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Aula 00

História p/ Polícia Militar-PE


Professor: Sergio Henrique Lima Reis
Formação histórica de Pernambuco.
Prof. Sérgio Henrique.

SUMÁRIO
00. Bate papo inicial. Pág. 02
1. Ocupação pré-histórica do Brasil. Pág. 04
2. O povoamento da América. Pág. 05
3. A sedentarização do homem americano e Pág. 06
a revolução neolítica.
4. Ocupação pré-colonial do atual estado de Pág. 08
Pernambuco.
4.1 - Características socioculturais das
populações indígenas que habitavam o território Pág. 12
do atual estado de Pernambuco, antes dos
primeiros contatos euro-americanos.
5. O período pré colonial. Pág. 13
6. Exercícios Resolvidos. Pág. 16
7. Exercícios Propostos. Pág. 22
8. Considerações finais. Pág. 30

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00. BATE PAPO INICIAL.


Olá querido amigo concurseiro. Está tentando ingressar na
segurança pública, uma área que atrai por várias razões: Tanto pela
estabilidade e possibilidades de progressão na carreira quanto pelo viés
cidadão de ocupar uma vaga de um cargo importante para a sociedade.
São várias as motivações pelas quais você está tentando. Um salário
melhor, estabilidade para cuidar da família ... enfim. São tantas coisas.
E elas devem te acompanhar a todo o momento de preparação. É onde
você encontrará motivação nas horas mais difíceis, quando até mesmo
podemos ter a ideia absurda de desistir. A motivação é o combustível
necessário para a sua preparação. Motivação associada à disciplina de
estudos é a chave do sucesso.
São 1.500 vagas para soldado e isso também é bastante
motivador. Sabe que as chances são bem razoáveis. Então é preciso
conhecimento, selecionado e de qualidade para que você adquira
competência para realizar sua prova. São 10 questões de Geografia e
10 de História. É fundamental um bom desempenho nestas disciplinas
para tentar garantir sua vaga. Os temas são ligados principalmente às
características do estado de Pernambuco: Sua ocupação territorial, os
habitantes indígenas nativos, a implantação das capitanias
hereditárias, o ciclo da cana e escravidão. O papel do estado durante
o período imperial e republicano. Vamos aqui narrar a história do Brasil
tendo como enfoque os acontecimentos em PE. Então para que
possamos estabelecer um conhecimento sólido, vou narrar de forma
detalhada os principais aspetos da história deste estado cuja atuação
e importância na História do país é tão grande. Vamos praticar também
bastantes exercícios. A banca contratada para realizar o concurso é a
IAUPE (instituto de apoio a universidade de Pernambuco). Realiza
vários concursos estaduais, e o vestibular da universidade de
Pernambuco, UPE. Vou usar várias questões da banca para que você
se familiarize ao tipo de abordagem da instituição. Então quando você

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ver na banca da questão UPE ou IAUPE, estamos nos referindo ao


mesmo grupo que produz as questões. O Instituto de apoio realiza o
vestibular da universidade estadual e se especializou na realização de
processos seletivos públicos com a sigla IAUPE, mas essencialmente
são as mesmas abordagens. É uma forma de entrarmos em contato
com todos os possíveis raciocínios da banca, e rechear suas questões.
Como o nosso curso é totalmente voltado para o concurso da PMPE,
também usaremos questões de grandes instituições pernambucanas e
todas que tiverem um bom conteúdo. Selecionar e saber tudo isso é
estratégia.
Motivação, disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e
estou aqui com a equipe Estratégia Concursos para leva-lo ao
sucesso e alcançar seus objetivos. Vamos logo pois não temos tempo
a perder. Nosso tempo é valioso. Mas fique tranquilo. O nosso conteúdo
tem uma quantidade razoável de assuntos, mas que distribuídos em
07 aulas vamos estudar tudo, bem detalhadamente, então pode conter
a ansiedade. Tudo vai correr bem e foi devidamente distribuído para
que você possa alcançar seu almejado sucesso. Leia e releia suas aulas.
Faça e refaça seus exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado. A
memorização deve vir da repetição dos exercícios e do acumulo das
leituras. É a melhor forma de memorizar o conteúdo. Aos poucos e
através da repetição. Então Vamos ao trabalho. É um convite aos
estudos. Venha comigo.

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1. OCUPAÇÃO PRÉ HISTÓRICA DO BRASIL.


Teoria do estreito de Bering (ente 12 e 6 mil anos)
Quando surgiu o conceito de pré-história no século XIX, os
historiadores consideravam somente como documentos de estudo
fontes escritas. Então convencionou-se chamar de pré-história o
período anterior à escrita. Hoje os pesquisadores já não concordam
mais com esta expressão, pois o homem é um ser histórico e este
conceito não consegue abarcar a diversidade de povos e culturas
existentes no mundo, pois ainda hoje existem tribos espalhadas pelo
planeta que não desenvolveram a escrita. Vivem eles na pré-História?
Então sabemos que ao usar esta expressão devemos fazer ressalvas,
mas podemos usá-la tranquilamente por ser um convenção
consagrada. Para podermos compreender melhor a pré-História, os
historiadores dividem o período em dois momentos: O Paleolítico
(pedra lascada), que vai do surgimento do Homem até
aproximadamente 10.000 atrás, quando foi inventada a escrita. Depois
temos o período Neolítico (pedra nova), que vai até a invenção da
escrita.
Os principais registros fósseis permitem concluir que o homem
surgiu na África e de lá se espalhou para outros continentes. Migrou
para a Ásia e para a Europa. O povoamento da América ocorreu mais
tarde. Os registros para estudarmos esta época são pinturas rupestres
e pontas de flechas e lanças de pedra ou Sílex, que eram
rudimentarmente lascadas para se tornarem instrumentos para os
homens. As comunidades eram tribais e pequenas e não eram fixos a
um território, ou seja, eram populações nômades de caçadores e
coletores. Viviam em um local até que os recursos se esgotassem ou
se tornassem insuficientes para a tribo, que passava a buscar novos
locais para viver. Nesta época já ocorre o domínio do fogo. Há registros
de instrumentos musicais e estatuetas femininas que datam de
aproximadamente 35.000 anos.

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2. O POVOAMENTO DA AMÉRICA.

Existem duas principais teorias sobre o povoamento da América:


A de que o Homem chegou ao continente há aproximadamente 12.000
anos através do estreito de Bering, que liga a Rússia ao Alasca e de lá
povoou a América do Norte e América do Sul. Outra teoria sugere que
o Homem nesta mesma época veio através de migrações das ilhas
polinésias, na Oceania que teriam chegado ao atravessar o oceano
pacífico. Podemos observar as duas representadas na imagem.
A teoria de que a América do Sul é povoada aproximadamente
11.500 anos é respaldada pelo fóssil encontrado na região de Lagoa
Santa em MG, que ficou conhecido como Luzia. Outros pesquisadores
sugerem que ocorreram várias correntes de povoamento e o homem
já habitaria a América há 40.000 anos de acordo com o sítio
arqueológico na Serra da Capivara no PI, com resquícios de
ferramentas e pinturas rupestres que as análises indicam ser desta
época.

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3. A SEDENTARIZAÇÃO DO HOMEM AMERICANO E A


REVOLUÇÃO NEOLÍTICA.

O período paleolítico termina quando as pequenas comunidades


humanas desenvolveram a agricultura e se tornaram sedentários (fixos
a um território). Neste momento são encontradas ferramentas mais
elaboradas, e a agricultura além de fixar o homem permite que as
tribos passem a ter acesso mais fácil à alimentos e a população cresceu
muito. Até a invenção da agricultura havia uma divisão social do
trabalho baseada no gênero: Os homens caçavam e guerreavam e a
mulher ficava na tribo e era responsável pela criação dos filhos. Muitos
pesquisadores concordam que possivelmente foram as mulheres que
conseguiram realizar esta revolução. Depois da agricultura a divisão
social baseada no gênero continua: Os homens caçam e guerreiam e a
mulher cuidava da agricultura. Era uma atividade que podia ser
realizada simultaneamente: cuidar dos filhos e da terra. A partir da
agricultura o grande crescimento populacional levou à especialização
em atividades e uma divisão social do trabalho que produzirá o
surgimento das desigualdades sociais entre os homens (uns pegavam
no pesado na lavoura e construções e outros passaram a coordenar
estas atividades) que provavelmente surgiram pela imposição da força
de uns sobre outros e das primeiras religiões organizadas. Até aí temos
a explicação tradicional para explicar como foi o processo de fixação
humana na Europa e na Ásia, mas como explicar nossas tribos pré-
históricas que se sedentarizaram sem ter desenvolvido a agricultura?
Aqui a maior parte das tribos era seminômade sem domínio da
agricultura. Tudo indica que aqui se sedentarizaram pela abundância
de recursos, o que dispensou a migração continua dos grupos.

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Luzia (12.000).

Luzia possuía traços negroides e viveu no território de MG, em lagoa


Santa a aproximadamente 11.500 anos. Assim com os fósseis
pernambucanos do catimbau, podemos classifica-los como paleoindeos
(do paleolítico) que viveram em torno de 10000 anos. Ela despertou
mais uma polêmica: Os habitantes da américa pré-cabralinos (antes
de Cabral), nos caso de Pernambuco podemos usar o termo pré-
Duartino (antes do donatário Duarte Coelho) possuíam traços físicos
mongoloides, ou seja, mais próximo aos das populações asiáticas. Isso
fortalece a teoria dos navegadores malaio polinésicos. Tudo indica que
a américa do sul passou por sucessivas ondas migratórias vindas do
norte ou do mar.
O principal grupos indígena que habitava a costa eram os Caetes.
Haviam também outras tribos do ramo linguístico tupi guarani.

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Serra da Capivara.
Os achados encontrados neste sitio arqueológico, de acordo com a
pesquisadora Niede Guidon podem ter em torno de 50.000. Devido à
proximidade do Catimbau, muitos estudiosos acreditam que a
exploração leve a encontrar fósseis tão antigos em PE quanto os de
São Raimundo Nonato, no PI.

O principal sítio pernambucano é o parque do Catimbau.

4. OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO ATUAL ESTADO DE


PERNAMBUCO.

Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco.


A ocupação pré-histórica do Brasil é tão complexa e polêmica
como é também a ocupação primitiva de Pernambuco. Há alguns sítios
arqueológicos, cujo maior destaque é encontrado no Parque nacional
do Catimbau. Foi criado em 2002 preservação os ecossistemas naturais
de grande relevância ecológica e beleza cênica. Um espaço em que é
possível a realização de pesquisas científicas e exploração turística. O
Parque abrange 4 municípios: Buíque, Ibimirim, Sertânia e
Tupanatinga. Seus principais atrativos são os grandes paredões de
arenito e formações rochosas esculpidas pelo vento.

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As pinturas rupestres são bastante heterogêneas e podem ser


classificadas em dois grandes grupos culturais: A tradição nordeste e
a tradição agreste. São também de idades muito distintas alguns
fósseis sugerem um povoamento certo há 2.000 e outros registros
sugerem que a ocupação é de 10.000 anos.

O esqueleto do flautista. Foram encontrados vários objetos


musicais ao seu redor. É bastante preservado e possui em torno de
2.000 anos. É o segundo maior sítio arqueológico do pais atrás
somente da Serra da Capivara, no Piauí, em que seus vestígios
sugerem uma ocupação humana de quase 50.000 anos. Dessa forma
a tradicional e mais aceita teoria do povoamento da américa por fluxos
migratórios vindos do estreito de Bering à 12.000 anos não é a mais
adequada para explicar o povoamento tão antigo na região. Para

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alguns estudiosos das Universidades pernambucanas, podem ser


encontradas evidencias que possam sugerir uma ocupação tão antiga
quanto a do sítio vizinho.
Os habitantes de Pernambuco no período pré-duartino (antes do
Donatário Duarte Coelho da Costa) eram grupos de caçadores
coletores, que não dominavam a cerâmica e viviam em
cavernas.

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Artefatos encontrados na gruta do padre.

Das várias grutas no vale do catimbau muitas guardam registros


de sepultamento e com pinturas rupestres (também chamados de
grafismos rupestres). Usavam pigmentos metálicos e não metálicos
misturados à pigmentos vegetais como o jenipapo e o urucum.
Registraram figuras humanas, animais e desenhos geométricos. Trata-
se da tradição agreste.

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4.1 CARACTERÍSTICAS SOCIOCULTURAIS DAS POPULAÇÕES


INDÍGENAS QUE HABITAVAM O TERRITÓRIO DO ATUAL
ESTADO DE PERNAMBUCO, ANTES DOS PRIMEIROS CONTATOS
EURO-AMERICANOS.

Os portugueses entraram em contato principalmente por


indígenas tabajaras e caetés. Estes últimos ficaram conhecidos por
terem comido o bispo Sardinha, que viera com Tomé de Souza fundar
o primeiro bispado do Brasil. O navio naufragou e foi capturado por
indígenas no litoral. Mas o detalhe é que eram antropofágicos, ou
seja, canibais. Este episódio chegou a Europa e provocou terror. De
certa forma serviu de justificativa para a colonização e a “guerra justa”,
da qual falaremos na próxima aula. A partir daí os indígenas passaram
a ser descritos como terríveis. Diferente dos primeiros relatos que os
descreviam como seres inocentes.

Podemos caracterizar a organização dos primeiros habitantes de


Pernambuco como:

 Organização tribal.
 Sem propriedade privada.
 Seminômades com uma agricultura rudimentar (mandioca).

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 Praticavam a coivara (queimadas para abrir descampados)


 Caçadores, coletores e pescadores.

5. O PERÍODO PRÉ COLONIAL.

Entre 1.500 e 1.530 o território do Brasil não despertava um


grande interesse em Portugal. Porquê? Principalmente devido ao
comércio de especiarias com as “índias”, que eram um negócio
incrivelmente lucrativo, o que diminuía o interesse aqui, pois não
encontraram nenhum tipo de riqueza comercializável na Europa que
fosse valorizada, exceto madeira. O único produto então era o pau
Brasil, que era extraído na costa e levado à Europa para extrair sua
tinta, para fornecer colorantes para os tecidos manufaturados, que
antes da industrialização eram caríssimos. Não era considerado um
“negócio das índias”. Então pela mentalidade mercantilista não era um
bom negócio. O Estado português concedia o monopólio de exploração,
denominado estanco. O primeiro contato com os indígenas foi
pacífico. A escravização dos nativos era combatida pela Igreja e o
Estado português, seguindo a orientação do clero, não estimulava a
escravização de nativos, inclusive criou leis que a proibiu. Se bem que
nunca fiscalizou com firmeza e a escravidão indígena durante a colônia
foi regra. No primeiro contato com os nativos não ocorreu a
escravização do indígena, que trabalhava retirando o pau brasil através
do escambo.

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Escambo: também chamado “trocas naturais” é quando ocorre a troca


sem a presença de moedas. Por exemplo, trocar o pau brasil por
pequenos objetos sem valor para o europeu como espelhos, colares e
afins, ou a troca de africanos para serem escravizados por tabaco e
cachaça.

Alguns antropólogos se debruçaram para estudar esta relação de


exploração, pois o escambo tem forte poder explicativo, mas o que
poderia convencer milhares de indígenas a trabalhar para os
portugueses. De acordo como Darcy Ribeiro eram estabelecidas as
relações de “cunhadismo”. Os portugueses casavam-se com as
indígenas, sobretudo com filhas de chefes tribais. Estabelecidos laços
familiares os indígenas trabalhavam para seus cunhados... Lembre-se
que as tribos não são monogâmicas, então podiam casar com várias
índias e ter diversos cunhados.

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Reservas indígenas atuais no estado de Pernambuco.

O período pré-colonial não gerou povoamento, que só vai ocorrer


a partir da implantação do cultivo da cana de açúcar e a fundação da
capitania de Pernambuco, que foi concedida à Duarte Coelho. Até 1530
o litoral era cheio de feitorias: armazéns litorâneos que também eram
fortes militares.

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6. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. (Ufpi 2008) O período da nossa história conhecido como Pré-


colonizador pode ser caracterizado pelos seguintes pontos:

I. A descoberta de metais preciosos, particularmente, prata e


diamantes na região amazônica. (Incorreta. O ouro só foi
descoberto no século XVIII).
II. A montagem de estabelecimentos provisórios, conhecidos como
feitorias, onde eram feitas trocas comerciais entre os navegantes
portugueses e os povos indígenas do Brasil. (Correta. As feitorias
foram o principal meio de ocupação do nosso litoral,
armazenagem do pau brasil e a prática do escambo).
III. A criação das cidades de Recife no litoral da América Portuguesa.
(Incorreta. No período pré-colonial não ocorreu ocupação do
território e nem fundação de cidades).
IV. A utilização da mão de obra indígena para a exploração de madeira,
particularmente, do pau-brasil. (Correta. Importante destacar que
não ocorreu a escravização do indígena neste momento).

Dentre as afirmativas anteriores estão corretas apenas:


a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) III e IV
e) I e IV

Reposta:

[C]

2. (Ufal 2007) Considere a ilustração.

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Extração do pau-brasil pelos índios. Detalhe ornamental de mapa do


Atlas de Johannes van Keulen, 1683.
(In: Elza Nadai e Joana Neves. "História do Brasil". São Paulo:
Saraiva, 1996. p. 39)

A devastação das florestas brasileiras não é uma prática recente. No


contexto da história do Brasil colonial, essa devastação decorreu da
exploração do pau-brasil, como mostra a ilustração, que era uma
atividade
a) praticada pelos povos indígenas para comércio interno, antes
mesmo da chegada dos europeus.
b) desprezada pelos colonizadores portugueses, razão pelo qual os
franceses a praticavam utilizando o trabalho dos índios.
c) considerada monopólio da Coroa portuguesa e gerou muitos
conflitos entre índios, portugueses e franceses.
d) realizada entre índios e ingleses porque os franceses estavam
interessados exclusivamente na busca do ouro e prata.
e) desenvolvida pelos holandeses que utilizavam o trabalho do índio e
os remuneravam com baixos salários.

Resposta :

[C]

A extração de Pau Brasil era concedida através do monopólio


real, o estanco e o trabalho era realizado pelos indígenas,
através do escambo então está correta a alternativa (C). O que
há de errado com as outras?
Alternativa (A) diz que o pau brasil era usado no comércio
interno. Não havia propriedade entre os indígenas, nem
comércio.
Alternativa (B) o pau brasil não foi desprezado pelos
portugueses, mas é verdade que os franceses questionavam a
posse de Portugal sobre o Brasil.

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Alternativa (D) a extração do pau brasil era uma atividade dos


portugueses que trocavam com o indigena através do escambo.
Alternativa (E), diz que foi desenvolvida por holandeses e
sabemos que foi por portugueses.

3. (Ufpe 2003) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas


de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas
feitorias, é correto afirmar que:
a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses
na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade
agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o
Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna de
administração colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no
litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de
produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro
quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença
do Estado português e a ausência de interesses de particulares.
e) o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e
estimulou a criação das capitanias hereditárias.

O sistema de feitorias foi largamente usado por Portugal


em todos territórios conquistados no Brasil, África e Ásia. Eram
usados para armazenar produtos, e também eram fortificações
militares. Não geraram povoamento e não foram associadas às
atividades agrícolas, e sim ao escambo do pau brasil. As
feitorias foram substituídas na colonização pelas capitanias
hereditárias (equivalentes aos estados. Veremos na nossa
próxima aula). As feitorias marcavam a presença do Estado
português e de interesses particulares, por exemplo dos
comerciantes de madeira. As feitorias não foram exitosas pois
não geraram povoamento e não garantiram a segurança da
terra contra possíveis ameaças estrangeiras. Considerando o
exposto não há dúvida, alternativa C

4. (Espcex (Aman) 2015) “Os primeiros trinta anos da História do


Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a
coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no
entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da
burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados

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para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama,


no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português.
[…] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em
conformidade com os interesses mercantilistas da época, como
observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral
brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.

Berutti, 2004.

Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)


a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de
colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais
assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de
terras situadas a oeste de Greenwich.
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em
relação ao comércio com as Índias.
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência
oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o
reconhecimento das novas terras.
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as
possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de
História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou
produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam
as expedições.

Resposta:

[E]

Somente a proposição [E] está correta. A questão remete


ao período Pré-Colonial que ocorreu no Brasil entre 1500-1530.
As Grandes Navegações que ocorreram ao longo do século XV
foram importantes para angariar recursos para os Estados
Modernos. Desta forma, já havia dentro destas navegações
ideias mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos e
especiarias para a Europa. A viagem de Vasco da Gama que
chegou às Índias em 1498 foi coroada de êxito dando um lucro
exorbitante para Portugal. Assim, foi criada a mesma
expectativa quanto a viagem de Cabral ao Brasil em 1500.
Conforme relata a Carta de Caminha não havia riqueza no
Brasil, ou seja, metais preciosos e especiarias e que o melhor a
fazer é a catequese dos índios. O sucesso da viagem de Vasco
da Gama e o fracasso da viagem de Cabral explicam o relativo

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descaso de Portugal em relação ao Brasil priorizando, então, o


comércio das especarias no oriente. Daí o período Pré-Colonial.
A alternativa (A) está errada pois o descaso para com o
brasil, era em razão do comércio com as índias e não foram
encontrados vários produtos comercializáveis.
A alternativa (B) está errada pois a distância das índias
era maior.
A alternativa (C) está errada pois a resistência indígena
foi um fator de dificuldade tremendo, mas não nos
desembarques.
A alternativa (D) não foi aberto um mercado aqui.
Essencialmente era uma região de exploração.

5. (G1 - ifba 2014) “A conquista do Brasil pressupunha também o


domínio ideológico dos povos das regiões colonizadas pela Coroa
lusitana. Havia que provar pelo convencimento e pela força – a
superioridade do modo oficial português de ser. Era necessário
convencer as populações nativas e os recém-chegados da inferioridade
e do 'bestialismo' dos hábitos americanos. A opção de europeus pela
cultura material e social tupinambá causava tensões insustentáveis na
férrea camisa-de-força vivencial em que as elites civis e religiosas
ibéricas enquadravam as classes subalternas – metropolitanas e
coloniais.”

MAESTRI, Mário. Os senhores do litoral. Conquista portuguesa e agonia


tupinambá no litoral brasileiro. (século 16). POA: Editora da
Universidade/UFRGS, 1994. p. 61.

O texto acima e seus conhecimentos sobre as relações de dominação


entre europeus e as populações indígenas na América Portuguesa
permitem afirmar que
a) os missionários analisavam o sistema cultural indígena, seus
costumes, seu cotidiano, etc., segundo a moralidade cristã.
b) a adaptação dos europeus aos Trópicos e a assimilação de certos
costumes indígenas foi estimulada pela Coroa e pela Igreja Católica.
c) os colonizadores, os missionários e os agentes portugueses
compreendiam os costumes indígenas de forma idealizada, tolerante
e idílica.
d) os primeiros anos de colonização do território brasileiro foram
marcados pela miscigenação e tolerância acerca do sistema cultural
tupinambá.

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e) embora na colônia os europeus tenham adotado práticas de


intolerância, na metrópole possuíam postura com maior respeito à
diversidade cultural e religiosa.

Resposta:

[A]

O contato entre europeus e indígenas foi marcado pelo


etnocentrismo por parte dos europeus, que mediam os hábitos
e costumes dos índios a partir da medida da própria cultura
europeia. Podemos chamar também de eurocentrismo.
A alternativa (B) está errada pois a Igreja não estimulava
a adoção de práticas indígenas.
A alternativa (C) está errada pois não compreendiam de
forma idealizada. Nos primeiros contatos isso foi verdade, mas
logo a visão sobre o índio muda, principalmente após o
incidente do bispo sardinha.
A alternativa (D) Não ocorreu tolerância religiosa por
parte do português, que sobretudo tinha uma visão de
superioridade sobre os nativos.
A alternativa (E) não possuíam maior tolerância na
metrópole.

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7. EXERCICIOS PROPOSTOS.

1. (ifsp 2013) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um


dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte
de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de
navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio.

Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela pouca


preocupação geográfica, mas que nos mostra:
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes
nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e
trabalhadores.
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram
empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos eram
recompensados através de um escambo com produtos europeus.
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as
árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da cana-
de-açúcar e a construção dos engenhos.
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus
portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de
fortificações e defesa da ameaça europeia.
e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais
de grande porte, o que causava grande espanto e medo aos
colonizadores.

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Resposta:

[B]

Questão de interpretação da imagem que, de fato, não tem


precisão geográfica, mas destaca uma das atividades
desenvolvidas pelos portugueses no Brasil colônia, a
exploração do pau-brasil, através da prática do escambo. Na
data da publicação do mapa, já havia a exploração açucareira;
no entanto, o extrativismo da madeira continuou apesar da
perda de importância.

Leia o texto para responder à questão.

[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe
três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito
para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma
coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados
pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm
verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não
têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar,
nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e
ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se
governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R
na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem
obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho
ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].

(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)

2. (Unesp 2013) O texto destaca três elementos que o autor considera


inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três
elementos podem ser associados, respectivamente,
a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares.
b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes.
d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos
estrangeiros.

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Resposta:

[B]

Questão de interpretação de texto. Produzido no século


XVI, ainda nos primórdios do processo de colonização, quando
a ação dos jesuítas ainda estava em seu início, o autor
desenvolve uma teoria para justificar não apenas a
inferioridade indígena, mas a pouca importância que as
autoridades devem dispensar a este povo.

3. (Uepa 2012) Os povos tupi correspondiam no século XV a um


enorme conjunto populacional étnico-linguístico que se espalhava por
quase toda a costa atlântica sul do continente americano, desde o atual
Ceará, até a Lagoa dos Patos, situada nos dias de hoje no Rio Grande
do Sul. De acordo com registros de missionários jesuítas e de
exploradores portugueses dos primeiros anos da colonização
portuguesa, os povos tupi se disseminaram pelo que é hoje a costa
brasileira, numa dinâmica combinada de crescimento populacional e
fragmentação sociopolítica. Ao mesmo tempo, uma utopia ancestral
cultivada pelos diversos grupos tupi da busca de uma “terra sem
males”, teria contribuição para sua expansão territorial. Os tupi
chegaram no início do século XVI à Amazônia, ocupando a Ilha
Tupinambarana como ponto final de sua peregrinação. No caminho
percorrido, os povos tupi viviam numa atmosfera de guerra constante
entre si e com outros povos não-tupi. Guerras, captura e canibalização
dos inimigos alimentavam a fragmentação, a dispersão territorial e o
revanchismo.
Em termos simbólicos, o sentido da antropofagia, resultante do
enfrentamento entre indígenas pouco antes do início da colonização
portuguesa, tem relação com:
a) a necessidade de exterminar os inimigos na totalidade, inclusive
pela ingestão física, de modo a interditar-lhes qualquer forma de
sobrevivência ou resquício material.
b) o interesse em assimilar as potencialidades guerreiras e a bravura
dos inimigos, bem como incorporar seu universo social e cosmológico
adicionado ao grupo do vencedor.
c) a profunda diferença sociocultural entre os povos tupi, que ao longo
da expansão tendiam a considerar-se como estrangeiros, habitando
regiões contíguas.
d) a interferência de navegadores europeus que alimentavam as
dissensões entre os povos indígenas como meio de conquistá-los
posteriormente.
e) a disputa territorial com os povos não-tupi, que foram praticamente
expulsos da costa e obrigados a adentrar o interior do continente.

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Resposta:

[B]

A antropofagia era um rito mágico/religioso, que se difere


do canibalismo, cujo objetivo é simplesmente saciar a fome. No
primeiro caso, os índios acreditavam que ao comerem carne
humana do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia
e conhecimentos que lhes eram próprios. Desta forma, não se
alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes.

4. (Unimontes 2012) O período compreendido entre 1500 e 1530 é


denominado, pela historiografia tradicional, de “período pré-colonial”.
Entre as características dessa época, é INCORRETO elencar
a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil.
b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral.
c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil.
d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão.

Resposta:

[D]

A fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão


só ocorreram após este período inicial, também chamado de
período de reconhecimento. São Vicente, a primeira vila da
colônia, foi fundada em 1532, e a escravidão foi implementada
com a lavoura e a manufatura canavieira no decorrer do século
XVI.

5. (Ufv 2010) Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar:


a) Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de
Loronha, arrendou o direito de exploração do território, no início do
século XVI.
b) A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira
para a construção de fortes e edifícios administrativos portugueses
nas possessões ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki.
c) A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a
utilização da mão de obra indígena na instauração de feitorias que,
mais tarde, possibilitariam a implementação dos engenhos de açúcar.

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d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim


como de algodão, no Maranhão, permitiu a expansão da presença
portuguesa para além dos limites impostos pelo Tratado de
Tordesilhas.

Resposta:

[A]

Fernão de Noronha, também chamado Fernando de


Noronha ou Fernão de Loronha (século XV - século XVI), foi um
cristão-novo (judeu português convertido ao catolicismo) que
se tornou um dos primeiros grandes exploradores de pau-brasil
nas terras recém-descobertas do Brasil. Juntamente com
outros cristãos-novos e comerciantes portugueses, obteve
concessão para explorar os recursos naturais do Brasil durante
três anos e em 1503 obteve da Coroa o contrato para
exploração do pau-brasil.

6. (Pucsp 2008) Leia as duas estrofes a seguir:

"Pindorama, Pindorama
É o Brasil antes de Cabral
Pindorama, Pindorama
É tão longe de Portugal
Fica além, muito além
Do encontro do mar com o céu
Fica além, muito além
Dos domínios de Dom Manuel.

Vera Cruz, Vera Cruz


Quem achou foi Portugal
Vera Cruz, Vera Cruz
Atrás do Monte Pascoal
Bem ali Cabral viu
Dia vinte e dois de abril
Não só viu, descobriu
Toda terra do Brasil."

Pindorama, de Sandra Peres e Luiz Tatit, in "Palavra Cantada",

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Canções Curiosas, 1998.

Entre as várias referências da letra da canção à chegada dos


portugueses à América, pode-se mencionar
a) a preocupação com os perigos da viagem, a distância excessiva e a
datação exata do momento da descoberta.
b) o caráter documental do texto, que reproduz o tom, a intenção
informativa e a estrutura dos relatos de viajantes.
c) a dúvida quanto à expressão mais adequada para designar a
chegada dos portugueses, daí a variação de verbos.
d) o pequeno conhecimento das novas terras pelos conquistadores,
indicando sua crença de terem chegado às Índias.
e) a diferença entre os termos que nomeavam as terras, sugerindo
uma diferença entre a visão do índio e a do português.

Resposta:

[E]

7. (Ufpa 2008) Considere o texto a seguir:

"Em toda a semana [os homens] se ocupam em fazer roças para seus
mantimentos (que antes não faziam senão as mulheres)".
("Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil (1538-1553)". Editadas
por Serafim Leite. São Paulo: Comissão do IV Centenário, 1954, v. I,
p. 179).

Neste texto descreve-se uma mudança na divisão social do trabalho


indígena (trabalho masculino e feminino), que ocorreu no Brasil
colonial com a chegada dos padres jesuítas. Contudo, antes desta
mudança, cabia aos homens e às mulheres tupinambás:
a) os homens derrubavam a floresta, caçavam e pescavam, e as
mulheres trabalhavam no plantio.
b) os homens trabalhavam no plantio, caçavam, pescavam, e as
mulheres derrubavam a floresta.
c) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres
na criação dos filhos.
d) os homens derrubavam a floresta, e as mulheres obtinham os
alimentos.
e) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres
na organização das cerimônias religiosas.

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Resposta:

[A]

8. (Fatec 2007) Se levarmos em conta que os colonizadores


portugueses mantiveram um contato maior com as nações tupi,
podemos dizer que as sociedades indígenas brasileiras viviam num
regime de comunidade primitiva, no qual
a) não existia propriedade privada, pois os únicos bens individuais
eram os instrumentos de caça, pesca e trabalho, como o arco, a
flecha e o machado de pedra.
b) cabia aos homens, além da caça e da pesca, toda a atividade
agrícola do plantio a da colheita.
c) cada família tinha a sua propriedade, apesar de todos trabalharem
para o sustento da comunidade.
d) a economia era planificada, e todo o excedente era trocado com as
tribos vizinhas.
e) tanto a propriedade privada quanto a agricultura de subsistência e
a divisão de trabalho obedeciam a critérios naturais, ou seja, de
acordo com o sexo e a idade.

Resposta:

[A]

9. (Ufscar 2006) (...) Pré-História do Brasil compreende a existência


de uma crescente variedade linguística, cultural e étnica, que
acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas
constituídas por poucas pessoas (...) que chegaram à região até
alcançar muitos milhões de habitantes na época da chegada da frota
de Cabral. (...) não houve apenas um processo histórico, mas
numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades e
descontinuidades, tantas quanto as etnias que se formaram
constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60 ou 70 mil longos anos
de ocupação humana das Américas.
(Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noeli. "Pré-História do
Brasil", 2002.)

Considerando o texto, é correto afirmar que

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a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa


e, da perspectiva linguística, étnica e cultural, se constituíram como
sociedades distintas.
b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil
anos e dela descendem as populações indígenas brasileiras atuais.
c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil
sustenta-se na ideia da construção de uma experiência evolutiva e
linear.
d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas
brasileiras como uma trajetória fundada na ideia de crescente
progresso cultural.
e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram
numerosas e estavam em um estágio evolutivo igual ao da Pré-
História europeia.

Resposta:

[A]

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

É isso aí meu amigo concurseiro. No decorrer do curso vamos


aprofundar em alguns temas. As aulas virão te orientar nos
conhecimentos históricos do estado de Pernambuco. Leia e Releia a
teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é a mãe do aprendizado.
Vai valer muito a pena. Nós da equipe Estratégia Concursos vamos
guiá-lo ao caminho da aprovação.

Motivação, Disciplina e Estratégia.

Um grande abraço.

Bons estudos.

Foco no Sucesso.

Professor: Sérgio Henrique Lima Reis.

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