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CADERNO ESPECIAL

SOCIOLOGIA
Renata Motta*
do risco
Ulrich Beck publicou, em 2007, Giddens e Scott Lash, A modernização
o livro Weltrisikogesellschaft: auf der reflexiva (São Paulo: EdUnesp, 1997).
Suche nach der verlorenen Sicherheit, Esta resenha pretende trazer um pouco
título que poderia ser traduzido como dos argumentos recentes da sociologia
Sociedade global de risco: na busca da de risco de Ulrich Beck para o debate
segurança perdida. No prefácio, o autor brasileiro sobre risco.
explica que tentara traduzir o livro De 1999 a 2007, acontecimentos
World Risk Society, publicado em 1999, como ataques terroristas, crises financei-
para o alemão. Entretanto, muito havia ras internacionais, debates sobre pesqui-
se passado desde então e a proposta sas com embriões e a mudança climática
tradução gerou uma nova obra. na agenda internacional instigaram o
Infelizmente, nenhuma dessas autor a tratá-los como encenações de ris-
duas obras foram traduzidas para o cos globais e como elementos do que ele
português, tampouco sua obra clássica, considera uma sociedade global de risco.
Risikogesellschaft (A sociedade de risco), Seu objetivo nessa obra é conceituar e
que já foi traduzida para mais de 30 analisar esta sociedade. Na introdução,
línguas. Sobre sociologia do risco, há ele realiza três passos conceituais no
do autor, em português, uma obra que tange a: risco, sociedade de risco e
que reúne seu diálogo com Anthony sociedade global de risco.

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Sobre risco Sociedade de risco


Ameaças e incertezas pertencem às condições Nas sociedades de risco as conse-
gerais de existência humana; a semântica do quências do sucesso da modernização
risco está relacionada especificamente com o são tematizadas: os riscos se tornam
processo de modernização, no qual adquirem mais arriscados, pois as condições para
maior significado as decisões, as incertezas e a seu cálculo e sua gestão fracassam em
probabilidade. Está relacionada à tematização parte, e, correlativamente, altera-se o
no presente de perigos futuros, percebidos como papel da ciência e da técnica. Nestas cir-
resultado da civilização. cunstâncias, cria-se um novo clima moral
O risco tem dupla face: oportunidade e perigo. para a política, no qual valores culturais
É tematizado com as viagens marítimas intercon- desempenham um papel central.
tinentais, nas quais o homem se confronta com A história das instituições políticas
o futuro que ele mesmo constrói e não mais é da sociedade moderna dos séculos
ditado pela religião, pela tradição e pelo poder da XIX e XX pode ser entendida como a
natureza. O risco entra no lugar de Deus. criação conflituosa de um sistema legal
A ambiguidade do risco reside na necessidade para lidar com as incertezas e riscos
de decisão que ele implica: pesar oportunidades industriais fabricados, isto é, fruto de
e perdas. Toda uma ciência do risco se desenvol- decisões. O cálculo de risco, o princípio
veu e nasceu do cálculo probabilístico, a primeira do seguro, o estado de bem estar social
tentativa de controlar o incontrolável. O risco tem possibilitam contratos de risco, sancio-
uma dimensão de experimentação: não se pode nados pelo Estado, isto é, instituciona-
teorizar sobre ele, é da ordem da probabilidade. lizam promessas de segurança frente a
A categoria de risco gera um mundo que um futuro desconhecido.
ultrapassa a clara separação entre conhecimento “A categoria da sociedade de risco
e desconhecimento, verdadeiro e falso, bom e tematiza o processo de questionamento
ruim. Não quer dizer que saia do horizonte do das ideias centrais para o contrato de
conhecimento, mas se trata de um conhecimento risco, a possibilidade de controle e a pos-
probabilístico, que envolve o trato com incertezas, sibilidade de compensação de incertezas
que atualmente não pode ser resolvido com mais e perigos fabricados industrialmente”
saber, pelo contrário, é resultado do maior conheci- (BECK, 2007, p.26). Sua dinâmica está
mento. “Risco é um tema mediador que demanda no sucesso da modernidade, cujos efeitos
uma nova divisão de trabalho entre a ciência, a não mais são passíveis de controle, daí a
política e a economia” (BECK, 2007, p.23). incerteza autofabricada.

Haroldo Palo Jr.


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Sociedade global de risco

Beck apresenta neste livro ino- ciência técnica do risco, que calcula e c) Tipologia dos riscos globais • as encenações, as experiências e os
vações e distinções conceituais tais mede o risco; legam-se ao indivíduo Beck enumera três lógicas de conflitos dos riscos globais alteram
como aquelas entre risco e catástrofe, a percepção e a reação frente a riscos riscos globais, sem a pretensão a base da ação e da existência cole-
entre risco e valoração cultural do “objetivos”. A percepção do indiví- de construir uma tipologia com- tiva em todos os campos, nacional
risco, bem como a tipologia de três duo é interpretada em um contínuo pleta: riscos de crises ecológicas, e internacionalmente;
lógicas de riscos globais. entre os polos racional e irracional. riscos de crises financeiras glo- • riscos globais abrem questiona-
a) Risco e catástrofe A irracionalidade na percepção de bais, riscos de ameaças terroris- mentos sobre como integrar o fu-
Risco é a antecipação da catás- risco se deve à insuficiência de in- tas. Uma diferença central entre turo no presente, como transformar
trofe. Catástrofes têm demarcações formações. Assim, se todos fossem os dois primeiros e o último é as instituições para tratar do tema;
no tempo e no espaço; riscos não especialistas, não haveria mais con- que este é intencional, enquanto • há uma mudança cultural geral:
têm concretude espaço-temporal ou flitos, ironiza o autor. aqueles são acidentais, colate- outra concepção de natureza, do
social. São sempre futuros aconteci- A tese da encenação do risco con- rais. Estes são os exemplos que indivíduo, de “nós” e dos “outros”,
mentos, cuja ameaça orienta nossas traria esta concepção, principalmente ele explora ao longo do livro. de racionalidade, liberdade, demo-
expectativas e ação, daí sua força aplicada aos riscos globais: quanto Estes passos conceituais for- cracia e legitimidade;
política. Como o risco ganha status menos calculável o perigo, maior a mam os elementos de um • uma nova ética de responsabilidade
de realidade, isto é, como se acredita importância das variadas percepções novo conceito de sociedade no planetária, orientada para o futuro;
nesta antecipação? Pela encenação culturais do risco; a distinção entre século XXI, a sociedade global • os riscos se tornam causa e meio

de sua realidade. “Somente pela pre- risco e percepção cultural do risco de risco. Sua base é a crença na da mudança social, são o conceito
sentificação (Vergegenwärtigung), desaparece. Encenação, ressalte-se, antecipação da catástrofe. O básico sociológico para classificar,
pela encenação dos riscos globais, o não significa a inexistência do risco. conceito de sociedade global interpretar e organizar a vida social.
futuro das catástrofes se transforma Sua existência não é objetiva, ela se de risco possui dois momentos: Nesta nova sociedade, reduz-se a centrali-
em presente - normalmente com o dá na percepção. 1) a reflexividade da incerteza e dade do papel do conhecimento. Beck argu-
objetivo, de evitá-las, ganhando-se São os próprios especialistas que 2) o momento cosmopolita. O menta que não adianta nem o pessimismo
influência sobre decisões presentes” sabem que o risco não é uma grandeza primeiro enfatiza que a idéia de nem o otimismo na crença do progresso
(BECK, 2007, p.30). mensurável. O que significa então a controle frente às incertezas fa- para responder à pergunta de como esperar
b) A diferença entre risco e a ‘realidade’ do risco? A realidade do lha, e mais conhecimento gera o inesperado. O autor cita os esforços dos
percepção cultural do risco se risco reside no seu caráter duvidoso, novos riscos: a indeterminação economistas, referindo-se a John Maynard
esvanece. discutível (Umstrittenheit). Riscos dos riscos se configura como Keynes, de tentar calcular o risco e tornar
Para Beck, saber se vivemos em um não possuem uma existência abstrata fundamento da organização a incerteza calculável. Entretanto, afirma o
mundo objetivamente mais seguro por si só. Eles se tornam reais nas social, o que demanda um autor, não se pode racionalizar a incerteza.
do que antigamente não é tão funda- avaliações contraditórias de grupos novo conceito de sociedade e Assim, contra os prognósticos de Max We-
mental: o central é que a encenação e populações. A ideia de um critério novos conceitos para as ciências ber: a sociedade onde reina a incerteza se
de catástrofes antecipadas obriga a objetivo, segundo o qual se possa me- sociais. O segundo momento liberta da jaula de ferro da racionalização
ação, especialmente dos Estados. dir o grau de um risco, desconsidera enfatiza que os riscos globais e do controle. Para Beck, a racionalidade
A concepção racionalista de risco, que somente após uma determinada sobrepujam as fronteiras na- instrumental despolitiza a política e mina
que se baseia na distinção entre percepção e avaliação, riscos são con- cionais. Estes dois momentos a liberdade individual. A sociedade global
riscos objetivos e percepções de siderados como urgentes, perigosos e levam a uma metamudança da do risco é a sociedade para o exercício da
risco, bem como, entre especialistas reais ou como desprezíveis e irreais. sociedade no século XXI, com política e, segundo o autor, para uma nova

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e leigos, tem como fundamento a (BECK, 2007, p. 36) as seguintes características: condição humana.

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Arquitetura do problemas da obra de Beck aos quais


Costa (2004) remete: Beck vislumbra
argumento e divisão uma “humanização” da globalização,
pois a encenação dos riscos globais
criaria demandas morais e políticas
do livro que ultrapassam fronteiras, configu-
rando um momento cosmopolita na
Beck tem como objetivo nesta história mundial.
obra ampliar a teoria e a sociologia do A pergunta central do capítulo
risco com três passos: 1) pela perspectiva 4, Choque de culturas de risco ou a
da globalização; 2) pela perspectiva da interseção entre os estados normal e o
encenação e 3) pela perspectiva com- de exceção, é: como se explica a ex-
parativa de três lógicas de risco global, plosividade política global dos riscos
a ecológica, a econômica e a terrorista. globais? Beck testará duas respostas:
O livro se divide em doze capítulos, 1) contra o argumento de Samuel
incluindo a introdução. Huntington, não estamos diante de
No capítulo dois, Relações de defi- um choque de civilizações, mas de
nição como relações de dominação: quem culturas de risco; 2) a segunda hipó-
decide o que (não) é um risco?, o autor tese é que a força política dos riscos
argumenta que, ao enfatizar as relações globais reside na interseção entre os
de dominação presentes na definição do estados normal e de exceção. Sobre a
que constitui risco, há de se considerar primeira, cabe citá-lo:
o problema da obrigatoriedade coletiva Na medida em que os riscos glo-
e da legitimação. Quem decide o que é bais escapam ao cálculo de risco segundo
um risco, como se compensam danos, métodos científicos e se transformam
nacional e internacionalmente? Até em objeto do não-saber, prevalece a
então este contexto de dominação havia percepção cultural, isto é, a crença pós-
ficado obscurecido no discurso da so- -religiosa, quase-religiosa na realidade
ciedade cientificizada cujas instituições dos riscos globais adquire um significa-
almejavam o controle racional. Beck es- do central. (BECK, 2007, p. 140)
tipula oito passos de argumentação, nos Assim, diferentemente dos
quais também pretende esclarecer mal- conflitos socioeconômicos entre
-entendidos sobre sua obra A sociedade capital e trabalho da primeira
do risco. É um capítulo bem didático para modernidade, e, no plano inter-
a sociologia de risco proposta pelo autor. nacional, entre Leste e o Oeste, na
No capítulo 3, O momento cos- segunda modernidade, as linhas de
mopolita da sociedade global de risco ou o conflito são culturais. Entretanto,
esclarecimento forçado, Beck sugere o ho- dialogando com Huntington, Beck
rizonte normativo da sociedade global de afirma que o conflito não se dá entre
risco e o quadro de referência normativa civilizações fundadas em religiões
de sua sociologia. O autor se posiciona tradicionais, mas entre crenças an-

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contra o relativismo. Este é um dos tagônicas sobre riscos.

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No que concerne à se- estado de exceção não está mais pessimismo com relação ao pro- como fundamento as figuras ainda controláveis e não mais pais que o autor desenvolve.
gunda hipótese, a teoria da nas mãos de atores estatais, não gresso linear, o autor diferencia do desconhecimento e dos controláveis. Se a própria so- O primeiro é o antagonismo
sociedade global de risco é um se encontra mais limitada, mas dois estágios de desenvolvi- efeitos colaterais, enquanto a ciedade do risco transforma dos riscos e a diferença entre
desdobramento de sua teoria socialmente, espacialmente e mento da sociedade de risco. O modernidade reflexiva para este em negócio e se torna so- tomador de decisão e partes
da sociedade de risco em duas temporalmente ilimitada. primeiro é o pessimismo com Giddens e Lash tem como ciedade segurada, a sociedade afetadas, retomando uma
variáveis: catástrofes de efeitos O capítulo 5 se intitula Es- relação ao progresso, quando a meio o conhecimento. Sua global do risco cria um novo distinção conceitual central
não intencionais (ou colate- fera pública global (Weltöffen- suposta linearidade deste falha. perspectiva, ademais, une à re- mercado de seguros. para a sociologia de risco de
rais) e catástrofes intencionais. tlichkeit) e subpolítica global ou O segundo é a consequente flexão (Reflexion), presente na O título do capítulo 9 é Niklas Luhmann (2008). O
As primeiras têm duas medidas quão reais são os riscos encena- indefinição, i.e., o caráter de teoria dos dois autores, a ideia Sensação de guerra, sensação de argumento de Beck é que
de valor: bom e ruim, trazem dos? A esta pergunta central do surpresa do risco global. de reflexo (Reflex), no sentido paz: a encenação da violência. essa diferença entre posições e
uma combinação específica capítulo, Beck propõe respon- A ousadia contida no capí- de repercussão não planejada. Neste, o autor desenvolve o percepções de risco depende de
de vantagens para uns e danos der fundamentando-se em um tulo 7, Saber ou não saber? Duas Reflexão se liga a conhecimen- argumento de que as defini- encenações. O segundo tema
prováveis para outros, o que “realismo construtivista”, após perspectivas da modernização to, reflexo está relacionado ao ções de guerra e paz revelam as é o significado das relações
não vale para as segundas. analisar variantes do constru- reflexiva, é a elaboração de uma desconhecimento. relações globais de dominação de poder de definição inter-
Nas primeiras, o estado de ex- tivismo e do realismo. O autor tipologia do desconhecimento, No capítulo 8, O princípio e os modelos de encenação e nacionais para a encenação
ceção é fruto de imprudência também apresenta os conceitos em seis variações. O autor do seguro: crítica e contracrítica, de legitimação. Assim, guerras real e global da violência, no
e não de uma decisão visando e atores da sua encenação dos também retoma o diálogo com Beck analisa as limitações do e intervenções de paz são con- exemplo das guerras de risco,
este objetivo (o que coloca a riscos globais, a esfera pública Giddens e Lash, estabelecendo princípio do seguro (privado), duzidas para não atrapalhar a tal como a “guerra preventiva”
autoridade estatal, científica e global e a subpolítica global. como diferença entre si e os que o autor estabelecera em A sensação de paz daqueles que ao Iraque capitaneada pelo
econômica em questão). Nas No capítulo 6, O Estado da demais que sua perspectiva da sociedade do risco, como crité- decidem intervir em outros governo norte-americano de
segundas, a decisão sobre o precaução ou da antiguidade do modernização reflexiva tem rio de distinção entre perigos países. São dois temas princi- George W. Bush.

Neila Florêncio
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Uma discussão metodológica per- dade global de risco só pode ser percebida -moderno e a ambivalência do antimo- O autor se pergunta sobre
corre o capítulo 10, Desigualdade global, de uma forma crítica ao nacionalismo derno. No primeiro caso, a vitória dos as consequencias da dialética
vulnerabilidade local: a dinâmica confli- metodológico e como pluralidades de princípios básicos modernos gera crises do antimoderno para a socio-
tuosa dos perigos ambientais só pode ser percepção de risco. Em outras palavras, nas instituições básicas modernas. Há ao logia - e, consequentemente, o
compreendida e pesquisada no âmbito não se trata de um normativismo, mas de mesmo tempo crise e não-crise: a conti- que seria uma teoria crítica da
do cosmopolitismo metodológico. Beck um realismo na percepção de risco, que é nuidade dos princípios modernos leva à sociedade global de risco. Beck
introduz a separação entre naciona- real na medida em que se torna possível, descontinuidade das instituições básicas. afirma que não se pode inves-
lismo metodológico e cosmopolitismo e concomitantemente, gera uma abertura No segundo caso, a modernidade con- tigar e teorizar sobre a quebra
metodológico. O primeiro postula uma para alternativas de possibilidades. traria seus próprios princípios básicos. O dos princípios e instituições
sociedade e uma sociologia nacional, O último capítulo é também a autor cita o exemplo da bomba atômica. básicos da modernidade sem
cego para a desigual distribuição dos conclusão e se intitula Dialéticas da Da vitória da modernidade criou-se uma se condenar de um modo ou de
riscos globais. O segundo se fundamenta Modernidade: como as crises da moder- arma de sua destruição, transformando outro no dilema: investigá-los
em uma concepção global de sociedade e nidade resultam de sua vitória? Beck o apocalipse, de uma visão religiosa, em não seria naive porque abriria
permite, portanto, a análise das vulnera- argumenta que todos os opositores da uma possibilidade real criada pelo pro- espaço para o antimoderno?
bilidades distintas a riscos globais. modernidade fracassaram, restando os gresso científico. Assim, do sucesso da Ou o não esclarecimento tam-
Beck considera o capítulo 11, Teoria próprios modernos como opositores modernidade criaram-se os riscos globais, bém seria ingênuo e abriria
crítica da Sociedade Global do Risco, um de si mesmos. A tese do autor é que a os quais colocam os princípios básicos espaço para o antimoderno?
resumo do argumento do livro. Como modernidade entra em um processo de da modernidade à disposição: podem ser Estas duas quedas do paraíso
este já está, de certa forma, sendo resu- autodissolução e se torna reflexiva. Seus destruídos e essa possibilidade por si só já seriam, para ele, um novo co-
mido nesta resenha, vale trazer o que princípios e instituições básicas falham, os destrói, em parte. meço da sociologia.
o autor estabelece como a teoria crítica gerando um potencial para o novo. REFERÊNCIAS
da sociedade global do risco. Para Beck, Com base nesta distinção central BECK, Ulrich. Sociedade global de risco: na busca da segurança perdida. Publicado em alemão como:
Weltrisikogesellschaft: auf der Suche nach der verlorenen Sicherheit. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 200
trata-se de uma autocrítica da socieda- para a teoria da modernização reflexiva BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização reflexiva: política, tradição e estética na ordem social
moderna. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1997.  
de. Ele argumenta que sua teoria é ao - entre instituições básicas e princípios _____. Weltrisikogesellschaft: auf der Suche nach der verlorenen Sicherheit. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2007.
mesmo tempo realista, construtivista e básicos - abrem-se duas dialéticas da COSTA, Sérgio. Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva. Tempo Social, revista de
sociologia da USP. V. 16, n. 2, nov. 2004. p. 73-100.  
crítica. Isto porque a realidade da socie- modernidade, a ambivalência do mais- LUHMANN, Niklas. Risk: a sociological theory. New Brunswick, New Jersey: Transaction Publishers, 2008.

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