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> Técnicos Instaladores

Aplicação das Regras Técnicas


das Instalações Eléctricas ao
dimensionamento das
canalizações e à iluminação
de segurança
--

INDICE

Influências Externas em Instalações Eléctricas 08


Classificação dos Locais 08

Canalizações Eléctrica s 15
Modos de estabelecimento 15

Correntes Admissíveis nas Canalizações 19

Estabelecimento de Instalações Eléctricas 29

Cálculo de Circuitos Eléctricos 31


Quedas de Tensão nas instalações 31
Cálculo de Canalizações Eléctricas 31

Estudo de casos práticos 33

Instalações de Segurança 42
RTIEBT - Regras Complementares 42
RTIEBT - Definições 42
Características Gerais das Instalações 43
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns 43
Instalações de Segurança 43
Iluminação Normal 44
Iluminação de Segurança 44
Quadro de Segurança 44
Estabelecimentos recebendo público: rndices de Ocupação 47
Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares 49
Recintos de espectáculos e divertimentos públicos, fechados 50
Recintos de espectáculos e divertimentos públicos ao ar livre 50
Estabelecimentos de Culto 51
Edifícios do tipo escolar 52
Pa rques de estacionamento cobertos 53
Estabelecimentos Industriais 54

Legislação SS
SEMINÁRIOS CERTIEL 2008
Técnicos Responsáveis
Tema - Aplicação das Regras Técnicas

OBJECTIVOS

Conhecer e aplicar as Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de BT. às Instalações Eléctricas de Segurança.
Fundamentos de cálculo de canalizações eléctricas.
Legislação: alterações recentes.
Debater a aplicação das Regras Técnicas às instalações eléctricas: implicações e soluções a implementar.

FUNDAMENTO

Realização de seminá rio, tendo em vista a informação/formação necessária aos Técnicos responsáveis,
relativamente às metodologias de cálculo de canalizações a aplicar nas Instalações eléctricas do tipo C.

DESTINATARIOS

Técnicos Responsáveis pela execução de instalações eléctricas de serviço particular do tipo C.

07

7

INFLUÊNCIAS EXTERNAS EM INSTALAÇÕES


ELÉCTRICAS:
CLASSIFICAÇÃO DOS LOCAIS

Factores de Influência Externa

Estrutura do código de designação dos factores de influência externa

Código alfa numérico L1 L2 N

Primeira letra Ll - Categoria (A, B ou C)

Segunda letra L2 - Natureza (A a 5)

Número N - Classe (1 a 8)

II Codificação das Categorias dos factores de influências externas

AMBIENTES _ _ _ _ _ _ ---Jl

UTILlZAÇOES

CONSTRUÇÃO DE EDIFfClOS

08
Resumo dos Factores de Influência Externa

1 letra
11
21 letra
L2
Algarismo
N
11 Classe

Natureza
= Estrutura considerad
Normal
Designação da Influência
Categoria Classe da do código
da (valor de x)
geral influência
influência

A 1a8 AAX Temperatura ambiente


4
B 1a8 ABX Condições climáticas
C 1e 2 ACX Altitude
D 1a8 ADX Presença de água
E 1a6 AEX Presença de corpos sólidos estranhos
Presença de corpos substâncias corrosivas
F 1a4 AFX
ou poluentes

G 1a3 AGX Acções mecãnicas (Impactos)


H 1a3 AHX Acções mecãnicas (Vibrações)
A
J AJX Acções mecânicas (Outras)
Ambientes
K 1a2 AKX Presença de Flora e Bolores
1
L 1a2 ALX Presença de fauna

M Influências electromagnéticas,
1a 6 AMX
electrostáticas ou ionizantes

N 1a3 ANX Radiações solares

P 1a4 APX Efeitos sfsmicos

Q 1a3 AQX Descargas atmosféricas, nível


cerâunico (N)

R 1a3 ARX Movimentos do ar

S , a3 ASX Vento

09
Resumo dos Factores de Influência Externa
Algarismo
l"letra 2' letra
N Classe
Estrutura considerada
Natureza Designação da Influência
regaria Classe da do código Normal
da (valor de xl
geral influência
nfluência

A 1a 5 BAX Competência das pessoas


B 1a 3 BBX Resistência eléctrica do corpo humano
B
(Utilizações) Contacto das pessoas com o potencial
C 1a4 BCX da terra
l'

D 1a 4 BDX Evacuação das pessoas em caso de


emergência

E 1a 4 BEX Natureza dos produtos tratados ou


armazenados
C A 1a 2 CAX Materiais de construção
(Construção
dos edifícios) B 1a 4 CBX Estrutura dos edifícios

• No caso dos contactos com o potencial da terra (BCX),


as classes 1 e 2 são consideradas de risco reduzido (normal).

10

Factor de Influência Externa: Presença de água

Presença de água

Indice de Protecção
Código Classificação Características Referência
Norma NP EN 60 529

Locais em que a presença da


AD1 IPXO Desprezável
água é desprezável

Locais que podem estar submetidos


AD2 IPX1 Gotas de água
à queda de gotas de água na vertical
Locais que podem estar submetidos
AD3 IPX3
à água caindo sob a forma de chuva 512.2
Chuva
numa direcção que faça um ângulo
com a vertical não superior a 60° e
Locais que podem estar submetidos 522.3
Projecção a projecção de água em todas as
AD4 IPX4
de água direcções (quadros de estaleiros ou
paredes onde escorre água)
Locais que podem estar submetidos
AD5 a jactos de água sob pressão em
IPX5 Jactos de água
todas as direcções (locais de lavagem
com agulheta )

Jactos de água
Locais que podem estar submetidos Usar um ou
AD6 IPX6 fortes ou massas
a vagas (de água) - (Marinas) mais meios
de água de protecção

Imersão locais que podem ser parcialmente


AD7 IPX 7
temporária ou totalmente cobertos de água 701 e 702
Usar cabos
H07RN-Fou
locais que podem ser totalmente disolamen·
Imersão
ADS IPX S cobertos de água de forma to mineral
prolongada
permanente - (Tanques, Piscinas)

11

7
Factor de Influência Externa: Presença de corpos sólidos

Presença de corpos sólidos

ndice de Protecção Características Referência


Código Classificação
Norma NP EN 60 529

Ausência de quantidades apreciáveis


AEl IPOX Desprezável
de poeiras (Instalações domésticas)
Presença de corpos sólidos
Objectos estranhos, cuja menor dimensão
AE2 IP3X
pequenos seja não inferior a 2,5 mm
(ferramentas + peq. objectos)

Presença de corpos sólidos 512.2


Objectos muito estranhos. cuja menor dimensão
AE3 IP4X e
pequenos seja não inferior a 1 mm

Presença de poeiras
(fios e arames de 1mm)
em quantidades diárias (q) ..
522.5

AE4 Poeiras ligeiras 10 < q ,; 35 mg/m'

IP5X
AE5 Poeiras médias 35 < q ,; 350 mg/m'
ou
IP6X
Poeiras
AE6 350 < q ,; 1 000 mg/m'
abundantes

.. As poeiras podem ser inflamáveis ou explosivas (BE2 ou BE3). corrosivas (AF2, Af3 ou AF4) ou ainda abrasivas
(AJ), devendo o equipamento possuir o grau de protecção IPSX se as poeiras ".\0 forem prejudiciais ao seu fun-
cionamento ou IP6X se forem prejudiciais.
Deve evitar-se ii acumulação de poeiras ou de outras substinclas que dificultem a dissipaçAo de cak>r.

12
-
Factor de Influência Externa: Presença de substância corrosivas

Presença de substâncias corrosivas

Código Classificação Características Referência

Quantidade ou natureza dos agentes corrosivos


AF1 Desprezável
ou poluentes não significativa

Presença apreciável de agentes corrosivos ou


AF2 Atmosférica poluentes de origem atmosférica
(Beira-mar; indústrias qulmicas e cimenteiras, com produção
de poeiras abrasivas, isolantes ou condutoras)
512.2
Acções intermitentes ou acidentais de certos produtos
Intermitente ou e
AF3 químicos corrosivos ou poluentes de uso corrente
acidental (laboratórios que usam produtos corrosivos ou locais onde são
utilizados hidrocarbonetos)

Acção permanente de produtos químicos corrosivos


..
522.5

AF4 Permanente ou poluentes em quantidade apreciável


(Indústria qulmica com uso ou produção de agentes químicos
especialmente corrosivos)

.. Nas sltuaçOes AF2 e AF3 usar cabos com bainha exterior em PVC ou neopreno (N) ou condutas e equipamentos
nio propagadores de chama.
Nas situaçOes AF4 usar pinturas. fitas apropriadas ou massas neutras.
A protecçAo dos equipamentos depende da natureza dos agentes, devendo satisfazer ao ensaio de nevoeiro na
sltuaçio AF2;
Ser realizada por invólucro não ferroso. em borracha ou plástico, no caso AF3;
Ser realizada por pintura especial, revestimento ou tratamento da superffcie ou por selecção adequada do
equipamento.

13
.

Exercício 1: Influências Externas

Vivenda em terreno de 700 m 2, área habitável de 225 m2 e com um anexo com 70 m2 •

Piso Zona Dependência Classificação

Jardim da Frente Lago com iluminação AA8-AB8; Zona O e Zona 1 AD8 e BO

Alpendre AA7-AB7-AE4-AL2 e AD2

Hall de Entrada AA4-AB4

Escritório AA4-AB4

Sanitário AA4-AB4
Habitação
Cozinha AA4-AB4-AD2 e BO

Sala de Jantar AA4-AB4

Sala de Estar AA4-AB4


O
Garagem AA4-A84-AE4
Lavandaria AA4-AB4-AD2-AE4 e BO
Arrumas AA4-AB4
Anexo
Casa das Máquinas AA4-AB4-AD2-AH2 e BO
Churrasqueira AA7-AB7-AD2-AL2 e BO

Balneário AA4-AB4-AD7-AD4-AD3-AD2-BB3-BB2-BO

Jardim Traseiro Piscina com iluminação AA8-AB8-AD8-BB3-AD4-BB2-BO

Hall AA4-AB4

4 Quartos AA4-AB4
1 Habitação
4 Casas de Banho AA4-AB4-AD7-AD4-AD3-AD2-BB3-BB2-BO

2 Varandas AA8-AB8-AL2 e AD3


Salão AA4-AB4
2 Sotão Sanitário AA4-AB4
2 Varandas AA8-AB8-AL2 e AD3

14
Modos de Estabelecimento

Canalizações em condutas circulares (tubos), permitidas em ocos da construção

Modos de colocaçio [)lJ==~

Descrição dos Condutores isolados


Condutores isolados, Condutores em condu·
em condutas (tubos)
condutores ou tas (tubos) protegidos
em condutas (tubos) protegidos pelos aros
cabos permitidos pelos aros das portas
das janelas

Referências para 62 para 1.5 De';V,; 20 De


efeitos de correntes ou A A
admissfveis B para 20 De5V550De *

* Para valores de V > 50 De, devem ser usados os métodos de referência C. E e F.

Canalizações sem fixação constituídas por cabos, permitidas em ocos da construção

Modos de
colocação •

Cabos mono ou Cabos mono ou


Descrição dos Cabos mono ou
Cabos mono ou multicondutores, multicondutores,
condutores ou multicondutores,
multicondutores protegidos pelos protegidos pelos
cabos permitidos em tectos falsos
aros das portas aros das janelas
Referências para 62 para 1.5 DeS V,; s De
efeitos de ou A A
correntes B para 5 De.:s; V.:s; 50 De *
admlssfvels

* Para valores de V > 50 De. devem ser usados os métodos de referência C. E e F.

IS
Canalizações em caminhos de cabos, escadas e consolas, permitidas em ocos de
construção, caleiras e à vista

Modos de
colocação

Cabos mono ou Cabos mono ou Cabos mono ou Cabos mono ou Cabos mono ou
multlcondutores multicondutores multicondutores multicondutores multicondutores
Descrição dos
(com ou sem ar- (com ou sem ar- (com ou sem ar- (com ou sem ar- (com ou sem ar-
condutores madura) em ca- madura) em ca- madura) em madura) fixados madura) em
ou cabos minhos de cabos minhas de cabos consolas por braçadeiras e escadas (para
permitidos não perfurados perfurados afastados dos cabos)
elementos de
construção
Referências
para efeitos
de correntes c E ou F Eou F ou G E ou F ou G Eou F ou G
admissíveis

Cana lizações sem fixação e com fixação, em condutas circulares ou em ca lhas


e permitidas em caleiras.

Com ou Sem
Em condutas circulares Em calhas
fi xação

Modos de
colocação

Cabos mono ou Condutores iso- Condutores iso- Condutores iso- Condutores iso-
multicondutores lados em condu- lados em condu- lados ou cabos lados ou cabos
Descrição dos em caleiras tas circulares tas circulares mono ou multi- mono ou multi-
condutores abertas ou (tubos) ou cabos (tubos), em ca- condutores em condutores em
ou cabos ventiladas multicondutores leiras ventiladas calhas fixadas a calhas fixadas a
permitidos
em caleiras fecha- elementos da elementos da
das, em percursos construção em construção em
horizontais ou percursos hori- percursos verti-
verticais zontais cais

82 para
Referências
1,5DeSVS20De
para efeitos
B ou B B B
de correntes
8 para
admissivels
20DeSVS50De'

• Para va lores de V > 50 De, devem ser usados os métodos de referência C, E e F.


16
--
Canalizações em condutas não circulares e circulares permitidas em ocos de
construção; caleiras; enterradas; embebidas e à vista.
a
Ocos de
Em caleiras Enterradas Embebidas Avista
construção

--- ~~ ~
Modos de
colocação , ' ''''' ' j iii
Condutores Condutores Cabos mono Condutores Cabos mono
isolados em isolados em ou multicon- isolados em ou multl-
Descrição dos condutas não condutas não dutores, condutas condutores em
condutores circulares, em circulares simplesmente circulares condutas não
ou cabos ocos de embebidas enterrados ou (tubos) circulares mon-
permitidos construção durante a enterrados em montados :t tadas à vista
costrução do condutas circu- vista
edifício lares ou não

B2 para 82 para
Referências
1,5 De';V'; 20 De 1.5oe';V';5oe
para efeitos
ou ou O B B2
de correntes
B para B para
admissíveis
20oe';V'; 50 De 5oe';V';5Ooe

17

T
Canalizações embebidas em:
calhas; condutas não circulares ou circulares; com ou sem fixação directa.

Condutas dr- Condutas não


Calhas Fixação directa Sem fixação
culares (tubos) circulares

Modos de
colocação ~~
Condutores Condutores Cabos multi· Cabos mono Cabos mono
isolados em isolados ou condutores, ou multicon- ou multi-
calhas cabos multi- embebidos dutores, embe- condutores em
Descrição dos embebidas nos condutores em directamente bidos directa- calhas
condutores pavimentos e condutas em elementos mente em embebidas nos
ou cabos nas paredes circulares da construção, elementos da pavimentos e
permitidos embebidas nos termicamente construção, com nas paredes
elementos de isolantes ou sem protec-
construção ou ção mecânica
em alvenaria complementar

Referências
para efeitos
B A;A2eB A C B2
de correntes
admissfveis

18
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)

Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:


dois condutores carregados
cobre
temperatura da alma condutora: 70' C
temperatura ambiente: 30' C Quadro 52 - C1 RTIEBT

Secção nominal dos Método de referência


condutores (mm 2) C (0)
A B
Condutores de Cobre
1,5 14,5 17,5 19,5

2,5 19,5 24 27
4 26 32 36
6 34 41 46
10 46 57 63
16 61 76 85
25 80 101 112
35 99 125 138
50 119 151 168
70 151 192 213
95 182 232 258
120 210 269 299
150 240 344
185 273 392
240 320 461
300 367 530

19
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
dois condutores carregados
cobre
temperatura da alma condutora: 90·C
temperatura ambiente: 30 0 ( Quadro 52 - C2 RTIEBT

Secção nominal dos Método de refe rê ncia


condutores (mm 2)
A B C (*)
Condutores de Cobre
1,5 19,0 23 24
2,5 26 31 33
4 35 42 45
6 45 54 58
10 61 75 80
16 81 100 107
25 106 133 138
35 131 164 171
50 158 198 209
70 200 253 269
95 241 306 328
120 278 354 382
150 318 441
185 362 506
240 424 599
300 486 693
(*) - Para S S; 16 mm 2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para

-- 5 > 16 mm', de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular),

20
Condutores isolados a polie/oreto de vinilo (PVCj, para:
três condutores carregados
cobre
temperatura da alma condutora: 70 0 (
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52 - C3 RTIEBT

Secção nominal dos Método de referência


condutores (mm 2)
A B C (*)
Condutores de Cobre
1,5 13,5 15,5 17,5
2,5 18,0 21 24
4 24 28 32
6 31 36 41
lO 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
50 108 134 144
70 136 171 184
95 164 207 223
120 188 239 259
ISO 216 299
185 245 341
240 286 403
300 328 464

(-) - Para S~ 16 mm 2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para


5 > 16 mm', de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).
L...-_

21

h
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
três condutores carregados
cobre
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52 - (4 RTIEBT

Secção nominal dos Método de referência


condutores (mm 2)
A B ( (*)
Condutores de Cobre
1,5 17,0 20,0 22
2,5 23 28 30
4 31 37 40
6 40 48 52
10 54 66 71
16 73 88 96
25 95 117 119
35 117 144 147
50 141 175 179
70 179 222 229
95 216 269 278
120 249 312 322
150 285 371
185 324 424
240 380 500
300 435 576
(*) - Para SS 16 mm 2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
5 > 16 mm', de secção sectorial (aplicável também a condutores d e secção circular).

22
Condutores iso/adas a polie/oreto de vinilo (PVC), para:
cobre Il
temperatura da a/ma condutora: 70·C
tempera tura ambiente: 30 0
( Quadro 52 - (9 RTIEBT

Secção Cabos multicondutores Cabos monocondutores


nominal
Dois Três Dois Três
dos condutores condutores condutores condutores Três condutores carregados em esteira
condutores carregados carregados carregados carregados
(mm') (1 ) (1 ) Sem Com afastamento (2)
em
triangulo
afastamento
2 Horizontal JI Vertical

Mél. refa. E E F F F G G
Coluna. 2 3 4 5 6 7
1,5 22 18,5
2,5 30 25
4 40 34
6 51 43
10 70 60
16 94 80
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 754 656 689 852 795
500 868 749 789 982 920
630 1005 855 905 1138 1 070
(1) - Para S S; 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para 5 > 16 mm 2,
de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).

13
a Condutores isolados o polietileno reticulado (XLPE) ou etileno -propileno (EPR), poro:
cobre
temperoturo da alma condu toro: 90·C
temperatu ro ambiente: 30 ·C Quadro S2 - C11 RTIE BT

Secção Cabos multicondutores Cabos monocondutores


nominal
Dois Três Dois Três
dos
condutores condutores condutores condutores Três condutores carregados em esteira
condutores carregados
carregados carregados carregados
(mm2) em
(1) (1) em Com afastamento (2)
tri.ingulo fastamento
2 Horizontal Vertical

Mét. refa, E E F F F G G
Coluna. 1 2 3 4 S 6 7
l,S 26 23
2,S 36 32
4 49 42
6 63 54
10 86 75
16 115 100
25 149 127 161 135 141 182 161
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 216 275 246
70 289 246 310 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 383 400 500 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 S10 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 741 621 783 703 736 902 833
400 940 823 868 1085 1008
500 1083 946 998 1 253 1 169
630 1254 1088 1 151 1454 1362
1 - Para 5 S 16 mm 2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para 5 > 16 mm 2,
de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).
Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).

24
Condutores isolados a polie/oreto de vinHo (PVCj, para:
dois ou três condutores carregados
cobre ou alum{nio
temperatura da alma condutora: lDOC
temperatura ambiente: 3DOC Quadro 52 · C13 RTIE6T

Secção dos
Dois condutores carregados Três condutores carregados
condutores (mm 2)

Mét. refI. A2 62 A2 62
Coluna. 2 3 4 5
condutores de cobre
1,5 14 16,5 13 15
2,5 18,5 23 17,5 20
4 25 30 23 27
6 32 38 29 34
10 43 52 39 46
16 57 69 52 62
25 75 90 68 80
35 92 111 83 99
50 110 133 99 118
70 139 168 125 149
95 167 291 150 179
120 192 232 172 206
150 219 196
185 248 223
240 291 261
300 334 298
condutores de alum{nio
2,5 14,5 17,5 13,5 15,5
4 19,5 24 17,5 21
6 25 30 23 27
10 33 41 31 36
16 44 54 41 48
25 58 71 53 62
35 71 86 65 77
50 86 104 78 92
70 108 131 98 116
95 130 157 118 139
120 150 181 135 160
150 172 155
185 195 176
240 229 207
300 263 237 25

D
II dois ou três condutores carregados
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:

cobre ou alumlnio
temperatura da alma condutora: 90 0
(

temperatura ambiente: 30 0
( Quad ro 52 - ( 14 RTIEBT

Secçjo nominal dos Dois condutores carregados Três condutores carregados


conclut",e. (mm')

Mét. ref'. A2 82 Al 82
Coluna. 2 3 4 5
condutores de cobre
1,5 18,5 22 16,5 19,5
2,5 25 30 22 26
4 33 40 30 35
6 42 51 38 44
10 57 69 51 60
16 76 91 68 80
25 99 119 89 105
35 121 146 109 128
50 145 175 130 154
70 183 221 164 194
95 220 265 197 233
120 253 305 227 268
150 290 259
185 329 295
240 386 346
300 442 396
condutores de alumlnio
2,5 19,5 23 18 21
4 26 31 24 28
6 33 40 31 35
10 45 54 41 48
16 60 72 55 64
25 78 94 71 84
35 96 115 87 103
50 115 138 104 124
70 145 175 131 156
95 175 210 157 188
120 201 242 180 21 6
150 230 206
185 262 233
240 307 273
26 300 352 313

-
Correntes admissíveis, em amperes, para o método de referência O
Canalizações enterradas Quadro 52 · 00 RTIEBT

Secção nominal
Número de condutores carregados e natureza do isolamento
dos condutores

I (mm')
3PVC II 2PVC lr 3 XLPE lr 2 XLPE
Condutores de Cobre
1,5 26 32 31 37
2,5 34 42 41 48
4 44 54 53 63
6 56 67 66 80
10 74 90 87 104
16 96 116 113 136
25 123 148 144 173
35 147 178 174 208
50 174 211 206 247
70 216 261 254 304
95 256 308 301 360
120 290 351 343 410
150 328 397 387 463
185 367 445 434 518
240 424 514 501 598
300 480 581 565 677
Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias, os valores indicados no
quadro devem ser multiplicados por 0,80. Atendendo a que as correntes admisslvei. foram
calculadas para uma resistivldade térmica do solo Igual a 1K.m/W, é necessário considerar os
factores de correcçao.

27
Factor de correcção de correntes admissíveis

Em função do agrupamento dos cabos Quadro 52 - E1 RTIEBT

Factor de correcção Quadros e


Disposição métodos
Refa N° de circuitos ou de cabos multícondutores
dos cabos de
1 2 6 7 8 9 12 16 20 referência
Encastrados ou
52-(1 a
embebidos em
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 52-(14
elementos da
Aa F
construção
Sobre as paredes
ou pisos ou sobre 52-(1 a
2 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,7 1 0,70
caminhos de cabos 52-(6
não perfurados
(
3 Nos tectos 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 O factor de
correcção
Em canalizações não diminui
sobre caminhos de
4 a partir de
cabos, horizontais 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
52-(7 a
perfurados ou 9 cabos
52-(12
verticais

E, F
Sobre escadas
5 (para cabos), 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
consola, etc.

Função do agrupamento de cabos enterrados, em esteira horizontal e distanciados


de 20 cm Quadro 52 - E2 RTIE BT

Número de cabos ou de canalizações Factor de correcção


1,00
2 0,85
3 0,78
4 0,72
6 0,62
9 0,55

2 camadas: 0,80 4 ou 5 camadas: 0,70 9 ou mais camadas: 0,66

3 camadas: 0,73 6 a 8 camadas: 0,68


28
II
Ramais usados pelo distribuidor
Características
Características de cabos para ramais usados pelo distribuidor

Tipo de Caracterfsticas dos cabos Características do fusível Potência máxima a fornecer (kVA)
rede Tipo Corrente Corrente
Tipo de Alimentação Alimentação
(no de condutores admissível Tamanho estipulada
fusível Monofásica Trifásica
xmm 2 ) Iz (A) ln (A)
LXS2x 16 85 63 P '; 14

Aérea LXS4x 16 75 63 p ,; 43
LXS4x25 100 80 p ,; 55
LSVAV 2 x 16 95 Facas 00 80 p ,; 18
LSVAV 4 x 16 90 80 p ,; 55
Sub-
terrânea LSVAV 4 x 35 130 100 p ,; 69
L5VAV4 x 95 235 200 p ,; 238
2
LVAV 3 x 185 + 95 355 315 p ,; 217

Portinholas
Portinholas em u so na EDP, segundo norma interna, DMA-C62-807/N

Designação
Corrente
Cabos dos ramais Ir Constituição Fusíveis
(A) Derivação
U Designação N~rTamanho Wn (A)
P25 25 Subterrânea LSVAV 2x16 10x38 2S
Aérea LX52x16 50
P50 50 1 14x51
Subterrânea L5VAV 2x16 50
LX52x16 Conjunto de
63
suporte e
Aérea LXS4x16 63
seccionador·
LX54x25 fusível 80
Pl00 100 3 22xS8
LSVAV 2x16 80
Subterrânea LSVAV 4x16 80
LSVAV 4x35 100

LSVAV 4x95 200


P400 400 Subterrânea 3
Bases e 2
LVAV 3x185+9S 315
Fusíveis
Pl000 1000 Subterrânea n x LVAV 3x185+95 O 29
II Potências mínimas e sistema de alimentação a considerar em project o

Potências mínimas
Número de
Utilização das Potência minima Corrente Sistema de
Compartimentos
instalações (kVA) (A) alimentação
(com .... ls • • mll

1 3,45 15
206 6,9 30 Monofásico
Habitação Mais de 6 10,35 45
Qualquer número 10,35 15 Monof. ou Trif.
Anexos 3,45 15 Monofásico
Potência P 1= P/ U Monofásico
calculada pelo
Outros usos Qualquer número Técnico em função
da necessidade 1= P/(U' 1,732) Trifásico
previsível do
utilizador

Factores de simultaneidade

N° de Instalações (a jusante) Factor de simultaneidade


204 1,00
509 0,75
10 o 14 0,56
15 o 19 0,48
20 o 24 0,43
25 o 29 0,40
30034 0,38
35 o 39 0,37
40049 0,36
~ 50 0,34

30
Quedas de tensão nas instalações

Quedas de tensão permitidas nas instalações eléctricas


Na rede de distribuiçAo ~I Na instalação individual
pública a 230/400V Nas instalações colectivas Alimentada por Alimentada por Posto
Ponto de entrega de energia rede pública de Transformação
I~

Ir Instalação 11
colectiva
Instalação (Portinhola
individuai ou Quadro Coluna Entrada Iluminação Outros uso Iluminação Outros usos
(Portinhola) de Colunas
se não existir
Portinhola)
.",
+8% 0 -8 % +8% 0 -8 % 1,0% 0,5% 3,0% 5,0% 6,0% 8,0%

Cálculo de Canalizações Eléctricas

Método da Corrente Admissível

1 - Determinar a corrente de serviço, la. em trifásico:

p s
J3 xUX COScp - J3 xu
2 - Determinar a corrente de serviço, la. em monofásico:

P - Potência activa, W
p S - Pot. aparente. VA
1- Corrente. A
U o x COS cp U - Tensão, V
3 - Encontrar condutores ou cabos com Iz ~ Is

(tabelas anexas às Regras Técnicas) 31

7
Método da Corrente Admissível
4 - Verificar queda de tensão

- em monofásico ou trifásico desequilibrado:

fórmula exacta ...

fórmula aproximada P XL) x I B


u = 2x ( S

- t rifásico equilibrado:

P XL )
fórmula exacta u=
( -s-X colfP+ÀxLxsen tp xIB

p xL
fórmula aproximada U =--X ! B
S

As expressões deste quadro são válidas pa ra a resistividade do cobre e do alumfnio à temperatura em serviço
normal que se considera de 1,25 vezes acima do valor a 20 oe. Assim, teremos p = 0,0225 O.mm 2/ m para o
cobre e p =0,036 O.mm 2/m para o alumínio .

... Na falta de outros valores podem usar-se: factor de potência, cos $'=0,8; sen $'=0,6; reactãncia linear,
À=0,08 mOIm. (ver secção 525).

II Método da Queda de Tensão

1 - Variação de tensão admissível nas canalizações eléctricas:


- Iluminação - 3%
- Outros usos - 5%

2-Queda de tensão: u = r x l (1)


p xL
3 - Resistência dos condutores: r =-- (2)
S
4 - Substituindo a expressão (21 em (1):
U =pxL x l
S
I
5 - O inverso da resistividade é a condutividade: P=-
li
III 6 - Substituindo novamente: u = - -
LxI
lixS
7 - E fina lmente: S = I xL
li xu
8 - Para canalizações com vários ramais:
L I, x L,
S = -""<-.,--'-------'-
32 lixu
-

Estudo de casos práticos - Exemplo: 1 II


Método da Corrente Admissível

Exemplo 1: Determinar a secção dos condutores de um cabo a fixa r à parede em braçadeiras, para a
ali mentaçâo de um forno semi-industriat, monofásico de 17 kVA, distante do quadro de 43 rn.

1 - Determinação da corrente de serviço, 18: I _~ _ 17000


74 A
B -U 0 - 230
2 - Encontrar um cabo com Iz ~ 18:
- Método de referência E
- Quadro 52-(9 das RTlEBT
- Iz = 94 A para S = , 6 mm 2
- Cabo W 3G16 mm 2 (ou equivalente)

3 - Verificar a queda de tensão


- em monofásico, usando a fórmula aproximada (co ~= l ):

u = 2x (SPXL)x I .= 2 x (0.022.165 x 43)x 74 = 8,9SV 101 =3,89%

4 - A protecção a empregar: um disjuntor magnetotérmico de ln =80 A

Condições: , a=- 74 5 80 :::;: 94; 2<t::::::> 125 1,4Slz satisfaz

Estudo de casos práticos - Exemplo: 2

Exem plo 2: Cálculo de uma canaliza ção trifásica de cobre, enterrada, conforme esquema .

L= 165 m
~ --------- -----------
Queda de tensão admissível : 5%
q .d .t .= u = 11 ,5 V
__ - _ S= 30 kVA

10 _ Cá lculo da corrente na canalizaçã o I S 30000 - 43,3A


• = fi x u = fix4 00

20 - Cálculo da secção dos condutores s = L x i = 165 x 43.3 11 mm 1


O X II 56 x ll,5 33
Queda de tensão admissivel: 5%
-- - --- B
... S= 30 kVA

u máx.= 11 ,5 V

3° - Escolha do tipo de canalização a empregar


Método de Referência O - Tabela 52-00
Secção normalizada: 5 = , 6 mm 2
Corrente adm issível, Iz= 96 A
Cabo:W 5Gl6

4° - Cálculo da queda de tensão com esta secção

p xL
u = --x I .
S

u = 0,0225 X 165 x 43 3 = 10 05 V u = 4 ,37%


16 • •

o disjuntor, tipo C de In=80 A, garante a protecção contra curto-circuitos?


Condições da protecção ao Curto-circuito:
, - Valor de Ice superior à corrente de corte do aparelho de protecção: Icc(em B) > la(ln= 80 A)
2- Corte da corrente em va lor inferior ao limite de fadiga térmica da cana lização

5° - Cálculo da corrente de curto circuito bifásico em B

0,8 x U 0 -=- = 689 A


_ -;;:0-,;;,8",x",4o-0..,
I cc = --'---,--
2 x p x LF 2 x O,0225 x I65
SF 16

Corrente estipulada dos disjuntares, In= 80 A


Limiar de funcionamento Ice = la = 320 A

Como la (ln: 80 A) < kC(ponto B). a 1ii condição está garantida: 320 A < 689 A.

Determinação da corrente de fadiga térmica da canalização eléctrica

S
!i=K- -
Exp ressão da curva de fadiga
térmica da canalização

34
..
t- Tempo de actuação da protecção - máx. de 5 5
K- consta nte dependente do tipo de condutores
5 - Secção dos condutores
Ice - Corrente de curto-circuito num ponto da canalização

Valores de K
Ligações a
Condutores Condutores Condutores Condutores Condutores Condutores condutores
de cobre e de cobre e de cobre e de alumlnio e de alumínio e de alumfnio e de cobre
pvc borracha PEX PVC Borracha PEX soldadas a
estanho
115 135 143 74 87 94 115

6°· Calculo da corrente limite de fadiga térmica da canalização


1.1
S
Icc=K Ji

16
Jcc' ~5s= 115 x j5= 822,9A

Corrente de curto-circuito (Ice) para t.s; 5s


la(ln= 80 A) = 320 A e I(C(I=5 5) = 822,9 A

Como a corrente de fadiga térmica (822,9 A) para t= 5s é superior à corrente de actuação da protecção (BOA)
pa ra igual período de tempo, a 2 condição de protecção ao curto-circuito fica assegurada.
01

Estudo de casos práticos - Exemplo: 3 II


Exemplo 3: Calcular a secção da canalização eléctrica, constituída por um cabo isolado a XLPE (Poliet ileno
reticulado) do tipo LXS, apoiado em 6 postes de madeira, para alimentação de um motor de rega trifásico,
com as características apresentadas no quadro seguinte. O comprimento da canalização é de 180 metros.

Dados do Motor
Potência útil Pu=10CV
Rendimento ~ =0,75
Factor de potência (OS 9' ~ 0,85
Corrente de arranque la= 7x1 n
35
1° Determinar a Potê ncia út il do moto r, Pu, em Watt
O equivalente mednico entre a potência mecânica (Pu ) em Cavalos Vapor (CV) e a potência em watt, é:
, CV= 736 W

Entâo teremos a potência útil em watt: p. = l(CV) X 736 7360 W

2° Determinar a Potência absorvida pelo motor

1) - 0,75 P 7360
P=-1!.=~~ 9813 W
7] 0,75

3° Determinação da corrente por fase


Utilizando a fórmula:

P 9813
I = = ~-'-=--=------- = 16,7 A
n fixU x cos lp fix400 x-º,-ª~

4° Determinação da corrente de arranque por fase

Nota: De acordo com as RTIEBT, Secção 553.2, Quadro 55-A, os motores trifásicos ligados à rede de distribuição,
não devem arrancar directamente se as correntes de arranque ultrapassarem 125 A quando ligados a redes
aéreas e 250 A se ligados a redes subterrâneas. Neste caso, com la= 1 16,9 A, o arranque pode ser directo, quer
a rede seja aérea ou subterrânea.

5° Determinar a corrente de dimensionamento da canalização


A corrente de dimensionamento deverá ser o resultado do soma da corrente
estipulada com um terço da corrente de arranque.

I = 1 +10= 16 7 + 116,9 55,7 A


B "3 ' 3

6° Determinar a corrente admissível e a secção dos condutores


Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na Secção 5.2, encontra-se o m odo de instalação da
ca nalização escolhida (cabo auto-suportado), que é classificado como

Método de Referência: _ E
_

A tabela de correntes admissíveis a consultar pa ra determinação da corrente admissivel e da secção é


a tabela do
Quadro Q 52-c1~.
36
-
A corre nte admissível, Iz. deverá ser de valor superior ao da corrente de serviço, 18: Iz ô!: la : Iz ô!: 55,7 A

Consultando o quadro, encontra-se a corrente admissivel, Iz= .!iª- A, correspondendo à secção, 5 :;; 112 mm 2

Teremos então de escolher o cabo LXS de 4x..!~ mm 2, com Iz= 2Z. A.

7° - Ve rificação da queda de tensão absoluta e percentual utilizando a fórmula


sim plificada, para circuitos trifásicos equilibrados:

u = p x L x l = O,036 x180 xl 6 7 = 6 76 V
S B 16 "
e a fórmula,

u 6,76
&1% = IOO x-= 100 x = 2,94 %
U. .J3CL ---

8° Protecção da canalização a empregar


Se rá utilizado um disjuntor tipo doméstico:

63 A. curva D
ln = -- -

9° Resumo dos parâmetros inicia is e parâmetros calculados


Completar os quadros seguintes: mi
Potência a alimentar Pm= IO CV
I
Dados iniciai s do exercício
Comprimento l =180 m I
Modo de instalação Cabo auto suportado

Queda de tensão admissível 5%

Corrente estipulada do motor 'n=L6.JA

Corrente de arranque 1.=L1.§Jl A


Corrente de dimensionamento 1. = 55,7 A
Método de referência E
Grandezas e características
determinadas Corrente admissível Iz= J1A (Q52-CJ ~

Cabo l XS 4x!Q. mm '


u= 6,76 V
Queda de tensão em serviço
t,u% = ~,21.%
Protecção da canalização Disjuntor, tipo D de In= .ól A
37
Cálculo de Condutores das Colunas

SOMA das POTENCIAS


das Instalações de Utilização

POTtNCIADE TABELA
DIMENSIONAMENTO
...- - - . . Coeficientes de
SD=SrxKs simultaneidade

IB= ? .. ...- - - - -.... 1_ 5


- ..J3xu

Modo de
INSTALAÇÃO
(MÓI. Ref')

CONSULTAR
TABELAS

s = ...
I
I
I

38
-
Exemplo: Dimensionamento de uma coluna II

" _.--.-- . .-
: T2 : T2
' --'3"' 0 O : ~
,
•.... _- - - -- --- .
,, Potências a prever
T2 - 10,35 kVA
T2 --'3'" :O T1 - 6,9 kVA
Q.5,C - 3,45 kVA

,_.- .....-... -
T1 'O : Loja
--'3'" :, ~
----_ ....."-,

----1f--~~r:G:a~ra~g:e:m~~r:::~~~'-~-~-~·~-~·~·~·~-~~:::---;Ra:mai S (do distribuidor)

Estudo de casos práticos - Exemplo: 4

Exe mplo 4:
1° - Calcular a potência total, Sr Sr = L Smt = 4 x 1 0 ,35 + 6,9 = 48.3kVA

2° - Encontrar o coeficiente de simultaneidade • Tabela Ks = 0,75

3°· Calcular a potência de dimensionamento, 50 S D ;::' Sr x Ks = 48,3 x O,75 = 36,22 kVA

4° - Calcular a corrente de serviço, 18 = 36220 =525 A


J)'x400 '

5° - Encontrar os condutores com Iz ~ 18

• Canalização a usar: Método de referência B


·Tabela52-(3 RTl EBT Iz =68 A para 16 mm'
• Condutores: Fases -3x(H07V-R 1x I 6); N- H07V-R 1x16 ; PE - H07V-R 1G16
39

E
q

60 • Calcular os fusíveis para protecção eléctrica dos condutores


• Protecção: fusíveis gG 63 A, 12 = 101 A ; l.4Sx Iz = 98,6
• não satisfaz à 2' condição 12.$ 1,45 x Iz ou seja 101 > 98,6
• Necessário passar à secção seguinte e repetir análise

• 5° (rep)· Encontrar os condutores com Iz:;::: la


Tabela 52-C3 RTlEBT Iz = 89 A para 2S mm 2

Condutores: Fases - 3x(H07V-R 1x 25); N- H07V-R 1x16 ; PE - H07V-R 1G16

6° {repl- Calcular o ~ fusíveis para protecção eléctrica dos condutores


• Protecção : fusíveis gG 80 A, IF 128 A; 1.45x Iz= 129,05A
· satisfaz à condição 12 .$ l,4Sx Iz ou seja, '28 .$ 1,45x 89

7° - Encontrar o tubo para protecção dos condutores


Tubo : VO 63 ou equivalente

8°_ Determinar tipo de caixa de corte Geral


• A corrente estipulada no corte geral inclui os serviços comuns: Ir = 52,5 + 15 =67,5 A
• Interruptor tetrapola r de lN = 80 A
• Caixa de corte Geral: GB 100 A

90· Determinar t ipo de caixa de barramento


Para Ir = 67,5 A, usaremos a caixa BAD 100 A

1()O. Determinar tipo de caixas protecção de saída


Para a coluna: I = 52,5 A, usa remos a caixa PB 100 A
Para os serviços comuns: I = 15 A, usaremos a caixa PA 32 A

11 °· Determinar tipo de caixas de coluna


Para a coluna: I = 52,5 A, usaremos a caixa CBD 63 A

12°· Determinar a queda de tensão na coluna


1 - Supondo a carga total colocada no topo da coluna
2 - Comprimento total da co lu na: 8 m
3 - Sistema trifásico equi li brad o: fórmu la aproximada

pxL
u = - - x 1,
40 S
u = 0,0225 x 8 x 52 5= 0 38V
25 ••

u 0,3 8
6 U = - x IOO - - - x l00 = O,16%
~ U. 230

13° - Calculo de Icc no extremo da coluna

Ice _ .0,-
,8-,-
0_x,,-
U-,--- = 0,80 x 230 =9972 A
p x L, p x LN 0,0225 x 8 0,0225x8
- S-,- + SN 25 + ~--:1-;:6-

o fusível gG de In= 80 A, garante a protecção contra curto-circuitos?


Se ICC(lN=80 A} < IC((topo coluna). a protecçào ao curto-circuito estará garantida.

Corrente de curto-circuitos dos fusíveis (Ice) para t = S5

Corrente estipulada dos fusíveis, lN Corrente Icc

IN=aOA Ice = 420 A


IN= 100 A Ice = 540A

IN= 160 A Ice = a70A

IN= 200A Ice = 1200 A


IN=3 1SA Ice = 2050 A
Como IcC(lN=80 AI < I(((topo coluna). a protecção ao cu rto-circuito está garantida.

140 - Determinar a secção do dueto

L2

J OCIft •

'.-
LI
~

Colunas L 1(cm) L2 (cm) Largura das portas (cm)


ln " 200 A (1) 60 73 63
400A ~ ln > 200 A (1) 103 11 6 106
(1) -ln e a corrente estipulada da coluna de maior capacidade de transporte colocada no dueto.
41
I

RTIEBT - Regras Complementares


Secção 801 - Condições de estabelecimento das instalações consoante a utilização do local (Estrutura)
Secção 801.0 - Definições
Secção 801.1 - Generalidades
Secção 801.2 - Estabelecimentos recebendo público
Secção 801.3 - Estabelecimentos industriais
Secção 801.4 - Locais afectos a serviços técnicos
Secção 801 .5 - Locais de habitação
Secção 801 .6 - Instalações diversas

Anexo I - Exemplos de substâncias sólidas, líquidas ou gasosas (Riscos de explosão)


Anexo II - Volume afecto ao doente nos locais de uso médico
Anexo III - Medidas de protecção contra os choques eléctricos nos locais de uso médico
Anexo IV - Guia para a selecção das medidas de protecçâo nos locais de uso médico com riscos particulares
I Anexo V -
Anexo VI -
Zonas de risco nas salas de operações e nas salas de anestesia
Alimentações de socorro e de segurança médica nos locais de uso médico
Anexo VII - Dispositivo de medição da corrente de contacto nos locais de uso médico.

RTIEBT - Definições
Estabelecimentos recebendo público (Ref.801.2)
• Edifícios de tipo administrativo
• Edifícios escolares (e simila res)
• Edifícios do tipo hospitalar (e simi lares)
• Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares
• Estabelecimentos comerciais
• Recintos de espectáculos e divertimentos públicos
• Parques de estacionamento cobertos
• Estabelecimentos de Culto.

Estabelecimentos industriais (Ref. 801 .3)


• Oficinas
• Fábricas
• Laboratórios industriais
• Loca is de pintura ou de trabalh os se melhantes
• Salas de elect ró li se ou de galvanost egia
• Instalações de manuseamento de combustíveis líquidos ou gasosos
• Loca is de manutenção e de verificação de veícu los motorizados
42 • Hangares para aeronaves
Locais afectos a serviços técnicos (Ref. 801 .4)
• Locais afectos a serviços eléctricos
• Centrais de aquecimento ou ar condicionado.

Características Gerais das Instalações

SERViÇOS DE SEGURANÇA (ReI. 3S1)


Como fontes de serviços segurança podem ser utilizadas:
• Baterias de acumu ladores;
• Pilhas;
• Geradores independentes da alimentação normal;
• Alimentações distintas a partir da rede de distribuição efectivamente independentes da alimentação
normal

SERViÇOS DE SEGURANÇA (ReI. 3S2)


• A alimentação não automática ou automática.
• A alimentação automática classifica-se em:
• Sem interrupção de fornecimento
• Com interrupção de fornecimento
• Muito curta: t ~ 0,15 s
• Curta: t ~ 0,5 s
• Média: t S '55
• Longa: t > 15 s

Nota: Aos estabelecimentos recebendo público aplica-se também a regulamentação de segurança especifica em vigor

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Instalações de segurança

• Canalizações (cont.)
- Devem ser distintas das canalizações das restantes instalações;
- Não devem atravessar locais com risco de incêndio (BE2).
• Excepto as destinadas à alimentação dos equipamentos instalados nesses locais

• Circuitos finais (Ref. 801 .2.1.2.3)


- Cada circuito final deve ser dotado de dispositivos de protecção*
• contra as sobrecargas,
• contra os curto-circuitos
• contra os contactos indirectos

* De forma a que qualquer incidente eléctrico que o afecte não perturbe o funcionamento dos
outros circuitos de segurança alimentados pela mesma fonte. 43
• Protecção contra os contactos indirectos (Ref. 801.2.1.2.4)
- Quando for necessário adoptar medidas de protecção contra os contactos indirectos por corte
automático da alimentação, devem ser seleccionadas as medidas que, não obriguem o corte dos circuitos
ao primeiro defeito de isolamento.
- Na prática, pode ser adoptada uma das soluções seguintes:
» Utilização de equipamentos da classe II ou dotados dej solamento equivalente
,
lt Utilização do esquema IT

Nota: não aplicável a instalações alimentadas a TRS.

Iluminação normal (Ref.801 .2.1.5.2)


• A iluminação normal nos locais da 1ii, da 201 , da 301 ou da 401 categorias deve ser concebida por forma a que
a avaria de um foco luminoso ou do respectivo circuito não deixe esses locais sem iluminação normal. (nO
de circuitos?)

• Quando a protecção contra contactos indirectos for garantida por dispositivos diferenciais, não é permitida
a utilização de um único dispositivo para a totalidade dos circuitos

• Os dispositivos de comando, devem ser inacessíveis ao público, sendo dispensável nos locais que não
sejam em condições normais, utilizados, simultaneamente, por mais de dez pessoas (do públiCO)

• Os circuitos de iluminação não devem atravessar locais com ri sco de incêndio (BE2 ).

Iluminação de Segurança (801 .2.1 .S.3)


• A iluminação de segurança inclui:
a) iluminação de circulação (evacuação)
b) iluminação de ambiente (anti-pãnico)

• A iluminação de circulação é obrigatória:


a) nos locais onde possam permanecer mais do que 50 pessoas;
b) nos corredores e nos caminhos de evacuação.
Com a distância entre aparelhos de iluminação consecutivos não superior a 15m.

Quadro de segurança
Este deve ter:
a) Um dispositivo que permita, com uma única manobra, comutar do estado de "repouso" para o estado
de "vigilância"; *
b) Uma lâmpada que ilumine o quadro de segurança e que seja alimentada directamente pela fonte central;
I c) Os dispositivos de protecção contra as sobreintensidades na origem de cada um dos circuitos finais;
d) Um amperímetro, que permita medir, em permanência, a corrente debitada pela fonte;
e) Um voltímetro, que permita medir a tensão da instalação;
f) Os eventuais dispositivos de protecção contra os contactos indirectos;
g) Os dispositivos que permitam a comutação "automática/ manual " da iluminação de segurança (passagem
do estado de "vigilância" ao estado de "funcionamento")
h) osoutros (eventuais) equipamentos de segurança e os seus comandos locais.
44
• Enquanto o estabelecimento estiver franqueado ao público.
A iluminação de segurança é classificada nos quatro tipos seguintes:
• Tipo A - Fonte central : grupo gerador ou bateria de acumuladores
• Tipo B - Fonte central ou blocos autónomos
· Tipo C - Fonte central ou blocos autónomos
· Tipo O - Lanternas portáteis a pilhas e baterias de acumuladores.

Iluminação de segurança do t ipo A (Ref. 801.2.1 .5.3.4.1)

Alimentada por uma fonte central


iii
Devem ser alimentadas em permanência (lâmpadas acesas), enquanto o estabelecimento estiver
franqueado ao público

A potência absorvida deve ser totalmente fornecida a partir da fonte de segurança

Se a fonte for uma bateria central. esta deve ter circuitos de carga e de descarga independentes. A carga
deve ser efectuada apenas nos períodos de ausência do público

Se a fonte de segurança for um grupo gerador este deve fornecer a energia necessária à iluminação de
segurança.

Bateria de acumuladores Grupo Gerador

Iluminação de segurança do tipo B (Ref. 801.2.1.5.3.4)


II
1 - Alimentada por fonte central ou blocos autónomos

As lâmpadas da iluminação de segurança devem ser alimentadas em permanência (lâmpadas acesas)


enquanto o estabelecimento estiver franqueado ao público.
A potência absorvida deve, no estado de "vigilância", ser totalmente fornecida a partir da fonte de alimentaçâo
da iluminação normal.
Se a fonte for uma bateria centra l, as lâmpadas da iluminação devem estar permanentemente ligadas
devendo esta permanecer em carga no estado de "vigilância".

Notas: - a autonomia deve ser superior a 1 hora.


- deve incluir um dispositivo de carga e de regulação automática (80% Car~a - t $;12 horas)

45
Bloco autónomo UPS Kit de emergência

2 - Alimentada por grupo gerador

Se a fonte for um grupo gerador, este deve estar durante o estado de "vigilância~ numa situação que lhe
permita garantir a alimentação da iluminação para t ~ 1 5)
• Neste caso as lâmpadas de iluminação de segurança devem ser ligadas em permanência a uma máquina
sfncrana que funcione como motor no estado de "vigilância'" e como gerador no estado de·funcionamento"
(conhecidas, vulgarmente, por "'UPS" dinâmicas);
• Ou ligadas a um circuito alimentado, no estado de "vigilância ~ pela fonte normal, com transferência
dessa alimentação para o grupo gerador em caso de falha da fonte normal.

Grupo Gerador

Iluminação de segurança do tipo C (Ref. 801.2.1.5.3.4.3)

Pode ser alimentada por:

Bateria de acumuladores ou grupo gerador* accionado por motor de combustão


• Sendo grupo gerador deve garantir que a alimentação da iluminação de segurança se faça num tempo t ~ 15s e

I devem ser utilizados vários pontos de detecção da falha da alimentação normal

No estado de Nvigilância" da iluminação de segurança as lâmpadas podem:


- Nâo estar alimentadas por qualquer fonte (desligadas);
- Estar alimentadas pela fonte da ilum inação norma l;
- Estar alimentadas pela fonte da iluminaçâo segurança

Blocos autónomos.
46
-
Iluminação de segurança do tipo O (Ref. 801 .2.1.5.3.4.4)

Pode ser constituída por lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou por baterias de acumuladores, colocadas
à d isposição do pessoal responsável pela segurança do estabelecimento.

lanterna portátil

Classificação em função da lotação (Ref. 801 .2.0)


Categoria Lotação (N)
l' N > l ooo
2' SOO < N '; 1000
3' 200 < N ,; SOO
4' 50 < N'; 200
5' N ,; 50
N - nOde pessoas (público e pessoal afecto ao estabelecimento)

Nota : Um esta belecimento com vários edifícios ou um edifício com vá rios estabeleci mentos são considerad os
como um ún ico, pa ra efeito de cálcu lo da lotação

Estabelecimentos recebendo público: índices de ocupação


Estabelecimentos do tipo comercial lndice de ocupação (pessoaslm2)
a) Lojas (1);

Localizadas no rle 2
Localizad as no subsolo ou no 10 andar

l ocalizadas no 2° andar 0,5


Loca lizad as no 30 andar o u acim a 0,2
b) Cent ros co merciais:

Zonas de ci rculação 0,2


Lojas (2)

") • A área a considerar é a destinada expressamente ao público; na falta de elementos concretos. a lotaçIo
pode ser calculada com base num terço da área acessfvel ao público.
(1) • Para as lojas situadas em centros comerciais apllca-se o Indicado na alfnea a) excepto, para as lojas com
área nio superior a 300 m 2• em que o fndice de ocupaçi\o deve ser de 0.5 pessoas/m2. lndependentemente
do 50 em ue se sttuar; a área a considerar é a corres ndente a um t o da área acessIveI ao público. 47

E
Locais em ediffcios do tipo hospitalar ("dice de ocupação (pessoas/m 2)
Zonas de espera de exames e de consultas
Zonas de diagnóstico e de terapêutica 0,2
Zonas de intervenção cirúrgica 0,1
Gabinetes de consulta 0,3
Outros gabinetes 0,1
Salas de escritório 0,2
Salas de reunião sem lugares fixos 0,5
Refeitórios:
- zona de espera 3
- zona de refeições 1
Bares (zona de consumo) 2

~ em estabelecimentos de restauraç.lo, Indice de ocupação (pessoas/m 2 )


f" ~eslmllares
Salas de refeição, com lugares sentados 1,33 (3)
Salas de refeição, com lugares em pé 2

I (lL Corresponde a uma pessoa (lugar) por cada 0,75 ml .

• em edtflcios do tipo administrativo

Gabinetes
Indice de ocupação (pessoas/m 2)
a) zonas em que exista compartimentação definida:
0,1

Salas de escritório 0,2


Salas de desenho 0,17
Salas de reunião sem lugares fixos 0,5
Bares (zona de consumo) 2
Refeitórios:
- zona de espera 3
. zona de refeições 1
Outros locais acessíveis a público 1

b} zonas em que não exista compartimentação definida:


Todos os locais 0,1
48
Locais em ed iffcios escolares Indice de ocupação (pessoas/m2)
Es paços de ensino não especializado 0,7
Salas de reunião, de estudo ou de leitura 0,5
Salas de convívio e refeitórios 1
Gabinetes 0,1
Secretarias 0,2
Recintos gimnodesportivos:
- zona de actividades 0,2
- balneá rios e vestiários
Bares (zona de consumo) 2
Zonas de acesso a balcões de serviço de refeitórios
Zonas sem lugares sentados, destinadas a espectadores de:
- sa las de espectáculos 3
- recintos desportivos
Outras zonas destinadas a ocupantes em pé

Estabelecimentos recebendo público


Empreendimentos turisticos e estabelecimentos similares (Ref. 801 .2.5)
Determinação da lotação:

Emp reendimentos tu rfsticos e esta belecimentos similares, a lotação, é determinada a partir do somatório
do na de potenciais ocupantes e todos os espaços susceptíve is de ocupação nos edifícios

Estabelecimentos hoteleiros e dos meios complementares de alojamento turístico, a lotação, é determinada


a partir do na de pessoas qu e possa m ocupar os quartos, nas condições normai s. Na falta de elementos,
considera-se 2 pessoas por quarto. Prevendo-se "ca mas convertíveis·, estas são consideradas.
Existindo espaços afectos a outras actividades (ex.: sa las de congressos, casinos, piscinas, etc.) a lotação destes
locais são adicionadas.

Recintos de espectáculos e divertimentos públicos (Ref.801 .2.7)

npo de recint o Designação


t-
A1 Salas de espectáculos
A2 Salas de d iversão
A3 Pavil hões desportivos

A4 Recintos Itinera ntes ou im provisados
AS Reci ntos ao ar livre

I A6 locais de ci rcu lação


49

E
Determinação da lotaçã o
Determinada pelo número de lugares sentados ou das áreas dos locais destinados ao público, ou pelo conjunto
dos dois parãmetros.
O número de ocupantes a considerar deve ser igual ao produto da área interior pelo índice de ocupação
determinado em função da sua utilização, de acordo com os critérios seguintes:

a) locais dos tipos Al , A3 e A4:


- Zonas reservadas a lugares sentados individualizados: N° de lugares;
- Zonas reservadas a lugares sentados não individualizados: 2 pessoas/m de banco ou de bancada;
- Zonas reservadas a lugares em pé: 3 pessoas/m 2 de área ou 5 pessoas/m de frente;

Recintos de espectáculos e divertimentos públicos, fechados

Determinação da lotação

b) locais do t ipo A2:


4 pessoas/3 m2 de área total do local, deduzida da área correspondente aos espaços cénicos eventualmente
integrados no local e da área do mobiliário fixo, com excepção das mesas, dos bancos, das cadeiras e das
poltronas;

c) locais do tipo A6:


4 pessoas/m 2 de área exclusivamente destinada à estada temporária do público.

Nos recintos alojados em estruturas insufláveis: 1Pessoa/m 2 .

Nos recintos polivalentes: Deve ser considerado a máxima da correspondente à mais desfavorável das
uti lizações previstas, com um mínimo de 1 pessoa/m 2 •

Recintos de espectáculos e divertimentos públicos, ao ar livre

Determinação da lotação
1 - Deve ser determinada a partir do nO de lugares sentados ou das áreas dos locais destinados ao público,
ou pelo conjunto dos 2 parâmetros.
2 - O nO de ocupantes a considerar em cada local deve ser igual ao produto da área pelo índice de ocupação
determinado, de acordo com os critérios seguintes:
• Loca is do Tipo AS
- zonas reservadas a lugares sentados individualizados:
nO de lugares;
- zonas reservadas a lugares sentados não individualizados:
2 pessoas/m de banco ou bancada;
- zonas reservadas a lugares de pé:
31m 2 de área ou SIm de frente.

Iluminação de segurança
Deve existir ilum in ação de segu rança nos seguintes loca is:
a) Salas ou recintos de exibição;
50 b) Outros locais acessíveis ao público.

.
Estabelecimentos de culto (Ref. 801 .2.9)

Determinação da lotação
O número de ocupantes a considerar em cada local deve ser igual ao produto da área interior desse local pelo
índice de ocupação determinado, em função do tipo de estabelecimento. de acordo com os critérios seguintes:

a) estabelecimentos com lugares sentados:


~ Zonas reservadas a lugares sentados individualizados:
nOde lugares;
- Zonas reservadas a lugares sentados não individua lizados:
2 pessoas/ m de banco ou de bancada;

b) estabelecimentos com lugares em pé:


- Zonas reservadas a lugares em pé:
2 pessoas/m 2 de área da zona destinada aos fiéis;

c) estabelecimentos com lugares sentados e em pé:


- Para este tipo de estabelecimentos aplicam -se, simultaneamente, as regras indicadas nas alíneas a) e b).

Estabelecimentos recebendo público: lIum. de segurança

Cat~oria
Funções ou Actividades exercidas nos ediffcios
1.' li 2.' U 3.' II 4.' II 5.'
Edifícios do Tipo Administrativo
C O
Ediflcios Escolares

Edifícios do Tipo Hospitalar 8 8 (1)


Empreendimentos Turísticos e Estabelecimentos similares C (2) C

Estabelecimentos comerciais Al8 (3) 8 (4)


Recintos de Espectáculos e Divertimentos Públicos
O

Salas de espectáculos (Local tipo A 1) 8 C


8 (5)
Salas d e diversão (Local tipo A2) C (6)
Pavilhões desportivos (Local tipo A3) 8 (7) C
Recintos Itinerantes ou improvisados (Loca l Tipo A4) C O

Locais ao ar livre (Locais Tipo AS) C C (8)

Locais de ci rcu lação (Local Tipo A6) (9)

Parques de Estacionamentos Cobertos (10)

Estabelecimentos de Culto C C/O (11) O


51
(1) - Para compartimentos com lotação inferior a 100 pessoas a iluminação de segurança pode ser limitada à
iluminação de circulação
(2) - Nos estabelecimentos de restauração e bebidas a iluminação de segurança deve ser alimentada por uma
fonte central
(3) - Iluminação do Tipo A, constituída por grupo gerado accionado por motor de combustão ou iluminação
do Tipo B, constituída por Baterias de Acumuladores
(4) - Para compartimentos com lotação inferior a 100 pessoas a iluminação de segurança pode se r limitada à
iluminação de circulação
(5) - Com fonte central
(6) - No caso de o estabelecimento ser no subsolo, a il uminação de segurança deve ser do Tipo B

I (7) - No caso de piscinas, a iluminação de segurança deve ser do Tipo C


(8) - A iluminação de segurança é limitada à iluminação de circulação
I (9) - Para 05 locais deste tipo a iluminação de segurança a considerar é igual à estabelecida para os locais
servidos por este percurso de circulação
(10) - Para pequenos parques a iluminação de segurança pode ser garantida por blocos autónomos e para
os grandes parques essa iluminação tem que ser garantida por fonte central.
(11 ) - Para os estabelecimentos situados no subsolo a iluminação de segurança deve ser do tipo C, podendo
ser dispensada a iluminação de ambiente.

II Funções ou Actividades exercidas nos edifícios


Cat~oria

I Estabelecimentos industriais
L'
(12)
S.'

I Locais afectos a serviços técnicos


Locais de habitação
(13)

(14)

(12) - Para os estabelecimentos indust ria is cada edifício onde trabalhem mais de 200 pessoas ou onde haja
perigo em consequência da falta repentina de visibilidade deve ser prevista a iluminação de seg urança
de circulação, que poderá ser alimentada a partir de fonte centra l de segurança ou por blocos autónomos.
(13) - Os locais afectos a serviços técnicos devem ser dotados de iluminação de segurança desde que integrados
em locais onde a mesma é exigível.
(14) - Os edifícios de habitação com mais de 28 metros de altura devem ser dotados de instalações de segurança
que garantam a iluminação dos percursos comuns de evacuação, o funcionamento da ventilação
mecânica para desenfumagem dos caminhos de evacuação e o funcionamento do sistema de alerta do
encarregado de segurança e de alarme dos residentes, em caso de incêndio.

Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo escolar

Aparelhos de iluminação normal (ref.80 1.2.3.2)


Os aparelhos de iluminação normal devem, em regra, ser do tipo fixo.

Tomadas em locais destinados a crianças ou a diminuídos mentais (Ref. 801.2.3.3)


52
Os circuitos de alimentação das tomadas, devem ser:
a) Distintos dos destinados a outros fins;
b) Protegidos por dispositivos diferenciais de alta sensibilidade;
c) Conservados desligados quando desnecessários.
Recomenda-se que, sempre que possível, as tomadas instaladas em locais destinados a crianças (menos
de dez anos de idade) ou a diminuídos mentais sejam colocadas a uma altura não inferior a 1,60 m acima
do piso.

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Il uminação de socorro (Ref. 801.2.1.5.4)
Deve ser prevista iluminação de socorro sempre que se pretenda colmata r fa lh a da al imentação no rmal
Esta iluminação deve satisfazer às regras relativas à iluminação normal definidas para cada estabelecimento
recebendo público.

Tomadas (Rer. 801.2.1.61


Nas zonas onde o público tenha acesso as tomadas a utilizar devem ser:
Do tipo "tomadas com obturadores· se ln $; '6 A
Dotadas de tampa, limitadas às estritamente necessárias às utilizações previstas se ln > 16 A.

Tomada com obturadores Tomada tipo CEe


(alvéolos protegidos) (lN" 16A)

Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Rer. 801 .2.8)


As Regras Técnicas aplicam-se aos parques de estacionamento cobertos de área bruta total superior a 200 m 2;

Para os aspectos técnicos e de segurança relativos a incêndios nestes parques ver a Regulamentação
Específica;

Devem ser dotados de iluminação de segu rança, que pode ser garantida por blocos autónomos· .

* Para os grandes parques, a ilumi nação de segurança deve ser garantida por fonte central

Consideram-se "g randes pa rq ues de estacionamento cobertos" os que satisfaçam uma das seguintes
condições:
- Tenham quatro ou mais pisos abaixo ou acima do nível de referência;
- Tenham capacidade superior a 400 veiculas. 53

7
Iluminação de seguran ça (ambiente)
Deve existir iluminação de ambiente, nos locais onde se exerçam actividades que interessem à segurança dos
parques de estacionamento cobertos com aparelhos de potência adequada às actividades e às dimensões
dos locais, c/ o m ínimo de 2 aparelhos por local

Comando da iluminação de segurança


Pode ser feito por meio de dispositivo localizado ou no posto central de segurança ou na habitação do
porteiro, conforme os casos .

• Estabelecimentos Industriais

Regras gerais (Ref.801.3.1)

Deve ser prevista iluminação de segurança de circulação onde trabalhem mais de 200 pessoas

Na determinação do número de pessoas deve considerar·se o que pode existir, simultaneamente, num edifício,
e não na totalidade dos edifícios.
Recomenda· se a existência de iluminação de segurança, independentemente do número de pessoas, se uma
repentina falta de visibilidade dos equipamentos utilizados num local ou nos postos de t rabal ho implicar
perigo

Devem ser insta lados aparelhos de iluminação de segu rança nos cam inhos de evacuação.
• Pa ra facili tar a evacuação das pessoas e a intervenção dos bombeiros .
. Esses aparel hos de iluminação devem entrar automaticamente em serviço em caso de interrup ção da
alimentação norma l do edifício

Aparelhos da iluminação de segurança podem ser do tipo bloco autónomos ou serem alimentados por uma
fonte central de segurança.

54
Estatuto do Técnico responsável

Decreto-Lei no· 229/2006 de 24 de Novembro


- Alteração ao Estatuto do Técnico Responsável (DR 31/83)

• Técnicos responsáveis sem fo rmação superior (electricistas)

• Alterações introduzidas para o acesso ao Estatuto de Técnico Responsável:

Artigo 1.° do Decreto-Lei 229/2006 - Altera o Artigo 5.° do Decreto Regulamentar 31 / 83 dando nova
redacção a diversos itens:
, - .... (sem alteração)
a) .... (sem alteração)

d) Os electricistas sem as habilitações previstas na alínea anterior que possuam, pelo menos, sete anos de
experiência profissional na área da execução de instalações eléctricas de baixa tensão, desde que, através
de um processo de reconhecimento e validação de competências adquiridas pela via da experiência,
demonstrem possuir os conhecimentos adequados;

Nota: Foi celebrado um protocolo entre a DGEG e o IEFP, para que este proceda ao processo de Reconhecimento
de Competências (Novas Oportunidades), reconhecido pela DGEG.

• Altera o Artigo 7.0 do Decreto Regulamentar 31/83 dando nova redacção a diversos itens acerca da inscrição
dos técnicos responsáveis:
1m
1- O exercício das funções de técnico responsável pela execução e pela exploração de instalações eléctricas
por parte de electricistas depende de inscrição na direcção regional de economia territorial mente
competente, devendo o requerimento para a inscrição ser dirigido ao respectivo director regional e ser
acompanhado de:

d ) Valor a titulo de taxa de inscrição, ... (ver o Decreto-Lei 229/2006)

• Altera o Artigo 25.0 do Decreto Regulamentar 31 / 83 dando nova redacção à obrigatoriedade de inscrição
dos electricistas:
- Para o exercício da sua actividade, o electricista que seja técnico responsável deverá estar inscrito na
direcção regional de economia territorial mente competente, nas condições estabelecidas no capitulo III
do presente Estatuto.

55
-

• De acordo com o Decreto-Lei n.O 5/2004, de 6 de Janeiro, Artigo 4.°, as Direcções Regionais da Economia.
ORE, são as seguintes:
• Direcção Regional da Economia do Norte (ORE - Norte);
• Direcção Regional da Economia do Centro (ORE - Centro);
• Direcção Regional da Economia de Lisboa e Vale do Tejo (ORE-LVT)
• Direcção Regional da Economia do Alentejo (ORE - Alentejo)
• Direcção Regional da Economia do Algarve (ORE - Algarve)

Nota: as ORE - Norte e ORE - Centro, compreendem ainda as delegações regionais de Vila Real e Castelo
Branco, respectivamente.

Regulamento de Licenças das Instalações Eléctricas

Decreto-Lei n.· 101/2007, de 2 de Abri l


- Alterações ao Regulamento de licenças das Instalações Eléctricas, RlI, publicado pelo Decreto-Lei n.O26852,
de 30 de Julho de 1936, alterado pelos Decreto-lei n.O446/76, de 5 de Junho, Decreto-lei n.O51 7/80, de 31
de Outubro e Decreto-lei n.O 272/92, de 3 de Dezembro.

Artigo 1.° do Decreto-lei 101 /2007

- Altera o Artigo 7.° do Decreto-lei n.O 26 852, de 30 de Julho de 1936, dando-lhe nova redacção:
"As insta lações eléctricas de serviço particular, para efeitos de licenciamento, classificam-se nos três tipos
seguintes:
Tipo A - Instalações de carácter permanente com produção própria, não incluídas no tipo C;
Tipo B -I nstalações que sejam alimentadas por insta lações de serviço público em média, alta ou muito
alta tensão;
Tipo C -Instalações alimentadas por uma rede de distribuição de serviço público em baixa tensão ou
insta lações de carácter permanente com produção própria em baixa tensão até 100 kVA, se de segurança
ou de socorro;"

1m Artigo 2.° do Decreto-lei 101 /2007

Reclassificação das instalações eléctricas de serviço particular

1- Todas as referências legais ou regulamentares a categorias de instalações eléctricas de serviço particular


devem ser consideradas como:
a) Oe tipo A, as instalações eléctricas de 1.a categoria;
b) De tipo B, as instalações eléctricas de 2. a categoria;
c) De tipo C, as instalações eléctricas de 3. a e 5.a categorias;

2- As insta lações e léctricas de serviço particular de 4. a categoria ficam integradas no tipo de classificação a
que se encontrem associadas.

56

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