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A Matemática Financeira Avançada Do Mercado
A Matemática Financeira Avançada Do Mercado
A MATEMÁTICA FINANCEIRA
AVANÇADA DO MERCADO
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Revisada em Fevereiro de 2010
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MATEMÁTICA FINANCEIRA AVANÇADA
PROGRAMA
Capítulo 1
OPERAÇÃO DOS BANCOS
1. DE CURTÍSSIMO PRAZO – 9
1.1. Hot Money – 9
1.1.1. Conceitos – 9
1.1.2. Tributação – 9
1.1.3. Exercícios Resolvidos e Propostos – 10
2. DE CURTO PRAZO – 14
2.1. Desconto Bancário – 14
2.1.1. Conceitos – 14
2.1.2. Valor Atual Bancário – 14
2.1.3. IOF – Imposto sobre Operação Financeira – 14
Aplicação e Exemplo – 144
2.1.4. RSM – Reciprocidade do Saldo Médio – 16
Aplicação e Exemplo – 16
2.1.5. Observação sobre o Desconto Bancário – 17
2.1.6. PIS E COFINS – 18
2.1.7. Exercícios Resolvidos e Propostos – 18
2.2. Desconto de Bordearau – 23
2.2.1. Conceitos – 23
2.2.2. Aplicação – 23
2.3. Desconto Racional – 25
2.3.1. Conceito e Exemplo – 25
2.4. Empréstimo de Capital de Giro – 25
2.4.1. Conceito e Exemplo em Juro Simples e Composto – 25
2.5. Cheque Especial – 27
2.5.1. Conceito – 27
2.5.2. Exemplo – 27
3. DE LONGO PRAZO – 29
3.1. Operações do Sistema BNDES – 29
3.1.1. Considerações Iniciais – 29
3
3.1.2. Programas – 29
FINEM – 30
BNDES AUTOMÁTICO – 30
FINAME – 31
3.1.3. A Amortização dos Financiamentos – 32
Conceitos – 32
A Carência nos Programas – 32
3.1.4. A TJLP – 33
3.1.5. A URTJLP – 34
Observações Operacionais – 34
3.1.6. Planilha de Financiamento do Finame em URTJLP – Quadro 1.1 – 35
3.1.7. Exercícios Resolvidos e Propostos – 37
Capítulo 2
RENDAS UNIFORMES E CONSTANTES
2.1. Considerações Iniciais – 41
2.1.1. Classificação e Tipos –41
2.2. Rendas Imediatas ou Postecipadas – 42
2.2.1. Cálculo do VP I e do VFI – Quadro 2.1; do PMT – Quadro 2.2 e da
TIR – Quadro 2.3 – 44
2.3. Rendas Antecipadas – 47
2.3.1. Cálculo do VPA e do VFA – Quadro 2.4 – 48
2.4. Rendas Diferidas – Cálculo do VPD e do VFD – 48
2.5. Rendas Perpétuas ou Perpetuidades – Cálculo do VPP – 48
2.6. Exercícios Resolvidos e Propostos – 49
2.6.1. Impostos Incidentes – 49
2.7. Rendas Uniformes e Não-Constantes – 55
2.7.1. Exercícios Resolvidos – Quadro 2.5 e Quadro 2.6 – 56
Capítulo 3
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3.2.2. CDC usando Rendas Postecipadas – Quadro 3.1 – 66
3.2.3. Coeficientes das Financeiras com o IOFT incluído – 67
Tabela Completa do Crediário – Quadro 3.2 – 68
Capítulo 4
1.1. Conceitos – 69
1.2. Tipos de Sistema – 70
1.2.1. Sistema Francês de Amortização – 70
Duas Observações Importantes – 70
Conceitos e Fórmulas – 70
Planilha 4.1 e Quadro 4.1 da Teoria do Sistema Francês – 71
Idem, usando a Programação Específica da HP – 12C – 73
Antecipação do Pagamento do Saldo Devedor – 74
1.2.2. Tabela Price – 75
Conceitos – 75
Exemplos – 76
1.2.3. IOFT no Pagamento por Prestações – 76
1.2.4. IOF1 na Tabela Price a partir de 2008 – Quadro 4.2 – 78
1.2.5. Cálculo do Número de Prestações na Tabela Price pelo Método de
Atingir Metas do Excel – Quadro 4.3 – 79
1.2.6. Sistema de Amortização Constante – SAC – 80
Conceitos – 80
Exemplo – 81
Montagem do Quadro Teórico de Financiamento – Quadro 4.4 – 81
Equivalência do SAC com o Sistema Francês – 81
Aplicações Práticas do SAC – 82
Comparação entre o SAC e o Sistema Francês – 82
1.2.7. Exercícios Resolvidos e Propostos – 83
1.2.8. Sistema de Amortização Crescente – SACRE – 86
Conceitos – 86
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2.4. Considerações sobre o SAC e a Tabela Price – 97
2.4.1. Quadro 4.7 – Evolução da Prestação e Comprometimento Renda – 97
2.4.2. Quadro 4.8 – Evolução do Saldo Devedor – 98
Capítulo 5
Conceitos – 120
Política Monetária – 120
Política Orçamentária – 121
SELIC – Serviço Especial de Liquidação e Custódia – 121
Padronização do Cálculo da Taxa de Rentabilidade dos Títulos Públicos Federais
no SELIC – 122
Mercados Primário e Secundário – 122
NBCE – Notas do Banco Central – Série E – 123
Conceitos – 123
Características Principais – 123
Exercícios Resolvidos e Propostos – 125
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Conceitos – 133
Características Principais – 133
Exercícios Resolvidos – 133
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Capítulo 1
1. DE CURTÍSSIMO PRAZO
1.1.2. Tributação
Todas as operações realizadas no SFN entre as Instituições Financeiras e a
clientela PF e/ou PJ não financeiras, estão sujeitas à cobrança do Imposto sobre
Operações Financeiras – IOF, à exceção das operações de Leasing e as de compra da
primeira residência que não possuem esse tributo. O IOF é devido integralmente quando
da entrega dos recursos ao tomador e incide apenas sobre o principal emprestado, não
podendo, portanto, ser aplicado sobre os valores relativos ao desconto bancário ou
racional, a comissões ou a outras despesas que os bancos costumam cobrar. É o mesmo
imposto que vai ser visto no Desconto Bancário e Capital de Giro, tanto na forma da
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cobrança efetuada (IOF1 e IOF2) no início da operação, quanto ao posterior recolhimento
à Receita Federal.
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Dias úteis são os dias corridos do ano subtraídos dos sábados, domingos e feriados nacionais. Feriados estaduais ou
municipais não entram no total a subtrair.
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1 – 0,0065
PIS = 0,65 % x 0,004305 x 40.000.000,00 _ PIS = 1.126,50 reais
0,9935
2. O Banco Ipsilon S/A concedeu um hot money à Cia XYZ de Petróleo S/A no valor
de R$ 60.000.000,00 do dia 24/03/2009 (3ª feira) até o dia 27/03/2009 (6ª feira), à
taxa over mensal líquida para o Banco de 3,20%. Calcular os valores do PIS e da
COFINS imputados à Cia de Petróleo pelo Banco e a Receita Líquida do Banco na
operação. Não usar IOF.
Este exercício é praticamente igual ao anterior, com a única diferença residindo no
tipo de taxa, que aqui é over mensal também líquida e não a efetiva mensal. Assim:
t3 = [1 + (3,20/3.000) ] 3
- 1 = 0,003203 _ taxa do período na forma decimal
3. A Construtora Pioneira S/A fez uma operação de curtíssimo prazo com o Banco
Eta S/A no valor de R$ 20.000.000,00 à taxa “over” ativa de 5% a.m. Sabendo-se
que na captação dos recursos necessários para o empréstimo o banco pagou 1,30%
a.m. de taxa “over” (operação passiva) e que o período foi de 27/03/2009 (6ª feira)
a 31/03/2009 (3ª feira), calcular os valores do PIS e da COFINS imputados pelo
Banco à construtora e a despesa total da construtora, incluindo o IOF.
Trata-se de uma operação com 2 du e 4 dc, estes usados para o IOF.
a) PIS e COFINS
1°) Usando Juros Simples para se obter a taxa líquida ou spread do Banco:
5 % - 1,30 % = 3,70 % a m _ Taxa Líquida do Banco
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RL = 0,002468 x 20.000.000,00 ð RL = Spread do Banco = 49.363,74 reais
(
CT = (1 + 5/3000)2 -1 + 0,000041 x 4 + 0,0038 ) x 20.000.000,00 + PIS + COFINS
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COFINS = 4 % 196.008,40 ð COFINS = 8.167,01 reais
x
0,96
Custo Total _ CB + IOF1 + IOF2 + PIS + COFINS
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a a) A Receita Líquida do banco sem ele pagar o PIS e a COFINS.
b) A Despesa Total do cliente na operação.
c) Os valores do PIS e da COFINS que vão sair da Receita Líquida do Banco.
Resp. a) R$ 98.086,71 b) R$ 266.608,71 c) R$ 637,56 e R$ 3.923,47
2. DE CURTO PRAZO
DB = Fin (1)
Exemplo: Um título de Valor Final R$ 40.000,00 vai ser descontado à taxa de 5% a.m.
de juros. Faltando 45 dias para o vencimento do título, qual é o valor do desconto
bancário?
DB = Fin; i = taxa pré = 5% a.m.; n = 45 dias = 1,5 mês
DB = 40.000 x 0,05 x 1,5 = 3.000,00 _ DB = R$ 3.000,00
Exemplo – Qual o valor atual de um título de R$ 40.000,00 disponível dentro de 45
dias em um banco que cobra 5% a.m. de taxa pré ou de desconto?
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O Desconto Bancário, como todo desconto, é cobrado antecipadamente, ou seja,
no início da operação e isso aumenta, obviamente, o custo (taxa) para o tomador, pois
sobre uma quantia menor que lhe é creditada (valor atual bancário do título), ele pagará
o mesmo juro calculado sobre o Valor Final.
Aplicação – Uma pessoa vai a um banco descontar um título de valor F por n meses à
taxa mensal i ; na realidade, a sua taxa final postecipada X ou taxa final postecipada
mensal t de custo, será :
F (1 – in) → líquido recebido (valor atual bancário)
F (in) → juros pagos (desconto bancário)
Assim, arma-se a seguinte regra de três simples para se obter taxa de juro pós:
F (1 – in) → F (in)
1 → X → X = in /(1 – in) (3)
Exemplo: Seja o caso do exemplo anterior:
F = 40.000,00 n = 45 dias = 1,5 mês i = 5% a.m. ou 0,05
X = (0,05 x 1,5) / ( 1 – 0,05 x 1,5) = 0,081081 = 8,1081%, pelo período de 1,5 mês.
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Os créditos concedidos para aquisição da casa própria nos programas específicos
criados pelo governo e as operações de “Leasing”, não estão sujeitos a nenhum IOF e
negociações com cartão de crédito não caracterizam empréstimo, portanto, também não
estão subordinadas ao IOF – Crédito, exceto quando a Administradora do Cartão toma
financiamento para liquidação da compra efetuada pelo usuário por qualquer motivo.
Aplicação – Um cliente descontou um título de valor F à taxa mensal i, n
períodos antes do vencimento. De quanto é agora a taxa pós, usando os novos IOFs?
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É a primeira e provavelmente a última vez que se vê a Autoridade Monetária usar o ano corrido de 365 dias para
normatizar assuntos pertinentes ao mercado financeiro em confronto com o estabelecido pela Convenção Internacional
Nasd 30/360, já que 0,0041% = 1,50%/365 e não por 360 como tudo o mais, dado que o imposto é devido pelo tomador
dos recursos ao dia corrido.
1º) Despesa Total do tomador no recebimento dos recursos = DB + IOF1 + IOF2
Fin + F(1– in) IOF1 n + F(1– in) IOF2 ou F[in + (1– in) IOF1 n + (1– in) IOF2]
F[1 – [in + (1– in)IOF1 n + (1– in) IOF2]] → F[in + (1– in) IOF1 n + (1– in) IOF2]
1 → X
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Obs – O tomador usará o líquido recebido e terá que recompor o valor nominal do título
no vencimento, pagando os juros e os impostos antecipados no total de R$ 3.208,86.
Assim, a nova regra de três abaixo nos fornece:
Aplicação: Um cliente vai a um banco descontar um título F por n meses à taxa mensal
i. Se a reciprocidade para o banco for um SM de Y% sobre o valor F do título, qual a
taxa mensal postecipada t de custo para o tomador?
1– [ in + (1– in) IOF1 n + (1– in) IOF2+ Y] ð in + (1– in) IOF1 n + (1– n)IOF2
1 ð X
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X = 0,081928 / 0,818072 = 0,100148 ou 10,01% ao período ð t = 6,67% a.m.
Esse é um dos motivos pelos quais não se deve usar o Desconto Bancário para
prazos longos ou taxas altas. Quando o prazo da operação de crédito é superior a 40 ou
50 dias, usa-se o Empréstimo de Capital de Giro que trabalha com eficiência nos dois
Sistema de Juros.
2.1.6. PIS e COFINS
Existem mais obrigações que a Receita Federal cobra das Pessoas Jurídicas que
negociam qualquer espécie de Ativo, inclusive dinheiro, ou seja, as instituições
financeiras e assemelhadas também estão incluídas: o PIS = Plano de Integração Social
e a COFINS = Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
A Base de Cálculo para a incidência das respectivas alíquotas do PIS e da
COFINS de 0,65% e 3% que vão gerar os valores mensais a serem recolhidos pelas
empresas no dia 20 do mês seguinte ao referenciado, obedece à Instrução Normativa nº
247 de 21/11/2002 da Receita Federal. Esta Base de Cálculo é formada pelo somatório
de valores do razão do Cosif das empresas que faturaram no mês em referência: Base de
Cálculo = Total das Receitas – Total das Exclusões – Total das Deduções + Total de
outras Adições – Total de outras Exclusões.
Em 01/09/2003 houve um aumento na alíquota da COFINS de 3% para 4%,
conservando o mesmo valor para a do PIS = 0,65%. Para facilitar as empresas a calcular
corretamente a Base de Cálculo, a Receita fornece um mapa chamado de Anexo I à IN
nº 247, onde figuram cinco colunas auto explicativas: Razão, Conta Cosif nº, Saldo
Atual do mês em referência, Saldo do mês anterior e Movimento do mês em referência.
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comissão de 0,25% sobre o valor final de todos os títulos que desconta. Qual é a
melhor opção?
Resp. A segunda.
3. A empresa AMT S/A quer abrir seu capital e para isso está emitindo novas ações
preferenciais ao valor nominal de R$ 1,00 cada. A operação foi entregue ao BIO –
Banco de Investimento Operacional S/A que sugeriu o montante de 500 milhões de
ações para subscrição “stand by”, com 50% pagos no ato e 50% ao fim de 3 meses.
Sendo o juro do mercado para desconto de títulos de 3,50% a.m. e com o Banco BIO
cobrando pela coordenação geral e colocação das ações, 6% à vista sobre o valor
nominal de toda a emissão, qual é o valor líquido que a empresa AMT vai receber?
Solução:
Façamos o cálculo do valor à vista de 1 (uma) ação.Depois, multiplicando esse valor
pelo nº de ações a emitir, obtém – se o valor líquido total que a empresa vai receber.
R$ 0,50 à vista ð 6% x R$ 1,00 da comissão de coordenação do BIO ð K = R$ 0,06
DB = 0,50 x 0,035 x 3 = 0,0525 ð AB = 0,50 – 0,0525 ð AB = R$ 0,4475
IOFT = (0,000041 x 90 + 0,0038) x 0,4475 = 0,007490 x 0,4475 ð IOFT = 0,003352
VL = (0,50 – 0,06) + 0,4475 – 0,003352 ð R$ 0,884148 ð valor de uma ação
Valor Líquido Total que a empresa vai receber com o “underwriting”:
VLT = 0,884148 x 500.000.000 ð VLT = R$ 442.074.000,00
4. Dois títulos são descontados. O primeiro, 40 dias antes do seu vencimento à taxa de
36% a.a. e o segundo, 100 dias antes do vencimento. A diferença entre o primeiro
título e o segundo é da R$ 40.000,00. Se o desconto sofrido pelo segundo título foi
R$ 4.600,00 maior do que o do primeiro e igual a 20% do valor do segundo título,
quais são os valores nominais dos dois títulos e a taxa de desconto ou pré do
segundo? Não usar IOF.
Resp. F1 = R$ 78.750,00 F2 = 38.750,00 i2 = 72% ao ano.
5. Um agiota que cobra 10% a.m. de taxa pós recebeu R$ 104.000,00 em pagamento por
um empréstimo concedido e emprestou metade do valor a outro cliente pelo prazo de
18 dias. Sabendo que o total de juros dos dois empréstimos foi de R$ 7.120,00, qual o
valor e o prazo do primeiro?
Resp. P1 =R$ 100.000,00 d1 = 12 dias
6. Uma Cia descontou uma duplicata de R$ 120.000,00 num banco que trabalha com
taxa pré de 2,70% a.m. 20 dias antes do vencimento. Calcular: a) o custo total do
cliente; b) A receita líquida do banco na operação, depois de recolhidos à Receita
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Federal o PIS de 0,65% e a COFINS de 4,00%. Os recursos para o banco realizar a
operação lhe custaram 1,10% numa captação de CDB.
Solução:
a) Custo Total CT do cliente = DB + IOFT
DB = 120.000,00 x (2,70/3.000) x 20 ð DB = R$ 2.160,00
AB = 120.000,00 – 2.160,00 ð AB = R$ 117.840,00
IOFT = 117.840,00 x ((0,000041 x 20) + 0,0038) ð R$ 544,42
Obs: Parte dos bancos imputa o pagamento do PIS e da COFINS para o cliente,
que passa a ter o seu custo majorado na operação em benefício de um aumento
na RL dos bancos. Para isso é usado o processo do percentual invertido que é
possível dado que a taxa de aplicação das Instituições Financeiras é livre. Assim,
os bancos aumentam o faturamento líquido aplicando uma taxa maior para o
cliente, de tal maneira que ao incidir os percentuais dos impostos sobre o
faturamento e recolhido o produto à Receita Federal, o que resta é exatamente o
faturamento dos bancos, agora líquido do PIS e COFINS. Vejamos:
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7. A Cia Cinematográfica Raposa do Século Vinte e Um descontou um título no Banco
Áureo S/A 27 dias antes do vencimento à taxa pré de 2,60% a.m. Sendo de R$
250.000,00 o valor da duplicata e sabendo que o Banco exige 5% de SM (saldo
médio) de todos os títulos que desconta, qual foi o Valor Líquido VL creditado na c/c
(conta corrente) da empresa? Que custo mensal percentual a Cia acabou pagando?
Solução:
SM = 5% x 250.000,00 ð R$ 12.500,00
DB = 250.000,00 x (2,60/3.000) x 27 = 5.850,00 reais
AB = (250.000,00 – 5.850,00) reais
AB = R$ 244.150,00
IOFT = (0,000041 x 27 + 0,0038) x 244.150,00 = 0,004907 x 244.150,00 reais
IOFT = R$ 1.198,04
VL = AB – IOFT – SM = 244.150,00 – 1.198,04 – 12.500,00
VL = R$ 230.451,96
onde VL = valor líquido na c/c da Cia = quantia que ela vai usar pelos 27 dias.
230.451,96 5.850,00 + 1.198,04 = 7.048,04
100 X
X = 704.804,00 / 230.451,96 ð X = 3,058355 % pelos 27 dias
t = 3,40 % ao mês
9. Um título de R$ 70.000,00 foi descontado num Banco que cobrou 2,40% ao mês de
taxa de desconto, 27 dias antes do seu vencimento. Com o produto líquido recebido a
empresa que fez a operação bancária pagou seus compromissos já vencidos e no
mesmo dia aplicou a sobra num CDB do próprio Banco recebendo a remuneração
mensal de 1,40% até o vencimento da operação de desconto. Sabendo que o valor do
resgate bruto da aplicação foi de R$ 8.254,64, qual o valor dos compromissos pagos
pela Empresa?
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Resp. R$ 60.000,00
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195.043.200,00 3.978.507,70
100 X
X = 397.850.770,00 / 195.043.200,00 = 2,039808% pelos 24 dias ou
T = 2,549761 % ao mês ð T = 2,55% a.m.
b) Cálculo do resultado obtido pelo Grupo Siderúrgico = R
R = 520.000.000,00 – 199.021.707,70 ð R = 320.978.292,30 reais
2.2.1 Conceitos
O desconto de um borderau formado com títulos de vencimentos e valores finais
diferentes, consiste em se calcular o Prazo Médio Ponderado – PMP desses títulos,
usando como peso ou ponderação seus valores finais e depois procedendo a apenas uma
operação de desconto do total do borderau, exatamente igual ao desconto bancário já
mostrado individualmente, utilizando a taxa pré ou de desconto praticada pelos Bancos
e também o IOFT alterado recentemente pela Receita Federal. Mesmo com os títulos
possuindo valores nominais e prazos de vencimento desiguais, mas o Banco levando
isso em consideração no cálculo do AB e as alíquotas do IOFT para obter o imposto
correto, o Valor Líquido – VL do borderau, que deveria ser igual ao que o cliente obteria
se descontasse os títulos um por um numa mesma data, não acontece, devido ao pequeno
número de casas decimais usadas e à maior quantidade de títulos. O VL do borderau
unificado acaba sendo um pouco maior, como vai ser visto a seguir. Para diminuir essa
diferença, aumenta-se as decimais para quatro, porém, mantém-se o número de títulos do
borderau, dado que isso é uma necessidade do cliente.
O Prazo Médio Ponderado – PMP dos papéis que compõem o borderau é
calculado pela relação abaixo ou usando a programação da HP – 12C.
Exemplo: Calcular o PMP do borderau composto pelos três títulos abaixo:
R$ 25.000,00 para 28 dias de prazo
R$ 18.500,00 para 22 dias de prazo
R$ 32.000,00 para 25 dias de prazo
1º) Usando o método algébrico:
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28 x 25 + 22 x 18,5 + 25 x 32 1.907
PMP = = = 25,258278 ð PMP = 25,2583
25 + 18,5 + 32 75,5
2º) Usando a HP – 12C ð digitar cada prazo, dar o Enter, o peso respectivo e Σ+:
2.2.2. Aplicação
Utilizando os números do borderau acima e a taxa de desconto de 3% a.m. (taxa pré)
cobrada pelo Banco, calcular: o Desconto Bancário DB, o Valor Atual Bancário AB, o
Imposto Total sobre Operação Financeira IOFT, o valor VL que o cliente poderá usar,
uma vez descontadas as despesas (DB e IOFT), a taxa efetiva TEP no período e a taxa
mensal TEM, efetivamente pagas pelo tomador.
a) Cálculo do DB
DB = 75.500,00 x 3 x (25,2583/3000) ð DB = 1.907,0017 reais
b) Cálculo do AB
AB = 75.500,00 – 1.907,00 ð AB = 73.593,00 reais
c) Cálculo do IOFT:
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g) Comprovação dos Cálculos:
onde:
AR = Valor Atual Racional
Fn = Valor Final ou Nominal do Título
n = prazo para o vencimento do Título
i = taxa de juro pós
Como se sabe, desconto de um título é a diferença entre o seu Valor Final e o
Valor Atual; se o Valor Atual é Racional o Desconto é também Racional e a incidência
da taxa de juro para se calcular o desconto é sobre o Valor Atual do Título:
DR = AR x i x n ou DR = Fn – AR = Fn – Fn/(1 + in) = Fn (1 + in)/(1 + in) – Fn/(1 + in)
DR = Fn (1 + in – 1)/(1 + in) → DR = Fn x in/(1 + in) (7)
Exemplo: Qual é o Desconto Racional DR de um Título de Valor Nominal igual a R$
40.000,00 com vencimento para 45 dias e à taxa (pós) de 5% ao mês?
DR = 40.000,00 x 0,05 x 1,5/(1 + 0,05 x 1,5) = 2.790,697674 = 2.790,70
DR = R$ 2.790,70
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Como AR = F – D → AR = 40.000,00 – 2.790,70 = 37.209,30 → AR = R$ 37.209,30
0 65
VL utilizado
Fig. 1.1
VL = 100.000,00 (1 – 0,006465)
VL = 99.353,50 reais
F65 = P (1 + (3,50/3.000) x 65) = 100.000,00 x1,075833
F65 = 107.583,33 reais ð Despesa = 107.583,33 – 99.353,50
99.353,50 ð 8.230,33
100 ð X
X = 8,283927% pelos 65 dias ou
t = 3,82% a.m.
26
2º Exemplo – o exemplo anterior no regime de juros compostos, usando taxa efetiva e
dias corridos dc. Mesma Fig.1.1 também.
3
A taxa do 2º Exemplo no cálculo pelo regime de juro composto foi um pouco menor que a do juro simples do 1º Exemplo,
devido à capitalização que ocorre naquele regime e que faz com que o fator do multiplicador da quantia emprestada seja
maior e venha a produzir um valor de resgate maior. Basta reparar nos valores de resgate dos dois regimes e ver que o de
juro composto (R$ 107.738,46) é maior que o de juro simples (R$ 107.583,33), embora a sua taxa de juro menor.
2.5.1. Conceito
O cheque especial é uma autorização que o Banco Comercial concede ao cliente
para ele sacar contra a sua conta corrente, mesmo quando esta não apresenta saldo, isto
é, trata-se de um saque a descoberto ou empréstimo com limite previamente autorizado
pelos Bancos que possuem reserva bancária
Esta autorização, concedida através de um contrato celebrado com a clientela,
tem um dos maiores custos do mercado, com a taxa efetiva (incluindo os tributos),
alcançando quase 10% ao mês e com capitalização mensal ou praticamente 214,00 ao
ano. A título de comparação, a taxa preferencial do mercado brasileiro chamada taxa
Selic, que já é muito alta para a inflação anual de 4,50% hoje no Brasil e que foi criada
para balizar as taxas das Instituições Financeiras e financiar a nossa dívida pública
interna, está atualmente em 8,75% ao ano (fevereiro de 2010). Realmente um disparate
muito grande e de difícil explicação por parte das autoridades.
A operacionalização do Cheque Especial consiste na aplicação sobre o saldo
devedor, da taxa pactuada entre o cliente e a Instituição Financeira, usando o conhecido
método hamburguês, ou seja, sem a incorporação diária do juro ao valor que lhe deu
origem, como se faz em juro simples. Cada Banco elege um dia (em geral o último dia
útil do mês) para fazer a capitalização ou incorporação dos juros contabilizados a cada
variação do saldo devedor desse mês ao saldo do mês que se inicia e então ter o novo
saldo sobre o qual vai começar a cobrar juro para o mês iniciante. Em outras palavras,
durante o mês é aplicado o juro simples e, mensalmente, ele é capitalizado. O devedor
pode fazer amortizações a qualquer dia, zerando ou apenas reduzindo o saldo devedor.
Obviamente, também são cobrados a TAC – Taxa de Abertura de Crédito
recentemente ressuscitada e o custo de implantação periódica anual do Cheque Especial,
além dos altos tributos de que os governantes não querem abrir mão, a exemplo do
IOFT, escandalosamente aumentado há dois anos passados, para cobrir receitas perdidas
27
com o fim da provisória Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira –
CPMF, o conhecido imposto do cheque, que é repassado para a Receita Federal no
princípio do novo mês que começa,
2.5.2. Exemplo
Calcular o saldo devedor em 31/07/2009 de um contrato de cheque especial firmado em
09/07/2009 com a TAC de R$ 230,00 e tarifa mensal de manutenção da c/c no valor de
R$ 36,00, ambos pagos em espécie pelo cliente no mesmo dia. A taxa de juro sobre o
saldo devedor foi estabelecida em 8,70% ao mês com limite de R$ 10.000,00, tendo
ocorrido os seguintes eventos financeiros em julho/2009:
1) 09/07/07 → saque de R$ 1.870,00 → SD = − 1.870,00 por 4 dias
2) 13/07/07 → saque de R$ 2.450,00 → SD = − 4.320,00 por 7 dias
3) 20/07/07 → saque de R$ 3.000,00 → SD = − 7.320,00 por 4 dias
4) 24/07/07 → depósito de R$ 5.000,00 → SD = − 2.320,00 por 7 dias
28
3. DE LONGO PRAZO
29
e o conseqüente aumento de produtividade, reestruturação, racionalização empresarial,
exportação de máquinas e equipamentos etc.
As participações, condições e facilitações, às vezes até taxas de juro e outras
condescendências sobre os financiamentos, dependem muito da capacidade de
pagamento dos beneficiários, obviamente depois de atendidos os critérios de porte dos
pretendentes, que interferem nos percentuais dos valores e nos destinos dos recursos.
Para isso, as empresas interessadas, considerado todo o grupo financeiro, comercial e
industrial a que pertencem, foram classificadas pelo seu faturamento anual em:
a) micros – faturamento anual até R$ 1.200.000,00.
b) pequenas – idem de R$ 1.200.000,00 a R$ 10.500.000,00.
c) médias – ídem de R$ 10.500.000,00 a R$ 60.000.000,00.
d) grandes – idem acima de R$ 60.000.000,00.
3.1.2. Programas
Existe uma variedade muito grande de programas de financiamento oferecidos
pelo BNDES. No presente estudo que se vai fazer, serão abordados os mais procurados,
FINEM, BNDES Automático e FINAME.
FINEM – FINANCIAMENTO A EMPREENDIMENTO
Basicamente, o FINEM é utilizado nos financiamentos de valor superior a R$ 10
milhões destinados a investimentos, incluindo aquisição de máquinas e equipamentos
novos de fabricação nacional e importados, exclusivamente para empresas do setor
industrial e realizados diretamente com o BNDES ou através de agentes credenciados.
Se o valor a ser financiado for inferior a R$ 10 milhões, o financiamento deverá
ser feito através das instituições financeiras credenciadas. Os custos do programa, se
resumem ao somatório de :
i) custo financeiro variável 4 + remuneração do BNDES 5 + :
ii) se com apoio direto do BNDES _ + taxa de risco de crédito 6
iii) se com apoio de agente credenciado _ + taxa de intermediação financeira 7
+
remuneração do agente financeiro.8
As operações com micros, pequenas e médias empresas estão isentas da taxa de
intermediação financeira e o prazo total da operação é determinado em função da
capacidade de pagamento do empreendimento, por parte da empresa beneficiária.
A parcela de capital de giro associado será calculada em função das necessidades
específicas do empreendimento.
As garantias serão definidas na análise da operação (apoio direto) ou negociadas
entre o agente financeiro e a beneficiária.
O nível máximo de participação do BNDES varia de 60% a 100% e é indicativo
para cada segmento de atuação, incidindo sobre o valor total do financiamento.
BNDES AUTOMÁTICO
30
Destinado a financiar as obras civis, montagens e instalações de um projeto para
abrigar os móveis e utensílios, as máquinas e equipamentos nacionais e importados,
também financiados da mesma maneira, enfim a própria empresa, o BNDES Automático
é o financiamento mais abrangente que existe para uma Cia, pois dá apoio financeiro
completo aos projetos de implantação, ampliação, recuperação e modernização de ativos
fixos, até o limite de R$ 10 milhões. Inclusive gastos com estudos e projetos de
engenharia, despesas pré-operacionais e gastos com treinamento de pessoal, além de
capital de giro associado, são também objeto de financiamento deste programa, que só
pode ser implementado através de agentes credenciados.
O custo total do financiamento é a taxa de juro resultante do somatório do custo
financeiro variável, da remuneração básica do BNDES, das taxas de intermediação
financeira e remuneração do agente financeiro, cujos valores seguem na nota abaixo.
4
TJLP ou UMBNDES (Unidade Monetária do BNDES) + ECM (encargos da cesta de moeda) ou dólar USA + Libor ou
IPCA + encargos.
5
Até 3% ao ano.
6
De 1,80% ou de 0,80% ao ano, conforme o risco do crédito e se tiver fiança bancária, respectivamente.
7
0,8% ao ano.
8
Até 4% ao ano, negociada entre o agente e o cliente.
O prazo total da operação, incluindo carência e amortização, é determinado de
acordo com as características do projeto e da capacidade de pagamento do
empreendimento, pela beneficiária.
O limite máximo do capital de giro associado ao investimento fixo varia em
função do porte da beneficiária, devendo ser comprovada sua real necessidade.
Microempresa _ até 70%
Pequena e média empresa _ até 40%
Grande empresa _ até 15%
A participação máxima do BNDES nos investimentos financiáveis varia de 70%
a 100% e as garantias serão negociadas entre o agente financeiro e a beneficiária.
Os beneficiários podem ser:
1. pessoas jurídicas de direito privado.
2. idem de direito público
3. empresários individuais.
4. pessoas físicas do setor agropecuário.
5. cooperativas.
6. associações.
7. fundações.
FINAME
31
devidamente credenciados no BNDES e sempre através da intermediação financeira de
um agente credenciado.
A aquisição de máquinas e equipamentos importados sem similar nacional,
constantes da lista de ex-tarifário, estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, também pode ser financiada pelo programa FINAME.
O custo total do financiamento é igual ao do BNDES AUTOMÁTICO com
exceção da remuneração básica do BNDES, que aqui varia de 1% a 3% e da taxa de
intermediação financeira, que não existe para as micros, pequenas e médias empresas.
Os prazos das operações, definidos em função da capacidade de pagamento das
beneficiárias, de uma maneira geral devem respeitar o máximo de 60 meses, ressalvados
alguns casos, como operações do transportador autônomo de cargas (até 72 meses),
operações de financiamento à concorrência internacional (até 144 meses) e outros.
A parcela de capital de giro associado é limitado a 50% do valor do equipamento,
no caso das microempresas; para as pequenas e médias empresas, o limite cai para 30%.
Não existem valores mínimos ou máximos para o financiamento de
equipamentos. Todo equipamento credenciado pelo BNDES é passível de financiamento,
independentemente do seu valor. Entretanto, para valores superiores a R$ 10 milhões, as
operações devem ser submetidas à etapa de enquadramento no BNDES.
A participação máxima do BNDES no investimento varia de 70% a 100%.
Os beneficiários podem ser:
1. pessoas jurídicas de direito privado.
2. idem de direito público.
3. empresários individuais.
4. pessoas físicas do setor de transporte autônomo de cargas.
5. cooperativas.
6. associações.
7. sindicatos.
8. condomínios e assemelhados.
9. clubes.
32
amortização é constante, se todos os cálculos forem efetuados numa moeda estável, a
URTJLP – Unidade de Referência da Taxa de Juro de Longo Prazo ou Unidade de
Referência do BNDES, que é o que se usa fazer. Assim, ao se dividir o valor do
empréstimo em reais pelo valor da URTJLP em reais do dia inicial da operação, obtém-
se o valor da dívida em URTJLP. Daí para a frente se passa trabalhar com a nova moeda,
começando por determinar a parcela de amortização em URTJLP ao dividir a dívida pelo
número de amortizações, o que obviamente vai resultar num valor constante na nova
moeda URTJLP ao longo de todo o período da operação. A URTJLP, como vai ser
mostrado, tem um valor em reais para cada dia e então, através do produto do número de
URTJLPs pelo seu valor em reais do dia em que se deve fazer qualquer pagamento, se
tem o valor desse pagamento em reais e ele é efetuado na nossa moeda corrente.
Os períodos de carência dos programas são trimestrais como vai ser mostrado e
os pagamentos normais são mensais e ocorrem nos dias 15 de cada mês, desde que sejam
dias úteis. Caso contrário, postergam-se os pagamentos para o primeiro dia útil.
Nem é preciso falar nas vantagens que existem ao se usar a URTJLP para os
cálculos da Planilha Financeira do Financiamento, tanto para o agente financeiro quanto
para o cliente final, que passa a visualizar melhor o programa. Por isso é que os agentes
e/ou o BNDES usam este método, que vai ser mostrado mais à frente.
33
operação se der, por exemplo, a 16/01/07 e o período de carência for 2 (dois) trimestres,
o início da contagem da carência só se dará a 15/02/07, terminando, portanto, em
15/08/07 (na realidade 211 dias de carência) e assim a amortização mensal começará a
17/09/07, pois 15/09/07 é sábado (244 dias depois da entrada dos papéis no BNDES),
com os encargos e forma já mostrados.
b) se a data de formalização jurídica da operação se der antes do dia 15 (quinze) do mês,
a carência terá início a partir do primeiro dia 15 (quinze) próximo, portanto, no próprio
mês de formalização, ou seja, o Cliente Final terá a sua carência reduzida, com o restante
da operação se passando como no caso anterior.
[ 1,2601 ] (1/360)
= (1,188774) (1/360) = 1,000480 → fator diário
1,06
34
até o dia 1º/03/1995 inclusive, quando foi publicada a 2ª TJLP. Daí em diante o cálculo
continuou a ser dessa forma com a mudança do fator corretivo se dando a cada nova
TJLP.
[ 1,1806 ] (1/360)
= 1,000299 → fator diário
1,06
35
(k−1), é muito fácil ver que nos cálculos usando URTJLP isso não é necessário, dado
que a própria Unidade de Referência faz a correção.
36
(1,465711) e assim se obtém a dívida L = D0 = 114.620,1408 em unidades de
URTJLPs.
D1 = D2 = D0 = 114.620,1408 URTJLPs, pois as duas primeiras prestações pagaram
os encargos da carência cobrada.
ENC5 FINAME [
= (1,085) (29/360) - 1 ] . 108.252,3552 _ ENC5 FINAME = 713,7470
[
239,6731 = (1 + i) (29/360) - 1 ] . 108.252,3552
a) Cálculo de P8
37
P8 = A + ENC8
38
Calcular o valor da 5ª Prestação (em 16/04/07), desmembrando o valor da
amortização e os encargos do BNDES e do Agente
39
ENC5 AGENTE _ 2,5068 % a.a.
g) Cálculo da 5ª Prestação = P5
P5 = A + ENC5 = 3.075,1992 + 816,3778
P5 = 3.891,5770 URTJLPS
40
Capítulo 2
41
mesma renda, tem-se a Renda Constante e Uniforme. Esse caso é o que mais interessa
por ser o mais usado, mas vamos ver também as rendas não-constantes.
O estudo das Rendas se constitui basicamente no cálculo do seu Valor Presente
VP, que é a soma dos valores presentes (na época zero ou época de contrato) dos seus
capitais ou fluxos, também chamados de termos ou “Payments” PMT, no cálculo do seu
Valor Futuro VF (idem dos valores futuros de seus fluxos na época do último deles ou
um período após) e no cálculo da taxa de juros i a que estão submetidas as variáveis
mencionadas, com as abreviaturas adotadas na terminologia das calculadoras Hewlett
Packard quando os cálculos forem feitos pela HP – 12C. O cálculo da variável n =
número de termos, embora possa ser feito, não é usado, pois, inclusive o manual da HP
– 12C adverte para não tentar fazê-lo pela calculadora, pois, a máquina não possui este
programa correto. Sempre fornece um resultado inteiro para o valor de n imediatamente
superior ao valor fracionário verdadeiro. Por isso esta variável é sempre dada.
T T T T
0 1 2 n-1 n
T T T T T
0 1 2 n–2 n-1 n
42
T T T T T
_____________________
0 1 2 m+0 m+1 m+2 m+n-2 m+n-1 m+ n
0 1 2 3
T T T T
0 1 2 n-1 n
VP1 VF1
VP2 VF2
VPn-1 VFn-1
VPn VFn
VPI VFI
Fig. 2.5
43
VPn-1 = T/(1 + i)n-1
VPn = T/(1 + i)n → VPI = T/(1 + i) 1 + T/(1 + i) 2 +........... + T/(1 + i) n-1 + T/ 1 + i)n
VPI = T. 1/(1 + i) p
cujo somatório é a soma dos termos de uma PG decrescente
p=1 onde o último termo é 1/(1 + i) n e o 1º termo e a razão são
iguais a 1/(1 + i). (9)
1/(1 + i)
p =1
p
[
= (1 + i) n - 1 ] /i (1 + i) n
= a n i ð símbolo internacional (10)
VPI = PMT [ [ (1 + i) n
-1]/i (1 + i) ]n
(13)
[
PMT =VPI i (1 + i)n /[
(1 + i)n −1 ]] (14)
1º Exemplo: Calcular o VPI de uma renda imediata de 6 termos mensais de valor
R$ 100,00 cada um à taxa mensal de 3%.
a) Usando matematicamente a relação (15):
VPI = PMT [ [ (1 + i) n
-1]/i (1 + i) ] → VP
n
I = 100,00 [[(1,03) 6
-1]/0,03 x(1,03)
6
]
VPI = R$ 541,719144 ou VPI = R$ 541,72
44
Quadro 2.1
d) Usando a relação (16) no Excel (fórmula usada com os dados do exercício) ð fx:
Quadro 2.2
45
3º Exemplo: Calcular a taxa de juros i (TIR) da renda postecipada de seis termos iguais
a R$ 100,00 cada um, cujo valor atual ou valor presente é igual a R$ 541,719144.
a) Usando a programação específica da HP – 12C:
6 n 541,719144 CHS PVI 100,00 PMT i ð visor = 3 (em %)
Da relação (15) ð a n i = VPI / PMT [ ]
ð 5,417191 = (1 + i) 6 - 1 /i (1 + i) 6
A calculadora HP-12C vai estimando valores para a taxa i que vão alterando os
valores do segundo membro da relação acima até que esse 2º membro se iguale ao
primeiro já conhecido = VPI / PMT = 5,417191. A taxa da igualdade é a taxa da renda.
Quadro 2.3 9
46
Olhando a Fig.2.5 podemos ver que, analogamente ao valor presente VPI, o
VFI de uma renda imediata de n termos de valor T ou PMT cada um à taxa i e
calculado na época do último termo, é o somatório dos montantes ou valores finais
desses termos capitalizados da época em que estão para a época do último deles à taxa i
, o que é o mesmo que capitalizarmos o VPI da época zero para a época n, através
da fórmula fundamental dos Juros Compostos. Assim:
VFI = T [ [ (1 + i) n
-1 ] /i ] = FV I onde: (18)
[ (1 + i) n
-1 ] /i = s n i ð (19) por convenção e VFI = T. s n i ð (20)
Obs 1 – Pode-se ver com facilidade que aqui também, a expressão (19) é o VF’ de
uma Renda Postecipada de n termos unitários a uma taxa i .
Obs 2 – Os mesmos passos usados para calcular VPI no Excel, quando os dados Pgto =
PMT, n e i forem fornecidos, podem ser usados para o cálculo de FVI e também para a
TIR, esta, quando os FVI, Pgto = PMT e n forem conhecidos. É só usar as variáveis
adequadamente.
9
Os cálculos da TIR efetuados acima pela programação específica do Excel podem ser feitos também num outro programa do
Excel chamado “Atingir Metas”. Este programa tem várias serventias no cálculo de variáveis, além da taxa de juro.
Rendas Antecipadas
47
Cálculo do VPA e VFA
Fazendo um diagrama das Rendas Antecipadas conjugado com o das Imediatas
correspondentes, fica muito fácil compreender as fórmulas de VPA e VFA – Fig. 2.6
T T T T T
R.A.
0 1 2 n–2 n–1 n
R.I.
0 1 2 3 n–1 n n+1
VPI = T a n i VFI = T s n i
Fig. 2.6
Obs − O VPA = R$ 557, 97 tinha mesmo que ser maior do que o VPI = R$ 541,72 da
renda postecipada correspondente, pois, nas antecipadas, se está pagando
antecipadamente todas as prestações (Fig. 2.6). Idem com o VFA e VFI, pois, o
cálculo de VFA na HP –12C acontece um período após o último termo, o que já não
ocorre com as postecipadas.
48
b) Usando o Excel:
Quadro 2.4
0 1 2 3 ∞
VPP
Fig. 2.7
49
VPP = T + T + T + ……….+ T
(1 + i)1 ( 1 + i)2 ( 1 +i)3 ( 1 +i)∞
VPP = T ( 1 + 1 + 1 + ………….+ 1 )
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i) 3 ………………………....
(1 + i) ∞
−1
S = (1 + i) _ S = 1 _ VPP = T (23)
− i i i
(1 + i)
2.6.1.Impostos Incidentes
Também aqui existe a mesma tributação – IOF, PIS, COFINS etc – já que se trata
de uma operação financeira de crédito. Porém, a cobrança desses impostos não será
incluída neste ítem porque o IOF no pagamento de empréstimos por prestações vai ser
mostrado mais à frente, no item Sistema de Amortização por Prestações da Tabela
Price e o PIS e a COFINS serão vistos a seguir ao abordar o “Leasing”, o qual, como é
sabido, não sofre a incidência do IOF por se tratar de operação comercial.
50
Calcular a taxa interna de retorno TIR = “IRR” da operação para o mutuante
(órgão emprestador).
580.000,00 580.000,00
__________________________
0 1 2 3 12 13 14
4.000.000,00
Fig. 2.8
51
como se vai ver, há que proceder assim para que a calculadora possa saber os expoentes
corretos e levar em conta nos seus cálculos.
0 carência c 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
VP VP’
Fig. 2.9
Resp. PV = R$ 24.134,64
4. Calcular o valor mensal do depósito a ser efetuado ao fim de cada mês, numa conta
remunerada a 1,35 % a. m., de forma que se possa constituir em 12 meses um fundo
tal que, permita quatro saques bimestrais e consecutivos de R$ 2.000,00 cada,
sendo o primeiro no final do 15º mês a contar da data original das mensalidades.
Resp. R$ 571,04
52
800,00 CHS PV 6 n 143,30 PMT i ð visor = 2,099376%
Obs – É lógico que o valor PMT = 140,36 reais neste caso, vai ser menor do que o
do primeiro exercício, já que neste segundo o cliente está pagando
antecipadamente cada uma das prestações em relação ao primeiro. Se fosse mantida
a mesma prestação do primeiro exercício, a taxa do segundo seria maior que a do
primeiro, por razões óbvias:
800,00 CHS PV 6n 143,30 PMT i ð visor = 2,977173
Resp. 2,98 % a.m
9. Numa negociação entre dois comerciantes, o primeiro propõe ao segundo vender uma
loja bem localizada, através de 12 prestações mensais, iguais e consecutivas de R$
10.000,00 cada, intercaladas de 4 trimestrais de R$ 20.000,00 . Se a taxa efetiva de
juros mensal da praça anda por volta de 2 % a. m., calcular por qual valor à vista o
vendedor proponente está estimando a sua loja .
Resp. R$ 174.865,52
10. Um Crédito Pessoal – CP de R$ 8.000,00 foi concedido para ser pago em 12
meses à taxa de 4 % a.m. Após o pagamento da 5ª mensalidade, o devedor quer
pagar todo o saldo restante, mas solicita que a Financeira lhe faça os cálculos à taxa
de 4,20 %. Se o credor concordar, qual o valor que o devedor deverá pagar ?
53
Se a taxa permanecesse em 4 %, o desconto seria menor e logicamente o saldo
maior:
852,42 CHS PMT 4,00 i 7n PV ð visor = 5.116,271442
PV = D 5 = R$ 5.116,27
11. Uma dívida de R$ 47.023,98 deve ser paga através de 5 prestações de mesmo
valor P cada, vencíveis respectivamente a 23 dias, 59 dias, 78 dias, 95 dias e
120 dias a contar de hoje. Sendo a taxa efetiva mensal de 2,50 %, calcular o valor
das prestações. ð Exercício de Renda Constante e Não-Uniforme.
P P P P P
0 23 59 78 95 120
47.023,98
Fig. 2.10
47.023,98 = P + P + P + P + P
(1,025)(23/30) (1,025) (59/30)
(1,025) (78/30)
(1,025)(95/30) (1,025) (120/30)
12. Uma dívida de R$ 1.000.000,00 deve ser paga por prestações quadrimestrais de R$
200.000,00 cada. Calcular o número de prestações necessárias para uma taxa de
juros de 7 % ao quadrimestre.
D = PV = PMT . a n i
54
Pois é. Com 7 prestações quadrimestrais de R$ 200.000,00 e à taxa de 7
% a.q. se paga uma dívida, não de R$ 1.000.000,00 e sim de um pouco mais no
valor de R$ 1.077.857,88, que não é a dívida contratada. Isso mostra com clareza
total que o número de prestações para pagar a dívida de R$ 1.000.000,00 não é 7
e nem tampouco 6, pois com 6 prestações de R$ 200.000,00 a juro de 7% a.q. não
se paga toda a Dívida de R$ 1.000.000,00 na época zero e sim R$ 953.307,93, como
se pode ver abaixo.
6 n 7 i 200.000,00 CHS PMT PV visor = 953.307,93
Então o que fazer? Muito simples, se paga 6 prestações de R$ 200.000,00 cada
nas épocas inicialmente acordadas e uma parcela adicional P cujo valor depende
da época em que vai ser paga.
200.000,00 200.000,00
P P P”
0 1 2 3 4 5 6 7 8
1.000.000,00
Fig. 2.11
P = 1.000.000,00 - 956.307,93
P = 46.692.07 reais _ na época zero, ou seja, tudo se passa como se a
dívida contratada fosse de R$ 953.307,93, ou
P = P (1,07) 6 = 46.692,07 x1,500730 ou P = R$ 70.072,21 no sexto período
P = P (1,07) = 70.072,21 x1,07 _ P = R$ 74.977,26 no sétimo período.
Obs – Na realidade, essa parcela de prestação é paga no momento em que as
partes acordarem, com o valor devidamente ajustado.
13. Uma Indústria tomou dinheiro emprestado no valor de R$ 220.000,00 para ser
pago em 24 prestações mensais iguais e postecipadas (que nada mais é do que a
famosa Tabela Price) a juros de 2 % a.m. Após o pagamento da 6ª prestação, a
Indústria, passando por dificuldades momentâneas, solicitou ao órgão emprestador
que refinanciasse o saldo devedor em 4 prestações trimestrais, iguais e consecutivas,
vencendo a primeira 6 meses após a interrupção das mensalidades, com o que o
mutuante concordou desde que se aumentasse a taxa de juro para 6,30 % ao
trimestre. Acordadas ambas as partes, calcular o valor das prestações trimestrais.
Resp. R$ 53.863,59
55
b) E, também em termos percentuais, calcular o valor mínimo do acréscimo que
deve ser cobrado de outro cliente que precisa comprar mercadoria mas só pode pagar
em 18 prestações iguais.
Resp. a) 10,17% b) 7,85%
15. O valor de mercado do carro de um médico é R$ 15.000,00 e ele deseja trocá-lo por
outro cotado à vista por R$ 30.000,00. Na Concessionária escolhida, além de à
vista, a diferença pode ser paga em 12 prestações mensais de R$ 1.392,39.
Considerando cada possibilidade abaixo, o que o médico deve fazer?
Solução: primeiramente é feito o cálculo do custo do financiamento que a
Concessionária oferece e se encontra o valor de 22,42% ao ano. A seguir as respostas
em função de cada possibilidade.
a) Ele tem uma poupança que apresenta um saldo de R$ 60.000,00 e cuja
rentabilidade anda por volta de 6% ao ano.
a) A poupança rende menos que o custo da Concessionária. O médico deve
sacar o necessário da poupança e pagar a diferença à vista e se possível, sacar o
resto e aplicar melhor.
b) Além da poupança o médico tem também uma aplicação de R$ 60.000,00 num
Fundo de Renda Fixa com rentabilidade de 12,60% ao semestre ou 26,79% ao ano.
b) Nesse caso, a aplicação que ele tem é mais vantajosa e assim, a melhor opção
é usar o financiamento da Concessionária, deixando a sua aplicação rendendo
mais.
c) O banco do médico lhe oferece um CDC ao custo anual de 20%.
c) Usar o CDC do Banco, devido à aplicação que ele tem render mais.
d) Outro banco oferece ao médico uma linha de crédito ao custo de 3% ao mês o que
equivale a 42, 57% ao ano.
d) Esse custo está mais alto do que o da Concessionária, então, descartá-lo.
56
2.7.1. Exercícios Resolvidos
1. Uma empresa contraiu um empréstimo de R$ 4.000.000,00 junto ao Banco de
Investimento do Mato Fino S/A para pagar em 6 prestações semestrais crescentes em
PG de razão 1,20, com a primeira de R$ 600.000,00.Calcular a taxa anual de juro.
Quadro 2.5
2. Uma dívida foi concedida para ser paga em 4 pagamentos trimestrais consecutivos com
os valores que seguem: o primeiro de R$1.100.000,00, o segundo de R$1.000.000,00, o
3º de R$ 900.000,00 e o 4º de R$ 1.500.000,00. Sabendo que a taxa trimestral da
negociação foi de 9,50% e que o credor concedeu ao devedor uma carência de 2
períodos trimestrais, qual o valor da dívida contraída na época zero? Resolver pela
programação da HP – 12C ou do Excel.
1.500.000,00
1.100.000,00 1.000.000,00 900.000,00
0 0
0 1 2 3 4 5 6
Fig. 2.12
57
Pode-se fazer o cálculo de VP pela HP – 12C ou pelo Excel, através dos
programas específicos de cada um deles, usados para encontrar NPV = VPL, porém
fazendo CF0 = 0, como foi mostrado acima.
a) Usando a programação da HP – 12C:
VP = D = R$ 2.975.273,31
Quadro 2.6
58
59
Capítulo 3
60
2. Lease-back – Quando a empresa vende parte do seu ativo permanente (em geral
maquinário) e readquire no mesmo instante o seu uso de volta, mediante uma operação
de Leasing onde obtém as seguintes vantagens:
a) Liberação do Capital de Giro
b) Tributária – Aproveitamento do valor das contraprestações como despesa
c) Continuado uso do bem, sem qualquer interrupção.
3. Leasing Financeiro – É a modalidade de Leasing na sua definição clássica. Em geral
existem três participantes: o arrendador (empresa de Arrendamento), o arrendatário
(cliente) e o fornecedor ou fabricante do bem arrendado, o qual no fim das contas vende
o seu produto à vista e sai do circuito. A bola fica com o arrendador e o arrendatário.
Nesses casos o VRG está sempre presente.
d) Cálculo do PIS, do COFINS e do ISS, com imputação dos tributos para o cliente
PIS = 0,65% 207,92 = 0,65% x 209,28 → PIS = 1,36 reais por mês
0,9935
COFINS = 4% 207,92 = 4% x 216,58 → COFINS = 8,66 reais por mês
61
0,96
Cálculo do ISS → Base = PMT ATIVO + PIS + COFINS
ou 1,70% a.m. e o spread ou a receita líquida do arrendador passa a ser a mesma que ele
obteve, líquida desses impostos imediatos, exatamente como no caso dos Bancos já
mostrado.
Comentário 1
O VRG, teoricamente, pode ser pago no início da operação ou no final ou ainda
em qualquer época durante a sua vigência .Se pago no início, depois de liquidadas todas
as contraprestações, o cliente entra na posse do bem e assunto liquidado. Se o VRG for
pago no final há que se adicionar os juros, em geral na mesma taxa com ou sem os
impostos, para o cliente liquidar a fatura. No exercício n.º 1, o cliente pagaria no final:
Agindo dessa maneira o cliente só vai poder deduzir do seu lucro tributável as
contraprestações efetivamente pagas ao longo do ano. Nem o VRG inicial de R$
15.000,00 ou o final de R$ 18.147,46 podem ser usados para esta finalidade. Apenas o
juro financeiro de R$ 3.147,46 correspondente à diferença entre o VRG final e o inicial
é que podem ser utilizados na dedução do lucro tributável, como custo financeiro que é.
a) Cálculo do PMT’ ativo somado aos juros mensais do VRG, porém, sem os
impostos legais
PMT’ = 7.841,42 + 1,60% x 15.000,00 = 7.841,42 + 240,00 = 8.081,42 reais
62
b) Cálculo do Spread
OBS – Agindo dessa forma a taxa paga pelo cliente sobe para:
ou 2,20% a.m. Em compensação o cliente abate um maior valor sobre a base de cálculo
do seu IR e no final só paga o VRG de R$ 15.000,00 sem juros, pois os juros já foram
pagos ao longo dos doze meses.
Comentário 2
63
PMT = 7.975,20 + (impostos sobre 7.975,20) + 1.250,00
OBS – Com o VRG diluído, a taxa mensal para o cliente sobe para:
Comentário 3
64
12 n 1,60 i 100.000,00 CHS PV PMT visor = 9.225,20 reais
Vamos entender porque os juros do VRG diluído são iguais a R$ 133,78 = R$
7.975,20 - R$ 7.841,42 e não a R$ 240,00 =1,60% x 15.000,00.
65
Valor do Automóvel = R$ 35.000,00; VRG (diluído) = R$ 3.500,00 (10 %)
Taxa Mensal do Empréstimo = 2,50 % a.m
Taxa Mensal de Captação para a Arrendadora = 1,02 % a. m
Prazo da Operação = 35 meses
Calcular o dispêndio mensal do economista e que taxa mensal ele pagou ao todo ?
Resp. R$ 1.532,00 e 2,5862 % a. m
4. A Cia. de Brinquedos Troy Ltda fez uma operação de “Leasing” para renovação de
suas máquinas no valor de R$ 800.000,00 no prazo de 36 meses , com o VRG de
10 % . Sendo as taxas da Arrendadora de 2,05 % a. m na aplicação e 1,20 % a.
m na captação e sabendo-se que o VRG foi pago no início da operação
através das máquinas que foram substituídas , calcular :
a) O total mensal de impostos imputados ao cliente pela Arrendadora
b) O dispêndio mensal da Arrendatária
c) A receita da Cia de Leasing
Resp. a) R$ 283,84 b) R$ 28.758,82 c) R$ 3.726,98
5. Uma operação de Leasing foi fechada com a Cia. de Transportes Pássaro Marrom no
valor global de R$ 2.000.000,00, para o prazo de 36 meses sem carência e VRG
diluído de 15 % . Sabendo-se que o custo de captação de recursos da Sociedade de
Arrendamento Mercantil foi de 1,40 % a.m. e a sua aplicação foi a 1,90 % a.m.,
calcular:
a) O valor da contra- prestação mensal adicionada ao VRG diluído e
b) Que taxa mensal a operação representou para a Cia. de Transportes ?
Resp. a) 77.874,97 b) 1,95 % a. m.
66
3.2. CRÉDITO DIRETO CONSUMIDOR - CDC
3.2.1. Generalidades
De maneira geral, o povo da classe média não dispõe de dinheiro à vista para
comprar as mercadorias de que necessita ou que gostaria de ter, precisando, portanto, de
quem o financie para poder efetuar suas aquisições. Havendo quem o financie e em
prestações, a maior parte desse pessoal vai se endividar ao extremo, às vezes até além
disso. A taxa de juro cobrada pelos financiadores não importa tanto; o que leva o
comprador a consumir é o valor das prestações caberem no seu orçamento mensal, pois é
mensalmente que os pagamentos são realizados. As operações de CDC são realizadas
exatamente como as de uma renda uniforme e constante na capitalização composta nos
seus três primeiros tipos já vistos: postecipada, antecipada e diferida, onde a mais usada
é a primeira, isto é, a postecipada, que como sabemos é a famosa Tabela Price.
67
Acontece que os vendedores das lojas não possuem e não saberiam lidar com
uma HP–12C. Há também o IOF T, como em toda operação de crédito, que é cobrado à
vista e incluído no financiamento ao cliente quando da concretização da operação, para o
bem ser pago à vista, com a base de cálculo e alíquotas iguais às que foram vistas.
Quem faz o cadastro do cliente e também os cálculos das prestações na hora, é o
vendedor da loja, previamente instruído pela Financeira dentro das normas da
instituição. Como as normas cadastrais são fáceis de seguir, não há problema em relação
a isso; mas o cálculo das prestações é sofisticado para o nível dos vendedores, que, além
de não saberem fazer, o que não é tão simples assim, possuem apenas uma simples
máquina de calcular e que só faz as quatro operações, não sendo, portanto, suficiente.
Para evitar o inconveniente de um cálculo errado, as Financeiras fornecem uma
tabela de coeficientes em função do número de prestações sempre mensais e da taxa de
juro já agravada pelo IOFT que o cliente vai pagar e assim, o cálculo do valor das
prestações, que é sempre igual dentro de um mesmo financiamento, é realizado pela
simples multiplicação do coeficiente apropriado pelo valor à vista do produto que está
sendo comprado. A taxa de juro é assunto da Financeira e normalmente é comum os
vendedores nem saberem qual é o seu valor.
68
x 1.800,00) e se obtém previamente o IOFT = 19,47 da operação de crédito acima ou de
qualquer outra operação de mesmos prazo e taxa, logo depois de fechada a negociação.
Em seguida adiciona-se o IOFT ao principal do financiamento e se calcula o total que, na
realidade, vai ser financiado, no caso de R$ 1.819,47, pois o IOF T = 19,47 é pago no
início da operação e o comprador quer receber a importância do empréstimo de R$
1.800,00 líquida do imposto e pagar o bem à vista, liquidando o assunto com o lojista.
Então, no exemplo, o total a ser financiado por 10 meses a 2,50% a.m. passa a
R$ 1.819,47 com o financiamento também do IOFT = 19,47. Nestas condições a
prestação vai subir um pouco, pois o valor total do financiamento aumentou.
10 n 2,50 i 1.819,47 CHS PV PMT = 207,89 ð R$ 207,89
e como o cliente só vai usar R$ 1.800,00, a taxa sofre também um pequeno aumento:
10 n 1.800,00 CHS PV 207,89 PMT i = 2,708710 % ð i = 2,708710 %a.m.
69
Procedimentos análogos são feitos com os CDCs Antecipados e Diferidos e
assim se pode ver todos os tipos dessas operações de enorme uso no Brasil, mostrando
com que facilidade elas são programadas pelo calculista responsável da Financeira.
O Banco Central obriga os lojistas a veicular nos periódicos e a colocar nas
próprias lojas, sobre os bens de maior valor, detalhes sobre o assunto do tipo a seguir:
significando que não existe entrada. Caso contrário, (1 + 9) de R$ 202,40, isto é, valor
obtido ao usar a Tabela de coeficientes para CDC com entrada de mesmo valor das
prestações. É o caso dos CDCs antecipados, ao se usar a teoria das Rendas Antecipadas.
Como se pode ver, a dificuldade em fazer as tabelas dos coeficientes está em se
calcular o IOFT antecipadamente para recolhimento à Receita Federal. Porém, usando os
Fatores do IOFT para os arcabouços mais utilizados, a operação se torna muito simples.
10
O CDC é o chamado crédito direcionado para comprar um determinado bem, por exemplo, a geladeira. Porém, as
Financeiras também fazem o Crédito Pessoal CP , onde o prestamista leva apenas o dinheiro e paga da mesma forma que o
CDC, através de prestações. A diferença fica só na taxa do CP que normalmente é mais alta do que a do CDC.
Capítulo 4
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO A
LONGO PRAZO
70
As operações do BNDES já foram vistas no último tópico do Capítulo 1. Agora
vamos tratar das efetuadas pela CEF – Caixa Econômica Federal e Sociedades de
Crédito Imobiliário, que como já foi dito, se concentram mais nos recursos destinados
aos imóveis de um modo geral, em especial, à compra da casa própria.
1.1. Conceitos
No Brasil, os Sistemas de Amortização de empréstimos para a compra da casa
própria a médio e longo prazo são capitaneados pela CEF, que adota três modelos
principais: Sistema Francês de Amortização ou Sistema de Prestações Constantes – SPC
(cópia ipsis literis das Rendas Uniformes e Constantes na capitalização composta, já
revista anteriormente), Sistema de Amortização Constante – SAC e Sistema de
Amortização Crescente – SACRE (uma cópia estilizada do SAC). Este último foi criado
em 1998 pela equipe da Caixa Econômica Federal – CEF e atualmente é o mais
procurado. Todos os três modelos com e/ou sem correção monetária serão vistos neste
Capítulo 4 e o leitor tomará conhecimento do recálculo periódico das prestações com o
uso da CM da TR – Taxa Referencial, exatamente como a CEF e as Sociedades de
Crédito Imobiliário privadas trabalham.
71
Essas duas premissas constituem a base sobre a qual se assentam todos
os cálculos de pagamento de dívida, através de prestações.
Conceitos e Fórmulas
Pela definição do Sistema Francês, se pode ver que o valor atual ou presente AI =
VPI das n prestações PMT = T à taxa i de uma Renda Postecipada, se confunde
com a dívida D = D0 contraída no financiamento. Assim, na Fig. 4.1:
T T T T T T
0 1 2 3 (n – 2) (n – 1) n
D = D0 = AI
Fig. 4.1
D = D0 = AI = VPI _ é, obviamente, a Dívida ou o Valor Atual dos n
pagamentos T da Dívida ou também o Valor Presente das n prestações PMT da Renda,
respectivamente.
O Saldo Devedor D = D0 = SD é o valor que deverá ser pago ao mutuante
(emprestador) devidamente acrescido dos encargos que representam o ganho do
emprestador. A quitação da dívida D = D0 puro e simples é o pagamento apenas do SD
e não significa lucro do emprestador, nem quitação do compromisso do devedor, apenas
é o retorno do capital emprestado a quem de direito. Assim, o SD ou D diz respeito tão
somente à divida pura ou a parte dela que ainda não foi amortizada, do que se deduz que
amortizar é pagar apenas a dívida ou parte sem juro, significando liquidação ou redução
da dívida ou do saldo devedor e nada tendo a ver com encargos.
72
a) Cálculo do valor de cada prestação:
T = 600.000,00 x 1
a 6 20
T = 600.000,00 x 0,300706 → T = R$ 180.423,45
0 1 2 3 4 5 6
600.000,00
Fig. 4.2
Usando o exemplo anterior, pode-se ver que o empréstimo de R$ 600.000,00 será
pago em 6 prestações semestrais de R$ 180.423,45 a juros de 20% a.s. Cada prestação
vai conter duas parcelas: uma relativa aos juros e outra relativa à amortização de parte
do principal, o que acontece com todos os sistemas de amortização por prestações, de
acordo com as duas observações importantes no início da página anterior.
Na época 1 (Fig.4.1), quando se vai pagar a primeira prestação, o SD = D ainda é
o do período anterior (que aqui se confunde com a própria dívida), ou seja, R$
600.000,00. Chamando de J1 os juros contidos nessa primeira prestação, tem-se:
J2 = 020 x 539.576,55
J2 = R$ 107.915,31
A2 = 180.423,45 – 107.915,31
A2 = R$ 72.508,14
73
D2 = 539.576,55 – 72.508,14
D2 = R$ 467.068,42
Planilha 4.1
n T J A D
0 600.000,00
1 180.423,45 120.000,00 60.423,45 539.576,55
2 180.423,45 107.915,31 72.508,14 467.068,42
3 180.423,45 93.413,68 87.009,76 380.058,65
4 180.423,45 76.011,73 104.411,72 275.646,93
5 180.423,45 55.129,39 125.294,06 150.352,87
6 180.423,45 30.070,57 150.352,87 0,00
TOTAIS 1.082.540,70 482.540,68 600.000,00
Quadro 4.1
74
Obs: A Montagem da Planilha 4.1 poderia também ser feita usando a programação
específica que a HP – 12C tem e é mostrada a seguir. Todavia, é bom lembrar que
em geral os Sistemas de Amortização da casa própria têm prazos muito longos e
normalmente as prestações são mensais, o que implica em quadros bastante
extensos, como será visto na apostila Matemática Financeira Avançada. Assim, é
melhor usar o programa Excel mostrado no Quadro 4.1 acima. Porém, apenas a
título de exercício, vamos ver como se usa o Programa Específico da HP – 12C.
75
anteriormente, o que vai permitir encontrar os valores isolados de uma maneira mais
fácil. Suponha uma dívida D financiada no Sistema Francês em n, T, e i (Fig. 4.3):
T T T T T T T
0 1 2 (k – 1) k (k + 1) (k + n – 1) n
T T T
0 1 n–k+1 n-k
D
DK
Fig. 4.3
DK = T a (n – k) i (26)
k=3 D3 = 180.423,45 x a (6 – 3) 20
D3 = 180.423,45 x a 3 20
D3 = 180.423,45 x 2,106481
D3 = R$ 380.058,65
2. Cálculo da cota de juros contida em uma prestação de ordem k.
JK = DK–1 x i (27)
em que DK–1 é dado pela relação (24)
No exemplo dado, calcular o juro contido na 3ª prestação.
DK–1 = T a (n-k+1) i
k = 3 D2 = 180.423,45 x a (6-3+1) 20
D2 = 180.423,45 x a 4 20
D2 = 180.423,45 x 2,588735 _ D2 = 467.068,42
J3 = 467.068,42 x 0,20 _ J3 = R$ 93.413,68
3. O Calculo de AK é também muito simples:
AK = T – JK ð k = 3 ð A3 =180.423,45 - 93.413,68 ou A3 = R$ 87.009,76
76
1.2.2. Tabela Price
Conceitos
A Tabela Price 11 (Richard Price, economista inglês) é um caso particular do
Sistema Francês de Amortização quando a prestação é mensal. É comum a taxa de juro
vir como taxa nominal anual e assim é necessário dividi-la por 12 para usar a taxa
mensal proporcional, mesmo se tratando de um sistema submetido ao regime de juros
compostos. Cada termo da renda será:
T = D/ 1/a m i , (28)
Exemplos
1º) Qual o valor da prestação mensal necessária para liquidar uma dívida de R$
100.000,00 em 2 anos a juros de 12% a.a.?
77
As operações financeiras realizadas para liquidação através de prestações, como
é o caso do CDC, CP e outros, também sofrem a incidência do IOF, além do PIS,
COFINS etc. A incidência do IOF é sobre os saldos devedores pelos dias em que
eles vigorarem ou sobre as amortizações, também pelos dias de suas vigências, o que
dá exatamente no mesmo, como vai ser mostrado. Esse tipo de imposto, como se sabe, é
devido exclusivamente ao cliente e incide tão somente sobre o principal do
financiamento, não podendo de forma alguma ser cobrado sobre os encargos.
Como já foi comentado, para repor as perdas de arrecadação com a extinção da
CPMF no final de 2007, o governo federal instituiu o Decreto nº 6339/2007 na
mesma data, para viger a partir de 02/01/2008, através do qual aumentou o valor do
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, não só na alíquota (dos tomadores de
crédito Pessoas Físicas para 0,0082% ao dia, isto é, 3% ao ano de 365 dias, mantendo a
de Pessoas Jurídicas em 0,0041% ao dia ou 1,50% ao ano), a que vamos chamar de IOF 1
e criou também uma nova alíquota, esta fixa que vamos cognominar de IOF 2 = 0,38% 11,
a incidir sobre o principal do financiamento, tanto para PF quanto para PJ e
independente do prazo da operação.
A arrecadação atingida pelo novo sistema de cobrança do IOF em troca da
extinção obrigatória da CPMF foi tão grande em 2008, que o governo, ao perceber o erro
proposital ou não, reverteu a alíquota do IOF 1 de PF para 0,0041% a.d., com vigência a
partir do início de 2009; a outra, não. Em outras palavras, o término de uma
11
Qualquer semelhança com o IOF2 = 0,38% da CPMF que foi encerrada, é “mera coincidência” do Governo Federal.
contribuição provisória e a criação de novas regras para um tributo antigo no intuito de
equilibrar a arrecadação “perdida” com o exercício da lei, trouxe foi vantagens para o
governo federal e aumento de despesas sobre uma população, que infelizmente, não tem
o discernimento para ver esses absurdos. Isto é lamentável.
Os dois IOFs = IOFT são cobrados antecipadamente no início da operação. Como
o valor do IOF1 é variável em função dos saldos devedores ou amortizações efetuadas ao
longo do pagamento das prestações e dos dias em que eles vigoram, o mais fácil e
prático para se obter o seu valor é calcular um coeficiente que, multiplicado pelo valor
do financiamento, fornece esse valor no início da operação, já que o órgão financiador é
o responsável pela retenção e recolhimento aos cofres da Receita Federal.
Esse coeficiente, batizado de fator do IOF1 = f1, obviamente é função do número
de dias correspondentes aos respectivos saldos devedores ou às amortizações efetuadas e
dado que esses saldos e amortizações dependem da taxa de juros cobrada, em última
instância, o fator do IOF1 passa a ser função da taxa e dos prazos dos saldos
devedores e/ou das amortizações. Dessa maneira, pode-se elaborar tabelas do fator do
IOF1 = f1 para prazos e taxas que se queira e assim, fazendo incidir o f1 do mesmo
arcabouço de taxa e prazo desejados sobre o principal financiado, obteremos o valor
do IOF1 logo de saída. Mostraremos a seguir, como essa elaboração das tabelas é
bastante facilitada ao se usar o programa Excel.
Já o IOF2 é o seu próprio fator, pois ele é fixo e incide sobre o valor do
principal financiado abatido das deduções permitidas pela IN nº 247 já citada. Somando
IOF1 e IOF2 obteremos o IOFT, que se o cliente pagar no início do financiamento, o
assunto do IOF está encerrado. Porém, é preciso atentar para o fato de que, se o cliente
está pagando todo o IOF (IOFT) no início, à vista, tudo se passa como se a Financeira
tivesse reduzido o valor do principal financiado ao debitar o IOFT na c/c do cliente para
78
posterior recolhimento à Receita, mas continuando com o mesmo valor das prestações e
prazo. Isso, além de implicar num aumento da taxa de juro, pode não atender ao cliente.
Para que o tomador tenha em mãos o valor integral do financiamento de que
necessita desembolsando à vista a quantia do IOF T, é preciso que a Instituição Financeira
financie também o IOFT, aumentando o valor do principal. Ao creditar o principal
aumentado na c/c do cliente, o que, mantidos a mesma taxa e prazo originais como é
usual, aumenta também o valor das prestações. Como a Financeira irá reter o IOF T para
recolhimento à Receita, isso vai representar para o cliente um aumento na taxa de juro da
operação, pois ele estará recebendo uma quantia menor e pagando as mesmas prestações
referentes a um principal maior. Em geral é o que acontece e é por isso que quando se
consulta a taxa que as Financeiras estão praticando, a resposta não confere com os
valores das prestações, pois elas fornecem as taxas sem o IOFT.
Além do mais, isso poderia ser interpretado como um novo financiamento, o que
de fato é e assim, se poderia ter que calcular um novo IOF’T do IOFT via os mesmos f1
e f2, (IOF’1 + IOF’2). Adicionando IOFT e IOF’T ao principal inicial, a Financeira iria
passar a financiar o principal, os dois IOFs iniciais e os dois IOF’s dos IOFs iniciais. Isto
faria com que o valor das prestações subisse mais um pouco, o mesmo acontecendo com
a taxa de juro, pois agora se está financiando um principal maior ainda e se retirando o
valor dos dois IOFs.
Felizmente, o bom senso prevaleceu e como vai ser visto à frente, a Receita
Federal aquiesceu e passou a cobrar apenas um IOFT nesses financiamentos.
1.2.4. IOF1 na Tabela Price a partir de 2008
Uma empresa obteve financiamento de uma máquina no valor de R$ 100.000,00
no dia 31/01/2008 através da Tabela Price (CDC) a juros mensais de 2,15%. Sabendo
que o prazo total do financiamento é de um ano e que as prestações vencem no último
dia de cada mês subseqüente, calcular: a) o valor PMT das prestações sem IOF; b) o
valor do IOF1 e do seu fator f1 e do IOF2; c) o valor do IOFT relativo à soma dos valores
dos dois IOFs (IOF1 + IOF2), o valor das novas prestações no caso de os IOFs serem
financiados nas mesmas condições iniciais e da nova taxa de juro para o cliente, caso ele
venha a pagar o IOFT que foi financiado no início, à vista; d) o valor das novas
prestações com a inclusão do financiamento dos dois novos IOF T’s (IOF’1 + IOF’2) e da
nova taxa de juro, com o cliente pagando também o IOF’ T no início; e) o total de IOFT
a ser recolhido à Receita, considerando a questão anterior. Vide Quadro 4.2 abaixo.
Quadro 4.2
79
a) Cálculo da Prestação sem usar o IOF (usando só HP – 12 C)
12 n 100.000,00 CHS PV 2,15 i PMT _ visor = 9.543,28 reais
b) Cálculo do valor do IOF1 (usando o Quadro 4.2. acima), o seu fator f1 e o IOF2
Principal = 100.000,00; Taxa mês = 2,15%; Prazo = 12 meses ; IOF = 0,0041% a.d.
Calculando o IOF1
Usando amortização: 1ª prestação _ 7.393,28 x 29 x 0,000041 = 8,79
2ª prestação _ 7.552,24 x 60 x 0,000041 = 18,58
3ª prestação _ 7.714,61 x 90 x 0,000041 = 28,47
etc
IOF1 Total = 840,84
ou
Saldo Devedor: 1ª prestação _ 100.000,00 x 29 x 0,000041 118,90
2ª prestação _ 92.606,72 x 31 x 0,000041 117,70
3ª prestação _ 83.934,31 x 30 x 0,000041 104,62
etc
IOF1 Total = 840,84
Obs – Reparar que, embora o IOF1 de cada prestação nos dois cálculos, tanto pela
amortização quanto pelo saldo devedor, não seja igual, o total do IOF1 é.
c) Cálculo do IOFT = (IOF1 + IOF2), das novas prestações e da nova taxa de juro
80
IOFT = 840,84 + 380,00 ð IOFT = 1.220,84 reais
12 n 101.220,84 CHS PV 2,15 i PMT ð visor = 9.659,79 reais
12 n 100.000,00 CHS PV 9.659,79 PMT i ð visor = 2,3490% a.m.
d) Cálculo das novas PMTs e da nova taxa com o financiamento dos dois IOF’S:
Novo Principal a ser financiado = 100.000,00 + 1.220,84 + 14,91 = 101.235,75
onde 14,91 = 0,840840% x 1.220,84 + 0,38 x 1.220,84 = 10,270 + 4,64 = 14,91
12 n 101.235,75 CHS PV 2,15 i PMT _ visor = 9.661,22 reais
12 n 100.000,00 CHS PV 9.661,22 PMT i ð visor = 2,3514% a.m.
e) Cálculo do IOFTOTAL a ser recolhido à Receita Federal
IOF TOTAL = 1.220,84 + 10,27 + 4,64 ð IOFTOTAL = 1.235,75reais
Obs – Se quiséssemos aplicar IOF sobre os IOF’s = 14,91, teríamos: IOF”s =
0,840840% x 14,91 = 0,13 reais e 0,38% x 14,91 = 0,06 ou um total de 0,19 reais, uma
quantia inexpressiva, porque o IOF vai se reduzindo com muita velocidade. Pode-se ver
porque a Receita Federal não faz questão de que se prossiga nessa cobrança
indefinidamente.
81
Quadro 4.3
Conceito
0 1 2 3 4 5 6
600.000,00
Fig. 4.4
82
A = D/n A = 600.000,00/6 A = R$ 100.000,00
Cálculo das Variáveis :
D1 = D0 – A D1 = 600.000,00 – 100.000,00 D1 = R$ 500.000,00
J1 = D0 x i J1 = 600.000,00 x 0,20 J1 = R$ 120.000,00
T1 = A + J1 T1 = 100.000,00 + 120.000,00 T1 = R$ 220.000,00
e assim por diante se realiza toda a montagem da Planilha.
Quadro 4.4
n A D J T
0 600.000,00
1 100.000,00 500.000,00 120.000,00 220.000,00
2 100.000,00 400.000,00 100.000,00 200.000,00
3 100.000,00 300.000,00 80.000,00 180.000,00
4 100.000,00 200.000,00 60.000,00 160.000,00
5 100.000,00 100.000,00 40.000,00 140.000,00
6 100.000,00 0,00 20.000,00 120.000,00
Totais 600.000,00 420.000,00 1.020.000,00
83
características, da seguinte forma: escolhe-se uma data de comparação absolutamente
qualquer e se leva todos os fluxos e valores principais (dívidas) para esta época na
mesma taxa, capitalizando ou descapitalizando conforme a posição de cada um no seu
Fluxo de Caixa. Então se soma os valores do PRICE e também os valores do SAC. Uma
soma será igual à outra, o que prova a equivalência entre os dois sistemas.
O SAC tem grande aplicação nos empréstimos de Longo Prazo tanto no Brasil
quanto no exterior.
Os programas Finame e BNDES-Automático da Finame – Agência Especial
de Financiamento Industrial, o órgão operacional do BNDES, também são baseados
no SAC. Apenas porque são indexados à TJLP, a variação trimestral dessa taxa
mascara a visualização do SAC. Porém, se os mencionados programas forem feitos da
forma simplificada, em URTJLP, que inclusive é a maneira mais usada, ficará
constatada com facilidade a presença marcante do SAC. Os programas da Finame, em
volume e prazo, são os mais procurados pelos industriais e demais empresários do país.
Isso tudo sem falar nos programas de financiamento, com ou sem correção
monetária, que fazem uso direto do SAC e que são utilizados por diversos órgãos
financiadores.
Olhando os dois exercícios resolvidos logo à frente, mesmo sem desenvolver toda a
planilha teórica dos financiamentos, podemos perceber, como foi falado, que no Sistema
SAC se paga aparentemente menos juros, porque se amortiza o saldo devedor mais
rapidamente através de prestações de maior valor do que no Francês:
J48 = 2.340,00 reais no SAC Nos exercícios nos 1 e 2 resolvidos
à frente
84
isso depende do mutuário, é claro. Seja uma situação extrema, de o mutuário ter todo o
dinheiro de que necessita. Nesse caso, ele não vai precisar fazer empréstimo nenhum e
sim lançar mão das suas disponibilidades, portanto, aparentemente, não vai pagar
juro. Ledo engano, porque, repetindo, existe o que se chama “custo de oportunidade”,
que como se sabe, neste caso nada mais é do que, agindo assim, o mutuário em potencial
também não vai poder aplicar aquele dinheiro em outro Ativo que possa lhe trazer
maior valor ou rentabilidade, simplesmente porque ele já não existe mais. Assim, o
capitalista deixa de ganhar juro, o que significa perder ou pagar um prêmio que poderia
auferir, caso a aplicação dos recursos fosse utilizada de maneira diferente. Isso é o que
se chama custo de oportunidade 12
A realidade matemática é essa. Tudo na vida tem um valor diferente, se olhado
em épocas diferentes. Com o dinheiro essa verdade ainda é mais visível, pelo próprio
princípio em que se baseia a Matemática Financeira: “todo Capital aplicado cresce com
o tempo” ou “R$ 1,00 hoje vale mais do que R$ 1,00 amanhã”.
12
PINDYCK Robert & RUBINFELD Daniel, na obra conjunta “MICROECONOMIA” – 5ª Edição – Pearson Education –
Prentice Hall - 2002 , definem Custos de Oportunidade como sendo “Custos associados às oportunidades perdidas
quando os recursos não são utilizados de forma a produzir o maior retorno possível”
b) Saldo Devedor D47
D47 = PV das 13 = (60 - 47) prestações que ainda não foram pagas
D47 = PMT . a 13 1,80
D47 = 16.435,18 x 11,499422 _ D47 = 188.995,07 reais ou
13 n 1,80 i 16.435,18 CHS PMT PV = D47 visor = 188.995,0690
85
T48 = T = J48 + A48 J48 = D47 . i J48 = 0,018 x 188.995,07
Então se pode ver que o Saldo Devedor se comporta como uma Progressão
Aritmética PA decrescente, de razão igual ao valor da Amortização, o primeiro
termo igual ao empréstimo e o número de termos igual ao número de amortizações.
c) Cálculo dos Juros
86
an = a1 + (n - 1) r → na PA , ou como a razão é negativa (PA decrescente):
an = a1 + (1 - n) r → Jn = D0 . i + (1 - n) (A . i)
87
4. Uma Dívida foi contraída devendo ser paga em 6 prestações anuais e a juros
efetivos de 48 % a.a. através do Sistema Francês de Amortização . Quando o
Saldo Devedor será igual à metade da Dívida ?
Resp. k = 4,46 anos ou aproximadamente no fim do 1º semestre após a 4ª
prestação .
Conceito
88
proporcionalmente maiores no início do Programa como se vai ver, constituindo-se
numa sofisticação do já conhecido SAC.
O sistema tem sido usado com a CM mensal da TR acoplada a uma taxa de
juro nominal não superior a 12 % a.a. e as prestações mensais são constantes dentro de
um período de tempo pré-estipulado, período esse que pode ser, trimestral,
quadrimestral, semestral ou anual, desde que seja o mesmo para cada programa
contratado. Findo cada período de tempo pré-estipulado, é feito o chamado recálculo e o
valor das novas prestações para o período seguinte são determinadas. No SACRE, o
cálculo das prestações do primeiro período obedece a um critério diferente em relação
aos outros períodos: o candidato ao financiamento, quando entrega os documentos
exigidos, opta por um % (máximo de 30%) sobre a renda líquida familiar consolidada,
o que fornece o valor máximo das suas prestações, até o primeiro recálculo.
Transcorrido o primeiro período procede-se ao primeiro recálculo: o Saldo
Devedor, ainda sem a CM, é dividido pelo número de amortizações que faltam (igual
no SAC) encontrando-se a parcela de amortização auxiliar para composição da nova
prestação e que não vai ser a parcela real de amortização desta nova prestação, como se
vai ver ; ainda sobre o Saldo Devedor Simples, sem a CM, aplica-se a taxa mensal
de juro (proporcional à taxa anual, posto que ela é nominal) obtendo-se a parcela de
juro também auxiliar e que não vai ser a parcela real de juros da nova prestação.
Somando-se as duas parcelas auxiliares obtém-se o valor das prestações relativas ao
novo período, após o primeiro recálculo.
Qual é realmente a função do recálculo ? Qual a sua importância ? O recálculo é
fundamental para se poder corrigir apenas o Saldo Devedor mensalmente, enquanto as
prestações o são por um período maior do que um único mês (3, 4, 6 ou 12), a fim
de dar ao mutuário condições de melhor ajustar o seu fluxo de pagamentos aos seus
recebimentos e o programa não deixar resíduos significativos no saldo devedor ao final
do contrato. Como já falado, esse problema sério dos resíduos aconteceu há poucos anos
com outros programas de financiamento e que deram origem ao malfadado FCVS –
Fundo de Compensação das Variações Salariais, no governo José Sarney.
Seja anual o período de recálculo do exemplo que vem a seguir. A parcela real de
juro contida na primeira das doze prestações é o resultado da aplicação da taxa mensal
sobre o saldo devedor, agora já corrigido pela TR; a diferença entre esta parcela real de
juro e a prestação é a parcela de amortização real desta nova prestação e é levada para
amortizar parte do saldo devedor, já corrigido anteriormente, de onde resulta o novo
Saldo Devedor Simples do mês em curso, portanto sem correção ainda. Daí, se corrige
esse novo Saldo Devedor Simples e para a frente tudo se repete exatamente da mesma
maneira, até se chegar ao novo recálculo, 12 meses à frente.
O desenvolvimento do cálculo dos Juros, Amortizações, Saldo Devedor Simples
e Corrigido mostrado no parágrafo anterior, é universal, isto é, se aplica a qualquer
sistema de pagamentos periódicos que tenha correção monetária ou não.
Como as doze prestações de cada intervalo anual são constantes e no princípio do
financiamento o Saldo Devedor é maior e ainda corrigido mensalmente, o que acontece
é que no início as amortizações podem ser até decrescentes, o que aliás ocorre com o
exemplo da planilha de cálculo a ser apresentada no fim deste subitem. Com as parcelas
de juro se passa exatamente o inverso, ou seja, elas serão crescentes enquanto as parcelas
de amortização forem decrescentes. No terceiro período anual do nosso exemplo, as
89
parcelas de amortização passam a assumir valores crescentes e, ato contínuo, as parcelas
de juro passam a decrescentes e dessa forma se prossegue até o fim com as parcelas de
amortização cada vez maiores e as de juro menores.
O valor das prestações também cresce, porém suavemente e até um certo
momento – no nosso exemplo até o 12º período anual – a partir do qual o valor começa
a diminuir. Através do exemplo da planilha de cálculo a ser vista logo à frente, vai ser
possível se entender melhor o funcionamento deste Sistema de Amortização através de
prestações, que tal como já foi dito, obedece como todos os outros às duas premissas
mencionadas no início do Sistema Francês de Amortização, sob o título de Duas
Observações Importantes.
É apresentado a seguir, a título de comparação como faz a CEF, o mesmo
exemplo usando a Tabela Price e com os dois sistemas trabalhando com as mesmas
variáveis, obviamente. A diferença entre os dois está no cálculo das prestações e nos
recálculos posteriores pois, na sua essência, os dois sistemas são diferentes, embora
equivalentes. No SACRE se usa o Sistema de Amortizações Constantes – SAC para
a formação das prestações a partir do primeiro recálculo, passado o primeiro ano. Na
Tabela Price o cálculo das prestações é feito pela teoria do Sistema Francês de
Amortização – SPC como foi visto na parte anterior deste Capítulo 4, utilizando-se da
HP – 12C ou do EXCEL como foi realizado no exemplo, tanto para as prestações do
primeiro período como para as dos períodos seguintes, apenas mudando a cada recálculo
o número de prestações ainda restantes.
T1 = 30 % s/ 2.384,26 = R$ 715,28
90
Quadro 4.5 Evolução do Sistema Sacre
Nota: A partir do segundo recálculo lança-se mão de amortizações e juros auxiliares
para se obter o valor das 12 prestações que vão vigorar no período anual seguinte.
Prestação T J A DS DC
0,00875
1,0060
0 50.000,00 50.300,00
1 715,28 440,13 275,15 50.024,85 50.325,00 T1=30% x 2.384,26
2 715,28 440,34 274,93 50.050,06 50.350,36
3 715,28 440,57 274,71 50.075,65 50.376,10
4 715,28 440,79 274,49 50.101,62 50.402,23
5 715,28 441,02 274,26 50.127,97 50.428,74
6 715,28 441,25 274,03 50.154,71 50.455,64
7 715,28 441,49 273,79 50.181,85 50.482,94
8 715,28 441,73 273,55 50.209,38 50.510,64
9 715,28 441,97 273,31 50.237,33 50.538,76
10 715,28 442,21 273,06 50.265,69 50.567,29
11 715,28 442,46 272,81 50.294,47 50.596,24
12 715,28 442,72 272,56 50.323,68 50.625,62
13 739,88 442,97 296,90 50.328,72 50.630,69 299,55 440,33
14 739,88 443,02 296,86 50.333,83 50.635,83
15 739,88 443,06 296,81 50.339,02 50.641,05
16 739,88 443,11 296,77 50.344,28 50.646,35
17 739,88 443,16 296,72 50.349,63 50.651,72
18 739,88 443,20 296,68 50.355,05 50.657,18
19 739,88 443,25 296,63 50.360,55 50.662,71
20 739,88 443,30 296,58 50.366,14 50.668,33
21 739,88 443,35 296,53 50.371,80 50.674,03
22 739,88 443,40 296,48 50.377,55 50.679,82
23 739,88 443,45 296,43 50.383,39 50.685,69
24 739,88 443,50 296,38 50.389,31 50.691,65
25 763,91 443,55 320,36 50.371,28 50.673,51 323,01 440,91
26 763,91 443,39 320,52 50.352,99 50.655,11
27 763,91 443,23 320,68 50.334,43 50.636,43
28 763,91 443,07 320,85 50.315,59 50.617,48
29 763,91 442,90 321,01 50.296,47 50.598,25
30 763,91 442,73 321,18 50.277,07 50.578,73
31 763,91 442,56 321,35 50.257,38 50.558,92
32 763,91 442,39 321,52 50.237,40 50.538,82
33 763,91 442,21 321,70 50.217,12 50.518,42
34 763,91 442,04 321,88 50.196,55 50.497,72
35 763,91 441,86 322,06 50.175,66 50.476,72
36 763,91 441,67 322,24 50.154,48 50.455,40
37 787,15 441,48 345,66 50.109,74 50.410,40 348,29 438,85
38 787,15 441,09 346,06 50.064,34 50.364,73
39 787,15 440,69 346,46 50.018,27 50.318,38
40 787,15 440,29 346,86 49.971,52 50.271,35
41 787,15 439,87 347,27 49.924,08 50.223,62
42 787,15 439,46 347,69 49.875,93 50.175,19
43 787,15 439,03 348,11 49.827,08 50.126,04
44 787,15 438,60 348,54 49.777,49 50.076,16
91
45 787,15 438,17 348,98 49.727,18 50.025,54
46 787,15 437,72 349,42 49.676,12 49.974,18
47 787,15 437,27 349,87 49.624,30 49.922,05
48 787,15 436,82 350,33 49.571,72 49.869,15
49 809,30 436,36 372,94 49.496,21 49.793,19 375,54 433,75
50 809,30 435,69 373,61 49.419,58 49.716,10
51 809,30 435,02 374,28 49.341,82 49.637,87
52 809,30 434,33 374,96 49.262,91 49.558,48
53 809,30 433,64 375,66 49.182,82 49.477,92
54 809,30 432,93 376,36 49.101,56 49.396,17
55 809,30 432,22 377,08 49.019,09 49.313,20
56 809,30 431,49 377,81 48.935,40 49.229,01
57 809,30 430,75 378,54 48.850,47 49.143,57
58 809,30 430,01 379,29 48.764,28 49.056,87
59 809,30 429,25 380,05 48.676,82 48.968,88
60 809,30 428,48 380,82 48.588,06 48.879,59
61 830,05 427,70 402,35 48.477,24 48.768,10 404,90 425,15
62 830,05 426,72 403,33 48.364,78 48.654,97
63 830,05 425,73 404,32 48.250,65 48.540,15
64 830,05 424,73 405,32 48.134,83 48.423,64
65 830,05 423,71 406,34 48.017,30 48.305,41
66 830,05 422,67 407,37 47.898,03 48.185,42
67 830,05 421,62 408,42 47.777,00 48.063,66
68 830,05 420,56 409,49 47.654,17 47.940,10
69 830,05 419,48 410,57 47.529,53 47.814,70
70 830,05 418,38 411,67 47.403,04 47.687,45
71 830,05 417,27 412,78 47.274,67 47.558,32
72 830,05 416,14 413,91 47.144,41 47.427,28
73 849,04 414,99 434,05 46.993,23 47.275,19 436,52 412,51
74 849,04 413,66 435,38 46.839,81 47.120,85
75 849,04 412,31 436,73 46.684,12 46.964,23
76 849,04 410,94 438,10 46.526,13 46.805,28
77 849,04 409,55 439,49 46.365,80 46.643,99
78 849,04 408,13 440,90 46.203,09 46.480,31
79 849,04 406,70 442,33 46.037,97 46.314,20
80 849,04 405,25 443,79 45.870,42 46.145,64
81 849,04 403,77 445,26 45.700,38 45.974,58
82 849,04 402,28 446,76 45.527,82 45.800,99
83 849,04 400,76 448,28 45.352,71 45.624,83
84 849,04 399,22 449,82 45.175,01 45.446,06
85 865,85 397,65 468,20 44.977,86 45.247,72 470,57 395,28
86 865,85 395,92 469,94 44.777,79 45.046,45
87 865,85 394,16 471,70 44.574,76 44.842,20
88 865,85 392,37 473,49 44.368,72 44.634,93
89 865,85 390,56 475,30 44.159,63 44.424,59
90 865,85 388,72 477,14 43.947,45 44.211,14
91 865,85 386,85 479,01 43.732,13 43.994,52
92 865,85 384,95 480,90 43.513,62 43.774,70
93 865,85 383,03 482,83 43.291,88 43.551,63
94 865,85 381,08 484,78 43.066,85 43.325,25
95 865,85 379,10 486,76 42.838,49 43.095,52
96 865,85 377,09 488,77 42.606,75 42.862,40
97 880,03 375,05 504,99 42.357,41 42.611,55 507,22 372,81
98 880,03 372,85 507,18 42.104,37 42.357,00
99 880,03 370,62 509,41 41.847,59 42.098,68
92
100 880,03 368,36 511,67 41.587,01 41.836,53
101 880,03 366,07 513,96 41.322,57 41.570,50
102 880,03 363,74 516,29 41.054,21 41.300,54
103 880,03 361,38 518,65 40.781,88 41.026,57
104 880,03 358,98 521,05 40.505,52 40.748,56
105 880,03 356,55 523,48 40.225,07 40.466,43
106 880,03 354,08 525,95 39.940,47 40.180,12
107 880,03 351,58 528,46 39.651,66 39.889,57
108 880,03 349,03 531,00 39.358,57 39.594,72
109 891,03 346,45 544,58 39.050,14 39.284,44 546,65 344,39
110 891,03 343,74 547,30 38.737,15 38.969,57
111 891,03 340,98 550,05 38.419,52 38.650,04
112 891,03 338,19 552,85 38.097,19 38.325,77
113 891,03 335,35 555,68 37.770,09 37.996,71
114 891,03 332,47 558,56 37.438,15 37.662,78
115 891,03 329,55 561,49 37.101,29 37.323,90
116 891,03 326,58 564,45 36.759,45 36.980,01
117 891,03 323,58 567,46 36.412,55 36.631,02
118 891,03 320,52 570,51 36.060,51 36.276,87
119 891,03 317,42 573,61 35.703,26 35.917,48
120 891,03 314,28 576,76 35.340,72 35.552,77
121 898,24 311,09 587,16 34.965,61 35.175,41 589,01 309,23
122 898,24 307,78 590,46 34.584,95 34.792,46
123 898,24 304,43 593,81 34.198,65 34.403,84
124 898,24 301,03 597,21 33.806,63 34.009,47
125 898,24 297,58 600,66 33.408,81 33.609,26
126 898,24 294,08 604,16 33.005,10 33.203,13
127 898,24 290,53 607,72 32.595,41 32.790,99
128 898,24 286,92 611,32 32.179,66 32.372,74
129 898,24 283,26 614,98 31.757,76 31.948,31
130 898,24 279,55 618,70 31.329,61 31.517,59
131 898,24 275,78 622,46 30.895,12 31.080,49
132 898,24 271,95 626,29 30.454,21 30.636,93
133 900,94 268,07 632,86 30.004,07 30.184,09 634,46 266,47
134 900,94 264,11 636,83 29.547,26 29.724,55
135 900,94 260,09 640,85 29.083,70 29.258,20
136 900,94 256,01 644,93 28.613,28 28.784,96
137 900,94 251,87 649,07 28.135,89 28.304,70
138 900,94 247,67 653,27 27.651,43 27.817,34
139 900,94 243,40 657,54 27.159,81 27.322,76
140 900,94 239,07 661,86 26.660,90 26.820,87
141 900,94 234,68 666,25 26.154,61 26.311,54
142 900,94 230,23 670,71 25.640,83 25.794,67
143 900,94 225,70 675,23 25.119,44 25.270,16
144 900,94 221,11 679,82 24.590,33 24.737,88
145 898,23 216,46 681,77 24.056,10 24.200,44 683,06 215,17
146 898,23 211,75 686,48 23.513,96 23.655,05
147 898,23 206,98 691,25 22.963,80 23.101,58
148 898,23 202,14 696,09 22.405,49 22.539,92
149 898,23 197,22 701,01 21.838,92 21.969,95
150 898,23 192,24 705,99 21.263,96 21.391,54
151 898,23 187,18 711,05 20.680,49 20.804,57
152 898,23 182,04 716,19 20.088,38 20.208,91
153 898,23 176,83 721,40 19.487,51 19.604,43
154 898,23 171,54 726,69 18.877,74 18.991,01
93
155 898,23 166,17 732,06 18.258,95 18.368,50
156 898,23 160,72 737,51 17.631,00 17.736,78
157 888,90 155,20 733,70 17.003,08 17.105,10 734,62 154,27
158 888,90 149,67 739,23 16.365,87 16.464,07
159 888,90 144,06 744,84 15.719,23 15.813,55
160 888,90 138,37 750,53 15.063,02 15.153,40
161 888,90 132,59 756,30 14.397,10 14.483,48
162 888,90 126,73 762,17 13.721,31 13.803,64
163 888,90 120,78 768,11 13.035,53 13.113,74
164 888,90 114,75 774,15 12.339,59 12.413,63
165 888,90 108,62 780,28 11.633,35 11.703,15
166 888,90 102,40 786,49 10.916,66 10.982,16
167 888,90 96,09 792,80 10.189,35 10.250,49
168 888,90 89,69 799,20 9.451,29 9.507,99
169 870,31 83,19 787,11 8.720,88 8.773,21 787,61 82,70
170 870,31 76,77 793,54 7.979,67 8.027,55
171 870,31 70,24 800,06 7.227,48 7.270,85
172 870,31 63,62 806,69 6.464,16 6.502,94
173 870,31 56,90 813,41 5.689,54 5.723,68
174 870,31 50,08 820,22 4.903,45 4.932,87
175 870,31 43,16 827,14 4.105,73 4.130,37
176 870,31 36,14 834,17 3.296,20 3.315,98
177 870,31 29,01 841,29 2.474,69 2.489,53
178 870,31 21,78 848,52 1.641,01 1.650,86
179 870,31 14,45 855,86 795,00 799,77
180 870,31 7,00 863,31 (63,54)
94
Quadro 4.6. Evolução do Sistema Price
Prestação T J A DS DC
0,00875
1,006
0 50.000,00 50.300,00
1 552,70 440,13 112,57 50.187,43 50.488,55 T1 = 50.000,00/a 180 0,875
2 552,70 441,77 110,92 50.377,63 50.679,89
3 552,70 443,45 109,25 50.570,64 50.874,06
4 552,70 445,15 107,55 50.766,51 51.071,11
5 552,70 446,87 105,83 50.965,29 51.271,08
6 552,70 448,62 104,08 51.167,00 51.474,00
7 552,70 450,40 102,30 51.371,70 51.679,93
8 552,70 452,20 100,50 51.579,43 51.888,91
9 552,70 454,03 98,67 51.790,23 52.100,98
10 552,70 455,88 96,82 52.004,16 52.316,18
11 552,70 457,77 94,93 52.221,25 52.534,58
12 552,70 459,68 93,02 52.441,56 52.756,21
13 597,01 461,62 135,40 52.620,81 52.936,54 T2 = 52.441,56/a 168 0,875
14 597,01 463,19 133,82 52.802,72 53.119,53
15 597,01 464,80 132,22 52.987,32 53.305,24
16 597,01 466,42 130,59 53.174,65 53.493,70
17 597,01 468,07 128,94 53.364,76 53.684,94
18 597,01 469,74 127,27 53.557,67 53.879,02
19 597,01 471,44 125,57 53.753,45 54.075,97
20 597,01 473,16 123,85 53.952,12 54.275,84
21 597,01 474,91 122,10 54.153,74 54.478,66
22 597,01 476,69 120,32 54.358,33 54.684,48
23 597,01 478,49 118,52 54.565,96 54.893,36
24 597,01 480,32 116,70 54.776,66 55.105,32
25 645,00 482,17 162,82 54.942,50 55.272,15 T3 = 54.776,66/a 156 0,875
26 645,00 483,63 161,36 55.110,79 55.441,45
27 645,00 485,11 159,88 55.281,57 55.613,26
28 645,00 486,62 158,38 55.454,88 55.787,61
29 645,00 488,14 156,85 55.630,75 55.964,54
30 645,00 489,69 155,31 55.809,23 56.144,08
31 645,00 491,26 153,74 55.990,35 56.326,29
32 645,00 492,86 152,14 56.174,15 56.511,19
33 645,00 494,47 150,52 56.360,67 56.698,84
34 645,00 496,11 148,88 56.549,95 56.889,25
35 645,00 497,78 147,22 56.742,04 57.082,49
36 645,00 499,47 145,52 56.936,97 57.278,59
37 696,99 501,19 195,80 57.082,79 57.425,28 etc.
38 696,99 502,47 194,52 57.230,77 57.574,15
39 696,99 503,77 193,21 57.380,94 57.725,22
40 696,99 505,10 191,89 57.533,33 57.878,53
41 696,99 506,44 190,55 57.687,98 58.034,11
42 696,99 507,80 189,19 57.844,92 58.191,98
43 696,99 509,18 187,81 58.004,18 58.352,20
44 696,99 510,58 186,41 58.165,79 58.514,79
45 696,99 512,00 184,98 58.329,80 58.679,78
46 696,99 513,45 183,54 58.496,24 58.847,22
47 696,99 514,91 182,08 58.665,15 59.017,14
95
48 696,99 516,40 180,59 58.836,55 59.189,57
49 753,37 517,91 235,46 58.954,10 59307,83
50 753,37 518,94 234,43 59.073,40 59.427,84
51 753,37 519,99 233,38 59.194,47 59.549,63
52 753,37 521,06 232,31 59.317,32 59.673,23
53 753,37 522,14 231,23 59.442,00 59.798,65
54 753,37 523,24 230,13 59.568,52 59.925,93
55 753,37 524,35 229,02 59.696,91 60.055,09
56 753,37 525,48 227,89 59.827,20 60.186,16
57 753,37 526,63 226,74 59.959,42 60.319,18
58 753,37 527,79 225,58 60.093,60 60.454,16
59 753,37 528,97 224,40 60.229,77 60.591,15
60 753,37 530,17 223,20 60.367,95 60.730,16
61 814,57 531,39 283,19 60.446,97 60.809,65
62 814,57 532,08 282,49 60.527,16 60.890,32
63 814,57 532,79 281,78 60.608,54 60.972,19
64 814,57 533,51 281,07 60.691,12 61.055,27
65 814,57 534,23 280,34 60.774,93 61.139,58
66 814,57 534,97 279,60 60.859,97 61.225,13
67 814,57 535,72 278,86 60.946,28 61.311,96
68 814,57 536,48 278,10 61.033,86 61.400,06
69 814,57 537,25 277,32 61.122,74 61.489,48
70 814,57 538,03 276,54 61.212,93 61.580,21
71 814,57 538,83 275,75 61.304,46 61.672,29
72 814,57 539,63 274,94 61.397,35 61.765,73
73 881,10 540,45 340,65 61.425,08 61.793,63
74 881,10 540,69 340,41 61.453,22 61.821,94
75 881,10 540,94 340,16 61.481,77 61.850,66
76 881,10 541,19 339,91 61.510,75 61.879,82
77 881,10 541,45 339,66 61.540,16 61.909,40
78 881,10 541,71 339,40 61.570,00 61.939,42
79 881,10 541,97 339,13 61.600,29 61.969,89
80 881,10 542,24 338,87 61.631,02 62.000,81
81 881,10 542,51 338,60 61.662,21 62.032,18
82 881,10 542,78 338,32 61.693,86 62.064,02
83 881,10 543,06 338,04 61.725,98 62.096,34
84 881,10 543,34 337,76 61.758,57 62.129,12
85 953,55 543,63 409,92 61.719,20 62.089,52
86 953,55 543,28 410,27 61.679,25 62.049,32
87 953,55 542,93 410,62 61.638,70 62.008,53
88 953,55 542,57 410,98 61.597,55 61.967,14
89 953,55 542,21 411,34 61.555,80 61.925,13
90 953,55 541,84 411,71 61.513,42 61.882,50
91 953,55 541,47 412,08 61.470,42 61.839,25
92 953,55 541,09 412,46 61.426,79 61.795,35
93 953,55 540,71 412,84 61.382,50 61.750,80
94 953,55 540,32 413,23 61.337,56 61.705,59
95 953,55 539,92 413,63 61.291,96 61.659,71
96 953,55 539,52 414,03 61.245,68 61.613,15
97 1.032,64 539,12 493,53 61.119,63 61.486,34
98 1.032,64 538,01 494,64 60.991,71 61.357,66
99 1.032,64 536,88 495,76 60.861,89 61.227,06
100 1.032,64 535,74 496,91 60.730,16 61.094,54
101 1.032,64 534,58 498,07 60.596,47 60.960,05
102 1.032,64 533,4 499,24 60.460,81 60.823,57
96
103 1.032,64 532,21 500,44 60.323,14 60.685,07
104 1.032,64 530,99 501,65 60.183,43 60.544,53
105 1.032,64 529,76 502,88 60.041,65 60.401,90
106 1.032,64 528,52 504,13 59.897,77 60.257,16
107 1.032,64 527,25 505,39 59.751,76 60.110,27
108 1.032,64 525,96 506,68 59.603,60 59.961,22
109 1.119,29 524,66 594,63 59.366,58 59.722,78
110 1.119,29 522,57 596,72 59.126,06 59.480,82
111 1.119,29 520,46 598,84 58.881,98 59.235,28
112 1.119,29 518,31 600,99 58.634,29 58.986,10
113 1.119,29 516,13 603,17 58.382,93 58.733,23
114 1.119,29 513,92 605,38 58.127,85 58.476,62
115 1.119,29 511,67 607,62 57.868,99 58.216,21
116 1.119,29 509,39 609,90 57.606,30 57.951,94
117 1.119,29 507,08 612,21 57.339,73 57.683,76
118 1.119,29 504,73 614,56 57.069,20 57.411,62
119 1.119,29 502,35 616,94 56.794,68 57.135,44
120 1.119,29 499,94 619,36 56.516,09 56.855,18
121 1.214,75 497,48 717,27 56.137,91 56.474,74
122 1.214,75 494,15 720,60 55.754,14 56.088,67
123 1.214,75 490,78 723,98 55.364,69 55.696,88
124 1.214,75 487,35 727,40 54.969,48 55.299,29
125 1.214,75 483,87 730,88 54.568,41 54.895,82
126 1.214,75 480,34 734,41 54.161,41 54.486,38
127 1.214,75 476,76 738,00 53.748,38 54.070,87
128 1.214,75 473,12 741,63 53.329,24 53.649,22
129 1.214,75 469,43 745,32 52.903,90 53.221,32
130 1.214,75 465,69 749,06 52.472,26 52.787,09
131 1.214,75 461,89 752,86 52.034,23 52.346,43
132 1.214,75 458,03 756,72 51.589,71 51.899,25
133 1.320,87 454,12 866,75 51.032,50 51.338,69
134 1.320,87 449,21 871,66 50.467,03 50.769,83
135 1.320,87 444,24 876,64 49.893,20 50.192,56
136 1.320,87 439,18 881,69 49.310,87 49.606,74
137 1.320,87 434,06 886,81 48.719,92 49.012,24
138 1.320,87 428,86 892,01 48.120,23 48.408,95
139 1.320,87 423,58 897,29 47.511,65 47.796,72
140 1.320,87 418,22 902,65 46.894,07 47.175,44
141 1.320,87 412,79 908,09 46.267,35 46.544,96
142 1.320,87 407,27 913,60 45.631,35 45.905,14
143 1.320,87 401,67 919,20 44.985,94 45.255,85
144 1.320,87 395,99 924,88 44.330,97 44.596,96
145 1.440,86 390,22 1.050,64 43.546,32 43.807,59
146 1.440,86 383,32 1.057,55 42.750,04 43.006,54
147 1.440,86 376,31 1.064,56 41.941,99 42.193,64
148 1.440,86 369,19 1.071,67 41.121,97 41.368,70
149 1.440,86 361,98 1.078,89 40.289,81 40.531,55
150 1.440,86 354,65 1.086,21 39.445,34 39.682,01
151 1.440,86 347,22 1.093,65 38.588,36 38.819,89
152 1.440,86 339,67 1.101,19 37.718,70 37.945,01
153 1.440,86 332,02 1.108,85 36.836,17 37.057,18
154 1.440,86 324,25 1.116,61 35.940,57 36.156,21
155 1.440,86 316,37 1.124,50 35.031,72 35.241,91
156 1.440,86 308,37 1.132,50 34.109,41 34.314,06
157 1.581,86 300,25 1.281,61 33.032,45 33.230,65
97
158 1.581,86 290,77 1.291,09 31.939,56 32.131,19
159 1.581,86 281,15 1.300,71 30.830,48 31.015,46
160 1.581,86 271,39 1.310,47 29.704,99 29.883,22
161 1.581,86 261,48 1.320,38 28.562,84 28.734,22
162 1.581,86 251,42 1.330,44 27.403,78 27.568,20
163 1.581,86 241,22 1.340,64 26.227,57 26.384,93
164 1.581,86 230,87 1.350,99 25.033,94 25.184,14
165 1.581,86 220,36 1.361,50 23.822,65 23.965,58
166 1.581,86 209,70 1.372,16 22.593,42 22.728,98
167 1.581,86 198,88 1.382,98 21.346,00 21.474,08
168 1.581,86 187,90 1.393,96 20.080,12 20.200,60
169 1.770,03 176,76 1.593,28 18.607,32 18.718,96
170 1.770,03 163,79 1.606,24 17.112,72 17.215,39
171 1.770,03 150,63 1.619,40 15.595,99 15.689,57
172 1.770,03 137,28 1.632,75 14.056,82 14.141,16
173 1.770,03 123,74 1.646,30 12.494,86 12.569,83
174 1.770,03 109,99 1.660,05 10.909,78 10.975,24
175 1.770,03 96,03 1.674,00 9.301,24 9.357,05
176 1.770,03 81,87 1.688,16 7.668,89 7.714,90
177 1.770,03 67,51 1.702,53 6.012,37 6.048,44
178 1.770,03 52,92 1.717,11 4.331,33 4.357,32
179 1.770,03 38,13 1.731,91 2.625,41 2.641,17
180 1.770,03 23,11 1.746,92 894,24
Saldo Residual de R$ 894,24
Comprometimento
Prestação
de renda
N° da Sacre Price %
Sacre Price
prestação A* B C* D A/C
1 715,28 - 552,70 - 129,42% 30,00% 25,00%
13 739,88 3,44% 597,01 8,02% 123,93% 31,03% 27,00%
25 763,91 3,25% 645,00 8,04% 118,44% 32,04% 29,17%
37 787,15 3,04% 696,99 8,06% 112,94% 33,01% 31,53%
49 809,30 2,81% 753,37 8,09% 107,42% 33,94% 34,08%
61 830,05 2,56% 814,57 8,12% 101,90% 34,81% 36,85%
73 849,04 2,29% 881,10 8,17% 96,36% 35,61% 39,85%
85 865,85 1,98% 953,55 8,22% 90,80% 36,32% 43,13%
97 880,03 1,64% 1.032,64 8,29% 85,22% 36,91% 46,71%
109 891,03 1,25% 1.119,29 8,39% 79,61% 37,37% 50,63%
121 898,24 0,81% 1.214,75 8,53% 73,94% 37,67% 54,95%
133 900,94 0,30% 1.320,87 8,74% 68,21% 37,79% 59,75%
145 898,23 -0,30% 1.444,87 9,08% 62,34% 37,67% 65,17%
98
157 888,90 -1,04% 1.581,86 9,79% 56,19% 37,28% 71,75%
169 870,31 -2,09% 1.770,04 11,90% 49,17% 36,50% 80,06%
180 870,31 0,00% 1.770,04 0,00% 49,17% 36,50% 80,06%
% Prestação 21,67% 220,25%
% Prestação Maior 25,96% 220,25%
* Composta de amortização e juros (A + J).
N° da Sacre Price %
prestação E F G H E/G
1 50.024,85 - 50.187,43 - 99,68%
13 50.328,72 0,61% 52.620,81 4,85% 95,64%
25 50.371,29 0,08% 54.942,50 4,41% 91,68%
37 50.109,74 -0,52% 57.052,79 3,90% 87,78%
49 49.496,21 -1,22% 58.954,11 3,28% 83,96%
61 48.477,24 -2,06% 60.446,97 2,53% 80,20%
73 46.993,23 -3,06% 61.425,08 1,62% 76,50%
85 44.977,86 -4,29% 61.719,21 0,48% 72,87%
97 42.357,41 -5,83% 61.119,63 -0,97% 69,30%
109 39.050,15 -7,81% 59.366,59 -2,87% 65,78%
121 34.965,61 -10,46% 56.137,92 -5,44% 62,29%
133 40.004,07 -24,00% 51.032,50 -9,09% 58,79%
145 24.056,10 -19,82% 43.546,33 -14,67% 55,24%
157 17.003,08 -29,32% 33.032,47 -24,14% 51,47%
169 8.720,88 -48,71% 18.607,33 -43,67% 46,87%
Saldo Resid. (63,54) 894,25
99
E é o saldo devedor no sistema Sacre, considerando-se o pagamento regular das
prestações.
F é o percentual de decréscimo do saldo devedor no sistema Sacre em relação ao ano
anterior.
G é o saldo devedor no sistema Price, considerando-se o pagamento regular das
prestações.
H é o percentual de acréscimo/decréscimo do saldo devedor no sistema Price em
relação ao ano anterior.
E/G é o percentual que corresponde ao valor do saldo devedor no sistema Sacre em
relação ao Price.
Saldo Residual é o valor remanescente no fim do prazo contratado. Significa que a
dívida foi liquidada e o mutuário terá direito à devolução daquele valor quando o saldo
residual for negativo, ou seja, se amortizar mais do que o devido. Quando positivo, é
devido o pagamento pelo mutuário para que a dívida seja liquidada.
Capítulo 5
100
A introdução no Brasil dos Mercados Futuros das Taxas de Juro se deu baseada
em Ativos Financeiros públicos e privados, com a criação da BBF no Rio de Janeiro –
RJ em 1985 e com a sua posterior consolidação em 1991, através do Contrato Futuro de
Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia (DI – 1 Dia), lançado pela BM&F
– Bolsa de Mercadorias e Futuros em S. Paulo – SP.
A idéia básica era e é, que tais mercados proporcionassem condições aos
“players” de efetivamente transferir risco, ao manter uma posição no mercado físico dos
Ativos negociados, já que o custo do dinheiro, como outra commodity qualquer (café,
soja, ouro etc) é influenciado pela lei da oferta e procura. Assim as taxas futuras de juros
refletem a interação entre oferta e demanda, inclusive para quê. Daí sua extrema
volatilidade, o grande risco embutido nos seus movimentos e o fabuloso potencial de
proteção e ganho apresentados por sua negociação nos Mercados Futuros.
Assim, o Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um
Dia (DI – 1 Dia) é concebido para melhor oferecer cobertura específica ao risco de
oscilação da taxa de juro e o “ovo de Colombo” dessa operação é que ela prescinde
de um Ativo referencial, não existindo no seu vencimento a entrega física de título
nenhum. Simplesmente se compra ou se vende taxa de juro, proporcionando variadas
estratégias, arbitragens e “hedge”, como pode ser visto no livro do Prof. Bessada 13 , em
13
Bessada de Lyon, Octavio Manuel – Barbedo, Cláudio Henrique e Araújo, Gustavo Silva – “O Mercado de Derivativos no
Brasil” – Rio de Janeiro - RJ – Ed. Record- 2005 – pag. 65
que se baseou este Capítulo.
Os Contratos, negociados na BM&F-SP, são referidos às respectivas taxas médias
de juro diárias calculadas pela CETIP e refletem o custo médio praticado pelas
Instituições Financeiras em suas trocas de disponibilidade por 1 (um) dia útil (DI – 1
dia). Esses Contratos, que se referem à acumulação destas taxas do dia da operação
ao último dia de negociações, são cotados sob a forma de PU (Preço Unitário). A
flutuação do PU reflete a variação na taxa de juros esperada para um período futuro.
Preço de ajuste (PA) : preço de fechamento, expresso em PU, apurado e/ ou arbitrado diariamente
pela BM&F, a seu critério, para cada um dos vencimentos autorizados, para
efeito de atualização do valor das posições em aberto e apuração do valor de
ajustes diários e de liquidação das operações “day trade”.
Saques-reserva : dia útil para fins de operações praticadas no mercado financeiro, conforme
estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional.
101
2. Objetivo de negociação
A taxa de juros efetiva até o vencimento do contrato, definida para esse efeito pela acumulação das
taxas diárias de DI no período compreendido entre a data de negociação, inclusive, e o último dia
de negociação do contrato, inclusive.
3. Cotação
Taxa de juros efetiva anual, base 252 dias úteis, com até três casas decimais.
7. Meses de vencimento
Os quatro primeiros meses subseqüentes ao mês em que a operação for realizada e, a partir daí, os
meses que se caracterizarem como de início de trimestre.
9. Data de vencimento
Primeiro dia útil do mês de vencimento.
PO = 100.000
102
n
/252
1+ i
100
onde :
i = taxa de juros negociada;
n = número de saques-reserva, compreendido entre a data de negociação, inclusive, e a
data de vencimento do contrato, exclusive;
M = valor em reais de cada ponto de PU, estabelecido pela BM&F;
N = número de contratos;
PAt-1 = preço de ajuste do contrato na data “t-1”, para o vencimento respectivo;
FCt = fator de correção do dia “t”, definido pelas seguintes fórmulas;
i) quando houver um saque-reserva entre o último pregão e o dia do ajuste
1
/252
FCt = 1 + DIt-1
100
ii) quando houver mais de um saque-reserva entre o último pregão e o dia do ajuste
1
n /252
FCt = 1 + DIj onde:
J=1
100
DIt-1 = taxa de DI, referente ao dia útil anterior ao dia a que o ajuste se refere, com até
seis casas decimais. Na hipótese de haver mais de uma taxa de DI divulgada para
o intervalo entre dois pregões consecutivos, essa taxa representará a acumulação
de todas as taxas divulgadas.
Na data de vencimento do contrato, o preço de ajuste será 100.000.
Se, em determinado dia, a taxa de DI divulgada pela Cetip se referir a um período (número de dias)
distinto daquele a ser considerado na correção do preço de ajuste, a BM&F poderá arbitrar uma
taxa, a seu critério, para aquele dia específico.
O valor do ajuste diário (ADj), se positivo, será creditado ao comprador da posição PU (vendedor
original em taxa) e debitado ao vendedor da posição em PU (comprador original em taxa). Caso o
valor seja negativo, será debitado ao comprador da posição PU e creditado ao vendedor da posição
em PU.
103
Taxa operacional básica
Operação normal : 3%; day trade 1,5%
A taxa operacional básica por contrato negociado, sujeita a valor mínimo estabelecido pela
bolsa, incide sobre a seguinte base de cálculo :
17. Hedgers
São considerados hedgers, para efeito deste contrato, as instituições financeiras e os investidores
institucionais.
Exercícios Resolvidos
1. Precificar uma LTN (o seu PU 0) de emissão 12/07/02 e vencimento em 26/12/02
(117 dias úteis), sabendo que o DI – 1 dia de janeiro/03 (02/01/03) às 12 :00hs de
12/07/02 era cotado na BM&F a 22,44% a.a. (Fig. 5.1)
104
PUR Vcto. DI
PU0 117 du 4 du
Fig. 5.1
a) Cálculo do fator efetivo projetado pelo mercado de DI:
117
/252
FDI = 1 + 22,44 = 1,098554
100
b) Cálculo da cotação C 14 ð C = 1/FDI = 0,910287 ð C = 91,0287% (4 casas)
14
A cotação C nada mais é do que o inverso do fator de deságio F DI dado pelo DI na BM&F e multiplicado por 100 para poder
ser grafado em percentual Também se pode dividir o PU R (PU de resgate) pelo F DI de determinado dia da vida útil do
papel, para calcular o PU de negociação nesse dia. É o que chamam de desagiar o título. A cotação, calculada de uma
forma um pouco diferente, mas sempre em função da TIR que se deseja auferir, é muito usada para o cálculo do PU dos
títulos públicos pós fixados.
2. Ainda no mesmo dia 12/07/2002 uma IF interessada em precificar uma LTN com
vencimento para 19/02/2003 (155 du), verificou que o vencimento do DI – 1 dia
mais longo que estava sendo negociado na BM&F naquele dia, era o de janeiro de
2003, à taxa de 22,44%a.a. e prazo de 121 du.(Fig. 5.2).
Para cobrir o gap de 34 dias úteis entre o vencimento do DI – 1 dia e o
resgate do título havia um outro ativo (Swap) com vencimento para 01/04/2003 (182
du) que estava sendo negociado à taxa de 24,40% a.a. Sendo o prazo entre os dois
ativos cotados na BM&F de 61 du, precificar esta LTN.
100.000,00 1.000,00
12/07/02
02/01/03 19/02/03 01/04/03
121 du vencºDI vencº LTN vencº Swap
34 du
155 d.u.
182 d.u.
61 d.u.
Fig. 5.2
a) Cálculo dos Fatores:
105
100
Fator efetivo estimado pelo “Swap”: FSW
182
/252
FSW = 1 + 24,40 = 1,1708
100
b) Cálculo da Taxa Marginal (entre 02/01/03 e 01/04/03): TMG
252
/61
TMG = FSW −1 x 100
FDI
252
/61
TMG = 1,1708 −1 x 100 = 28,38% a.a.
1,1021
Conceitualmente, esta é a taxa a termo entre 02/01/03 e 01/04/03, prevista pelos
praticantes do mercado, a partir dos resultados dos instrumentos negociados nos
mercados derivativos (DI e “Swap”).
c) Cálculo da taxa do deságio:
Assim, para precificar a taxa para esta LTN (a menos do prêmio de risco), em
12/07/02, a partir dos instrumentos considerados (e os únicos com liquidez na data), de
acordo com o método flat forward, é igual a:
121 34 252
/252 /252 /155
T = 1+ 22,44 x 1+ 28,38 - 1 100 = 23,718982% 23,72% a.a.
100 100
d) Cálculo do PU da LTN:
106
5.2. MERCADO DE TÍTULOS PRIVADOS
107
Tipos de CDB
1. Pré-fixados: rendimento apenas na taxa de juros anual TIR = Taxa Interna de
Retorno incidente sobre o valor de aplicação, com os valores de Resgate Bruto
e Líquido conhecidos no momento da aplicação e para qualquer período de dias
que se queira, já que não existe mais prazo mínímo (Circular Bacen nº 2.905 de
30/06/ 99 com vigência a partir de 02/08/99).
“Modus Operandi” – usando a TIR = Taxa Anual de Retorno que o comprador
pretende auferir, respectivamente como Taxa Efetiva Anual ou Taxa “Over Night”
Anual, para o ano de 360 dias corridos (dc) ou 252 dias úteis (du), caso de compra e
venda definitivas. No caso de compra com revenda ou venda com recompra, que se
constitui no financiamento do título, usa-se taxa “Over” anualizada através da CETIP,
com o prazo em dias úteis (du). A emissão pode ser com ágio ou deságio.
2. Pós-fixados: rendimento dado por taxa de juros ao ano TIR ou “IRR” = Taxa
Interna de Retorno, em forma de cotação percentual que incide sobre o Valor
Nominal Atualizado apenas pelo indexador (valor careca) = VNA ou sobre o Preço
Unitário Nominal Atualizado também apenas pelo indexador = PU NA. Os indexadores
mais usados são: TR e TJLP para prazo mínimo de um mês; TBF para prazo mínimo
de dois meses; “dollar” somente para títulos públicos federais. Os índices de preço –
IGP-M, IGP-DI, INPC, IPCA etc., que medem a Inflação e portanto a Correção
Monetária, são também usados como indexadores nos títulos públicos e privados, mas
com prazo mínimo de 1 ano.
108
sobre a renda nas suas aplicações de Renda Fixa (títulos, fundos, clubes de
investimento etc): a primeira , chamada de IOF, é decrescente para aplicações até 30
dias corridos de prazo, com alíquotas que vão de 96 % (1 dia) a zero (30 dias ou
mais) – Portaria nº 264 de 30/06/99 – vide Tabela I abaixo e a segunda de 20%,
incidente sobre o que restou do rendimento para qualquer prazo.
Tabela I
Nº DE DIAS % LIMITE DO
CORRIDOS RENDIMENTO
01 96
02 93
03 90
04 86
05 83
06 80
07 76
08 73
09 70
10 66
11 63
12 60
13 56
14 53
15 50
16 46
17 43
18 40
19 36
20 33
21 30
22 26
23 23
24 20
25 16
26 13
27 10
28 06
29 03
30 00
Normalmente o mercado não trabalha com o Valor Financeiro = VF do papel,
qualquer que seja ele. No intuito de facilitar os cálculos se usa o PU = Preço Unitário
com 6 casas decimais. O PU é obtido dividindo-se o VF por Q = Quantidade,
definida arbitrariamente pelos emissores de papéis privados como sendo a menor parte
em que se pode dividir o VF de emissão daquele papel. Em geral Q = 1.000. Assim:
PU = VF/Q _ onde VF é o Valor Financeiro de Emissão e Q a quantidade.
Se VF = VR ou Valor de Resgate _ Papel com Deságio e o PUR é o seu
Preço Unitário de Resgate ou de Vencimento.
109
1º Exemplo: CDB de VF = VR = R$ 800.000,00 e Q = 1.000
PUR = 800.000,00/1.000 = 800,000000 reais no resgate (PU com seis casas decimais
como é usado)
Operações
No caso de CDB/RDB pré-fixados, em geral o prazo do título é de 30 a 40
dias corridos e a melhor maneira de “projetar” a taxa de juros que se pretende
auferir é apenas olhar em qualquer jornal o valor da TBF do dia e fazer a
aplicação numa taxa próxima.
Se o papel procurado ou oferecido, mesmo sendo pré-fixado, for de prazo mais
longo, lança-se mão da projeção das taxas futuras de juros através dos DI – 1 dia da
BM&F.
Agora, se o CDB/RDB for pós-fixado, o melhor caminho é procurar saber junto
a um corretor de confiança, como os títulos públicos semelhantes, isto é, com o mesmo
indexador estão sendo negociados; qual é a Taxa Interna de Retorno – TIR que está
sendo pedida pelo mercado para comprar/vender ou ir ao leilão da Autoridade
Monetária. Caso não ache nada parecido nos títulos públicos, a saída é não aplicar em
CDB/RDB pós, fazendo o investimento num título cujas características e projeções
sejam conhecidas.
Todos os papéis de Renda Fixa pré-fixados, privados ou não, são negociados
com taxa Efetiva anual ou taxa “Over” anual (hoje a mais usada). Nos pós-fixados a
negociação é sempre através da Cotação C, função da TIR como será visto a seguir.
110
Exemplo: O Banco Telecoteco S/A está captando depósito à prazo – CDB através
da sua rede de Agências pagando e 11,80% a.a. (taxa “pool”). Um cliente fez uma
aplicação de R$ 100.000,00 no dia 28/05/2007 para vencimento em 27/06/2007 (30
dc/21 du). Calcular o Valor de Resgate Bruto (VRB) trabalhando com dc e com du.
15
No caso dos papéis privados, a negociação final e/ou financiamento ainda são realizados tanto com dc quanto com du.,
embora o BACEN tenha mostrado desejo de que fosse usado só du, como nos títulos públicos. A tendência do mercado é
acabar atuando só com du., atendendo assim a vontade da Autoridade Monetária
ou seja, para que o Valor de Resgate Bruto do Capital agiado (VRB) seja igual nas duas
capitalizações é preciso que:
dc = 1,428571 x du ou dc = 42,857143 % maior que du.
111
RBM = (1,009451 - 1) . 100 = 0,945123 % a.m.
RBM = 0,95 % a.m. notar que 30/360 = 0,083333 = 1/12 do ano = 1 mês
Obs: Como dc/du = 30/20 = 1,5 dc = 1,50 du (1,428571 du) 0,76 % a.m.
em 30 dc 0,72 % a.m. em 20 du. Porém, ao ano, as Rentabilidades (brutas ou líquidas)
são iguais, porque correspondem a períodos, respectivamente, de 360 dc e 252 du, os
quais equivalem a 1 ano, o que já não acontece com 30 dc e 20 du, como foi visto
anteriormente.
112
18/06/07 (10 dc / 8 du) antes do prazo marcado e na mesma taxa de 11,75 % a.a.
usada para o depósito ? Usar dc.
a) Cálculo do valor do depósito inicial D0 :
D0 = VR/FD , onde: VR Valor de Resgate e FD Fator de deságio
113
F = FD = FA = (1 + i) (dc/360) = (1 + i) (du/252) VA = VR/FD e VR = VA.FA
a) Cálculo de Do:
D0 = VR D0 = 200.000,00 D0 = 197.895,08 reais
FD (1,1175) (24/252)
VF
VR = 200.000,00
VRB
D0
Fig. 5.3
114
Obs: Reparar a diferença no Rendimento Bruto dos dois cálculos, em dc e em du,
no valor de 1.532,30 - 1.400,80 = 131,50 reais ou 9,39 % a mais em dc. Isto é
explicável, pois: 25 dc / 16 du = 1,562500 > 1,428571.
115
Obs: Dessa forma o RL = 72 % de RB. Para que RL = RB deve-se calcular um
RB’ (é claro, maior do que RB) tal que, ao sofrer a incidência de 28 % dos dois
impostos, o resultado líquido ou o Rendimento Líquido seja igual ao Rendimento
Bruto RB’ = RB/0,72. Para isso vai-se usar o artifício do % invertido já visto
anteriormente. Assim:
RB’ = RB = RB
1 – 0,28 0,72
RB’ = 2.329,34 = 3.235,19 reais
0,72
Verificando: RL = RB’ - 0,28 x RB’ = RB’ (1 - 0,28) = RB’ (0,72)
RL = 3.235,19 x 0,72 ou RL = 72 % de 3.235,19
RL = 2.329,34 reais
Então o VRB = 200.000,00 + RB’ = 203.235,19 reais
c) Para o VRB = 203.235,19 reais, isso implica numa taxa efetiva ao ano de:
T = [ [ 203.235,19 ] (252/19)
]
- 1 . 100 = [ (1,016176) (252/19)
- 1] . 100
200.000,00
116
Exercícios Resolvidos e Propostos - CDB’s Pósfixados
1. Uma IF efetuou um depósito à prazo atrelado a variação da TR no dia 28/02/00
no Banco Porunfio S/A, com vencimento em 24/04/00. Sabendo-se que a taxa
efetiva da emissão foi de 13,50 % a.a. e o PU0 igual a R$ 1.000,00, pede-se:
a) O valor contábil do PU15 no dia 15/03/00.
b) O valor de venda definitiva do PU13 no dia 13/04/00 à taxa de 12,00 % a.a.
c) O valor da taxa “Over” mensal e anual que o papel suportaria de 13/04/00 até
o seu vencimento, usando o PU13 da pergunta anterior.
Dados Auxiliares na Fig. 5.4:
TR de 28/02/00 a 28/03/00 0,1531 % (19 du)
TR de 28/03/00 a 28/04/00 0,2242 % (22 du)
Redoma de 28/02 a 15/03/00 16 dc e 10 du
de 28/02 a 24/04/00 56 dc
de 13/04 a 24/04/00 11 dc
de 28/03 a 13/04/00 12 du
de 28/03 a 24/04/00 18 du
PU13
PU0 PU15
.............16 dc ....... .........11 dc ........
.………………………18 du …………………………
……………………………………………………… 56 dc ……………………………………………….
PUR
Fig. 5.4
a) Cálculo do PU15
117
C = 100,5644 % no período (4 casas decimais como nos títulos públicos) .
Atenção – Como a Cotação C está sendo feita dentro da curva do papel, pode-se
proceder agiando pelos dias já decorridos (da esquerda para a direita na Fig. 5.4) ou
desagiando (da direita para a esquerda), do mesmo modo que nos CDB’s pré-
fixados.
PU15 = C . PUNA
PU15 = 100,5644 % x 1.000,805498
PU15 = 1.006,454044 reais (o PU é sempre dado com 6 casas decimais)
Vendendo determinado papel emitido à 13,50 % a.a. por uma taxa anual inferior,
de 12,00 % por exemplo, é sinal de que se está negociando acima da curva do título,
ou seja, com menor desconto ou maior valor de venda, isto é, com lucro, pois o
comprador vai ter um rendimento real de retorno, também chamado de Taxa Interna
de Retorno (TIR), de 12% a.a. pelo período restante de 11 dc e não de 13,50 %
a.a. que foi a taxa acordada na emissão. A diferença entre as duas taxas de juro é o
lucro operacional do primeiro depositante e que está embutido no lucro contábil
dado pela diferença entre o valor do depósito inicial e o valor da venda. O leitor deve
estar pensando na variação da TR. Ela já entrou na composição do valor de venda com
o seu pro-rateamento total, desde a emissão do CDB até o dia da negociação em
13/04/00 (da esquerda para a direita na Fig. 5.4). Isso porque não se pode mexer na
variação do indexador. Só se atua na TIR e muita atenção ao negociar: se for
comprador, exija a taxa mais alta; se vendedor, procure “dar” a mais baixa.
118
Na pergunta b, não. O PUNA está certo, é sempre atualizado pelos dias
decorridos (da esquerda para a direita na Fig. 5.4), pois deve-se computar a variação
do indexador pelo prazo já decorrido e receber por isso; a variação do indexador
pelo prazo ainda a decorrer, o comprador vai ganhar toda ela, mas os juros reais
(TIR ou “IRR”) a receber, o comprador vai ganhar, não os 13,50 % a.a. pro-rata da
emissão do papel e sim os 12,00 % a.a. previamente acordados e pro-rateados ao
longo do prazo que falta para o vencimento final do título comprado. Quando se
negocia vendendo numa outra taxa que não a de emissão, está-se mudando a curva
do papel: se a venda é feita acima da taxa original, está-se operando abaixo da
curva, ou seja, recebendo um valor menor ou dando um desconto maior e numa
operação de venda, o vendedor está perdendo dinheiro; caso contrário, vendendo
numa taxa menor, que é o caso do exercício, o vendedor está ganhando por operar
acima da curva, pois recebe um valor maior ou com desconto menor. Daí se
desagiar a taxa original de 13,50 % a.a. nos 56 dc da vida total do papel, pela
taxa de 12,00 % a.a. no prazo de 11 dc, que é o prazo que ainda falta decorrer
até o vencimento. Esse deságio é também chamado de Cotação do papel no dia da
operação e é igual à taxa original do título deduzida da taxa interna de retorno
negociada pelas partes, conforme mostrado.
Na expressão anual:
T = ((1,004082) 252/6 - 1) . 100 = 18,660351 % T = 18,6604 % a.a.
que taxa global (indexador mais juros) o papel suportaria até o seu vencimento ?
Os dados complementares se encontram abaixo:
119
TBF de 02/03/01 a 02/04/01 1,1393 % (21 du)
TBF de 02/04/01 a 02/05/01 1,1635 % (20 du)
Resp. a) PUR = 1.027,280537 b) PU9 = 1.017,118888 reais
c) PU19 = 1.021,394178 reais e T = 19,8434 % a.a.
......................................................38 dc .......................................………...
|......................23 dc.............................
.................................................................................61 dc = 41 du ...........................................................................
PUR = 1.027,280537
Fig. 5.5
CR = 1,012600 CR = 101,2600 %
120
Obs: Por causa da troca do indexador, para efeito de se calcular a Cotação C R’ de que
se precisa, o PUNAR’ em 02/05/01 tem que ser o PU 9 corrigido pelo novo indexador
TJLP até o vencimento ou resgate do papel, ou seja, em 02/05/91.
PUNAR’ em 02/05/01 = PU9 . (1,0925) (15/252) = 1.017,118888 x1,005280 reais
121
Market Operations”, apontada para todo o mercado e de contundência generalizada
inquestionável, pois ataca o problema da inflação/deflação na sua raiz e no exato
momento em que a Autoridade Monetária o detecta.
Política Monetária
Já foi abordado anteriormente o problema da inflação e expostas as várias razões
pelas quais ela aparece, enfatizando a principal que consiste no excesso dos Meios de
Pagamento 16 (Depósitos à Vista nos Bancos Comerciais e na CEF e Moeda em Poder
do Público) em “confronto” com a falta da quantidade adequada de bens e produtos. A
recíproca também pode é verdadeira, pois quando há excesso de mercadoria e pouco
dinheiro para comprar, pode acontecer o inverso, isto é, a mercadoria vai ficando cada
vez mais barata muito além de uma depreciação aceitável e aí se tem a deflação.
Pois bem, como nenhuma das duas situações extremas interessa a um país é que
existem os instrumentos clássicos citados para o combate a elas, onde as Operações de
Mercado Aberto ocupam o primeiro posto em eficácia e rapidez, porém com um
custo adicional que os outros não têm. Atenção que se está falando em instrumentos
clássicos de combate à inflação, já que existem outros mais heterodoxos e de que o
Bacen lança mão, quando necessário. Através das Operações de Mercado Aberto a
Autoridade Monetária consegue equilibrar a oferta monetária com a demanda mais
facilmente e com rapidez, pois se está faltando dinheiro no mercado, ela recompra o
volume necessário de seus papéis junto ao próprio mercado, injetando recursos. Mutatis
Mutandi, no caso em que o mercado se apresenta com liquidez excessiva. Teoricamente
o controle é simples, mas na prática é bem mais complicado, inclusive porque surgem
variáveis políticas de difícil contorno.
O custo do uso deste instrumento é alto porque quando o Bacen vende títulos ao
mercado com a finalidade de fazer Política Monetária, as Reservas Bancárias recebidas
devem ser esterilizadas, isto é, não podem ser reaplicadas em nenhum ativo dentro do
Brasil 17, porque senão os recursos voltam para o mercado e aí não se fez Política
Monetária.
16
Este é o conceito chamado de M 1 para os meios de pagamento. O mais simples e por isso mesmo o mais usado, como tudo
na vida. Existem ainda os M 2, M3 e M4, cada um com abrangência cada vez maior no número de Ativos componentes,
usados para outras finalidades.
17
Poderiam ser aplicadas no Mercado Externo de reservas, no BIS (Banco Central dos Bancos Centrais) ou nos chamados
Fundos Soberanos, modalidade nova de ativos pertencentes a países que começam a ser notados no cenário mundial.
Na Política Monetária restritiva, por exemplo, o Bacen vende títulos do Tesouro
Nacional, com a finalidade de enxugar o excesso de liquidez, deixando para o Tesouro
pagar os encargos e o principal e sem poder usar o que foi recebido na venda, a não ser
no mercado internacional, onde a rentabilidade é muito inferior à doméstica.
A partir de fevereiro de 2002, as Operações de Mercado Aberto passaram a ser
realizadas apenas com títulos do Tesouro Nacional, já que o Tesouro passou a ser o único
emissor de papéis federais. Antes daquela data o BACEN emitia os seus títulos com
finalidade exclusiva de Política Monetária (BBC, LBC, BBC-A e NBC-E) e o Tesouro
fazia emissões, quase que exclusivamente, com fins de Política Orçamentária.
Atualmente, o Bacen opera as suas NBC-E porventura ainda existentes, que foram
colocadas anteriormente no mercado, tão somente para dar liquidez ao papel até a sua
total extinção, já que desses títulos foi colocada uma quantidade muito grande e alguns
122
com prazo longo. Assim, a atual Política Monetária através do Mercado Aberto é feita,
só com papéis do Tesouro Nacional.
Política Orçamentária
A Política Orçamentária funciona como um cheque especial para o Governo que
insiste em gastar mais do que arrecada e assim precisa equilibrar o seu orçamento sem
fazer emissão de moeda, por ser altamente inflacionária O Tesouro Nacional emite o
volume necessário de títulos e o Bacen, na condição de seu agente, coloca esse volume
no mercado junto ao público e depois repassa o produto dessa operação para o Tesouro
cobrir seu “déficit”. Na realidade, trata-se de uma transferência de recursos da parte rica
do mercado para o governo, que através dos gastos, volta com os recursos ao mercado.
Obviamente que essa manobra é muito menos inflacionária do que a pura e
simples emissão de moeda como se fazia antigamente, porém, em compensação,
aumenta a dívida interna que é hoje o maior problema do país, na área financeira.
123
corridos, além da disparidade desta metodologia entre os papéis da dívida interna
indexados à variação cambial e os títulos da dívida externa brasileira.
A primeira grande novidade foi a criação da DATA BASE = DB, inicialmente
em 01/07/2000, a partir da qual são corrigidos, apenas pelo indexador, todos os papéis
pós-fixados emitidos, calculando-se assim ao Valores Nominais Atualizados – VNA ou
Preços Unitários Nominais Atualizados – PUNA, também chamados de papéis “carecas”,
isto é, sem juros.
Daí, o trabalho se concentrou na identificação das variadas metodologias de
cálculo dos papéis então em vigência e sua posterior simplificação a fim de que passasse
a existir uma única forma de cálculo para os ativos de idênticas características, a partir
de determinada data. Além disso, procurou-se adequar a metodologia de cálculo dos
cupons de juros dos papéis da dívida interna indexados à variação cambial com a
adotada para os títulos da dívida externa, os Globais, C-Bond e Par-Bond.
Assim decidiu-se que os ativos indexados à variação cambial passarão a ter a
rentabilidade expressa utilizando-se a metodologia NASD 30/360 e cálculo dos cupons
de juro pelo regime de JUROS SIMPLES.
Obs: Essas foram as únicas modificações estabelecidas para a negociação desses papéis,
ou seja, a metodologia do cálculo da Cotação C, com quatro casas decimais e do PU,
com seis casas decimais, continua a mesma, inclusive usando-se JUROS
COMPOSTOS como antes. Para os demais ativos, a expressão da rentabilidade
continuará pelo regime de JUROS COMPOSTOS, apenas passando-se a utilizar dias
úteis, ano base de 252 du, ao invés de dias corridos e o cálculo dos cupons, se for o caso,
permanecendo conforme atualmente, ou seja, usando JUROS COMPOSTOS.
As modificações / simplificações acima relatadas passaram a ser adotadas
para os títulos de responsabilidade do Tesouro Nacional e do Banco Central
negociados no SELIC, a partir de setembro/00. Ficou também acordado que o
Bacen, a partir do ano 2002, não iria mais emitir papéis novos, passando a fazer
Política Monetária com os títulos da Secretaria do Tesouro Nacional – STN, muito
parecidos com os do Bacen, o que de fato veio a acontecer.
Os demais papéis públicos (federais, estaduais e municipais) e os privados
(CDB / RDB, Debêntures etc) deverão também seguir o mesmo caminho, como aliás é
desejo do Bacen.
124
financiamento de posição (compra de papéis com revenda acordada e obviamente venda
com acordo de recompra). Essas operações podem ser chamadas de Operações do
Mercado Secundário e são desenvolvidas através de negociações entre os participantes
autorizados, contando ou não com a intervenção negocial do Bacen. No caso de a
Autoridade participar das operações (leilões informais e “go around), os papéis
utilizados são os pertencentes à própria carteira do Banco Central, que os oferece ao
mercado por intermédio dos “dealers” (instituições negociadoras do Bacen) para vendas
definitivas ou vendas com acordos de recompra. Com as compras ao mercado acontece a
mesma coisa ao contrário com os papéis comprados indo parar na carteira do Bacen.
Existem também os leilões de oferta de dinheiro realizados pela Autoridade Monetária.
Conceitos
As NBC-E são papéis pós-fixados de cupom, indexados à variação do valor de
venda do “dollar” dos USA do dia útil anterior à Data Base (1º/07/2000 de valor R$
1,8000) ao valor do dia útil anterior ao da negociação, pelo simples motivo de a
Autoridade Monetária somente dispor desse valor quando o mercado financeiro já
encerrou as suas atividades do dia em curso. Os juros são pagos à taxa anual oferecida
pelo Bacen nos leilões, transformada por juro simples em taxa semestral, que é a
periodicidade com que eles são pagos – taxa do cupom − sobre o VNA – Valor Nominal
Atualizado ou sobre o PUNA – Preço Unitário Nominal Atualizado pela variação do
“dollar” no período mencionado. O principal do título, corrigido com a mesma
metodologia, porém do início ao fim do papel, é pago juntamente com o último juro de
cupom no seu vencimento.
125
h) Cupom Semestral: a taxa de juros relativa ao cupom semestral será calculada
pelo regime de juros simples e, portanto, corresponderá à divisão da taxa
anual referida no inciso c por 2 (dois).
i) Negociação Primária: através de leilão formal ou informal (“go around”) do
BACEN, cujas condições, na primeira modalidade serão divulgadas com
antecedência de pelo menos 1 (um) dia pelo BACEN, através de
COMUNICADO nos principais periódicos e a segunda, no mesmo dia e
dirigida apenas aos participantes diretos (Instituições Financeiras e
instituições autorizadas a operar pelo BACEN, ambas devidamente
habilitadas a participar dos leilões). Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode
também participar dos leilões, porém deve fazê-lo através das instituições
habilitadas.
j) Na formulação das propostas deverá ser utilizada a cotação C com 4 (quatro)
casas decimais (4 com) e expressa em %.
k) PU: O Preço Unitário a ser utilizado na liquidação financeira será
considerado com 6 (seis) casas decimais, desprezando-se as restantes
(6 sem) e adotando-se a seguinte sistemática de cálculo :
PU = C x valor par, onde :
100
C = cotação em % ao ano.
valor par = tct x valor nominal na data base , sendo :
tcto
tct = cotação de venda do “dollar” dos USA do dia útil imediatamente anterior
ao da liquidação.
tcto = idem do dia útil imediatamente anterior à data-base.
100
126
2ª) PU = C . PUNA onde: (31)
100
PU = Preço Unitário de negociação com 6 (seis) casas decimais (6 sem)
PUNA = PU Nominal Atualizado pelo indexador (câmbio) desde a data-base até o
dia da liquidação
Calcular o valor da cotação C e da taxa i (taxa nominal) na TIR = 10,45 % a.a., que
foi a taxa aceita pelo Bacen no leilão e também o PU0 _ (Fig.5.6).
106%
02/01/01 6% 6% 6% 6%
PU0
520 ............................... 340............................. 160..................׀
880................................. 700............................
Fig. 5.6
127
3ª) Usando a programação do Excel:
1. O Excel vai usar também a mesma fórmula matemática, só que na sua linguagem.
Esta linguagem se encontra na régua superior do Quadro 5.3.1 acima e ela deverá
ser iniciada em uma célula qualquer desocupada, por exemplo a B8, onde vai
aparecer o resultado da C final procurada, depois de executados os cálculos.
2. Antes do início do preenchimento da fórmula em B8, coloca-se em A7 a
identificação do que virá a seguir na linha 7, que é TIR e em B7, o seu valor
na negociação = 10,45% a.a. ou 0,1045. O Excel aceita as duas formas da taxa.
3. Idem em A8, vai a letra C (cotação), exatamente como está no Quadro 5.1.
4. Agora se inicia o preenchimento da fórmula em B8 na linguagem do Excel e só para
recordação tem-se: * é o sinal de multiplicação e ^ é o de potenciação, como o
leitor certamente já se lembrou. O resto é a própria fórmula matemática em questão e
usada como tal, somente tendo o cuidado com os parênteses que são extremamente
128
necessários e importantes, pois é através deles que se faz a complementação exata
do que se espera da fórmula, na linguagem do programa. A fórmula, que está na
régua superior em fx, deve ser escrita usando-se o nome da célula (Letra Número)
sempre que o número que lá está puder ser modificado para se proceder a outros
cálculos com variáveis de valores diferentes e se poder aproveitar a fórmula já
grafada.
5. Terminada a fórmula, se dá o Enter e aparece em B8, a cotação, no caso, de valor
unitário 104,4824, mas que na realidade é 104,4824%, dado que os numeradores das
frações da fórmula matemática usada são percentuais.
a) Cálculo da taxa nominal i ð i = (1,104500 (1/2) – 1) x 2 x 100 ð i = 10,19 % a.a.
2. No caso do exercício anterior, se uma I.F. que tiver tido êxito no leilão, quiser
vender o papel no dia 09/02/01 à TIR = 10% a.a., qual será o valor do PU9 de
negociação?
C = 6% + 6% + 6% + 6% + 106%
1,10 (123/360) 1,10 (303/360) 1,10 (483/360) 1,10(663/360) 1,10 (843/360)
C = 5,8078% + 5,5375% + 5,2798% + 5,0341% + 84,7965% _ C = 106,4556%
129
Como está dito na nota 4 de rodapé desta página, atuando no Quadro 5.1, basta
que se insira na célula A3 a nova data inicial 9/2/2001 e dê o Enter que aparecerá 123
em B5; depois se coloca em B7 a nova taxa TIR = 10%, que ao dar o Enter aparecerá
a nova Cotação C = 106,4556%, pois as características do papel não foram modificadas,
apenas o dia da negociação e a taxa é que mudaram _ Quadro 5.2
c) Cálculo do PU9
104,6012 = 6 + 6 + 6 + 6 +
130
[1 + TIR ]880/360
100
1º) A HP –12C faz o cálculo da TIR na equação acima pelo método iterativo ou das
tentativas, com os seguintes passos :
Obs: Na programação da HP – 12C n tem que ser 20, porque é aí que se encontra o
limite da máquina. Como n = 15, tudo bem.
2º) Cálculo da TIR pelo Excel Quadro 5.1: para evitar diferenças de
arredondamento, fazer o Quadro 5.1 que vai ser usado no início, com o cupom = 6 e
não = 6%. Assim, vai-se trabalhar com as cotações em número absoluto e não em
percentual.
1. Escrever qualquer taxa, por exemplo 8%, na célula B7 em cima da taxa 10,45%.
2. Ao selecionar a célula B9 (que vai receber a nova Cotação de 104,6012), B8
imediatamente apresenta a C = 109,7344 para a taxa de 8%, que é verdadeira para
131
esta taxa, pois as características do papel não mudaram, apenas a TIR é que mudou,
fazendo alterar a cotação inicial de 104,4824 do exercício n° 1.
Quadro 5.3
Obs: Reparar que o Atingir Meta da 1ª janela (ítem 6), consiste em tornar a diferença
entre a Cotação da taxa de 8% (qualquer) colocada na célula B8 e a Cotação da
nova taxa (TIR) procurada, que é dada na célula B9, igual à zero, porque isso provoca
o aparecimento em B7 da TIR procurada, pois esta TIR vai produzir uma Cotação
igual à Cotação de 104,6012, uma vez que, se (B8 − B9 = 0) B8 = B9.
b) Cálculo da taxa nominal i :
i = [ 1 + 10,392492 (1/2)
- 1] x 2 x 100 _ i = 10,14 % a.a.
132
100
133
com vencimento em 14/03/02 e juros anuais de 12 %. Como a procura foi três
vezes superior à oferta, a TIR pedida pelo mercado e aceita pelo BACEN ficou
em 8,50 % a.a. O Ptax 800 informa o valor do “dollar” em 24/05/01 como
sendo de R$ 2,3494.
a) Calcular o PU0 de compra no “go around ” dentro dos dados apresentados.
b) Calcular a TIR do papel numa venda efetuada no dia 14/09/01 à C = 106,0000%
Resp. a) PU0 = 1.372,232331 reais
b) TIR = 0,00 %
19
Como é fácil perceber ao resolver o problema, os cálculos são idênticos aos usados no exercício nº 7 anterior, só que não
existe a correção cambial. Este é o modelo de cálculo dos títulos da dívida externa dos paises realizado no mercado norte-
americano, onde se usa o “dollar”, obviamente, como unidade monetária, isto é, a correção monetária já é feita na própria
moeda de negociação.
134
Características Principais
. Rendimento – pré-fixado por meio de deságio sobre o PU obtido através da
taxa interna de retorno TIR que o comprador queira ganhar e
normalmente calculada pelo operador chefe da mesa de Open da
Instituição Financeira.
135
PU19 = 907,575765 reais
O interessante é que nem o Governo nem o mercado tem preferência por esse
papel (excetuando-se os grandes Bancos de varejo). O governo, pelo fato de fazer
melhor a Política Monetária ou Orçamentária usando títulos de renda pré-fixada,
quando já se sabe a priori o custo que vai ter e o mercado porque, com a LFT(N),
aufere rendimentos muito pequenos proporcionalmente ao volume de papel que
devem carregar, em comparação com os outros Ativos existentes, inclusive a LTN.
Assim, o Bacen, principalmente no intuito de evitar a alta taxa que certamente o
mercado vai pedir nessas ocasiões de crise para comprar os papéis pré- fixados, faz o
leilão com LFT (N) e o mercado cativo desse papel (grandes bancos) compra tudo.
Características Principais
136
pois, se o seu custo de carregamento ou de financiamento, balizado na
taxa SELIC sobe, o seu rendimento também sobe e vice-versa.
Assim nesse vai e vem, o papel se torna muito interessante para os
grandes Bancos de varejo, que não têm e nem querem ter
especialização sofisticada no assunto. Compram grandes volumes do
título e se financiam junto à clientela, que é enorme, a um custo
realmente muito mais baixo do que o rendimento do papel e por prazos
superiores a 15 dias devido ao IOF nas aplicações financeiras.
137
2. No caso anterior, havendo pouca procura mas ainda assim o Banco A querendo o
papel, qual seria a cotação C a ser enviada ao BACEN para um deságio anual de
0,042 % ?
C = 100 x 1 = 100 x 1 = 100 x 0,999698
(1 + 0,042)181/252 1,000302
100
C = 99,9698 %
PU0 = 999,698000 reais
3. Num leilão informal de LFT da sua carteira, o BACEN está licitando no dia
02/08/2004 um lote com emissão em 14/05/2004 para vencimento a 28/01/2005.
Sabendo que da emissão do título até o “go around”, num prazo de 55 du, a taxa
média efetiva Selic foi de 15,77 % a.a. e o papel sofreu deságio de 0,10 % a.a. no
leilão, qual o valor da cotação que arrematou a licitação ?
PUgo
PU0 28
01
55 ...................... ׀du .....................................................125 du ........................................05
14 02
05 08
04 04
PUR
Fig. 5.7
4. Se com o PUgo do exercício anterior a I.F. que arrematou o “go around” tivesse se
financiado a 15,30 % a.a. até o dia 18/08/04 (12 du) e nesse dia vendesse o papel na
cotação C = 103,1530 %, ela teria tido lucro ou prejuízo ? de quanto ?
138
Obs: O PU18 é o PU de Custo da carteira da I.F. na abertura do dia 18/08/04, não
significando necessariamente que seja nem o PU atualizado pelo BACEN nem
muito menos o PU de negociação da LFT naquele dia e, obviamente, quanto
menor, melhor. Sim, porque o segredo desse papel especificamente é, além de
comprá-lo pelo PU mais baixo possível, ir se financiando abaixo da taxa efetiva Selic
e no resgate ou numa venda definitiva, anterior ao resgate, estar com um PU de
Custo de carteira (PU18 no caso) o menor possível, auferindo assim maior lucro. Por
isso é que esse papel é bom para os grandes Bancos que conseguem se financiar junto
à clientela bem abaixo da taxa efetiva Selic e, com a grande alavancagem que têm –
patrimônio líquido acumulado maior – podem carregar enormes volumes do papel
obtendo maiores lucros ainda.
Cupom = [ 1 + T 1/ 2
- 1 ] . 100 (33)
100
139
i) Negociação Primária: igual à NBC – E
j) Formulação das propostas: igual à NBC – E
k) PU: o Preço Unitário a ser utilizado na liquidação financeira será considerado
com 6 (seis) casas decimais, desprezando-se as restantes (6 sem) - igual à
NBC-E, e adotando-se a seguinte sistemática de cálculo, conforme o
disposto na Portaria MF / STN nº 490 de 29/11/99:
Obs: o segundo processo de atualização com prazo não inteiro de meses não está
sendo usado. O BACEN tem feito os leilões de NTN – C para liquidação no início de
cada mês com a variação do IGP – M do mês anterior valendo para todo o mês da
liquidação e consequentemente o PUNA desse início de mês vale para todo o mês .
k=n
140
1º) C = PK onde:
k=1 1 + TIR (dk / 252)
100
Divulgação do resultado de venda das NTN – C: no dia 26/09/00 a partir das 15 :00 hs.
Calcular o valor da C na TIR = 11,20 % a.a. que foi a taxa aceita pela STN no leilão e
calcular também o valor do PU0 _ (Fig.5.8).
102,956301
C
02 = 01
10
00
2,956301 2,956301
01 02 02 02 01 02 01 02 01 03 01
07 01 07 01 07 01 07 01 07 01 07
00 01 01 02 02 03 03 04 04 05 05
141
PU0
0................. 61............. 185...........311........... 434.............564............686...........817............941 ..........1.069....... 1.193
Fig. 5.8
NI07/00 NI06/00
C = 83,471096 ð C = 83,4711%
Quadro 5.4
142
I. Preencher as colunas A (de A3:A16) e B (de B3:B11 à exceção de B6) como está
no Quadro 5.4
II. A fórmula para o cálculo do cupom na linguagem do programa Excel poderia ser
esta:
selecionar a célula B5 e colocar =((1 + B4)^(1/2) −1)*100. Depois de se dar o
Enter, B5 mostra o valor do cupom dado por 2,956301 (com 6 casas decimais). É
sempre útil salientar que é a mesma fórmula matemática usada no princípio do
exercício, item a.
III.Selecionar a célula C7 onde se vai começar a colocar a fórmula do cálculo da
Cotação igual à do item c desse exercício mas na linguagem do programa, que
como de hábito, vai aparecendo na parte superior do Quadro 5.4 à medida que se
faz o preenchimento, porque é sempre assim que se deve proceder para usar o
programa Excel.
IV. Terminado o preenchimento da fórmula, se dá o Enter e o valor da C = 83,4711%,
que é em %, pelas mesmas razões da cotação na NBC-E, surge na célula C7.
c) Cálculo do PU0:
PU0 = C x PUNA → PU0 = 83,4711% x 1.051,985088 → PU0 = 878,103525 reais
Obs – Todos os outros cálculos com NTN – C 20 seguem a mesma padronização dos
cálculos com NBC – E, ou seja, financiamentos (venda com recompra e vice-versa),
cálculo da TIR (atenção com o prazo em du para o ano de 252 du) etc.
20
Os operadores de Mercado Aberto (“Open Market”) vão “carregando” os seus micro-computadores na sala de operações
do Banco ou da Instituição Financeira onde trabalham, com as características dos papéis mais negocidados e assim estão
sempre preparados para operar com a rapidez que o mercado exige, bastando substituir uma ou outra variável,
conforme se fez nos exercícios retro-efetuados e já se tem os valores necessários para fazer ou receber uma proposta de
compra e/ou de venda de determinado papel.
143
2. No dia 26/11/98 o BACEN está leiloando um lote de 1.000.000 de LFT para
liquidação em 27/11/98 e vencimento em 20/08/99 . Como há boa procura , o
Banco Segureu S/A que quer o papel , está disposto até a pagar ágio na taxa
“over” mensal de 0,005 % . Calcular a Cotação C do papel que o Banco vai
propor no leilão e o PU0 resultante desta Cotação .
a) Cálculo da Cotação C:
a) Cálculo da Cotação C :
C = 100 . FD ou C = 100 . 1
FA
b) Cálculo do PU0 :
144
de negociação também nos leilões, deveria ser o PUNA atualizado dia a dia pelo
seu indexador (muito próximo à taxa Selic) desde a Data Base de 01/07/00. No
entanto, apenas nesse tipo de papel, o Bacen tem agido de forma diversa, considerando
a Data Base para algumas emissões e para a maioria, não. De qualquer forma é
bom se repetir que o PU de negociação para todos os papéis pós-fixados é :
02/07/01 = 20 du
02/01/02 = 146 du
01/07/02 = 269 du
02/01/03 = 399 du
01/07/03 = 521 du
02/01/04 = 652 du
01/07/04 = 776 du
03/01/05 = 905 du
01/07/05 = 1.028 du
Resp. a) C = 88,3443 % b) PU0 = 972,732069 reais
145
5. “Em 27/03/01 o Secretário do Tesouro Nacional – Portaria nº 86 simplificada –
torna públicas as condições específicas a serem observadas na oferta de venda
de Notas do Tesouro Série C (NTN – C), segundo os critérios abaixo:”
I – Características da Emissão
V – Na formulação das propostas deverá ser utilizada a Cotação C com quatro casas
decimais e o montante de cada proposta contemplará quantidades múltiplas de 50
títulos
Calcular a Cotação média C aceita p/ Tesouro para um deságio anual de 0,0359 % .
Resp. C = 99,8226 %
146
NTND – Nota do Tesouro Nacional - Série D
Conceitos
147