2 POTÊNCIA DE PTUG´s .......................................................................... 15
4.3 POTÊNCIA DE PTUE´s........................................................................... 16
4.4 PREVISÃO GERAL DAS CARGAS......................................................... 17
5 FATOR DE POTÊNCIA ........................................................................... 19
5.1 POTÊNCIA ATIVA ................................................................................... 19
5.2 LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA ATIVA TOTAL .................................. 20
6 DEMANDA .............................................................................................. 21
6.1 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA ........................................................... 21
6.1.1 Demanda das tomadas e iluminação ............................................ 21
6.1.2 Demanda dos aparelhos de aquecimento .................................... 22
6.1.3 Demanda Total................................................................................ 22
6.2 FATOR DE DEMANDA ........................................................................... 23
7 PADRÃO DE ENTRADA ........................................................................ 24
7.1 ESPECIFICAÇÃO DA ENTRADA DE ENERGIA .................................... 24
7.1.1 Dados gerais – Entrada de serviço ............................................... 26
8 DIVISÃO DAS INSTALAÇÕES............................................................... 27
8.1 CORRENTE DOS CIRCUITOS ............................................................... 29
9 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD) ....................................................... 31
9.1 LOCALIZAÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ................................ 31
6

10 ESQUEMA ELÉTRICO ........................................................................... 33


10.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ESQUEMAS ELÉTRICOS ................................ 33
10.1.1 Esquema unifilar prático (Realização) .......................................... 33
11 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES PELO CRITÉRIO DE
CONDUÇÃO DE CORRENTE ................................................................ 36
11.1 LINHAS ELÉTRICAS .............................................................................. 36
11.2 NÚMEROS DE CONDUTORES CARREGADOS ................................... 36
11.3 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE .................................. 36
11.4 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES .................................................. 37
11.5 CORRENTE CORRIGIDA ...................................................................... 39
12 DISJUNTORES ....................................................................................... 40
12.1 AGRUPAMENTO DOS CIRCUITOS ...................................................... 40
12.2 FATORES DE CORREÇÃO DO Nº DE AGRUPAMENTOS ................... 41
12.3 DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES ......................................... 41
13 ELETRODUTO ........................................................................................ 45
13.1 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS ....................................... 45
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 48
ANEXO A ....................................................................................................... 49
ANEXO B ....................................................................................................... 50
ANEXO C ....................................................................................................... 51
ANEXO D ....................................................................................................... 51
ANEXO E........................................................................................................ 52
ANEXO F ........................................................................................................ 53
ANEXO G ....................................................................................................... 54
ANEXO H ....................................................................................................... 56
ANEXO I ......................................................................................................... 57
ANEXO J ........................................................................................................ 58
ANEXO L ........................................................................................................ 59
7

1 INTRODUÇÃO

No dia 20 de maio o Sr. Gerry Sanchez, entregou-me a planta baixa de sua


residência e solicitou a realização do projeto elétrico. Para efetuar o projeto foram
utilizadas algumas normas e regulamentos de referência: NBR 5410:2004
(instalações elétricas de baixa tensão), NBR 5444:1989 (Símbolos gráficos para
instalações elétricas prediais), NBR 5413:1992 (Iluminação de interiores), RIC
(Regulamento das Instalações Consumidoras) e NR 10 (Segurança em instalações e
serviços em eletricidade).
8

2 PROJETO

Com o recebimento da planta baixa da residência iniciou-se os cálculos de


dimensionamento: n° de pontos (Iluminação e tomadas), previsão de cargas, divisão
de circuitos, demanda, secção dos cabos, entrada de medição, entre outros. Com o
levantamento de todas as informações necessárias, foi elaborado o desenho da
instalação elétrica da residência (Unifilar prático).

2.1 RESIDÊNCIA

Localizada na cidade de São Leopoldo/RS, a residência possui um terreno de


aproximadamente 131,72m2 (14,8 x 8,9m) com 08 cômodos:

DEPENDÊNCIA DIMENSÕES (m) PERÍMETRO (m) ÁREA (m2)

Sala 3,25 x 3,05 x 2 12,6 9,9125

Copa 3,10 x 3,05 x 2 12,3 9,455

Cozinha 3,75 x 3,05 x 2 13,6 11,4375

Dormitório 1 3,25 x 3,40 x 2 13,3 11,05

Dormitório 2 3,15 x 3,40 x 2 13,1 10,71

Banheiro 1,80 x 2,30 x 2 8,2 4,14

Área de serviço 1,75 x 3,40 x 2 10,3 5,95

Hall 1,80 x 1,00 x 2 5,6 1,8


Tabela 1 - Cômodos - dimensões
9

2.2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Conforme solicitação do proprietário, deverá ser acrescentado na sala,


dormitório 1 e dormitório 2, um (01) ponto de tomada de uso geral, além do n°
previsto pela norma NBR 5410:2004.
10

3 PONTOS DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS

3.1 PONTOS DE ILUMINAÇÃO

Para determinar a quantidade mínima dos pontos de luz, utilizamos a


descrição do item 9.5.2.1.1 da norma NBR 5410:2004:

Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de


luz fixo no teto, comando por um interruptor.

DEPENDÊNCIA QUANTIDADE

Sala 1

Copa 1

Cozinha 4

Dormitório 1 4

Dormitório 2 4

Banheiro 1

Área de serviço 1

Hall 1

Área externa 1
Tabela 2 - Pontos de iluminação

Observação: No banheiro não foi projetado arandela, porém futuramente se existir a


necessidade de instalar, deverá ser considerado a distância mínima de 60cm ao
limite do box (ANEXO A).
11

3.2 PONTOS DE TOMADAS

É o ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos


a serem alimentados é feita através de tomada de corrente.

3.2.1 Pontos de tomadas de uso gerais – PTUG´s

Não se destinam a ligação dos equipamentos específicos e nelas são sempre


ligados aparelhos móveis ou portáveis.

Para determinar a quantidade mínima dos pontos de tomadas, utilizamos a


descrição do item 9.5.2.2.1 da norma NBR 5410:2004:

O número de pontos de tomada deve ser determinado em função da


destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí utilizados,
observando-se no mínimo os seguintes critérios:

a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo


ao lavatório, atendidas as restrições de 9.1;

b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de


serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto
de tomada para cada 3,5m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da
bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de
corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;

c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada;

d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de


tomada para cada 5m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser
espaçados tão uniformemente quanto possível;

e) Em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser


previstos pelo menos um ponto de tomada, se a área do cômodo ou
dependência for igual ou inferior a 2,25m2. Admite-se que esse ponto seja
posicionado externamente ao cômodo ou ependência, a até 0,80m no máximo
de sua porta de acesso.
12

PTUG´s PTUG´s
DIVISÃO DO PTUG´s
DEPENDÊNCIA DIMENSÕES (m) PERÍM. (m) CONF. SOLICIT.
PERÍMETRO (m) TOTAL
NORMA CLIENTE

Sala 3,25 x 3,05 x 2 12,6 5 + 5 + 2,6 3 1 4

Copa 3,10 x 3,05 x 2 12,3 3,5 + 3,5 + 3,5 + 1,8 4 -- 4

Cozinha 3,75 x 3,05 x 2 13,6 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,1 4 -- 4

Dormitório 1 3,25 x 3,40 x 2 13,3 5 + 5 + 3,3 3 1 4

Dormitório 2 3,15 x 3,40 x 2 13,1 5 + 5 + 3,1 3 1 4

Banheiro 1,80 x 2,30 x 2 8,2 -- 1 -- 1

Área de serviço 1,75 x 3,40 x 2 10,3 3,5 + 3,5 + 3,3 3 -- 3

Hall 1,80 x 1,00 x 2 5,6 -- 1 -- 1

Área externa -- -- -- 1 -- 1

Tabela 3 - Pontos de tomadas de uso gerais (PTUG´s)

Observação: Em diversas aplicações, é recomendável prever uma quantidade de


pontos de tomadas maior que a calculada, evitando assim futuramente a
necessidade do uso de extensões e o desperdício de energia.

3.2.2 Pontos de tomadas de uso específicos – PTUE´s

Destinam-se a ligação de aparelhos que serão posicionados nos cômodos de


modo que, sempre estarão fixos e estacionários no local. No projeto desta residência
foi considerado:
13

DEPENDÊNCIA EQUIPAMENTO PTUE´s PTUE´s TOTAL

Torneira elétrica 1
Cozinha 2
Refrigerador duplex 1

Banheiro Chuveiro 1 1

Área de serviço Máquina de lavar roupa 1 1


Tabela 4 - Pontos de tomadas de uso específicos (PTUE´s)
14

4 PREVISÃO DE CARGAS

É a determinação de todos os pontos de utilização de energia elétrica (ponto


de consumo ou cargas), que farão parte da instalação.

4.1 POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO

Para determinar a potência mínima de iluminação, utilizamos a descrição do


item 9.5.2.1.2 da norma NBR 5410:2004:

Na determinação das cargas de iluminação, como alternativa à aplicação da


ABNT NBR 5413, conforme prescrito na alínea a) de 4.2.1.2.2, pode ser adotado o
seguinte critério:

a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m2, deve ser


prevista uma carga mínima de 100VA;

b) Em cômodo ou dependências com área superior a 6m2, deve ser prevista


uma carga mínima de 100VA para os primeiros 6m2, acrescida de 60VA para
cada aumento de 4m2 inteiros.

NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação


para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à
potência nominal das lâmpadas.

DIVISÃO DAS POTÊNCIA DE POTÊNCIA


DEPENDÊNCIA ÁREA (m2)
ÁREAS (m2) ILUMINAÇÃO (VA) TOTAL (VA)

Sala 9,9125 6 + 3,9125 100 100

Copa 9,455 6 + 3,455 100 100

Cozinha 11,4375 6 + 5,4375 100 + 60 160

Dormitório 1 11,05 6 + 5,05 100 + 60 160

Dormitório 2 10,71 6 + 5,71 100 + 60 160

Banheiro 4,14 4,14 100 100


15

Área de serviço 5,95 5,95 100 100

Hall 1,8 1,8 100 100

Área externa -- -- 100 100

POTÊNCIA TOTAL: 1.080 VA


Tabela 5 - Potência de iluminação

Observação: A norma NBR 5410:2004 não estabelece critérios para a iluminação


de áreas externas em residências, ficando a decisão por conta do projetista e do
cliente.

4.2 POTÊNCIA DE PTUG´S

Para determinar a potência mínima de dos pontos de tomadas de uso geral,


utilizamos a descrição do item 9.5.2.2.2 da norma NBR 5410:2004:

a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,


lavanderias e locais análogos, no mínimo 600VA por ponto de tomada, até
três pontos, e 100VA por ponto para os excedentes, considerando-se cada
um desses ambientes separadamente. Quando o total de tomadas no
conjunto desses ambientes for superior a seis pontos, admite-se que o critério
de atribuição de potências seja de no mínimo 600VA por ponto de tomada,
até dois pontos, e 100VA por ponto para os excedentes, sempre
considerando cada um dos ambientes separadamente;

b) Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por ponto de


tomada.
16

PREVISÃO DE POTÊNCIA
DEPENDÊNCIA PTUG’s
CARGA (VA) TOTAL (VA)

Sala 4 4 x 100 400

3 x 600
Copa 4 1.900
1 x 100

3 x 600
Cozinha 4 1.900
1 x 100

Dormitório 1 4 4 x 100 400

Dormitório 2 4 4 x 100 400

Banheiro 1 1 x 600 600

Área de serviço 3 3 x 600 1.800

Hall 1 1 x 100 100

Área externa 1 1 x 100 100

POTÊNCIA TOTAL: 7.600 VA


Tabela 6 - Potência PTUG´s

4.3 POTÊNCIA DE PTUE´S

Conforme informado nas páginas anteriores, neste projeto foi considerado 04


PTUE´s: Torneira elétrica, refrigerador duplex, chuveiro e máquina de lavar roupa.

Para determinar a potência mínima de cada ponto, utilizamos a descrição do


item 9.5.2.2.2 da norma NBR 5410:2004:

A potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos


equipamentos que ele poderá vir a alimentar.
17

Analisando o “ANEXO C – Potência média dos aparelhos”, do Regulamento


das instalações consumidoras da AES SUL (ANEXO B), encontramos os seguintes
valores:

POTÊNCIA
DEPENDÊNCIA EQUIPAMENTO POTÊNCIA (W)
TOTAL (W)

Torneira elétrica 3.500


Cozinha 3.850
Refrigerador duplex 350

Banheiro Chuveiro 5.000 5.000

Área de serviço Máquina de lavar roupa 1.500 1.500

POTÊNCIA TOTAL: 10.350W


Tabela 7 - Potência PTUE´s

Observação: A ligação dos aquecedores elétricos de água ao ponto de utilização


deve ser direta sem uso de tomadas de corrente, através de utilização de conectores
apropriados.

4.4 PREVISÃO GERAL DAS CARGAS

Abaixo segue a tabela geral das potências calculadas:

ÁREA PERÍM. PONTOS PONTOS DE TOMADAS PREVISÃO DE CARGAS


DEPENDÊNCIA
(m2) (m) ILUMIN. PTUG´s PTUE´s TOTAL ILUMINAÇÃO PTUG´s (VA) PTUE´s (W)

Sala 9,9125 12,6 1 4 0 4 100 400

Copa 9,455 12,3 1 4 0 4 100 1.900

Cozinha 11,4375 13,6 4 4 2 6 160 1.900 3.850


18

Dormitório 1 11,05 13,3 4 4 0 4 160 400

Dormitório 2 10,71 13,1 4 4 0 4 160 400

Banheiro 4,14 8,2 1 1 1 2 100 600 5.000

Área de serviço 5,95 10,3 1 3 1 4 100 1.800 1.500

Hall 1,8 5,6 1 1 0 1 100 100

Área externa -- -- 1 1 0 1 100 100

TOTAL: 1.080 VA 7.600VA 10.350 W

Tabela 8 - Potências calculadas


19

5 FATOR DE POTÊNCIA

Sendo a potência ativa (W) uma parcela da potência aparente (VA), pode se
dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada
em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de
fator de potência.

Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da potência


foi transformada em potência ativa, aplicam-se os seguintes fatores:

DESCRIÇÃO PORCENTAGEM FATOR DE POTÊNCIA

Iluminação 100% 1,0

PTUG´s 80% 0,8


Tabela 9 - Fator de potência

5.1 POTÊNCIA ATIVA

É a soma das potências nominais dos aparelhos/equipamentos elétricos e das


potências das lâmpadas, com os seus fatores de potência aplicado. Sendo expressa
em kW.

Abaixo segue a tabela com os valores das potências ativas:

POTÊNCIA FATOR DE POTÊNCIA


DESCRIÇÃO
APARENTE (VA) POTÊNCIA ATIVA (kW)

Iluminação 1.080 1,0 1,08

PTUG´s 7.600 0,8 6,08

TOTAL: 7,16kW
Tabela 10 - Potência ativa
20

Observação: Os valores das potências PTUE´s não foram introduzidas na tabela


acima, pois a unidade de medida já está expressa em “W” (Watts = Potência ativa).

5.2 LEVANTAMENTO DA POTÊNCIA ATIVA TOTAL

É a soma de todas as potências citadas acima, conforme tabela abaixo:

DESCRIÇÃO POTÊNCIA ATIVA (kW)

Iluminação 1,08

PTUG´s 6,08

PTUE´s 10,35

TOTAL: 17,51kW
Tabela 11 - Potência ativa total
21

6 DEMANDA

É a média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema


elétrico pela parcela de potência instalada em operação na unidade consumidora, ou
seja, é o percentual (%) de quanta da potência prevista serão utilizadas
simultaneamente.

O fator de demanda é utilizado para não superdimensionar os condutores,


pois nem toda a iluminação e o pontos de tomadas são ligados simultaneamente.

6.1 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA

A demanda para entradas de serviços individuais ou para agrupamento, deve


ser calculada a partir da carga declarada determinada, conforme informações
anteriores e através da seguinte expressão:

D(kVA)  (a  b  c  d  e)

Onde:

 a = demanda de tomadas e iluminação;

 b = demanda dos aparelhos de ar condicionado;

 c = demanda dos aparelhos para aquecimento (Chuveiro, aquecedor,


forno elétrico, ferro de passar...);

 d = demanda dos motores elétricos;

 e = demanda das máquinas de solda, aparelhos de raio “x”...

*OBSERVAÇÃO: Na residência não foi utilizado os itens “b”, “d” e “e”.

6.1.1 Demanda das tomadas e iluminação

Para calcular a demanda de tomadas e iluminação, foi utilizado o “Anexo D –


Fatores de demanda para iluminação e tomadas”, do Regulamento das Instalações
Consumidoras da AES SUL (ANEXO C).

Conforme ANEXO C, obtemos um fator de demanda de 43% (7˂P≤8 = 43%),


portanto:
22

Potência total (kW) X Fator de demanda (%) Demanda (Potência)

7,16 X 43 3,08kVA
Tabela 12 – Demanda (Tomadas e iluminação)

6.1.2 Demanda dos aparelhos de aquecimento

Para calcular a demanda dos aparelhos para aquecimento, foi utilizado o


“Anexo I – Fatores de demanda aparelhos de aquecimento”, do Regulamento das
Instalações Consumidoras da AES SUL (ANEXO D).

Conforme ANEXO D, obtemos um fator de demanda de 75% (N° de aparelhos


2 = Chuveiro e Torneira elétrica).

Potência total (kW) X Fator de demanda (%) Demanda (Potência)

8,5 X 75 6,37kVA
Tabela 13 – Demanda (Aparelhos de aquecimento)

6.1.3 Demanda Total

Abaixo segue a tabela com o somatório de todas as potências com a


demanda aplicada:

DESCRIÇÃO POTÊNCIA (KVA)


Tomadas e iluminação 3,08

Aparelhos de aquecimento 6,37

POTENCIA TOTAL 9,45kVA


Tabela 14 – Potência total com a demanda aplicada
23

6.2 FATOR DE DEMANDA

É a razão entre a demanda máxima num intervalo de tempo especificado e a


potência instalada na unidade consumidora, com a seguinte fórmula:

DT
FD( 1) 
PT
Onde:

 FD = Fator de demanda (menor que 1);

 DT = Demanda total calculada;

 PT = Potência instalada total calculada.

9,45
FD ( 1) 
17,51

FD( 1)  0,54
24

7 PADRÃO DE ENTRADA

É todo o conjunto deste o ramal de entrada, poste ou pontalete particular,


caixas, dispositivos de proteção, aterramentos, eletrodutos e ferragens. É de
responsabilidade dos consumidores, prepará-lo de forma a permitir a ligação das
unidades consumidoras à rede concessionárias.

7.1 ESPECIFICAÇÃO DA ENTRADA DE ENERGIA

Especificar uma entrada de energia para um consumidor significa adequar


uma categoria de atendimento (tipo de fornecimento) à respectiva carga desse
consumidor.

Em função da potência ativa total e a potência com a demanda aplicada,


determinamos o tipo de fornecimento e o padrão de entrada:

 Fornecimento monofásico “Tipo A”: 2 Fios (01 fase e 01 neutro);

 Fornecimento bifásico “Tipo B”: 3 Fios (02 fases e 01 neutro);

 Fornecimento trifásico “Tipo C”: 4 Fios (03 fases e 01 neutro).

Relembrando:

 Carga instalada: 17,51kW;

 Demanda calculada: 9.45kVA

Com a utilização do “Anexo J – Dimensionamento da entrada de serviço”, do


Regulamento das Instalações Consumidoras da AES SUL (ANEXO E),
determinamos o padrão de entrada:

 Fornecimento: Bifásico (02 fase e 01 neutro);

 Tensão: 127V (Fase + Neutro) / 220V (Fase + Fase).


25

Figura 1 - Representação do padrão de entrada


26

7.1.1 Dados gerais – Entrada de serviço

Conforme ANEXO E:

 Fornecimento: 220/127V;

 Tipo: C1;

 Carga Instalada C (kW): C ≤ 75;

 Demanda calculada D (kVA): D ≤ 10;

 Tipo de medição: Direta;

 Proteção - Disjuntor termomagnético (A): 30;

 Condutor - Ramal de ligação: Q-10mm2 - Alumínio;

 Condutor - Ramal de entrada: 6mm2 - Cobre isolado;

 Condutor - Aterramento: 6mm2 - Cobre isolado;

 Condutor - Proteção: 6mm2 - Cobre isolado;

 Eletroduto DN - Ramal de entrada: 25mm2 - PVC;

 Eletroduto DN – Aterramento proteção: 20mm2 - PVC;

Definido o tipo de fornecimento, bem como o padrão construtivo, de acordo a


norma técnica, compete à concessionária fazer a sua inspeção. Se tudo tive correto,
a concessionária instala e liga o medidor e o ramal de serviço.
27

8 DIVISÃO DAS INSTALAÇÕES

Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos


equipamentos de utilização que alimentam. Em particular devem ser previstos
circuitos terminais distintos para iluminação e tomadas. Para realizar as divisões dos
circuitos foram utilizadas as informações abaixo:

 Devem ser previsto circuitos independentes para equipamentos com


corrente nominal a 10A (Item 9.5.3.1 – NBR 5410:2004);

 Devem ser previsto circuitos individuais (tanto quanto forem


necessários) para pontos de tomada de cozinha, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos (Item 9.5.3.2
– NBR 5410:2004);

 Devem ser previstos circuitos individuais (tanto quanto forem


necessários) de pontos de tomadas para os demais cômodos ou
dependências (isto é, fora aqueles citados na descrição acima);

 Limitar em 1.200VA a 1.500VA em 127V e 2.200VA a 2.500 em 220V,


a potência máxima dos circuitos de iluminação. E 1.800VA a 2.000VA
em 127V e 3.600VA a 4.000VA para TUG´s, e em circuitos exclusivos
de PTUE´s podem ser ligados tanto em 127V como em 220V,
conforme necessidade ou determinações do fabricante;

 Nos circuitos de pontos de tomadas de cozinha, copa, copas-cozinhas,


áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, as potências dos
circuitos podem ser conforme determina a norma. Em geral, o limite
pode chegar a 2.100VA, que corresponde até seis pontos de tomadas
600VA + 600VA + 600VA + 100VA + 100VA + 100VA. Se forem
previstos sete pontos de tomadas, a potência será de 600VA + 600VA
+ 100VA + 100VA + 100VA + 100VA + 100VA = 1.700VA (Item
9.5.2.2.2 – NBR 5410:2004);

 Nas instalações alimentas com duas ou três fases, as cargas devem


ser distribuídas entre as fases de modo a obter-se o maior equilíbrio
possível.
28

QUANTIDADE
TENSÃO X TOTAL
Nº TIPO LOCAL
(V) POTÊNCIA (VA)
(VA)

Sala 1 x 100

Dormitório 1 4 x 40
Iluminação
1 Dormitório 2 127 4 x 40 620
social
Banheiro 1 x 100

Hall 1 x 100

Copa 1 x 100

Iluminação Cozinha 4 x 40
2 127 460
serviço A. Serviço 1 x 100

A. Externa 1 x 100

Sala 4 x 100

Dormitório 1 4 x 100
3 PTUG´s 127 1.000
Hall 1 x 100

A. Externa 1 x 100

Banheiro 1 x 600
4 PTUG´s 127 1.000
Dormitório 2 4 x 100

5 PTUG´s Copa 127 2 x 600 1.200

1 x 600
6 PTUG´s Copa 127 700
1 x 100

7 PTUG´s Cozinha 127 2 x 600 1.200


29

1 x 600
PTUG´s
1 x 100
8 Cozinha 127 1.050
PTUE´s
(Refrigerador 1 x 350
duplex)

9 PTUG´s A. Serviço 127 2 x 600 1.200

10 PTUG´s A. Serviço 127 1 x 600 600

PTUE´s
11 (Máquina de A. Serviço 220 1 x 1.500 1.500
lavar)

PTUE´s
12 Banheiro 220 1 x 5.000 5.000
(Chuveiro)

PTUE´s
13 (Torneira Cozinha 220 1 x 3.500 3.500
elétrica)
Tabela 12 - Divisão dos circuitos

Observações:

 O circuito de ligação do refrigerador duplex foi inserido ao circuito 08, devido


a potência do refrigerador ser consideravelmente baixa;

 Os circuitos 11,12 e 13, foram ligados em 220V para diminuir a corrente (A).

8.1 CORRENTE DOS CIRCUITOS

Para identificarmos a corrente de cada circuito devemos aplicar, a seguinte


fórmula:

P
I
U
30

Onde:

 I = Corrente (A);

 P = Potência (VA);

 U = Tensão (V).

Abaixo segue a tabela com os valores da corrente, para cada circuito:

CIRCUITO TENSÃO (V) POTÊNCIA (VA) CORRENTE (A)

1 127 620 4,8

2 127 460 3,62

3 127 1.000 7,9

4 127 1.000 7,9

5 127 1.200 9,4

6 127 700 5,5

7 127 1.200 9,4

8 127 1.050 8,3

9 127 1.200 9,4

10 127 600 4,72

11 220 1.500 6,8

12 220 5.000 22,7

13 220 3.500 15,9


Tabela 13 - Dimensionamento da corrente em cada circuito
31

9 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD)

É o local onde se concentra a distribuição de roda instalação, ou seja, onde


se instalam os dispositivos de proteção, manobra e comando.

Os dispositivos de proteção, manobra e comando devem ser instalados e


ligados segundo instruções fornecidas pelo fabricante, respeitadas as prescrições do
Item 6.5.4.8 da NBR 5410:2004.

9.1 LOCALIZAÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Para dimensionarmos a posição do QD da residência, utilizamos a descrição


do item 6.5.4.8 da norma NBR 5410:2004:

Os conjuntos em especial os quadros de distribuição, devem ser instalados


em local de fácil acesso e ser providos de identificação do lado externo, legível e
não facilmente removível.

Na residência o QD foi posicionado no Hall, na parte central da casa,


conforme imagem representativa abaixo:
32

Figura 2 - Posição do QD
33

10 ESQUEMA ELÉTRICO

É a representação gráfica (Desenho), por meio de símbolos de uma


instalação elétrica. A sua finalidade é representar toda, ou parte de uma instalação
elétrica, indicando a relações mútuas existentes entre as diferentes partes
constituintes da instalação, o funcionamento do circuito elétrico e os meios
empregados para tal.

10.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ESQUEMAS ELÉTRICOS

Os esquemas elétricos se classificam em dois grandes grupos:

 Esquemas de realização;

 Esquemas explicativos.

10.1.1 Esquema unifilar prático (Realização)

Utilizando-se o plano de um local (planta baixa) representa-se a localização


real dos equipamentos de utilização, comando e proteção, com as respectivas
ligações elétricas. Nas próximas folhas seguem os esquemas elétricos do projeto da
residência.
36

11 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES PELO CRITÉRIO DE


CONDUÇÃO DE CORRENTE

11.1 LINHAS ELÉTRICAS

Utilizando a “Tabela 33 - Tipos de linhas elétricas” da NBR 5410:2004


(ANEXO F), encontramos o método de referência que será utilizado neste projeto:

MÉTODO DE
ESQUEMA MÉTODO DE
INSTALAÇÃO DESCRIÇÃO
ILUSTRATIVO REFERÊNCIA
NÚMERO

Condutores isolados ou cabos


unipolares em eletroduto da
7 B1
seção circular embutido em
alvenaria.

Tabela 14 - Tipo de linha elétrica

11.2 NÚMEROS DE CONDUTORES CARREGADOS

Conforme visto na divisão dos circuitos, 90% das ligações estão sendo
realizadas em 127V (Fase + Neutro), utilizando a “Tabela 46 – Números de
condutores carregados a ser considerado, em função do tipo de circuito” da NBR
5410:2004 (ANEXO G), encontramos o número de condutores carregados:

 Monofásico a três condutores: “2” (Nº de condutores carregados).

11.3 CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE

Utilizando a “Tabela 36 – Capacidade de condução de corrente, em ampères,


para os métodos de referência A1, A2, B1. B2, C e D” da NBR 5410:2004 (ANEXO
H), encontramos a seção nominal e a condução de corrente de cada circuito:
37

CORRENTE NÚMERO DE CORRENTE SECÇÃO


MÉTODO DE
CIRCUITO CALCULADA CONDUTORES TABELADA MÍNIMA
REFERÊNCIA
(A) CARREGADOS (A) mm2

1 4,8 B1 2 9 0,5

2 3,62 B1 2 9 0,5

3 7,9 B1 2 9 0,5

4 7,9 B1 2 9 0,5

5 9,4 B1 2 11 0,75

6 5,5 B1 2 9 0,5

7 9,4 B1 2 11 0,75

8 8,3 B1 2 9 0,5

9 9,4 B1 2 11 0,75

10 4,72 B1 2 9 0,5

11 6,8 B1 2 9 0,5

12 22,7 B1 2 24 2,5

13 15,9 B1 2 17,5 1,5


Tabela 15 - Seção dos condutores (Circuitos)

11.4 SEÇÃO MÍNIMA DOS CONDUTORES

Para determinar a seção mínima dos condutores, utilizamos a descrição do


item 6.2.6.1.1 da norma NBR 5410:2004:

A seção dos condutores de fase, em circuitos de corrente alternada, e dos


condutores vivos, em circuitos de corrente continua, não deve ser inferior ao valor
pertinente dado na tabela 47.
38

Observação: Tabela 47 – Seção mínima dos condutores da norma NBR 5410:2004


(ANEXO I).

SECÇÃO NOMINAL SECÇÃO MÍNIMA


CIRCUITO mm2 (TABELA 36 mm2 (TABELA 47
NBR - 5410:2004) NBR - 5410:2004)

1 0,5 1,5

2 0,5 1,5

3 0,5 2,5

4 0,5 2,5

5 0,75 2,5

6 0,5 2,5

7 0,75 2,5

8 0,5 2,5

9 0,75 2,5

10 0,5 2,5

11 0,5 2,5

12 2,5 4

13 1,5 4
Tabela 16 - Seção mínima dos condutores

Observação: A secção dos condutores do circuito “12” (Chuveiro) e “13” (Torneira


elétrica) foram dimensionados, conforme especificado pela norma do equipamento.
39

11.5 CORRENTE CORRIGIDA

Aplicando a “Tabela 47 – Seção mínima dos condutores” da norma NBR


5410:2004 (ANEXO I), identificamos algumas modificações no dimensionamento da
seção mínima dos cabos, consequentemente a corrente elétrica dos circuitos será
alterada. Para revisarmos os valores utilizaremos a “Tabela 36 – Capacidade de
condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1. B2,
C e D” da NBR 5410:2004 (ANEXO H).

SECÇÃO NOMINAL
CORRENTE
CORRIGIDA mm2
CIRCUITO CORRIGIDA
(TABELA 36 NBR -
(A)
5410:2004)

1 1,5 17,5

2 1,5 17,5

3 2,5 24

4 2,5 24

5 2,5 24

6 2,5 24

7 2,5 24

8 2,5 24

9 2,5 24

10 2,5 24

11 2,5 24

12 4 32

13 4 32
Tabela 17 - Corrente corrigida
40

12 DISJUNTORES

Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um


interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica
contra possíveis danos causados por curtos-circuitos e sobrecargas elétricas.

A sua função básica é detectar picos de corrente que ultrapassem o


adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente antes que os seus efeitos
térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida.

12.1 AGRUPAMENTO DOS CIRCUITOS

É a quantidade máxima de circuitos que se encontram em um determinado


eletroduto, abaixo segue a tabela do número de agrupamentos de cada circuito:

CIRCUITO Nº AGRUPAMENTOS

1 3

2 3

3 3

4 3

5 3

6 3

7 3

8 3

9 3

10 3

11 3

12 1
41

13 3
Tabela 18 - Nº de agrupamentos

12.2 FATORES DE CORREÇÃO DO Nº DE AGRUPAMENTOS

Utilizando a “Tabela 42 – Fatores de correção aplicáveis a condutores


agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num
mesmo plano, em camada única” da NBR 5410:2004 (ANEXO J), encontramos o
fator de correção que será utilizado no dimensionamento dos disjuntores:

NÚMERO DE CIRCUITOS
FORMA DE FATOR DE
REF. OU DE CABOS
AGRUPAMENTO CORREÇÃO
MULTIPOLARES

Em feixe: ao ar livre ou
sobre superfície;
1 1 1,0
embutidos; em conduto
fechado

Em feixe: ao ar livre ou
sobre superfície;
1 3 0,7
embutidos; em conduto
fechado
Tabela 22 - Fator de correção do nº de agrupamentos

12.3 DIMENSIONAMENTO DOS DISJUNTORES

I Z  I C .FCA.FCT
Onde:

 IZ = Corrente máxima de passagem no disjuntor (A);

 IC = Corrente corrigida (A);


 FCA = Fator de correção de agrupamento – Tabela 42 da NBR
5410:2004;
42

 FCT = Fator de correção de temperatura – Tabela 40 da NBR


5410:2004.

 *OBSERVAÇÃO: Neste projeto não será utilizado FCT (Fator de


correção de temperatura).

CORRENTE
FATOR DE MÁXIMA DE
CORRENTE CORREÇÃO DE PASSAGEM
CIRCUITO
CORRIGIDA (IC) AGRUPAMENTO NO
(FCA) DISJUNTOR
(IZ)

1 17,5A 0,7 12,25A

2 17,5A 0,7 12,25A

3 24A 0,7 16,8A

4 24A 0,7 16,8A

5 24A 0,7 16,8A

6 24A 0,7 16,8A

7 24A 0,7 16,8A

8 24A 0,7 16,8A

9 24A 0,7 16,8A

10 24A 0,7 16,8A

11 24A 0,7 16,8A

12 32A 1,0 32A

13 32A 0,7 22,4A


Tabela 23 - Corrente máxima de passagem nos disjuntores
43

Para selecionarmos os disjuntores ideais para cada circuito devemos


observar a seguinte relação:

IP  IN  IZ
Onde:

 IP = Corrente calculada (A);

 IN = Corrente do disjuntor conforme fabricante (A);

 IZ = Corrente máxima de passagem no disjuntor (A).

Comercialmente encontramos disjuntores de: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63,
80, 100 e 125 (A).

CORRENTE MÁXIMA
CORRENTE
CIRCUITO DE PASSAGEM NO DISJUNTOR (IN)
CALCULADA (IP)
DISJUNTOR (IZ)

1 4,8A 12,25A 10A

2 3,62A 12,25A 6A

3 7,9A 16,8A 10A

4 7,9A 16,8A 10A

5 9,4A 16,8A 16A

6 5,5A 16,8A 10A

7 9,4A 16,8A 16A

8 8,3A 16,8A 10A

9 9,4A 16,8A 16A

10 4,72A 16,8A 10A

11 6,8A 16,8A 10A


44

12 22,7A 32A 30A

13 15,9A 22,4A 25A


Tabela 24 – Disjuntores

Observação: Os disjuntores do circuito “12” (Chuveiro) e “13” (Torneira elétrica)


foram dimensionados, conforme especificado pela norma do equipamento.
45

13 ELETRODUTO

É um sistema de tubulação elétrica usado para proteção e direcionamento de


fiação elétrica (no Brasil, especialmente quando flexível popularmente chamado de
conduíte, termo oriundo do inglês conduit). Os eletrodutos podem ser feitos de metal
ou plástico (PVC).

13.1 DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS

Neste relatório será apresentado o dimensionamento do eletroduto de maior


secção para facilitar o entendimento. Porém em determinados casos devemos
dimensionar todos eletrodutos que serão utilizados na instalação. Aplicamos a
seguinte fórmula:

   .D12     .D22 
ST   N1     N 2  
  4    4 
Onde:

 ST = Área total da seção transversal;

 N = Número de condutores;

 π = Constante matemática (3,141592654);

 D = Diâmetro do cabo.

O eletroduto selecionado para dimensionamento foi, o que permite a


passagem dos circuitos 7,8 13 na instalação, conforme imagem abaixo:
46

Figura 3 - Eletroduto selecionado para dimensionamento

Relembrando:

 Circuito 7: Cabo 2,5mm2 = Ø1,78mm;

 Circuito 8: Cabo 2,5mm2 = Ø1,78mm;

 Circuito 13: Cabo 4mm2 = Ø2,26mm;

Aplicando a fórmula citada acima temos:

   .1,782     .2,26 2 
ST  6   3 
 4    4 
     

ST  14,93  12

ST  26,93mm2
47

Analisando a “Tabela para dimensionamento de eletrodutos¨ da COPEL


(ANEXO L), verificamos que o eletroduto dimensionado foi:

DIÂMETRO DIÂMETRO
REFERÊNCIA ESPESSURA DA
EXTERNO INTERNO
DA ROSCA PAREDE (mm)
NOMINAL (mm) NOMINAL (mm)

1/2" 20 16 2,2
Tabela 25 - Dimensionamento de eletroduto

Observação: Em determinados casos devemos dimensionar todos eletrodutos que


serão utilizados na instalação.
48

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi interessante, pois facilita o entendimento dos conceitos


aprendidos na sala da de aula. No inicio deste projeto o pensamento era que seria
um trabalho simples, porém quanto mais era realizada as pesquisas dos assuntos,
utilizando como referência as normas e os regulamentos elétricos , diversas dúvidas
e ideias diferentes de instalação iam surgindo.
Percebi que para executamos um serviço seguro e de excelente qualidade,
diversos itens devem ser tratados com precaução e muita atenção em um projeto
elétrico.
49

ANEXO A
50

ANEXO B
51

ANEXO C
52

ANEXO D
53

ANEXO E
54

ANEXO F
55

ANEXO G
56

ANEXO H
57

ANEXO I
58

ANEXO J
59

ANEXO L

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