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PROMINAS
PROMINAS
TÓPICOS ESPECIAIS EM
ENGENHARIA ELÉTRICA
2
3 UNIDADE 1 - Introdução
4 UNIDADE 2 - Recursos Hídricos x Geração de Energia
10 UNIDADE 3 - Ética e Responsabilidade Social
15 UNIDADE 4 - Sistema de Gestão Ambiental
15 4.1 Meio ambiente: conceitos e definições
SUMÁRIO
20 5.1 Contratos de concessão e permissão
52 REFERÊNCIAS
3
UNIDADE 1 - Introdução
cada um em seu nível de atuação, e use gócios residia na conduta ética pessoal e
a sua liberdade para desempenhá-la com profissional.
total responsabilidade e comprometi-
Nesse mesmo período, ocorreu a ex-
mento com a atuação ética (WHITAKER,
pansão das multinacionais oriundas prin-
2009).
cipalmente dos Estados Unidos e da Eu-
Acreditamos ser interessante mostrar ropa, com a abertura de subsidiárias em
a evolução do conceito de ética nas em- todos os continentes. Nos novos países
presas, principalmente porque, embora em que passaram a operar, choques cul-
acreditemos ser uma disciplina básica turais e outras formas de fazer negócios
nos cursos de graduação, nunca é demais conflitavam, por vezes, com os padrões
refletir sobre conceitos dessa enverga- de ética das matrizes dessas companhias,
dura. fato que incentivou a criação de códigos
de ética corporativos.
A empresa necessita desenvolver-se
de tal forma que a ética, a conduta ética Durante a década de 1980 foram no-
de seus integrantes, bem como os valo- tados ainda, tanto nos Estados Unidos
res e convicções primários da organiza- quanto na Europa, esforços isolados,
ção se tornem parte de sua cultura. principalmente de professores univer-
sitários, que se dedicaram ao ensino da
Na década de 1960 aconteceram as
Ética nos Negócios em faculdades de Ad-
primeiras preocupações éticas no âmbito
ministração, e em programas de MBA
empresarial. Ocorreram debates em mui-
– Master of Business Administration,
tos países, principalmente de origem ale-
surgindo a primeira revista científica es-
mã, com o intuito de elevar o trabalhador
pecífica na área de administração: “Jour-
à condição de participante dos Conselhos
nal of Business Ethics”.
de Administração das organizações.
No início da década de 1990, redes aca-
O ensino da Ética em faculdades de
dêmicas foram formadas: a Society for
Administração e Negócios tomou impul-
Business Ethics nos EUA, e a EBEN – Eu-
so nas décadas de 1960 e 1970, princi-
ropean Business Ethics Network na Euro-
palmente nos Estados Unidos, quando
pa, originando outras revistas especiali-
alguns filósofos vieram trazer sua contri-
zadas, a Business Ethics Quarterly (1991)
buição. Ao complementar sua formação
e a Business Ethics: a European Review
com a vivência empresarial, aplicando os
(1992). As reuniões anuais dessas asso-
conceitos de Ética à realidade dos negó-
ciações permitiram avançar no estudo da
cios, surgiu uma nova dimensão: a Ética
Ética, tanto conceitualmente quanto em
Empresarial.
sua aplicação às empresas. Daí emergiu
Os primeiros estudos de Ética nos Ne- a publicação de duas enciclopédias, uma
gócios remontam aos anos 1970, quan- nos Estados Unidos e outra na Alemanha:
do nos Estados Unidos, o Prof. Raymond Encyclopedic Dictionary of Business Ethi-
Baumhart realizou a primeira pesquisa cs e Lexikoin der Wirtschaftsethik.
sobre o tema, junto a empresários. Nes-
Nesta mesma ocasião ampliou-se o
sa época, o enfoque dado à Ética nos Ne-
13
mente que tanto recursos naturais (as produtos que sejam produzidos em con-
matérias-primas) quanto os bens natu- dições ambientais favoráveis (AMBIENTE
rais (água e ar) estão se tornando escas- BRASIL, 2007).
sos e onerosos, e com isto, se tornam
Enfim, a imagem de empresas ambien-
importantes a preservação e o manejo
talmente saudáveis e comprometidas é
sustentável para que não acabem num
mais bem aceita por acionistas, consumi-
curto espaço de tempo.
dores, fornecedores e autoridades públi-
Além de uma legislação ambiental rí- cas.
gida, que tem exigido cada vez mais res-
Fazendo um recorte no tempo e na
peito e cuidados com o meio ambiente,
história da preocupação com o meio am-
pode-se elencar outros segmentos que
biente, vimos o nascimento, em agosto
tem seguido e exigido responsabilida-
de 1981, da Lei nº 6.938 que dispunha
de e comprometimento das empresas,
sobre a política nacional do meio ambien-
as quais estão se tornando parceiras e
te, seus fins e mecanismos de formula-
agentes ativos no processo de preserva-
ção e aplicação. Esta Lei constituiu-se
ção do meio-ambiente, tais como:
um importante instrumento de amadu-
pressões públicas de cunho local, recimento e consolidação da política am-
nacional e mesmo internacional que exi- biental no país.
gem igualmente, cada vez mais respon-
Em janeiro de 1986, o Conselho Nacio-
sabilidades ambientais das empresas;
nal do Meio Ambiente (CONAMA) apro-
os bancos, financiadores e segu- vava a Resolução 001/86 que estabe-
radoras que dão privilégios a empresas lecia as responsabilidades, os critérios
ambientalmente sadias ou exigem taxas básicos e as diretrizes gerais para uso e
financeiras e valores de apólices mais implementação do Estudo dos Impactos
elevadas de firmas poluidoras; Ambientais e Relatório dos Impactos Am-
bientais (EIA-RIMA) como um dos instru-
a sociedade em geral e a vizinhança
mentos da Política Nacional de Meio Am-
em particular que está cada vez mais exi-
biente (os quais serão contemplados em
gente e crítica no que diz respeito a da-
tópico à frente).
nos ambientais e à poluição provenien-
tes de empresas e atividades; Posteriormente com a Constituição
Federal de 1988, tivemos um capítulo so-
organizações não governamentais
bre Meio Ambiente e vários outros afins,
que estão sempre mais vigilantes, exigin-
sendo considerado um importantíssimo
do o cumprimento da legislação ambien-
documento de Poder Público em relação
tal, a minimização de impactos, a repara-
à questão ambiental (DIAS, 1998).
ção de danos ambientais ou impedindo a
implantação de novos empreendimentos Outro fator que impulsiona as empre-
ou atividades; sas à preservação do meio em que vive
e dos seus recursos naturais, é o ampa-
compradores de produtos inter-
ro que a lei nº 6938/81 garante com a
mediários estão exigindo cada vez mais
Política Nacional do Meio Ambiente que
17
positivo poderá ser utilizado para abater Abaixo temos a matriz de energia elé-
o consumo em outro posto tarifário, em trica atualizada em 02/02/2014.
outra unidade consumidora (desde que
as duas unidades estejam na mesma área
de concessão e sejam do mesmo titular)
ou ainda na fatura do mês subsequente.
Vale lembrar que os créditos de energia
gerados continuam válidos por 36 meses.
Fonte: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp
CGH - Central Geradora Hidrelétrica Serviços ancilares são aqueles que com-
(unidade geradora de energia com poten- plementam os serviços principais que, na
cial hidráulico igual ou inferior a 1 MW (um segmentação brasileira, são caracteriza-
megawatt), normalmente com barragem dos pela geração, transmissão, distribui-
somente de desvio, em rio com acidente ção e comercialização. Estes serviços, em
natural que impede a subida de peixes). um sistema integrado como o brasileiro,
se caracterizam por relações causa-efeito
5.4 Serviços ancilares que afetam os sistemas como um todo e
que ultrapassam as fronteiras da área de
A expressão “serviço ancilar” foi empre-
abrangência das empresas e/ou dos servi-
gada na Lei nº 9.648/98 (Art. 13, Parágra-
ços principais.
fo único, “d” e Art. 14, § 1º, “d”) sem uma
23
Para que possam ser definidos como Serviços Ancilares são definidos como os
serviços e que sejam estabelecidas formas serviços que contribuem para segurança
de remuneração do agente responsável, confiabilidade e qualidade do suprimento
no entanto, é preciso que ela seja mensu- de energia elétrica, tornando-os impres-
rável (INEE, 2006). cindíveis à operação eficiente do sistema
elétrico em um ambiente de mercado.
Souza (2006) explica de maneira bem
didática o que vem a ser os serviços anci- No Brasil, os Serviços Ancilares de gera-
lares: ção e transmissão foram definidos em 10
de junho de 2003, através da Resolução
As mudanças estruturais nas empresas
nº 265 publicada pela Agencia Nacional de
de energia elétrica, decorrentes do pro-
Energia Elétrica – ANEEL. Embora tenha
cesso de desverticalização, resultaram
ocorrido tal definição, regras para remune-
na separação das atividades de geração,
ração da prestação destes serviços foram
transmissão e distribuição de energia elé-
propostas apenas para o Serviço Ancilar
trica.
prestado pelo gerador quando o mesmo
Com o processo de desverticalização trabalha como compensador síncrono, ou
surge a necessidade de repartição dos seja, os geradores que produzem apenas
custos de operação, de maneira que os potência reativa (capacitativa ou indutiva).
agentes envolvidos sejam remunerados
Outro exemplo de serviço ancilar seria o
adequadamente e que as restrições do sis-
autorrestabelecimento (black start).
tema sejam atendidas, viabilizando as ope-
rações de mercado.
5.5 Bandeiras tarifárias
Para que o processo de repartição dos A partir de 2015, as contas de energia
custos ocorra com o máximo de eficiência terão uma novidade: o Sistema de Bandei-
possível, há a necessidade de definir os di- ras Tarifárias. As bandeiras verde, amarela
ferentes tipos de serviços prestados com o e vermelha indicarão se a energia custará
objetivo de conhecê-los, organizá-los por mais ou menos, em função das condições
função e definir metodologias para identi- de geração de eletricidade.
ficação dos envolvidos no fornecimento e
recebimento destes serviços. Bandeira verde: condições favorá-
veis de geração de energia. A tarifa não so-
Definidos os envolvidos no fornecimen- fre nenhum acréscimo.
to e recebimento dos serviços prestados,
o próximo passo é definir métodos de re- Bandeira amarela: condições de
muneração destes serviços, sem que haja geração menos favoráveis. A tarifa sofre
subsídios cruzados e sem perder de vista acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 qui-
os estímulos necessários à expansão do lowatt-hora (kWh) consumidos.
sistema. Bandeira vermelha: condições mais
Uma classe de serviços melhor definida custosas de geração. A tarifa sobre acrés-
após o processo de reestruturação do se- cimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consu-
tor elétrico é a dos Serviços Ancilares. Os midos.
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ano depois de ocorridos, quando a tarifa reais por quilowatt-hora (R$/kWh). Esse
reajustada passa a valer. Com as bandei- valor, ao ser multiplicado pela quantidade
ras, haverá a sinalização mensal do custo de energia consumida num determinado
de geração da energia elétrica que será período, em quilowatt (kW), representa a
cobrada do consumidor, com acréscimo das receita da concessionária de energia elé-
bandeiras amarela e vermelha. Essa sina- trica. A receita da distribuidora é destina-
lização dá, ao consumidor, a oportunidade da a cobrir seus custos de operação e ma-
de adaptar seu consumo, se assim desejar nutenção, bem como remunerar de forma
(ANEEL, 2014. Disponível em: http://www. justa o capital investido de modo a manter
aneel.gov.br/area.cfm?idArea=758). a continuidade do serviço prestado com a
qualidade desejada.
5.6 Tarifação do consumi- As empresas concessionárias fornecem
dor final energia elétrica a seus consumidores com
Os consumidores de energia elétrica base em obrigações e direitos estabeleci-
pagam por meio da conta recebida da sua dos em um Contrato de Concessão, cele-
empresa distribuidora de energia elétrica, brado com a União, para a exploração do
um valor correspondente a quantidade de serviço público de distribuição de energia
energia elétrica consumida, no mês ante- elétrica em sua área de concessão.
rior, estabelecida em kWh (quilowatt-hora) No momento da assinatura do Contrato,
multiplicada por um valor unitário, denomi- a empresa concessionária reconhece que
nado tarifa, medida em R$ / kWh (reais por o nível tarifário vigente, ou seja, as tarifas
quilowatt-hora), que corresponde ao preço definidas na estrutura tarifária da empre-
de um quilowatt consumido em uma hora. sa, em conjunto com os mecanismos de
As empresas de energia elétrica pres- reajuste e revisão das tarifas estabeleci-
tam este serviço por delegação da União na dos nesse contrato, são suficientes para a
sua área de concessão, ou seja, na área em manutenção do seu equilíbrio econômico-
que lhe foi dado autorização para prestar -financeiro.
o serviço público de distribuição de energia Os contratos de concessão estabelecem
elétrica. que as tarifas de fornecimento podem ser
Cabe à Agência Nacional de Energia Elé- atualizadas por meio de três mecanismos:
trica – ANEEL – estabelecer tarifas que as- a) Reajuste tarifário anual:
segurem ao consumidor o pagamento de
uma tarifa justa, como também garantir o Este mecanismo tem como objetivo res-
equilíbrio econômico-financeiro da conces- tabelecer o poder de compra da receita
sionária de distribuição para que ela possa obtida por meio das tarifas praticadas pela
oferecer um serviço com a qualidade, con- concessionária.
fiabilidade e continuidade necessárias.
A receita da concessionária de distribui-
A tarifa regulada de energia elétrica ção é composta por duas parcelas: a “Par-
aplicada aos consumidores finais corres- cela A”, representada pelos custos não-ge-
ponde a um valor unitário, expresso em renciáveis da empresa (encargos setoriais,
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Selo Procel
Fonte:http://www.inmetro.gov.br/consumidor/etique-
tas.asp
Alguns fatos não possuem uma data Com o aumento do consumo de ener-
certa, outros possuem data aproxima- gia no mundo, a sociedade vem a cada dia
da e alguns têm datas precisas. O surgi- se preocupando com as medidas de uso
mento da preocupação mundial com a racional das diversas formas de energia
questão da eficiência energética possui utilizadas, notadamente a energia elé-
precisão: dia 17 de outubro de 1973, data trica. Há também que considerar que a
conhecida como a do primeiro choque do geração de energia, seja ela hidráulica, a
petróleo. óleo, a carvão e a gás natural, agride de
uma forma ou de outra o meio ambiente.
Naquele dia, os produtores majoritá-
Logo, é necessário preservar as fontes
rios da Organização dos Países Exporta-
de energia existentes comercialmente e
dores de Petróleo (OPEP) reduziram a ex-
aumentar a eficiência dos aparelhos con-
tração, elevando o preço do barril de US$
sumidores para evitar uma maior agres-
2,90 para US$ 11,65 em apenas 90 dias,
são ao meio ambiente (MAMEDE FILHO,
ou seja, o valor do barril foi multiplicado
2012).
por um fator muito próximo de quatro.
Atualmente, o governo brasileiro tem
A Agence France-Presse (2014) tam-
desenvolvido uma política moderada de
bém conta que a OPEP estabeleceu que
conservação de energia com a finalidade
os preços do petróleo seriam fixados pela
de reduzir os desperdícios, notadamente
própria organização e não pelas compa-
da área industrial, comercial e de ilumi-
nhias distribuidoras de petróleo, fazendo
nação pública, buscando uma melhor uti-
seu preço saltar de US$ 4,00 o barril para
lização da energia consumida. O PROCEL,
cerca de US$ 40,00. Em janeiro de 2014,
órgão vinculado à ELETROBRAS, é o res-
o barril do tipo “light sweet” (WTI) para
ponsável direto pela execução das políti-
entrega em março perdeu 74 centavos,
cas de eficientização energética, agindo
a 97,49 dólares, no New York Mercantile
das mais diferentes formas, tais como na
Exchange (Nymex).
educação, na promoção, no financiamen-
Declarada a crise, os governos e as so- to, no incentivo, etc.
ciedades, em geral, foram se conscien-
Se focarmos em uma instalação indus-
tizando de que era necessário conter os
trial, por exemplo, o estudo da eficiência
desperdícios de energia e implementar
energética requer agir nos diferentes ti-
programas para alcançar esse objeti-
pos de carga com a finalidade de verificar
vo. No Brasil, os Ministérios das Minas e
o seu potencial de desperdício. Além das
Energia e Indústria e Comércio tomaram
mencionadas cargas, devem ser imple-
para si essa tarefa em 1985, instituindo
mentadas certas ações que podem resul-
o Programa Nacional de Conservação de
tar na racionalização do uso de energia e
Energia Elétrica – PROCEL , cuja função
consequente economia na fatura mensal
básica era integrar as ações de conserva-
de energia elétrica. Essas ações devem
ção de energia, na época em andamento
ser implementadas nos segmentos de
por iniciativa de várias organizações pú-
consumo a seguir enumerados:
blicas e privadas.
iluminação;
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Essa medição tem por objetivo princi- niza-se uma tabela horária média a partir
pal avaliar os ganhos obtidos a partir da da soma das demandas respectivas de
implementação das medidas de eficiên- cada dia em cada horário. Por exemplo, o
cia energética. Para isso é necessário que valor da demanda média de 73 kW regis-
as medições sejam realizadas durante a trada no horário de 11:45 horas mostra-
fase de levantamento e após a conclusão da na Tabela a seguir (parte da medição
das ações desenvolvidas. A diferença en- completa) é o resultado da média dos
tre os valores de energia e demanda das valores de demanda dos dias da semana,
duas medições mostra os ganhos obtidos nesse mesmo horário. Já o gráfico mos-
com o projeto. tra a formação das curvas registradas
no período de medição. Para efeito de
Essa medição deve ser realizada por
avaliação dos resultados, devem ser con-
um período mínimo de uma semana para
sideradas apenas as curvas médias das
que se possam obter resultados satisfa-
medições realizadas antes e depois das
tórios. Com os resultados das demandas
ações de eficiência energética.
ativas horárias, obtidas a cada dia, orga-
Medição semanal em kW
Sempre que for adotada uma ação de Fc - fluxo de caixa descontado que cor-
eficiência energética esta deve ser pre- responde a diferença entre as receitas e
cedida de uma análise econômica. O mé- despesas realizadas a cada período con-
todo de cálculo denominado Valor Pre- siderado, em R$ ou US$;
sente Líquido (VPL) é de fácil execução
Ir - taxa interna de retorno ou taxa de
e deve ser aplicado em todas as ações de
desconto;
eficiência energética.
T - tempo, em meses, trimestre ou ano,
O Valor Presente Líquido é a soma al-
a que se refere a taxa interna de retorno;
gébrica de todo fluxos de caixa descon-
tados para o instante T = 0. Pode ser de- N - número de períodos.
terminado através da Equação:
Através desse método pode-se deter-
minar o tempo de retorno do investimen-
to, observando-se a Planilha de Cálculo
da Tabela abaixo e o gráfico seguinte.
Quando a curva dos fluxos acumulados
Onde: tocar a reta representativa do investi-
mento, obtém-se o tempo de retorno do
Fac - fluxos acumulados, em R$ ou em
investimento realizado.
US$;
Para que o usuário do sistema de ilumi- Esse acréscimo poderá ser evitado se as
nação tenha sempre as condições de ilu- lâmpadas forem substituídas logo que
minância na forma como foi inicialmente queimem.
projetado, é necessário que o profissio-
b) Condutores elétricos
nal de manutenção execute as seguintes
tarefas: O dimensionamento dos condutores
elétricos, incluindo-se aí a escolha da sua
as paredes, o forro e as janelas de-
isolação, pode conduzir projetos de bai-
vem ser limpos com determinada frequ-
xas perdas elétricas.
ência, já que, normalmente, quando é
projetado um sistema de iluminação, o As principais ações que devem ser
projetista determina o número de lâmpa- desenvolvidas são:
das de acordo com a cor das paredes, piso
e teto, na condição de limpos. Se as pare- b.1) Dimensionamento da seção
des, teto e piso ficam sujos, a iluminância dos condutores
no recinto se torna menor, prejudicando corrente de carga;
as pessoas que utilizam o referido am-
biente; queda de tensão;
c) Circuito de distribuição de ar é
constituído pelos equipamentos utili-
zados na circulação do ar tratado, tubu-
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Evitar a entrada do ar exterior no ambiente cli- Verificar as condições dos condensadores das
matizado, mantendo as portas e janelas sempre serpentinas.
fechadas.
Verificar se há incrustações nas superfícies dos
Limpar periodicamente os filtros do aparelho trocadores de calor.
para melhorar o rendimento e higienizar o ar
Verificar se há vazamento do fluido frigorígeno.
circulante.
Verificar a perda de pressão nos trocadores de
Evitar que áreas climatizadas fiquem expostas
calor do equipamento de geração de frio.
ao sol, para evitar o aumento da carga térmica;
para isso utilizar cortinas, persianas ou película Verificar se há vazamentos de água no circuito
Evitar que a saída de ar do aparelho seja obstru- nas de arrefecimento do ar, dos filtros de ar e dos
ída. ventiladores.
Reparar periodicamente as tubulações de ar das centrais de climatização, para evitar a perda de calor
(frio).
Em edificações antigas, reavaliar o projeto de climatização adequando-o aos critérios mais modernos.
Utilizar barreiras verdes (árvores) para proteger a edificação contra a entrada de raios solares nos
ambientes dotados de janelas e portas de vidro.
h) Refrigeração
Os sistemas de refrigeração, se não
Onde: gerenciados adequadamente, consti-
tuem uma grande fonte de desperdício
Dm2 - diâmetro da nova polia do motor;
de energia elétrica. Para alcançar uma
Dm1 - diâmetro da polia atual do motor. melhor eficiência operacional desses
equipamentos, sugere-se seguir os pro-
Polia do ventilador, onde o diâmetro
cedimentos abaixo:
da polia do ventilador é dado pela seguin-
te equação: somente adquirir refrigeradores
certificados pelo PROCEL;
frio de alguns produtos do processo pro- minado pelo óleo ou pela água em algu-
dutivo; ma parte do processo e verificar que as
tomadas de ar devem ser providas de um
realizar estudos técnicos e econô-
ou dois filtros de abertura adequada ao
micos visando à recuperação de calor das
tamanho das partículas em suspensão no
unidades de refrigeração;
local.
é conveniente separar a produção
Em relação à rede de distribuição,
de água quente e vapor;
manter a pressão do sistema de ar com-
instalar redutores de fluxo de água primido tecnicamente adequada ao bom
em ramais alimentadores de grupo de funcionamento da máquina; nunca in-
torneiras que operam com elevada va- troduzir na rede do sistema de ar com-
zão; primido qualquer elemento restritor de
pressão para atendimento às exigências
analisar a viabilidade e avaliar os
de uma única máquina e, evitar que o ar
custos de substituição de chuveiros elé-
circulando em alta velocidade arraste o
tricos por sistema de aquecimento de
condensado formado no interior do sis-
água a gás natural ou energia solar;
tema para os pontos de uso das máqui-
analisar a viabilidade técnica e ava- nas, acarretando mau funcionamento
liar os custos para aproveitamento da das mesmas.
água quente de drenagem das cozinhas,
Sobre a pressão, cada máquina deve
lavanderias e unidades de refrigeração
receber do sistema a pressão nominal
para pré-aquecimento da água quente
indicada pelo fabricante, devendo-se di-
de utilização;
mensionar tantas redes de distribuição
analisar a viabilidade de instalação de ar comprimido quantas forem as má-
de coletores solares para o aquecimento quinas com pressões nominais diferen-
de água, em substituição aos aquecedo- tes.
res elétricos;
Em se tratando de vazamento nos
quando utilizar coletores solares e dutos, válvulas e conexões, evitar vaza-
os respectivos reservatórios térmicos, mentos nos diversos elementos da rede
adquirir equipamentos certificados pelo de ar comprimido, pois a quantidade de
PROCEL - INMETRO. ar desperdiçada é proporcional ao nível
de pressão da rede.
j) Ar Comprimido
Os custos com os vazamentos é o prin-
Uma fonte de desperdício de energia cipal ponto de desperdício nos sistemas
elétrica bastante conhecida é a operação de ar comprimido. Estudos apontam que
do sistema de ar comprimido, cujos pon- entre 20 e 70% do ar comprimido produ-
tos básicos devem ser motivo de cuida- zido num compressor são desperdiçados
dos permanentes. entre este equipamento e os pontos de
Em relação à qualidade do ar comprimi- consumo (MAMEDE FILHO, 2012).
do, vale evitar que o mesmo seja conta-
50
da, principalmente quando diversos apa- dem ter certeza que o meio ambiente e
relhos elétricos são ligados numa mesma as futuras gerações serão muito gratas,
tomada; pois do nosso uso racional e consciente
de hoje depende e muito uma vida com
inspecionar periodicamente as ins-
qualidade para os nossos descendentes.
talações elétricas, substituindo imedia-
tamente os condutores elétricos desgas-
tados;
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