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Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo

julho de 2013

Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos


da depreciação e comparativo

Athos Ubirajara da Frota Silva – athos@atspericias.com.br


Auditoria, Avaliações e Perícias de Engenharia
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Curitiba, PR, 27/09/2012

Resumo
No ramo de Engenharia de Avaliações é comum a avaliação de máquinas e equipamentos, que,
primordialmente, deve ser realizada por um Engenheiro Mecânico. Assim, o objeto de pesquisa do
presente trabalho acadêmico é a forma de se avaliarem esses bens sob a ótica dos métodos de
depreciação e comparativo. Faz-se necessário, sem dúvida, amplo conhecimento daquilo que se
avalia, a fim de se emitir laudo confiável, objetivo e exato. Considerando, ainda, que nunca será
possível apontar um valor que seja padronizado para tais bens, também é papel do avaliador
julgar, através do método comparativo com bens existentes no mercado, se seu parecer não
extrapola aqueles valores aceitáveis. Para desenvolver o presente artigo, foi de fundamental
importância o conteúdo que a literatura da área oferece, incluindo normas técnicas, realizando
uma revisão dele, somado à experiência obtida com a prática no ramo. Como resultado, conclui-se
a eficiência da utilização dos dois métodos analisados – depreciação e comparativo – para a
avaliação de bens, destacando-se as máquinas e equipamentos industriais.
Palavras-chave: Máquinas. Equipamentos. Depreciação. Avaliação. Engenharia.

1. Introdução
De acordo com a norma ABNT 14653-1, perícia é a “atividade técnica realizada por profissional
com qualificação específica, para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar
as causas que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos”. A
norma ainda define a pessoa do Engenheiro de Avaliações, normalmente intitulado de perito, como
o “profissional de nível superior, com habilitação legal e capacitação técnico-científica para realizar
avaliações, devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
– CREA”. A partir dessas definições, tem-se a ideia da importância da presença e do processo de
trabalho do profissional avaliador, já que são especificamente definidos, e o motivo de se realizar
uma perícia.
Não obstante, deve-se registrar, ainda, a existência do “Manual de Fiscalização de Engenharia de
Avaliações” (CREA-PR), o qual define os objetivos da Engenharia de Avaliações, bem como seus
princípios e bases legais, que deverão ser sempre levados em conta em um procedimento avaliativo.
No ramo da Engenharia de Avaliações, observa-se com grande frequência a necessidade de se
avaliarem máquinas e equipamentos, seja para compra, venda, alienação, mensuração de avarias ou
levantamento de patrimônio industrial, para efeitos de contabilidade industrial. Para tanto, o mais
indicado é que o avaliador, nesse caso, seja um profissional da área mecânica, ou possua formação
similar, já que essas transações, muitas vezes, envolvem grandes valores, o que exige grande
conhecimento técnico. O profissional em questão é, geralmente, um engenheiro mecânico, podendo
este, para melhor desempenho, possuir especialização na área em questão.

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Avaliação de máquinas e equipamentos – Uma abordagem pelos métodos da depreciação e comparativo
julho de 2013
Quando se fala em avaliação de bens, uma interpretação primária e superficial – portanto restrita –
gera o entendimento de que o fruto desse processo é a obtenção do valor de um bem, o que não está
errado. Porém, esse trabalho altamente complexo pode ser utilizado objetivando-se finalidades
secundárias, sendo suas aplicações diversas, tais como:
a) comercialização (venda e locação);
b) atualização do valor de ativos;
c) avaliação para fins de seguros, hipotecários, garantias;
d) análise de carteira de portfólios imobiliários;
e) análise de investimentos imobiliários (lastro);
f) determinação do valor de mercado;
g) análises de viabilidades de empreendimentos;
h) análise de highest and best use;
i) desapropriações e servidões administrativas;
j) indenizações;
k) partilha de bens;
l) revisionais e renovatórias de valor de locação;
m) lançamentos fiscais (planta genérica de valores), entre outros.
Um avaliador deve sempre levar em consideração os riscos que podem surgir durante o processo
avaliativo, portanto ele deve tentar prevê-los, de maneira a não ser surpreendido. Quando está
realizando seu planejamento de avaliação, o profissional deve tentar mitigar os possíveis riscos e
elaborar planos de ação, caso eles surjam. Assim, uma matriz de planejamento pode ser criada para
facilitar o gerenciamento de riscos do processo.
Outro ponto a ser relevado é a importância do mercado em um processo de avaliação de bens.
Como se sabe, a economia mundial é altamente instável, ocasionando alterações nas cotações de
moedas e nos índices de inflações dos diversos países. Assim, diante da incerteza gerada pelos
fatores econômicos e financeiros que cerceiam o mercado de compra e venda de bens, alguns
“mitos sobre avaliações” são propostos por Demodaran (1996):
a) Uma vez que os modelos de avaliação são quantitativos, a avaliação é objetiva;
b) Uma avaliação bem pesquisada e bem executada é atemporal;
c) Uma boa avaliação apresenta uma estimativa precisa do valor;
d) Quanto mais quantitativo o modelo, melhor a avaliação;
e) O mercado está, em geral, errado;
f) O produto da avaliação é o que importa, o processo avaliatório, não.
Por serem denominados “mitos”, subentende-se que não são verdade, apesar de, no senso comum,
serem tidos, erroneamente, como algo em que se acredita.
Portanto, com base nas alíneas acima, a materialidade de informações antigas deve ser analisada, a
fim de que se conclua se elas poderão ou não ser utilizadas em trabalhos subsequentes. Outro ponto
é a fonte dessas informações, que deve ter sua confiabilidade questionada, para que elas sejam tidas
como fidedignas, além de representativas.
Doravante, ao consultar a literatura a respeito da temática em questão, notou-se a escassez de
estudos e livros focados nos métodos que possibilitem realizar a avaliação de máquinas e
equipamentos. Desse modo, a revisão da literatura foi o caminho mais apropriado e escolhido para
desenvolver esse estudo, com o intuito de que seja possível esclarecer e apresentar as possibilidades
de desenvolvimento do trabalho pelo engenheiro mecânico que se direciona ao ramo de avaliações.
Nesse sentido, diante da justificativa da realização desse estudo, objetivou-se: apresentar os

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métodos da depreciação e comparativo na avaliação de máquinas e equipamentos.

2. Vantagens da avaliação de Engenharia


Ao se realizar a avaliação de um bem, deve-se fazê-lo de forma correta, utilizando-se de um método
confiável. Para isso, é necessário conhecimento técnico prévio, o que será determinante na
realização da vistoria, que é a inspeção física do bem avaliando. Segundo a Cartilha de Avaliação
(2007), do IBAPE/SP, a vistoria é responsável pela identificação de parâmetros técnicos do bem,
envolvendo:
a) metodologias construtivas e tipo de materiais empregados, verificando se os mesmos são
duráveis ou não, se apresentam vícios construtivos ou não, dentre outros aspectos importantes para
a classificação correta de processos de depreciação de construções, máquinas, equipamentos, dentre
outros;
b) levantamentos de anomalias nas instalações e sistemas existentes, decorrentes de problemas com
obras vizinhas ou outras intervenções, que causam necessidade de reparos ou reformas,
consequentemente, implicam investimentos não previstos no bem avaliando, além de eventuais
problemas com terceiros;
c) constatações gerais quanto à integridade do bem, identificando eventuais falhas de manutenção
que poderão causar problemas de desvalorização precoce, perda de valor ou, ainda, que
impossibilitam e restrinjam o futuro uso desejado;
d) verificação da necessidade de reformas e/ou em geral, envolvendo problemas construtivos,
interferências de ações de terceiros, ou ainda, expressem as adequações necessárias ao uso
almejado, que, eventualmente, resultam em um investimento maior no bem avaliando com alteração
de seu valor, impactando ou não em possibilidades de valorização ou desvalorização do bem;
e) existência, ou não, do emprego de novas tecnologias nas instalações existentes, que representem
algum diferencial de mercado, podendo impactar ou não em aumento de valor.
Além desses fatores, a vistoria também ajuda a reconhecer o mercado em que o bem a ser avaliado
está imerso. Como citado, esse ponto é de grande importância num processo de avaliação.
Por fim, ao se abordar a importância de uma avaliação confiável e, por conseguinte, as vantagens
dela decorrentes, deve-se destacar que, ainda, segundo a Cartilha do IBAPE/SP, se os corretos
aspectos técnicos de engenharia forem aplicados à atividade de avaliação, algumas vantagens e
benefícios serão garantidas no resultado, quais sejam:
a) classificação correta do padrão construtivo, tipo e estado de conservação, refletindo diretamente
no cálculo do valor do bem avaliando;
b) identificação técnica dos sistemas existentes que podem gerar valorização ou desvalorização;
c) observações quanto à necessidade de investimentos futuros, que podem viabilizar ou inviabilizar
determinados usos e negócios;
d) versatilidade na negociação em casos de compra e venda de bens, já que serão identificados
diversos parâmetros que implicam um possível abatimento do valor ofertado, ou, ainda,
fundamentam o valor calculado na avaliação;
e) segurança na aquisição de bens, pois aspectos físicos são ponderados e analisados, além de
eventuais problemas com terceiros, vizinhos, etc;
f) segurança na atualização de ativos imobiliários, porque inúmeras questões envolvendo
depreciação são analisadas e ponderadas;

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g) credibilidade na avaliação executada, já que o bem avaliando está devidamente caracterizado,
fundamentado, inclusive com a correta identificação de mercado no qual está inserido;
h) credibilidade e confiabilidade, visto que o profissional avaliador não tem interesse na negociação
do bem avaliando, e não participa da transação comercial propriamente dita;
i) indicam viabilidades de uma negociação do bem, bem como o melhor momento de fazê-lo
(venda, compra ou locação);
j) indicam potencialidades ou retrações do mercado que impactam em desvalorização ou
valorização do bem, independentemente de questões físicas;
k) segurança na indicação e estudos de viabilidade de investimentos;
l) confiabilidade e fundamentação do valor calculado na Avaliação com a apresentação clara e
transparente de todas as etapas de estudo e cálculos que validam o valor arbitrado;
m) indicam se o bem avaliando possui características que o posicionam no nível superior ou inferior
das médias calculadas para o mercado estudado e, ainda, se há potencialidade de investimentos para
que este bem aumente seu posicionamento nesse mercado, o que pode oferecer melhores retornos
ao investidor ou comprador.
Assim, ressalta-se, mais uma vez, a importância e responsabilidade do profissional de avaliação,
que efetuará um trabalho minucioso, a fim de gerar e disponibilizar informações claras, concisas e
fidedignas ao que se avalia.

3. Depreciação
A partir da aquisição de um bem, quer ele seja novo ou usado, inicia-se um processo de “perda de
valor” dele. Isso pode ser decorrência da sua utilização (ou má utilização, o que desvaloriza ainda
mais esse bem), falta de um plano de manutenção sobre essa máquina ou equipamento,
modificações que ele venha a sofrer ou obsolescência, entre fatores que podem agravar o fenômeno.
Assim, o fator “desvalorização” deve ser abordado de forma correta e que se aproxime da exata,
para que o bem venha a ser avaliado, e seu preço se aproxime do real, refletindo a situação do bem.
A norma NBR 14653-1, base para avaliação de bens, estabelece modalidades de depreciação,
iniciando pela depreciação “propriamente dita”, como se observa:
a) Depreciação – perda de valor de um bem, devido a modificações em seu estado ou qualidade;
b) Decrepitude – desgaste de suas partes construtivas, em consequência de sue envelhecimento
natural, em condições normais de utilização e manutenção;
c) Deterioração – desgaste de seus componentes em razão de uso ou manutenção inadequados;
d) Mutilação – retirada de sistemas ou componentes originalmente existentes;
e) Obsoletismo – superação tecnológica ou funcional.
Segundo o Engenheiro Hélio Roberto Ribeiro Caires apud Gatto (2007), o fenômeno da
depreciação se dá por dois grandes grupos: de ordem física e de ordem funcional.
O desgaste físico é consequência da utilização do equipamento, o que gera um desgaste constante
(decrepitude), ou decorrente do mau uso ou avarias bruscas.
O desgaste funcional é oriundo de três formas de uso incorretos – inadequação, superação e
anulação. A primeira é motivada por falhas na concepção do projeto; a segunda seria o que se
define como obsoletismo, e a terceira ocorre quando o bem não possui condições de se adaptar a
novas funções que venha a desempenhar.
Para melhor entendimento, a Figura 2 esquematiza o que foi descrito acima.

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Figura 2 – Depreciação e suas fontes causadoras


Fonte: Gatto (2007)

Ainda segundo Caires, medidas de proteção, conservação ou adaptação das máquinas e


equipamentos podem retardar as formas de desvalorização do bem, mas nunca eliminá-las, já que se
apresentam logo a partir da compra dele.
Para se avaliar a depreciação de um bem, deve-se selecionar uma metodologia consagrada,
disponível na literatura, como, por exemplo, método da linha reta, Kuentzle, Ross, Ross-Heidecke,
entre outras, que serão brevemente apresentadas no próximo capítulo do presente trabalho.
Após selecionar a metodologia a ser utilizada, deve-se, através de diferentes tabelas encontradas na
literatura pertinente, estimar o tempo de vida útil para o bem em questão. Um exemplo dessas
tabelas é apresentado anexo, ao final do trabalho.
Portanto, para o cálculo da depreciação, devem-se levar em conta fatores determinantes, como vida
remanescente, vida transcorrida, valores residuais e estado de conservação e obsolescência do bem.

4. Métodos para o cálculo da depreciação


Ao se aprofundar na temática Avaliação de máquinas e equipamentos, verifica-se a existência de
alguns métodos para a obtenção do seu valor de mercado em determinada data, quais sejam os
principais: método da linha reta, Kuentzle, Ross, Ross-Heidecke, entre outros.
Os métodos citados e que, a seguir, serão brevemente descritos, tratam da depreciação de um bem.
Gatto (2007) ensina que depreciação é a decadência no valor de um bem e que esse fenômeno é
contínuo.
Desse modo, com o conceito inicial de depreciação apresentado, é possível partir para o
esclarecimento dos métodos para avaliar o referido fenômeno.
O método da linha reta prevê uma depreciação linear, ou constante, do bem ao longo do tempo, até
que esse atinja o fim de sua vida-útil, onde lhe restará apenas o “valor de sucata”. Neste ponto cabe
a definição, segundo a norma ABNT 14653, do termo “valor de sucata”, que é o “valor de mercado
dos materiais reaproveitáveis de um bem, na condição de desativação, sem que esses sejam
utilizados para fins produtivos”. Ou seja, é o valor residual do bem, quando este seja inservível ao
fim a que se destinava quando em atividade. Por exemplo, o valor de sucata de um automóvel é
aquele pelo qual um ferro-velho pagaria por ele, representando apenas o valor do material de que o
bem é composto, e que poderá ser reaproveitado na fabricação de outro bem.

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Outra definição para “valor de sucata” é proposta por Abunahman (2006), que ensina que é “o valor
do bem determinado na base do que ele se auferiria, caso o mesmo tivesse que ser vendido como
sucata ou apenas para aproveitamento de algumas de suas partes constitutivas, sem ter
possibilidades comerciais de voltar à utilização primitiva para o qual o bem foi produzido”. Ambas
as definições consideram o valor ao fim da vida útil do equipamento, isto é, em condição de
desativação dele.
O critério de Kuentzle também é conhecido como “método da parábola”. Nele, a depreciação não é
constante, como na linha reta, mas ao plotar um gráfico comparativo com os dois métodos, além de
outros, como na Figura 1, verifica-se que seus ponto de extremidade são os mesmos. Apesar de não
estar explícito na Figura 1, o comportamento da depreciação pelo método de Kuentzle se assemelha
ao de Cole ou ao de percentagem constante, linhas 2 e 3, respectivamente, no gráfico.
No critério do arquiteto George Kuentzle, a depreciação é maior nos primeiros anos de utilização do
bem e vai aumentando progressivamente, até que se atinja o fim de sua vida-útil, quando terá
apenas seu valor de sucata como residual.
O método de Ross consiste em um “meio-termo” entre os dois métodos explicitados anteriormente.
Assim, no gráfico da Figura 1, ele se situa entre as linhas estabelecidas pelos métodos linear e Cole
(linhas 1 e 2, respectivamente).

Figura 1 – Comparação de alguns métodos para calcular depreciação de bens


Fonte: Abunahman, 2006.

A Figura mostra a comparação de alguns métodos utilizados para se calcular a depreciação. Os


métodos explicitados são o da linha reta (o mais simples deles), Cole (ou soma dos dígitos dos
anos), percentual constante e fundo de amortização. Percebe-se que todos eles partem do mesmo
ponto (início de vida do bem) e terminam juntos, onde se considera que o equipamento já chegou ao
fim de sua vida útil, restando apenas seu valor de sucata, como já destacado.
Dos métodos já descritos, que podem ser esquematizados de acordo com a Figura 1, todos eles
levam em conta a idade e a vida útil do equipamento, mas nenhum considera o estado de
conservação dele. O critério de Ross-Heidecke é o primeiro a considerar esse fator e, segundo Gatto

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(2007), tem como princípios básicos:
a) a depreciação é perda de valor que não pode ser recuperada com gastos de manutenção;
b) as reparações podem apenas dilatar a durabilidade;
c) um bem regularmente conservado deprecia-se de modo regular, enquanto que um bem mal
conservado deprecia-se mais rapidamente.
Assim, depreende-se que qualquer ação preventiva e de conservação aplicada sobre uma máquina
ou equipamento industrial será benéfico para esse, fazendo com que possa ter seu tempo limite para
funcionamento (vida útil) aumentado, mas não poderá, de forma alguma, anular os efeitos da
depreciação, apenas reduzi-los.
A fim de zelar pela conservação dos bens industriais, tais como máquinas e equipamentos –
binômio comumente citado na Engenharia de Avaliações –, algumas estratégias de manutenção
foram desenvolvidas. Ainda como efeito secundário, do ponto de vista da unidade produtora, o
volume de produção terá seu valor aumentado, com a utilização dos mesmos equipamentos, ao
passo que as despesas serão menores nos períodos de produção. Algumas dessas ferramentas são a
manutenção preventiva (periodicamente realizada para evitar desgastes excessivos), manutenção
preditiva (com o intuito de “prever” possíveis falhas, utilizando técnicas de avaliação como
termografia e análise de vibrações), entre outras.

5. Princípios gerais de avaliação


Este capítulo é totalmente baseado na “Norma de avaliação de bens do Ibape/SP” (2005). A
importância de se apresentarem os princípios da avaliação é que eles, muitas vezes, auxiliam no
entendimento dos procedimentos de avaliação e da variação dos cenários em determinadas datas, o
que influencia a avaliação. O Ibape cita os seguintes princípios, que serão comentados de forma
simplificada, mas que não terão, por isso, seu entendimento comprometido:
a) Princípio ou “lei” da oferta e da procura: institui que o preço de um bem não é estático, mas varia
de forma inversamente proporcional com a oferta e diretamente com sua procura. Isto é, se há
grande oferta, seu preço é diminuído, e o inverso é verdadeiro. Ainda, com grande procura, o preço
é aumentado;
b) Princípio da permanência: admite que um preço tem suas variações, mas existe um período de
tempo em que ele permanece constante;
c) Princípio da proporcionalidade: bens semelhantes disponíveis do mercado terão preços
semelhantes. Em contrapartida, bens diferentes terão preços proporcionais às diferenças verificadas
nesses bens;
d) Princípio da substituição ou da equivalência: dois bens fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por outros de mesmas características), em mercados semelhantes, têm preços
semelhantes;
e) Princípio da rentabilidade: o valor de um bem explorado economicamente é função das
expectativas de renda que ele proporcionará no futuro, decorrentes da sua utilização;
f) Princípio da finalidade: a finalidade da avaliação condiciona as ferramentas (método e técnica) a
serem utilizadas para tal. Por conseguinte, essas ferramentas devem ser compatíveis e coerentes
com a finalidade;
g) Princípio do maior e melhor uso: um bem que possua várias formas de utilização e emprego, será
empregado da melhor forma econômica, desde que legal, e que se enquadre nas condições de
mercado correntes;

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h) Princípio da probabilidade: quando existirem várias condições de cenário e ou possibilidades de
eleição, que sejam razoáveis, devem ser adotadas aqueles mais prováveis;
i) Princípio da prudência: são adotados valores mais conservadores e que ofereçam maior liquidez
ao bem avaliando;
j) Princípio da transparência: o laudo ou parecer técnico deve conter as informações necessárias e
suficientes, de fácil compreensão e detalhando as hipóteses e documentação utilizadas.
Esses princípios, propostos pelo Ibape – conceituada instituição na área de Perícias e Avaliações de
Engenharia –, são itens norteadores ao se realizar um trabalho de Engenharia, mantendo, assim, a
objetividade e integridade da atividade.
Se esses pontos forem seguidos pela pessoa do avaliador, o processo será, em muito, facilitado, na
medida em que, ao primar pelo profissionalismo, não poderá ser questionado quanto ao seu
ceticismo e conduta.

6. A avaliação de um bem
Para se avaliar o bem em questão (máquinas e equipamentos para efeitos dessa produção
acadêmica), deve-se realizar a vistoria. Para tanto, deve-se levar em consideração o meio em que o
bem avaliando se encontra, ou seja, como ele será afetado por aquilo que está em seu entorno. Isto
quer dizer que, como já abordado, é indispensável conhecimento técnico prévio daquilo que se está
avaliando e de instalações industriais em geral.
Como ferramentas auxiliares, existem as provas documentais, que podem ser, segundo a norma
NBR 14653, manuais, desenhos esquemáticos, documentação de origem e guias de importação para
máquinas isoladas; plantas, leiautes, fluxogramas, escrituras e documentos dominiais para unidades
industriais. Além de elas facilitarem o trabalho a ser realizado, servem como base para
comprovação dos valores, informações e dados obtidos no decorrer da tarefa de avaliação.
Para registrar informações e dados do bem, Gatto (2007) menciona que se devem fotografar as
principais partes e componentes, detalhes, acessórios, equipamentos, além de uma visão geral da
máquina (em se tratando de máquinas e equipamentos – objetivo do presente trabalho). Ainda, esse
material servirá para a elaboração posterior do laudo técnico resultante da vistoria e avaliação, que
conterá, principalmente, o parecer do perito. A presença de fotos no laudo, além de ser uma
aplicação direta do princípio da transparência, facilita o entendimento daquele que lê o referido
documento.
Determinado o fim para o qual a avaliação está sendo realizada, pode-se definir o grau de
fundamentação para que o engenheiro de avaliações planeje as etapas que deverá seguir para tal
procedimento. Assim, a norma NBR 14653-5 (Avaliações de bens. Parte 5 – Máquinas,
Equipamentos, Instalações e Bens Industriais em geral) exibe a Tabela 1, relativa ao grau de
fundamentação para os laudos resultantes de uma avaliação.

Graus
Item Descrição
III II I

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Caracterização completa e
Caracterização sintética do
identificação fotográfica do
bem e seus principais Caracterização sintética do
1 Vistoria bem, incluindo seus
complementos, com bem, com fotografia.
componentes, acessórios,
fotografias.
paineis e acionamentos.

O funcionamento foi observado


pelo engenheiro de avaliações e O funcionamento foi
Não foi possível observar o
2 Funcionamento as condições de produção, observado pelo engenheiro
funcionamento.
eficiência e manutenção estão de avaliações.
relatadas no laudo.

Para valor de reedição: cotação Para valor de reedição:


direta do bem novo no cotação direta do bem novo
fabricante, para a mesma no fabricante, para a mesma Para valor de reedição: uma
especificação ou pelo menos 3 especificação ou pelo cotação direta para bem
cotações de bens novos menos 2 cotações de bens novo similar.
Fontes de
similares. novos similares. Para valor de mercado: 1
informação e
3 Para valor de mercado: no Para valor de mercado: 2 dado de mercado de bem
dados de
mínimo 3 dados de mercado de dados de mercado de bens similar no estado do
mercado
bens similares no estado do similares no estado do avaliando.
avaliando. avaliando. Citada a fonte da
As informações e condições de As informações e condições informação.
fornecimento devem estar de fornecimento devem
documentadas no laudo. estar relatadas no laudo.

Implícita no valor de mercado Calculado por metodologia


4 Depreciação Arbitrada.
do bem. consagrada.

Tabela 1 – Graus de fundamentação para laudos de avaliação


de máquinas, equipamentos ou instalações isoladas.
Fonte: NBR 14653-5 (2005)

A Tabela 1, em sua estrutura, apresenta 3 Graus (I ao III) e 4 itens (1 ao 4). Dessa forma, o
atendimento a cada exigência do Grau I somará 1 ponto; do Grau II, 2 pontos e do Grau 3, 3 pontos.
O enquadramento global do laudo deverá considerar a soma de pontos obtidos para o conjunto de
itens, atendendo à Tabela 2, a seguir.

Graus III II I
Pontos
10 6 4
mínimos

Itens 2 e 4 no mínimo no
Todos os itens no mínimo no Todos os itens no mínimo
Restrições grau II e os demais no
grau II no Grau I
mínimo no grau I

Tabela 2 – Enquadramento dos laudos segundo seu grau de fundamentação


(avaliação de máquinas, equipamentos ou instalações isoladas)

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Fonte: NBR 14653-5 (2005)

Cabe ressaltar que, quanto maior a soma obtida, maior será o grau de detalhamento da avaliação e,
por conseguinte, do laudo. Também maior será, na mesma proporção o trabalho do avaliador. Não
se veja esse acréscimo de volume de tarefas como simples melindre, mas como necessário e
inerente à atividade que se realizar, já que ela possuirá – pode-se deduzir – maior grau de
complexidade.

7. Método Comparativo
Não é o suficiente apenas calcular o valor que o bem depreciou desde o início de sua utilização –
cálculo que parte do valor inicial do bem –, mas, também, comparar o valor obtido com o valor de
bens similares presentes no mercado. É aí que entra o chamado “Método comparativo”.
Essa concatenação de informações se faz necessária, já que, ao se avaliar a depreciação por métodos
de cálculo, leva-se em conta apenas o bem isolado, no ambiente em que se encontre. É necessário,
portanto, mais do que isso: deve-se compará-lo a outros bens.
Juliano (2009) define que “Método Comparativo de Dados de Mercado ou simplesmente Método
Comparativo é aquele que define o valor através da comparação com dados de mercado
assemelhados quanto às características intrínsecas e extrínsecas, identificando o valor de mercado
do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da
amostra”. Por isso, mais uma vez, contempla-se a necessidade do conhecimento técnico que o perito
deve possuir ao realizar uma avaliação de bens, mais precisamente máquinas e equipamentos.
Ao obter informações acerca do valor de mercado de determinado bem dois detalhes são
destacados, citados por Abunahman (2006), que devem ser relevados quando da ocorrência dessa
ocasião:
a) procurar referências de vendas ou alugueis de propriedades [ou bens] comparáveis;
b) atualizar os preços dos valores dos bens tomados como referência, considerando as diferentes
épocas de transação.
Diante do exposto, ressalta-se que a utilização dessas hipóteses facilita a obtenção de uma
informação que nem sempre é fácil de conseguir: o valor de mercado de um bem. Dependendo do
profissional, diferentes valores poderão ser encontrados, já que essa metodologia advém da
percepção e experiência daquele que a realizar. Mas, por certo, esses valores não deverão ser
intensamente discrepantes, admitindo-se pequenas variações.

8. Laudo técnico
De posse de todas as informações necessárias para avaliar um bem, incluindo as fotos que foram
tiradas, deve-se apresentá-las de forma clara e objetiva, para que às partes interessadas não restem
dúvidas ou ocorram questionamentos. Assim, o documento oficial resultante de uma avaliação é o
laudo técnico que o Engenheiro de Avaliações deverá elaborar.
O laudo é o produto final da avaliação, e é ele que será a referência para consultas futuras para
obtenção de informações sobre o processo de avaliação do bem em questão. Por isso, ele deve
conter algumas informações, que segundo a norma NBR 14653 são imprescindíveis, tais como:
a) identificação do solicitante, quer seja ele pessoa física ou jurídica;
b) finalidade do laudo, quando for informado ao Engenheiro de Avaliações pelo solicitante;
c) tipo de avaliação;
d) grau de agregação da avaliação;
e) pressupostos, ressalvas e fatores limitantes;

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f) identificação e caracterização do bem avaliando;
g) diagnóstico de mercado;
h) indicação da metodologia utilizada;
i) tratamento de dados e identificação de resultados;
j) especificação da avaliação;
k) resultado da avaliação e data de referência, com explicação da finalidade, objeto, tipo de valor e
alcance da avaliação;
l) qualificação completa e assinatura dos profissionais responsáveis pela avaliação.
Além disso, é de fundamental importância que haja as informações de contato do profissional de
avaliação, para que os contatos futuros sejam facilitados.
Acerca da assinatura do engenheiro, que deve ser parte integrante do laudo, como disposto na alínea
l) acima, indica-se assinar todas as páginas do laudo para evitar possíveis fraudes e falsificações
provenientes de má-fé de terceiros. Ademais, é de fundamental importância a paginação do
documento, pelo mesmo motivo anterior, ao dificultar que páginas sejam inseridas ou retiradas.
Por fim, aconselha-se que o engenheiro guarde consigo uma cópia do laudo para consultas
posteriores que, porventura, sejam necessárias.
9. Conclusão
Conclui-se, como previsto, que, para avaliações de máquinas e equipamentos, como em muitas
outras áreas, é necessário grande conhecimento, proveniente da experiência com trabalhos
correlatos, além da formação acadêmica. Pois o domínio prático, além de promover o profissional
no mercado de trabalho, exibindo suas qualidades e sendo reconhecido por aquilo que faz, se alia ao
domínio teórico, que confere segurança ao Engenheiro nos momentos em que desempenha sua
função.
Acredita-se que, ao utilizar as diferentes metodologias consagradas de depreciação, somadas ao
Método Comparativo, é facilitada a execução do trabalho para o qual o profissional foi contratado,
constituindo ferramentas básicas e suficientes para tal.
As metodologias de depreciação ajustam o valor do bem para o tempo atual, em que é analisado.
Em contrapartida, o Método Comparativo, através da equiparação com outros bens similares,
também no tempo atual, “arredonda” esse valor ou o corrobora. Assim, a metodologia é segura.
Através das pesquisas bibliográficas realizadas para o desenvolvimento do presente trabalho
acadêmico, foi possível expandir os conhecimentos na área, ao consultar algumas fontes literárias,
mesmo que difíceis de serem encontradas no mercado. Ainda hoje, esse tipo de literatura é escasso,
fazendo com que muitos fatores e informações sejam transmitidas informalmente (de forma verbal,
na maioria das vezes) de um profissional para outro, em seu cotidiano de trabalho.
Para finalizar, enfatiza-se que, sempre mais requisitado no mercado, o Engenheiro de Avaliações
deve sempre se atualizar, frequentando palestras da área, efetuando contatos com colegas do mesmo
ramo de atuação, construindo e aprimorando o corpo de conhecimento científico que envolve esta
temática e, assim, dar continuidade na carreira acadêmica, como é o proposto pelo curso de pós-
graduação em questão.

Referências
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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julho de 2013
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: resumo:
elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: citações:


elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1: avaliação de


bens, parte 1: procedimentos gerais. Rio de Janeiro, 2001.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-5: avaliação de


bens, parte 5: máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral. Rio de Janeiro,
2001.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: formatação de


trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro, 2002.

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PINI, 2006.

CREA-PR, CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA


DO PARANÁ. Manual de fiscalização de Engenharia de Avaliações. Curitiba, 2009.

DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Cortez, 1991.

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FACHIM, Odília. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001.

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GATTO, Osório. Engenharia de Avaliações / Ibape SP – Capítulo 18: Avaliação de máquinas e


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GUIMARÃES, Adriano Dutra. Estudo comparativo entre os métodos de depreciação e valor de


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JULIANO, Rui. Manual de Perícias. Rio Grande: Rui Juliano, 2009.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1997.

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SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fonte, 1995.

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http://www.ibape-sp.org.br. Acesso em 23 Mai 2012.

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PERÍODOS SUGERIDOS DE DEPRECIAÇÃO TOTAL (VIDA ÚTIL)


Fonte: ABUNAHMAN, S. A. Curso básico de Engenharia Legal e de Avaliações, PINI, 3ª ed.

Equipamentos de Escritório Mínimo Máximo


Mesas de madeira, vidro ou ferro 8 14
Arquivos de madeira 8 12
Cofres 20 25
Máquinas de escrever, mecânicas 6 10
Máquinas de escrever, elétricas 4 6
Máquinas de calcular 6 8
Máquinas de contabilidade 5 8
Aparelhos de ar condicionado central 14 20
Aparelhos de ar condicionado 14 18
Aparelhos de comunicação 6 10
Máquinas copiadoras 4 6

Equipamentos de Informática Mínimo Máximo


CPU 3 6
Impressoras matriciais 6 10
Impressoras jato de tinta 5 8
Impressoras laser e jato de cera 4 8
Vídeos VGA mono e color 6 10
Periféricos 5 8

Equipamentos de transporte Mínimo Máximo


Aeronaves comerciais 5 8
Aeronaves particulares 6 10
Automóveis táxis 3 5
Automóveis particulares 4 8
Ônibus 6 12
Veículos utilitários 4 6
Caminhões leves 4 6
Caminhões pesados 6 8
Reboques (quinta roda) 6 8
Caminhões betoneiras 5 7
Caminhões basculantes 5 7
Caminhões “fora de estrada” 4 8
Vagões ferroviários e locomotivas 14 20
[transporte interno (dentro da empresa)]
Vagões ferroviários e locomotivas (transporte externo) 12 16
Embarcações uso comercial 14 20
Embarcações uso lazer 12 25
Equipamentos para transporte hidroviário 16 22

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Equipamentos e instalações industriais Mínimo Máximo


Bombas 14 20
Compressores 14 20
Correias de linhas de produção 18 25
Correias transportadoras ao tempo 16 24
Elevadores 16 24
Sopradores 14 20
Tubos de cobre 24 26
Tubos de inox 24 26
Tubos fora de alvenaria 10 15
Geradores 14 20

Equipamentos e instalações agrícolas Mínimo Máximo


Arados 8 12
Estufas 10 20
Tratores 10 15

Equipamentos e instalações minerais Mínimo Máximo


Extração de minerais metálicos 7 15
Extração de minerais não metálicos 7 15
Produção de petróleo 7 15
Gás natural 7 15
Perfuração de poços de petróleo e de gás 5 8
Exploração de depósitos de petróleo 10 20
Refinação de petróleo 18 25
Instalações e tubulações para transporte 15 25
Instalações para armazenagem em aço 10 20
Instalações para armazenagem em fibra 10 25

Equipamentos para construção civil Mínimo Máximo


Equipamentos básicos para construção 5 10
Gruas e elevadores 15 20

Fabricação de produtos alimentícios e bebidas Mínimo Máximo


Indústria moageira (inclusive moinhos de cereais) 12 25
Usinas açucareiras e refinadoras de açúcar 15 25
Fabricação de cigarros, charutos e fumos 10 16

Equipamentos da indústria têxtil Mínimo Máximo


Malharia 5 10
Fiação e tecelagem 10 25
Acabamento e tingimento 10 20
Roupas/confecções de borracha e de couro 10 25

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Produção de madeira Mínimo Máximo


Serrarias – permanentes 10 15
Serrarias – temporárias 5 10
Carpintaria e marcenaria 15 25
Compensados 10 25
Lâminas de madeira 15 25
Usinas de tratamentos de moirões e postes 10 20

Máquinas universais para uso em ferramentaria Mínimo Máximo


Tornos mecânicos 15 20
Plainas 15 25
Fresas 12 20
Eletroerosão 10 15
Prensas hidráulicas 20 25
Furadeiras radiais 20 25

Máquinas universais para uso em manutenção Mínimo Máximo


Tornos mecânicos 20 25
Plainas 20 25
Fresas 15 25
Eletroerosão 10 15

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