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ENSAIO
2. OBJETIVO
Figura 1: Matriz SWOT
O presente artigo apresenta uma compilação das Operações Operações
informações referentes a métodos de identificação e O que é
análise da postura competitiva organizacional Presentes Futuras
encontradas na literatura, estabelecendo uma Bom Pontos fortes Oportunidades
intercomparação entre elas. Assim, espera-se
estabelecer uma referência que possibilite uma Ruim Pontos fracos Ameaças
visão global das metodologias existentes neste
âmbito e que facilite o entendimento e a aplicação Fonte: MONTANA e CHARNOV, 1998.
destas, tanto no campo científico como na prática. O objetivo da SWOT é definir estratégias para
manter pontos fortes, reduzir a intensidade de
3. TÉCNICAS DE ANÁLISE AMBIENTAL pontos fracos, aproveitando oportunidades e
protegendo-se de ameaças. Diante da
Nesta seção descrevem-se, sucintamente, as predominância de pontos fortes ou fracos e de
principais técnicas de análise para a identificação da oportunidades e ameaças, pode-se adotar estratégias
postura estratégica encontradas na literatura. que busquem a sobrevivência, manutenção,
crescimento ou desenvolvimento da organização
(Figura 2).
AMEAÇAS
PREDOMINÂNCIA DE
Sobrevivência Manutenção
ANÁLISE EXTERNA
OPORTUNIDA-
DES
Crescimento Desenvolvimento
Condições e Competência
Tendências Distintiva
Ambientais (Capacidades)
Econômicas Financeira
Técnicas Gerencial
Físicas Funcional
Políticas Organizacional
Consideração de todas
Sociais Reputação
Comunidade as combinações História
Nação Mundo
Custo
unitário de
Produção
1 2 3 4 5 6 7 8 Tempo/Período
Preço
Produção acumulada
3.6. Curva do Ciclo de Vida do Produto identificados pelo volume de vendas dos produtos
ao longo do tempo, que são denominados:
BETHLEM (1999) explica que os produtos têm
Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio.
uma vida composta por ciclos, que vão do
nascimento à morte. A Figura 7 ilustra estes ciclos,
Vendas Maturidade
Crescimento Declínio
Introdução
0 Tempo
?
Taxa de Crescimento do Mercado
Alta
Baixa
Alta Baixa
Administradores/ negócio.
negócios
Empreendedores
Empreendedores 2. Mercado de Impasse – onde a competência e os
recursos para atingir níveis competitivos de
atuação são facilmente obtidos. Assim,
Estável
Dificuldades de Coordenação
variáveis Muitas
(3) (4)
competitivas ou
Fontes de Impasse Volume
Liderança Poucas
(2) (1)
Pequena Grande
Tamanho da Vantagem Competitiva
Potencial para Vantagem Competitiva
3.10. Matriz de Portfólio da McKinsey (1986), os dois eixos neste método são a
atratividade da indústria e a força da organização no
A Matriz McKinsey é dividida em nove campos
mercado.
(3x3), conforme a Figura 11. Segundo PORTER
Crescimento Parcela
Atratividade do Mercado
Diversidade Posição
Média
Estrutura Rentabilidade
Rentabilidade Margens
Poluição
Pessoal
3.14. O Modelo de Análise Estratégica de Austin forças modelam este ambiente, reconhecendo suas
(MAEA) conexões e interdependências.
De acordo com ZANQUETTO FILHO e
3.15. Modelo Delta
FIGUEIREDO (1999), o Modelo de Austin é um
modelo específico de análise ambiental que O Modelo Delta desenvolvido por HAX e
considera particularidades de países em WILDE (2000) busca comprovar que a estrutura
desenvolvimento. Este modelo é uma evolução do estratégica de Porter é baseada em duas maneiras
modelo posicional desenvolvido por Porter e busca excludentes de competir no mercado – baixo custo e
analisar continuamente e de forma estruturada o diferenciação –, e não abrange todas as maneiras
ambiente de negócios. pelas quais as empresas competem no ambiente
atual. Os autores acima citados discutem que a
O foco principal está na verificação sistemática
estrutura de Porter não explica as estratégias e
das forças ambientais externas específicas dos
resultados de duas empresas atuais: a Microsoft e a
países em desenvolvimento, e identificação das
MCI WorldCom.
implicações gerenciais de cada uma destas forças
para a organização. Estas informações servem para Este modelo é fundamentado em três opções
a definição das estratégias gerenciais das empresas estratégicas: o posicionamento estratégico de lock-
e para o processo de tomada de decisão. Para aplicar in de sistema, ou do sistema fechado, o
o modelo de Austin é necessário considerar que as posicionamento estratégico em soluções para o
cliente e o posicionamento de melhor produto. Este
3.16. Metodologia GUT (Gravidade/ Tendência/ 3.17. TIRPE (Tendência/ Impacto/ Resposta em
Urgência) Planejamento Estratégico)
A metodologia GUT avalia cada fator Segundo KASZNAR (1998), a TIRPE é uma
considerado na análise da situação à luz dos metodologia pró-ativa empregada na análise de uma
critérios de gravidade, urgência e tendência. tendência setorial. Como uma ferramenta ou
Segundo OLIVEIRA (1999), apesar de a instrumento do planejamento estratégico, a
metodologia GUT ter sido desenvolvida para a metodologia busca a construção de cenários que
fixação de prioridades no diagnóstico estratégico, projetem os impactos de alguma tendência
ela pode também ser aplicada para identificar a identificada em determinado setor. Portanto, a
postura estratégica da organização. Desta forma, a TIRPE busca delinear rumos para o futuro,
GUT pode ser utilizada para o estabelecimento da antecipando sistematicamente mudanças ambientais
predominância interna de pontos fortes ou fracos e e/ou contingências intra-organizacionais. Desta
da predominância externa relativamente às forma, reduzem-se riscos e incertezas inerentes ao
oportunidades ou ameaças, fatores que caracterizam processo decisório. KASNAR (1998) apresenta os
a postura estratégica organizacional. Assim, o seguintes passos para o desenvolvimento desta
emprego da metodologia GUT torna possível metodologia.
estabelecer a postura da organização que orientará
1. Escolher uma tendência.
suas próprias estratégias e políticas, principalmente
as de médio e longo prazo, em busca da missão. A 2. Verificar as áreas fundamentais de atuação da
organização pode escolher entre as seguintes tendência escolhida.
posturas estratégicas aqui destacadas:
3. Determinar os possíveis impactos causados
sobrevivência, manutenção, crescimento e pela tendência escolhida na área de atuação.
desenvolvimento.
Structure
(estrutura)
Systems
Strategy (sistemas)
(estratégia)
Shared Values
(valores
compartilhados)
Skills Style
(habilidades) (estilos)
Staff
(pessoas)
3.19. Curva de Crescimento (Fator S) geralmente aparece é uma linha sinuosa em forma
de S, alongada para a direita no topo, e para a
Segundo LOBATO (1997), a Curva de
esquerda na base. No início, a resposta aos
Crescimento de Richard Foster (Curva S) procura
investimentos feitos é lenta. A seguir, ocorre uma
facilitar a compreensão, pelas organizações, de seus
aceleração violenta na curva, quando é obtido o
ciclos de crescimento à luz das ameaças externas.
conhecimento necessário para progredir. No final, a
Conforme ilustrado na Figura 17, a Curva S é a resposta aos investimentos volta a ser lenta,
representação gráfica da relação entre o esforço tornando qualquer progresso muito caro. Desta
monetário despendido em melhorar um produto ou forma, é possível identificar mudanças próximas a
método e os resultados obtidos como retorno desse se refletirem sobre a obsolescência dos produtos,
investimento. É denominada Curva S porque, podendo antecipar problemas administrativos e
quando os resultados são delineados, o que fornecendo um gerenciamento estratégico.
Retorno do
Esforço
Tempo
2. Determinar, para cada fator, um peso que .......... ...... ...... ......
varie de 0.0 (não importante) a 1.0 (muito
importante). O peso indica a importância do .......... ...... ...... ......
fator na obtenção de sucesso pela indústria. A .......... ...... ...... ......
soma dos pesos associados aos fatores deve
ser igual a 1.0. .......... ...... ...... ......
Ameaças
internos. Esta variação da técnica denomina-se 3.21. Matriz de Desempenho Competitivo (CPM)
Matriz de Avaliação de Fatores Internos (IFE –
Segundo DAVID (1998), a Matriz de
Internal Factor Evaluation). De forma semelhante à
Desempenho Competitivo (CPM – Competitive
Matriz EFE, a Matriz IFE auxilia o estrategista a
Profile Matrix) posiciona as organizações avaliadas
conhecer melhor os fatores internos da organização,
num setor produtivo quanto à sua competitividade.
ao levantar informações sobre os recursos
A CPM avalia e compara o potencial competitivo de
organizacionais disponíveis. A Figura 19 busca
organizações competidoras. A aplicação da CPM é
ilustrar a idéia da IFE.
realizada a partir da integração das informações
obtidas da aplicação das Matrizes EFE e IFE às
Figura 19: Matriz IFE organizações que farão parte do estudo. Se nas
Matrizes EFE e IFE a análise é feita sobre uma
Fatores Críticos Desem-
Peso Resultado organização em particular, a CPM já trata de
de Sucesso penho
comparar algumas organizações que participam de
Fator 1 W1 D1 W1xD1 um mesmo setor produtivo, procurando determinar
Pontos Fortes