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O medo na literatura

De vampiros a lobisomens, figuras monstruosas assombram


gerações literárias há tempos

Juliana Reigosa e Juliana Valente surgiu a figura de Frankenstein


– doutor que deu vida ao mons-
os mitos aos livros sombrios, tro conhecido pelo nome de seu

D dos contos de terror às his- criador –, idealizado em 1816


tórias de suspense, horror e pela britânica Mary Shelley, na
ficção científica, a literatura do época com 19 anos. Em 1897, o
medo cada vez mais conquista irlandês Bram Stoker criou o Con-
leitores. Desde a Antiguidade, o de Drácula. A história do icônico
interesse pelo desconhecido leva vampiro tornou-se a mais famo-
o homem a criar lendas folclóri- sa dos personagens na literatura
cas e episódios mitológicos para mundial.    
explicar o que não entende ou co- No Brasil, a literatura maca-
nhece. Para muitos estudiosos, a bra deu os primeiros passos no
Grécia Antiga é o berço desse tipo século XIX, com José de Alencar
de literatura, por ser responsável e Álvares de Azevedo. Apesar do
por histórias como a do Minotau- primeiro ser considerado um dos
ro, o monstro com cabeça de tou- principais nomes do Romantismo Álvares de Azevedo escreveu Noite na
taverna, considerado a expressão
ro e corpo de gigante que vive em brasileiro, no início da carreira o máxima do horror nacional
um labirinto. Outra criação dos escritor experimentava dois mo-
gregos que faz sucesso até hoje é delos para criar romances: o pri- co. Publicada em 1855, três anos
a Medusa, a terrível criatura com meiro, risonho e leve, inspirado após a morte do autor, a histó-
cabeleira formada por serpentes e em narrativas pitorescas; outro ria é dividida em sete capítulos,
olhar petrificante. “merencório, cheio de mistérios e narrada por um grupo de cinco
Ao longo dos tempos, a lite- e pavores”, fruto das novelas rapazes que estão abrigados em
ratura do medo se desenvolveu que lera, como registrou no livro uma taverna.
bastante no mundo. No século Como e porque sou romancista, de Na época, esse tipo de literatura
XVIII, o estilo gótico construiu 1893. Ainda de acordo com José era comum entre os acadêmicos,
narrativas através do uso da psi- de Alencar, este segundo começa- o que permitia tonalidades extre-
cologia do terror e do imaginá- va, em geral, “nas ruínas de mamente violentas. Porém, a par-
rio sobrenatural. Cenários um castelo” ou em alguma tir da segunda metade do século
como castelos assusta- “capela gótica frouxa- XIX, os textos de horror deixaram
dores e masmorras som- mente esclarecida”. de ser restritos a esse meio e co-
brias ganharam força, Por sua vez, Álvares meçaram a ser impressos nos jor-
ao mesmo tempo em de Azevedo escreveu nais de maior circulação. Essa mi-
que criaturas pavorosas Noite na taverna, que gração, que visava alcançar um
como bruxas, lobiso- hoje é considerado a público mais amplo, teve como
mens, fantasmas, demô- expressão máxima do consequência a suavização das
nios e vampiros foram horror nacional. O livro histórias, através de abordagens
explorados intensa- é uma antologia de que promovem o aspecto lúdico
mente. contos do autor bra- do medo ficcional, o que resultou
Frankenstein criado
Já no século XIX, por Mary Shelley sileiro ultrarromânti- na perda de cenários com ruas

as
AS muitas faces do Terror 27
curas e noites de excessos. tas vezes a componen- e filmes de Tim Burton ou Roger
As narrativas mais tes característicos, por Corman. São também histórias
leves com dramas sen- exemplo, da ficção de medo, temperadas não pela
timentais passaram científica. Já a litera- repulsa, mas por outros compo-
a dividir espaço com tura de horror tem nentes dramáticos: o humor, o
os mistérios assusta- elementos essencial- bizarro, ou a estilização – explica
dores. Mas, antes de mente da natureza o estudioso, que é escritor e com-
ganhar as páginas Edgar psicológica que não positor”, explicou.
Alan
dos jornais, a literatu- Poe abordam nada de so-
ra do medo já fazia su- brenatural. Falam de Por que sentir medo?
cesso entre os brasileiros. assassinato, tortura, de O medo é real, mas a criatura
O pesquisador de literatura assuntos que causam arre- que o provoca não. O universo do
fantástica e de ficção científica pio e apreensão e estremecem o medo exerce um grande fascínio
Braulio Tavares ressalta que esse corpo do leitor. entre os espectadores ao se articu-
tipo de literatura sempre esteve Na tese Medo e terror na litera- lar com o que é paradoxalmente
mais presente na cultura popu- tura infanto-juvenil brasileira, a estranho e íntimo de cada um. A
lar, na memória oral, do que na professora associada do Depar- atração pelo gênero provém de
literatura oficial: “As histórias de tamento de Letras da UFRJ, Rosa uma curiosidade natural do ho-
assombração brasileiras são em Gens, aborda essa diferença. Se- mem de querer conhecer e experi-
grande parte histórias avatares, gundo a docente, o horror é uma mentar o medo com uma relativa
arquetípicas, réplicas estrutural- reação física, enquanto o terror segurança. Para a psicóloga Ana
mente fiéis de narrativas do mun- seria uma reação provocada pelo Cristina Cantarino, no momento
do inteiro, de mil ou 2 mil anos sobrenatural, pelo desconhecido. em que o espectador está diante
atrás. E há sem dúvida uma gran- A linha tênue entre o horror e o de uma cena horripilante, sente
de parte que é resultado de cinco terror fez com que estudiosos te- pavor e, de certa forma, prazer,
séculos de vida imaginativa. Du- nham adotado nos últimos anos já que possui a certeza de não es-
rante o Romantismo, tivemos al- a classificação de “literatura do tar passando por um perigo real.
guns flertes com o horror europeu, medo” para abranger os dois gê- Ana explica que essa sensação
como na obra Noite na taverna, de neros. Junto às histórias de terror prazerosa pode ser sentida quan-
Álvares de Azevedo, mas as histó- e de horror, se misturam narrati- do a pessoa vivencia o medo com
rias de medo sempre tiveram boa vas de suspense e de ficção cientí- uma distância psicológica, sem
resposta de público nos quadri- fica, ou seja, histórias fantásticas. colocar em risco a própria inte-
nhos brasileiros e no nosso rádio”, Braulio é um desses pesquisado- gridade. “Por que a pessoa gosta
disse. res que preferem usar essa deno- de ler textos de horror, ver filmes
minação. de terror, séries de televisão ma-
O que é a literatura “Por contaminação da literatu- cabras? Porque ela quer descarre-
do medo? ra de língua inglesa, tendemos a gar a adrenalina em uma sensa-
Apesar da semelhança na no- designar essa estante com a pala- ção de perigo, ao mesmo tempo
menclatura, as literaturas de ter- vra horror, que é o termo preferi- em que busca uma sensação de
ror e horror possuem particulari- do em inglês. Horror, como já foi prazer. Caso contrário, não exis-
dades e são bem distintas em seus definido por alguém, é mistura tiriam livros de bruxas e demô-
objetivos. A primeira tem uma do terror com a repulsa. Portan- nios, filmes de vampiro, séries de
vertente representada especial- to, é mais grave que o terror. Já TV sobre fantasmas, entre outras
mente por Edgar Allan Poe, con- o medo é algo que encamparia produções do gênero. O contrário
siderado “O pai dos contos de ter- não apenas um horror tipo Lo- acontece com cenas que a pessoa
ror”. Neste tipo, existem histórias vecraft, mas também um tipo de assiste involuntariamente, como
que provocam medo por conter escrita e de temática mais leve, um incêndio, um terremoto, um
elementos do sobrenatural, som- como as de algumas obras de assassinato, uma morte. Esses são
brio, macabro, associados mui- Ray Bradbury, de Neil Gaiman, episódios reais que a pessoa não

28 Julho/Dezembro 2016
Steve Schofield
sente prazer. Porém, um livro de
terror procurado voluntariamente
tem como motivação algum tipo
de prazer”, comentou.

Os maiores autores da
literatura do medo
A grande referência viva no gê-
nero do medo é o escritor america-
no Stephen King, reconhecido em
todo o mundo como um dos prin-
cipais escritores de contos de terror,
horror fantástico e ficção. As obras
de King, que frequentemente estão
nas principais listas de best-sellers, O escritor americano Stephen King, mestre dos contos de terror
já venderam mais de 360 milhões
de cópias e foram publicadas em Poe que se estabelece um novo di- Panorama da literatura
mais de 40 países. Entre os clássi- recionamento para a literatura do do medo no Brasil
cos do mestre do terror moderno medo. Em O horror sobrenatural na contemporâneo
estão O iluminado (1977), Carrie literatura, ele reconhece que “seu No Brasil, a literatura do medo
(1974) e Doutor Sono (2013). Além tipo de visão pode ter tido precur- não encontra grande desenvol-
disso, seu trabalho já foi adaptado sores, mas foi Poe o primeiro a vimento atualmente. Embora o
para dezenas de filmes produzidos dar-se conta das suas possibilida- país tenha um imaginário re-
em Hollywood. des e de dar-lhes forma suprema e pleto de mitos e lendas, quando
Antes de King, outros dois ame- expressão sistemática”. se trata de obras com temática
ricanos foram muito importantes A partir de Poe, a temática do sombrias, principalmente desti-
para consolidar o gênero no mun- medo passou a ser abordada por nadas a adultos, são poucos os
do: Edgar Allan Poe e Howard meio de uma constante sensação empreendimentos no gênero.
Phillips Lovecraft. Apesar de terem de terror, e não através de ima- Para Braulio Tavares, há mais es-
vivido em épocas diferentes, am- gens aterrorizantes e sanguino- paço para ser lido no Brasil para
bos contribuíram para acentuar a lentas. O tema central das obras quem faz horror, terror e fantasia
dicotomia entre terror e horror. O do escritor do século XIX era a macabra do que para quem faz
terror de Poe é mais explícito, en- oscilação entre o imaginário e o ficção científica. “A literatura do
quanto em Lovecraft é sugerido e real. medo talvez seja a única capaz
oculto. A obra de Poe se concentra Grande admirador de Poe, de atingir 100% dos leitores. A fic-
no universo das histórias de terror Braulio Tavares organizou em ção científica é, embora não por
psicológico, loucura, doenças, as- 2010 Contos obscuros de Edgar um propósito seu, só para quem
sassinatos, mistério e sobrenatu- Allan Poe, uma antologia em pode”, analisa.
ral. Publicado em 1845, O corvo homenagem ao escritor ameri- Em um cenário marcado pela
é um dos clássicos do autor. Já a cano: “Poe ajudou a cristalizar internacionalização do mercado
obra de Lovecraft faz referência a algumas estruturas narrativas literário e pulverização da pro-
monstros, divindades ancestrais e do conto moderno, de modo que dução – no qual as novas mídias
horrores antigos. O escritor é co- dificilmente haverá um contista digitais, a blogosfera (todos os
nhecido por usar a primeira pes- que não acuse alguma influência blogs como uma comunidade) e
soa para se aproximar do leitor e dele, mesmo indireta. A literatura as redes sociais revolucionaram
perturbá-lo. Entre os contos céle- de Poe despertou em mim desde a literatura –, os escritores ainda
bres do autor está O chamado de cedo o interesse pela criptografia esbarram nas dificuldades de um
Cthulhu, escrito em 1926. (textos cifrados) e pelos estados mercado irregular e simpático às
De acordo com Lovecraft, é com alterados de consciência.” celebridades instantâneas. Tava

as
AS muitas faces do Terror 29
Stefano Martino Willian Charles

Raphael Montes André Vianco, o Senhor do Terror Nacional

res alerta: “se o escritor quer se tor. Tem que passar a ser o próprio tores é a pulverização da produção
lançar no mercado para ganhar êxito e ter sua qualidade literária” literária: “Quem escreve quer criar
muito dinheiro, é melhor fazer reforça Montes, que coleciona um nome, se destacar, mas como
como muitos estão fazendo: fica elogios de nomes como o escritor fazer isso em uma cultura que
famoso por outra coisa, e faz o li- americano Scott Turow, autor dos tende para a horizontalização da
vro depois”. romances Acima de qualquer suspei- massa, perdendo-se em cadeias de
Aos 26 anos, Raphael Montes, ta (1987), O ônus da prova (1990) e redes horizontais? Os que despon-
destaque na literatura policial bra- O inocente (2010). tam são ou criações efêmeras do
sileira, sabe bem o que é isso. Em Na visão do crítico literário e mercado, ou conseguiram estabe-
2012, encontrou dificuldade para professor titular da PUC-Rio, Karl lecer um vínculo com os agencia-
publicar o primeiro livro, Suicidas. Erik Schøllhammer, ter voz pró- dores do mercado literário, como
“O mercado editorial brasileiro é pria é o que diferencia o escritor a academia e os críticos literários”,
cruel. Existem prêmios literários a que entra no mercado e é lido falou.
autores estreantes e algumas edi- pela novidade, mas desaparece De opinião semelhante à de Se-
toras começam a abrir os olhos na hora de tentar se reproduzir, ligmann-Silva, Tavares ressalta
para jovens, mas a verdade é que daquele que se firma. “Esse ainda que o autor que escreve pensando
publicar o primeiro livro é com- é o grande desafio para muitos, e no público, e não na história que
plicado”, ressalta o carioca. Ele é difícil dizer, por exemplo, quais conta, corre o risco de não ter pú-
acrescenta: “Na medida em que são os autores que daqui a 20 anos blico nenhum: “Tem que haver a
o primeiro livro é publicado, você ainda vão permanecer no merca- hora de estudar e avaliar o próprio
é tachado como promessa, jovem do”, aponta. mercado editorial e a carreira. Es-
revelação da literatura. A questão Ele lembra que muitos migram crever com um olho no público é
é que, quando você é promessa, para outros segmentos que en- fatal e funciona somente depois
logo precisa provar que consegue volvem escrita, como roteiristas e que você já ficou milionário. O
se manter. Não pode chegar ao jornalistas. Para o crítico literário e público gosta de histórias escritas
quinto livro ainda sendo a pro- tradutor Márcio Seligmann-Silva, usando os dois olhos. Se aquilo
messa de um grande futuro escri- o grande desafio para novos escri- não for envolvente nem para você,

30 Julho/Dezembro 2016
Paulo Guimarães
tes, Draccon integra a equipe
de roteiristas da nova série de
terror da TV Globo, SuperMax,
comandada por Marçal Aquino
e Fernando Bonassi.

Monstros brasileiros
No Brasil, as lendas, os mitos
e o folclore sempre forneceram
material para histórias contadas
oralmente sobre o medo sobre-
natural, principalmente em es-
paços rurais. No entanto, a au-
sência de uma tradição de obras
literárias sobre personagens na-
cionais chamou a atenção do es-
critor Braulio Tavares. De acordo
com o pesquisador, a literatura
fantástica se alimenta muito de
personagens da mitologia grega
Raphael Draccon, à esquerda e Eduardo Spohr, à direita, integram a nova geração e de outras culturas, enquanto
nacional de escritores do medo
pouco se lê sobre os seres fantás-
que está criando, como vai ser do consolidar o gênero no país ticos criados e reproduzidos na
para mais alguém?” – comentou. é André Vianco, de 40 anos. extensa herança literária bra-
Considerado o “Senhor do Terror sileira. A partir de então, ele es-
Escritores brasileiros Nacional”, ele é reconhecido por creveu o livro Sete monstros brasi-
em ação livros sobrenaturais que mes- leiros, que reúne, em sete contos,
Na capa de O vilarejo, primei- clam terror, suspense, fantasia histórias inspiradas nas criaturas
ra incursão de Raphael Montes e romance, em histórias que en- da mitologia nacional, como o
pelo horror, a atriz e escritora volvem, na maior parte das ve- lobisomem e a Iara. Conhecido
Fernanda Torres ressalta que zes, a temática de vampiros. En- como um dos maiores especia-
o carioca “cria uma seleção de tre as principais obras de Vianco listas da literatura fantástica no
histórias macabras digna dos estão Os sete, A noite maldita: as Brasil, Tavares ressalta que o ob-
melhores contos dos Irmãos crônicas do fim do mundo e O caso jetivo do livro era explorar, mes-
Grimm, sem deixar nada a de- Laura. mo que de maneira limitada, o
ver a Stephen King”. Na obra A lista dos escritores que têm rico material do folclore nacio-
em questão, publicada em 2015, conseguido contribuir, aos pou- nal: “Podemos pegar o monstro
o autor, considerado o “Prínci- cos, para formar um público do jeito que existe em nosso fol-
pe do Horror Nacional”, explo- de literatura do medo no Brasil clore e dar a ele uma roupagem
ra elementos do horror gótico ainda inclui nomes como Edu- nova, de acordo com as necessi-
e suspense para criar sete his- ardo Spohr e Raphael Draccon. dades do conto que estamos es-
tórias situadas em um vilarejo Ambos são destaques por obras crevendo. Eu usei sete monstros
isolado. No fim da leitura, as com temática da fantasia. no meu livro (Iara, lobisomem,
narrativas, que podem ser lidas Spohr, de 40 anos, é autor de A papa-figo, bradador, porca, zum-
em qualquer ordem, convergem batalha do Apocalipse, da trilo- bi, carbúnculo), mas há dezenas
para uma única e surpreenden- gia Filhos do Éden. Já Draccon, que poderei usar em uma coletâ-
te solução. de 35 anos, é conhecido pela nea futura. Estão todos lá, à dis-
Além de Raphael Montes, ou- trilogia Dragões de éter. Além posição da imaginação de cada
tro brasileiro que tem consegui- disso, ao lado de Raphael Mon- escritor”, explicou.

as
AS muitas faces do Terror 31
Sete monstros brasileiros
Instigado pela riqueza dessa tradição, Braulio Tavares reuniu, em sete contos
inéditos, histórias inspiradas nas criaturas monstruosas da mitologia brasileira,
compondo uma coletânea de aventuras protagonizadas por alguns dos personagens
mais assustadores conhecidos no Brasil
Arte Blog
Portal dos Mitos
Bradador - É um duende que Carbúnculo - O carbúnculo é uma espécie de
assusta os sertões dos Estados animal místico que teria sido avistado na América
de Santa Catarina, São do Sul pelos primeiros conquistadores espanhóis.
Paulo, Minas Gerais e Carbúnculos geralmente são descritos como
nde

Paraná. Emite berros pequenos animais – gatos, cães ou até aves. O que
Casagra

altos, compassados, torna um carbúnculo diferente dos animais comuns


intermitentes e horríveis. é uma joia que ele possui encravada em sua testa.
Rogério

Atravessa os campos, Esta joia lhe confere habilidades especiais, como


correndo, todas as a capacidade de emitir raios de luz e sentir a
sextas-feiras, depois emoção e a personalidade das pessoas. Ele usa
da meia-noite. É uma seus raios para cegar pessoas gananciosas que
alma penada estejam à procura de sua joia, mas, caso encontre
com uma pessoa humilde, a joia cairá de sua testa e será entregue
para este sujeito.
Iara - Segundo a lenda,
a Iara é uma sereia que Site Teu Olhar
Lobisomem - A figura do lobisomem é a de
vive no rio Amazonas um monstro que mistura formas humanas
e canta uma melodia e de lobo. Segunda a lenda, quando uma
irresistível, atraindo os mulher tem sete filhas e, depois, um homem,
homens. Ela tem o poder esse último filho será um lobisomem.
de cegar quem a admira e
levar para o fundo do rio Blog O Calafrio
qualquer homem com o
qual ela desejar se casar.
Papa-figo - Conhecido também como o
Brasil Escola

famoso “Homem do Saco”, o papa-figo, ao contrário


dos outros mitos, não tem aparência extraordinária.
Parece mais uma pessoa comum. Outras vezes,
pode parecer um velho esquisito que carrega um
grande saco às costas. Ele sofre de uma doença rara
e sem cura. Para aliviar os sintomas dessa terrível
enfermidade ou maldição, o Papa-Figo precisa se
Site Só História alimentar do fígado de uma criança.
Site Folclore
Porca dos sete leitões - Zumbi - Segundo Brasileiro Ilustrado
Conta a lenda que uma baronesa historiadores, nos
praticava muitas maldades contra contos das amas de
seus escravos e, eles cansados de tanta crianças, era esse o
crueldade, resolveram tomar uma atitude. nome de uma entidade
Um feiticeiro lançou uma magia na baronesa e a transformou em uma misteriosa, uma
porca. Consequentemente os seus sete filhos foram transformados em espécie de feiticeiro,
porquinhos. Segundo dizem, a sina deles é andar fuçando com o focinho retraído, frequentador
no chão à procura de um anel enterrado. Quando encontrarem esse das ruas desertas às
anel, quebrarão o feitiço e voltarão a ser o que eram. altas horas da noite.

Para saber mais


• http://www.darksidebooks.com.br/voce-darksiders/ (Editora DarkSide)
• https://sobreomedo.wordpress.com/ (Blog Sobre o Medo)

32 Julho/Dezembro 2016

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