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SUMÁRIO
1.OBJETIVO: Fazer a reposição de sangue e/ou componentes sanguíneos conforme a necessidade terapêutica dos
pacientes.
2.APLICAÇÃO: Aos pacientes internados e ambulatoriais com prescrição médica de hemocomponente.
3.RESPONSABILIDADE: Enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem.
4.MATERIAIS: Termômetro clínico, esfigmomanômetro, estetoscópio, gaze, álcool à 70%, bandeja com
hemocomponente (concentrado de glóbulos ou hemácias, plasma, plaquetas ou crioprecipitado) equipo específico
para infusão de hemocomponente ou filtro leucodepletor, luvas de procedimento, maleta/caixa apropriada para
transporte, seringa com solução fisiológica, fita adesiva, tubo seco e tubo roxo (com EDTA), material de coleta de
sangue.
DESCRIÇÃO
AÇÕES AGENTES REFERÊNCIAS
Verifique na prescrição médica qual hemocomponente Enfermeiro, técnico ou
1 Prescrição médica
e volume (unidades) a ser administrado. auxiliar de enfermagem
Cartilha COREN: 10 passos
2 Certifique que o paciente concordou com a transfusão. para segurança do
paciente- passo 5
Verifique no impresso de solicitação do
hemocomponente, se está preenchido corretamente os
3 Portaria MS nº 1353
dados do paciente e certifique-se quanto ao tempo
programado para início da transfusão.
Colete amostra de sangue suficiente para um tubo seco POP Coleta de sangue
9
e um tubo roxo (com EDTA). NR 32
PGRSS
27 Retire e descarte as luvas e higienize as mãos. POP “Higienização das
mãos”
Leve o hemocomponente em uma bandeja ao quarto Enfermeiro
28
do paciente. Médico
Oriente o procedimento ao paciente e forneça
29
informações sobre possíveis reações transfusionais.
POP “Higienização das
30 Higienize as mãos.
mãos”
31 Calce as luvas de procedimento. NR 32
Realize a assepsia com gaze e álcool a 70% no
32 conector do dispositivo venoso e instale a bolsa. A via
deve ser exclusiva.
Verifique o tempo de infusão e controle o gotejamento Observações do presente
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correspondente. POP
PGRSS
34 Retire e descarte as luvas e higienize as mãos. POP “Higienização das
mãos”
Permaneça os 15 primeiros minutos ao lado do
Ficha de Registro de
paciente após a instalação observando possíveis sinais
35 Transfusão
de reação transfusional. Verifique os sinais vitais e
anote na Ficha de registros de transfusão.
Enfermeiro, médico, Cartilha COREN: 10 passos
Observe o paciente a cada 30 ou 45 minutos durante a
36 técnico ou auxiliar de para a segurança do
transfusão.
enfermagem paciente
Ao término da infusão, com o uso de luvas de POP – permeabilização de
37 procedimento, permeabilize o acesso venoso com acesso venoso
solução fisiológica. NR32
Após a infusão, descarte a bolsa de sangue com
equipo, em saco para resíduo infectante (branco) ou PGRSS
38
recipientes que evitem vazamentos/rupturas e estejam NR32
identificados para este fim.
PGRSS
39 Retire e descarte as luvas e higienize as mãos. POP “Higienização das
mãos”
POPs - verificação de PA,
Ao término da transfusão, verifique os sinais vitais e
40 pulso, T e FR
anote na Ficha de registros de transfusão.
Avaliação Mitigação
RISCOS: (G;P) (nºpasso)
Assistenciais:
-Troca de bolsa (dados de identificação da bolsa não correspondente ao paciente). (4;1) 1,2,5,7-9,12,16-18
-Falha de algum registro na etiqueta de identificação da bolsa. (4;1) 17,18
-Reação transfusional. (4;2) 18,21,29, 35,36,42
Ocupacionais:
-Acidente do profissional de saúde por contato direto com hemocomponente. (4;2) 24,31,37
-Acidente com perfuro-cortante. (4;2) 9
Ambientais:
-Descarte inadequado dos resíduos. (4;1) 38
Legais:
-Falha na obtenção e registro de consentimento do paciente ou representante, para (4;2) 2
a realização da transfusão.
-Falha no registro dos passos realizados no procedimento e de intercorrências. (3;2) 1,3,5,14,15,23,35,40,42
-Ações cíveis indenizatórias, decorrentes de falhas na realização do procedimento. (4;1) 1-42
Financeiros:
-Custo adicional com tratamento ou aumento do tempo de internação devido a (4;2) 18,21,29, 35,36,40,42
reação transfusional.
-Custo adicional com tratamento ou aumento do tempo de internação devido a falha (4;1) 1-42
na realização do procedimento.
*Gravidade (G): 1 a 4 e a Probabilidade (P): 1 a 4
OBSERVAÇÕES
Os tipos de infusão são:
Programada: com dia e hora marcada, em geral cirurgias, transfusões ambulatoriais ou procedimentos (ex:aférese).
Rotina: transfusão de atendimento em até 24h.
Urgência: transfusão de atendimento em até 3 h da solicitação à Agência Transfusional.
Emergência: transfusão de atendimento imediato (deve ser acompanhado da ficha de co-responsabilidade, em que o
médico assume os riscos de reações adversas transfusionais futuras, que possam decorrer desta).
O tempo de infusão deve ser especificado em prescrição médica.
Recomenda-se que a transfusão seja preferencialmente realizada durante o período diurno.
Tempo de infusão dos hemocomponentes:
Plaquetas – infusão rápida (máximo 30 minutos).
Crioprecipitado – infusão rápida.
Plasma - de 40 min à 1 hora, respeitando o tempo máximo de 4 h.
Concentrado de glóbulos ou hemáceas – de 1 a 2horas, respeitando o tempo máximo de 4h.
Caso a bolsa ultrapassar o período de 4h de infusão, interromper a infusão, anotar e comunicar o médico sobre
o volume infundido e o volume desprezado.
Recomenda-se que o hemocomponente seja administrado em via exclusiva, desta forma, garantir uma nova
via para ser exclusiva, ou suspender a administração de soroterapia, medicamentos ou NPT.
Em caso de acesso periférico, PREFERENCIALMENTE, puncionar veia calibrosa com dispositivo compatível
com a finalidade e idade do paciente.
Hospital São Paulo
SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina
Hospital Universitário da UNIFESP
A infusão poderá ser feita em conjunto com SF 0,9% em alguns casos específicos.
A bolsa de hemocomponente deve ser instalada assim que chega no setor. Nunca aquecer o
hemocomponente na unidade de internação.
Nunca permanecer com a bolsa do hemocomponente na Unidade ou deixar em geladeira. A geladeira para
armazenamento de hemocomponentes deve ser exclusiva e com controle rigoroso de temperatura.
Caso o início da infusão não aconteça dentro de 30 minutos devolver a (s) bolsa(s) à Agência Transfusional.
As plaquetas devem permanecer em agitação contínua enquanto não forem infundidas no paciente.
A capacidade de filtragem do leucodepletor deve ser respeitada: 1 unidade de concentrado de glóbulos
vermelhos e 6 unidades de plaquetas, observando a orientação do fabricante.
O hemocomponente deve ser administrado em equipo específico com filtro padrão. O filtro leucodepletor
deverá ser utilizado quando houver indicação médica.
Nunca infundir a bolsa sob pressão mecânica (Exemplo: apertar com as mãos, com o manguito do
esfigmomanômetro, etc).
Para infusão em pacientes de transplante de medula óssea, observar Tabela de Hemotransfusão ABO
(doador/receptor), lembrando que entre doador/receptor pode não haver o mesmo isotipo sangüíneo.
No caso do hemocomponente ser filtrado na Agência Transfusional não há necessidade do uso de filtro de
leucócitos à beira do leito.
Quando o hemocomponente for administrado em cateter central, administrar 20 mL de SF 0,9% em bolus
antes e depois da infusão para a lavagem do cateter.
Caso o paciente apresente febre antes de iniciar a transfusão, cabe ao médico a liberação da transfusão ou
não.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
1. Nettina SM. Práticas de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.
2. Smeltzer SCO, Bare BG. Bruner & Suddarth Tratado de Enfermagem médico-cirúrgico. 10ª Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005. vol. 1, pag. 978-87.
3. http://www.anvisa.gov.br/sangue/hemovigilancia/boletim_hemo_2009.pdf
4. http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/10_passos_seguranca_paciente.pdf
5. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes.pdf
6. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC 153 - Ministério da Saúde. 14 de junho de 2004.
7. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre
o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder
Executivo, de 10 de dezembro de 2004.
8. Portaria MS nº 1.353,de 13 de junho de 2011.
9. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Guia para o uso de hemocomponentes. Brasilia: Editora do
Ministério da Saúde. 2010.
10. Guia para a hemovigilância no Brasil: Marco conceitual e operacional da hemovigilância-2015
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/fed3d60047aa99f09eca9f917d786298/Guia+Hemovigilancia+Marco+conceitu
al_Anvisa2015.pdf?MOD=AJPERES
11. Instrução Normativa da ANVISA nº 1, de 17 de março de 2015
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=40&data=18/03/2015