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Pediatria

PEDIATRIA
Aleitamento materno

Aleitamento materno exclusivo  Criança recebe somente leite materno.

Aleitamento materno predominante :  Leite materno + outros líquidos.

Aleitamento materno complementado  Leite materno + alimentos sólidos ou semisólidos.

Leite humano X leite de vaca


Energia (kcal/100g) 66 65

Proteinas Caseína 40% Caseína 80%


Alfa-lactoalbumina 60% Betalactoglobulina(alergias)

Gorduras 3,8 3,7


Tem teor suficiente de È deficiente em ácidos
ácido graxos essenciais ; gráxos essenciais e não tem
tem lipase para digestão lipase.
Carboidratos ( lactose) 7 4,6
Sais minerais e eletrólitos Quantidade correta Excesso de cálcio, fósforo,
sódio, cloro e potássio.
Ferro Pequeno teor mas é bem Pequeno teor e mal
absorvido graças a absorvido.
presença de lactoferrinas.
Vitaminas

Fatores de protenção presente no leite humado


IgA secretória Principal imunoglobulina do leite humano
Fato bífido Substrato para o crescimento de flora saprofítica intestinal, leva à
acidificação das fezes e dificulta a reprodução de entero
patógenos.
Lactoferina Inibe a adesão da E.coli ás células e indisponibiliza o ferro
necessário para absorção de vário patógenos entre eles a E.Coli.
Lisozima Ação bactericida, maior atividade após 6 meses. Destroi E.Coli
Lipase Efetica contra vários parasitas

Variações na composição do leite materno


Idade gestacional Semanas pós parto
Prematuridade : maior teor de proteinas, Colostro (1-5 dias) : Maior concentração de Inicio da ma
gorduras e maior densidade energética e proteinas, imunoglobulinas, vitamina A/E lactose, protei
ummenor teor de lactose (coloração amarelada), menor concentração de Final da mam
gorgura e lactose.
Leite maduro (>2 semanas) : Maior
concentração de lactose, gordura e vitaminas
hidrossoluveis.

Técnica de amamentação
Posicionamento Pega
- Bebê bem apoiado - Boca bem aberta
- Bebê com cabeça e tronco alinhados -Mais aréola visível acima da boca do
- Corpo do bebê próximo ao da mãe bebê.
- Rosto de bebê de frente para a mama, - Lábio inferior evertido
com nariz na altura do mamilo. -Queixo tocando a mama.

Contraindicações para a amamentação


Doenças maternas
Absolutas

. HIV
. HTLV 1 e 2

Relativas / cuidados especiais

Infecção herpética : A criança não deve ser amamentada na mama acometida.

Varicela : A amamentação está contraindicada quando a doença materna se apresenta


de cinco dias antes até dois dias após o nascimneto.

Citomegalovírus CMV : RN < 32 semanas tem risco de desenvolver doenças mais


grave. Leite deve ser ondenhado, congelado e pasteurizado.

Tuberculose materna : A mãe deve usar máscara durante o periodo bacilífero e a


criança recebe quimioprofilaxia primária (adia-se a BCG e inicia-se a isoniazida
10mg/kg/dia.

Psicose puerperal : Pode amamentar sob supervisão.

Doenças da criança
Galactosemia : Causada por deficiência de GALT o que causa aumento de galactose
no sangue e tecidos. (Galactose = glicose + lactose). Criança torna-se impossibilitada
de receber leite materno ou qualquer alimento que contenha lactose.

Fenilcetonúria : Não é uma contraindicação absolouta ao aleitamento. A criança deve


receber quantidade pequenas quantidades de finilalanina na dieta e os níveis séricos são
monitorados.
Ferro profilático
Situação Início do ferro profilático
A termo, peso adequado para IG, em - 6 meses até 2 anos : 1mg/kg/dia de Fe
aleitamento materno exclusivo até 6 elementar
meses.
A termo, peso adequado para IG, em uso - Não necessitam de Fe profilático.
de 500ml/ dia de fórmula infantil.
Prematuros e/ou com baixo peso ao nascer - 30 dias de vida até 1 ano : 2mg/kg/dia de
(<2,500kg) Fe elementar
- 1 ano até 2 anos : 1mg/kg/dia.
Lactentes que foram prepaturos e com - 30 dias de vida até 1 ano : 3mg/kg/dia de
muito baixo peso ao nascer (<1,500kg) Fe elementar
- 1 ano até 2 anos : 1mg/kg/dia.
Lactentes que foram prematuros e com - 30 dias de vida até 1 ano : 4mg/kg/dia de
extremo baixo peso ao nascer (<1000kg) Fe elementar
.-1 ano até 2 anos : 1mg/kg/dia.

Diarreia
Diarreia : 3 ou mais evacuações em 24h.
Diarreia aguda < 14 dias.
Diarreia persistente > 14 dias.

Desinteria : Diarreia com sangue e pus ( shigela é a principal causa)

Fisiopatologia

Osmótica : - Acúmulo de substância na luz intestinal que exercem uma pressão osmótica
capaz de reter líquido no lúmem da alça.
- Volume fecal menor ; melhora com jejum.
Causa : Infecção pelo rotavírus ( 6 meses a 2 anos)

Invasiva : Deve-se a lesão direta ao epitélio intestinal.

Quadro : Sangue, muco e leucócitos (maior ou igual 5 por campo)

Causas : Salmonela e shigella.

Principais etiologias

Vírus : Rotavírus ; - Principal causa de diarreia em menores de 2 anos.


- Mecanismo osmótico.
- Clínica : Vômito e febre , seguido de diarreia líquida,
volumosas e explosivas.

Bactérias : Escherichia coli enteropetogênica (etec) ;


- Principal agente da diarreia dos viajantes

- Mecanismo : Secreção de enterotoxinas ( termolábil – aumenta o AMPc intracelular; e


termoestável – aumenta o GMPc intracelular)

Clínica : Evacuações abundantes com fezes aquosas. Curso auto limitado médias 5 dias.

Enteropatogênicas (EPEC)

- Idade < 2 anos ( especialemente < 6 meses)

Clínica : Evacuações abundantes com fezes aquosas. Pode causar diarréia persistente.

Êntero- Hemorrágicas (EHEC)

Complicações : Síndrome hemolítica urêmica (insuficiência renal aguda + anemia hemolítica


microangiopática + trombocitopenia)

Salmonela ; A diarreia é aquosa inicialmente e torna-se mucossanguinolenta


(disenteria). Há febre alta, pode evoluir para sepse, meningismo e convulsões.

Shigella : Disenteria ; Febre alta, dor abdominal intensa, náusea, vômito, tenesmo e urência
para defecar. Os principais sintomas extraintestinais estão associados aos sistema nervosa
central, com cefaleia, meningismo, letargia, confusão mental e alucinações.
Complicações

Classificação de desidratação pelo ministerio da saúde


Estado geral Bem, alerta irritada Comatosa,hopotônica*
Olhos Normais Fundos Muito fundos
Lagrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe Bebe Bebe com dificuldade ou é ineficaz de
normalmente avidademnte beber*
Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil, ausente
Enchimento Normal < 3” Prejudicado Muito prejudicado (> 5”)*
capilar (3-5”)
Se apresentar dois ou mais sinais acima,
Diagnóstico Não tem sinais Tem incluindo um sinal com * tem desidratação
desidratação grave.
Use Plano A Plano B Plano C

Plano A do ministério da sáude :

Após cada evacuação, oferecer : - Aumentar oferta de líquido e SRO


- Criança < 1 ano : 50-100ml
- Criança > 1 anos : 100-200ml
Plano A da OMS
Apos cada evacuação, oferecer : - Aumentar oferta de líquido e SRO
- Criança < 2 ano : 50-100ml
- Criança > 2 anos : 100-200ml

Plano B pelo ministério da saúde

- Tratamento com terapia de reidratação oral ( com SRO)

- A alimentação deve-se ser suspensa até que a desidratação desapareça. Apenas criança em
aleitamento materno poderão continuar recebendo o leite materno.

- o Plano B termina quando desaparecem os sinas de desidratação;

O SRO deve ser ofertado de 50-100ml/kg em 4-6 horas ou até que desapareça os sinais
de desidratação.
OMS : 75ml/kg em 4h

A SRO deverá ser administrada por sonda nasogástrica (gastróclise ; 20-30ml/kg/hora)


se :

- Perda de peso após primeiras 2 horas

- Vômito persistente após início da TRO (maior ou igual a 4 episódios/hora)

- Distensão abdominal ( com peristalse presente)

- Dificuldade de deglutição (ex: estomatite)

Plano C pelo ministério da saúde

- Hidratação venosa ( usa-se ringer lactato preferencialmente)

- Volume : 100ml/kg, da seguinte forma :


< 1 ano : 30ml/kg em 1h* + 70ml/kg em 5h
>1 ano : 30ml/kg em 30 minutos* + 70ml/kg em 2h e 30min

Obs : Repetir essa primeira etapa se o pulso radial permanecer muito débil ou impalpável.

- Reavaliar criança a cada 1-2 horas.

- TRO (5ml/kg/h tão logo a criança seja capaz de beber, o que ocorre usualmente após 3-4
horas do tratamento nos menores de 1 ano e após 1-2 horas nos maiores.

Infecções respiratórias agudas (IRA)

Como organizar seu raciocínio


Primeiro passo : identificar a presença de ;
* Estridor: Obstrução das vias de condução extrapleurais (laringe, traqueia e brônquios)
durante a inspiração principalmente, devido ao menor calibre do conduto nessa fase
respiratória.
* Taquipneia :
- Maior ou igual 60 irpm em menores de 2 meses
- Maior ou igual a 50 irpm entre 2 meses e 11 meses
- Maior ou igual a 40 irpm em maiores de 12 meses e menores de 5 anos.

Segundo passo : analisar os dois sinais em conjunto

- Ausência de taquipneia e ausência de estridor  Infecção das vias aéreas superiores


(resfriado comum e suas complicações ou faringite aguda)

- Presença de estridor (frequência respiratória variável)  Infecção das vias aéreas


intermediárias ( epiglotite aguda, laringotraqueobronquite aguda).

-Presença de taquipneia e ausência de estridor  infecção das vias aéreas inferiores.

Resfriado comum (ronifaringite aguda)

Definição : Infecção viral e inflamação da mucosa do nariz, seios paranasais e faringe.

Complicações : OMA e sinusite bacteriana aguda.

Etiologia : Principal agente é o rinovírus

Clínica : Sensação de garganta arranhada, obstrução nasal, rinorreia, lacrimejamento,tosse,


hiperemia de mucosas, febre em graus variados.

Tratamento : Lavagem nasal com SF0,9%, aumento da ingestão hídrica , antitérmicos


*Nunca usar AAS devido a risco de doença de Raye.
Prevenção: Lavagem eficiente das mãos.

Otite média aguda

Fisiopatologia : Resfriado comum causa inflamação da tuba auditiva com posterior ascensão
de agentes bacterianos que chegam a orelha média e eventualmente podem romper a
membrana timpânica.

Etiologia : Streptococcus pneumoniae, haemophilus influenzae não tipável, e moraxella


cartarrhalis.

Fatores de risco : Idade < 2 anos, contato com muitas crianças, tabagismo passivo.

Clínica e diagnóstico :
Criança : - Principalmente otalgia
- Otorreia
- Desconforto auricular.
- Em crianças pequenas o achado é irritabilidade
Diagnóstico : Otoscopia

Achados da OMA : - Membrana timpânica hiperemiada e opaca

- Membrana timpânica abaulada é o dado de maior


Especificidade para diagnóstico de OMA). Na prova tem que dizer
que tem abaulamento para podermos dizer que é OMA.

- Membrana timpânica sem mobilidade à insuflamação


Pneumática.

Tratamento : - Antitérmico e analgésicos


- Antibiótico terapia (1 escolha — amoxicilina por 10 dias. Dose Padrão40-
45mg/kg/dia 80-90mg/kg/dia em caso de uso recente de amoxicilina, frequentadores de
creche e < 2anos pois são fatores de gravidade.

Falha terapêutica ou doença grave : Amoxicilina com clavulanato.

Idade Diagnóstico de certeza Diagnóstico incerto


< 6 meses Terapia antimicrobiana Terapia antimicrobiana
6 meses – 2 anos Terapia antimicrobiana Terapia antimicrobiana se
(Toxemia, febre
doença grave*
alta e dor intensa)
Maior igual a 2 anos Terapia antimicrobiana Observação
se doença grave.
(Toxemia,febre alta e
dor intensa)

Complicações : - Perfuração timpânica (mais comum) geralmente é adjacente ao cabo do


martelo,ínfero-lateral.
- Mastoidite aguda= abaulamento retro-auricular que pode levar a necrosite
ou osteomiolite do osso temporal. O Tratamento deve ser hospitalar com antibioticoterapia e
drenagem
- OMA com efusão.

Sinusite aguda

Definição : Inflamação das mucosa de um ou mais seios paranasais.

Etiologia : Mesmos agentes da OMA

Clínica e diagnóstico : - Resfriado arrastado com muita tosse. Sintomas por mais de 10-
14 dias( costuma ser a clínica mais comum nas provas)
Obs : Não solicitar exames radiológicos para diagnóstico de sinusite na infância.

Tratamento : Mesmos antibióticos empregados na OMA


Lavagem nasal
Antipirético
( o seio etmoildal que separa o nariz da órbita é muito
Complicações :
fina e pode romper-se causando) :
- Celulite periobitária : Edema e hiperemia.
- Celulite orbitária : Complicação de sinusite de seio etmoidal
QC: Exoftalmia + restrição da mobilidade ocular

Tratamento : Internar o paciente + tomografia computadorizada dos seios da face +


Antibiótico terapia EV.

Diagnóstico diferencial : 1) Corpo estranho: Unilateral/fétida/sanguinolenta


2) Rinite alérgica : Prurido/espirros/palidez da mucosa/eosinófilo.
3) Sífilis congênita : Secreção nasal sanguinolenta. (1 -3 meses)

Faringite aguda

Definição : Inflamação das estruturas faríngeas

Etiologia : principal é o streptococo beta-hemolítico do grupo A ( Streptococo pyogenes).


Pico de incidência entre 5 e 15 anos ( o quadro é incomum antes de 2-3 anos de idade)

Clínica : - Início abrupto de febre alta e odinofagia

- Hiperemia faringea e amigdalite pultácea ( presença de exsudato


brancoamarelado recobrindo as tonsilas)

- Adenomegalia cervical dolorosa.

Avaliação complementar : Diagnóstico de certeza : Identificação do SGA em amostra de


orofaringe : teste rápido para identificação do antígeno estreptocócico.
Hemograma: Neutrofilia.

Tratamento : Penicilina benzatina nas doses : < 27kg--- 600.000 UI IM e > 27kg ---
1.200.000 UI IM em dose única.
Alternativas orais : Amoxicilina 8/8 horas por 10 dias.
Macrolídeo 1x/dia por 5 dias.

Complicações não supurativas : - Febre reumática


- GNPE

Complicações supurativas : Abscessos peritonsilares : Mais comum em adolescentes e


adultos. Caracterizado por Intensificação da odinofagia, disfagia, sialorréia e trismo, desvio
contralateral da úvula.
Tratamento : Drenagem do abscesso por agulha fina na maioria das vezes + antibiótico
terapia

Diagnóstico diferencial :

- Mononucleose infecciosa. (vírus epstein-Barr) é o principal diagnóstico diferencial sendo


que a principal diferença para a faringoamigdalite é a presença de linfadenopatia
generalizada, Linfoncitose com atipia (20% fecha o diagnóstico) e esplenomegalia.

- Adenovirose (Conjuntivite + sintomas de IVAS)

- Herpangina (coxsackie A) - (Lactante, pré escolar/ vesículas mão-pé-


boca com halo eritematoso, dolorosa, em faringe posterior, palato mole, tonsilas e
pilares.

PFAPA

QC : Febre + odinofagia + exudato/ aftas em mucosa + linfadenomegalia cervical

obs: O que nos faz pensar em PFAPA é a recorrência do quadro ex : de 40 em 40 dias


está acontecendo e a cronicidade.

Tratamento : Recuperação dramática ao uso de corticoide (prednisona)

Epiglotite aguda (via respiratória intermediária)

Definição : Inflamação da epiglote e dos tecidos supraglóticos adjacentes causadas por


agentes bacterianos.

Etiologia : Haemophilus influenza tipo B : antes da vacinação universal o quadro era mais
comum em menores de 5 anos.

Clínica : - Instalação muito rápida (febra alta, odinofagia, sialorreia)


- Posição de tripé ( posição de pé ou sentada, com as mãos nos joelhos, pescoço
hiperestendido, queixo para cima e mandíbula protusa)

Diagnóstico: Radiografia ( sinal do polegar - patognomônico)

Tratamento : - Prioridade – garantir a perviedade das vias aéreas. (traqueostomia ou


laringoscopia direta)
- Antibioticoterapia parenteral. (ampicilina + sulbactam)

Obs: Na prova provavelmente traria no enunciado a história de uma criança abandonada ou


que não foi vacinada.

Laringotraqueobronquite viral aguda (CRUPE VIRAL) (via respiratória


intermediária)

Definição : - Infecção viral das regiões glóticas e subglóticas.

- Predomina entre 3 meses e 5 anos (pico no segundo ano)

- Vírus : Parainfluenza (75%)

Clinica e diagnóstico : - Tosse metálica (ladrante ou de cachorro), rouquidão,


e estridor inspiratório.
- Radiografia cervical : “sinal da torre” ou”sinal da ponta de lápis”

Tratamento : Estridor inspiratório : Vaporização

Estridor em repouso (mais grave)

- Nebulização com adrenalina a cada 1h se não melhorar. Geralmente 2


nebulizações são o suficiente.

- Corticoterapia (dexametasona por via IM ou por via oral)

* Após nebulização com adrenalina, observar por 2h para avaliar se


não retorno do estridor.

Laringite estridulosa ou crupe espasmódico

Etiologia : Criança de 1-3 anos.

Presença de dispneia associada a estridor de início súbito, sem a presença de pródromos


catarrais caracteriza a doença. Geralmente afebril.

* A diferença da laringite viral é a ausência de pródromos catarrais.

Pneumonia bacteriana típica

Etiologia : Principal agente – Streptococcus pneumoniae

Clínica : - Instalação hiperaguda : (febre, tosse e dor torácica)

- Taquipneia é o principal marcador clínico

Pneumonia se taquipneia :
- Maior ou igual 60irpm em menores de 2 meses
- Maior ou igual a 50 irpm entre 2 meses e 11 meses
- Maior ou igual a 40 irpm em maiores de 12 meses e menores de 5 anos.

Exame complementar : Radiografia de tórax (essencial fazer): Consolidação e


aerobroncograma
- Auxilia a confirmar o diagnóstico, identifica a presença de complicações e avalia a extensão
do quadro.

Sinais de gravidade : - Tiragem subcostal.

- Batimento de asa nasal.

- Gemência.
.
- Cianose.

Indicações de internação : - Falha terapêutica ambulatorial.

- Sinais radiológicos de gravidade. (derrame pleural,


pneumatocele, abscesso)

- Comprometimento do estado geral.

- Idade menor que 2 meses.

- Sinais respiratório de gravidade : sato <92% e irpm >


70 em crianças com menos 1 ano.

- Doenças de base

* - Sinais de gravidade acima citados.

Tratamento

Criança menor que 2 meses : - Penicilina cristalina + aminoglicosídeo (gentamicina)


Sempre tratamento hospitalar.
Principais agentes : Streptococos agalactie, E.coli
Maior de 2 meses : Ambulatorial ; - Amoxicilina VO (7-10dias) 50mg/kg/dia
(Pneumococo é o principal em todos os casos)

Hospitalar : - Pneumonia grave : Penicilina cristalina


- Muito grave : Oxacilina + ceftriaxona.

Falha terapêutica : Ausência de melhora após 48-72h de terapia


Principal causa : Geralmente causado pela presença de derrame pleural
- Puncionar (toracocentese) todo derrame pleural > 1 cm

- Etiologia mais comum nos casos de derrame : S.Pneumoniae

Pneumatocele : Pneumonia estafilocócica + pneumococo

Abscesso pulmonar : Etiologia estafilocócica em primeiro lugar

Pneumonia Atípica
Pneumonia afebril do lactente

Etiologia : Chlamydia trachomatis

Clínica e principais características ; - Parto vaginal

- Faixa etária : Menores de 3 meses

- Conjuntivite neonatal

- Não há febre

- Taquipneia

- Tosse coqueluchoide

- Quadro arrastado

Avaliação complementar : Eosinofilia no sague periférico

Tratamento : Macrolídeo (eritromicina)

Diagnóstico diferencial ;

COQUELUCHE
Clínica : 1 Fase catarral

2 Fase paroxística (2-6 semanas) : Tosse intensa --- no final do acesso de tosse
há inspiração profunda produzindo um ghincho (himmmmmm).

3 Fase covalescença ( redução dos sintomas)

Agente etiológico : Bordetella Pertussis.

Avaliação complementar : Leucocitose intensa com linfocitose ; da radiografia há


infiltrado peri-hilar (“coração feupudo”)

Tratamento : Eritromicina ou azitromicina / hidratação EV / oxigênio terapia

Pneumonia atípica

Etiologia : Mycoplasma pneumoniae (12-18 anos) ou chlamydia pneumoniae

Quadro clínico
Bronquiolite viral aguda (também é uma pneumonia)

Definição : Primeiro episódio de sibilância em lactante previamente hígido, associado a sinais


e sintomas de uma infecção viral (IVAS)

Etiologia : Principal agente : Vírus sincicial respiratório (VSR) – 80%

Clínica : - Tosse e dispneia, taquipneia e sibilos. A sibilância é o grande marcador.

Exames complementares específicos :


Pesquisa de antígenos virais na nasofaringe.
Rx de tórax : Hiperinsuflação ( os bronquiolos inflamados
fazem com que o ar entre e não saia. Pode levar assim a
atelectasia.
Diagnóstico diferencial com asma:
Tratamento : - Oxigenoterapia : sat o2 menos que 92%

- Broncodilatadores : teste terapêutico

- Corticoide não deve ser administrado

Crescimento e desenvolvimento normais

Peso :
- O bebê duplica de peso aos 4-5 meses , triplicam aos 12 meses e quadruplica aos 2 anos.

- Perda de 10% do peso corporal na primeira semana, com recuperação do peso ao longo da
segunda

- 1 trimetre : 700g/mês
- 2 trimestre : 600g/mês
- 3 trimestre 500g/mês
- 4 trimestre 400g/mês
- Pré-escolar : 2kg/ano
-Escolar : 3 –3,5kg/ano

Estatura :
- 0 a 12 meses : 25cm
- 12 a 24 meses : 12cm
- 2-4 anos : 7-8cm/ano
- 4-6 anos : 6cm/ano
- 6 ano a puberdade : 5cm/ano

Perímetro cefálico :
- Ao nascimento : 35cm
- 1 trimestre : 2cm/mês
- 2 trimestre : 1cm/mês
- 3 trimestre : 0,5cm/mês
- 4 trimestre : 0,5cm/mês

*Ao final do primeiro ano : Crescimento de 12 cm, levando a uma pc de 47cm.


*Ao final do segundo ano : Crescimento de 2 cm, levando a uma pc de 49cm.
Idade Motor Adaptativo Pessoal-social
RN Postura semifletida Fixa face humana Preferência pela face humana
1 mês Prona : Eleva o queixo Segue um objeto
2 mês Prona : Eleva a cabeça Segue objeto no movimento de Sorriso social
180 graus
3 mês Prona : Eleva a cabeça e tórax Mantém contato social
4 mês Supina : Mãos na linha média Alcança e agarra um objeto Ri alto e dar gargalhadas
Sentado : A cabeça não pende
7 mês Rola sobre seu eixo Tranfere objetos de uma mão Prefere a mãe
Senta-se com apoio para outra
10 mês Senta-se sozinho e sem apoio Pega objeto com o polegar e o Brinca de esconde acha.
indicador “pinça” Ansiedade com estranhos
12 mês Anda com umas das mãos -Movimento de pinça
apoiadas - Entrega objetos
15 mês Anda sozinho Torres de 3 cubos

Disturbios do crescimento

Percentil x Score Z
P99,9% = EZ +3
P97% = EZ +2
P85% = EZ +1
P 50% =E Z 0
P15% = EZ -1
P3% = EZ -2
P 0,1% = EZ -3

Classificação do ministério da saúde

Valores críticos < p0,1 ou < EZ -3 > p 0,1 e < e < p3


> EZ -3 e < EZ -2
Peso x idade ( 0-10 anos) Muito baixo peso Baixo peso
Estatura x idade (0-19anos) Muito baixa estatura Baixa estatura
Pexo x estatura (0-5anos) Magraza acentuada Magreza
IMC x idade (0-19 anos)

Formas clínica de desnutrição


Marasmo Kwa
Deficiência de energia + protéinas Deficiência de proteínas
Faixa etária : criança < 1 ano Faixa etárias : 2 – 3 anos de vida
Causa : Retirada precoce de aleitamento Causa : Lactante desmamado subitam
filho
Clínica : Atrofia muscular , perda extrema de tecido subcutâneo, Clínica : Apatia, hipoatividade, anore
desaparecimento da bola gordurosa de Bichat. hepatomegalia.

Obesidade
Classificação : 0 – 5 anos
>EZ +1 e < a EZ +2 = Risco de sobrepeso
>EZ +2 e < EZ +3 = Sobrepeso
>EZ +3 = Obesidade

Classificação : 6 – 19 anos
>EZ +1 e < a EZ +2 = Sobrepeso
>EZ +2 e < EZ +3 = Obesidade
>EZ +3 = Obesidade grave

Tratamento
1 sobrepeso 2. obesidade
- sem comorbidades : Manutenção do peso - Sem comorbidades :
- Com comorbidades : 2- 7 anos : manutenção do peso
2- 7 anos : manutenção do peso > 7 anos : redução gradual do peso
> 7 anos : redução gradual do peso - Com comorbidades : redução gradua

Baixa estatura

Velocidade de crescimento : É a melhor medida para avaliação do crescimento linear. È


definida pelo aumento estural (em cm) durante 1 ano. A VC é variável com a faixa etária. Nos
anos que precedem a puberdade a VC é de aproximadamente 5cm/1 anos.

Alvo genético : Meninas ; Altura da mãe + altura do pai – 13


2 +- 8,5cm

Meninos : Altura do pai + altura da mãe + 13


2 +- 8,5cm

Idade óssea : Indicador da maturação endócrino global do paciente. Pode ser avaliada pela
análise dos núcleos de ossificação da mão e punho esquerdo (método de Greulich-Pyle)

Principais causas de baixa estatura

Baixa estatura familiar : Alvo genético baixo, VC normal, idade óssea compativel com
idade cronológica.
Atraso constitucional do crescimento : VC de crescimento normal ou próximo da
normalidade, idade óssea atrasada em relação a idade cronológica, são crianças que crescem
mais lentamente, porém por mais tempo, e na fase adulta atingirão estatura final dentro dao
AG.

Purberdade e seus disturbios

Purbedade normal : Sexo feminino  8 a 13 anos


Sexo masculino  9 a 14 anos

Sequência fisiológica de eventos puberais


Meninas Menin
1 Telarca (broto mamário) M2 Tanner 1 Aumento do volume testicular (> 3ml
2 Pubarca (pilificação pubiana) diametro)
3 Estirão do crescimento – M3 2 Crescimento do pênis
4 Menarca – M4, época de desacelaração do crescimento. 3 Pelos axilares
4 Estirão do crescimento --- G4
Obs : 2 a 2 anos e meio após a telarca a menina mesntrua. 5 Pelos facias – G4-G5
6 Mudança na voz – G5

Convulsão febril
Neonatologia
Idade gestacional
- A termo : 37 a 41 semanas e seis dias.
- Pré- termo : < 37 semanas
- Pós termo : > 42 semanas.

Peso ao nascer
- Baixo peso : (1500 – 1.499g)
- Muito baixo peso : (1.000g – 1.499g)
- Extremo baixo peso : < 1.000g

Peso ao nascer x Idade getsacional


AIG : entre p10 e p90
PIG : Abaixo do p 10
GIG : Acima do p 90

Reanimação neonatal em sala de parto


Atendimento ao recém nascido banhado em mecônio

Primeira situação : Se logo após o nascimento, o RN apresentar movimentos respiratórios


ritmicos e regulares, tônus muscular adequado e FC > 100bpm  Não muda relativamente
nada... conduta de rotina
Segunda situação : Caso o recém nascido apresente ritmo respiratório irregular ou tônus
muscular estiver flácido e/ou FC < 100btpm  Realizar a retirada do mecônio residual sob
visualização direta. Essa retirada é feita da seguinte maneira : o RN é intubado, a cânula
traqueal é concectada ao aspirador a vácuo e é retirada. A aspiração é feita apenas uma única
vez.

Disturbios respiratórios agudos

Doença da membrana hialina

Fisiopatologia : Deficiência na concentração de surfactante pulmonar

Fatores de risco : Prematuridade ( Há surfactantes em quantidade suficiente após 34 semanas


de gestação), diabetes materno, sexo masculino.

Fatores de proteção : Administração antenatal de corticoide para mãe.

Clínica : Desconforto respiratório inicado ainda na sala de parto, com piora progressiva nas
primeira 24horas.

Radiografia : Padrão reticulogranular difuso com presença de aerobrocograma, imagem


de vidro moido ou padrão de vidro fosco.

Tratamento : - Suporte ventilatório : CPAP

- Surfactante exógeno

Antibioticoterapia : Indicada pois a distinção com quadro de


pneumonia é bastante difícil.

Pneumonia
Etiologia : Infecção por estreptococcus agalctiae do grupo B durante a passagem no canal de
parto.

Fatores de risco : Bolsa rota prolongada (>18h), infecção urinária materna, corioamnionite,
colonização materna pelo strepco, prematuridade.
Clínica : Pode haver intervalo de tempo assintomático logo após o nascimento ; desconforto
respiratório progressivo.

Radiografia : Semelhante a doença da membrana hialina.

Tratamento : Antibióticoterapia. : Ampicilina com aminoglicosídeo

Traquipneia transitória do recém nascido

Fisiopatologia : Retardo na absorção de líquido pulmonar

Fatores de risco : Cesariana eletiva sem trabalho de parto.

Clínica : Taquipneia, dificuldade respiratória leve-moderada, resolução de 12 a 24 horas,


podendo se prolongar até 72h.

Radiografia : Hiperinsuflação pulmonar, aumento da trama vascular pulmonar com a


presença de hilo congesto.

Tratamento : - Suporte geral

- Suporte ventilatório

Sindrome de aspiração meconial


Fisiopatologia : Aspiração das particulas de mecônio para as vias aéreas distais leva a
obstrução com mecanismo valvular, pneumonite química.

Mais comum em RN a termo e pós termo*

Fatores de risco : - Asfixia.

Radiografia : Infiltrado grosseiro e difuso ; áreas de hipotrasnparência e hiperinsuflação.

Tratamento : - Suporte ventilatório : CPAP.

- Antibioticoterapia

- Surfactante

Imunizações
Vacinas de agentes vivos atenuados Vacinas de agentes não vivos

- BCG - Hepatite B
- Rotavírus (VORH) - Anti-hemófilos
- Poliomielite oral (VOP) - Poliomielite inativada (VIP)
- Tetraviral ( sarampo, rubéola, caxumba e - DTP
varicela) - Influenza injetável
- Tríplice viral - Antipneumocócica
- Febre amarela - Antimeningocócica
- Hepatite A
São : - Auto autorreplicativos - HPV
- Pode causar doença
- Podem ser inibidos por anticorpos São : - Não causam doenças
passivos (imunoglobulinas) - Via IM
- Via de aplicação : ID, SC, oral - Sempre precisam de reforços
- Eventualmente conjugadas

Regras básicas : Podem ser dadas simultaneamente. Exceções : FA e


tríplice viral e FA e tetraviral

O intervalo deve ser dado de 30 dias entre uma e a outra.


OBS : NÃO EXISTE DOSE PERDIDA DE VACINA

Contraindicações gerais a vacinação

- Reação anafilática após a dose anterior da mesma vacina

- Reação anafilática ao ovo de galinha não devem receber as seguintes vacinas ( febre amarela
e anti-influenza.

-Imunossupressão e grávida (agente vivos)

- Doença febril moderada a grave

-Transplante de medula

As vacinas vivas atenuadas estão contraindicadas nos seguintes casos ;

- Imunodeficiência congênita adquirida.

- Neoplasia maligna.

- Corticoterapia em dose imunosupressora (prednisona > mg/kg/dia)

- Quimioterapia e radioterapia : O uso das vacinas vivas só poderão ser administrada após 3
meses.

Falsas contraindicações

- Doenças benignas comuns ( uso de antibiótico)

- Desnutrição

-Alergia

- Amamentação : Só não recebem vacina de febre amarela.

- História familiar de eventos adversos vacinas.

- Uso de corticoide em dose não imunossupressora (<2mg/kg/dia), corticoide tópico ou


inalatório

- Hospitalização :a única vacina que não deve ser administrada em ambiente hospitalar é a
VOP.
Calendário do adolescente
Hepatite B 3 doses
10 a 19 anos dT (dupla tipo adulto) Reforço a cada 10 anos
Febre amarela 1 dose a cada 10 anos
Tríplice viral 1 dose a cada 10 anos
Meninas 9 – 13 anos 2015 HPV

Calendário do adulto e idoso


Hepatite B (até 49 anos) 3 doses
20 a 59 anos dT (dupla tipo adulto) Reforço a cada 10 anos
Febre amarela 1 dose a cada 10 anos
Tríplice viral 1 dose
Meninas 9 – 13 anos 2015 HPV

Sobre as vacinas ...

Obs : Na presença de quaisquer desses eventos adversos, deve ser


tratado com isoniasida até a resolução.

Obs : O objetivo da BCG é prevenir contra as formas graves da


tuberculose (Miliar)

Contato domiciliar com bacilífero : Adiar BCG e começar


quimioprofilaxia primária com isoniasida por 3 meses, após isso
realizasse um PPD, se der não reator ou seja < 5mm a criança recebe a
BCG. Em caso de PPD reator iremos procurar doença (clínica e
radiológica), caso doença, tratar com rifampicina, isoniasida e
pirasenamida. Caso reator sem doença, iremos completar a
quimioprofilaxia primária por mais 3 meses e não vacinar.

- Recomendada ao nascer e para todos os menores de cinco anos que não tenha sido
vacinados.

Revacinar-se : 1) Ausência de cicatriz após 6 meses da administração vacinada

2) Contactantes domiciliares maiores de 1 ano de paciente com


hanseniase, de acordo com os seguintes esquemas ; 1) sem qualquer cicatriz vacinal:
administrar 1 dose; 2) com apenas 1 cicatriz vacinal ; administrar 1 dose; 3) com duas
cicatrizes vacinais : não aplicar mais doses.

Hepatite B

- As crianças nascidas com menos de 33 semanas e ou 2kg e que porventura não sejam
vacinadas com a pentavalente também devem receber 4 doses da vacina (0-1-2-6)

- O indivíduo vacinada desenvolve apenas o anti-HBS.

- Quando a mãe for sabidamente portadora de hepatite B (HbsAg positivo), o RN recebe


além da vacina nas primeiras 12h de vida, a imunoglobulina hiperimune para hepatite B
que pode ser administrada até 1 primeira semana.

DTP

Composição :

DTP : Toxoide diftérioco + toxoide tetânico + bacilos mortos da coqueluche

DT (dupla do tipo infantil) : Só pode ser administrada até os 7 anos de vida.

dT (dupla do tipo adulto) : Menor quantidade do toxoide diftérico ; administrada nos


reforços após 7 anos.

DTPa(triplice bacteriana acelular) : Só pode ser administrada até 7 anos incompletos ;


menos reatogênicos que a DTP.

Eventos adversos e condutas na vacinação subsequente

- Febre > 39,5c : manter esquema habitual; administrar antitérmico

- Choro persistente : administrar analgésico e manter o esquema habitual.

Administrar a DTPa nos seguintes casos:

- Episódio hipotônico-hiporresponsivo (até 48h);


- Convulsão (até 72h) :

- Anafilaxia : contraindicada todas as doses subsequentes.

- Doença convulsiva ou neurológica crônica

- <2 anos com cardiopatia ou pneumopatia crônicas

- Prematuros extremos <1000mg ou 31 semanas (1 dose)

- Neoplasias

VIP e VOP

VORH
HPV
A vacina quadrivalente compreende os sorotipos ( 6, 11, 16 e 18)

Esquema : 3 doses IM (0 – 2 -6 meses)

A vacina é destinada para criança de 9 a 13 anos.

Febre amarela

Influenza
Doenças exantemáticas virais
Sarampo

Etiologia : Vírus sarampo

Quadro clínico :

Pródromos ; - Febre, tosse, coriza, conjuntivite + fotofobia

- Manchas de Koplik ( cavidade oral).

Exatema : - Mobiliforme

- Inicio na linha de implantação do cabelo. Progressão crânio


caudal lenta.

Convalescença : Descamação furfurácea.

Complicações : - Pneumonia ( principal causa de morte)

- Otite média aguda ( complicação bacteriana mais comum).

Rubéola

Etiologia : Vírus da rubéola

Pródromos : Linfadenomegalia ; suboccipital, retroauricular e cervical posterior.

Exantema ( não ajuda no diagnóstico)

Exantema súbito ou Roséola

- Etiologia : Herpes vírus humano tipo 6 (mais comum) ou 7.

Quadro clínico :*Tipico dos lactentes.

Pródromos : - Febre alta por 3 a 5 dias que desaparece em crise.


- Manchas de Nagayama ( úlceras na junção entre a úvula e o palato)

Exantema : - 12-24h após o desaparecimento da febre.

- Mácula rosadas pequenas que começam no tronco.

Complicações : Convulsão febril

Eritema infeccioso
Etiologia : Parvovírus

Exantema : - Fase 1 : “face esbofeteada”

- Fase 2 : exantema maculopapular de aspecto rendilhado. Mais


extenso em superficies extensoras.

- Fase 3 : Recidiva do exatema em 1-3 semanas, por sol, calor, estresse


e exercício.

Complicações : - Artropatia.

- Crise aplásica transitória.

- Síndrome de luvas e meias.

- Miocardite.

Varicela

Etiologia : Vírus varicela zoster.

Exantema : - Polimórfico : Maculas, pápulas, vesículas e crostas.

- Distribuição centrípeta ( predomina na face, pescoço e tronco)

- Acomete mucosa oral e genitália

- lesões pruriginosas.

Tratamento : - Analgésicos e antitérmicos.

- Antihistamínico

Prevenção pré-exposição : Vacina

Prevenção pós exposição ;

- Bloqueio vacinal : Até 5 dias após a exposição para bloqueio de surto ( ambiente hospitalar,
creche) nos susceptiveis maiores de 1 ano ( tem-se administrado o uso após 9 meses) e sem
contraindicações para vacina.

- Imunoglobulina humas antivaricela zoster : Até 96 horas após a exposição para o


contactantes susceptíveis de alto risco : Imunodeprimidos, grávidas, e recém nascido
prematuros (<28 semanas, independete da história de doença materna; > 28 semanas, apenas
se a mãe não teve varicela.

- Imunoglobulina humas antivaricela zoster : Para os RN, independente da idade


gestacional, cuja a mãe tenha apresentado início do quadro entre cinco dias antes e dois dias
após o parto
.
Complicações : Infecção cutânea ( mais comum)

Escarlatina

Etiologia : - Streptococcus pyogenes.

- Mais comum entre 5 e 15 anos

Pródromos : - Faringite estreptocócica

- Enantema : língua em morando branco e língua em morango vermelho.

Exantema : - Surge 1 no tórax e se estende para o restante do tronco, pescoço e membros,


polpando a região palmoplantar.

- Micropapular : pele áspera ou em lixa.

- Sinal de filatov : palidez peribucal

- Sinal de pastia : Acentuação nas pregas flexoras cutâneas.

- Descamação fina no corpo e lamelar nas extremidades

Avaliação complementar : Eosinofilia

Doença de KAWASAKI.

Febre alta por no mínimo 5 dias + 4 dos 5 sinais apresentados :

- Conjuntivite bilateral bulbar não exudativa.

- Alterações nos lábios e cavidade oral ; eritema, fissura e língua em morango.

- Linfadenopatia cervical, > 1,5cm de diâmetro, geralmente unilateral.

- Exantema polimórfico : pode ser maculopapular, escarlatiforme, eritema multiforme. As


lesões vesiculares não são encontradas.

Complicações : Aneurisma coronarianos

Tratamento : imunoglobulina venosa + AAS

Maus tratos contra criança e adolescentes


Definicação : Ação ou omissão, consciente ou não, que venha a provocar dor à criança ou ao
adolescente, seja física ou emocional.
- ** Violência doméstica é a mais comum.

- Principais agentes agressores : A mãe e o pai.

Formas de violência :

- Violência física

- Violência psicológica

- Violência sexual

-Negligência

Quando suspeitar de violência :

- Sinais regressivos, como enurese encoprese e disturbio alimentares.

- Histórico de fugas

- Distúrbio do sono, de comportamento. Tristeza ou irritabilidade constante.

- Atraso inexplicável entre o acidente e o socorro.

- Lesões na pele causada por queimaduras e traumas.

- Fraturas.

Síndrome do bebê sacudido

Definição : Provocado por sacudidas vigorosas em criança de até 2 anos


.
Clínica : Hemorragia retiniada (50 a 80%) dos casos, edema cerebral difusa, hemorragia
subdural, subaracnoide.

“Notificar a suspeita de maus tratos aos orgãos de proteção legal”

Doença celíaca
Definição : A doença celíaca é causada por uma reação à gliadina, uma prolamina (proteína
do glúten)

A doença celíaca é um transtorno autoimune do intestino delgado que ocorre em


pessoas geneticamente predispostas de todas as idades a partir de meados da infância. Os
sintomas incluem dor e desconforto no sistema digestivo, obstipação e diarreia crónicas,
atraso do desenvolvimento fisiológico em crianças

Diagnóstico :
**Triagem sorológica com anticorpo antitransglutaminase do tipo IgA, dosagem de
imunoglobulina IgA e biópsia duodenal nos pacientes com sorologia positiva

Infecção urinária
Punção suprapúbica é o padrão ouro mas pouco usada pelo dificuldade.

Complicações que leva a recorrência do quadro ;

Refluxo vesicoureteral
A cintilografia renal com DMSA é o padrão ouro para demonstrar
presença de eventual cicatriz renal.

Eritema tóxico neonatal


Apesar do nome estranho, o eritema tóxico neonatal é uma
dermatopatia benigna e autolimitada que ocorre apenas no período
neonatal. É bastante comum em recém-nascidos a termo (um terço
deles chegam a apresentar as lesões).

Caracteriza-se por pequenas pápulas, vesículas ou pústulas


eritematosas, que podem durar vários dias e raramente persistem por
várias semanas. As áreas mais afetadas são face, tronco, braços e
nádegas, e é raro o envolvimento das regiões palmar e plantar.

Teste do coraçãozinho

Realizado em todas crianças entre 24h e 48h de vida, como ferramente


de triagem neonatal, na tentativa de fazer triagem precoce de
cardiopatias congênitas.

É realizado a saturação de oxigênio no membro superior direito e em


um dos membros inferiores.

É considerada normal quando a saturação é maior ou igual a 95% em


ambas a medidas. com diferença <3% entre as medidas desses
membros.
Caso haja resultado anormal, outra saturação deve ser realizada em 1h.
Caso resultado continue assim, um ecocardiograma deve ser realizado
em até 24h

Icterícia neonatal

Fisiológica Icterícia Pico da concentração de


Aparecimento Desaparecimento Mg/dl
RN a termo 2 – 3 dia 4 – 5 dia 10-12
RN prematuro 3 – 4 dia 7 – 9 dia 15

Fatores de risco maiores

- Bilirrubina total sérica ou transcutânea na zona de alto risco antes da alta hospitalar.

- Icterícia observada nas primeira 24h.

- Incopatibilidade sanguínea ou outras doença hemolíticas conehcidas

- Idade gestacional entre 35 e 36 semanas

- Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia.

Quando pensar que a icterícia não é fisiológica

- Icterícia nas primeira 24h.

- Nível de bilirrubina subindo a uma taxa superior a 5mg/dl nas 24h.

- Nível de bilirrubina maior que 12mg/dl em RN a termo ou 10-14mg/dl em prematuros.

- Icterícia persistente (mais de 8 dias nos RN a termo e mais de 14 dias nos prematuros)

- Aumento da bilirrubina direta.

Avaliação da icterícia que começa nas primeiras 24h de vida.

- Investigar prioritariamente, causas de hemólise.

- Solicitar : Bilirrubina total e frações, tipagem sanguínea, coombs direto, hematócrito


ou
hemoglobina, hematoscopia e contagem de reticulócito.

Fatores que aumentam a Toxicidadeda Bilirrubina:

•Prematuridade e muito baixo peso


•Acidose metabólica ou respiratória grave (pH <7,15)

•Hipóxia persistente (Pa O2<40mmHg)

•Sepsi

•Hipoalbuminemia (<2,5 g/dl)

•Aumento da bilirrubina total >1mg/dl/

Causas :

Doença hemolítica imunes (passagem transplacentária de anticorpos maternos que


sensibilizam as hemácias fetais levando a sua destruição.

- Incompatibilidade Rh : Mãe Rh negativo com combs indireto positivo (indica


sensibilização materna prévia) + RN Rh positivo. O teste de combs direto no RN será
positivo.

-Incopatibilidade ABO ; Forma mais frequente de anemia hemolítica neonatal. Mãe


mais comumente é O+ e RN A ou B. O teste de combs direto no RN pode ser positivo ou
negativo. Há presença de esferócitos no sangue periférico do RN.

Outras doenças hemolíticas : O coombs direto sempre será negativo.

- Doença hemolítica enzimática ( deficiência de G6PG – Mais comum após 2-3 dias de vida;
corpúsculo de Heinzs e hamácias mordidas); defeitos na membrana eritrocitária ( esferocitose
hereditárias ; esferócitos no sangue periférica.

Icterícia associada ao aleitamento materno.

- Má alimentação da criança com diminuição do trânsito intestinal e aumento da circulação


êntero-hepática. Além da ictericia há perda ponderal excessiva e dificuldade relacionada a
amamentação. Tratamento é de suporte nutricional. O quadro é típico dos primeiros dias de
vida

Icterícia por aumento da bilirrubina direta.

- É uma urgência pelo risco de atresia das via biliares

Atresia das vias biliares extra hepáticas


- A história mais comum é de recém nascido que começa a apresentar icterícia entre a
segunda e sexta semana de vida, podendo ter outras manifestações de colestase, como colúria
e acolia fecal.

A investigação inclui a realização de USG de vias biliares. A colangiografia é o exame que


estabelece o diagnóstico definitivo. O Tratamento é a cirurgia de KASAI que deve ser
feita nas primeiras 8 semanas de vida.

Infecções congênitas

Etiologia : Treponema pallidum

Quadro clínico :

Sífilis congênita precoce < 2anos

Pele e mucosa : Pênfigo palmo plantar, condilomas planos e rinite serossanguinoleta

Lesões ósseas ; - Osteocondrite (pseudoparalisia de Parrot)

- Periostite : Espessamento extenso e bilateral da cortical da diáfise


(sinal de duplo contorno)

Sífilis congênita tardia > 2 anos

- Bossa frontal (fronte olímpica)

- Arqueamento da porção média da tíbia (tíbia em sabre)

- Dentes de Hutchinson e molares em formato de amora.

Prevençao e conduta no pré natal

Sífilis primária : Penicilina benzatina 2.400.000 UI/IM

Sífilis secundária : Penicilina benzatina 2.400.000 UI/IM repetindo a mesma dose


Uma semana depois. (4.800.000)

Sífilis terciária, sífilis latente tardia ou com duração prolongada : Penicilina benzatina
2.400.000 UI/IM 3x, com intervalo de 1 semana entre cada aplicação. (7.200.000)

Critérios de tratamento materno inadequado.

- Todo tratamento que não foi feito com penicilina.

- Tratamento incompleto mesmo tendo sido feito com penicilina.


- Tratamento inadequado para fase clínica da doença.

- Instituição do tratamento dentro do prazo dos 30 dias anteriores ao parto.

- Ausência de documentação de tratamento.

-Ausência de queda dos títulos(sorologia não treponêmica) após o tratamento.

- Parceiro não tratado ou inadequadamente tratado.

Manejo do recém nascido

RN de mulher com sífilis não tratada, ou inadequadamente tratada.

- Solicitar : VDRL no sangue periférico, hemograma, radiografia de ossos longos,


avaliação liquorica, (VDRL, proteinas e celularidade)

 Se houver alretações liquoricas : - VDRL positivo


- Proteina > 150
- Celularidade > 25

Conduta : Penicilina G cristalina, na dose de 50.000 UL/kg/dose,IV, por 10 dias


(12 em 12 horas nos primeiros 7 dias e 8 em 8 horas a partir do oitavo dia)

 Se alterações liquoricas forem normais e houver alterações radiológica,


hematologicas ou clínicas.

Conduta : Penicilina G cristalina, na dose de 50.000 UL/kg/dose,IV, por 10 dias


(12 em 12 horas nos primeiros 7 dias e 8 em 8 horas a partir do oitavo dia)

 Senão houver nenhuma alteração :

Conduta : Penicilina benzatina na dose de 50.000 UI/kg/ IM. ( Nesse caso deve ser
garantia do o seguimento. Caso não tenha como manter realizar o mesmo tratamento da sífifis
inadequadamente tratada.

RN de mulher com sífilis adequadamente tratada :

- Solicitar VDRL em sangue periférico em todos os casos

 Se houver alterações clínica e VDRL > materno


Conduta : Colher os demais exames e realizar tratamento com penicilina cristalina

 Se RN assintomático e VDRL < que o materno :


Conduta : Apenas o acompanhamento clínico
Toxoplasmose
Etiologia : Toxoplasma gondii

Quadro clínico :

Tríade clássica de Sabin : Coriorretinite, calcificações intracranianas e hidrocefalia.

Oftalmológicas : Coriorretinite em 60% dos casos

Neurológicas : Calcificações intracraniana difusas, hidrocefalia, retardo do rcescimento.

Prevenção e conduta no pré natal

Gestante com infecção aguda (IgM +/IgG + com baixa avidez)

Conduta : Investigação de infecção fetal : USG obstétrica ; Amniocentese para pesquisa


de DNA de toxoplasma.

- Ausência de infecção fetal :


Conduta : Espiramicina, para prevenção da infecção.

- Presença de infecção fetal :


Conduta : Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folinico. ( não pode ser feito no primeiro
trimestre)

Manejo do recém nascido

- Todos recém nascido infectados devem ser tratados por 1 ano.

- Na presença de coriorretinite ou hiperproteinorraquia (>1g/dl) : associas corticoide ao


esquema anterior (1mg/kg/dia) de prednisona.

Citomegalovírus
Quadro clínico

Neurológico : Microceflaia, calcificações intracranianas periventriculares, corio


rretinites,perda auditiva neurossensorial.

Obs ; A infecção congênita por CMG é a principal causa de surdez neurossensorial de


causa viral na infância.

Manejo do recém nascido : Ganciclovir da dose 6mg/kg/dose 12/12h IV, durante seis
semanas.

Rubéola
Maior risco de transmissão fetal no 1 e 3 trimestre. Mas nas primeiras 8 semanas o risco
de anomalias é maior.

Diagnóstico : Anticorpos IgM no recém nascido que dizer que houve infecção
congênita, já que esse anticorpo não é passado por via transplacentária. Eles podem
ser detectados em até 100% dos recém nascido até o 5 mês de vida. Os anticorpo
IgG, esses sim passam por via transplacentária.

Quadro clínico :
*Infecção congênita mais associada a CIUR

Oculares : Catarata, glaucoma.

Cardíacas : PCA (persistência do canal arterial) com ou sem estenose de ramo de artéria
pulmonar.

Auditivas : Surdez bilateral – manifestação mais comum da rubéola congênita.

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