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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
DISCIPLINA: LICENCIAMENTO AMBIENTAL (TURMA 2023.2)
DOCENTE: HENRIQUE GUTIERRES

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E DO RELATÓRIO DE


IMPACTO AMBIENTAL

ETAPA 1 – Preenchimento do Checklist

PONTOS VOLTADOS PARA A APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE CRÍTICA


Foram indicadas alternativas locacionais? Quantas?

Sim.Foram consideradas duas alternativas locacionais:


1) rua Diógenes Chianca, bairro Ernesto Geisel;
2) avenida Hilton Souto Maior, bairro Mangabeira

A(s) alternativa(s) indicada(s) foi(ram) confrontadas com a hipótese de não-execução do projeto?

Sim. a Alternativa 1 está contida em uma zona de grandes ocupação físicas, tendo-se ao seu norte o estádio Almeidão, a leste e
oeste áreas de comércio atacadista e ao sul uma área residencial. Ressalta-se ainda que o limite norte é definida pela BR-230,
rodovia de grande fluxo. O fluxo de carros talvez seja o grande problema da Alternativa 1, haja vista que neste ponto o fluxo é
bastante intenso inclusivo com alguns engarrafamentos em horários de maior fluxo de tráfego

Foram apresentas alternativas reconhecidamente inferiores à selecionada no EIA? Quantas?


Houve prevalência dos aspectos econômicos sobre os ambientais na escolha das alternativas?

Sim. Apesar dos custos de capital serem presumivelmente mais elevados para a Alternativa 2 comparando-se com a Alternativa 1,
este custo torna-se assimilável considerando-se o custo de operação e a razão custo x benefício do empreendimento pelo fato da
Alternativa 2 se apresentar com maior área disponível de implantação, o que favorece em termos de projeto de estacionamento e
de ocupação da edificação. Além do que, o valor agregado do empreendimento é mais atrativo
Foi apresentada a legislação (federal, estadual e municipal) pertinente a realidade do empreendimento analisado?

Sim, vários instrumento da legislação foram citados desde dos princípios constitucionais a leis, decretos, Conama,portarias entre
vigentes em todas esfera da união, estado e município, os últimos onde localiza-se o empreendimento. Entre essas podemos
destacar que a área pleiteada é a mesma onde funcionava a Academia de Polícia Civil do Estado da Paraíba – Acadepol. Diante
deste fato, necessitou-se de adequação institucional por meio de lei estadual e posteriormente estabelecimento de um Termo de
Ajustamento de Conduta perante o Ministério Público Estadual para ter-se o direito de uso desta área.

O EIA indicou alguma restrição legal a ser observada para a instalação e/ou operação do empreendimento?

Sim. Na área estudada identifica-se um fragmento de Mata Atlântica secundária em estágio Médio de Regeneração, com área de
0,3166. Porém, Código Municipal de Meio Ambiente, instituído pela Lei Complementar N°. 29/2002, em seu art. 88, determina que
nos casos de áreas com vegetação secundária em estágios médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, o uso é admitido
quando em conformidade com o código de urbanismo e com a legislação ambiental vigente, desde que a vegetação não apresente
qualquer das seguintes características, as quais não se aplicam à àrea em foco: - ser abrigo de fauna silvestre, especialmente de
alguma espécie ameaçada de extinção; - exercer função de proteção de mananciais ou de preservação e controle de erosão; e, -
possuir excepcional valor paisagístico. Além disso, base na Lei Federal Nº 11.428/2006, Art. 31, nos perímetros urbanos aprovados
até a data de início de vigência da citada lei, a supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração pode ser
admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa
em estágio médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da área total coberta por esta vegetação

O grupo identificou alguma(s) restrição(ões) legal(is) que não esteja(m) indicada(s) no EIA?
Não.

A bacia hidrográfica foi considerada na delimitação das áreas de influência?

Sim. O empreendimento situa-se na bacia hidrográfica administrativa do rio Paraíba. Em termos do recurso hídrico, a área do
projeto se situa na cabeceira do rio Timbó, afluente da margem esquerda do rio Jaguaribe, contribuinte da margem direita do rio
Paraíba. Contudo, deve-se considerar que dada a natureza do empreendimento, os impactos ambientais prognosticáveis são
extensíveis a todo o município de João Pessoa, o qual compreende terras das bacias hidrográficas do rio Paraíba e do rio
Gramame. (CONAMA Nº 1/86; art.4)
As áreas de influência foram delimitadas considerando as características e vulnerabilidades dos ambientes naturais e das
realidades sociais regionais?
Sim. Dentro da atual tendência de estudos ambientais, as áreas de influências foram analisadas segundo conceitos
temáticos que pudessem produzir uma melhor avaliação dos impactos ambientais.

O EIA indicou existir maior número de impactos positivos ou negativos?

Ao contemplar 169 (100%) impactos ambientais. identificados ou previsíveis para a área de influência do empreendimento, dos
quais 98 (ou 57,99%) são de caráter benéfico, enquanto 71 (ou 42,01%) são de caráter adverso.
Quais impactos (positivos ou negativos) prevaleceram em cada meio (físico, biológico e socioeconômico)?
Prevalece os aspectos positivos no meio sociorconômico, dentre os impactos positivos prognosticados está a geração de emprego e
renda para a área de influência funcional do empreendimento (600 empregos diretos) e o melhoramento das relações econômicas
regionais; na área física e biológica; Por outro lado, a implantação do empreendimento representa alteração no meio ambiente
local com modificações na paisagem, no relevo, na cobertura geológica, na supressão da célula remanescente da Mata Atlântica, e
na circulação viária, tendo em vista que o empreendimento será um agente polarizador do tráfego de veículos na região.
O grupo considera que faltou(aram) algum(ns) impacto(s) a ser(em) identificado(s)?
Não.

Houve a subutilização ou desconsideração de dados dos “Diagnóstico Ambiental” para a identificação e previsão dos impactos?
Não.
Existe o predomínio de uma abordagem exaustiva ou de uma abordagem dirigida no Diagnóstico Ambiental? Citem exemplos, com
trechos do estudo, que demonstrem a ocorrência de uma ou das duas abordagens.
Não.
Quais componentes do meio físico, biológico e socioeconômico estão ausentes e que deveriam ter constado no Diagnóstico
Ambiental do EIA?
De acordo com as especificações demostradas na área de estudo sobre os fatores que constam no diagnóstico, analiso
como satisfatório os componentes demostrados em ambos os meios apresentados no estudo, visro a área escolhida para a
construção do empreendiemento já estar muito degradada.
Os impactos negativos foram minimizados ou subestimados em detrimento da supervalorização dos impactos positivos?

Sim. Embora se trate de uma área já bastante antropizada, para a implantação do empreendimento será necessária a remoção de
parte da vegetação existente em um fragmento de Mata Atlântica existente no setor centro-nordeste do terreno.

Qual(is) o(s) método(s) de avaliação de impactos identificado(s) no EIA?


A metodologia adotada neste Estudo Ambiental é o método da “Listagem Sequenciada de Causas e Efeitos” o qual foi desenvolvido
a partir da junção de três métodos amplamente divulgados nos estudos técnicos de Avaliação de Impactos Ambientais, que são os
métodos “ad Hoc”, Listagem de Controle ou “Check List” e Descritivo, Dote Sá (1990).

Foram propostas medidas mitigadoras que não são a solução para a mitigação de determinados impactos? Exemplifique.

É importante esclarecer que os resultados previstos na avaliação dos impactos ambientais do projeto do SHOPPING CENTER, não
foram incluídos as medidas mitigadoras e os planos de controle e monitoramento ambiental.

Foram indicadas obrigações ou impedimentos legais como propostas de medidas mitigadoras? Exemplifique.
Não.

O EIA apresenta a avaliação da eficiência das medidas propostas para a mitigação dos impactos?
Não. Apenas recomenda-se que sejam implementados os planos de ações de controle técnico e monitoramento ambiental durante
as fases de implantação e operação do empreendimento, devendo estes planos fazer parte do processo produtivo do
empreendimento garantindo assim a sua eficiência técnica e ambiental
Verifica-se a ausência de proposição de programa de monitoramento de algum ou alguns dos impactos previstos pelo EIA?
Exemplifique. Sim. Recomenda-se ainda que o órgão ambiental competente, SUDEMA, seja comunicado a respeito de
qualquer alteração nos projetos contemplados no estudo ambienta, ou seja, o empreendimento não possui equipe
responsável pelas monitoramento recomendado.
Nos “Programas de Monitoramento” foram indicados padrões de gestão (metas, periodicidade, responsabilidades)?

PROCEDIMENTOS GERAIS
Foi identificado o uso de instrumento (s) de campo para aquisição de dados?
Sim
Foi identificada a realização de análise (s) de laboratório?
Não.
Constam mapa(s) / imagens satélites contemplando os temas tratados no meio físico, biológico e socioeconômico?
Sim
A equipe fez uso de registros de fotografias terrestres/imagens de satélite/de drone no Diagnóstico Ambiental?
Sim.
Com relação ao levantamento de dados secundários, consta (m) citação (ões) de publicações (trabalhos acadêmicos, artigos
científicos, capítulos de livros, livros e outros) na “Bibliografia” do EIA, que tiveram como objeto de estudo áreas próximas ao local
do empreendimento analisado pelo EIA ou sobre casos similares no passado em outras localidades?
Sim.
Avaliar a quantidade e as formações dos profissionais integrantes da equipe elaboradora. As profissões atendem ao: Meio físico?
Meio Biológico? Meio Antrópico?
Sim. As formações profissionais atendem a cada estudo estabelecido no EIA.
O RIMA é apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão?
As informações estão em linguagem acessível e ilustradas (mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual), permitindo entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua
implementação?

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