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FCC 2012
484 Questões
por Assunto
Nível Médio
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SUMÁRIO
2 - VOZES VERBAIS
Mais brasileira, mais tradicional, mais poética, incomparavelmente, é a festa de Nossa Senhora da Glória. O
pequeno oiteiro da Glória, com a sua capelinha duas vezes secular, é um dos sítios mais aprazíveis, mais ingenuamente
pitorescos da cidade. As velhas casas da encosta cederam lugar a construções modernas. Entretanto a igrejinha tem tanto
caráter na sua simplicidade que ela só e mais uma meia dúzia de palmeiras bastam a guardar a fisionomia tradicional da
colina.
(Manuel Bandeira. Fragmento de Crônicas da Província do Brasil. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, v. único, 1993. p. 449)
05- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO)De fato, quanto mais alto se voa, mais baixa é
a temperatura. (3º parágrafo)
A relação lógica entre as duas afirmativas acima estabelece
noção de
(A) consequência.
(B) condição.
(C) finalidade.
(D) proporcionalidade.
(E) temporalidade.
06- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) A primeira vez que vi o mar eu não estava
sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar.
As frases acima estão articuladas com correção e clareza, em um único período, em:
(A) A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho, porquanto no meio de um bando enorme de meninos,
que tínhamos viajado para ver o mar.
(B) Nós tínhamos viajado para ver o mar mas, a primeira vez que eu o vi não estava sozinho: ao contrário, no
meio de um bando enorme de meninos.
(C) A primeira vez que vi o mar eu estava no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho, mas tinham
viajado para vê-lo.
(D) Eu não estava sozinho a primeira vez que vi o mar, mas no meio de um bando enorme de meninos que
tinham viajado para vê-lo.
(E) Quando vi pela primeira vez o mar, eu estava era no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho,
que tinham viajado para ver o mar.
As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, em:
(A) Ainda que esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica e o seu potencial elétrico
desenvolvido, com áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais,
assim se concilia os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.
(B) O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido, e com esforços no sentido de preservar a região
Amazônica, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à essa exploração, em áreas que devem ser
oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais.
(C) Para conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, deve ser
feito esforços no sentido de preservar a região Amazônica, com áreas de compensação aos efeitos dos impactos
ambientais, onde esse potencial elétrico deve ser desenvolvido.
(D) O potencial elétrico da região Amazônica, que deve ser desenvolvido com áreas oferecidas como
compensação aos efeitos dos impactos ambientais, e com esforços no sentido de preservar essa região, sendo
preciso conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico.
(E) É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, que
deve ser desenvolvido, ao lado de esforços no sentido de preservar a região, como, por exemplo, a oferta de
áreas que possam compensar os efeitos dos impactos ambientais.
09- (FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO) Muitos dos projetos sofreram modificações por causa das pressões
para atender às exigências ambientais.
Quanto ao sentido da frase, o segmento grifado exprime
(A) finalidade.
(B) condição.
(C) consequência.
(D) temporalidade.
(E) proporcionalidade.
10- (FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO) No entanto, não se pode esquecer de que preservar o que foi
conquistado é tão importante quanto conquistar algo
novo.
Mantendo-se a correção e a lógica, o elemento grifado pode ser substituído APENAS por:
(A) Visto que
(B) Ainda que
(C) Conquanto
(D) Embora
(E) Contudo
(D) A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche; entretanto, a motivação para esse
sucesso nada tinha de musical...
(E) A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, cuja motivação para esse sucesso nada
tinha de musical...
(E) Numa área que está coberta não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos
os principais rios do Amapá, criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreende o
noroeste do Amapá e pequena parte do Pará.
4- PONTUAÇÃO
03- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atente para as afirmações abaixo sobre a
pontuação empregada em segmentos transcritos do texto.
I. No casarão dos Vianna no Catumbi, que no fim do século XIX era um bucólico bairro carioca, o som do choro preenchia
todos os espaços.
A retirada simultânea das vírgulas manteria a correção e o sentido da frase.
II. O ano era 1865 e o garoto de 11 anos, Alfredo da Rocha Vianna Júnior, o Pixinguinha.
A vírgula colocada imediatamente depois de 11 anos indica a ausência do verbo era.
III. Fator fundamental para isso foi sua experiência nas diversas formações em que atuou: bandas, orquestras regionais e
conjuntos de choro e samba.
Os dois-pontos poderiam ser substituídos por uma vírgula, sem prejuízo para a correção e o sentido da frase.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
(D) Estudos deixam evidente, que muitas vezes, nos julgamos vítimas do acaso sem nos apercebermos de que
movidos por complexos sentimentos ocultos, como a culpa, inadvertidamente nós mesmos fabricamos aquelas
situações, que nos afligem.
(E) Estudos deixam evidente que, muitas vezes nos julgamos vítimas do acaso sem nos apercebermos, de que
movidos por complexos sentimentos ocultos como a culpa, inadvertidamente nós mesmos fabricamos, aquelas
situações que nos afligem.
05- (FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO) "É certo que essa transição ocorrerá e sairão na frente os países
que eliminarem essa visão obsoleta de que ambiente e desenvolvimento não podem conviver."
O emprego das aspas que isolam a afirmativa final do texto denota
(A) transcrição exata das palavras do economista citado.
(B) resumo esclarecedor do assunto desenvolvido.
(C) introdução de assunto até então alheio ao contexto.
(D) interrupção do pensamento anterior, indicando certa hesitação.
(E) enumeração de fatos pertinentes ao desenvolvimento textual.
'Detenho-me neste belíssimo verso: "As linhas do destino nas mãos a mão apagou". Como se não bastassem a
beleza e a profundidade do sentido desse verso, há nele a quinta-essência da construção linguístico-literária. Ao inverter a
ordem "natural" da frase (A mão apagou as linhas do destino nas mãos) e, consequentemente, mantê-la na voz ativa,
Caetano é certeiro: mostra com ênfase e sabedoria o que faz a "mão" (que aí é metáfora e metonímia da vida, da
passagem do tempo) com as linhas do destino que temos nas mãos.
(Pasquale Cipro Neto, Folha de S. Paulo, Cotidiano. 2/8/12)
(Adaptado de Otto Maria Carpeaux. Ensaios reunidos 1942-1978. Rio de Janeiro: UniverCidade e TopBooks,
v.1, 1999. p. 488-90)
5- REGÊNCIA
01- (FCC-2012-TCE-SP-AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) ... para que ela não interfira de forma
excessiva em seus projetos.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:
(A) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...
(B) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ...
(C) ... deixando-nos desarmados e atônitos ...
(D) ... de algo que está além de nossa compreensão ...
(E) ... ele o convoca constantemente.
06- (FCC-2012-MPE-RN-ANALISTA-SUPORTE TÉCNICO)... onde elas gozam de maior liberdade de escolha ...
A mesma relação entre verbo e complemento, grifados acima, está em:
(A) ... que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto de educação ou de discriminação.
(B) ... que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas.
(C) ... que lidem com pessoas ...
(D) ... e permanecem minoritárias na engenharia.
(E) ... as mulheres seriam mais felizes ...
6- CRASE
01- (FCC-2012-TJ-RJ-TÉCNICO JUDICIÁRIO-SEM ESPECIALIDADE)Diz o autor que ...... pelo menos cinco anos
vem contando os dias para sua aposentadoria (daqui ...... seis meses, segundo seus cálculos), ...... partir da qual
pensa em dedicar-se ..... jardinagem.
Completam adequadamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
(A) há - a - a - à
(B) a - há - a - à
(C) há - a - à - a
(D) a - há - à - à
(E) há - há - a - a
7- USO DE PRONOMES
02- (FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO) O termo grifado foi substituído por um pronome de modo
CORRETO em:
(A) preservar o que foi conquistado = preservar-lhe
(B) considerar a criatividade = lhe considerar
(C) apresentar soluções alternativas = apresentá-las
(D) perseguir um objetivo = perseguir-no
(E) dedicam boa parte de seu tempo = dedicam-no
8- COLOCAÇÃO PRONOMINAL
(D) 1. Não é apenas uma questão de somar os custos diretos dos socorros aos bancos ...
2. Não se tratam apenas dos custos diretos dos socorros aos bancos ...
(E) 1.Existe também uma série de vidas destruídas, casas perdidas ...
2. Existem também vidas destruídas, casas perdidas ...
10- ORTOGRAFIA
11-FLEXÃO VERBAL
04-. (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) ... o som do choro preenchia todos os espaços.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em:
(A) Não tardaria, entretanto, a revelar seu talento ...
(B) “O Brasil jamais produziu um músico popular dessa envergadura”...
(C) Fator fundamental para isso foi sua experiência nas diversas formações ...
(D) ... o 12o de 14 irmãos resignava-se a espiadelas pela porta entreaberta do quarto.
(E) ... atesta o maestro Caio Cezar.
Atenção: Para responder a questão de números 88, considere o segmento que inicia o 2º parágrafo.
Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX ...
01- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) O emprego dos tempos dos verbos
grifados acima indica, respectivamente,
(A) fato a se realizar no futuro e ação repetitiva no passado.
(B) situação presente e ação habitual também no presente.
(C) ação realizada no presente e situação passada, sob certa condição.
(D) fato habitual, repetitivo, e desejo de que uma ação se realize.
(E) tempo passado anterior a outro e ação contínua na época referida.
02- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto.
O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica tratar-se de ação
(A) posterior à época de que se fala.
(B) simultânea a outra ação ocorrida no passado.
(C) anterior a outra ação ocorrida no passado.
(D) habitual, ainda que não exercida no momento da fala.
(E) repetida ao longo de certo tempo no passado.
03- (FCC-2012-TCE-SP-AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) ... deve cuidar para que os impactos
ambientais sejam mitigados e compensados.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:
(A) Quando se tem em conta ...
(B) ... ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido.
(C) As questões que se contrapõem ...
(D) ... não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos.
(E) ... que podem ser feitos na direção de ...
04- (FCC-2012-TCE-SP-AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) ... o terror nos paralisaria e nada mais
faríamos a não ser pensar na iminência das catástrofes possíveis.
O emprego do tempo e modo dos verbos grifados acima indica, considerando-se o contexto,
(A) causa de uma ação que se propõe como não verdadeira, de difícil realização.
(B) prolongamento de um fato a se realizar até o momento em que se fala.
(C) fato que vem se realizando com limites temporais vagos ou imprecisos.
(D) realização de um fato, no presente ou no futuro, que depende de certa condição.
(E) certeza da realização de um fato em um futuro próximo, também previsto.
05- (FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO) ... que os benefícios de um sistema bancário vibrante e inovador
sejam cada vez mais difundidos ....
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:
(A) ... como as que afetaram uma grande parte do mundo ...
(B) ... mas acontecem mais frequentemente.
(C) ... e as crises se tornem mais raras.
(D) ... depois de não conseguirem encontrar um emprego ...
(E) Eles também facilitam a vida das pessoas.
08- (FCC-2012-METRO-SP-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO-JUNIOR)... faltam cinco ou dez anos para que isso
aconteça...
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e trabalhem com as próprias mãos.
(B) ... cirurgiões e pessoas que desejam limpar seu carpete.
(C) ... um robô precisa processar dados coletados...
(D) ... um movimento que pretende construir máquinas multifuncionais...
(E) ... mesmo tarefas simples requerem um grande conjunto de habilidades.
(E) A rentabilidade na produção de alimentos passou a ser fundamental para evitar escassez nas próximas
décadas.
Nosso espaço
Já somos mais de 6 bilhões, não contando o milhão e pouco que nasceu desde o começo desta frase. Se fosse um
planeta bem administrado isso não assustaria tanto. Mas é, além de tudo, um lugar mal frequentado. Temos a fertilidade
de coelhos e o caráter dos chacais, que, como se sabe, são animais sem qualquer espírito de solidariedade. As
megacidades, que um dia foram símbolos da felicidade bem distribuída que a ciência e a técnica nos trariam – um
helicóptero em cada garagem e caloria sintética para todos, segundo as projeções futuristas de anos atrás –, se
transformaram em representações da injustiça sem remédio, cidadelas de privilégio cercadas de miséria, uma réplica exata
do mundo feudal, só que com monóxido de carbono.
Nosso futuro é a aglomeração urbana e as sociedades se dividem entre as que se preparam – conscientemente
ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidadelas resistirão às hordas sem espaço. Os
jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque diminui a área para a expansão dos cotovelos.
Adeus advérbios de modo e frases longas, adeus frivolidades e divagações superficiais como esta. A tendência de tudo feito
pelo homem é a diminuição – dos telefones e computadores portáteis aos assentos na classe econômica. O próprio ser
humano trata de perder volume, não por razões estéticas ou de saúde, mas para poder caber no mundo.
(Adaptado de Luís Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)
02- (FCC-2012-TJ-RJ-TÉCNICO JUDICIÁRIO-SEM ESPECIALIDADE) ... ela só e mais uma dúzia de palmeiras
bastam a guardar a fisionomia tradicional da colina.
Iniciando o período acima por A fisionomia tradicional da colina, mantêm-se a correção, a lógica e, em linhas
gerais, o sentido original, em:
(A) com seu caráter simples, ainda que baste para a igrejinha e seu círculo de meia dúzia de palmeiras.
(B) basta que guarde o caráter de sua simplicidade, além de uma meia dúzia de palmeiras.
(C) basta simplesmente a ser guardada a igrejinha, em torno de uma meia dúzia de palmeiras.
(D) é suficientemente guardada pela simplicidade da igrejinha, bem como por uma meia dúzia de palmeiras.
(E) é simplesmente com o caráter de sua simplicidade, que só a igrejinha e mais uma meia dúzia de palmeiras
conseguem.
05- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Outra redação clara e correta para o 1o
parágrafo do texto, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, está em:
(A) Com a conclusão do último Fórum Mundial da Água que, na prática, não é lei nem tem obrigatoriedade, nem
mesmo assim, 140 países se comprometeram a aumentar o acesso à água potável, o tratamento de esgoto e
promover o uso inteligente da água.
(B) Sem a prática da lei, e sem obrigatoriedade, surgiu na conclusão do último Fórum Mundial da Água
comprometimento dos 140 países de aumentar a água potável, o tratamento de esgoto e à promover o uso
inteligente da água.
(C) Os 140 países que mesmo assim, na conclusão do último Fórum Mundial da Água se comprometeu à
aumentar o acesso à água potável, ao tratamento de esgoto e a promover o uso inteligente da água, não são
obrigados por lei a fazer isso.
(D) Na prática, a conclusão do último Fórum Mundial da Água não é lei, e não se tem nenhuma obrigatoriedade
no comprometimento dos 140 países que vai aumentar o acesso a água potável, ao tratamento de esgoto e
promover o uso inteligente da água.
(E) Na conclusão do último Fórum Mundial da Água, mesmo não havendo compromisso obrigatório de nenhum
deles, 140 países se dispuseram a aumentar o acesso à água potável, ao tratamento de esgoto e a promover o uso
inteligente da água.
II. Dizia-se que, quando estava de bom humor... / Obtinha sucesso considerável ...
Os verbos grifados acima estão flexionados nos mesmos tempo e modo.
III. Filho das classes artesãs − seus ancestrais eram tecelões e pedreiros − , ele adotou modas aristocráticas.
Os travessões podem ser substituídos por parênteses sem prejuízo para a correção e a lógica.
Considerando-se o contexto, uma redação alternativa para a frase acima em que se mantêm a correção e, em
linhas gerais, o sentido original é:
Creio que ele mereça crédito pessoal especial por sua iniciativa.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II.
02- "Esse anacronismo não corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia
global está iniciando a maior transição tecnológica desde a Revolução Industrial."
Considere as afirmativas feitas a partir do segmento transcrito acima. Está INCORRETO o que consta em:
(A) A expressão Esse anacronismo refere-se a uma visão atrasada, que opõe desenvolvimento e questões ambientais.
(B) O emprego da expressão pronominal nisso remete à atual realidade, que tenta conciliar questões
aparentemente
opostas.
(C) As expressões à realidade e nisso são complementos de mesmo tipo, exigidos pelos verbos a que elas estão
respectivamente ligadas.
(D) O segmento introduzido pela conjunção pois pode ser entendido como explicação ou causa da afirmativa
anterior.
(E) O emprego da forma verbal iniciando exprime na frase ideia de continuidade da ação.
(FCC-2012-METRO-SP-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO-JUNIOR)
Atenção: A questão de número 3 refere-se ao texto abaixo.
Wolfgang Amadè Mozart, como ele costumava escrever seu nome, era um homem baixo, com um rosto comum
marcado pela varíola, cujo traço mais marcante era um par de olhos azul-cinzentos profundos. Dizia-se que, quando
estava de bom humor, era caloroso. Mas com frequência dava a impressão de não estar inteiramente presente, como se
sua mente estivesse concentrada em algum evento invisível.
Ele nasceu no arcebispado de Salzburgo em 1756 e morreu na capital imperial de Viena em 1791. Era um ser
totalmente urbano que jamais teve muito a dizer sobre os encantos da natureza. Filho das classes artesãs − seus
ancestrais eram tecelões e pedreiros − -, ele adotou modas aristocráticas. Era fisicamente agitado, espirituoso e obsceno.
Obtinha sucesso considerável, embora soubesse que merecia mais.
Quando criança, Mozart foi anunciado em Londres como “prodígio” e “gênio”. Elogios desse tipo, por mais
justificados que sejam, cobram seu preço na humildade de um homem. Mozart, ele mesmo admitia, podia ser tão
“orgulhoso quanto um pavão”. A presunção leva com facilidade à paranoia, e Mozart não estava imune.
Certa época, em Viena, agarrou-se à ideia de que Antonio Salieri, o mestre de capela imperial, estava tramando
contra ele. A despeito da existência ou não dessas intrigas, Mozart não estava acima da politicagem. A jocosidade era o
que o salvava. Seu correspondente nos tempos modernos talvez seja George Gershwin, que era encantador e apaixonado
por si mesmo em igual medida.
As atuais tentativas de encontrar uma camada melancólica na psicologia de Mozart não foram convincentes. Em
sua correspondência, uma ou duas vezes ele exibe sintomas depressivos − aludindo a seus pensamentos negros,
descrevendo sensações de frieza e vacuidade − , mas o contexto das cartas é fundamental: no primeiro caso, ele está
implorando por dinheiro e, no segundo, está dizendo à esposa como sente falta dela. Dos sete filhos de Leopold e Maria
Anna Mozart, Wolfgang foi um dos dois que sobreviveram à primeira infância; apenas dois de seus próprios filhos viveram
até a idade adulta. Contra esse pano de fundo, Mozart parece, na verdade, infatigavelmente otimista.
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 93-95)
Nosso espaço
Já somos mais de 6 bilhões, não contando o milhão e pouco que nasceu desde o começo desta frase. Se fosse um
planeta bem administrado isso não assustaria tanto. Mas é, além de tudo, um lugar mal frequentado. Temos a fertilidade
de coelhos e o caráter dos chacais, que, como se sabe, são animais sem qualquer espírito de solidariedade. As
megacidades, que um dia foram símbolos da felicidade bem distribuída que a ciência e a técnica nos trariam – um
helicóptero em cada garagem e caloria sintética para todos, segundo as projeções futuristas de anos atrás –, se
transformaram em representações da injustiça sem remédio, cidadelas de privilégio cercadas de miséria, uma réplica exata
do mundo feudal, só que com monóxido de carbono.
Nosso futuro é a aglomeração urbana e as sociedades se dividem entre as que se preparam – conscientemente
ou não – para um mundo desigual e apertado e as que confiam que as cidadelas resistirão às hordas sem espaço. Os
jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque diminui a área para a expansão dos cotovelos.
Adeus advérbios de modo e frases longas, adeus frivolidades e divagações superficiais como esta. A tendência de tudo feito
pelo homem é a diminuição – dos telefones e computadores portáteis aos assentos na classe econômica. O próprio ser
humano trata de perder volume, não por razões estéticas ou de saúde, mas para poder caber no mundo.
(Adaptado de Luís Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)
III. Em adeus frivolidades e divagações superficiais como esta, o cronista mostra-se um crítico implacável do novo
estilo a que os escritores deverão submeter- se.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, apenas.
Fomos uma geração de bons meninos. E acreditem: em boa parte por causa dos heróis dos quadrinhos. Éramos
viciados em gibis. Nosso ideal do bem e mesmo a prática do bem podem ser creditados ao Batman & Cia. tanto quanto ao
medo do inferno, aos valores da família e aos ensinamentos da escola. Os heróis eram o exemplo máximo de bravura,
doação pessoal e virtude.
Gibis abasteciam de ética o vasto campo da fantasia infantil, sem cobrar pela lição. Não era só por exigência da
família, da escola ou da religião que os meninos tinham de ser retos e bons; eles queriam ser retos e bons – como os
heróis.Viviam o bem na imaginação, porque o bem era a condição do herói. A lei e a ordem eram a regra dentro da qual
transitavam os heróis. Eles eram o lado certo que combatia o lado errado.
Atualmente não sei. Parei de ler gibis, só pego um ou outro da seção nostalgia. Nos anos de 1970 e 80 ainda
surgiram heróis interessantes, mas alguns parecem cheios de rancor, como o Wolverine, ou vítimas confusas sem noção de
bem e mal, como o Hulk, ou exilados freudianos, como o belo Surfista Prateado, ou presas possíveis da vaidade, como o
Homem- Aranha. Complicou-se a simplicidade do bem. Na televisão, os heróis urram, gritam, destroem, torturam, tão
estridentes quanto os arqui-inimigos maléficos. Não são simples, e retos, e fortes, e afinados com seus dons, como os heróis
clássicos; são complexos, e dramáticos, e ambíguos, como ficou o mundo.
(Fragmento de Ivan Angelo. Meninos e gibis. Certos homens. Porto Alegre: Arquipélago, 2011. p.147-9)
Rio de Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em lojas
espalhadas pela vizinhança.
O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quando foi proibida a importação de escravos. Logo foi
apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa
Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos
desapareceu como se nunca tivesse existido.
Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua
história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução
uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias
enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As
ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a
Praça Mauá.
O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios
negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais
repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do
mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana.
(Ricardo Westin. Veja, 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações)
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
12-. (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Na prática, não é lei, e não há nenhuma
obrigatoriedade.
O sentido do segmento grifado acima reaparece no texto, com outras palavras, em:
(A) ... aumentar o acesso à água potável ...
(B) ... promover o uso inteligente da água ...
(C) ... não têm caráter vinculante.
(D) ... não é o foco do trabalho ...
(E) O Brasil possui 12% da água doce do planeta ...
A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para a expansão da
imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos
comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos,
capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível.
Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis
pela distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de
jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento.
Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século
XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais
distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores
das folhas.
*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa.
(Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)
14- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Surgiam as Marionis e outras tantas marcas
de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia
sido possível.
O segmento transcrito acima refere-se, implicitamente,
(A) à presença de uma imprensa livre, atraente para seus leitores.
(B) aos comentários críticos publicados nos jornais da época.
(C) ao poder de divulgação de fatos recentes conferido aos jornais.
(D) ao desenvolvimento industrial que possibilitava avanços nessa época.
(E) aos recursos financeiros dos jornalistas no início do século XX.
15- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Apesar de sua péssima fama ...
A observação inicial do parágrafo indica
(A) opinião que confirma o que vem sendo exposto desde o início do texto.
(B) hipótese que introduz uma afirmativa que não poderá se realizar.
(C) ideia oposta à que vai ser expressa, contrariando uma possível expectativa.
(D) conclusão das ideias contidas em todo o desenvolvimento textual.
(E) retificação de um engano cometido no parágrafo anterior.
Em 1903, um autor francês estava convencido de que a história de Ícaro não era uma lenda, mas sim o relato de
uma experiência autêntica de voo. O cuidado com que Dédalo dispôs as penas, rígidas na base, soltas nas extremidades, e
o fato de ter decolado do alto de uma colina lhe pareceram provas de uma profunda reflexão. Mas o poeta latino Ovídio
cometeu um erro ao afirmar que a cera se derreteu ao se aproximar do sol. De fato, quanto mais alto se voa, mais baixa é
a temperatura. Portanto, é necessário procurar outra causa para o acidente.
Passaram-se os anos e chegamos ao avião, que para os homens-pássaros foi uma decepção. Encontrou-se o que
não se procurava. Viajar dentro de uma caixa voadora não corresponde ao que o homem quis durante milênios, nem ao
ideal que contribuiu para animá-lo no seu inconsciente e nos seus sonhos.
(Xaropin Sotto. Céu Azul, n. 36. São Paulo: Grupo Editorial Spagat. p. 62-65, com adaptações)
No casarão dos Vianna no Catumbi, que no fim do século XIX era um bucólico bairro carioca, o som do choro
preenchia todos os espaços. Quem comandava o sarau era o patriarca, um flautista amador. Ainda pequeno para se juntar
ao grupo instalado na sala, o 12º de 14 irmãos resignava-se a espiadelas pela porta entreaberta do quarto. Não tardaria,
entretanto, a revelar seu talento e conquistar o direito de fazer parte da foto em que toda a família aparece junta, cada
qual com seu instrumento. O ano era 1865 e o garoto de 11 anos, Alfredo da Rocha Vianna Júnior, o Pixinguinha. Na
imagem desbotada, ele empunha um cavaquinho. Pouco depois viria a flauta de prata presenteada pelo pai, as aulas de
música e os convites para tocar nas festas de família. O raro domínio técnico como intérprete, o talento para compor e
arranjar e a permeabilidade às novas sonoridades acabaram por fazer de Pixinguinha um artista inigualável. “O Brasil
jamais produziu um músico popular dessa envergadura”, atesta o maestro Caio Cezar. Ele divide com o neto de
Pixinguinha, Marcelo Vianna, a direção musical da exposição que o Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília apresenta
de terça 13 de março a 6 de maio – Pixinguinha. Para a produtora Lu Araújo, curadora da exposição e coordenadora do
Prof. Antônio Carlos Alves 38 FCC 2012 - Exercícios nível médio
Língua Portuguesa FCC 2012 Por assunto Prof. Antônio Carlos Alves
livro Pixinguinha – O gênio e seu tempo, de André Diniz, a ser lançado na mostra, o músico “uniu o saber das notas
musicais à riqueza da cultura popular. Pixinguinha incorporou elementos brasileiros às técnicas de orquestração. Fator
fundamental para isso foi sua experiência nas diversas formações em que atuou:bandas, orquestras regionais e conjuntos
de choro e samba”. E acrescenta: “As orquestras dos teatros de revista também foram fundamentais para a formação dele
como arranjador”.
(Fragmento adaptado de Ana Ferraz, O mago do Catumbi, CartaCapital, 14 de março de 2012, n. 688. p. 52-
4)
20- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO)Afirmações como uniu o saber das notas
musicais à riqueza da cultura popular e incorporou elementos brasileiros às técnicas de orquestração apontam para a
mistura operada por Pixinguinha entre
(A) a aptidão e a destreza.
(B) a destreza e o romântico.
(C) a aptidão e o popular.
(D) o clássico e o romântico.
(E) o erudito e o popular.
24- (FCC-2012- BB - TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) De repente houve um grito: o mar! Era
qualquer coisa de largo, de inesperado.
Mantendo-se o sentido da frase, o elemento grifado acima poderia ser substituído por:
(A) Oportunamente
(B) De modo rápido
(C) Logo
(D) Tempestivamente
(E) Subitamente
26- (FCC-2012-TCE-SP-AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Mas isso não tem de ser assim. (3o
parágrafo)
O pronome grifado acima refere-se, considerado o contexto,
(A) às dificuldades que impedem a expansão da hidreletricidade no Brasil.
(B) aos múltiplos interesses contrários à manutenção da biodiversidade da região amazônica.
(C) aos vetores de desenvolvimento regional, com geração de empregos.
(D) à impossibilidade de aliar construção de hidrelétricas e preservação da Amazônia.
(E) a uma possível preferência por fontes alternativas de geração de eletricidade.
Tememos o acaso. Ele irrompe de forma inesperada e imprevisível em nossa vida, expondo nossa impotência
contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo que trabalhosamente penamos para organizar e construir. Seu
caráter aleatório e gratuito rompe com as leis de causa e efeito com as quais procuramos lidar com a realidade, deixando-
nos desarmados e atônitos frente à emergência de algo que está além de nossa compreensão, que evidencia uma
desordem contra a qual não temos recursos. O acaso deixa à mostra a assustadora falta de sentido que jaz no fundo das
coisas e que tentamos camuflar, revestindo-a com nossas certezas e objetivos, com nossa apreensão lógica do mundo.
Procuramos estratégias para lidar com essa dimensão da realidade que nos inquieta e desestabiliza. Alguns, sem
negar sua existência, planejam suas vidas, torcendo para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos.
Outros, mais infantis e supersticiosos, tentam esconjurá-la, usando fórmulas mágicas. Os mais religiosos simplesmente não
acreditam no acaso, pois creem que tudo o que acontece em suas vidas decorre diretamente da vontade de um deus.
Aquilo que alguns considerariam como a manifestação do acaso, para eles são provações que esse deus lhes envia para
testar-lhes sua fé e obediência.
São defesas necessárias para continuarmos a viver. Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos
incontroláveis que podem transformar nossas vidas de modo radical e irreversível estivesse permanentemente presente em
nossas mentes, o terror nos paralisaria e nada mais faríamos a não ser pensar na iminência das catástrofes possíveis.
Entretanto, tem um tipo de homem que age de forma diversa. Ao invés de fugir do acaso, ele o convoca
constantemente. É o viciado em jogos de azar. O jogador invoca e provoca o acaso, desafiando-o em suas apostas, numa
tentativa de dominá-lo, de curválo, de vencê-lo. E também de aprisioná-lo. É como se, paradoxalmente, o jogador temesse
tanto a presença do acaso nos demais recantos da vida, que pretendesse prendê-lo, restringi-lo, confiná-lo à cena do jogo,
acreditando que dessa forma o controla e anula seu poder.
(Trecho de artigo de Sérgio Telles. O Estado de S. Paulo, 26 de novembro de 2011, D12, C2+música)
31- (FCC-2012-TCE-SP-AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) ... rompe com as leis de causa e efeito com
as quais procuramos lidar com a realidade ... (1o parágrafo)
Há relação de causa e efeito no desenvolvimento do texto entre as situações que aparecem em:
(A) a inquietação decorrente da possibilidade de surgirem situações inesperadas e o planejamento racional das
atividades diárias, levado a efeito por certas pessoas. (2o parágrafo)
(B) a presença inesperada do acaso em nossas vidas e a objetividade que deve levar à compreensão de sua
ocorrência. (1o parágrafo)
(C) a constatação da ocorrência usual de fatos aleatórios e a exposição das pessoas a essas forças desconhecidas.
(1o parágrafo)
(D) a percepção da falta de sentido das coisas e a tentativa de entender o mundo de maneira lógica e objetiva. (1o
parágrafo)
(E) o medo de acontecimentos imprevistos na vida cotidiana e a constatação de que grandes catástrofes sempre
podem ocorrer. (3o parágrafo)
soluções para o equilíbrio entre crescimento populacional e preservação de recursos, a natureza manda suas mensagens
de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa Arca de Noé, mas ela tem limites.
(Filipe Vilicic, com reportagem de Alexandre Salvador. Veja, 2 de novembro de 2011. p.130-132, com adaptações)
(FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO)
Atenção: As questões de números 36 a 38 referem-se ao texto abaixo.
Crises bancárias como as que afetaram uma grande parte do mundo, desacelerando o crescimento econômico
global, congelando as finanças e obstruindo o comércio internacional, felizmente são raras. Para a maioria dos países
ricos, a crise de 2008 foi a maior desde a Grande Depressão, que começou em 1929. Crises bancárias menores, como as
que atingiram separadamente Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão e Suécia, duas ou três décadas atrás, são menos
prejudiciais à economia mundial, mas acontecem mais frequentemente.
É difícil estimar os custos de tais crises, mas, no final das contas, a mais recente está fadada a ser considerada a
mais cara. Não é apenas uma questão de somar os custos diretos dos socorros aos bancos ou a transferência da dívida
dos balanços privados para o Estado. Existe também uma série de vidas destruídas, casas perdidas e trabalhadores cujas
habilidades e confiança são extintas depois de não conseguirem encontrar um emprego por um longo período.
Os bancos, no entanto, ajudam a produzir crescimento e riqueza. Eles também facilitam a vida das pessoas. Os
reguladores e seus membros têm de garantir que os benefícios de um sistema bancário vibrante e inovador sejam cada vez
mais difundidos e as crises se tornem mais raras.
(CartaCapital, 25 de maio de 2011, The Economist, trad. Ed Sêda e Suzi Katsumata, p. 57, adaptado)
(FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO)
Atenção: A questão de número 39 refere-se ao texto abaixo.
As dificuldades para conciliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental travam as grandes obras de
infraestrutura. Casos emblemáticos são a usina hidrelétrica de Belo Monte, o projeto de exploração do pré-sal e portos em
São Paulo, Rio e Bahia, além do Rodoanel. Muitos dos projetos sofreram modificações por causa das pressões para atender
às exigências ambientais. Ainda assim, ONGs e o Ministério Público questionam as obras por causa de seus grandes
impactos.
Na avaliação do economista Sergio Besserman Vianna, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), a visão que opõe desenvolvimento e questões ambientais é atrasada. "Esse anacronismo não
corresponde mais à realidade. Quem continuar apostando nisso vai errar, pois a economia global está iniciando a maior
transição tecnológica desde a Revolução Industrial." Segundo ele, a economia ancorada no desenvolvimento a qualquer
custo e nos combustíveis fósseis está no começo de seu declínio, e será substituída por uma economia de baixo carbono e
baseada na manutenção dos recursos naturais. "É certo que essa transição ocorrerá e sairão na frente os países que
eliminarem essa visão obsoleta de que ambiente e desenvolvimento não podem conviver."
Prof. Antônio Carlos Alves 44 FCC 2012 - Exercícios nível médio
Língua Portuguesa FCC 2012 Por assunto Prof. Antônio Carlos Alves
(Afra Balazina e Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, Vida, A24, 20 de fevereiro de 2011, com adaptações)
(FCC-2012-BANESE-TÉCNICO BANCÁRIO)
Atenção: As questões de números 40 e 41 referem-se ao texto abaixo.
Agir como um caçador incansável é fundamental para perseguir um objetivo e alcançá-lo. No entanto, não se pode
esquecer de que preservar o que foi conquistado é tão importante quanto conquistar algo novo.
Na vida selvagem, os tigres dedicam boa parte de seu tempo e energia à defesa de seu território. Como as
tentativas de invasão são frequentes, a competição é permanente e impiedosa. O tigre precisa ser melhor que seus rivais.
O mundo corporativo espelha o mundo natural. Para se destacar e ser “dono” de um território é imprescindível
que o profissional supere os concorrentes. Para isso, ter criatividade na hora de resolver problemas e “faro” para identificar
oportunidades faz toda a diferença para a carreira e para o sucesso dos negócios.
Na “empresa” da selva, os tigres são criativos porque isso lhes traz vantagens competitivas e eles usam sua
criatividade para transpor obstáculos. Uma caçada é uma sequência de problemas, ora conhecidos, ora inesperados. Em
ambos os casos, o tigre terá de ser criativo.
Na minha visão, criatividade no mundo profissional deveria ter justamente essa definição: a capacidade de
apresentar soluções alternativas para problemas conhecidos e soluções inovadoras para novos problemas.
É claro que essa qualidade não se restringe aos artistas ou ao pessoal do marketing. Da mesma forma, é engano
considerar a criatividade como um talento nato. A criatividade é uma competência que deve ser exigida de qualquer
profissional e que qualquer pessoa pode desenvolver.
Quem tem o olho de tigre está sempre atento. Mais ainda, essas pessoas não se referem a “problemas” e sim a
“desafios”. Todo processo pode ser aperfeiçoado, em qualquer área ou divisão de uma empresa. Às vezes, esse
aprimoramento vem da forma menos esperada e da maneira mais simples. Ser criativo não significa ser complexo. Muitas
vezes, na simplicidade está a melhor solução.
(Adaptado de Renato Grinberg. Olho de tigre. São Paulo, Gente, 2011, p. 85-9)
(C) intenção.
(D) trapaça.
(E) idoneidade.
(C) desobstrução.
(D) desembaraço.
(E) engenhosidade.
Segundo seus próprios critérios, a conservação ambiental está fracassando. A biodiversidade da Terra segue em
rápido declínio. Continuamos a perder florestas na África, Ásia e América Latina. Há tão poucos tigres e macacos selvagens
que, muito em breve, se as tendências atuais se mantiverem, esses animais estarão extintos. Perdemos mais lugares do que
salvamos. Ironicamente, a conservação está sendo nocauteada na luta para proteger a natureza, a despeito de vencer uma
de suas batalhas mais duramente travadas − o embate pela criação de parques e áreas selvagens. Ao mesmo tempo em
que espécies e lugares selvagens desaparecem em um ritmo crescente, o número de áreas protegidas ao redor do mundo
cresce de maneira impressionante. No mundo todo, países delimitam áreas em que o desenvolvimento humano é restrito,
na tentativa de preservá-las.
Sob a invocação do valor espiritual e transcendental da natureza intocada, existe um argumento em defesa do uso
das paisagens para certos fins e não para outros. Trilhas para caminhadas, em vez de estradas; estações científicas, em
vez de madeireiras; hotéis, em vez de lares. Ao removermos comunidades instaladas há muito tempo e as substituirmos
por hotéis, extirparmos espécies indesejadas e estimularmos a presença de outras mais desejáveis, perfurarmos poços para
regar a floresta e impormos o manejo de fogo que combina controle e incêndios planejados, criamos parques que não são
muito diferentes da Disneylândia.
(B) a crítica à ausência de controle das atuais áreas selvagens de preservação dos ecossistemas, que têm se
mostrado
bastante fragilizados e sob risco de extinção.
(C) a atuação dos adeptos do movimento conservacionista, que continuam lutando pela preservação da natureza
e de seus recursos, apesar da mudança ocorrida nos valores defendidos por esse movimento.
(D) a defesa dos ecologistas que lutam pela conservação da natureza, tendo em vista a fragilidade que esta tem
demonstrado atualmente, com a rápida extinção da biodiversidade em vários lugares do mundo.
(E) o posicionamento dos autores contra o excesso de preocupação com a criação de áreas de proteção da
natureza, em detrimento das condições de vida de pessoas que vivem nessas áreas.
Somos seres tribais que dividem o mundo em dois grupos: o "nosso" e o "deles". Nos últimos 40 anos surgiu vasta
literatura científica para explicar por que razão somos tão tribais. Que fatores em nosso passado evolutivo condicionaram
a necessidade de armar coligações que não encontram justificativa na civilização moderna?
Seres humanos são capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no reino animal, porque
viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. Agrupar-se foi a necessidade mais premente para escapar de
predadores, obter alimentos e construir abrigos seguros para criar os filhos.
A própria complexidade do cérebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta às solicitações da vida
comunitária. Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas vezes significou destruir outros. Quando grupos
antagônicos competem por território e bens materiais, a habilidade para formar coalizões confere vantagens logísticas
capazes de assegurar maior probabilidade de sobrevivência aos descendentes dos vencedores.
A contrapartida do altruísmo em relação aos "nossos" é a crueldade dirigida contra os "outros". Na violência
intergrupal do passado remoto estão fincadas as raízes dos preconceitos atuais. Para nos defendermos, criamos fronteiras
que agrupam alguns e separam outros em obediência a critérios de cor da pele, religião, nacionalidade, convicções políticas
e até times de futebol. Demarcada a linha divisória entre "nós" e "eles", discriminamos os que estão do lado de lá. Às
vezes, com violência.
(Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptações)
(B) A colaboração mútua que caracteriza a vida comunitária, desde os tempos primitivos, foi a garantia de
sobrevivência da espécie humana.
(C) O envolvimento do homem primitivo em guerras tribais pela conquista de territórios e de bens materiais
garantiu sua sobrevivência.
(D) A adaptação da espécie humana à vida em sociedade se fez em razão da tomada de territórios conquistados
às tribos rivais.
(E) Os descendentes de tribos vencedoras nas disputas por territórios foram os responsáveis pelo surgimento de
normas que organizaram a vida social.
(FCC-2012-METRO-SP-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO-JUNIOR)
Atenção: As questões de números 163 a 164 referem-se ao texto abaixo.
Os robôs têm se mostrado ferramentas valiosas para soldados, cirurgiões e pessoas que desejam limpar seu
carpete. Mas, em cada caso, eles são projetados e construídos especificamente para uma tarefa. Agora existe um
movimento que pretende construir máquinas multifuncionais - robôs que naveguem mudando de ambientes como
escritórios ou salas de estar e trabalhem com as próprias mãos. É claro que robôs multiuso não são uma ideia nova. “Faz
cerca de 50 anos que faltam cinco ou dez anos para que isso aconteça”, ironiza Eric Berger, codiretor do Programa de
Robótica Pessoal da Willow Garage, empresa iniciante do Vale do Silício. A demora deve-se em parte ao fato de que
mesmo tarefas simples requerem um grande conjunto de habilidades. Para que busque uma caneca, por exemplo, um robô
precisa processar dados coletados por uma série de sensores - scanners a laser que identificam possíveis obstáculos,
câmeras que procuram o alvo, resposta de sensores de força nos dedos para segurar a caneca, e muito mais. Mas Berger
e outros especialistas estão confiantes em relação a um progresso real que possa ser obtido na próxima década.
(Adaptado de Gretory Mone. O robô faz-tudo. Scientific American Brasil. Ano 8, n. 92, 01/2010, p.39)
(FCC-2012-METRO-SP-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO-JUNIOR)
Atenção: A questão de número 165 refere-se ao texto abaixo.
Quando alguém ouve que existem tantas espécies de plantas no mundo, a primeira reação poderia ser:
certamente, com todas essas espécies silvestres na Terra, qualquer área com um clima favorável deve ter tido espécies em
número mais do que suficiente para fornecer muitos candidatos ao desenvolvimento agrícola.
Mas então verificamos que a grande maioria das plantas selvagens não é adequada por motivos óbvios: elas
servem apenas como madeira, não produzem frutas comestíveis e suas folhas e raízes também não servem como
alimento. Das 200.000 espécies de plantas selvagens, somente alguns milhares são comidos por humanos e apenas
algumas centenas dessas são mais ou menos domesticadas. Dessas várias centenas de culturas, a maioria fornece
suplementos secundários para nossa dieta e não teriam sido suficientes para sustentar o surgimento de civilizações. Apenas
uma dúzia de espécies representa mais de 80% do total mundial anual de todas as culturas no mundo moderno. Essas
exceções são os cereais trigo, milho, arroz, cevada e sorgo; o legume soja; as raízes e os tubérculos batata, mandioca e
batata-doce; fontes de açúcar como a cana-de-açúcar e a beterraba; e a fruta banana. Somente os cultivos de cereais
respondem atualmente por mais da metade das calorias consumidas pelas populações humanas do mundo. Com tão
poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás, é menos surpreendente que muitas áreas no
mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande potencial. Nossa incapacidade de domesticar uma única planta
nova que produza alimento nos tempos modernos sugere que os antigos podem ter explorado praticamente todas as
plantas selvagens aproveitáveis e domesticado aquelas que valiam a pena.
(Fragmento adaptado de Jared Diamond. Armas, germes e aço. 6a ed. Rio de Janeiro, Record, 2005, p.132-3)
(FCC-2012-METRO-SP-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO-JUNIOR)
Atenção: As questões de números 166 e 167 refere-se ao texto abaixo.
Wolfgang Amadè Mozart, como ele costumava escrever seu nome, era um homem baixo, com um rosto comum
marcado pela varíola, cujo traço mais marcante era um par de olhos azul-cinzentos profundos. Dizia-se que, quando
estava de bom humor, era caloroso. Mas com frequência dava a impressão de não estar inteiramente presente, como se
sua mente estivesse concentrada em algum evento invisível.
Ele nasceu no arcebispado de Salzburgo em 1756 e morreu na capital imperial de Viena em 1791. Era um ser
totalmente urbano que jamais teve muito a dizer sobre os encantos da natureza. Filho das classes artesãs − seus
ancestrais eram tecelões e pedreiros − -, ele adotou modas aristocráticas. Era fisicamente agitado, espirituoso e obsceno.
Obtinha sucesso considerável, embora soubesse que merecia mais.
Quando criança, Mozart foi anunciado em Londres como “prodígio” e “gênio”. Elogios desse tipo, por mais
justificados que sejam, cobram seu preço na humildade de um homem. Mozart, ele mesmo admitia, podia ser tão
“orgulhoso quanto um pavão”. A presunção leva com facilidade à paranoia, e Mozart não estava imune.
Certa época, em Viena, agarrou-se à ideia de que Antonio Salieri, o mestre de capela imperial, estava tramando
contra ele. A despeito da existência ou não dessas intrigas, Mozart não estava acima da politicagem. A jocosidade era o
que o salvava. Seu correspondente nos tempos modernos talvez seja George Gershwin, que era encantador e apaixonado
por si mesmo em igual medida.
As atuais tentativas de encontrar uma camada melancólica na psicologia de Mozart não foram convincentes. Em
sua correspondência, uma ou duas vezes ele exibe sintomas depressivos − aludindo a seus pensamentos negros,
descrevendo sensações de frieza e vacuidade − , mas o contexto das cartas é fundamental: no primeiro caso, ele está
implorando por dinheiro e, no segundo, está dizendo à esposa como sente falta dela. Dos sete filhos de Leopold e Maria
Anna Mozart, Wolfgang foi um dos dois que sobreviveram à primeira infância; apenas dois de seus próprios filhos viveram
até a idade adulta. Contra esse pano de fundo, Mozart parece, na verdade, infatigavelmente otimista.
Prof. Antônio Carlos Alves 51 FCC 2012 - Exercícios nível médio
Língua Portuguesa FCC 2012 Por assunto Prof. Antônio Carlos Alves
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2011, p. 93-95)
Indicado como presidente da Câmara de Comércio em 1908, Winston Churchill foi uma figura líder no amplo
programa de reformas sociais do governo liberal. Em 1909, ele introduziu as “Câmaras de profissões”, organizações
estatutárias que estabeleciam salários mínimos nas indústrias-chave.
Churchill apoiou fortemente a introdução da Lei reguladora das minas de carvão, de 1908, que se tornou
conhecida como “Lei das oito horas”, porque limitava o tempo que os mineiros permaneciam abaixo da superfície. Em
1908, também apresentou a Corte permanente de arbitragem - que muito mais tarde se tornaria o Serviço consultivo de
conciliação e arbitragem - para cuidar das reivindicações dos sindicatos profissionais.
Quando foi nomeado ministro do Tesouro, em 1924, Churchill continuou sua política de reformas sociais. Neville
Chamberlain, secretário da Saúde, foi responsável por ampliar a abrangência da previdência social, com a introdução da
Lei das viúvas, órfãos e da velhice. Churchill estava ansioso por colaborar com Chamberlain na implantação desse
esquema, de modo que ele próprio o anunciou no orçamento de 1925. Chamberlain escreveu em 1o de maio em seu
diário: “A exposição do orçamento de Winston foi um desempenho de mestre, e, embora o meu escritório e alguns de
meus colegas estejam indignados por ele tomar para si mesmo o crédito de um esquema que pertence ao Ministério da
Saúde, eu mesmo não pensei que tivesse qualquer razão para me queixar. Em certo sentido, é o seu esquema. Nós
estávamos empenhados em algo do gênero, mas não acredito que o fizéssemos este ano se ele não o tivesse encampado
no orçamento. Na minha opinião, ele merece crédito pessoal especial por sua iniciativa”.
(Nigel Knight. Churchill desmascarado. Trad. Constantino Kauzmin-Korovaeff. São Paulo: Ed. Larousse do
Brasil, p. 32-33)
60- (FCC-2012-MPE-PE-ANALISTA MINISTERIAL-APOIO ESPECIALIZADO)Segundo o texto,
(A) o objetivo da Lei reguladora das minas de carvão era o de restringir a carga horária dos trabalhadores dentro
das minas.
(B) Churchill esforçou-se para apoiar a Lei das viúvas, órfãos e da velhice por razões exclusivamente eleitoreiras.
(C) pressionado pelas reivindicações dos sindicatos profissionais, Churchill decidiu ampliar as reformas sociais no país.
(D) Churchill recebeu punição severa por tomar para si mesmo o crédito de um esquema do Ministério da Saúde.
(E) responsável por ampliar a abrangência da previdência social, Churchill atraiu para si fortes inimizades políticas.
(FCC-2012-MPE-RN-ANALISTA-SUPORTE TÉCNICO)
Atenção: As questões de números 170 a 172 referem-se ao texto abaixo.
Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder público tomar medidas
para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma situação de total isonomia entre os gêneros, como
parecem querer os discursos dos políticos.
Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto de educação ou
de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não foi, porém, o que ocorreu, como mostra Susan
Pinker, em "The Sexual Paradox". Para ela, não se pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas.
Elas se materializam estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por
profissões e regimes de trabalho.
Embora não tenham sido detectadas, por exemplo, diferenças cognitivas que as tornem piores em ciências e
matemática, mulheres, quando podem, preferem abraçar profissões que lidem com pessoas (em oposição a objetos e
sistemas). Hoje, nos Estados Unidos, elas dominam a medicina e permanecem minoritárias na engenharia.
Em países hiperdesenvolvidos, como Suécia e Dinamarca, onde elas gozam de maior liberdade de escolha, a
proporção de engenheiras é menor do que na Turquia ou na Bulgária, nações em que elas às vezes são obrigadas a
exercer ofícios que não os de seus sonhos. Só quem chegou perto do 50-50 foi a URSS, e isso porque ali eram as
profissões que escolhiam as pessoas, e não o contrário.
Mulheres também não se prendem tanto à carreira. Trocam um posto de comando para ficar mais tempo com a
família. Assim sacrificam trajetórias promissoras em favor de horários flexíveis. É esse desejo, mais que a discriminação,
que explica a persistente diferença salarial entre os gêneros em nações desenvolvidas.
Para Pinker, as mulheres seriam mais felizes se reconhecessem as diferenças biológicas e não perseguissem tanto
uma isonomia impossível.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, A2 opinião, 10 de março de 2012)
63- (FCC-2012-MPE-RN-ANALISTA-SUPORTE TÉCNICO) Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo)
O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,
(A) as diferenças de comportamento entre homens e mulheres.
(B) os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres.
(C) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres.
(D) o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho.
(E) o cálculo estatístico quanto às preferências femininas por determinadas profissões.
(FCC-2012-SEPLAG-PM-MG-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)
Atenção: Use o texto abaixo para responder às questões de números 173 a 176.
Depois de subir uma serra que parecia elevar-se do caos, o taubateano Antônio Dias de Oliveira se deparou com
uma vista inebriante: uma sequência de morros enrugados, separados por precipícios e vales. No fundo desses grotões,
corriam córregos de água transparente. O mais volumoso deles era o Tripuí. Foi nele que Antônio Dias encontrou um ouro
tão escuro que foi chamado de ouro preto. A região, que ficaria conhecida como Ouro Preto, tinha uma formação geológica
rara. Portugal tinha enfim seu Eldorado. O ouro era encontrado nas margens e nos leitos dos rios, e até à flor da terra.
Já em 1697, el-rei pôde sentir em suas mãos o metal precioso do Brasil. Naquele ano, doze navios vindos do Rio
de Janeiro aportaram em Lisboa. Além do tradicional açúcar, traziam ouro em barra. A presença do metal na frota vinda
do Brasil era tão inusitada que espiões franceses pensaram que o ouro era proveniente do Peru. Mas logo todos saberiam
da novidade e o mundo voltaria seus olhos para o Brasil.
Como só havia dois caminhos que levavam às lavras, o trânsito de ambos se intensificou. Os estrangeiros que
chegavam por Salvador ou Recife se embolavam às massas vindas do Nordeste. Juntos, desciam às minas acompanhando
o rio São Francisco até o ponto em que este se encontra com o rio das Velhas, já em território mineiro. Os portugueses que
desembarcavam no Rio de Janeiro seguiam o fluxo dos moradores da cidade. Em Guaratinguetá, portugueses e fluminenses
agregavam-se às multidões vindas do Sul e de São Paulo e, unidos, subiam o chamado Caminho Geral do Sertão, que
terminava nas minas.
Foi dessa forma desordenada e no meio do sertão bruto que pela primeira vez o Brasil se encontrou.
(Adaptado de: Lucas Figueiredo. Boa Ventura!. Rio de Janeiro, Record, 2011, pp. 120; 131; 135)
(C) incentivadas pela promessa de enriquecimento, no século XVII pessoas de diversas regiões do Brasil e de fora
do país se dirigiram para Minas Gerais.
(D) Antônio Dias experimentou um enorme prestígio na corte portuguesa ao se tornar o primeiro homem a
deparar com as densas serras mineiras.
(FCC-2012-SEPLAG-PM-MG-ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)
Atenção: Use o texto abaixo para responder às questões de números 177 a 179.
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
[...]
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
[...]
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Prof. Antônio Carlos Alves 55 FCC 2012 - Exercícios nível médio
Língua Portuguesa FCC 2012 Por assunto Prof. Antônio Carlos Alves
Observando-se a variedade linguística de que se vale o falante do trecho acima, percebe-se uso de
(A) linguagem marcada por construções sintáticas complexas e inapropriadas para o contexto, responsáveis por
truncar a comunicação e dificultar o entendimento.
(B) linguagem formal, utilizada pelas pessoas que dominam o nível culto da linguagem, sendo, portanto, adequada à
situação em que o falante se encontra.
(C) gírias e interjeições, como ixe e aguado, prioritariamente utilizadas entre os jovens, sendo, assim,
incompatíveis com a situação em que o falante se encontra.
(D) coloquialismos e linguagem informal, como mecê e tá, apropriados para a situação de informalidade em que o
falante se encontra.
Em 2007 e 2008, e novamente em 2010 e 2011, mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos
desencadearam fortes altas nos preços. Isso deve ser compreendido como uma resposta a, digamos, um aumento na
demanda de China e Índia. Mas, como apontou Shenggen Fan, do International Food Policy Research Institute (IFPRI), esses
gigantes não importam muitos alimentos. Ao contrário, os preços dispararam em resposta a fatores temporários, como a
queda do dólar, o embargo às exportações e os surtos de compras motivados pelo pânico.
Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos para produzir mais, o que torna mais fácil a tarefa de
alimentar o mundo. Mas eles também impõem custos aos consumidores, aumentando a pobreza e o descontentamento.
Se modas passageiras como as barreiras comerciais podem quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em
quatro anos, imagine o que um tropeço nos esforços para aumentar a produtividade pode causar. Considerando as tensões
e as ramificações políticas dos alimentos, os esforços para alimentar 9 bilhões de pessoas vão acentuar conflitos
geopolíticos e acelerar mudanças que já estão ocorrendo de qualquer forma.
(Tradução de Ed. Sêda do “The Economist”. CartaCapital, 23 de março de 2011, p. 56, com adaptações)
Após décadas de trabalho pela conservação ambiental, por que a Amazônia ainda enfrenta ameaças?
Poderíamos alegar que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto
um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. Mas não é assim tão fácil. Existem uma
mudança e evolução constantes nos fatores que levam a esse resultado. As soluções para essas questões mutáveis também
precisam ser constantemente adaptadas. Os problemas atuais não são os mesmos de uma ou duas décadas atrás. Então
os desafios para a conservação também estão sempre se transformando. Por trás da destruição e da degradação
ambiental da Amazônia está uma série de problemas de ordem política, social e econômica.
As atividades dos seres humanos interferem cada vez mais na Amazônia. As forças de mercado, a pressão
populacional e o avanço da infraestrutura causam impactos em grandes áreas da floresta. À medida que se intensificam as
pressões sobre a região, fica mais claro que o preço a ser pago por nossa interferência na mata não é apenas a perda da
biodiversidade e do hábitat, mas também a perda da qualidade de vida para nós, humanos.
O desenvolvimento econômico, em muitos casos, é sobreposto a outras preocupações com o meio ambiente. Com
isso, a meta de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e
economicamente sustentável vem sendo deixada de lado. Alguns programas de iniciativa dos governos, tanto federal
quanto estaduais, se voltam para um desenvolvimento constante e, muitas vezes, acabam incentivando direta ou
indiretamente o desmatamento em favor da pecuária, da produção de soja, da exploração de recursos minerais. Essas
atividades econômicas são importantes, mas ampliam a demanda por recursos naturais, que são sempre limitados.
(E) a indefinição de medidas destinadas, prioritariamente, para a preservação dos recursos naturais em toda a
região amazônica.
GABARITO
1- PERÍODO SIMPLES
(CLASSES GRAMATICAIS)
01 - D 11 - A 02 - A
02 - C 12 - C 03 - B
03 - A 04 - D
04 - C 5- Regência
05 - A 01 - B 12- CORRELAÇÃO DE
06 - A 02 - D TEMPOS VERBAIS
03 - B 01 - E
2 - VOZES VERBAIS 04 - B 02 - C
01 - B 05 - D 03 - B
02 - E 06 - C 04 - D
03 - A 07 - D 05 - C
04 - A 06 - E
05 - B 6- CRASE 07 - D
06 - E 01 - A 08 - A
07 - B 02- A 09 - D
03 - A 10 - E
3 - PERÍODOS 04 - C 11 - D
COMPOSTOS (REGÊNCIA 05 - D 12 - B
ANTES DE PRONOME 06 - B 13 - E
RELATIVO)
01 - C 7- USO DE PRONOMES 13- REESCRITURA DE
02 - D 01 - C FRASES
03 - B 02 - C 01 - E
04 - B 03 - A 02 - D
05 - D 03 - C
06-D 8- COLOCAÇÃO 04 - A
07 - E PRONOMINAL 05 - E
08 - E 01 - C 06 - C
09 - C 02 - E 07 - B
10 - E 03 - C 08 - D
11 - E 09 - C
12 - D 09- CONCORDÂNCIA
13 - E VERBAL 14- QUESTÕES MISTAS
14 - B 01 - E 01 - D
15 - B 02 - A 02 - B
16 - A 03 - B 03 - C
17 - A 04 - E
18 - C 05 - E 15- INTERPRETAÇÃO DE
19 - A 06 - E TEXTOS
20 - E 07 - A 01 - B
21 - D 08 - D 02 - A
09 - E 03 - C
4- PONTUAÇÃO 10 - E 04- B
01 - D 11 - E 05 - C
02 - B 12- A 06 - E
03 - B 13 - B 07 - E
04 - C 08 - D
05 - A 10- ORTOGRAFIA 09 - C
06 - C 01 - C 10 - E
07 - D 02 - C 11 - A
08 - E 12 - C
09 - E 11-FLEXÃO VERBAL 13 - A
10 - E 01 - A 14 - D
Prof. Antônio Carlos Alves 61 FCC 2012 - Exercícios nível médio
Língua Portuguesa FCC 2012 Por assunto Prof. Antônio Carlos Alves
15 - C 38 - A 61 - C
16 - B 39 - D 62 - D
17 - D 40 - A 63 - B
18 - A 41 - A 64 - C
19 - B 42 - B 65 - A
20 - E 43 - B 66 - D
21 - A 44 - C 67 - B
22 - B 45 - D 68 - D
23 - D 46 - A 69 - A
24 - E 47 - C 70 - C
25 - C 48 - A 71 - D
26 - D 49 - E 72 - B
27 - C 50 - E 73 - C
28 - B 51 - E 74 - B
29 - D 52 - B 75 - A
30 - C 53 - D 76 - A
31 - A 54 - B 77 - D
32 - A 55 - D
33 - E 56 - C 16- REDAÇÃO OFICIAL
34 - B 57 - B 01 - D
35 - D 58 - A
36 - B 59 - C
37 - B 60 - A