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A Escola de Frankfurt PDF
A Escola de Frankfurt PDF
2013
© Centro Universitário de Patos de Minas
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Resumo: Este artigo analisa parte da obra do filósofo Adorno, especialmente o livro Indústria
Cultural e Sociedade. Membro da Escola de Frankfurt, Theodor W. Adorno busca apontar al-
guns aspectos negativos do Iluminismo e do progresso técnico, aspectos estes que seriam fun-
damentais para o nascimento de uma grande indústria, a Indústria Cultural. A Indústria Cultu-
ral fomenta e propicia a formação de conflitos sociais, leva a uma estilização da cultura, a uma
dominação de classes sobre classes e a uma coisificação do outro, em que o homem perde sua
identidade de sujeito e passa a ser um mero objeto que produz para essa Indústria Cultural e
que também vem a consumir os produtos criados por ela.
Abstract: This paper analyzes the work of the German philosopher Theodor Adorno, especially
his book Culture Industry and Society. Member of the School of Frankfurt, Theodor W. Adorno
seeks to point some negative aspects of the Enlightenment and of the technical progress, as-
pects that would be fundamental for the creation of a great industry, the culture industry. The
culture industry promotes and propitiates the formation of social conflicts, leads to a cultural
stylization, to a dominion of classes over classes and to the reification of the other, in which
man loses his subject identity and becomes a mere object that produces to this culture indus-
try and consumes the products created by it.
Keywords: School of Frankfurt; culture industry; Theodor W. Adorno
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1. Introdução
Ao mapear a Filosofia do século XX, torna-se mais que necessário falar sobre a
Escola de Frankfurt, que foi uma instituição alemã ligada à Filosofia e à pesquisa social.
Dentro da Filosofia produzida por esta Escola encontra-se a de Theodor Adorno.
Adorno é um dos principais filósofos do século XX, e é sobre ele que este artigo
tratará e, mais especificamente, sobre sua obra Indústria Cultural e Sociedade. Para abor-
dar a referida obra, é necessário primeiro perpassar pela criação da Escola de Frankfurt
e pela biografia de Theodor Adorno, para que o leitor possa compreender melhor o que
o filósofo alemão sistematizou em sua obra.
Perpassando por consultas web gráficas e bibliográficas, tencionamos apresen-
tar o contexto da criação da Escola de Frankfurt, a biografia básica de Theodor W.
Adorno e algumas nuances propriamente do livro Indústria Cultural e Sociedade. Con-
cluímos que os reais efeitos da Indústria Cultural são profundamente negativos para a
cultura e consequentemente para a sociedade contemporânea.
2. A Escola de Frankfurt
2. Theodor Adorno
Durante a juventude, Adorno estudou música com sua meia irmã, e cursou sua
educação básica no Kaiser-Wilhelm-Gynasium, onde se tornou notório como estudan-
te. Em suas tardes de sábado, Adorno estudava a Filosofia de Kant com seu amigo Sie-
gfried Kracauer, que era especialista em Sociologia do Conhecimento. Mais tarde,
Adorno diria que deve mais a estas leituras de que a seus professores universitários.
Na universidade, Adorno estudou Filosofia, Musicologia, Psicologia e Sociolo-
gia. Completou rapidamente os seus estudos ao defender, em 1924, sua tese sobre Hus-
serl (A transcendência do objeto e do neomático na fenomenologia de Husserl). Ainda na uni-
versidade Adorno veio a conhecer dois de seus principais parceiros intelectuais: Max
Horkheimer e Walter Benjamim.
Em 1925, Adorno conhece pessoalmente um dos filósofos que mais o influenci-
ou até aquele momento, Lukács, o qual posteriormente viria a decepcionar Adorno ao
rejeitar as suas obras de juventude (A teoria do romance, por completo, e História e cons-
ciência de classe, em sua maior parte). Estas obras foram de grande importância no pen-
samento de Adorno e por isso o próprio Adorno terá alguns conflitos com Lukács de-
vido ao seu “desvio” filosófico.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Adorno foi um dos filósofos que mais
desejaram a volta do Instituto de Pesquisas Sociais para a Alemanha. Durante a sua
vida, escreveu diversas obras que perpassavam de assuntos como Filosofia, Sociologia,
Arte e Estética. Dentre suas principais obras, destacamos A Dialética do Esclarecimento e
Indústria Cultural e Sociedade.
pressões culturais, desmentindo assim o que seria o chamado caos cultural que supos-
tamente teria surgido após o iluminismo.
A tese sociológica de que a perda de apoio na religião objetiva, a dissolução dos últimos
resíduos pré-capitalistas, a diferenciação técnica e social e a extrema especialização téc-
nica deram um lugar a um caos cultural é cotidianamente desmentida. A cultura mo-
derna a tudo confere um ar de semelhança. Filmes, rádio e semanários constituem um
sistema. Cada setor se harmoniza entre si e todos entre si (ADORNO, 2002, p. 5).
Os palácios colossais que surgem por toda parte representam a pura racionalidade sem
sentido dos grandes carteis internacionais a que já tendia a livre inciativa desenfreada,
que tem, no entanto, os seus monumentos nos sombrios edifícios circundantes – de mo-
radias os de negócios – das cidades desoladas (ADORNO, 2002, p. 7-8).
em massas, elas devem obedecer aos padrões impostos. Mais uma vez, a estilização
vence.
A Indústria Cultural, ao impor em seus “programas” um padrão social, fazendo
com que os seus espectadores desejem atingir aquele determinado “status quo”, estão
automaticamente contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade desigual,
onde as pessoas buscam, por causa da influência exercida pelas grandes mídias cultu-
rais, consumir tudo o que podem para serem membros da desejada classe social tão
indiscriminadamente chamada de elite.
Ao consumirem estes objetos que os farão parecer membros de uma determina-
da elite, as pessoas estarão apenas contribuindo para a manutenção da desigualdade,
uma vez que este consumo contribuirá apenas para manter a “verdadeira elite” mais
rica e cheia de privilégios.
A coisificação imposta é claramente vista nas relações de pessoas com pessoas e
objetos. Para a Indústria Cultural, as pessoas passam a ser meros objetos que devem
consumir cada vez mais produtos, tornando-se assim mais dóceis, frágeis, alienadas e
despolitizadas.
A Indústria Cultural coloca um estereótipo, levando a uma busca narcísica pela
beleza, uma busca hedonista pelo prazer. Assim, as relações entre as pessoas tornam-se
superficiais e elas buscam apenas suprir os seus desejos, não buscando uma verdadeira
relação de convívio e sim apenas explorar o outro em busca de seu prazer.
4. Conclusão
6. Referência
ADORNO, Theodor W. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_W._Adorno
http://www.filosofia.com.br/bio-popup.php?id=62
http://www.infoescola.com/filosofia/escola-de-frankfurt/