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br
Para que servem as feiras
A
reportagem de capa Leandro Haberli, que con- material com informações
desta edição apre- tou com o apoio de Marcos técnicas e de mercado, que
senta uma visão bra- Palhares. vamos utilizando nos mo-
sileira da LabelExpo Europe O trabalho não tem a inalcan- mentos oportunos para aden-
2005, realizada em Bruxelas çável pretensão de apresen- sar reportagens e para refor-
em setembro. Na condição de tar a cobertura “completa” çar nosso banco de dados.
única revista especializada do evento, mesmo porque as Não foi diferente na cober-
Wilson Palhares verde-amarela do setor pre- oportunidades contidas em tura da Envase/Alimentek,
sente ao evento com equipe feiras vão muito além de seus ocorrida em Buenos Aires
própria, EMBALAGEMMARCA limites físicos e temporais. e na qual foi possível notar
Coletamos o procurou focar o trabalho de A nosso ver, feiras servem que a recuperação da eco-
máximo possível maneira a não atormentar o sobretudo para atualizar nomia argentina traz opor-
de informações leitor com tecnicidades exa- informações e estreitar rela- tunidades a que a cadeia
geradas. Preferimos identi- cionamentos. Em nosso caso, brasileira de embalagem não
técnicas e de
ficar tendências e detectar o contribuem para aproximar pode estar desatenta, como
mercado, que
pensamento de empresários a redação de suas fontes e está descrito na reportagem
vamos utilizando
do setor, de outros países e reforçar nossos sempre insu- da página 48. A reportagem
nos momentos também do Brasil, sobre os ficientes conhecimentos sobre sobre a PackExpo, que teve
oportunos para rumos do universo da rotula- o mundo da embalagem. Las Vegas por palco e ficou a
adensar reportagens gem e como isso pode inte- Naturalmente, nas feiras a cargo de Guilherme Kamio,
e reforçar nosso ressar às empresas aqui ins- que comparecemos coleta- será apresentada na edição
banco de dados taladas. A reportagem é de mos o máximo possível de de novembro. Até lá.
nº 74 • outubro 2005
Diretor de Redação
Wilson Palhares
12 Produtos naturais
Chocolate de soja ganha
gôndolas em BOPP fosco,
46 Celulósicas
No mercado de mídia,
impressão sobre hot stamping
palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem
evidenciando através de holográfico garante brilho Flávio Palhares
suas embalagens os benefícios especial a estojo de DVD flavio@embalagemmarca.com.br
nutricionais do alimento de cantora evangélica Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
Leandro Haberli Silva
14 Reportagem de capa:
LabelExpo Europe 2005
48 Feiras: Envase/Alimentek
Nona edição de feira de embala-
gens em Buenos Aires evidencia
leandro@embalagemmarca.com.br
Livia Deorsola
52 Materiais Administração
Setor petroquímico e fornecedo- Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
ras de latas para bebidas – de Eunice Fruet (Diretora Financeira)
alumínio e de aço – anunciam
investimentos para aumentar Departamento Comercial
suas capacidades produtivas comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira
54 Pet food
Resinas especiais acenam à
difusão do empacotamento auto-
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
mático nas linhas de embalagem Assinatura anual: R$ 90,00
de rações para cães e gatos
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
60 Certificações
Selos ambientiais como o FSC
podem abrir oportunidades de
que ocupam cargos de direção, gerência
e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
envolvidos com o desenvolvimento de
negócio para convertedores
embalagens e com poder de decisão colo-
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
36 Panorama www.embalagemmarca.com.br
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é per-
56 Conversão e Impressão mitida a reprodução de matérias editoriais
Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
66 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
Café Iguaçu agora tem Sealed Life Para o forno
As latas de aço do café solúvel Também conhecido como pell-off, como nos balcões
Iguaçu, em várias gramaturas de o sistema garante melhor conserva- Com o objetivo de criar nova
conteúdo, passam a ser comercia- ção do produto, ou seja, amplia seu identidade para seus produtos
lizadas com Sealed Life, o sistema tempo de vida de prateleira (shelf
institucionais, a Fleischmann
de fechamento da Sonoco For-Plas life). As latas são fabricadas pela
renovou o design das emba-
composto de tampa metálica tipo Mococa e pela Brasilata. O design
lagens da linha destinada ao
abre-fácil e sobretampa plástica. das embalagens é da Rex Design.
mercado de panificação.
As novas embalagens, que
chegam ao mercado em
novembro, trazem fotos ilustra-
tivas dos produtos finalizados,
da mesma forma como são
apresentados nos balcões das
padarias. As embalagens são
de polietileno de baixa densi-
dade (PEBD). Os sacos de 5kg
são produzidos pela CBS, com
impressão em flexografia, e os
de 1kg, pela Santa Rosa, pela
Unipac e pela Bafema, com
impressão em
rotogravura. As
embalagens
do fermento
fresco, de celo-
fane, são for-
necidas pela
Converplast.
Vinagre pasteurizado na própria garrafa
Produzido pela Apícola Fernão Velho, no. A embalagem de vidro foi esco-
em Maceió, chega ao mercado o lhida por dois motivos, segundo a
Vinagre de Mel de Abelhas. A garrafa apícola: segurança e requinte. Por
é fabricada pela Companhia Industrial não utilizar conservantes, optou-se
de Vidros (CIV), de Pernambuco, com por pausteurizar o vinagre em sua
tampa de alumínio e dosador inter- própria embalagem, o que não seria
possível se o recipiente fosse de
plástico, pois o material não resisti-
ria à alta temperatura. Atualmente, o
vinagre está disponível no mercado
em garrafas de 500ml, mas em breve
será oferecido também em embala-
gens de 250ml. O design das emba-
lagens foi elaborado pela equipe de
projetos da CIV e faz parte da linha
criada inicialmente para acondicio-
nar azeites. O design do rótulo foi
criado pela Good Design e pela It’s
Publicidade, de Maceió. A impres-
são plastificada ficou a cargo da
Grafmarques, de Maceió. A tampa e
o dosador interno foram produzidos
pela Altec, de Guarulhos (SP).
Natura lança
óleo corporal
A Natura complementa a linha
Natura Sève com o lançamento do
Sève Iluminador Amêndoas Doces,
óleo desenvolvido para ser utilizado
após o banho, com a pele seca,
sem a necessidade de enxágue. A
embalagem de PVC é fornecida
pela Igaratiba, que produz também
a tampa. O logotipo da Natura e o
nome do produto são impressos em
silk screen na embalagem. O cartu-
cho em que o produto é embala-
do, o Ecopack, é da Box Print.
Frasco com
apelo teen
Nova colônia da Água de Cheiro
para adolescentes do sexo femini-
no, a Sing Pop possui fragrância flo- Conhaque com
ral e fresca, com notas de gerânio
e muguet associadas a elementos
estilo country
cítricos como bergamota, chá A Viti-Vinícola Cereser, de Jundiaí
verde e lavanda fresca. O pro- (SP), lança o conhaque Vegas,
duto vem em frasco de 100ml da com apelo promocional direcio-
Wheaton, decorado pela Decopak, nado ao estilo country. Assim,
fechado com válvula da Emsar a empresa passa a investir num
e tampa de rosca da Augros do mercado que movimenta aproxi-
Brasil. Ele chega às lojas num cartu- madamente 1 bilhão de reais por
cho da Gráfica Pirâmide. ano e que em 2004 cresceu 5%
em relação a 2003. Cerca de 87%
da distribuição do produto é feita
via pontos de dose. O conhaque
Vegas é comercializado em garra-
fas de vidro de 1 litro, fabricadas
pela Saint-Gobain, com tampas
da Indeplast e rótulos da Gráfica
Rami. O design da embalagem é
da agência As-One, também de
Jundiaí.
naturais >>> chocolates
BOPP com C
ada vez mais reconhecidas cienti-
ficamente, as propriedades funcio-
nais dos alimentos à base de soja
têm ajudado a ampliar o espaço
aura de papel
ocupado pelos produtos naturais nas pratelei-
ras dos supermercados. Na esteira dos hábitos
saudáveis, muitas marcas estão descobrindo
a importância de investir em embalagens
Chocolate à base de soja usa filmes foscos especiais, que promovam e comuniquem os
benefícios à saúde proporcionados por seus
para ressaltar conceito de produto artesanal produtos. Esse é o caso da linha Choco Soy
de chocolates à base de soja que podem ser
consumidos sem riscos por pessoas com into-
lerância a lactose e a glúten.
Pertencente à Olvebras Industrial S/A,
empresa gaúcha que detém o know-how da
fabricação de extrato de soja em pó, e tam-
bém foi uma das primeiras a iniciar o ciclo
de industrialização da soja no Brasil, a marca
estreou no mercado com bombons acondicio-
nados em cartuchos de papel kraft. Agora a
família ganhou novos membros: são barrinhas
vendidas na versão crispies e tradicional.
Lançadas como uma extensão de linha, elas
estão sendo acondicionadas em flow packs de
BOPP metalizado que apresentam uma inte-
ressante característica visual.
ADZ7
(51) 3286.8009 Como explica Giuliano Satler, sócio-dire-
www.a17.com.br tor da agência ADZ7, responsável pelo con-
ceito gráfico da marca, as embalagens flexí-
Embalagem Sul
(51) 471.7838 veis dos novos membros da família Choco
Soy buscam dar o mesmo efeito visual dos
Plastrela cartuchos de papel kraft que acondicionam os
(51) 3720.1122
www.plastrela.com.br bombons da marca. “Buscamos uma concep-
ção de produto feito a mão”, define o designer.
Vitopel
Para isso o projeto acabou alinhando-se a uma
(11) 3089-5476
www.vitopel.com.br tendência crescente no mercado de emba-
lagens flexíveis: a utilização de filmes com
aparência fosca, também conhecida como
matte. “Um filme de BOPP comum não daria
o mesmo efeito”, acredita Giuliano.
Produzidas pela convertedora Plastrela a
SEMELHANÇA – Com filmes matte partir de filmes fornecidos pela Vitopel, as
de BOPP, barrinhas imitam visual
dos cartuchos e da caixa display embalagens das barrinhas são impressas em
de papel kraft flexografia interna oito cores. No caso dos
bombons, os cartuchos de papel kraft são pro-
duzidos pela Embalagem Sul. No fechamento,
um detalhe reforça a aura de produtos artesa-
nais: laços feitos de palha de buriti trazida do
norte do país. Os cartuchos de kraft são agru-
pados em caixas display também concebidas
pela agência ADZ7.
Os rumos do setor
Na LabelExpo Europe 2005, um painel pluralista do mercado de rótulos
Por Leandro Haberli, enviado especial a Bruxelas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
U
ma ironia recorrente entre turistas sitores e mais de 23 000 visitantes. Dentre
que visitam a Europa dá conta estes, os organizadores registraram a presença
de que a Bélgica só existe para de 95 brasileiros. Além do tradicional interes-
aumentar a distância entre a França se em ver de perto e em pleno funcionamento
e a Holanda. Com área equivalente à de equipamentos normalmente resguardados por
Alagoas (cerca de 30 000 quilômetros quadra- sigilo industrial, a freqüência de brasileiros foi
dos), o país famoso pela lapidação de diaman- fortalecida pelo Label Vip Tour, comitiva de
tes, produção de chocolates e diversidade de profissionais gráficos organizada pela Lisboa
cervejas na verdade desempenha papel central Turismo que, nos dias anteriores à feira,
nos rumos políticos e econômicos de parte visitou convertedores de diferentes países
considerável do globo. Sede do Parlamento europeus.
Europeu, da OTAN (Organização do Tratado
do Atlântico Norte) e da quarta maior zona A força dos multiprocessos
portuária do mundo, a Bélgica também tem No âmbito dos corredores da Label, além de
lugar cativo no cronograma global de feiras de um retrato minucioso da cadeia de auto-ade-
negócios ligadas à indústria de embalagem. É sivos, segmento que em outras edições foi
na capital Bruxelas que acontece bienalmente o centro isolado das atenções, os visitantes
há mais de duas décadas a versão européia puderam sentir a aproximação do evento
da LabelExpo, o principal encontro da cadeia com outros filões da cadeia de rotulagem.
mundial de rotulagem e etiquetas adesivas. Esse movimento ilustra a crescente busca da
Ocorrida no Parc des Expositions de indústria de rótulos por processos produtivos
Bruxelles entre os dias 21 e 24 de setembro mais flexíveis, intercambiáveis e muitas vezes
último, a 11ª edição da LabelExpo Europe foi múltiplos. Assim, ao lado dos auto-adesi-
a maior já realizada desde seu lançamento, em vos, tiveram destaque os crescentes mercados
1980. O evento reuniu por volta de 450 expo- de mangas termoencolhíveis, in-mold labels,
Despautério?
Graças ao já comentado foco no mercado de
cartão, ironicamente muitos dos novos equipa-
mentos de impressão de rótulos ocasionaram
uma espécie de contra-senso nos corredores
da Label européia. Ocorre que, ao explanar
sobre as características de seus lançamentos,
alguns fabricantes centraram-se mais no mer-
cado de cartonados do que propriamente no de
rótulos. Como afirmou o representante de uma
dessas empresas, comprar um equipamento
híbrido só para imprimir rótulos é como usar
uma moto de 1000cc para entregar pizzas.
O fato é que as baixas tiragens e a cres-
cente diversificação das linhas de produto
também têm impulsionado a oferta de impres-
soras flexográficas para convertedores que
imprimem cartão em offset. A despeito de
uma certa resistência cultural, a flexografia
consolida-se como boa alternativa nesse nicho
porque imprimir tiragens pequenas em offset
pode resultar numa operação desvantajosa,
que sequer cobre o set-up da maquina – mas
que, dizem os defensores da flexografia, acaba
sendo realizada pelo convertedor em nome da
boa relação com o cliente.
Na esteira do interesse em explorar novos
mercados, os fabricantes de equipamentos
multissubstratos observam que a migração
dos convertedores de auto-adesivos de papel
UNIÃO – Narrow web RCS 330, da suíça Gallus, tem unidade offset desenvolvida em parceria com a Heidelberg
Gallus
Filmes especiais. Boom no Brasil? No Brasil: (11) 5525-4475
www.gallus.org
Na parte de substratos, a tendência em mercados ezable, cujos rótulos preci-
HP
visita à feira deixou clara como o de bebidas e sam se adaptar aos movi- (11) 4197-8000
a tendência de migração cosméticos”, exemplifica mentos de compressão e www.hp.com.br
dos rótulos em papel para Aspis. Entre os novos fil- expansão, sem apresentar
Ko-Pack
aqueles impressos em fil- mes da Avery Dennison, rugas ou delaminações. No Brasil: (11) 5507-7010
mes. Embora mais visível o profissional destaca a Ainda mais importante www.ko-pack.com
nas chamadas economias linha no-label look Global para os fabricantes de
Mack Color
maduras, esse movimento Coex, que segundo a substratos é o fenômeno
(11) 6195-4499
também é forte no Brasil, empresa proporciona mais da impressão digital. Para www.mackcolor.com.br
como observa Roberto transparência, flexibilidade este segmento a Avery
Aspis, que participou da e facilidade de impressão Dennison apresentou na Mark Andy
No Brasil: (11) 6194-2828
LabelExpo 2005 como em diferentes aplicações. feira, decorando uma lata www.markandy.com
gerente nacional de ven- No Brasil, um dos alvos da promocional de energético,
das da Avery Dennison. empresa com produtos de um filme já entregue com Mastercorp
(41) 2102-3000
“O crescimento de com- maior valor agregado é o coating para ancorar a www.mastercorp.com.br
modities como o couché setor vinícola. tinta. Produtos similares já
semi-gloss vai continuar, A oferta de filmes espe- estão disponíveis no Brasil, Nilpeter
No Brasil: (11) 3225-4400
mas de forma vegetati- ciais também vem cres- informa Roberto Aspis.
www.nilpeter.com
va, enquanto os filmes cendo graças à multiplica- Outra tendência impor-
representam a grande ção das embalagens sque- tante do mercado de Omet
No Brasil: (11) 3846-6877
substratos continua sendo
www.omet.it
a conhecida e crescente
migração dos usuários de Sun Chemical
rótulos magazine para o (11) 6462-2500
www.sunchemical.com
setor de auto-adesivos.
Na área de bebidas, esse Torres Etiquetas
movimento é evidente, por (11) 3346-6900
www.torres.ind.br
exemplo, no mercado bra-
sileiro de cervejas, onde a XSYS
adoção dos auto-adesivos (41) 3272-5765
www.xsys-printsolutions.com
tem sido impulsionada
DIVULGAÇÃO
E
las começaram a ser utilizadas AMPLITUDE Lager, da cervejaria Pittsburgh, em agos-
em bebidas de altíssimo giro por Anheuser-Busch, a to do ano passado (novidade mostrada em
“AmBev americana”, já
cervejarias japonesas, no início acondiciona seis marcas EMBALAGEMMARCA nº 62, de outubro de
dos anos 90. Nos últimos meses, de cerveja em garrafas 2004). Resultado de uma parceria entre a
transformaram-se num xodó de marketing das de alumínio da Exal gigante em alumínio Alcoa e a multinacional
cervejarias americanas. As garrafas de alumí- canadense de embalagens metálicas CCL
nio já acondicionam as principais marcas de Container, a garrafa de alumínio da Iron City
cerveja dos Estados Unidos. Compreende-se. fez barulho. Os primeiros lotes da bebida
Para as cervejarias, essas embalagens agre- esgotaram-se em poucas horas nas lojas. A
gam valor a um produto enviesado nas guer- revista de negócios Business Week elegeu-a
ras de preços. Elas são um grande negócio uma das melhores novidades de 2004. E a
para os transformadores – calcula-se que no concorrência iniciou uma corrida pela emba-
mercado americano uma garrafa de alumínio lagem. Menos de dois meses depois, a maior
custe o triplo de uma garrafa long neck de cervejaria ianque, a Anheuser-Busch, colo-
vidro. E elas também retornam uma vanta- cou no mercado uma versão da Budweiser
gem à base da cadeia de valor: sua produção em garrafa de alumínio.
exige maior quantidade de matéria-prima que O retorno foi tão bom que outras cervejas
as latinhas convencionais. do portfólio da A-B – Michelob, Michelob
Esses interesses em comum impulsionaram Light, Bud Light e Anheuser World Lager
o lançamento que deflagrou a febre em – ganharam suas garrafas de alumínio. Mais
torno da garrafa de alumínio no setor cer- recentemente, a A-B lançou uma nova cerve-
vejeiro americano, o da cerveja Iron City ja, a Budweiser Select, nessa apresentação.
por mais tempo, em média por um período www.bottlecan.com Sucede que outras bebidas, como isotônicos,
30% maior que a garrafa de vidro. energéticos, vodcas e até vinhos, começam a
Exal (Argentina)
Tal discurso, apoiado por um hot site que a +54 (2322) 496-226 entrar na carteira de clientes das garrafas de
CCL criou unicamente para divulgar essas www.exal.com alumínio da companhia.
A
tire a primeira pedra quem mover a peça até que o canudinho fique
nunca perdeu aquele esguio perpendicular ao corpo da lata (veja o
bico aplicador de plástico gráfico). O corpo da peça é produzido em
que acompanha a latinha do polipropileno pela Mar-Lee Packaging,
popular lubrificante e multiuso WD-40 com uma válvula especial projetada pela
– e que não se sinta azarado quem já Summit Packaging. Ligeiras alterações
sofreu tal infortúnio. “Segundo pesqui- no acabamento do pescoço da latinha
sas, mais de 80% dos consumidores de 12 onças líquidas (cerca de 310
acabam perdendo esse acessório”, conta mililitros) foram feitas pela Crown Cork
Tim Lesmeister, vice-presidente de & Seal, sua fabricante, para o perfeito
marketing da WD-40 americana. Uma encaixe da peça. O perfil diferenciado
prática solução em embalagem, lançada do fechamento também exigiu modifica-
em agosto nos Estados Unidos, promete ções nas caixas de papelão ondulado que
dispensar as orações a São Longuinho, levam o produto ao varejo.
Santo Antônio e entidades afins para a Conforme explica o dirigente da
restituição do bico perdido: um fecha- WD-40, as latas Smart Straw não rodam
mento no qual o aplicador fica perma- nas mesmas linhas automáticas de enchi-
nentemente preso. mento das versões convencionais. “Elas
A novidade integra uma engenhosa reduzem a cadência produtiva e exigem
extensão de linha. Batizada de Smart maior manuseio.” Apesar desse con-
Straw (“canudo inteligente”, traduzindo- tratempo, a embalagem agradou. “Ela
se do inglês), a variante permite tanto potencializa o apelo multiuso do produ-
a aplicação de precisão com o tubinho to”, argumenta Lesmeister. A propósito,
quanto a nebulização spray comum. Sua a fabricante acaba de publicar em seu
tampa consiste numa válvula aerossol site uma lista de possibilidades de apli-
comum recoberta por uma peça espe- cação do WD-40, feita com o auxílio dos
cial, basculante, de onde sai o aplicador. consumidores. Entre aplicações domés-
Recolhendo-se a peça para baixo, o ticas, automotivas e em artesanato, entre FOTOS: DIVULGAÇÃO
produto é dispensado pela válvula spray. outras, a lista já acumula mais de 2 000
A aplicação de precisão é obtida ao se utilizações catalogadas.
A
lternativas ao enchimento conven-
cional a quente, as soluções de
enchimento asséptico estão na mira
da Krones, fabricante de equipa-
mentos e linhas de envase de bebidas. A empre-
sa destacou esse tipo de processo durante a
Drinktec 2005, feira voltada à indústria de bebi-
das, realizada na Alemanha entre os dias 12 e 17
de setembro último. Destinado a produtos como
sucos, chás e lácteos, o conceito de enchimento
asséptico, que já estaria presente em 75% dos
novos processos de envase na Europa, baseia-se
na eliminação do uso de conservantes e na pre-
servação do sabor e da pureza das bebidas nas
linhas de acondicionamento. A Krones informou Conhecidos como Combis, os equipamen- ASSEPSIA – Nova enche-
que entre os usuários do sistema está o laticínio tos da Sidel que incorporam as funções de dora Krones promete
atenuar riscos de
italiano Centrale del Latte, adepto da enchedora soprar, encher e fechar embalagens PET tam- contaminação
VODM-PET para envase asséptico de leite UHT bém chamaram a atenção dos visitantes da
em garrafas de 1 litro de PET. A despeito das Drinktec 2005. Outro líder mundial em soluções
vantagens, o processo de enchimento asséptico de acondicionamento para líquidos, a empresa
exige investimento inicial e consumo de agen- aproveitou o evento alemão para divulgar o que Krones
tes de limpeza maiores. Porém, especialmente definiu como sua nova geração de Combis, onde (11) 4075-9500
em linhas com capacidade a partir de 20 000 se destaca o modelo Select 20 FMw 90/15 C. www.krones.com.br
garrafas por hora, os custos médios diminuiriam Ao incorporar os últimos desenvolvimentos da Sidel
graças à economia de energia e de embalagens. fabricante em sopro, enchimento e fechamento, (11) 3783-8814
www.sidel.com
Neste caso, os ganhos são atribuídos à utilização o equipamento reduz em até 20% o custo de
de frascos e garrafas mais leves. Para acelerar engarrafamento. Segundo a Sidel, a economia é Sig Combliboc
a adoção do enchimento asséptico, a Krones obtida, entre outros fatores, a partir do aumento (11) 2107-6794
www.sig.com.biz
está oferecendo um sistema desenvolvido para da produtividade e da redução do consumo de
diminuir o espaço classificado da máquina, energia elétrica em 15%. “A cadência aumentou
minimizando as câmaras assépticas. Batizada em 13% graças ao aumento das cadências de
de Isolator, a tecnologia visa atenuar o risco sopro para 1 800 gph por estação”, informa o
de contaminação a partir da redução da área de departamento de marketing da empresa. Outra PARCIMÔNIA – Combi da
esterilização e enchimento e da facilitação do vantagem do novo modelo seria a maior higie- Sidel reduz em até 20%
controle das superfícies e do volume de ar. ne. Segundo a empresa, o avanço foi obtido custo de engarrafamento
FOTOS: DIVULGAÇÃO
“O conselho é vender
aço e comprar plástico”
A
s embalagens metálicas estiveram em voga A questão das embalagens de transporte para produtos peri-
nas últimas semanas. Primeiro, por anúncios gosos tem sido tratada pela ONU – Organização das Nações
de investimentos de porte de produtoras no Unidas há várias décadas. No caso de produtos tóxicos, como
mercado nacional (os quais podem ser conferi- os defensivos agrícolas, as empresas brasileiras já se adequa-
dos na página 52 desta edição). Em paralelo, ram às normas recomendadas pela ONU. No mercado de tin-
gerou repercussão uma polêmica em torno de alterações na tas, há uma peculiaridade: as tintas à base de água não são con-
legislação do transporte de produtos perigosos, afetando seto- sideradas como produtos perigosos. Esse segmento representa
res cuja distribuição se embasa nas latas, como o de tintas e quase 60% do volume de 1 bilhão de litros de tintas anualmente
vernizes. E, num plano maior, a preocupação da indústria em produzidos no país. Apenas as tintas à base de solventes, como
geral com a volubilidade dos preços das resinas, bafejada por esmaltes sintéticos e tintas industriais, estariam na categoria
anúncios de reajustes em série nos próximos meses, leva a de produtos perigosos. A legislação em vigor determinou, há
crer que as embalagens metálicas – e as celulósicas e de vidro algum tempo, procedimentos exigidos para o transporte.
também – poderão recuperar espaços perdidos nos últimos
anos para os plásticos em categorias do varejo cujas políticas As normas da ONU levam em conta as peculiaridades brasi-
de acondicionamento se alicerçam basicamente em preço. leiras, como a dimensão do território e problemas de infra-
Quem discute esses e outros assuntos na ordem do dia para estrutura rodoviária? Essas normas fazem sentido diante do
o setor de embalagens metálicas é Antonio Carlos Teixeira tão propalado custo Brasil ?
Álvares, presidente do Sindicato da Indústria de Estamparia O Sitivesp – Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do
de Metais do Estado de São Paulo (Siemesp) e diretor Estado de São Paulo encaminhou em junho último à ANTT
superintendente da Brasilata, um dos principais nomes em uma análise das experiências em outros países, com o apoio do
embalagens metálicas no país. Engenheiro, pós-graduado em Siemesp – Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais. O
Administração de Empresas e professor há mais de trinta anos Sitivesp solicitou adequações na Resolução 420 do Ministério
da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (SP), dos Transportes. A argumentação demonstra que alguns proce-
Teixeira vê um momento favorável às metalúrgicas. “A ten- dimentos são desnecessários, até porque não há registros impor-
dência é a recuperação da embalagem de aço”, ele afirma. tantes de acidentes com tintas. Por outro lado, não haveria via-
bilidade econômica para a produção de embalagens especiais
Recentemente a Agência Nacional de Transportes Terrestres em maior escala, a curto prazo. Alguns fabricantes de latas de
(ANTT) promoveu alterações na legislação de transporte de aço já se prepararam para atender as exigências para produtos
produtos perigosos que afetam a atual estrutura da indús- perigosos, como é o caso da Brasilata, que foi a primeira a obter
tria de tintas no que diz respeito à política de embalagens. a certificação dentro dos padrões recomendados pela ONU.
Quais delas afetam a atual estrutura da indústria de tintas Entretanto, como presidente do Siemesp, entidade que congre-
nesse campo? ga a maioria dos fabricantes de latas de aço, apoiamos o pleito
do Sitivesp, pois a cadeia produtiva teria grande dificuldade de embalagem influenciados por preço?
em se adequar às novas exigências legais. Acreditamos numa A grande disputa se dá atualmente com o PET no mercado
solução negociada, entre empresas e governo, para atender aos de óleos comestíveis. Presentemente, a CSN – Companhia
padrões de segurança recomendados pela ONU. Siderúrgica Nacional está investindo em campanha publicitária
para sinalizar que o óleo em lata de aço dispensa o uso de con-
Os baldes plásticos têm crescido em participação como servantes químicos, ao contrário da embalagem transparente,
embalagem de tintas nos Estados Unidos, mas têm presença que deles necessita para proteger o óleo da oxidação provocada
tímida no Brasil. Trata-se de questão pela luz.
cultural ou isso se deve a fatores como “A embalagem de
escalas além das possibilidades de Os avanços de outros materiais de
atendimento dos plásticos ? embalagens sobre mercados cativos
O fato de a lata de aço ser a principal
aço não apresenta custos da lata de aço sempre geram gran-
embalagem para tintas tem forte liga- de repercussão, porém o avanço da
ção com questões culturais do mercado represados. O aço tem embalagem de aço não obtém o mesmo
brasileiro. Diferentemente dos Estados destaque. Trata-se de negligência da
Unidos, o nosso mercado exige, nas preço fixo há um ano, com mídia? A embalagem de aço também
latas de tintas, litografias vistosas que está conquistando novos mercados?
comuniquem as características dos tendência estável. A preços A História nos diz que a popularização
produtos para o consumidor. Além da embalagem ao consumidor final se
disso, a lata de aço é reconhecida pelos
lojistas como a solução mais adequada
de hoje, no mercado futuro, iniciou no século XIX com a utilização
do vidro, do aço e do papel cartão.
à armazenagem e à exposição, graças à Materiais como o alumínio, o plástico
sua robustez. Some-se a esses fatores o o conselho é vender aço e a embalagem cartonada asséptica
fato de que o aço é um insumo produzi- surgem no século XX, principalmente
do no Brasil, com custo competitivo, e e comprar plástico, ou seja, após a II Guerra Mundial. É natural,
sempre foi amplamente disponível. portanto, que tenham ocupado espaço
o preço do plástico dos materiais pioneiros. Parece haver,
As alterações promovidas pela ANTT entretanto, segmentos claramente defi-
prejudicam as embalagens de aço e pri- deve subir, enquanto o nidos no mercado, como o vidro para
vilegiam embalagens alternativas para vinhos, as latas de aço para alimentos
tintas e vernizes, como as plásticas? processados e embalagens cartonadas
Elas implicam em custos adicionais
preço do aço deve recuar” para sabão em pó. Ocasionalmente,
tanto para as latas de aço quanto para as embalagens plásticas. surgem inovações que ultrapassam fronteiras, como a lata para
sabão em pó, com fechamento Bat-plus, lançada pela Brasilata,
Falando em plásticos, nota-se apreensão das indústrias usu- que desafiou a tradicional embalagem feita de cartão.
árias de embalagem quanto aos preços futuros das resinas
termoplásticas. O setor de conversão de embalagens afirma Semanas atrás a Tetra Pak apresentou, numa feira de negócios
que trabalha com custos ainda não repassados aos clientes em São Paulo, azeites em caixinhas longa vida com tampa
– o que presumivelmente será feito nos próximos meses. O plástica. O senhor acredita que as embalagens cartonadas
aço, ou mais especificamente a embalagem de aço, também assépticas poderão ou tenderão a concorrer com as embala-
tem grandes custos represados? Como as metalúrgicas podem gens metálicas por esse e por outros segmentos de mercado?
aproveitar essa queda da atratividade de custo das resinas e Não acredito que a embalagem cartonada asséptica seja ade-
das embalagens plásticas? quada para acondicionar azeites. Os óleos são produtos de
A embalagem de aço não apresenta custos represados. O aço consumo progressivo, e a embalagem cartonada não se adapta
tem preço fixo há um ano, com tendência estável. O preço do bem a essa característica. A principal concorrência nessa cate-
plástico, ao contrário, tende a acompanhar o aumento inter- goria de produtos deverá continuar a ser a da garrafa de PET.
nacional do petróleo. A preços de hoje, no mercado futuro, o
conselho é vender aço e comprar plástico, ou seja, o preço do Que conseqüências poderão ocorrer no Brasil nos próximos
plástico deve subir, enquanto o preço do aço deve recuar. anos, e mais especificamente no negócio nacional de emba-
lagens metálicas, com o provável início das exportações de
Para embalagens de aço, quais segmentos de produtos de folhas-de-flandres por companhias chinesas que começaram
largo consumo têm se revelado mais suscetíveis às migrações a operar nos últimos anos?
A China foi a responsável pelo aumento do preço mundial de “globalização reversa”, nos quais empresas brasileiras
do aço nos últimos três anos e também deverá determinar o produzem inovações que são compradas no exterior. É o caso
seu recuo. Com o início de produção de novas siderúrgicas, a da Rojek e da Brasilata, e certamente outros players virão se
China já é hoje responsável por 30% da produção mundial de posicionar. Há um grande potencial lá fora para as soluções de
aço, sendo que, há três anos, esse índice não alcançava 15%. A latas de aço desenvolvidas no Brasil.
concorrência mundial já estaria ocorrendo em aços não planos,
utilizados na construção civil. Futuramente, deverá ocorrer tam- Quais são os principais desafios do Sindicato da Indústria de
bém no aço plano, englobando inclusive Estamparia de Metais do Estado de
a folha de aço utilizada pela indústria de “O Brasil terá condições São Paulo, entidade cuja presidência
embalagem. Estou convencido de que o senhor assumiu há pouco mais de
o preço da folha de aço deverá baixar um ano?
no mercado internacional, em futuro
de competir com Com registros desde 1933 e carta sin-
próximo, e esse fato será altamente dical lavrada em 1941, o Siemesp con-
positivo para as indústrias de latas. vantagem, no mercado grega toda a indústria que estampa
metais, como fabricantes de latas de
As inovações em embalagem de aço internacional, em aço, de tambores de aço, de latas de
demoram para aportar no país e alumínio e de outros artefatos. Estamos
para serem adotadas pelas indústrias embalagens de aço. Já dedicados ao processo de nacionaliza-
usuárias de embalagens. Latas com ção da entidade para ampliar a repre-
perfis diferenciados para bebidas e
até para aerossóis ainda são muito
verificamos casos que sentação da categoria. Sempre parti-
cipei do Siemesp e integrei diretorias
pouco utilizadas no Brasil. É possível anteriores, e me recordo de que, no
haver maior sinergia entre produtor de
podem ser chamados de início da década de 90, nos primórdios
matéria-prima, metalúrgicas e cliente- do Mercosul, os argentinos, durante a
la para lançamento de inovações em ‘globalização reversa’, nos negociação, nos questionaram se esta-
embalagens de aço? vam tratando com o Brasil ou com o
Discordo, existe aí um erro de percep- quais empresas brasileiras Estado de São Paulo. Buscamos agora
ção. A lata de aço brasileira tem con- a representatividade nacional e também
quistado aplausos por parte do mercado produzem inovações que a inclusão de novos sócios, que forma-
internacional. Latas como a Abre-fácil, rão Núcleos Setoriais para encaminhar
da Rojek, e as latas Plus e Biplus, da com eficiência as demandas específicas
Brasilata, são reconhecidas no exterior,
são compradas no exterior” de cada cadeia produtiva. Outra medida
com patentes internacionais e negócios fechados na exportação. da atual diretoria, já aprovada e registrada em estatuto, limita
Quanto às latas com perfis diferenciados, as chamadas latas em uma única reeleição para o cargo de presidente, o que deve
“shaped”, conceito surgido na Europa em meados da década incentivar o surgimento de novas lideranças.
de 80, elas se mostram eficientes para produtos premium que
sinalizam imagem de marca, acima do volume de vendas. Além de presidente do Siemesp e diretor de uma grande pro-
Essas latas são necessariamente mais caras, porque exigem aço dutora de embalagens, o senhor integra o Departamento de
especial e processo de produção mais custoso. Portanto devem Estudos e Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp. A atual
ter sempre em mente as oportunidades no segmento premium. crise política está respingando no desempenho da indústria e
Em latas shaped, a CSN tem cooperado tanto com o fabricante no negócio de embalagens?
da embalagem como também com o envasador. O mercado Aparentemente, vivemos um momento de grande desigualda-
brasileiro tem inclusive registrado lançamentos de sucesso, de: o setor exportador concentra os ganhos, enquanto quem
como a nova lata do Leite Moça. produz para o mercado interno está sofrendo bastante. O setor
produtivo está, de fato, asfixiado com o peso da alta carga
A Brasilata, da qual o senhor é diretor superintendente, vem tributária e com a política insana de juros altos. Perseguir uma
intensificando a atuação em embalagens metálicas para tin- meta de inflação de 5% com taxa nominal de juros na casa
tas em outros países, como México e Estados Unidos. Qual o dos 20% é, a meu ver, uma sandice total. Felizmente, parece
potencial de negócios para os produtores nacionais de latas surgir agora uma luz no fim do túnel com a decisão da última
de aço em mercados internacionais? ata do Copom que fala na redução gradual da taxa de juros.
Em minha opinião, o Brasil terá condições de competir com Defendemos já uma redução forte dos juros. Quanto à crise
vantagem, no mercado internacional, em embalagens de aço. política, nossa posição é de respeito integral à legalidade e que
Nesse campo já verificamos casos que podem ser chamados todas as denúncias sejam apuradas.
Rigesa
(19) 3707-4000
www.rigesa.com.br
O
ÇÃ
GA
UL
DIV
LUME – Película metalizada holográfica
leva impressão off-set em quatro cores
D
iva da cena evangélica o segmento de mídia – CDs, CDs- fia, os planos de fundo da imagem
nacional, a cantora Aline ROM, DVDs – aproveita, sob a marca da capa sobressaem num efeito tridi-
Barros acaba de lançar o Digipak, o expertise da americana mensional.
registro de uma apresen- AGI Klearfold, divisão de embala- Em sua prova de fogo, a apresenta-
tação num DVD cuja embalagem, gens especiais de sua controladora, a ção ao público numa feira de negócios
perdoe-se o trocadilho, merece louvor. também americana Mead Westvaco. A do mercado gospel, ocorrida em mea-
Acontece que o estojo desse título, recém-lançada capa, no entanto, sur- dos de setembro em São Paulo, o pro-
Som de Adoradores – Aline Barros Ao preendeu até mesmo os especialistas duto roubou a cena, sempre contando
Vivo, é brandido como o primeiro a de lá. “Constatamos que a impressão com um grande número de curiosos
apresentar capa com impressão sobre sobre hot stamping holográfico em ao seu redor. “A repercussão constata-
hot stamping holográfico no mercado embalagens de mídia é incipiente no da nesse evento só ajuda a confirmar
doméstico. O efeito obtido com o uso mundo inteiro”, diz Russell. “Isso que as embalagens chamativas e com
generoso da película metalizada de valoriza o projeto nacional.” glamour têm grandes oportunidades
decoração é, literalmente, brilhante. O executivo de contas da Rigesa no mercado de mídia”, argumenta
Jason Russell, especialista de informa que do primeiro sinal de inte- Russell, aguardando consultas para
produtos para o segmento de mídia resse, passando por estudos gráficos novos projetos com o reluzente aca-
da responsável pela embalagem, a e técnicos até a aprovação final, o bamento – principalmente em esto-
Rigesa, relata que a própria cantora desenvolvimento do estojo especial jos de edições especiais de filmes e
se interessou por essa alternativa de durou quase seis meses. Importado da em box-sets de seriados televisivos,
acabamento e intercedeu para a sua Alemanha, o foil (película) metaliza- apresentações de prestígio que são
aplicação na capa de seu DVD. Na do é impresso em off-set em quatro especialidades da linha Digipak de
Rigesa, o negócio de estojos para cores. Graças à presença da hologra- embalagens.
A
nona edição da feira bienal
Envase 2005, realizada de 19 a 23
de setembro último em Buenos
Aires, pode ser vista como um
importante sinalizador para empresas bra-
sileiras e argentinas do setor interessadas
em ampliar reciprocamente suas vendas,
intercambiar equipamentos e tecnologia e,
acima de tudo, buscar complementaridades
na cadeia de embalagem. Mais do que uma
vitrine de novidades em materiais, em pro-
cessos ou em tecnologia de ponta, a Envase
2005, que transcorreu simultaneamente com
a Alimentek 2005, exposição de máquinas e
equipamentos para o processamento de ali-
mentos e bebidas, constituiu terreno propício
para a busca de negócios.
Economia ajuda
A importância da feira cresce na medida em
que as possibilidades de negócios se dão no Kamio, sairá na próxima edição). Não obs-
terreno das coisas concretas, nas relações tante isso, foi a maior de todas as edições,
empresa-empresa, especialmente enquanto tendo ocupado 26 000m² do Centro Costa
ficam no campo dos projetos as intenções de Salguero. Nesse espaço, mais de 450 expo-
consolidar o Mercosul e a mais recente novi- sitores receberam em cinco dias 43 416 visi-
dade virtual da integração latino-americana, tantes, segundo informa a entidade organiza-
a Casa – Comunidade Sul-Americana de dora, o Instituto Argentino del Envase (IAE),
Nações. Nesse quadro, a modesta presença que qualifica o evento como “a mostra mais
de expositores e mesmo de visitantes brasi- importante da indústria de embalagem na
leiros no evento chamou a atenção e parece América Latina”.
revelar alguma falta de senso de oportuni- Ali era perceptível o clima de otimismo
dade, se não de ousadia, para aproveitar o demonstrado pelo público, tanto pela quali-
bom momento da economia do país vizinho, dade da freqüência quanto pela dimensão da
ampliando trocas comerciais de lado a lado. feira, que nesta edição precisou ter dois pavi-
Releve-se, claro, que a feira argenti- lhões adicionais. Mas, independentemente do
na, onde EMBALAGEMMARCA esteve pre- que foi mostrado na Envase, certas evidências
sente com um estande, foi de certa forma que vão além do limite físico da exposição
prejudicada pela coincidência da realização chamaram a atenção. A principal e mais signi-
de outros eventos internacionais da área ficativa delas é que a economia argentina está
de embalagem no mesmo período, como a em recuperação, com previsões que chegam a
LabelExpo Europe, em Bruxelas, na Bélgica, apontar para índices de crescimento próximos
e a PackExpo, em Las Vegas, nos Estados dos dois dígitos em 2006.
Unidos (veja cobertura do enviado especial Com seu poder de compra parcialmente
Leandro Haberli a Bruxelas na página 14; recuperado depois de três anos de retroces-
a cobertura da PackExpo, por Guilherme so, a população retomou o hábito das idas
“Fiquei impressionado com o número de expositores. O espaço nos pavilhões estava bem distribuído, foi
possível andar pelos corredores sem problemas, apesar da grande movimentação de público. Os estan-
des estavam bem montados, e a sinalização facilitava a busca de uma ou outra empresa. Em todos os
estandes que visitei encontrei técnicos capazes de dar explicações satisfatórias sobre propriedades e
usos dos produtos. Não vi novidades. Acho que os expositores não estavam preocupados com isso, mas
sim em estar presentes e fazer negócios. A qualidade do público – ao menos as pessoas que visitaram
o estande da Henkel Argentina, no qual eu estava – foi muito boa. Acho que valeu o investimento.”
Carlos Colameo Motta, gerente de desenvolvimento e aplicação América do Sul/Henkel Ltda.
Agitação no mercado de re
Setor de poliolefinas anuncia investimentos e vê estréia de nova força...
A
s últimas semanas revelaram significativas Suzano pagou, à vista, 276,8 milhões de dólares
movimentações do mercado nacional de resi- pelos 50% que a Basell detinha no empreendi-
nas termoplásticas, em que um dos propul- mento (a outra metade das ações já pertencia
sores centrais é a produção de embalagens. à Suzano). Com a transação, a Basell sai do
Uma das principais novidades do setor foi o início das negócio de resina de polipropileno, porém fica
operações comerciais próprias do Pólo Gás-Químico com o controle total do negócio de compostos
do Rio de Janeiro. Controlado pelos grupos Unipar, de PP – atualmente responsável por 10% do
Suzano, Petrobras e BNDESPar através da holding Rio faturamento da Polibrasil. O polipropileno,
Polímeros, o Pólo, mais conhecido pelo nome comercial a propósito, protagoniza outro anúncio de
Riopol, vinha trabalhando sob contratos de pré-marke- impacto feito no início de setembro.
ting desde 2002 e fora inaugurado de modo formal em A Braskem e a Petroquisa, subsidiária de
junho. As boas novas são que no último mês ele come- petroquímica da Petrobras, revelaram a forma-
çou a produzir polietileno (PE), carro-chefe em seu ção de uma joint venture voltada à construção
projeto, e a fornecer polipropileno (PP) para a unidade de uma fábrica de PP em Paulínia, no interior
fluminense da Polibrasil. de São Paulo. Segundo as companhias, a EM ALTA – Braskem
Por falar em Polibrasil, a Suzano Petroquímica planta, orçada em 240 milhões de dólares, e Petroquisa irão
construir nova plan-
anunciou a conclusão da compra da área de commo- irá produzir inicialmente 300 000 toneladas ta de polipropileno
dities da companhia junto à anglo-européia Basell. A por ano da resina, e deverá começar a operar no interior paulista
C
omo na plaga dos plásticos, o mercado de latas alumínio a solução em embalagem ideal para a distribuição
para bebidas apresenta ruidosas movimentações. de bebidas nesse local. “O projeto é uma continuação da
Veja-se o caso da Rexam. A multinacional euro- estratégia de intensificar a presença nesse importante mer-
péia, que detém a liderança mundial na produção cado e irá reforçar nossa vantagem competitiva na região”,
de latas de alumínio para bebidas e é a maior fabricante local comenta Lars Emilson, diretor executivo da Rexam. “É um
dessas embalagens, posto atingido com a aquisição da importante passo à frente num mercado instigante,
Latasa há cerca de dois anos, anunciou que irá cons- e irá fortalecer nossa capacidade de servir nossos
truir uma nova planta industrial no Brasil. A nova clientes sul-americanos.”
fábrica será em Cuiabá, no Mato Outro recente anúncio de impacto na seara
Grosso. Segundo um comunicado das latas para bebidas, porém produzidas com
oficial da Rexam, o investimento aço (folha-de-flandres), acaba
visa atender à crescente deman- de ser feito pela Cia. Metalic
da por essas embalagens no país, do Nordeste. A companhia,
especialmente no Centro-Oeste, maior fabricante nacional de
“região com os maiores níveis de latas de aço para bebidas e
FOTO: DIVULGAÇÃO REXAM
s também
novas unidades industriais
projeto de expansão de capacidade que contempla a
construção de uma planta industrial na região Sudeste.
De acordo com a Metalic, 50 milhões de dólares serão
investidos nessa nova unidade fabril. Mais 10 milhões
de dólares serão injetados na atual planta da empresa, no
Ceará. O local da nova linha de produção, em São Paulo
ou no Rio de Janeiro, ainda não foi definido. Sabe-se
apenas que a pretensão da Metalic é que a fábrica já
esteja operando com capacidade de 1,2 bilhão de latas
por ano em 2007.
As embalagens da Metalic acondicionam 51% das
bebidas enlatadas no Nordeste. No Sudeste, porém, têm
participação de 5%. Para o presidente da Metalic, Paulo
Rochet, é possível chegar a 17% de market share na praça
mais rica do país num médio prazo. “Cremos que só neste
ano e em 2006 o mercado de latas de aço de duas peças
crescerá a uma média de 5%”, afirma o executivo. A ope-
ração no Sudeste teria logística favorável: vale lembrar
que o aço consumido pela Metalic é produzido na usina
da CSN de Volta Redonda (RJ).
DIVULGAÇÃO
C
om quase 28 milhões de cães e INTEGRIDADE – Estruturas inovações em resinas. Um caso pode ser dado
plásticas avançadas
12 milhões de gatos, a população pela própria Braskem.
garantem embalagens
brasileira de animais de estimação de pet food com melhor A reboque dos recentes lançamentos do
só é menor, no mundo, que a ame- acabamento superficial Flexus, o primeiro polietileno de baixa den-
ricana. Segundo o IBGE, 59% dos domicílios sidade linear base metaloceno (PEBDLm)
nacionais possuem pelo menos um animal nacional, e do Pluris, linha de polietilenos
de companhia. Consta também que, embora quaterpolímeros, a petroquímica lançou em
o chamado mercado pet venha crescendo abril uma solução específica para emba-
à média anual de 20% desde 1990, apenas lagens de pet food. Trata-se de uma estru-
37% dos gatos e cachorros existentes no país tura laminada e coextrusada com elevadas
consomem alimentos industrializados. Nessa resistências mecânica e ao rasgo, rigidez e
medida, os aguardados aumentos de escala Somente excelente performance de solda a quente
30%
impõem um desafio às linhas de embalagem – fatores que, somados, sorriem à dita maqui-
do setor de rações: a migração do enchimento nabilidade, desempenho exigido pelas linhas
de sacaria pré-formada, fiada em pacotes de automáticas de empacotamento. A solução
grandes volumes, para linhas de empacota- das linhas de também reverte em barreiras superiores às
mento automático – mais velozes e que fazem embalagem de migrações de gorduras, preservando o sabor
FONTE: BRASKEM
todo sentido diante do cenário de segmenta- rações no país das rações e, que muitas vezes ocasionam
ção de linhas e fracionamento de embalagens. baseiam-se em prejuízos à impressão.
bobinas técnicas
“Hoje, 70% das rações nacionais são acon-
dicionadas em sacos premade e apenas 30% Sem pipocar
rodam em linhas de embalagem com bobinas “A solução também ameniza o que no jargão
técnicas”, estima José Carlos Menna Barreto, do setor é conhecido como efeito pipoca, ou
gerente de contas da Braskem. Segundo ele, a seja, as marcações dos grânulos das rações
transição para a segunda vertente “é uma ten- nas paredes das embalagens”, diz Menna
dência”, e tem sido impulsionada por certas Barreto. Ele situa que esse é um dos prin-
E
m voga nos últimos tempos, desde Especificamente no que diz respeito ao
que passou do âmbito dos equipa- mercado industrial, voltado a soluções para
mentos domésticos para as aplica- a impressão de embalagens e rótulos, no
ções industriais e comerciais em qual atua mais fortemente o público leitor da
larga escala, a impressão digital foi tema de revista EMBALAGEMMARCA, a impressora em
um evento no mês de setembro. Numa ação exibição que se destacava era a HP Indigo
da gigante americana em tecnologia HP, da ws4050, uma off-set digital, adquirida recen-
qual participaram os distribuidores das linhas temente pela convertedora de rótulos e etique-
de impressoras profissionais da marca no tas Asterisco, de São Paulo.
território nacional – Comprint, Alphaprint e A ws4050 imprime em até sete cores (a
Digigraf –, um show room foi montado em velocidade chega a 16 metros lineares por
um espaçoso imóvel na região central de São minuto em trabalhos com quatro cores) sobre
Paulo, de 5 a 23 de setembro. Com o nome substratos variados – inclusive PVC, material
de Casa das Artes Gráficas, o local abrigou utilizado largamente em rótulos termoencolhí-
equipamentos em funcionamento, para a visi- veis e sensível ao calor, mas que não distorce
tação de clientes, de fregueses potenciais e da no processo de impressão por ter um contato
imprensa especializada. muito rápido com a blanqueta. Com a aquisi-
A idéia do evento era mostrar aos pos- ção da ws4050, a Asterisco amplia sua linha
síveis usuários da tecnologia digital que há, de equipamentos digitais (a gráfica já pos- Asterisco
(11) 295-2200
hoje, boas oportunidades de negócios propor- sui em seu parque uma HP Indigo ws2000). www.etiquetasasterisco.com.br
cionadas pelas novas exigências do mercado “Investimos numa segunda impressora digital
– tiragens menores, maior diversidade de porque o conceito foi muito bem absorvido Comprint
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produtos e prazos de entrega mais curtos, pela nossa área de vendas, o que nos tem gera- www.comprint.com.br
tudo a preços competitivos. “A participação do uma boa ocupação da máquina”, explica
da tecnologia digital no volume de páginas Roberto Ribeiro, diretor-presidente da empre- HP
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impressas em todo o mundo está hoje em sa. O empresário diz ter conhecido o equipa- www.hp.com.br
cerca de 8%”, diz Edson Shiwa, vice-presi- mento na Labelexpo Chicago em 1997, mas
dente do grupo de imagem e impressão da HP só sentiu confiança para adquiri-lo em 2003.
Brasil. “Poderíamos desanimar e pensar que é “Quando a HP adquiriu a Indigo e a Comprint
pouco, mas preferimos enxergar uma grande se tornou distribuidora da marca no Brasil,
oportunidade nos 92% em que ainda podemos senti que teria mais apoio, principalmente em
crescer.” termos de assistência”, comenta Ribeiro. O
processo de adaptação ao equipamento digital AMOSTRA – Capaz de
imprimir rótulos em sete
não foi problemático. “Ocorre que sempre tra-
cores e em substratos
balhamos com pedidos personalizados, rápido variados, a ws4050 foi
atendimento e tiragens menores”, diz Ricardo uma das impressoras
Ribeiro, diretor da Asterisco. “Operávamos sob digitais mostradas no
evento. No alto, amostras
os conceitos da tecnologia digital, mas sem os de rótulos produzidos
equipamentos. Agora os temos.” pelo equipamento
FOTOS: DIVULGAÇÃO
E
m paralelo ao fortalecimento de seus produtos principal aplicação está atrelada a embalagens primárias
de consumo, numa estratégia que absorveu de pipoca de microondas.
mais de 12 milhões de reais apenas com
o recente lançamento do papel higiênico Unidade em alta
Personal Unique, a Santher, uma das quinze maiores pro- Atuando também com laminação, parafinação, siliconi-
dutoras de papel do mundo, com capacidade de 200 000 zação, interleaving, crepagem e conversão de sedas em
toneladas anuais, também aposta na sua Unidade de Papéis geral, a Unidade de Papéis Especiais da Santher cresceu
Especiais. Entre os principais focos da divisão está o mer- 21% em volume em 2004, passando a responder por cerca
cado de embalagens flexíveis, no qual a empresa tem se de 20% do faturamento da companhia. Sem desmerecer
pautado pelo desenvolvimento de produtos e exploração a importância da Unidade de Produtos de Consumo, em
de novas oportunidades de negócio. que somente a linha de papéis higiênicos disputa um mer-
A Santher aproveitou a Food Pack 2005, feira de emba- cado estimado em 2,3 bilhões de reais por ano, a Santher
lagens para a indústria alimentícia, que aconteceu em São está especialmente animada com o promissor negócio de
Paulo entre os últimos dias 30 de agosto e 1 de setembro, papéis especiais em geral e embalagens em particular.
para apresentar os papéis Sanlabel e fazer o lançamento “Com os atuais investimentos, estamos confiantes num
oficial da linha Sanproof. No primeiro caso, o produto crescimento considerável e consistente dos negócios da
pode ser usado como substrato de rótulos impressos em Unidade de Papéis Especiais nos próximos anos”, conclui
rotogravura, flexografia e off-set. Alexandre Tattini, diretor da Unidade de Papéis Especiais
Disponíveis em baixas gramaturas (de 35 a 50 g/m2), da Santher.
os papéis revestidos – conhecidos como coated woodfree
specialties – da linha Sanlabel também se destinam à
produção de embalagens flexíveis que entram em contato
direto com alimentos. Assim, um dos mercados-alvo do
produto é o de chicles e candies.
Também voltada ao mercado alimentício, especial-
mente o de refeições rápidas, a marca Sanproof represen-
ta uma família de papéis resistentes a gordura. Composta
por três produtos diferentes, a linha apresenta níveis
diferenciados de barreira a óleo. Voltado a sacos de fast-
foods, o papel Sanproof tem menor grau de migração da
gordura se comparado ao Sanproof Packaging, indicado
para embalagens de manteiga, e ao Sanproof Oven, cuja
CONTATO – Papéis
revestidos Sanlabel
miram o mercado
de embalagens de
chicles e candies
DIVULGAÇÃO
Santher
(11) 3030-0200
www.santher.com.br
N
o debate sobre preserva- lado da cadeia, em reconhecer essa
Luis Fernando
DIVULGAÇÃO
ção ambiental, a participa- Guedes, diretor diferenciação economicamente. O selo
ção da cadeia de embala- do Imaflora FSC é o que tem maior credibilidade
gens costuma ficar restrita no Brasil e no mundo para produtos de
à utilização de materiais de rápida origem florestal. É o único reconhecido
degradação e a ações de coleta sele- e apoiado por ONGs e movimentos
tiva e reciclagem. Pelo menos outro sociais do Brasil e do mundo. Portanto,
tema, porém, desafia as indústrias os benefícios gerais dessa certificação
usuárias e produtoras de embalagens têm variado entre uma ou mais das
em meio às discussões sobre uso sus- seguintes possibilidades: abertura de
tentável de recursos naturais. São os novos mercados, manutenção de mer-
certificados destinados a estabelecer cados que se tornaram mais exigentes,
a origem de produtos florestais. No sobre-preço do produto, mudança da
caso das embalagens celulósicas, mais imagem institucional ou acesso a novos
do que exigência de cunho ecológico, tipos de financiamentos.
esses atestados começam a se conso- nando Guedes, diretor executivo do
lidar como ferramentas de suporte à Imaflora, comenta os aspectos téc- Até o momento, nenhuma gráfica no
abertura de novos mercados. nicos e de viabilidade da adoção do Brasil é certificada pelo FSC. Por quê?
Com o objetivo de expor às indús- selo FSC não apenas por produtores Quais as mudanças de procedimentos
trias usuárias de embalagens celulósi- de papel e celulose, mas também por a que as gráficas têm de se submeter
cas os critérios e benefícios do selo gráficas e convertedores de embala- para conseguir a certificação?
FSC (Forest Stewardship Council, gens celulósicas. Principalmente porque não havia maté-
ou Conselho de Manejo Florestal), ria-prima (papel) certificada disponível
principal certificado para produtos de Nos últimos anos as certificações no mercado nacional. Havia flores-
origem florestal, o GVces - Centro de manejo florestal têm se mostrado tas certificadas, mas as indústrias de
de Estudos em Sustentabilidade da muito importantes para os produtores transformação da madeira em papel,
EAESP-FGV e o Imaflora - Instituto de papel e celulose, principalmente celulose e papelão ainda não estavam
de Manejo e Certificação Florestal e nas estratégias de exportação. Como certificadas. Com a recente certificação
Agrícola (uma das empresas autoriza- você definiria o potencial de geração de significativas áreas florestais e de
das a conceder a certificação FSC no de negócios dessas certificações no suas indústrias de transformação, pas-
Brasil) organizaram em agosto últi- mercado de embalagem? Quais bene- samos a ter matéria-prima certificada,
mo o workshop Sustentabilidade nas fícios o selo FSC pode trazer às indús- o que permitiu buscar o envolvimento
Políticas de Compras Corporativas. trias usuárias de cartuchos cartonados do setor de embalagens nesse processo,
Realizado na sede da Faculdade e gráficas produtoras desse tipo de fazendo-o beneficiar-se da certificação.
Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, embalagem? Para obter-se a certificação, as gráficas
o evento debateu temas como res- O mercado de embalagens é um dos precisarão comprar matéria-prima cer-
ponsabilidade sócio-ambiental das principais na ligação dos produtos flo- tificada e ter um sistema de controle
empresas, certificação de origem de restais com o consumidor final. Essa e separação nos estoques de matéria-
matérias-primas derivadas de flo- ligação pode não estar clara, tanto para prima e produtos e na fábrica, que
restas e benefícios de imagem que o setor, quanto para o consumidor, mas garanta que não há mistura ou contami-
podem advir de um posicionamen- é uma realidade. Portanto, a certificação nação de matéria-prima certificada com
to sócio-ambiental responsável. Pelo FSC é uma oportunidade para demons- não certificada ao longo do seu proces-
lado dos fornecedores de matérias- trar a responsabilidade do setor quanto à so produtivo. Isto é, deve-se garantir
primas, falaram representantes da origem da matéria-prima que consome. que o livro, revista ou outro produto
Klabin e da Suzano. A perspectiva do A geração de negócios depende tanto somente contenha papel certificado.
end-user foi passada pela Natura. da capacidade do setor em capitalizar
Na entrevista a seguir, Luis Fer- com a certificação quanto, do outro Em outros países o consumidor final já