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74 Necessidades Educativas Expeciais: s ‘GOLDSTEIN, Sam; GOLDSTEIN, Mi per desenvolver a capacidade de atengio da crianga. 2.ed. C yszkows«i LC, Rohde LA, Psizoter no TDAH In: Knapp P. Terapia Co; Psiquiatrica. Porto Alegre: as; 2004, MATTOS, Paulo et al. Painel brasile diagnéstico do transtomo de dé em adultos. Revista de Psiqui POLANCZYK, G. ; LIMA, M. ; HORTA, B.; BIEDERMAN, ROHDE, L.A. . The worldwide prevalence of attention~ hyperactivity éisorder: A systematic review and meta-regie analyses, American Journal of Psyctiatry, v. 164, p. 942948, 2007, ROHDE, L. A. Pe BENCZIK, E. B. P. Transtomo de Défcit de atengfo ‘Médicas, 1999. ROHDE, Luis A. , Halpem, Ricardo. Transtomno de déficit de at hiperatividade: atualizago, Jomal de Pediatria. Vol. 80, N? 2 (Supl), 2004. ROHDE, Luiz.A., DORNELES, Beatriz V., COSTA, Adriana C. IntervengSes escolares no transtomo de défi hiperatividade.[n; ROTTA, Newra Telechea Aprendizagem Abortlagem Neurobiolégica e Multidisciplinar. 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Para Jiménez (1997), a aveliaglo ultrpassa o nivel decassific cacti, da atribuigao de rétulo eda falta do compromissocom oesta- belecimento de elos em um percurso educativo, Tanto esseautor quanto ‘Meirieu (1993) concordam que sha crescimento quandohouver uma aposta permanente em sua educatilidade, ou seja, ulttapassarabarei- ado “niio consegue” para o senso de“ser paz.de”. Contudo, enten- deras questdes ‘omaior desafio, quer uma postura reflexiva sobre as m ‘se contexto, que vaio desde a opgio do professor pelo trabalho nessa area até 0 conhecimento das especificidades de desenvolvimento de cada sujeito com autismo. Este capitulo pretende contribuir com essa Aiscussio, a0 identificar topicos contraversos nessa area: a op¢80 do professor pela frea de necessidades especias, a percencio sobre © Sujeito com autismo e suas concepgdes sobre inclust. A opciio do professor pelo trabalho na area de educaa0 especial A tarefa educativa é provavelment dora eradical que o professor pode ter, ica experiénciamais comove- Ge acordo com Schmidtbauer 76 Necessidades (1997). Para.o autor, essa relagiio po dades do educador. Competéncia téc disponibilidade interna ciais para enfientar des. posta, deve integrar teoria © pi reflexiva e estarcom dia. Além disso, o conhecimento deve estat presente na a reflexao sobre a agi, esteja findamentada em outro principio: disponi emaedese. Jo. Nesse sentido, o professor precisa te ilo voltada para as questbes do dia \G80 e na far com suas outras partes, almejando, assim, a sua imtegragao e abtindo méo de (pre) julgamentos. Dessa forma, 0 professor nfo “esgota’” pos. desparacom o aluno, mas, a0 contrério, as eria e aperfeigoa, Nessa perspectiva, o prazer associaéo ao desejo ¢ um elemento fundamental do ato de ensinar e educar. Entretanto, observa-se quase que uma exclusdio dessa discussio na questa da educabilidade de sujeitos com autismo, ou psicéticos Os resultados do estudo de Goldberg, Pinheiro e Bosa, (2005) com professores de Educagaic Especial, sobre esse e outras questdes, foram preocupantes. Nem sempre a opeo pela area de Educagio Especial foi associada com o desejo e prazer, mas em sua maioria Justificada por questées de aceso ou conveniéncia, Entre os argumen- tos, constavam questdes salariais ¢ oferta casual de cursos de capacitacdo nessa érea. Esse ingresso na drea, ao contrario daqueles €m que 0 desejo foi amola propulsora da opgio, parecia engessar a percepedo que o professor tem sobre o aluno com autismo. Nesse caso, as dificuldades eram mais enfatizadas que as potencialidades de desenvolvimento do sujeito e as agdes baseadas cm expectativas ge- radas nas orientagOes externas, Ou seja, os movimentos do professor eram mais dependentes de avaliagdes de outras pessoas do que baseados em sua capacidade de (re) corhecer o proprio aluno. Em outras pa- lavras, a percepedo sobre o sujet influenciava a sua pratica, Ems lagao a isso, Freire (1996) questiona: Como ser um educador, sem ter a indispensavel “amorosidade” aos educandos? Além disso, como ‘gedwcabitdade de 0m atsno: mites ¢ Se trabalhar com uma pris quengo escolhie de que ny : ae tenho conheci- A pereepso do professor sobre osuieito com autimg Baptista (2002) afirma que o autismo eyo ae ea COM muita i i de aslimitagbes em temo de chavedeacessodecenuneaae ac perspoctva de evolugdo.De fio, hi evidéncas de ques dfentaaae ematribuir estados mentais aoutrus pessoas eexqia mento des mesmas, em funoto dessasatriuigbes estos 4 autismo (BOSA & CALLIAS, 2000), Ess dificudniescontinuemy, eam parte ara os comprometimentos soci, Todavis, as auton ae bém ressltam que o desenvolvimento do comportanentnsocaine quer, entre outros aspectos, oportunidades de trocs com o meio e uestionam em que medica esses “comprometimenios” se dever tame bbém ao isolamento social a que esses sueites sto cormmenterelewa- dos. Essa parece ser uma trajetéria dbvia daque cujas ccapacidades so subestimadas, perdendo relevo paraos“déficts” Bosa (2002) chama a atenco para fato de que é importante ressaltar a forma como os individuos com auitsmo comunicam seus deseo esuas necessidades, ainda que de uma forma nfo-convencional. A autora alerta para 0 esforgo que essas criangas parecem desprender para langar mao de ferramentas que as ajudem a serem compreendidas. Por exemplo, ha sujeitos que se “comunicam’” através de letras de misica (MAINTERI, 2000) ou mesmo de evolalia, tentando fazer da Palavra dos outros as suas proprias... Por exemplo, Mainieriregistrou im episécio em que a musica escolhida porum sujito,emumaaula de Inisica, era sobre uma determinada cidade. O interessante €que, mi- Tutos antes, o professor havia interrompido as tentatvs desse aluno £m insistir sobre um mesmo assunto, isto 6 uma viegem que fariaa ¢*mesma cidade. Em outra ocasiao, um terapeuta ceserevew 0 cas0 deuma paviente que costumava cantar uma miisca deRobesto Carlos, “qual continha a frase “acabei com tudo..” minutos antes deter uma crise de agressividade, : Nos achados de Goldberg (2002) hitum desconhecimento dessas bilidades” que podem ser identificadas através deum olhar atento,

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