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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


COORDEANAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

LISTA DE CHECAGEM PARA ANÁLISE DE EIA / RIMA


MINERODUTO FERROUS

Anna Paula dos Santos


Matheus Nunes dos Santos

ANÁPOLIS – GO, SETEMBRO / 2018


INTRODUÇÃO

A lista de checagem a seguir tem por objetivo a avaliação e análise da


metodologia empregada no Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento
Mineroduto Ferrous. As questões abordam os requisitos básicos tais como diagnóstico
ambiental, análise dos impactos, definição de medidas mitigadoras, programa de
monitoramento dos impactos ambientais, programa de monitoramento do prognóstico
ambiental e comunicação dos resultados.
O EIA se destina a analisar os impactos ambientais de um projeto e suas
possíveis alternativas de um ou mais tipos, por exemplo: de localização, de tecnologias
a serem empregadas, de cronograma, e inclusive a de não implementação do
projeto. Para que seja possível a realização desse processo analítico, há necessidade de
se conhecer o projeto e de todas as suas especificidades, as ações que serão executadas,
em todas as fases de implantação, desde o planejamento, construção, operação, até a
desativação, se for o caso.
ITEMIZAÇÃO DAS QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS NA
AVALIAÇÃO

1. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS PARA A REALIZAÇÃO DOS


ESTUDOS AMBIENTAIS

1.1. O método e as técnicas escolhidas para a realização do EIA/RIMA ou de


outros documentos técnicos semelhantes são adequados:

- ao objeto de estudo?

SIM, os estudos técnicos e as avaliações de impacto descritas no documento do EIA


foram efetuados com base no projeto técnico conceitual e na descrição do
empreendimento estabelecidos pelo empreendedor.

- à região onde se insere o empreendimento?

SIM, o EIA apresenta o estudo ambiental natural e socioeconômico completo por toda a
extensão do mineroduto, sendo que este atravessa muitos municípios, terras indígenas,
cursos hídricos e regiões diferentes. Em cada trecho o estudo levou em conta as
variantes devido à localização e possíveis danos para o ambiente em questão.

- às características e quantidades de dados disponíveis e/ou possíveis de serem


levantados no tempo de realização do estudo?

SIM. Devido à grande extensão do empreendimento a quantidade de dados possíveis de


serem levantados é alta. O EIA organizou esses dados de forma sistêmica mostrando
todas as contribuintes do risco ambiental oferecido pelo mineroduto.

1.2. Foram definidos os passos metodológicos que levem:

- ao diagnóstico da situação existente?

SIM. O EIA mostra a caracterização do empreendimento apresentado todos os sistemas,


peças, gestões e infraestrutura necessários para a implantação e operação do
mineroduto. Em seguida tem-se o estudo completo de cada região atravessada pelo
empreendimento mostrando climas e condições meteorológicas, geologia,
geomorfologia, solos, recursos hídricos, flora, mastofauna, avifauna, herpetofauna,
ictiofauna, entomofauna, pedofauna e limnologia. No estudo socioeconômico foram
analisados a dinâmica populacional, organização social, estrutura básica, uso e
ocupação territorial, patrimônio natural e cultural e comunidades tradicionais. Com base
nesse amplo estudo foram apresentados todos os impactos ambientais gerados pelo
funcionamento do mineroduto.

- ao prognóstico dos efeitos ambientais potenciais do empreendimento proposto e


de suas alternativas tecnológicas e locacionais?

SIM, temos no EIA que para a transferência do minério de ferro entre as minas e o porto
foram analisadas as alternativas técnicas de transporte por rodovia, ferrovia e dutos.
Depois de definida como mais viável a opção de transporte por duto, foram estudadas as
alternativas locacionais para o mesmo, considerando-se aspectos econômicos, sociais e
ambientais de cada um dos possíveis corredores, de forma a selecionar a alternativa com
menor impacto socioambiental negativo possível e economicamente mais viável.

- à identificação dos recursos tecnológicos e financeiros para a mitigação dos


efeitos negativos e de potencialização dos efeitos positivos?

SIM, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais negativos, o grupo de


engenharia de dutos (Ferrous, Brass e Tecline) e o grupo de avaliação ambiental
(Ferrous e Brandt) têm trabalhado em conjunto no intuito de conceber diretrizes de
dutos técnica, econômica e ambientalmente viáveis. Para isso, estes grupos têm
recorrido ao que existe de mais moderno em termos de recursos tecnológicos para
visualização e caracterização dos aspectos fisiográficos regionais dos corredores de
interesse, além dos trabalhos realizados diretamente no campo.

- às medidas de controle e monitoramento dos impactos?

SIM. Os Programas de gestão, controle e monitoramento ambiental foram apresentados


no EIA e para atender ao controle de impactos os programas foram os seguintes citados:
programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais, monitoramento de
ruídos, monitoramento da fauna mais subprogramas para cada tipo de fauna, programa
de compensação ambiental, gerenciamento de riscos, plano de atendimento a
emergências e educação ambiental.

2. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

2.1. Foram definidos com clareza os critérios ecológicos e socioeconômicos para a


delimitação da área de influência do empreendimento?

SIM, foram utilizados modernos recursos de mapeamento e visualização geográfica


sendo possível definir com precisão os locais que atenderiam às diretrizes para
avaliação do traçado do mineroduto. Estas diretrizes foram listadas no item “3.2.2.2.2 –
Alternativas locacionais” do EIA, dentre elas tem-se:
- Evitar, sempre que possível, a necessidade de supressão de matas nativas.
- Entre mata nativa e reflorestamento, preferir sempre supressões no reflorestamento.
- Definir uma diretriz do duto com o menor comprimento possível.
- Evitar a aproximação da faixa a edificações, especialmente moradias e loteamentos
atuais ou em projeto.
- Evitar a aproximação da faixa com reservas indígenas, e áreas de quilombolas, de
populações tradicionais e de locais de captação de água.
- Entre reflorestamento e silvicultura, preferir sempre silvicultura.
- Minimizar a movimentação de terra na fase de construção.
- Situar, preferencialmente, a lateral da faixa junto às divisas de propriedades.
- Utilizar áreas de domínio público, evitando-se os canais, rios ou outros corpos d’água,
para não gerar riscos de poluição ou instabilidade da faixa de domínio.

2.2. Foi feita a delimitação da área de influência do empreendimento para cada


fator natural (solos, águas superficiais, águas subterrâneas, atmosfera,
vegetação/flora)?
SIM, o EIA aborda detalhadamente o estudo ambiental de cada fator natural separando
ainda a extensão do mineroduto em trechos. Foram listadas e analisadas as bacias
hidrográficas juntamente com os cursos d’água sobre os quais o empreendimento
manterá influência, apresentando áreas de nascentes e possíveis áreas de assoreamento
de cursos hídricos. Também foram apresentados os variados tipos de solos pelos quais o
empreendimento passará em sua extensão, levando em consideração ainda o relevo e a
vegetação de cada trecho do mineroduto para análise de áreas com possibilidade de
erosão ou recalques.

2.3. Foi feita a delimitação da área de influência do empreendimento para os


componentes culturais, econômicos sócio-políticos da intervenção proposta?

SIM, o diagnóstico do EIA descreve e analisa os diversos aspectos construtivos das


áreas que estarão mais suscetíveis aos múltiplos impactos socioeconômicos que
decorrerão da implantação do mineroduto. Foram apresentados todos os municípios
interceptados pelo empreendimento e integradas ainda informações secundárias
levantadas junto aos órgãos de pesquisa e outras instituições consideradas referências
em trabalhos similares.

3. ESPACIALIZAÇÃO DA ANÁLISE E DA APRESENTAÇÃO DOS


RESULTADOS

3.1. Foi definida a base cartográfica geograficamente referenciada para o registro


dos resultados do estudo?

SIM, o EIA aborda no tópico “9 - DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA” de


acordo com o item “9.1 - Área Diretamente Afetada – ADA” em “9.1.1 – Metodologia”,
que:
A partir dos mapas gerados, com o auxílio de ferramentas e metodologias de
georreferenciamento foram quantificadas, separadamente, as áreas ocupadas por cada
uma das diversas estruturas que irão compor a ADA, estando os resultados dessa
quantificação apresentados e comentados no item 9.1.2.

3.2. Foi definida a escala adequada à interpretação dos dados disponíveis e


pesquisados e ao registro das conclusões/recomendações?

SIM, é abordado pelo EIA no tópico “9 - DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE


INFLUÊNCIA” de acordo com o item “9.1 - Área Diretamente Afetada – ADA” em
“9.1.1 – Metodologia” que:
A Área Diretamente Afetada (ADA) pela implantação do mineroduto Ferrous foi
identificada e desenhada sobre imagens IBGE em escala 1:50.000 e ortofotos em escala
1:10.000, a partir do traçado do eixo do empreendimento e contemplando a prévia
locação de todas as estruturas a serem implantadas para a implantação das obras, sempre
priorizando a utilização de terrenos já antropizados e com o objetivo maior de
minimizar os impactos ambientais sobre remanescentes florestais e outros atributos
ambientais da região.
4. IDENTIFICAÇÃO, PREVISÃO DA MAGNITUDE E INTERPRETAÇÃO DA
IMPORTÂNCIA DOS PROVÁVEIS IMPACTOS AMBIENTAIS RELEVANTES
E TECNOLÓGICAS PARA A MITIGAÇÃO DOS DANOS POTENCIAIS
SOBRE O AMBIENTE.

4.1. Foram indicados com clareza os métodos, técnicas e critérios adotados para a
identificação, quantificação e interpretação dos prováveis impactos ambientais da
implantação e operação das atividades do empreendimento?

SIM, em termos ambientais, conforme demonstrado neste EIA, o mineroduto da Ferrous


provocará impactos ambientais negativos mitigáveis sobre os meios físico e biótico em
sua área de influência e, como tal, tais impactos podem ser considerados como pouco
significativos na etapa de implantação e irrelevantes na fase de operação, o que
certamente não ocorreria com as alternativas de transporte rodoviário ou ferroviário.
Além disso, o mineroduto apresenta mínimos riscos de acidentes ambientais e humanos.

4.2. Foram mostrados com transparência os prováveis efeitos da implantação e


operação das atividades do empreendimento sobre: a saúde, a segurança e o bem-
estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais?

SIM, o EIA Parte 5 (Avaliação de Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras


Programas de Gestão Controle e Monitoramento) mostra os impactos socioeconômicos
e ambientais causados pela implantação e também pela operação, apresentando-os de
forma temática e detalhada.

4.3. Foi feita a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência


do empreendimento, comparando as diferentes situações de adoção do projeto,
plano ou programa e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não
realização?

SIM, a avaliação dos impactos ambientais é feita para as etapas de implantação e


operação do empreendimento, inclusive etapa de descomissionamento quando for o
caso. Está baseada na conjunção das informações constantes na descrição/caracterização
do empreendimento, associada ao prognóstico da tendência de qualidade ambiental
segundo a hipótese de não realização do mesmo, e contemplando a realidade dos
diagnósticos ambientais dos meios físico, biótico e socioeconômico nos quais o
empreendimento irá se inserir.
No item “12 - PROGNÓSTICO AMBIENTAL GLOBAL”, tópico “12.1 -
Prognóstico sem o empreendimento”, temos um prognóstico que foca apenas os
cenários socioeconômico e ambiental atuais e os efeitos da não implantação do
empreendimento da Ferrous sobre tais cenários, desconsiderando a possibilidade de
realização de outros investimentos públicos e privados que poderão ocorrer na região
nos anos futuros.
Considerando a hipótese da não implantação do empreendimento da Ferrous, a
situação vigente nas áreas onde irão ocorrer as atividades de lavra e beneficiamento do
minério de ferro, no município de Congonhas, entre outros, em Minas Gerais, não
deverá apresentar nenhuma tendência de mudança significativa, pelo menos nos
próximos 20 anos.
4.4. Foi feita a análise dos impactos ambientais significativos do projeto, plano ou
programa e de suas alternativas, com a discriminação dos efeitos ambientais
potenciais:

- positivos e negativos (benéficos e adversos)?

SIM, no item “8.1.2 - Critérios da avaliação de impactos ambientais” do EIA, temos o


critério de avaliação de impactos ambientais “Efeito” como ponto de análise, onde o
efeito do impacto pode ser:
- Positivo: quando atua favoravelmente ao aspecto ambiental considerado
- Negativo: quando atua desfavoravelmente ao aspecto ambiental considerado.

- diretos e indiretos (cadeia de efeitos)?

SIM, analisando o EIA no item “8.1.2 - Critérios da avaliação de impactos ambientais”,


um dos critérios de avaliação de impactos ambientais considerados para análise foi a
“Incidência”, onde a incidência do impacto sobre o meio impactado pode ser Direta ou
Indireta.

- imediatos e a médio e longo prazos?

PARCIALMENTE, em muitos tópicos do EIA no item “8 – Avaliação dos Impactos


Ambientais” nota-se a descrição dos efeitos imediatos tanto na implantação quanto na
fase de operação do mineroduto. Quanto aos efeitos a médio e longo prazos foram
notados em poucos itens.

- temporários e permanentes?

SIM, os impactos permanentes são percebidos em todo o item 8 do EIA em tópicos que
dizem respeito aos efeitos causados pela operação do mineroduto, dos quais destacam-
se a modificação do solo, alteração da dinâmica hídrica superficial, alteração da
qualidade das águas, do ar e também do nível de ruído, para esses efeitos tem-se suas
medidas mitigadoras citadas. Dentre os impactos temporários observa-se os efeitos da
fase de instalação dos tubos do mineroduto citados no item 8, visto que a construção se
dará por máquinas a movimentação sobre o ambiente durante esta fase apresentará
danos no meio biótico e físico da região.

4.5. Foi feita a definição das medidas de mitigação dos impactos negativos, dentre
elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, e a
avaliação da eficiência de cada uma delas?

SIM, no item “11.1 – Medidas de controle e mitigadoras” do EIA foram listados e


descritos todos os programas a serem adotados para a mitigação dos impactos
ambientais previstos, tornando-os assimiláveis pelo meio ambiente e socialmente
aceitáveis.

4.6. Foi elaborado o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos


positivos e negativos e indicados os fatores e parâmetros a serem considerados?
SIM, no item do EIA “8.1.2 - Critérios da avaliação de impactos ambientais” temos
dentre os critérios de avaliação de impactos ambientais a:
Intensidade (A), O conceito de Intensidade indica a gradação das consequências que o
impacto, negativo ou positivo, gera sobre o meio avaliado. Foi padronizado em
diferentes níveis e valores relativos de acordo com o quadro 8.1: QUADRO 8.1 - Níveis
de intensidade dos impactos ambientais.

4.7. Foram analisados:

- o grau de reversibilidade dos impactos?

SIM, também no item “8.1.2 - Critérios da avaliação de impactos ambientais” do EIA,


temos dentre os critérios de avaliação de impactos ambientais que foram analisados a
Reversibilidade, onde o impacto pode ser:
Reversível: quando, cessada a origem ou controlado o impacto, o meio
impactado pode voltar a sua condição original;
Irreversível: quando, cessada a origem ou controlado o impacto, o meio
impactado não mais retorna à sua condição original.

- as propriedades cumulativas e sinergéticas dos impactos?

Devido ao tipo de empreendimento os efeitos potencializadores não foi dada ênfase em


efeitos potencializadores.

- a distribuição dos custos e dos benefícios sociais do empreendimento?

SIM, no item “8.4 – Impactos sobre o meio socioeconômico” foram apresentados os


benefícios sociais devido à implantação e operação do mineroduto. Os principais efeitos
abordados foram o incremento no nível de emprego, incremento da renda agregada,
arrecadação pública, pressão sobre a infraestrutura loca e serviços públicos e
competitividade da atividade de extração mineral.

5. ALTERNATIVAS ECONÔMICAS

5.1. Foram indicadas as alternativas econômicas e tecnológicas do empreendimento


para a mitigação dos danos potenciais sobre os fatores naturais e sobre os
ambientes econômicos, culturais e sócio-políticos?

SIM, segundo a análise do EIA os impactos ambientais negativos se concentram na fase


de implantação que irá durar prazo relativamente curto (cerca de 20 meses), que serão
mitigados e imediatamente seguidos de ações voltadas à recuperação ambiental das
áreas degradadas ou afetadas pelas obras. Contrapondo-se aos impactos negativos, os
principais impactos positivos - geração de empregos e renda, e dinamização de
economias locais - ocorrerão durante toda a operação do complexo industrial da Ferrous
(minas + mineroduto + porto), a qual se manterá por, no mínimo, 20 (vinte) anos, mas
com forte probabilidade de se estender por prazo muito maior. Tal fato também atesta a
importância socioeconômica do empreendimento.
No EIA são apontadas as linhas mestras e diretrizes gerais dos programas propostos
pelo empreendimento para mitigação e compensação dos impactos ambientais negativos
identificados e avaliados. Todos esses programas serão detalhados no PBA - Plano
Básico Ambiental que irá instruir o processo de Licença de Implantação do mineroduto
da Ferrous Resources do Brasil.
Em decorrência das disposições da Resolução CONAMA nº 371/06 e objetivando a
compensação dos impactos ambientais negativos não mitigáveis oriundos da
implantação do mineroduto, a Ferrous propõe a aplicação de até 0,5% (meio porcento)
do valor do investimento do mineroduto, na conformidade do que dispõe o
Decreto Federal nº 6.848, de 14 de maio de 2009, e sugere que o valor da compensação
ambiental seja distribuído proporcionalmente às extensões dos dutos entre os três
estados (MG, RJ e ES), com aplicação desses recursos, preferencialmente, em unidades
de conservação já formalmente constituídas em cada estado ou município interferido
pelo mineroduto.

5.2. Foram identificados:

- os procedimentos de projeto que contribuem para a mitigação dos impactos


negativos?

SIM, de acordo com o tópico do EIA “13 - VIABILIDADE AMBIENTAL”, o


funcionamento do mineroduto independe de variações climáticas e a ocorrência de
chuvas não interfere na disponibilidade e condições de transporte da polpa de minério
de ferro, o que, certamente, sofreria dificuldades e prejuízos com outros meios de
transporte, especialmente o rodoviário e ferroviário. Do ponto de vista econômico o
mineroduto apresenta um baixo custo operacional quando comparado a essas outras
alternativas de transporte.
Outra característica importante da utilização do mineroduto é a locação fixa do sistema
de transporte, durante toda a vida útil, bem como a possibilidade de continuar a sua
operação ao final da vida útil do empreendimento minerario da Ferrous, podendo
viabilizar economicamente novas minas (próprias da Ferrous ou de terceiros) e o
transporte de diferentes bens minerais, ou ter uso alternativo para transporte de outros
materiais.

- os procedimentos de projeto que contribuem para a potencialização dos impactos


positivos?

SIM, também de acordo com o tópico do EIA “13 - VIABILIDADE AMBIENTAL”, na


análise dos impactos prováveis da operação do empreendimento sobressai-se o impacto
positivo de geração de empregos e renda, de significância estratégica, ligado à
implantação e operação do complexo industrial da Ferrous, onde o mineroduto atua
como parte indissociável de um grande empreendimento distribuído por três estados do
Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo), integrando atividades de
mineração e beneficiamento mineral nos municípios de São Joaquim de Bicas,
Brumadinho, Belo Vale e Congonhas, em Minas Gerais, e de transformação de minério
de ferro em pelotas, e exportação de minério e outros bens através de porto próprio que
será construído no município de Presidente Kennedy, no Estado do Espírito Santo.
Portanto, sob o ponto de vista socioeconômico, o empreendimento da Ferrous se
justifica pela geração de empregos e renda, e por se compatibilizar plenamente com
programas dos Governos Federal, de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo
voltados à promoção do desenvolvimento social e econômico.

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