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1- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES:

SÍNDROMES CORONARIANAS: podem ser: forma crônica: angina estável e forma aguda: angina instável, infarto sem
supra ST e infarto com supra ST
ANGINA ESTÁVEL: É uma síndrome caracterizada pela presença de dor ou desconforto no tórax, mandíbula,
epigastro, ombro, dorso ou MMSS, tipicamente desencadeada ou agravada pelo esforço físico ou estresse e aliviada
pelo repouso ou com o uso de nitratos. É um quadro de isquemia crônica.
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS: É o conjunto de manifestações clínicas que refletem um quadro de isquemia
miocárdica aguda. Entre as SCA, incluem 3 formas clínicas principais: • Angina instável (AI), • Infarto agudo do
miocárdio SEM supradesnivelamento de segmento ST (IAM SSST), • Infarto agudo do miocárdio COM
supradesnivelamento de segmento ST (IAM CSST).
ANGINA INSTÁVEL: É uma síndrome caracterizada pela presença de dor ou desconforto no tórax, mandíbula,
epigastrio, ombro, dorso ou membros superiores, em crescendo e que pode ser desencadeada ao repouso. Seus
sintomas duram mais tempo que a angina estável
INFARTO: refere-se ao processo pelo qual áreas de células miocárdicas do coração são destruídas de
amneira permanente. Pode ser classificado como: IAM SEM supra desnivelamento do segmento ST e IAM COM
supra desnivelamento do segmento ST.

FISIOPATOLOGIA: Os quadros isquêmicos miocárdicos agudos resultam do desequilíbrio abrupto entre a


oferta e o consumo de oxigênio cujo mecanismo mais freqüente é a cessação do fluxo sanguíneo no miocárdio.
Principais mecanismos determinantes da isquemia miocárdica nas SCA: Trombo sobre placa aterosclerótica
vulnerável e Espasmo vasocoronário ou vasoconstrição. Aterosclerose é o acumulo anormal de substancias
gordurosas e de tecido fibroso na parede vascular, essas substancias criam bloqueios ou estreitam o vaso de tal
modo que há redução do fluxo sanguíneo para o miocárdio.
FATORES DE RISCO: podem ser: não modificáveis (historia familiar, idade crescente, sexo, raça) e
modificáveis (HAS, DM, DLP, tabagismo, obesidade, sedentarismo, síndrome metabólica e estresse) e outro fator é a
circunferência abdominal (homem maior ou igual a 90 e mulher maior ou igual a 80).
SINAIS E SINTOMAS: dor torácica, dispneia, náusea/vomito, palpitações, sincope, arritmias ventriculares,
PCR.
PRINCIPAIS ACHADOS NO EXAME FÍSICO: ausculta pulmonar (estertores), ausculta cardíaca (sopros, B3) e
sinais de choque.
EXAMES: eletrocardiograma, marcadores de necrose miocárdica e cateterismo cardíaco (visualização de um
estreitamento, geralmente formado por uma placa de gordura na artéria coronária).
TRATAMENTO DA ANGINA: as metas são diminuir a demanda de O2 do miocárdio e aumentar suprimento
de oxigênio. Tem a terapia farmacológica e controle de fatores de risco.
- terapia farmacológica: Oxigênio – aumenta oferta de O2 - Todos os pacientes que se apresentarem com
congestão pulmonar óbvia ou SaO2 menor 94% até a resolução do quadro respiratório. Nitratos – são
vasodilatadores – aumentam o fluxo sanguíneo coronariano. Beta-bloqueadores – reduzem o consumo de O2 pelo
miocárdio como resultado da redução da FC. Bloqueadores de canal de cálcio – relaxam os vasos sanguíneos,
aumentando a perfusão coronariana e diminuição da FC. Antiagregantes plaquetários – inibem a ativação
plaquetária. Anticoagulantes – inibem a formação de coágulo.
TRATAMENTO DO INFARTO: as metas são minimizar a lesão miocárdica e evitar complicações. Tem a terapia
farmacológica e trombolíticos ou angioplastia (realiza a desobstrução de artéria coronária ou ponte de safena que
esteja comprometida por uma placa de gordura ou um coagulo).
- tratamento farmacológico: MESMOS MEDICAMENTOS DA ANGINA + Morfina – reduz a dor e a ansiedade e
conseqüentemente a carga e trabalho cardíaco, IECA – evita o início da insuficiência cardíaca e reduz a demanda de
O2 pelo miocárdio, Trombolíticos – dissolvem o trombo que está ocluindo a coronária.
CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO: procedimento cirúrgico em que um vaso sanguíneo de
outra região do corpo é enxertado na artéria coronária ocluída, de modo que o sangue possa fluir além da oclusão.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS INFARTO: Angina pós infarto, Choque cardiogênico, Complicações
mecânicas: regurgitação da valva mitral com ou sem ruptura do músculo papilar, ruptura do septo ventricular,
ruptura da parede livre do ventrículo, Taquiarritmias, Bradiarritmias, Parada cardiorrespiratória.
PREVENÇÃO: Prevenção primária: adoção precoce de hábitos saudáveis de vida e Prevenção secundária:
Aconselhamento antitabagismo, Controle da HAS, Controle do DM, Controle das DLP, Controle da obesidade,
Aconselhamento quanto à cessação do sedentarismo.
2- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS INFECCIOSOS

Infecção é a presença de um microrganismo em um determinado local do corpo com multiplicação e resposta do


hospedeiro;
Condição localizada ou resultante de uma reação adversa com presença de um agente infeccioso de toxina.
Colonização – estabelecimento de um grupo de microrganismo num determinado local, sem causar danos.
Contaminação - entrada de um microrganismo ou de uma substância indesejável em determinado local.
Agente infeccioso – microrganismo (vírus, bactérias, fungos, protozoários, helminto) capaz de produzir infecção
ou doença infecciosa.
Fonte de infecção – local onde o microrganismo se multiplica: individuo doente/colonizado, animais doentes,
agua, alimentos.
Cuidados de enfermagem
 Deverá ser individualizada
 Considerar a prevenção de transmissão
 Minimizar os riscos para os profissionais, visitantes e outros pacientes
 Proporcionar conforto aos pacientes

SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: Causada por retrovírus, caracterizado por um curso crônico, longo
tempo de latência, e replicação viral persistente. O HIV entra nos linfócitos T, liga-se ao CD$ uma vez no interior dos
linfocitos oHIV se multiplica e destrói a célula, repetindo a ação, aumentando assim o número de celulas infectadas. É
transmitida por fluídos corpóreos, por leite materno, reutilização de perfuros e acidentes de trabalho.
O tempo entre a exposição ao HIV e o aparecimento dos sintomas é de 5 a 30 dias. A aids é a presença de
imunossupressão grave, infecções oportunistas por microrganismos não patógenicos em pessoas com sistema imune
normal.
Transmissão – contato com fluidos corpóreos de pessoas infectadas, sendo que este atinge a mucosa ou pele com
algum tipo de lesão.
Sintomas - fase aguda – manifesta- se clinicamente em 50 a 90% dos pacientes, o diagnostico é pouco realizado
nessa fase. Apresenta uma viremia elevada e queda dos linfocitos T-DC4.
Quadro gripal, febre, faringite, cefaleia, fotofobia, náusea, vomito, candidíase oral, os sintomas duram em media 14
dias, o quadro clinico é autolimitado, a velocidade da replicação é fato prognostico de evolução da doença, a queda
progressiva da contagem de CD4 está diretamente relacionad a velocidade de replicação viral e progressão para a
AIDS.
Fase assintomática: pode durar meses ou anos, com sintomas leves ou inexistentes, o teste sorológico é reagente e
há declínio.
Fase sintomática inicial: diarreia, febre, sudorese
AIDS: presença de imunossupressão grave, infecções oportunistas por microrganismos não patogênicos em pessoas
com o sistema imune normal.
DIAGNOSTICO
ELISA: teste sorológico.
WESTERN BLOT: teste confirmatório que detecta a presença de anticorpos contra diferentes proteínas do HIV.
TESTE RAPIDO: soro do paciente adicionado a uma mistura de latex coberta por antígenos de HIV.
Outros exames: contagem de células CD4, carga viral do HIV.
Terapia Antirretroviral: inibem a replicação do HIV, diminuem o risco para aquisiçã de oportunistas, aumentando
assim o tempo de vida do paciente.
Medicações(terapia antirretroviral)
Antirretrovirais – inibe a replicação do HIV, diminui vírus e melhora a qualidade de vida do paciente, udo adulto e
pediatrico
Inibidores da transcriptase reversa: inime a enzima, resultando na interrupção da cadeia de DNA e da redução da
replicação viral. → Zidovudina, didanosina, estavudina, lamivudina, abacavir, tenofovir, nevirapina e efavirenz.
Inibidores de protease: inibem a enzima, então não permite a produção de virus. → ritonavir, lopinavir, saquinavir,
amprenavir e indinavir.
Inibidores de protease: inibe a protease do HIV e não permite a produção de ???? infecciosos
Inibidores de entrada: inibem a ligação do HIV com os receptores. → maraviroc, vicriviroc e aplaviroc.
Inibidores de fusão: impedem que o vírus entre nos linfócitos. → enfuvirtida.
Inibidores de integrase: impede a replicação. → Raltegravir.
Terapia conjugada – a mistura de vários antirretrovirais atua em varias fases de replicação, diminuindo em 100 vezes
a replicação.
PNEUMOCISTOSE: Transmitida através das vias aéreas, por contatos intimos através de secreções, em indivíduos
imunocompetentes. É um citomegalovírus.
Diagnostico: Rx tórax
Quadro clinico: tosse seca, febre, fadiga, perda de peso, suor noturno
Tratamento: sulfametoxazol – timetroprim
INFECÇÕES POR CMV – família da herpes, trasmissao por contato intimo. O vírus permanece no organismo, com a
queda da imunidade, reaparece.
RETINITE POR CMV: Causa comum de amaurose em pacientes com aids. → Ganciclovir, ganciclovir intra vitreo,
valganciclovir, foscarnet e cidofovir.
TUBERCULOSE: Doença infecciosa causada por microrganismo que afeta principalmente os pulmões mas também
pode ocorrer em outros orgãs do corpo, como ossos, rins e meninges.
É transmitida por via respiratória aerossóis. A principal manifestação é tosse crônica, mas tambem tem
emagrecimento, inapetencia, sudorese noturna, febre, etc.
Diagnóstico é feito pelo teste de escarro e PPD. O tratamento é esquema terapeurico por 6 meses, eliminar o
microrganismo, Rifampicina, Rirazinamida, Etambutol, Isoniazida
TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR é quando o vírus atinge a corrente sanguínea, atingindo principalmente: gânglios,
pleura, rins, cérebro, articulação, genitalia e intestino. Pode ocorrer durante ou apís a primoinfecção. A forma mais
comum é pleural.
TOXOPLASMOSE: toxoplasma gondii – protozoário intra obrigatório. Ciclo: gato-> ovos – animais alimentos->
humanos;
Fomas: febril aguda, ocular, gravidez, linfoadenopatia, neonatal, paciente c/ imunodepressão(neurotoxo)
INFECÇÃO DO SNC
AIDS,neoplasias,TOS,corticoide - comum reativação da infecção latente no SNC
- meningoencefalite difusa a lesões expansivas cerebrais( ~tumor)
Clinica: insidiosa, subaguda, cefaleia, febre.
Diagnostico: clinico, CT crânio, e LCR
- múltiplas lesões hipodensas, halo de realce e edeme perilesional
TTO: sulfaziadina + pirimetamina + Ac. Fólico 6- 85
Fungo verdadeiramente patogênico – var gatti – pop geral
Funfo oportunista(imunidade cel) – var neoformans – pop baixa imunidade
NEUROTOXOPLASMOSE(paciente com hiv): A neurotoxoplasmose é uma infecção, que se não diagnosticada e
tratada da forma correta pode ser grave e fatal,que acomete indivíduos com imunidade baixa. Indivíduos
soropositivos, que estejam com a taxa de CD4 baixa, tem uma grande propabilidade de desenvolver esse tipo de
toxoplasmose, por ela ser considerada uma doença oportunista. Ela causa no indivíduo soropositivo, febre, confusão,
cefaléia,vômitos, perda de força, convulsão,perda da sensibilidade, evoluindo de maneira rápida podendo levar a
pessoa ao coma.
CRIPTOCOCOSE
Cryptococus neoformans(imunossuprimidas)
Cosmopolita, relacionada a solos contaminados com excreta de aves
Cryptococus gatti – australia – madeira em decomposição, excreta de aves
Infecção por inalação com alta prevalência
Clinica: qualquer órgão, + comum em SNC, pulmão, pele, próstata, em pessoas com AIDS + comum em SNC e
extrapulmonar
Meningite – cefaleia, febre, letargia, perda de memoria e coma. Diagnostico radio, CT crânio
Criptococoma: único ou múltiplo sem efeito de massa metade dos casos.
Diagnostico: biopsia tec, cultura LCR e sangue(alta positividade), LCR: aumento cel discreta, tinta da china positiva,
aumento proteína, diminuição glicose.
Tratamento especifico: anfotericina B que causa muita reação a infusão como tremores e queimação, por isso a
mesma deve ser lenta, c hidratação e corticoide(pode causar problemas renais)
Cuidados na adm: 500ml de SF antes e 500 após a medicação injetados rapidamente, a medicação deve ser diluída
em 500ml de SG e a infusão deve ser feita entre 4 e 6 horas.

Questões para direcionar estudo


1)Qual a diferença entre contaminação, colonização e infecção?
Infecção é a presença de um microrganismo em um determinado local do corpo com multiplicação e resposta do
hospedeiro;
Condição localizada ou resultante de uma reação adversa com presença de um agente infeccioso de toxina.
Colonização – estabelecimento de um grupo de microrganismo num determinado local, sem causar danos.
Contaminação - entrada de um microrganismo ou de uma substância indesejável em determinado local.
2)Por que a monoterapia não é indicada nos para o tratamento de HIV/AIDS?
a mistura de vários antirretrovirais atua em varias fases de replicação, diminuindo em 100 vezes a replicação.
3)Quais são as classes de antirretrovirais existentes?
Inibidores da transcriptase reversa: Inibidores de protease, de entrada, de fusão e de integrase.
4)Qual o agente causador na pneumocistose?
citomegalovirus
5)Qual a forma mais comum de infecção por CMV em pacientes HIV/AIDS?
Retinite
6)Em relação a droga Ganciclovir utilizada para o tratamento de CMV, quais os cuidados necessários para a
administração da mesma?
Já vem pronta, tóxica ao inalar. Somente o enfermeiro administra, não pode ser descartado em lixo comum apenas
químicos.
7)Cite algumas formas de tuberculose extrapulmonar?
Gânglios, pleuras, cérebro, rins, ósseo, intestino, genitario.
8)Quais são as drogas utilizadas para o tratamento de tuberculose nos dois primeiros meses?
Rifampicina, Rirazinamida, Etambutol, Isoniazida
9)Qual o agente etiológico da neurocriptococose?
Cryptococcus neoformans: fungo arredondado (levedura)
10)Quais os cuidados de enfermagem para a administração de Anfotericina B?
Cuidados na adm: 500ml de SF antes e 500 após a medicação injetados rapidamente, a medicação deve ser diluída
em 500ml de SG e a infusão deve ser feita entre 4 e 6 horas.

3- DOENÇAS AGUDAS (NÃO TRANSMISSIVEIS):


Doença é um estado no qual o funcionamento físico, emocional, intelectual, social, do desenvolvimento ou
espiritual de uma pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação com a experiência anterior.
As doenças podem ser classificadas em: agudas e crônicas. Ambas têm o potencial de serem ameaçadoras à vida.
O que influenciam no comportamento de doença? As variáveis internas e externas podem afetar a probabilidade
de bisca de cuidado da saúde, a adesão à terapia e, portanto os desfechos de saúde.
Doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença ou morte em menos
de três meses. A maioria das doenças agudas caracteriza-se em várias fases. O inicio dos sintomas pode ser abrupto
ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioração até um máximo de sintomas e danos, fase de plateau, com
manutenção dos sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual dos
sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença, mas o indivíduo ainda não
recuperou totalmente as suas forças. A fase de recuperação podem ocorrer as recrudescências, que são
exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo ou plateau, e na fase de convalescência as recaídas, devido à
presença continuada do fator desencadeante e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.

4- DOENÇA CRÔNICO-DEGENERATIVA: CONCEITO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE


SENILIDADE:
As doenças crônicas são encontradas em pessoas de todos os grupos socioeconômicos, étnicos, culturais e
raciais, porém são mais comuns em pessoas dos grupos socioeconômicos mais baixos, provavelmente por questões
nutricionais e menos acesso aos cuidados de saúde.
Definição de condições crônicas: São problemas de saúde com sintomas e incapacidades associadas que exigem
controle a longo prazo (3 meses ou mais). Pode ser decorrente de doença, defeito congênito ou lesão.
O fenômeno da cronicidade: dor, reações psicológicas e emocionais, evolução longa e incurável, necessidade de
agente terapêutico para manter a doença sob controle, algum grau de incapacidade (inabilidade, insuficiência),
fadiga, algum grau de limitação (restrição).
Implicações da cronicidade: requer adesão ao regime terapêutico, mudança da imagem corporal, de estilo de
vida, adaptação física e psicológica, problemas psicológicos, sociais, familiares, conviver com a incerteza, períodos
estáveis e instáveis, exacerbações e remissões, requer aprender a conviver com os sintomas e/ou incapacidades e
empreender (cultivar) esquemas e atividades de vida diária para manter a doença sob controle, o controle da
doença crônica é dispendioso, o controle das condições crônicas é um processo de descoberta, cooperativo.
O processo de Enfermagem aplicado a um paciente com doença crônica
- Coleta de dados: - Faça a entrevista buscando informações (dados) biológicos, sociais, emocionais que lhe
indique em qual fase da trajetória da doença crônica o paciente se encontra e a resposta do cliente à essas
condições, - Faça o exame físico completo, - Valide, confirme e amplie as informações coletadas, com pessoas
significativas, outros profissionais e prontuário do paciente.
- Diagnóstico de enfermagem: - Utilize todos os elemento do pensamento crítico e o raciocínio clínico para
estabelecer os diagnósticos de Enfermagem; - Estabeleça metas em conjunto com o cliente, família e outros
profissionais; - Leve em conta os fatores que facilitam e dificultam o alcance das metas, - Estabeleça um plano de
intervenções (também em conjunto) para alcançar essas metas, - Estabeleça critérios para avaliar o alcance das
metas.
- Planejamento: - implementação das intervenções: Prestar cuidados: diretos – ensinar, executar procedimentos
indiretos – providenciar recursos, encaminhar, gerenciar) e – avaliação: Avalie o alcance das metas segundo os
critérios que estabeleceu fazendo nova coleta de dados e diagnósticos de Enfermagem.
PROCESSOS FUNDAMENTAIS DE RESILIÊNCIA FAMILIAR NA VIGÊNCIA DE UM MEMBRO COM DOENÇA
CRÔNICA
O que é resiliência? “É a capacidade de se renascer da adversidade fortalecido e com mais recursos.” (Walsh, 2005)
O que é resiliência familiar? “Resiliência familiar refere-se aos processos de enfrentamento e adaptação na família
como uma unidade funcional” (Walsh, 2005)

SENESCÊNCIA E SENILIDADE
SENESCÊNCIA é o envelhecimento fisiológico. É a redução das reservas funcionais em conjunto com
alterações do mecanismo de controle da atividade das células, tecidos e sistemas, decorrentes do envelhecimento
normal. Envelhecer não é sinônimo de doença.
SENILIDADE é o envelhecimento patológico. É o envelhecimento com a implicação de que a involução,
degeneração ou algum grau de alteração patológica está ocorrendo em um ou mais órgãos ou sistemas. Presença de
enfermidade aguda ou crônica de gravidade variável.
CAUSAS DE FRAGILIDADE E ALTO RISCO PARA OS IDOSOS: Morar sozinho; Ter mais de 80 anos; Viuvez há
menos de um ano; Ter mudado de domicílio há menos de um ano; Apresentar depressão; Ter condições econômicas
precárias; Ingerir mais de três medicamentos com efeitos colaterais; Possuir patologias prévias associadas
(Hipertensão, Diabetes, ICC, ICo, Parkinson...)
Gigantes da Geriatria: Os 5 “Is”: imobilidade, iatrogenia, nsuficiência cognitiva, incontinência, instabilidade
& quedas.

5- O CUIDAR DO PACIENTE ONCOLÓGICO: O CÂNCER COMO PROBLEMA DE SAÚDE


PÚBLICA (INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS); DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DO
CÂNCER; TRATAMENTOS (QUIMIOTERAPIA, RADIOTERAPIA, MODIFICADORES DA
RESPOSTA BIOLÓGICA); A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: ASPECTOS LEGAIS DA
ASSISTÊNCIA, CUIDAR/CUIDADO; EDUCAÇÃO AO PACIENTE/FAMÍLIA/COMUNIDADE
(PREVENÇÃO DE AGRAVOS E PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA):

Doença vinculada aos hábitos de vida, cultura e exposição a fatores cancerígenos. Sempre são de multicausalidade,
podendo ser, hereditariedade, estresse, dieta inadequada, obesidade, fumo e exposição a agentes específicos.
→ cancerígenos: agentes que podem afetar estáfios precoces ou tardios da carcinogênese.
Como ocorre o desenvolvimento tumoral ?
Existência de Período de Latência ou Pré -Clínico
Início insidioso e longo período de latência
Múltiplas Causas e Múltiplos Efeitos
História familiar
Estresse/tipo de personalidade
Dieta inadequada
Obesidade
Hábito de Fumar
Exposição a agentes específicos
O processo ocorre com 3 fases:
1) Iniciação: o agente induz mutações e altera a velocidade da divisão celular.
2) Promoção: Há formação da colônia de descententes, evoluindo o processo a´te tornar-se um tumor observável.
3) Progressão: evolução clínica com possibilidade de metastase.

Características de uma célula malígna: A mesma perde o padrão de crescimento ordenado, cresce dispensando os
fatores de crescimento exógeno ou produzindo os seus, é resistente aos mecanismos celulares que eviram a
desordem e a morte programada, pode viajar pelo corpo, produz novos vasos sanguíneos, perde capacidade de
reparar dano no DNA, acumulando assim deeitos genéticos.
Diferenciação: capacidade das celulas neoplásicas de reproduzierem características mofol´ogicas e funcionais das
celulas normais.
Anaplasia: incapacidade das céulas neoplásicas de reproduzirem o pad~rao morfológico e funcional das células
normais.
Sendo assim, os tumores bem diferenciados tem baixo grau e malignidade e os pouco diferenciados tem alto grau.
Quais são os genes mais afetadas?
•Oncogenes: inicialmente proto-oncogenes, após mutação são ONCOGENES ATIVOS
•Genes Supressores Tumorais (Rb: retinoblastoma hereditário; p53: quase todos os tipos de câncer)
•Genes envolvidos na Apoptose (gene bcl-2: linfoma folicular)
ESTADIAMENTO TUMORAL Definição “ refere-se à classificação dos pacientes de câncer com base na extensão
anatômica da doença” Objetivos:
• Auxilia no planejamento do tratamento
• Proporciona indicadores prognósticos
• Ajuda na avaliação de resultados de tratamentos
• Facilita a troca de informações entre os profissionais
Classificação:
T: tumor primário
Tx: tumor primário não pode ser avaliado
T0: nenhuma evidencia do tumor primário
Tis: carcinoma in situ
T1,2,3,4: aumento de tamanho e/ou extensão local do primário
N: linfonodos regionais
Nx: linf regionais não podem ser avaliados
N0: sem metástases em linfo regionais
N1,2,3: aumento numérico do envolvimento dos linfonódos regionais
M: metastases a distância
Mx: presença de metastases não pode ser avaliada
M0: ausência de metástases a distancia
M1: metastases a distância
O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico.
Causas de morte por cancer em mulher: mama, pulmão, colo, utero, estômago.
Causas de morte por cancer em homens: Pulmão, próstata, estômago, esòfago, colo e reto.

Escalas de Capacidade Funcional


•Orientam o nível de comprometimento da doença em relação às capacidades funcionais: cuidados com a
manutenção da vida, trabalho, atividades do cotidiano
•Indicam a Evolução Clínica da Doença, permitindo a definição de condutas dos profissionais envolvidos

Escala de Zubrod (ECOG) Escala de Karnofsky(%)


PS 0: Atividade normal 100: nenhuma queixa
90: capaz de levar vida normal/sinais menores ou
PS 1: Sintomas da doença, mas deambula e leva seu dia a dia normal 80: alguns sinais, sintomas da doença com esforço
70: capaz de cuidar de si, incapaz de levar suas
exercer trabalho ativo

PS 2: Fora do leito mais de 50% do tempo 60: necessita de assistência ocasional


50: assistência considerável e cuidados médicos fr

PS 3: No leito mais de 50% do tempo, carente de cuidados mais intensos 40: incapaz...
30: muito incapaz...
PS 4: Preso ao leito 20: muito debilitado...
10: moribundo...
TRATAMENTOS
• Cirúrgico
Diagnóstica
Curativa
Paliativa, Cito-Redutora e Preventiva
Reconstrutora
• Clínico
Quimioterapia
Radioterapia
Hormonioterapia
Modificadores da Resposta Biológica
TMO
QUIMIOTERAPIA
A adm de QT é de responsabilidade do enfermeiro, sendo:
1) Analisar a prescrição médica: nome da droga,dose, via, e identificação do paciente.
2) Checar a droga vinda da farmácia: nome da droga, dose, via, identificação e validade.
3) Administrar e monitorar sinais e sintomas.
A adm pode ser:
- CVP: máx dee 72 horas, curtissima duração
- CVC: pode ser de longa ou curta duração.
VANTAGENS DO CVC: Adm de várias drogas ao mesmo tempo; reduz o número de punções; menor potenicial para
processos inflamátórios, e desconforto emocional; melhor para quimioterapia em infusao continua; Reduz o risco de
causar danos a pele e ao tecido muscular caso extravase a veia.
DESVANTAGEM DO CVC: a infecção da corrente sanguínea associada a inserção e manutenção.

Dentre os fatores que contribuem para que o Câncer seja um Problema Mundial de Saúde Pública, é uma exceção:
A.Envelhecimento populacional
B.Diminuição dos poluentes ambientais
C.Mudanças comportamentais vinculadas às atividades sexuais
D.Controle das doenças infecto-contagiosas e parasitárias

Dentre as causas de morte por câncer no sexo feminino temos, em ordem decrescente :
A.Pulmão, mama, colón/reto, colo uterino, estômago
B.Mama, pulmão, colón/reto, colo uterino, estômago
C.Estômago, mama, pulmão, colón/reto, colo uterino
D.Pulmão, colón/reto, colo uterino, mama, pulmão

Dentre as causas de morte por câncer no sexo masculino temos, em ordem decrescente :
A.Cólon e Reto, Pulmão, Próstata, Estômago, Esôfago
B.Esôfago, Pulmão, Próstata, Estômago, Cólon e Reto
C.Pulmão, Estômago, Esôfago, Cólon e Reto Próstata
D.Pulmão, Próstata, Estômago, Esôfago, Cólon e Reto

No processo de carcinogênese, não é correto afirmar que :


A.O tumor se desenvolve apenas com os fatores promotores, caso estes sejam variados
B.No processo de iniciação ocorre indução de mutação
C.Na promoção ocorre proliferação das células iniciadas
D.Há formação tumoral mesmo se após a aplicação do indutor não ocorrer a aplicação consecutiva de promotores.

O Processo de Metastatização compreende:


A.Crescimento de um novo tumor, com características diferentes do inicial
B.Primeira etapa do desenvolvimento tumoral
C.Crescimento do tumor em um novo local, com células do tumor de origem
D.Impossibilidade de crescimento local e, por isso, o tumor invade outro local.

Indique a alternativa Errada e Corrija:


A.Diferenciação: capacidade das células neoplásicas de reproduzirem as características morfológicas e funcionais das
células normais.
B.Tumores Bem Diferenciados = muito semelhantes as células normais
C.Anaplasia: incapacidade das células neoplásicas de reproduzirem o padrão morfológico e funcional das células
normais.
D.Tumores Indiferenciados = idênticos às células normais

No Sistema TNM, o que as siglas significam, respectivamente:


A.Tumor secundário (presença, ausência, tamanho), Linfonodos Regionais (não puderam ser avaliados, ausência de
metástase, presença de metástase), Metástase (não pôde ser avaliada, ausência, presença)
B.Tumor primário (presença, ausência, tamanho), Linfonodos Regionais (não puderam ser avaliados, ausência de
metástase, presença de metástase), Metástase (não pôde ser avaliada, ausência, presença)
C.Tumor primário (presença, ausência, tamanho), Número de linfonodos regionais, Metástase (não pôde ser
avaliada,ausência, presença)
D.A e B são corretas
O estágio em que uma neoplasia maligna é diagnosticada depende de variáveis tumorais, da resistência imunológica
do organismo e da acessibilidade e qualidade dos serviços de saúde. Sobre o Sistema de Classificação Tumoral, Não
podemos afirmar que:
A.Permite avaliar o prognóstico
B.Deve ser modificado de acordo com a evolução do cliente
C.Uniformiza a linguagem entre os especialistas
D.Permite a comparação dos resultados terapêuticos em diferentes centros

6- Epidemiologia, prevenção e controles das infecções relacionadas à assistência à saúde.


(aula Dayane não passou slide ainda)

1) Medidas de prevenção de ITU em pacientes com CVD.

Uso criterioso de CV / tempo de uso:


 n Alternativas: uso de fraldas/condom/ cateterismo intermitente/cateterismo supra púbico;
 n Não realizar trocas rotineiras;
 n Manter o cateter o menor tempo possível.
 o Treinamento dos profissionais quanto às técnicas assépticas de inserção e manutenção dos cateteres.
 o Proceder a lavagem ou higienização das mãos antes de iniciar o procedimento;
 o Utilizar técnica asséptica;
 o O lubrificante (xylocaína a 2%) deverá ser estéril e de uso único para cada paciente;
 o Utilizar catéter de menor calibre para prevenção de traumas;
 o Manter o sistema fechado durante a inserção.
 o Fixar o catéter após a inserção para evitar tração do mesmo;
 o Manter o fluxo desobstruído, utilizar válvulas anti- refluxo;
 o Evitar que o saco coletor entre em contato com o chão;
 o Esvaziar o saco coletor rotineiramente, utilizar recipientes individualizados ou higienizado entre
pacientes;
 Cuidados com o meato urinário (inserção e higiene);
 o Irrigação vesical;
 o Evitar quebras no sistema, caso ocorra proceder a troca de todo sistema;
 o Coletar exames pelo dispositivo específico;

2) Medidas preventivas de IPCS em pacientes com CVC.( Infecção da Corrente Sanguínea


Relacionada a Cateter Venoso Central.)

Grande parte das IPCS pode ser prevenida por meio de programas que enfoquem educação
continuada, capacitação dos profissionais de saúde, adesão às recomendações durante a
inserção e manuseio dos cateteres, vigilância epidemiológica das infecções relacionadas à
assistência à saúde e avaliação dos seus resultados. Nos últimos anos inúmeros estudos
relataram o declínio das taxas de IPCS quando seguidas às recomendações de boas práticas
com o CVC.
1. Higienização das mãos.
2. Precauções de barreira máxima: higienização das mãos, uso gorro, máscara, avental e luvas
estéreis e campos estéreis grandes que cubram o paciente.
3. Preparo da pele antisséptico (gluconato de clorexidina).
4. Seleção do sítio de inserção de CVC: utilização da veia subclávia como sítio preferencial para
CVC não tunelizado.
5. Revisão diária da necessidade de permanência do CVC, com pronta remoção quando não
houver indicação.
Recomenda-se adotar o formulário contendo os cinco componentes a fim de avaliar a adesão a
essas práticas e instituir medidas corretivas antes do início do procedimento de instalação do
cateter.
3) Medidas preventivas de pneumonia relacionada à assistência à saúde.

A. Manter os pacientes com a cabeceira elevada entre 30 e 45 0;


B. Avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível;
C. Aspirar a secreção acima do balonete (subglótica);
D. Higiene oral com antissépticos (clorexidina veículo oral).

4) Quais os locais de entrada de microrganismos em um paciente que faz uso de CVD com sistema
fechado.

Vias de entrada dos microrganismos:


1) Ascendente
2) Hematogênica
3) Por contiguidade

5) Período de troca dos seguintes dispositivos:

a)Cateter vesical de demora – não deve ser trocado periodicamente, trocar em caso de obstrução,
grande quantidade de sedimentos ou indicação clinica.

b)Cateter venoso central troca a partir do 15º dia ou quando houver sinais de hiperemia ou infecção.
A troca pode ser realizada pelo mesmo sítio de inserção de não houver sinais flogísticos. Dar
preferência à veia subclávia pela facilidade na manipulação.

c)Cateter venoso periférico – a cada 72hrs

d) Equipo de infusão contínua Utilizar equipo único para NPP, hemoderivados, ou lípides .Troca a cada
24 horas. – entre 72 a 96 horas
e) Equipo de infusão de hemoderivados – a cada uso
f) Equipo de infusão de soluções intermintentes - a cada 24 hrs

7- - O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS


(aula professora convidada ainda não tem slide)

Eritrócito – transporte de o2, disco bicôncavo, sofre deformações e se desloca. Depende de uma medula funcionante
e adequado funcionamento de Fe, vit B, ác fólico e proteínas para ser produzido.
Leucócitos – responsável por prevenir infecções. Formado nos linfonodos, timo e baço. T - timo – imunidade celular.
B- outros tec – imunidade humoral – produção de anticorpos circulantes.
Granuloquine
Plaquetas – garante o inicio do processo hemostático, possuem propriedades de adesão, agragação plaquetaria –
para o sangramento (trombina – pro trombina – fator 8 – fator 6 - ...) se faltar qualquer coisa do caminho, o processo
é interrompido.
Plaquetopenia – diminuição da contagem do numero de cels sanguíneas, pode ser por metástases p/ a MO.(não
combina com deambulação)

8- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:


- ASMA: é uma doença crônica que se caracteriza por: inflamação das vias aéreas, principalmente por
mastócitos, eosinófilos, linfócitos T e neutrófilos, levando a várias alterações morfológicas do brônquio, inclusive
descamação epitelial; a inflamação provoca hiper-responsividade brônquica a uma série de estímulos, que resultam
em sintomas; episódios repetidos de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, especialmente à noite; sintomas
associados à limitação ao fluxo aéreo variável e reversível espontaneamente ou com tratamento.
FISIOPATOLOGIA: Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido broncoespasmo, edema e
produção de muco espesso. Difere das outras doenças pulmonares obstrutivas por ser um processo reversível (com
tratamento ou espontaneamente). Acontece em qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância.
Pode ser incapacitante ou levar à morte, nos casos mais graves.
O alérgeno (que são irritantes inalatórios, medicamentos, emoções, infecções respiratórias,
alterações hormonais) causa uma maior ou menor hiper-reatividade causando mais ou menos broncoespasmo, a
hiper-reatividade libera os mediadores causando broncoconstrição, congestão da mucosa, edema da mucosa,
hipersecreção da mucosa, roncos e sibilos, hiperinsuflação, desproporção v/q, respiração prolongada, hipoxemia
com ou sem hipercapnia com ou sem acidemia.
PRINCIPAIS FATORES DESENCADEANTES: mudança climática, sinusite, acaro, atividade física.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (SINAIS E SINTOMAS): Tosse, Dispnéia, Taquipnéia (FR > 30 irpm), Cianose,
Sudorese, Taquicardia (FC > 120 bpm), Utilização da musculatura acessória, Tiragem intercostal, Alteração do nível
de consciência.
DIAGNÓSTICO: pode ser clinico através dos sinais e sintomas e funcional que é a espirometria. Tem também
teste de broncoprovocação, testes cutâneos para identificação de prováveis alérgenos in vivo ou in vitro, RX de
tórax: inespecífico, hiperinsuflação,infecção; exame microscópico do escarro.
CLASSIFICAÇÃO: intermitente, leve (sintomas discretos e esporádicos, não prejudica o sono), moderada
(Apresenta dispneia e tosse) e grave (sintomas podem tornar sem diários. Atividades físicas são limitadas).
TRATAMENTO: os objetivos do tratamento são: Educação do asmático, Prevenção de crises recorrentes,
Prevenção dos sintomas crônicos, Manutenção da função pulmonar normal, Manutenção da qualidade de vida,
Aceitação do tratamento. A terapia não farmacológica é educação e controle ambiental e a terapia farmacológica é o
uso de: broncodilatadores, corticoides e antagonistas dos leucotrienos.
- DPOC: é uma doença caracterizada pela presença de obstrução ou limitação crônica ao fluxo aéreo,
apresentando progressão lenta e irreversível; Produz efeitos sistêmicos significantes que podem contribuir para a
gravidade da doença em cada paciente. A origem destas alterações é a combinação de bronquite crônica e enfisema
pulmonar.
FATORES DE RISCO: fumaça de cigarro, pó e gases ocupacionais, tabagismo passivo, poluição ambiental,
nutrição, infecções, condição socioeconômica, envelhecimento populacional, genética, stress oxidativo, gênero,
idade e co-morbidades.
MANIFESTAÇÕES DO PARENQUIMA PULMONAR NA DPOC (fisopatologia): existe a destruição da parede
alveolar, perda da elasticidade, destruição do leito capilar e presença de células inflamatórias (macrófagos e
linfócitos).
BRONQUITE CRÔNICA: Presença constante ou aumentos recorrentes das secreções brônquicas, suficientes para
causar expectoração; Expectoração presente pelo menos por três meses/ano, em dois anos sucessivos, sendo
afastadas outras causas de produzir expectoração crônica. É inflamação da mucosa brônquica, caracterizada por
produção excessiva de secreção da mucosa na árvore brônquica. Tosse produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos
consecutivos, em paciente que tem outras causas excluídas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: Taquipnéia, Tosse e expectoração mucosa e purulenta, Infecções broncopulmonares
de repetição, Dispnéia, Broncoespasmo, Roncos e sibilos, Diminuição de MV, Expiração prolongada, Hipoxemia,
Edema periférico, estase jugular.
ENFISEMA PULMONAR: definido anatomicamente como um alargamento anormal, permanente, dos espaços
aéreos distais ao bronquíolo terminal. Distensão anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais, com
destruição das paredes alveolares. É o estágio final de um processo que progrediu por muitos anos, onde ocorre a
perda da elasticidade pulmonar. A função pulmonar, na maioria dos casos, está irreversivelmente comprometida. Ao
lado da bronquite obstrutiva crônica é a principal causa de incapacidade.
FISIOPATOLOGIA: A obstrução aérea é causada por inflamação da mucosa brônquica, produção excessiva de
muco, perda da retração elástica das vias aéreas, colapso dos bronquíolos e redistribuição do ar para os alvéolos
funcionais. O tabaco provoca a excitação de macrófagos que aumenta a produção de elastase e provoca a oxidação
de alfa-1 antitripsina que terá a perda do poder da antielastase que dará origem ao desequilíbrio elastase,
destruindo as fibras elásticas, como consequência terá: diminuição do calibre dos brônquios, retenção aérea e
hiperinsuflação.
TIPOS DE ENFISEMA: ácino pulmonar normal, enfisema centroacinar e enfisema panacinar.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: destruição das paredes dos sacos alveolares, tórax em tonel, expiração prolongada
(taquipneia), tiragem intercostal (disneia), distúrbio V/Q, diminuição da expansibilidade torácica, FTV diminuído,
hipersonoridade torácica, MV diminuído, crepitações grossas; hipoventilação, hipoxemia (Diminuição da
concentração de oxigênio no sangue), hipercapnia (PaCO2 aumentado).

DIAGNOSTICO: é feito através da historia clinica: tabagismo, exposição a fatores de risco, dispneia ao esforços,
sibilos e tosse, geralmente produtiva e RX. Tem também a espirometria que é o padrão ouro para o diagnostico e a
avaliação da DPOC, confirma a suspeita clinica e quantifica a gravidade e comprometimento. Outros exames:
dosagem de alfa 1 antitripsina, ECG e ecocardiograma, hematócrito e escarro (DPOC leva um aumento de
neutrófilos).
TRATAMENTO: os objetivos são: Melhorar a qualidade de vida, Diminuir a progressão do processo patológico,
Tratar as vias aéreas obstruídas / Avaliar a hipóxia. E o uso de broncodilatadores, antibióticos, corticoides,
oxigenoterapia e hidratação adequada. Fisioterapia respiratória, apoio psicológico e programa continuo de educação
e reabilitação do paciente.

9- O CUIDAR DO PACIENTE COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS:

- PNEUMONIA: é o processo inflamatório que acontece as vias aéreas terminais e os alvéolos do parênquima
pulmocar; e a inflamação do parênquima pulmonar causada por vários tipos de microrganismos e agentes químicos.
Microrganismos: bactérias, microbactérias, clamídia, micoplasma, fungos, parasitas, vírus.
FISIOPAOTLOGIA: os fatores predisponentes e as bactérias vão originar uma reação inflamatória (liquido,
edema e hiperemia), que leva à produção de muco, a interferência do movimento e difusão do oxigênio e do dióxido
de carbono, terá a migração de leucócitos e neutrófilos para o interior dos alvéolos que causará edema de mucosa e
muco e broncoespasmo que levao ao distúrbio V/Q e hipoxemia.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Calafrios, febre de elevação rápida (39,5 a 40,5 °C), Dor torácica, Dispnéia,
Taquipnéia (25 a 45 inc/min), Diminuição de M.V. / Macicez / Crepitações / Roncos, Tosse / Muco, Batimentos de asa
de nariz, Utilização da musculatura acessória da respiração, Hipoxemia, Taquicardia
 CLASSIFICAÇÕES Como foi adquirida (PAC, hospitalar, aspiração, ventilação mecânica).
 Pela área do pulmão afetada (broncopneumonia, lobar, intersticial).
 Organismo causador (viral, bacteriana, fúngica, parasitária)
 Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) se refere à doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou de
unidades especiais de atenção à saúde ou, ainda, que se manifesta em até 48 h da admissão à unidade
assistencial.
 Pneumonia Hospitalar (Nosocomial) Pacientes portadores de pneumonia que estiveram hospitalizados em
unidades de pronto atendimento por 2 ou mais dias nos 90 dias precedentes; aqueles provenientes de asilos
ou de casas de saúde; aqueles que receberam antibióticos por via endovenosa, quimioterapia, ou
tratamento de escaras nos 30 dias anteriores à doença; ou aqueles que estejam em tratamento em clínicas
de diálise
 Pneumonia Aspirativa quando material estranho é inalado ou aspirado. Ocorre mais freqüentemente
quando alimentos presentes no estômago são aspirados para o pulmão após os vômitos. Esse tipo de
pneumonia é mais observado em pacientes com lesão cerebral ou alcoólatras.
 Pneumonia causada por microorganismos (germes) oportunistas: é uma pneumonia que afeta pessoas
com baixa imunidade (ou baixa defesa do organismo). Germes que seriam inofensivos para pessoas
saudáveis, tornam-se perigosos para indivíduos com baixa imunidade, como é o caso de pessoas portadoras
da AIDS ou portadores de órgãos transplantados.
 Pneumonia Lobar infecção que envolve apenas um único lobo, ou seção de um pulmão. Frequentemente
causada por ''Streptococcus pneumoniae'‘ e ''Klebsiella pneumoniae'‘ .
 Pneumonia Multilobar envolve mais de um lobo. Muitas vezes causa uma doença mais grave.
 Broncopneumonia afeta os pulmões em manchas ao redor dos brônquios ou bronquíolos.
 Pneumonia intersticial envolve as áreas entre os alvéolos e pode ser chamada de "pneumonite intersticial".
É mais provável que seja causado por vírus ou por bactéria atípica.
DIAGNOSTICO: história clínica –infecção recente do trato respiratório, exame físico, radiografia de tórax –
condensação ou áreas sólidas, hemocultura, hemograma – leucocitose, exame de escarro – microorganismo
causador.
TRATAMENTO: antibioticoterapia, inalações, hidratação e oxigenoterapia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Eliminação traqueobrônquica ineficaz – secreções copiosas
o Ingestão hídrica
o Inalação
o Estímulo de tosse / respiração diafragmática
o Aspiração traqueobrônquica
o Fisioterapia respiratória
o Aplicação de calor e frio / utilização de analgesia – dor pleural
o Avaliação dos gases arteriais / adequação da oxigenioterapia
o Avaliação do nível de consciência
o Administração de antibioticoterapia
o Realização do exame físico respiratório
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR

tromboembolismo pulmonar (TEP) é o bloqueio da artéria pulmonar ou de um de seus ramos. Geralmente, ocorre
quando um trombo venoso profundo (sangue coagulado de uma veia) se desloca de seu local de formação e viaja,
ou emboliza, para o fornecimento sanguíneo arterial de um dos pulmões.

Os sintomas incluem dificuldade de respiração, dor torácica na inspiração e palpitações. Os sinais clínicos incluem
baixa saturação de oxigênio sanguíneo (hipóxia), respiração rápida (taquipneia) e frequência cardíaca aumentada
(taquicardia). Casos graves de embolia pulmonar não tratada podem levar a colapso, instabilidade
circulatória e morte súbita.

O diagnóstico é baseado nestes achados clínicos em combinação com exames laboratoriais e estudos de imagem.
Enquanto o padrão ouro para o diagnóstico é o achado de um coágulo na angiografia pulmonar, a angiografia
pulmonar por tomografia computadorizada é a modalidade de estudo de imagem mais utilizada atualmente.

O tratamento é realizado com medicação anticoagulante, incluindo heparina e warfarina. Casos graves podem
necessitar de trombólisecom drogas como o ativador do plasminogênio tecidual (APt) ou podem necessitar de
intervenção cirúrgica através de trombectomia pulmonar.
CIRCULAÇÃO PULMONAR
• CONTÉM CERCA DE 900ML DE SANGUE (30%ARTERIAL,10%CAPILAR E 60%VENOSO)
• FUNÇÃO DE PERMITIR TROCA GASOSA
• FUNÇÃO DE NUTRIÇÃO DA ESTRUTURA ALVEOLAR
• LIBERAÇÃO E METABOLISMO DE SUBSTÂNCIAS ENDÓGENAS
Repercussões da TEP aguda
• Carga embólica: nível e número de artérias obstruídas
• Estado cardiopulmonar: reserva cardíaca e pulmonar
• Resposta autonômica: liberação de mediadores humorais
Manifestações clínicas
Dispnéia ± desconforto torácico, Súbitos ou evoluindo em dias ou poucas semanas, Dor torácica pleurítica ±
hemoptise, Mais frequentemente com infarto pulmonar,Tosse – palpitações – tonturas – apreensão - febrícula
podem estar PRESENTES
Manifestações de TVP
dor - calor – edema em MM II < 50% casos, Taquipnéia > 20 rpm é a manifestação clínica mais freqüente
Taquicardia > 100 bpm é muito comum, Hipotensão arterial persistente < 90 mm Hg ou choque
Atrito pleural e crepitações localizadas e sibilos podem ser identificados, menos frequentemente
FATORES DE RISCO
• Mobilidade reduzida Repouso no leito Imobilização de membros
• Idade avançada
• Câncer
• Gravidez e puerpério
• Sindrome antifosfolípide
• Contraceptivos orais
• Terapia de reposição hormonal
• Doença clínica aguda
• Grande cirurgia
• Trauma
• Lesão medula espinhal
•Alterações da coagulação
• Quimioterapia
• Obesidade
• Cateteres venosos centrais
• Queimaduras
DIAGNÓSTICO
• QUADRO CLÍNICO
• RADIOGRAFIA DO TÓRAX
• GASOMETRIA ARTERIAL, DÍMERO D
• ECG, ECOCARDIOGRAMA
• TOMOGRAFIA HELICOIDAL
• MAPEAMENTO VENTILAÇÃO / PERFUSÃO
• ARTERIOGRAFIA
Tromboprofilaxia primária
• Deambulação precoce
• Elevação membros inferiores
Medidas Físicas
• Meias elásticas compressão graduada / MECG
• Compressão pneumática intermitente / CPI
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
• LISE DO TROMBO
• EVITAR A RECORRÊNCIA
• MELHORAR O DESEMPENHO DO VD
• DIMINUIR O RISCO DE HIPERTENSÃO PULMONAR CRÔNICA
TRATAMENTO
• MEDIDAS DE SUPORTE: correção da hipoxemia e suporte hemodinâmico
• TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: anticoagulantes e fibrinolíticos
• INTERVENÇÕES MECÂNICAS: interrupção da veia cava/ filtro e embolectomia

10- QUALIDADE DE VIDA NA CRONICIDADE

percepção por parte do individuo ou grupos, da satisfação das suas necessidades e daquilo que não lhes e recusado
nas ocasiões propicias a sua realização e a sua felicidade”.
OMS
QV = NV + CV + MA
- NV = nível de vida (bens materiais)
- CV = condições de vida (modo de vida; ambiente social; trabalho, lar, escola; saúde; segurança; cultura....)
- MA = meio ambiente (ar puro, água tratada, áreas verdes.....)
Medidas de QV
1– refletem características da doença que não são medidas em avaliações clínicas
2– forma de avaliar o impacto da doença para o paciente
3– podem refletir as perspectivas do paciente, equipe, indústria e governo
4– servem como indicadores válidos para avaliação de tratamentos

Tipos de QV

QVRS
– física, psicológica, social, espiritual e de bem estar geral
QVNRS
- pessoal interno: valores, crenças, desejos, objetivos, personalidade
- pessoal social: relacionamento, estrutura familiar, situação financeira
- externo: condições ambientais, cultura, religião, escola, assistência médica, segurança, aquisição de bens,
transporte
Tipos de Instrumentos genéricos
- Perfil de saúde: mede estado de saúde, podem ter escore único ex. SIP, ou vários escores ex. SF-36,
WHOQOL
- Medidas de “utility”: são diretamente relacionadas às preferências do paciente; demonstram melhora ou
piora, são utilizadas em análises de custo, não se relacionam com um domínio específico

Propriedades do instrumentos
- Reprodutibilidade: capacidade que o instrumento possui de apresentar escores iguais ou semelhantes
quando aplicado em tempo diferente ou por observador diferente
- Validade: capacidade que o instrumento possui de medir o que se propõe a medir.
=
Grau de confiança que podemos ter nas inferências que fazemos em relação aos indivíduos baseados nos escores
finais
- Responsividade: capacidade que o instrumento apresenta de detectar uma diferença / alteração, caso ela
ocorra num determinado período.
Melhora / piora

Validação de Instrumento de QV
Deve-se solicitar autorização dos autores do questionário para utilização e tradução do mesmo;
2 – Deve-se fazer a tradução (necessário 2 tradutores nativos que não devem saber o objetivo do estudo)
3 – Faz-se uma reunião de consenso com os 2 tradutores e participantes da pesquisa (árbitros)
4 – Faz-se a tradução para o idioma original utilizando tradutores nativos que não devem saber o objetivo do estudo
5 – Compara-se a versão do primeiro consenso em português com a re-tradução para a língua de origem para
definição provisória da versão em português;
6 – Deve-se fazer a adaptação cultural envolvendo equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual;
7 – Aplicar o questionário na população que nos dirá se as questões e ou opções de respostas são aplicáveis em sua
realidade;
8 – Uma equipe irá excluir e tentar substituir as questões e/ou respostas que não fizerem sentido ou que não foram
bem aceitas;
9 – Isso só poderá ocorrer no máximo em 20% das questões. Se ultrapassar o questionário deve ser substituído;
10- Dentro de uma mesma questão se até 10% dos indivíduos não a aprovam essa deve ser substituída, quando
menos de 10% podemos considerar como engano da paciente ou realidade diferente;
11- Realizadas as mudanças esse questionário deve ser reaplicado numa nova população
12 – O limite para a adaptação do questionário deve ter um fim breve e se possível previamente estipulado pelos
pesquisadores

SÍNDROME METABOLICA:
HIPERTENSÃO
FISIOPATOLOGIA: A PA é uma variável quantitativa e contínua com distribuição normal na população. Pessoas
com valores iguais ou acima de 140 mmHg de PAS e 90 mmHg para PAD são consideradas hipertensas. A elevação da
PAS é um forte indicativo de doença cardiovascular após os 50 anos.
TIPOS DE HA: pode ser monogenética ou mendeliana (resultante de defeitos causados em um único gene);
hipertensão primária ou essencial (resultado de diversos defeitos moleculares em vários genes); hipertensão
secundária.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A HAS costuma ser assintomática. Quando as manifestações estão presentes elas
podem refletir anos de HAS não detectada e são elas: Cefaléia, Visão embaçada/turva, Náusea, Vômito, Fraqueza,
Fadiga, Confusão e mudanças no estado mental – AVE. Manifestações cardiovasculares da HAS: Edema pulmonar,
Dispnéia – congestão pulmonar, Tosse, Crepitações pulmonares, Cianose, Intolerância a exercícios, Retenção
urinária, Oligúria, Anorexia.
FATORES DE RISCO: Tabagismo, Dislipidemia, Diabetes mellitus, Envelhecimento ( 60 anos e mais), Sexo €ou
•após menopausa, História familiar de doença cardiovascular em€< 55 anos e•< 65 anos, Ingestão excessiva de
sódio e ou de álcool, Obesidade, Estilo de vida sedentário.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL BÁSICA: Exame de urina - bioquímica/sedimento, Creatinina / Uréia, Potássio,
Glicemia, Colesterol total, Eletrocardiograma de repouso, Hb/Ht, Ác. Vanililmandélico urinário, Aldosterona / Renina.
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR: MAPA, Ecocardiograma, Rx de tórax, Teste de esforço – p/ risco coronariano, HDL
colesterol -sempre Col.total e glicemia, Triglicérides, Ácido úrico, Proteinúria de 24 horas, Cálcio, TSH
EXAME FÍSICO: FC elevada, Alteração do ritmo cardíaco, Dispnéia de esforço, Taquicardia / Palpitações /
Arritmias, PA elevada (série de verificações), Hipotensão postural (medicamento), Distensão de jugular/ congestão
venosa, Descoloração da pele / Tº diminuida / cianose, Diminuição de eliminação urinária / obstipação, Alteração de
peso, Distúrbio visual, Episódios de epistaxe, Alteração do estado de alerta, Diminuição de força motora, Episódios
de dormência nos membros, Angina, Dor intermitente em MMII / claudicação, Cefaleias, Dispneia paroxística
noturna, Tosse seca ou produtiva, Tontura ® mudança de posição, Dor / massa abdominal.
DECISÃO TERAPÊUTICA: Baseada na estratificação do risco e dos níveis pressóricos: Grupo A: sem fatores
de risco ou lesões de órgãos alvos. Grupo B: com fatores de risco (exceto diabetes) e sem lesão de órgãos alvo.
Grupo C: com lesão de órgãos alvo, doença cardiovascular manifesta e/ou diabetes.
TRATAMENTO:
- Tratamento não medicamentoso ou mudança no estilo de vida: Medidas com eficácia comprovada: Diminuição de
peso, diminuição da ingesta de sódio, diminuição no consumo de bebidas alcoólicas, aumento na ingesta de
potássio, Exercícios físicos regulares. Medidas sem eficácia definitiva: Suplementação de Ca e Mg, Dietas
vegetarianas ricas em fibras, Medidas anti-estresse. Medidas associadas: Abandono do tabagismo, Controle das
dislipidemias, Controle do Diabetes Mellitus, Evitar drogas que potencialmente elevem a pressão.
- Tratamento medicamentoso: O medicamento deve ser eficaz por VO, Deve ser bem tolerado, Permitir o menor N°
de tomadas diárias, Menores doses possíveis, Aumentar a dose ou associar nova droga somente após 4 semanas,
Instruir o paciente: objetivos, horários, efeitos colaterais, consequências, Considerar condição sócio-econômica.
PRINCÍPIOS DA TERAPIA DIETÉTICA: Dieta hipocalórica balanceada, Evitar jejum e dietas milagrosas, Consumo diário
de colesterol < 300mg, Consumo diário de gorduras saturadas < 10% do total de gorduras ingeridas, Substituição de
gorduras animais por óleos vegetais mono e polinsaturados , Redução do consumo de sal < de 6g/dia, Evitar açúcar e
doces, Preferir especiarias e limão p/ tempero, Utilizar alimentos ricos em fibras, crus, Evitar frituras
CLASSE DE ANTI-HIPERTENSIVOS: Diuréticos (tiazídicos, poup.K, de alça), Inib.adrenérgicos (central, alfa e beta
bloq.), Vasodilatadores arteriais diretos, Inibidores da ECA, Antagonistas de canais de Ca, Antagonistas do receptor
da angio II.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM : Agendamento de consultas de enfermagem periódicas (o paciente com
diagnóstico crônico precisa ser seguido), Aplicação de instrumentos (ansiedade, QV, depressão, atividades diárias,
etc), Orientação do paciente e cuidador, Avaliação dos fatores de risco, Evolução dos fatores de risco,
Encaminhamentos.

DIABETES MELLITUS
DEFINIÇÃO:é uma doença metabólica hereditária caracterizada pela insuficiência da ação da insulina: por
diminuição ou ausência da secreção pelas células beta no pâncreas, ou por ineficácia no sistema receptor da insulina
nas células. Fatores genéticos e ambientais interagem potencializando sua expressão patológica.
CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES: O diabetes mellitus é comumente classificado segundo fatores clínicos que
dividem os pacientes em dois grupos: diabetes do tipo I (deficiência de insulina) e diabetes do tipo II (secreção de
insulina insuficiente e resistência à insulina).
FISIOPATOLOGIA: O caráter hereditário da diabetes mellitus está relacionado com um gene regulador da
produção de anticorpos anti-célula b, localizado no braço curto do cromossomo 6, devendo haver, provavelmente,
fatores ambientais que estimulam a sua expressão gênica precoce ou tardiamente, o que justifica as diferentes
faixas etárias de manifestação da sintomatologia.Se uma pessoa não produz insulina suficiente ou se o número de
receptores celulares funcionantes é insuficiente ou se a ação insulínica está diminuída conforme a quantidade de
glicose, não podendo entrar na célula e ser consumida, a mesma acumula-se no sangue promovendo o aumento da
taxa de glicose plasmática (HIPERGLICEMIA) acima dos níveis de normalidade (70 a 110 mg/dl).
SINTOMAS: Hiperglicemia: sede excessiva, aumento do volume da urina (polaciúria), aumento do número
de micções (poliúria), surgimento do hábito de urinar à noite (nictúria), fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada,
aumento de apetite e perda de peso.
FATORES DE RISCO: Idade maior ou igual a 45 anos, História Familiar de DM ( avós, pais, irmãos),
Sedentarismo, HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados, Hipertensão arterial sistêmica, Doença coronariana, DM
gestacional prévia, Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de
vida, Uso de medicamentos que aumentam a glicose aaa (cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores).
TRATAMENTO: Plano alimentar para controle metabólico adequado, alimentação rica em fibras, vitaminas e
sais minerais e preferência por alimentos integrais. Atividade física: recomendada para todos 30 a 40 minutos
caminhada/dia ou exercícios equivalentes. Para iniciar a atividade física recomenda-se avaliação médica devido à
possibilidade de neuropatias, alterações cardiovasculares que possam contraindicar a atividade física ou provocar
riscos adicionais ao paciente. Hipoglicemiantes orais: são medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM
II, estando contraindicados nos pacientes com DM I. Pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação
inicial pode ser a metformina, as sulfonilureias ou as tiazolidinedionas. Insulina é a medicação primordial para
pacientes com DM I, sendo também importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao
tratamento com hipoglicemiantes orais. Insulinoterapia: A insulina costuma ser prescrita como terapia de primeira
linha para os pacientes portadores de DM II não obesos, mais jovens ou com hiperglicemia grave; além disso, é
temporariamente necessária durante épocas de estresse intenso (lesão, infecção, cirurgia) ou no decorrer da
gravidez.
Insulinas: Regular (ação rápida): Deve ser administrada 20-30 min antes da refeição. Devido à sua ação rápida, é
mais efetiva para atenuar as elevações da glicose após as refeições e permitir ajustes rápidos na dose de insulina
com base em determinações da glicemia efetuadas pelo paciente. NPH ou lenta (ação intermediária): Possuem
duração de ação semelhante, oferecendo a vantagem de proporcionar certo grau de cobertura para as refeições que
coincidem com o pico da ação e proporcionam níveis basais de Insulina, quando administrados duas vezes ao dia.
Ultralenta (ação prolongada): por terem “picos” menos evidentes, oferecem algumas vantagens para a reposição
basal de insulina, mas geralmente ainda exigem aplicação duas vezes ao dia.
COMO ARMAZENAR A INSULINA: Evitar temperaturas extremas, luz do sol e agitação da insulina. - Quando
começar a usar um frasco de insulina tire-o do refrigerador um pouco antes de cada injeção ou mantenha-o a
temperatura ambiente até terminá-lo. Mantenha a insulina longe da luz solar direta. A luz solar degrada a insulina
lentamente e lhe confere uma coloração marron-amarelada. Nunca armazene insulina em congeladores ou freezers
ou em qualquer lugar muito frio. A insulina congelada não deverá nunca ser usada. Não armazene insulina em
ambientes que possam ficar quentes, como o porta luvas do carro ou em cima da televisão, geladeira. Horas
constantes de agitação podem fazer a insulina formar nódulos ou uma camada dentro do frasco de vidro. Não use a
insulina se isso ocorrer.

11- O cuidar do paciente com distúrbios gastrintestinais- Hepatites


HEPATITES
O que é?
É qualquer inflamação do fígado. Pode ser causada por infecções (vírus, bactérias), álcool, medicamentos, drogas,
doenças hereditárias (depósitos anormais de ferro, cobre) e doenças autoimunes.
Como se adquire?
Existem vários tipos de hepatite e a causa difere conforme o tipo.

Hepatite Viral A:
via fecal-oral, ou seja, fezes de pacientes contaminam a água de consumo e os alimentos quando há condições
sanitárias insatisfatórias
Hepatite Viral B:
as relações sexuais e a injeção de drogas ilícitas são as principais preocupações atuais. A aquisição pela transfusão
sanguínea e derivados deixou de ser o principal motivo, desde a implantação dos rigorosos cuidados vigentes nos
bancos de sangue e a extinção de pagamento a doadores. O bebê pode adquirir hepatite na hora do parto quando
a mãe tiver o vírus
Hepatite Viral C:
a transfusão de sangue e derivados, a injeção de drogas ilícitas, o contato desprotegido com sangue ou secreções
contaminadas são as principais vias.
Ocorrem casos de transmissão mãe-bebê na hora do parto.
Suspeita-se da via sexual e da aspiração nasal de drogas para explicar uma parte dos 20 a 30% de casos nos quais
não se conhece a forma de contaminação.
Hepatite Viral D:
é um vírus que só causa doença na presença do vírus da hepatite B. Sua forma de transmissão é a mesma do vírus
B
Hepatite Viral E:
fecal-oral, igual à hepatite A. É mais descrita em locais subdesenvolvidos após temporadas de enchentes
Álcool:
uso abusivo de qualquer tipo de bebida alcoólica. A quantidade que causa doença hepática é variável de pessoa
para pessoa, sendo necessário, em média, menor dose para causar doença em mulheres do que em homens.
A dose de alto risco é de 80g de álcool por dia, o que equivale a 5-8 doses de uísque (240 ml), pouco menos de 1
garrafa e meia de vinho (800 ml) ou 2 litros de cerveja.
Quanto maior o tempo de ingestão (anos), maior é o risco de hepatite alcoólica e cirrose. Certas pessoas podem
adoecer mesmo com doses e tempo bem menores do que a média acima mencionada
Medicamentosa:
vários remédios de uso clínico podem causar hepatite em indivíduos suscetíveis. Não se pode prever quem terá
hepatite por determinada droga, porém, indivíduos que já têm outras formas de doença do fígado correm maior
risco.
Alguns medicamentos relacionados com hepatite são: paracetamol (Tylenol®, Dôrico®); antibióticos e antifúngicos
como a eritromicina, tetraciclina, sulfas, cetoconazol e nitrofurantoína; anabolizantes (hormônios usados para
melhorar o desempenho físico - dopping); drogas antipsicóticas e calmantes, como por exemplo, a clorpromazina
(Amplictil®), amiodarona (antiarrítmico), metildopa (Aldomet® - anti-hipertensivo) e antituberculosos.
Anticoncepcionais orais (pílula) também são ocasionalmente mencionados
Autoimune:
algumas doenças fazem com que as substâncias de defesa do próprio indivíduo (anticorpos) causem inflamação e
dano ao fígado. Não se sabe porque isso acontece
Hepatites por causas hereditárias:
doenças como a hemocromatose e a doença de Wilson levam ao acúmulo de ferro e cobre, respectivamente, no
fígado, causando hepatite
Esteatohepatite não alcoólica (esteatose hepática, fígado gorduroso):
é o acúmulo de gordura no fígado. Ocorre em diversas situações independentes do consumo de álcool, como
obesidade, desnutrição, nutrição endovenosa prolongada, diabete melito, alterações das gorduras sanguíneas
(colesterol ou triglicerídeos altos) e alguns remédios.
O que se sente e como se desenvolve?
No caso das hepatites infecciosas, há um período sem sintomas, chamado de incubação. A duração dessa fase
depende do agente causador. Depois, aparecem sintomas semelhantes, por exemplo, a uma gripe, com febre, dores
articulares (nas juntas) e de cabeça, náuseas (enjôo), vômitos, falta de apetite e de forças. É comum que a melhora
dessas queixas gerais dê lugar ao aparecimento dos sintomas típicos da doença, que são a coloração amarelada da
pele e mucosas (icterícia), urina escura (cor de Coca-Cola) e fezes claras. Pode-se notar o aumento do tamanho do
fígado, com dor quando se palpa a região abaixo das costelas do lado direito. A duração dessa fase varia de 1 até 4
meses.
De forma geral, a hepatite A costuma ter evolução benigna, não deixando seqüelas.
A hepatite B torna-se crônica em até 5% dos casos e a hepatite C em mais de 80%.
Dos indivíduos com hepatite B crônica, 25 a 40% evoluem para cirrose e/ou câncer de fígado, enquanto que na
hepatite crônica C, isso ocorre em cerca de 20%.
A hepatite D piora a evolução da hepatite B por estar associado a formas fatais.
A hepatite E é geralmente benigna, exceto nas gestantes, nas quais há maior risco de formas graves levando a óbito
materno e fetal.
A hepatite alcoólica, assim como as medicamentosas e autoimunes, pode evoluir para cronicidade e cirrose se a
exposição ao agente causador persistir.
A hemocromatose pode evoluir, com o passar dos anos, para a cirrose e o câncer de fígado. A doença de Wilson
quando não tratada, pode evoluir para cirrose, degeneração cerebral e óbito.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico, além da história e do exame clínico, pode testar sua hipótese diagnóstica de hepatite, principalmente,
através de exames de sangue. Entre esses, há os chamados marcadores de hepatites virais e autoimunes.
Outros testes mostram a fase e gravidade da doença. Em alguns casos, poderá ser necessária uma biópsia hepática
(retirada de um pequeno fragmento do fígado com uma agulha) para que, ao microscópio, se possa descobrir a
causa.
Como se trata?
Para as hepatites agudas causadas por vírus não há tratamento específico, à exceção dos poucos casos de hepatite C
descobertos na fase aguda, na qual o tratamento específico pode prevenir a evolução para a doença crônica.
O repouso total prolongado e a restrição de certos tipos de alimentos, nas hepatites, não ajudam na recuperação do
doente e também não diminuem a gravidade da doença.
De forma geral, recomenda-se repouso relativo conforme a capacidade e bem-estar do paciente, bem como
alimentação de acordo com a tolerância.
Excepcionalmente, é necessária a administração de líquidos endovenosos.
Bebidas alcoólicas são proibidas até algum tempo após a normalização dos exames de sangue.
Remédios só devem ser usados com específica liberação do médico para evitar o uso daqueles que possam piorar a
hepatite.
Na hepatite autoimune, quando diagnosticada pelo médico, o uso de corticóides (assemelhados da cortisona) estão
indicados e modificam favoravelmente o curso da doença.
As hepatites por álcool e por drogas são tratadas basicamente com o afastamento das substâncias lesivas. Além
disso, com medidas de suporte, como hidratação, nutrição e combate aos sintomas da abstinência ao álcool ou
drogas.
Quando a doença é por acúmulo de ferro ou cobre, faz-se uma dieta pobre nesses minerais. Sangrias programadas
na hemocromatose e a penicilamina, na doença de Wilson, são os tratamentos principais.
Como se previne?
As hepatites A e B podem ser prevenidas pelo uso de vacina.
Para prevenção da hepatite A é importante o uso de água tratada ou fervida, além de seguir recomendações quanto
à proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.
A hepatite B também é prevenida da mesma forma que a AIDS, ou seja, usando preservativo nas relações sexuais e
não tendo contato com sangue ou secreções de pessoas contaminadas (transfusões de sangue, uso de agulhas e
seringas descartáveis não reutilizadas).
A hepatite C é prevenida da mesma forma, porém o risco de contágio sexual não está bem estabelecido.
Trabalhadores da área da saúde (médicos, enfermeiros) devem usar luvas, óculos de proteção e máscara sempre que
houver possibilidade de contato (ou respingos) de sangue ou secreções contaminadas com vírus da hepatite B ou C
com mucosas ou com lesões de pele.
A hepatite alcoólica ocorre pela ingestão repetitiva de grandes quantidades de bebida, sendo o consumo moderado
a melhor forma de evitá-la. As quantidades lesivas são as mencionadas acima, cabendo destacar que para certas
pessoas doses bem menores podem deixá-las doentes. Pessoas que "agüentam" maiores quantidades de álcool
antes de ficarem bêbadas, estão igualmente arriscadas à doença grave. Indivíduos com outras doenças hepáticas
sofrem mais facilmente de hepatite alcoólica.
Não se conhecem até hoje formas de prevenção da hepatite autoimune.
Tampouco sabe-se prever os indivíduos que terão hepatite com uso de certos remédios que não fazem mal para a
maioria das pessoas.
Aguda: processo inflamatório que acomete de maneira difusa o parenquima hepático e que tem duração inferior a 6
meses.
Crônica: processo inflamatório contínuo do fígado, com duração superior a 6 meses.
Diagnósticada por biópsia hepática.
Complicações: a aguda pode ser fulminante, causando necrose hepática, e cronica pode dar cirrose, causando
insuficiência hepática.
A: via alimento e agua, maior em crianças e adolescentes.
B: transmitida via sexual, parenteral, em adultos.
C: via parenteral.

12- INSUFICIÊNCIA CARDIACA

ICC – INSIFICIENCIA CARDIACA: É um estado fisiopatológico no qual uma anormalidade da função cardíaca é
responsável pela falência do coração em bombear sangue a uma taxa compatível com a demanda metabólica
tecidual do organismo, ou que o faça apenas às custas de elevação das pressões de enchimento das câmaras
cardíaca.
FISIOPATOLOGIA: a maioria dos pacientes com disfunção cardíaca não têm sintomas por período de tempo variável
até que ocorra ativação de mecanismos adaptativos neurormonais, que são: sistema renina-angiotensiva-
aldosterona, sistema simpático e remodelamento ventricular. Essas adaptações iniciam-se rapidamente e são
capazes de sustentar ou modular a função ventricular em níveis proximso ao normal. Quando ocorre a falência dos
mecanismos adaptativos, principalmente do remodelamento ventricular, a IC torna-se sintomática.
Remodelamento ventricular é o processo pelo qual fatores mecânicos, neurormonais e genéticos alteram o
tamanho, a forma e a função ventricular.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: A maior parte dos pacientes com IC procura atendimento médico com queixa de
intolerância aos esforços por dispnéia e fadiga associadas ou não a edema. As principais são: dispneia (sensação d
eprogressivo esforço respiratório, podendo ocorrer repouso ou durante o esforço físico), fadiga (sensação d epeso
nos membros, relacionado à hipoperfusão, redução da capacidade de vasodilatação e metabolismo do musculo
esquelético), ortopneia, dispneia paroxística noturna (dpn), edema (expansão do volume do componente
extravascular do liquido extracelular) e oliguria (diminuição do volume urinário).
ACHADO FÍSICOS: revelam uma grande variação na forma de apresentação e podem retratar: manifestações
sistêmicas, manifestações pulmonares, hipoperfusão tissular, redução do debito cardíaco. Distensão (ou estase) da
veia jugular, cardiomegalia à inspeção, temperatura nas extremidades reduzida, anormalidades do estado mental,
estertores, ascite, hepatomegalia e edema.
MIOCARDIOPATIAS: são doenças progressivas que alteram a estrutura e comprometem a função de bomba da
parede muscular (miocárdio).
CLASSIFICAÇÃO: pode ser classificada quanto ao tempo podem ser aguda ou crônica, quanto à etiologia podendo ser
hipertensiva, isquêmica, valvar, inflamatória/infecciosa, chagásica, quanto à estabilidade so quadro podem ser
compensada e descompensada e funcional que são classe I, II, III e IV.
EXAMES COMPLEMENTARES: eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma, estudo hemodinâmico e
avaliação bioquímica e hematológica.
RESTRIÇÃO HIDRICA E SALINA: Nos pacientes em estado congestivo, a ingesta líquida deve ser restringida de acordo
com a superfície corporal, na busca de um balanço hídrico negativo inicial, até que se alcance um estado
normovolêmico. O valor da restrição máxima pode atingir até 600 a 700 ml por m2 de superfície corporal/dia. A
ingestão de sódio deve ser, no máximo, de 2-3 g/dia, podendo ser modificada de acordo com o sódio plasmático e a
tolerância à dieta hipossódica.
ATIVIDADE FÍSICA: Pacientes com ICD não devem ser estimulados a praticar atividade física rotineira e nem a
repouso absoluto, devendo ser a atividade individualizada, de acordo com o diagnóstico e situação clínica do
paciente. Durante os episódios de descompensação aguda, os pacientes devem permanecer em repouso, de acordo
com as suas limitações.
MONITORAMENTO DO PESO: O paciente deverá ser instruído a verificar diariamente o seu peso O aumento
repentino e inesperado de dois ou mais quilos em curto período (3 dias), pode indicar retenção hídrica.
PREVENÇÃO DE FATORES AGRAVANTES: Vacina: contra Influenza (anualmente) e Pneumococcus (a cada cinco anos
e a cada três anos em pacientes com IC avançada) Cessação do tabagismo. Evitar uso de antiinflamatórios não
esteroidais. Evitar uso de drogas ilícitas . Viagem: orienta-se uso de meia elástica de média compressão para viagens
prolongadas, devendo-se avaliar o uso de heparina fracionada subcutânea profilática quando duração maior do que
4 horas.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: diureticos, digitálicos, inibidores da eca, bloqueadores dos receptores da
angiotensina ii, betabloqueadores, bloqueadores dos receptores de angiotensina ii (bra)
Não farmacológico
• Restrição de sal(O sal retém líquido no organismo)
• Restrição de líquidos(Para reduzir a retenção hídrica)
• Atividade física(A atividade física atenua os sintomas como dispnéia, fadiga, distúrbios do
• sono e fraqueza)
• Monitoramento do peso(O aumento repentino e inesperado de dois ou mais quilos em curto
período (3 dias), pode indicar retenção hídrica)
• Prevenção de fatores agravantes (vacina, cessação do tabagismo, evitar antiinflamatórios não
esteroidais, uso de drogas ilícitas, viagem com meia de compressão)

13- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS RENAIS:


→ aproximadamente 2 mil litros de sangue passam pelos rins, produzindo 1,2 litros de urina por dia. A função renal é
filtrar o sangue, além disso, controlam a quantidade de sal e agua, produzem hormonios da PA, ajudam na produção
e liberação de glóbulos vermelhos, ajudam a manter os ossos saudáveis.
Quando os rins não funcionam direito = insuficiência renal, sendo necessario fazer tratamento, podendo ser:
hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante.
Causas: DM, HAS, glomerulonefrites arterial, infecção urinária, cálculos renais.
SINTOMAS
Uremia: aumento da ureia, a qual é proveniente de alimentos, então deve-se controlar alimentação.
Alterações digestivas: nauseas e vômitos com cheiro de urina.
Alterações cardiovasculares: aumento da PA e suas consequencias;
Alterações neurológicas: acumulo de toxinas pode dar dor de cabeça, insônia ou sonolência.
Alterações na pele: coceira devido ao acumulo de toxina no sangue.
Alterações oseeas: os rins que ativam a vitamida D, diminuindo a absorção do calcio se não tem a devida liberação.
Alterações sanguíneas: os rins produzem o hormonio eritropoetina, o qual estimula a produção das celulas
vermelhas, então se diminui o numero de hemácias o transporte de oxigenio fica comprometido.
Alterações sexuais: por conta da alteração hormonal.

DIÁLISE PERITONEAL: cateter colocado na barriga através de cirurgia, o qual aubstitui as funções do rim, tirando o
excesso de agua e de sunstancias que não são aproveitadas pelo nosso corpo, as quais deveriam ser eliminadas pela
urina. Para que isso ocorra, um liquido especial entra na barriga através do cateter, depois de um tempo ele é
removido carregando o “lixo”. Deve-se manter o cateter sempre limpo, não puxar, não torcer, e mante-lo fixo a pele.
–> DP automática: uso da máqina cicladora.
→ Vantagens: pode fazer sozinho, a hora que quiser, em vários locais, sem máquina.
→ Desvantagens: quebra da rotina, possibilidade de peritonites.

HEMODIÁLISE: feita através de um dialisador, que é um conjunto de pequenos tubos. Durante a diálise, parte do
sangue é retirado, passa através da linha arterial do dialisador onde o sangue é filtrado e volta para o paciente pela
linha venosa. Ocorre 3 vezes por semana, com duração de 4 horas. Os acessos para a hemodiálise pode ser por um
cateter de duplo lúmem ou por uma fístula artério venosa.
→ vantagens: presença de profissionais a todo momento, pode conhecer outros pacientes.
→ desvantagens: são agendados, deve deslocar-se.
TRANSPLANTE RENAL
doador da família: doador vivo relacionado;
doador que faleceu: doador falecido;
doador amigo: doador vivo não relacionado;
*** é importante que o sangue e o tecido do doador seja compatível com o seu, isso impedirá que seu sistema
imunológico passe a agredir ou rejeitar o novo rim.
Imunossupressores: evitam a rejeição, porem tem efeitos colaterais, sendo, maiores chances de contrair infecçãos,
mudanças na aparencia, maior odor, acnes e pelos.
→ Vantagens: funciona como um rim normal, ajuda a sentir-se mais saudável, menos restrição na dieta, sem
necessidade de diálise;
→ Desvantagens: requer uma cirurgia, tem que esperar doador, transplante não dura a vida toda, além do risco de
rejeição, pode ter que tomar remedio para o resto da vida.

14- CUIDADOS PALIATIVOS

“Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a
identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza fisica, psicossocial e espiritual”.
OMS --‐ 2002
l Não se baseia em protocolos, mas em princípios l Não se fala mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a
vida l Não falar também em impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da
doença l Não existe mais não ter mais nada a fazer, ênfase na vida que ainda pode ser vivida l A espiritualidade é
incluída, a família é lembrada e assistida no período de luto.

Aspectos Ético‐legais

Eutanásia – é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um
especialista
Distanásia – é a prática pela qual se prolonga, a par<ti de meios artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo
incurável. Também pode ser conhecida como “obstinação terapêutica”
Ortotanásia– Limite de Esforço Terapêutico (LET) – “morte natural”, condutas médicas e recursos restritivos quando
não há tratamento modificador da doença.

Princípios dos Cuidados PaliaDvos:


1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis;
2. Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida;
3. Não acelerar nem adiar a morte;
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;
5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o
momento da sua morte;
6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto;
7. Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo
acompanhamento no luto;
8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença;
9. Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo associado às terapias que intencionam prolongar a
sobrevida. Sendo assim, tratamento curativo e tratamento paliativo não são mutuamente excludentes.
Abordagem multiprofissional
O enfermeiro deve voltar suas habilidades para:
¢ Avaliação sistemática dos sinais e sintomas
¢ Auxílio da equipe multiprofissional para estabelecimento de prioridades
¢ Interação da dinâmica familiar
¢ Facilitador da comunicação – metas assistenciais e cuidado planejado Nutrição e Hidratação ¢ Higiene
Conforto ¢ Controle de Sintomas: ¢ Dor ; Dispnéia; Nausea; Constipação; Ansiedade; Delirium / Confusão
Mental; Anorexia; Insônia ¢ Cuidado do cuidador e família.
Hipodermóclise – Terapia SC
É a administracão lenta de fluidos pela via subcutânea, com grande volume de eletrólitos, para correção do
desequilíbrio hidroeletrolítico; onde o fluído é transferido para o sangue por difusão e perfusão tecidual; pressão
hidrostática e osmótica para o espaço intravascular.

PRECAUSÕES PADRÃO E ESPECIFICAS:

INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTENCIA À SAUDE (IRAS): é uma condição localizada ou sistêmica


resultante de uma reação adversa ou presença de um agente infeccioso ou toxina. É aquela adquirida após
admissão do paciente e que se manifesta após a internação ou a alta, quando puder ser relacionada com a
internação ou procedimento da assistência à saúde. Podem ser causadas por agentes provenientes de fontes
endógenas e exógenas.
15- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS

16- O CUIDAR DO PACIENTE COM DISTURBIOS ENDÓCRINOS

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