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MANDELLI, Pedro. Muito Além da Hierarquia. 8. ed. Editora Gente. São Paulo,
2007.
Estrutura do livro:
Parte 1 – Cenário de mudanças;
Parte 2 – Como não ser gerido pela equipe;
Parte 3 – Como gerir sua equipe;
Parte 4 – O trabalho com os pares;
Parte 5 – Formulando sua receita;
Parte 6 – Gerindo a si próprio.
Parte 1 –
Capítulo I – Entendendo as forças da natureza
Estrutura organizacional
A esperança das pessoas residia no tamanho da estrutura, que por isso não
era mudada sob pena de causar grande impacto motivacional no meio e nas
bases da pirâmide empresarial.
Arranjo físico
Ao ser promovido a gerente, o profissional passava a ter direito a uma sala com
características especificas de tamanho, luminosidade e privacidade. As
pessoas sentiam-se donas de áreas da empresa e construíam o que atualmente
consideramos “feudos organizacionais”.
Instrumentos de gestão
Pouco claros e precisos que obrigava os níveis mais altos da hierarquia a
buscar informações com os gestores intermediários. Dominar a informação
significava ter poder, e não havia, portanto, nenhum interesse em apromorar os
instrumentos de gestão. Era através desse descontrole sob domínio que o meio
da pirâmide garantia acesso ao topo.
Ritual de gerenciamento
Os níveis hierárquicos mais baixos “lêem” como os gestores trabalham e se
adaptam a essa forma, conquistando com isso a sua zona de conforto.
Entendemos como zona de conforto o espaço no qual o proibido e o permitido
estão claramente definidos.
Tecnologia instalada
Ajudar a dominar a tecnologia instalada na empresa garantia poder,
principalmente quando participou da instalação desta.
Qualidade hoje, pode ser considerada como o mínimo obrigatório, ou seja, não
é diferencial competitivo, mas, se faltar, é restritiva de mercado.
Por isso, iniciaram-se os movimentos de redução dos níveis hierárquicos e de
terceirização, agora da gerência intermediária, isso já na segunda metade da
década. Todos os processos foram redesenhados e houve uma enorme busca
por melhores práticas e padrões de desempenho para reconstruir o modelo de
gestão e produção.
Capitulo II
Profissional que trabalha com foco na tarefa, está numa zona de conforto,
esquivando-se da gestão por resultados. Quando indagado sobre desempenho
e contribuição de seu trabalho, somente faz queixas e traz dificuldades,
deixando implícito que a culpa é da empresa.
Na década de 1980, a literatura que mais vendia era dos livros técnicos,
porque se entendia que o Brasil precisava disto na época, já na década de
1990, foram os livros sobre gerência. Podemos dizer que os cargos de gerência
foram ocupados por técnicos se habilidade para desenvolver atividades
interpessoais, muito menos para empreender sob condições de risco. Então
surgiram técnicas para a solução de problemas e a condução de reuniões,
cursos na área comportamental e de análise transacional e, finalmente, cursos
de gerência de pessoas.
Grande parte dos gestores acredita que formar pessoas não é sua atribuição.
Espera que a área de recursos humanos faça isso. Eles não são preparados e
pensam que formar é adestrar.
Paternalismo e Motivação
Capitulo III
Dois fatores são fundamentais para quem tem o objetivo de se tornar um gestor
pronto para os novos tempos da economia globalizada:
Consciência do cenário enfrentado Autodiagnóstico claro e preciso das
pelas empresas. próprias falhas e capacidades
profissionais.
Essa empresa não existe e se existe não precisa de gerentes, pois não tem
dificuldades a vencer.
A empresa é o único lugar onde você é pago para pôr em prática o que já sabe e
fazer experiências, errar para aprender. As organizações são um laboratório de
formação profissional.
Temos que estar preparados para obter resultados com os problemas apesar
das dificuldades.
Gestor “Zorro”.
São técnicos que foram promovidos a gestores na área em que estão. Eles não
são gestores, apenas viraram chefes. Em geral, sabem mais do que a equipe e,
por isso, sentem-se provedores de solução para tudo.
Ficha de Auto-avaliação:
É uma espécie de técnico-chefe, mas não tem essa garra toda para atuar.
Para ele gerenciar é conseguir que o trabalho seja feito pelos outros.
Sua equipe existe porque você não conseguiria fazer tudo sozinho. Então a
função do grupo é ajudá-lo. E para isso, precisam estar em constante
crescimento e desenvolvimento.
Lembre-se: um gerente fraco com uma equipe forte é forte. Um gerente forte
com uma equipe fraca é fraco. E um gerente fraco com uma equipe fraca não é
nada.
Conformismo
Falta de coragem
Falta de Comprometimento
Aversão ao Conflito
Falta de Confianç a
Falta de Confiança
Um time com alta confiança é mais vulnerável, pois todos sabem suas
fraquezas, porém criam um senso de compromisso mutuo que elimina
possíveis conseqüências negativas. O líder deve sair na frente, mostrando-se
vulnerável e conquistando o espaço de confiança dos liderados. Pessoas em
times com altos níveis de confiança, se comportam desta maneira:
Pedem ajuda;
Aceitam sugestões de pessoas externas às suas áreas de atuação;
Admitem fraquezas e erros;
Fornecem o benefício da dúvida antes de chegarem a conclusões
negativas sobre os participantes;
Focam energia nos assuntos importantes e não em politicagem interna;
Cumprem as expectativas uns dos outros e avisam com antecedência
quando percebem que não conseguirão cumpri-las;
Apreciam mutuamente as experiências compartilhadas no grupo e
gostam de estar juntos;
Demonstram preocupação com os outros e correm riscos por eles
oferecendo ajuda e feedback;
Conhecem a vida pessoal uns dos outros e sentem-se à vontade em
discutir assuntos dessa área.
Receio de Conflitar
Falta de Comprometimento
Um time que enxerga resultado coletivo demonstra isso através das seguintes
atitudes:
Denuncia e minimiza atitudes individualistas;
Aproveita o sucesso e sofre agudamente com as falhas;
Consegue reter funcionários orientados a resultados coletivos;
Possui indivíduos que subordinam interesses individuais aos coletivos;
Os integrantes são lentos em buscar créditos por suas contribuições
pessoais, mas rápidos ao apontar contribuições de outros;
Fala-se mais do time do que dos indivíduos (mais “nós” e menos “eu).
Quatro grupos:
Capacidade
De Trabalho
+ Acomodados Comunidades
reinvidicadores
+
-
-
Capacidade de
Aprendizagem
1º. Sociedade dos amigos de bairro: não o ajuda em nada mas tem um ótimo
relacionamento entre seus integrantes. Semelhantes aos habitantes. São muito
articulados fora da empresa por sua rede de relações e interesses (são
parentes uns dos outros, casados com colegas, etc.)
2º. Mercenário: relações pouco intensas, o trabalho é individualmente intenso,
mas só ajudam mediante troca. Quem provoca isso é o gerente, pois no
momento da admissão a pessoa chega com emoção, porém se mal gerenciado,
em dois ou três meses o funcionário sente-se sem reciprocidade: “estou
ganhando aquele salário para fazer tudo isso?!”
3º. Independentes: não são orientados pelo relacionamento nem pela ajuda
mútua. Não se comportam como grupo. Dentro do grupo existem vários
comportamentos. As equipes são frias, a emoção geralmente está colocada em
outras dimensões da vida e não no trabalho.
4º. Competitivos competentes: alto nível de relacionamento e alto nível de
ajuda baseada na troca, desde que não seja financeira. Está situada entre as
equipes entre as que trabalham muito e aprendem muito.
Capacidade de
trabalho
+ Sociedade de Competitivos competentes
amigos de bairro
Independentes Mercenários
+
-
-
Capacidade de
Aprendizagem
+
-
-
Futuro
Talentos: prontos para tudo o que virá, mas ainda vacilam no que está
acontecendo agora.
Estrela: está preparado tanto para o que existe hoje como para o que virá no
futuro.
Nós-cegos: não estão preparados nem para o momento presente, nem para o
que virá no futuro e precisam de treinamento intensivo.
Matriz Múltipla
Segundo Paul Evans, do Insead, uma das maiores business schools do mundo:
Humor;
Amor;
Significado
Primeiramente, conceituando:
Processo :
É algo que transforma uma coisa em outra. Espera-se que a segunda coisa
seja maior que a primeira, ou seja, o processo deve agregar valor à
organização.
Aquilo que entra no processo é chamado de Insumo.
O que é gerado no processo é chamado de Produto.
O produto portanto, deve ser algo tangível, mesmo que se trate de serviços.
Medidores de Desempenho
Contextualize a empresa
Se seu processo for do 01, busque as melhores práticas no mercado e use para
melhorar seu processo. Faça benchmark e lembre-se: sempre haverá
melhores. É fundamental buscar o estado da arte se for do processo 02 e se
for do 03, busque no mercado uma empresa que faça o mesmo trabalho e
faça melhor.
Se souber qual é a situação atual pode decidir uma projeção dos resultados
que deseja atingir. Essa é a combinação da eficiência com a eficácia ou
efetividade.
Dos 70% restantes do grupo, formam dois grupos distintos, os 35% positivos,
dependem de bons exemplos, ao verem que os 15% estão indo bem, tendem a
segui-los. Como em uma maratona, muitos competidores do grupo do meio,
não ouvem o tiro de largada, começam a correr ao verem os participantes da
frente começar a correr.
O grande problema de um processo de mudança é os outros 35%, que estão
em cima do muro. Estes, ficam o tempo todo avaliando se aderir à nova
dinâmica é algo que lhes convém, são muito afetados pelos 15% negativos da
curva, que ficam o tempo todo minando os 35% indecisos.
Essa curva representa o comportamento esperado do grupo, individualmente
porem, cada um tem motivos para aderir ou não.
O importante é nunca fazer julgamentos pessoais neste processo. Muitas
surpresas positivas e negativas acontecem e precisamos estar preparados
para lidar com elas, pois os prejulgamentos só dificulta a acomodação da
equipe e você pode desperdiçar talentos.
Há muita diferença entre um atleta que corre 100 metros e um fundista, mas os
dois podem ser valiosos numa mesma equipe. Como líder você dá o tiro de
partida e põe o pessoal para correr e paga para ver. O gestor deve acreditar
que as pessoas buscarão a alta performance de maneira genuína. Mas ele tem
que saber lidar com aqueles que, ao longo do caminho, não alcançaram a nova
velocidade.
Inspirando a visão:
É o trabalho mais árduo do gestor e deve ser feito a todo momento. É preciso
transpirar para inspirar, às vezes é necessário falar 10 vezes a mesma coisa
para as mesmas pessoas. Tenha muita paciência, tanto faz se a sua equipe tem
5 ou 500 pessoas: esse é o trabalho de inspirar.
Servindo de modelo
Caso os efeitos esperados ainda não tenham acontecido, é hora de usar com
aquela média de 15% mais resistentes a confrontação. Vale apenas um alerta:
a confrontação deve ser precedida de vários retornos individuais sobre
performance abaixo do necessário.
Deve ser o ultimo recurso, pois se não tiver alinhamento de postura, você deve
tomar medidas mais drásticas aos resistentes.
Exemplo:
Construção Liderada
Deve ser bastante detalhado, contendo exemplos de frases utilizadas por que
apresenta e quem não apresenta o comportamento.
Quanto mais aberto o grupo estiver, mais aberta deverá ser a sessão, do
contrário, recomenda-se duplas, ou trios.
Em seguida, cada participante deverá escolher outro participante para ser o seu
coach; que deve ser uma pessoa do seu convívio diário e que terá autorização
para orientá-lo nas posturas que deverão ser corrigidas.
Construção Coletiva
Todos tem que se comprometer por inteiro com o plano, senão cai a zero a
credibilidade dele.
Humor e Autonomia
O trabalho em grupo deve ser estimulado pelo gestor. Que se tiver que indicar
alguém para participara de grupo, não pode permitir que saiam comentários
negativos após as reuniões. Este gestor deve sempre perguntar o que
aprenderam, quais os pontos positivos e estimular o conhecimento dos
integrantes para preservar a atuação do grupo.
Medidas preliminares:
Conheça todos os integrantes do grupo: suas experiências, expectativas,
habilidades, etc.
Definam o senso de urgência e o senso de direção, como vai se organizar, em
que tempo e para fazer o quê. Não deve buscar resultados logo no inicio,
precisam se conhecer, saber o que cada um é, o que cada um faz. Não adianta
correr. E devem ser estabelecidas algumas regras de comportamento. Não
comece o trabalho sem que essas regras estejam definidas. As pessoas que
integram a equipe multidisciplinar devem conviver bastante. E isso é sério.. a
equipe é temporária, mas isso não quer dizer que devam ser estranhos.
É preciso criar sociabilidade, ou seja, as pessoas precisam se ver sem
gravata, se olhar um para outro e pensar: “Caramba” o Fulano é normal!
Fulana é legal!”. Quando não há sociabilidade é baixo o nível de solidariedade.
Quando alguma coisa feita deu certo, tem que comemorar.
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