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www.embalagemmarca.com.

br
Defender-se enquanto é tempo
A
abordagem de cer- amenas. Basta ver as tormen- damos a contribuição que
tos assuntos, quan- tas que se seguem ao câmbio podemos. Nesse sentido,
do repetitiva, cansa. desfavorável. Como dizem, acreditamos que a Entrevista
Mas há temas que, por mais “o inferno são os outros”, do mês, com Gilmar Vaccas,
exaustivos, precisam ser segui- mas não adianta condenar gerente de suprimentos da
damente abordados, antes que, quem sabe vender seu peixe Pepsico, na página 38 desta
por conta deles, entremos em melhor do que nós. edição, pode ajudar, se esti-
Wilson Palhares descanso permanente. Exem- EMBALAGEMMARCA afasta a mular discussões.
plo: a China (e vizinhos nos- petulância de querer ensinar -•-
sos). Referimo-nos à amea- quem quer que seja, mas O PRÊMIO EMBALAGEM-
Se a indústria ça que práticas industriais e acreditamos já estar pas- MARCA – GRANDES CASES
têxtil e a comerciais desses parceiros, e sando da hora de o setor DE EMBALAGEM vem sendo
os preços que conseguem pra- de embalagem mobilizar-se recebido com entusiasmo e
de calçados
ticar, representam para nossa para defender-se antes que também com algumas dúvi-
conseguiram
economia em geral e para o não tenha mais o que defen- das quanto a seu regulamen-
do governo setor de embalagem em si. der. Se a indústria têxtil e to. Para respondê-las criamos
medidas O fato é que o Brasil atua a de calçados obtiveram do uma seção de Perguntas e
protecionistas, numa economia globalizada governo medidas protecio- Respostas. Veja na página 18.
por que o setor e precisa aprender a movi- nistas, por que o setor de E inscreva seus cases. Até
de embalagem mentar-se de acordo com as embalagem não as consegue junho, mês de nossa Edição
não as consegue? regras do jogo, que não são também? Em nossos limites, Especial de Aniversário.
nº 93 • maio 2007
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

18 Prêmio
Respostas a dúvidas mais
comuns sobre o Prêmio
38 Entrevista:
Gilmar Vaccas
Gerente de suprimentos da
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
EMBALAGEMMARCA – Grandes Pepsico fala da situação das Flávio Palhares
Cases de Embalagem embalagens como insumo flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio

52 Celulósicas guma@embalagemmarca.com.br

22 Reportagem
de capa: versões
expandidas
Novo palete de papelão ondula-
do, com tecnologia internacio-
nal, é lançado pela Klabin
Leandro Haberli Silva
leandro@embalagemmarca.com.br
Marcella de Freitas Monteiro
marcella@embalagemmarca.com.br
Na contramão da portabili-
dade, embalagens maiores

53
Departamento de Arte
ganham espaço no varejo, Marketing arte@embalagemmarca.com.br
numa tendência impulsiona- Publicitária cria uma engenhosa Carlos Gustavo Curado
da não só por preços mais maneira de aproveitamento das José Hiroshi Taniguti
em conta embalagens delivery de pizza
Administração
Eunice Fruet

54 Plásticas
Sabonetes líquidos ginecológicos
ganham evidência e embalagens
Marcos Palhares

Departamento Comercial
com equities de cosméticos comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
Wagner Ferreira

Circulação e Assinaturas
Raquel V. Pereira
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 99,00

28 Materiais
Conservas Quero, da
Coniexpress, adotam em
Público-Alvo
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
primeira mão caixinhas que ocupam cargos de direção, gerência
retortable da Tetra Pak e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais

36 64
envolvidos com o desenvolvimento de
Fechamentos Índice de Anunciantes embalagens e com poder de decisão colo-
Alternativa em tampa espor- Relação das empresas
cados principalmente nas indústrias de bens
tiva para águas minerais, da que veiculam peças
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
Bericap, debuta no mercado publicitárias nesta edição cosméticos e medicamentos.
nacional com a Lindoya
Filiada ao
3 Editorial
A essência da edição do mês, nas palavras do editor

6 Espaço Aberto
Opiniões, críticas e sugestões de nossos leitores EMBALAGEMMARCA é uma publicação
mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
8 Display Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

30 Panorama Filiada à
Movimentação no mundo das embalagens e das marcas
FOTO DE CAPA: STUDIO AG / ANDRÉ GODOY

44 Conversão e Impressão www.embalagemmarca.com.br


Produtos e processos da área gráfica para a produção de rótulos e embalagens
O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é per-
58 Internacional mitida a reprodução de matérias editoriais
Destaques e idéias de mercados estrangeiros publicadas nesta revista sem autorização
da Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
66 Almanaque expressas em matérias assinadas não refle-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens tem necessariamente a opinião da revista.
da do possível, veiculem mais entregar aos professores. Quero agra-
informações sobre o que ocorre decer pelas dicas e novidades. E, futu-
no setor de embalagem nos países ramente, pretendo trabalhar na área.
integrantes do Mercosul, criando, Mila Coppola
por exemplo, uma seção “Merco- Estudante
sul”. Embora o Brasil seja o maior Santo André, SP
mercado sul-americano, não se
podem ignorar os demais países
da América do Sul, nos quais Rótulos da Belco
todas as pessoas que estão no ramo Sobre a mensagem “Rótulos da Belco”,
de embalagens atuam permanen- enviada por Roberto Brandão, da
temente em diversos setores de
Propack, e publicada na seção Espaço
suas economias, buscando sempre
Aberto da edição nº 91 (março de 2007),
novos horizontes. Por outro lado,
as notícias do setor provenientes EMBALAGEMMARCA esclarece que o uso
dos Estados Unidos, da Europa e equivocado de imagem com produtos da
da Ásia são bem vindas para nós Belco em reportagem sobre a aquisição
do setor. Mas seria muito bom da área de termoencolhíveis da ITW pela
No Uruguai
se EMBALAGEMMARCA desempe-
S
CCL Label (“Expansão em encolhíveis”,
nhasse papel mais importante na
ou professora de pré-impressão fevereiro de 2007, página 32) resultou
integração do item embalagem na
em artes gráficas na Universidade de erro ocorrido durante o fechamento
América Latina por meio das notí-
do Trabalho do Uruguai, e devo
cias, pois entendo que existe um da edição. Ao longo da apuração da
dizer que o material da revista
vazio de informações na revis- reportagem, a CCL Label informou à
EMBALAGEMMARCA permite enri-
ta nesse sentido. Continuem em revista que fornecia somente os sleeves
quecer não só os meus próprios
frente!
conhecimentos, mas também os do Chopp Belco vendido em garrafas de
Carlos Kiss
dos meus alunos. Brilhante, clara, Estudante de Desenho Industrial 1,5 litro, e em nenhum momento sugeriu
precisa, imprescindível. Felicito e na Universidade de Buenos Aires a publicação ou enviou a imagem com
agradeço que a mesma se encontre (UBA) os rótulos da Propack que acabou sendo
disponível em espanhol. Gostaria Buenos Aires, Argentina utilizada por engano na edição.
de saber se o livro “Flexografia
– Manual Prático” será traduzido N. da R. Agradecemos a sugestão
para o espanhol ou se será publica- e aproveitamos para informar que
do na internet, pois seria de grande estamos estudando a possibilidade
utilidade poder contar com este de instituir a cobertura do setor de
material. Agradeço a vocês por ter- embalagens de forma abrangente e
mos à disposição tão boa informa- profunda na América Latina.
ção. Sigam adiante.
Elvira Gutiérrez Parabéns ao site

O
Universidade do Trabalho do
Uruguai site de EMBALAGEMMARCA está
Montevidéu, Uruguai de parabéns.
Hérica Florindo Cristóvão
N. da R. O autor do livro, Eudes Shell Brasil Ltda
Scarpeta, informa ter a intenção Suporte Logístico
de traduzi-lo para o espanhol e, Rio de Janeiro, RJ
mais adiante, para o inglês.
Dicas e novidades
...e na Argentina

E screvo para felicitá-los pela


T ermino em julho de 2007 o curso
técnico de Design Gráfico (ETE – Pau-
Cartas para EMBALAGEMMARCA
Redação: Rua Arcílio Martins, 53
revista, que aporta muitas infor- la Souza). Mesmo trabalhando na área CEP 04718-040 • São Paulo, SP
mações para nós que estamos no educacional gosto muito e sempre me Tel (11) 5181-6533
setor e por sua iniciativa em lan- identifiquei com a área de design. O Fax (11) 5182-9463
çá-la em espanhol. No entanto, site de EMBALAGEMMARCA muito tem redacao@embalagemmarca.com.br
gostaria de sugerir que, na medi- me ajudado nos trabalhos que tenho de

6 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Edição: Flávio Palhares

Chega o Coffee-Mate
American
Embalagem é adaptada ao mercado local
Fuji Seal
www.afseal.com
A Nestlé traz ao Brasil o Coffee-Mate, primeiro
produto desenvolvido especialmente para dar Pande
(11) 3849-9099
sabor e proporcionar uma textura aveludada ao
www.pande.com.br
café. Alinhado à tendência de sofisticação do
mercado de cafés no Brasil, o produto, que é
sucesso de vendas em países como Estados
Unidos, Canadá, Filipinas, Turquia e México,
Queijo sextavado será vendido inicialmente nos Estados da região
Sul, em três
Cartucho realça lançamento da Tirolez opções de sabo-
res: French Vanilla,
Em caixas hexagonais de cartão Ibema Supe-
Canela e Mac-
ra 325 gramas, da Ibema, que abrigam um
Congraf chiato. A embala-
cilindro envolvido em papel-alumínio, chega
(11) 3103-0300 gem, o rótulo e a
www.congraf.com.br ao mercado o novo lançamento da Tirolez: o
tampa, produzidos
queijo Bleu de Bresse. A marca apostou em
Ibema pela American Fuji
uma embalagem diferenciada para atrair os
(42) 3220-7400 Seal, são impor-
www.ibema.com.br consumidores: dobraduras na caixa reme-
tados. O layout foi
tem à aparência de uma pedra facetada e o
Studio Troyano adaptado para o
(11) 4137-9549 fundo azul com detalhes pretos faz alusão às
mercado brasileiro
características internas do produto. As caixas
pela Pande Design
são impressas pela Congraf, e quem assina o
Solutions.
layout da embalagem é a Studio Troyano.

Choco Milk todo repaginado


Batávia reformula embalagens de seu achocolatado
A Batávia reformula a identidade visual da linha
Choco Milk, com novos layouts de embala-
gem criados pela DBox Design. Para o Choco
Milk Power, embalagem Tetra Prisma Aseptic
de 200 mililitros da Tetra Pak. O achocolatado
tem também a versão em garrafa de vidro de
200 mililitros da Owens-Illinois, com tampa da
Amcor White Cap e rótulo em papel impresso
pela Ingra, e em Caixa Combifit de 1 litro, da
Sig Combibloc, com tampa CombiTwist. Já o
Choco Milk Light é embalado em caixinhas Tetra
Brik Aseptic. A linha fica completa com a sobre-
mesa em potes de poliestireno de 200 gramas
fornecidos pela Huhtamaki, com selos de alumí-
nio produzidos pela Graffo.
Amcor White Cap do Brasil Gráfica Ingra Huhtamaki Sig Combibloc
(11) 5585-0723 (41) 392-2233 (11) 5504-3500 (11) 2107-6744
www.amcorwcb.com.br www.ingra.com.br www.huhtamaki.com.br www.sig.biz/brasil

DBox Design Graffo Owens-Illinois do Brasil Tetra Pak


(11) 3721-4509 (47) 3028-2221 (11) 6542-8000 (11) 5501-3200
www.dboxdesign.com.br www.graffo.com.br www.oidobrasil.com.br www.tetrapak.com.br

8 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Edição: Flávio Palhares

Fiambre na lata
Bertin lança mais um embutido Labcom Comunicação Integrada
(16) 3967-8009
O fiambre, embutido pronto para o consumo da www.labcom.ppg.br
Bertin Alimentos, é a mais recente aposta da
Teclito Gráfica
empresa. O produto, comercializado com a marca (11) 6914-0842
Bonfiam, é acondicionado em latas de aço de 320
gramas com sistema de fácil abertura, produzidas
na própria Bertin e decoradas com rótulos de papel
couché impressos pela Teclito Gráfica. O layout foi
desenvolvido pela Labcom Comunicação Integrada.

Hidratante em PET
Embalagem tem rótulo auto-adesivo

Em embalagem
exclusivo de PET
desenvolvida em Asterisco
(11) 2295-2200
parceria com a Plas-
www.etiquetasasterisco.com.br
ticase, a Korai
lançou o hidra- Bral-Max
(24) 2242-8799
tante e o body www.bral-max.com.br
splash Scents
Amore. Os Plasticase
(11) 3477-7748
frascos de 210 www.plasticase.com.br
mililitros levam
rótulos auto-ade- Setprint
(11) 2133-0007
sivos da Asterisco www.setprint.com.br
e da Setprint e
têm tampas disk-
top fornecidas pela
Bral-Max. O layout
das embalagens foi
desenvolvido pela
própria Korai.

10 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Close up com bico dosador
Gel dental ganha novo sabor

Frascos de polipropi-
leno (PP) da Global-
pack acondicionam o
CCL Label Liquifresh Ice, novo
(19) 3876-9311
www.ccllabel.com.br sabor do gel dental
Close up Liquifresh.
Globalpack
A embalagem tem
(11) 5643-5333
www.globalpack.com.br um bico dosador
na tampa, também
Rex Design
fornecida pela Glo-
(11) 3862-5121
www.rexnet.com.br balpack, e recebeu
rótulos auto-adesivos
de polietileno (PE)
impressos pela CCL
Label. Quem assina o
layout da embalagem
é a Rex Design.

Aposta no
público infantil
Gelatina ganha
embalagem temática Camada
Embalagens
(11) 3942-3944
Em caixas de papel cartão www.camada.com.br
duplex fornecidas pela Congraf,
Congraf
chega ao mercado a gelatina (11) 3103-0300
Gelky, novo produto da Brassuco. www.congraf.com.br
No interior do cartucho, um filme
Edu Rocha Design
de polietileno de baixa densidade Studio
(PEBD) da Camada Embalagens (19) 3242-6694
acondiciona o produto. Com apelo
ao público infantil, as caixinhas
ganharam cores fortes e ilustra-
ção do personagem Gelkinho, um
dinossauro, praticando ativida-
des físicas. O layout é da Edu
Rocha Design Studio.

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 11


Fatiados em bandejas termoformadas
GAD’Branding &
Design Penasul aumenta mix de embutidos com a marca Pena Branca
(51) 3326-2500
www.gad.com.br Sob a marca Pena Branca, a Penasul são acondicionados em bandejas termo-
Alimentos lança sua linha de embutidos formadas de polietileno fornecidas pela
Indusgraf fatiados, com embalagens desenvolvidas Videplast. O berço é fechado com selo de
(51) 3748-5444
www.indusgraf.com.br pela GAD’ Branding & Design. Os produtos BOPP impresso pela Indusgraf.

Videplast
(49) 3566-9600
www.videplast.com.br

Sabores de inverno Tetra Pak Destaque para o rótulo


na caixinha (11) 5501-3262
www.tetrapak.com.br Grande área na embalagem é ocupada
por auto-adesivo
AdeS tem edição limitada Usina Escritório de
Desenho Chegam ao mercado as novas
Em edição limitada e com novas emba- (11) 5571-6788
www.usinadedesenho.com.br embalagens dos xampus
lagens chegam ao mercado os sabores
e condicionadores Sanol
de inverno da bebida AdeS: Shake de
Dog, da Total Química. Os
Morango e Vitamina de Banana. As
Atis produtos são acondicio-
novas versões estarão disponíveis em
(11) 5084-2155 nados em frascos de 500
caixas de um litro da Tetra Pak, com www.atisonline.com.br mililitros de polietileno de
layout assinado pela Usina Escritório de
Damver alta densidade (PEAD)
Desenho. O logotipo agora está na posi-
(11) 6693-9527 soprados pela Packmold.
ção vertical e com nova tipologia. www.damveradesivos.
As tampas standard são
com.br
fornecidas pela Plásticos
Dil Brands Cária.
(11) 4191-9711
A embalagem com for-
www.dilbrands.com
mato anatômico, desen-
Packmold volvida pela agência Dil
(11) 5685-4446
www.packmold.com.br
Brands, tem como desta-
que a grande área de rotu-
Plásticos Cária lagem. Rótulo e contra-
(11) 3872-3122
www.caria.com.br rótulo são auto-adesivos,
impressos pela Damver,
com design da Atis.

12 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Meio dia de frescor
Protex de ação prolongada
surge em envelope

Prometendo uma proteção desodorante


por doze horas, além de inibir o cresci-
mento das bactérias causadoras do mau
odor, o Protex Deo 12 é o mais novo sabo-
nete anti-séptico em barra da Colgate-Pal-
molive. Ostentando design gráfico elabora-
do pela Colgate-Palmolive de Nova York, o
envelope de papel laminado do produto é
Empax
fabricado pela Empax.
SóSoja tem novas
(11) 5693-5400
www.empax.com.br
embalagens
Potes de PEAD acondicionam produtos Gráfica Essência
(11) 6918-6464
A indústria de alimentos SóSoja apresenta www.graficaessencia.
as novas embalagens dos compostos ali- com.br
mentares em pó à base de soja Lactosoy Real Plastic
e Soyamaltine. A criação da embalagem é (47) 3397-8300
da Speranzini Design. Os potes de polie- www.realplastic.ind.br

tileno de alta densidade e as tampas são Speranzini Design


fornecidos pela Real Plastic e os rótulos (11) 5685-8555
www.speranzini.com.br
pela Gráfica Essência.

Mais opções para a limpeza doméstica


Brasalpla
Linha Brilhante, da Unilever, ganha duas novas variantes (11) 2104-1400
www.alpla.com
A Unilever amplia a família do lim-
pador doméstico Brilhante com CCL Label
(19) 3876-9300
as versões Multi-Uso e Coquetel www.prodesmaq.com.br
Plus. Os frascos de polietileno de
alta densidade 500 mililitros de Design Absoluto
(11) 3071-0474
Brilhante Multi-Uso são fornecidos www.designabsoluto.
pela Brasalpla, com decoração com.br
em silk screen e tampas da Plás-
Igaratiba
ticos Cária. O layout é da Design (19) 3821-8000
Absoluto. O Brilhante Coquetel www.igaratiba.com.br
Plus, para limpeza pesada, tem
Plásticos Cária
frasco de polietileno de alta den- (11) 3872-3122
sidade produzido pela Igaratiba, www.caria.com.br
com tampa da argentina Seaquist Seaquist Engelmann
Engelmann. O rótulo auto-adesivo (54 11) 4850-1350
de papel couché é fornecido pela www.grupobertoni.com
CCL Label. A agência Tácticah Tácticah Design Büro
Design Büro, de Buenos Aires, (54 11) 4327-3206
foi a responsável pelo design das www.tacticah.com

embalagens.

16 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 17
incentivo >>> premiação

Sem dúvida: todos podem

Perguntas e respostas esclarecedoras sobre como e por que inscrever


cases no prêmio que será referência na área de embalagem

A ?
pós o lançamento do Prêmio EMBALAGEMMARCA Se minha empresa inscrever um case do
– GRANDES CASES DE EMBALAGEM, a revista pas- qual participaram outras empresas, quem
sou a receber perguntas de várias pessoas interes- ganha o Prêmio?
sadas querendo esclarecer dúvidas. Como parte

!
dessas dúvidas se repete, são reproduzidas abaixo, seguidas de O objetivo do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
respostas destinadas a esclarecê-las. – GRANDES CASES DE EMBALAGEM é valorizar,
Uma das principais questões é se, nos cases vencedores, em primeiro lugar, a indústria usuária de
quem ganhará o prêmio será a empresa usuária ou a fornece- embalagens, que é quem toma a decisão
dora que fizer a inscrição, na hipótese de ser dela a iniciativa. de investir ou não num determinado siste-
A resposta é que, quando indústrias usuárias têm suas emba- ma de embalagem. Como acreditamos na
integração da cadeia, e na idéia de que uma
lagens premiadas, todos os agentes que contribuíram para isso
boa embalagem depende da cooperação de
também estão ganhando, na medida em que o cliente é a razão
todas as partes envolvidas no seu desenvol-
de ser da atividade de seus fornecedores.
vimento, serão homenageadas também as
Por sermos adeptos dessa visão, no PRÊMIO EMBALA-
empresas fornecedoras que participarem do
GEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM os clientes,
processo (excluídas aquelas que se caracte-
os provedores de embalagens, bem como os fornecedores de
rizarem como potenciais patrocinadoras do
serviços e complementos, também serão premiados. Mas para Prêmio), desde que estejam mencionadas na
isso é importante que estejam citados nas fichas de inscrição. ficha de inscrição.
Veja a seguir algumas das perguntas apresentadas e as res-
postas a elas – e não tenha dúvidas: inscreva seus cases.

?
Se a minha empresa é fornecedora de

?
Uma empresa convertedora de embalagens uma embalagem diferenciada e que trouxe
pode inscrever cases no Prêmio? ganhos ao cliente, é mais indicado que eu
faça a inscrição ou devo pedir a meu cliente

!
Sim. Podem inscrever cases todas as empre- que cuide disso?
sas transformadoras e convertedoras de

!
embalagens, além das empresas usuárias e O ideal seria que as empresas que partici-
dos desenvolvedores do design. Só não podem param do projeto se unam para fazer uma
inscrever cases os fornecedores de matérias- única inscrição. Ninguém melhor que a
primas, insumos e equipamentos, pois esses empresa usuária para contar os benefícios
são potenciais patrocinadores do Prêmio, o gerados com uma embalagem. Por outro
que poderia trazer conflitos éticos para as ins- lado, cada fornecedor pode explicar com pre-
crições feitas por eles. cisão qual a sua contribuição para o projeto.

18 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


ganhar
“Não poderíamos
estar ausentes”
“Acompanhamos EMBALAGEMMARCA desde seu
lançamento, há oito anos. A revista sempre foi
para nós uma importante fonte de informações
a respeito das inovações na área de embala-
gens. O foco que a publicação dá ao segmento
é fator preponderante para seu sucesso, e a
iniciativa de promover este Prêmio sem dúvida
alguma irá marcar uma nova etapa e será um
grande incentivo aos profissionais que se dedi-
cam com ousadia
e profissionalismo
ao desenvolvimen-
to do setor de
embalagens no
Brasil.
A Greenfield,
empresa dedi-
cada ao setor,
com importantes iniciativas regionais, como a
Embala Minas e a Embala Nordeste, não pode-
ria estar ausente e deixar de apoiar mais esta
idéia inovadora.”

A partir da esquerda, André Mozetic, Jayme Wiss


Jr., Luiz Fernando Pereira, diretores da Greenfield
Business Promotion

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 19


?
Essa resposta vale também para as embalagens stan-
“Oportunidade dard?

de parceria”
!
Sim. Da mesma forma, vale para sistemas de fecha-
“O PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES mento ou de aplicação do produto, desde que a emba-
CASES DE EMBALAGEM é uma grande lagem (ou o sistema) tenha sido adotada por alguma
contribuição para o mercado de emba- empresa usuária. Em tais casos esta deve autorizar
lagens. Acredito que seja o primeiro a inscrição, conforme descrito no Regulamento do
prêmio a envolver a cadeia como um Prêmio.
todo. Nele, a embalagem terá uma
análise mais sistêmica, indo além da

?
Existe um número máximo de cases que podem ser ins-
beleza plástica.
critos por uma mesma empresa?
A Suzano, como fornecedora de papel
cartão para este segmento, não pode-

!
Não há limite para a inscrição de cases, mas é indicado
ria estar de fora. Temos certeza de
que se observe que o julgamento será feito na estrutu-
que, com este Prêmio, temos uma
ra de estudo de caso – ou seja, a descrição do cenário
grande oportunidade de parceria com
que estimulou o desenvolvimento, a solução escolhida e
nossos usuários finais, agregando cada
os resultados obtidos. Isso significa que vale considerar
vez mais valor às suas embalagens.”
a hipótese de inscrever menos cases, contando com
maior riqueza de detalhes a história da embalagem.

?
Se minha empresa inscrever um case, ganha automati-
camente um convite para a cerimônia de premiação?

!
Não. Os convites para a cerimônia serão adquiridos à
parte, dada a possibilidade de que haja mais inscrições
do que lugares disponíveis na cerimônia de premiação.
Mas o valor do convite se restringirá a cobrir os custos
do coquetel e do jantar, do aluguel e da decoração dos
espaços, não havendo espécie alguma de cobrança pelo
eventual recebimento de troféus e pela divulgação.

?
Se eu quiser convidar meus principais clientes para ir à
cerimônia, é possível comprar mesas fechadas para o
jantar?

!
Sim, é possível. Mas como há uma limitação de 400
lugares no espaço em que será realizada a cerimônia,
tudo dependerá da disponibilidade de vagas.

Maiores informações sobre esses e outros assuntos relaciona-


Ana Paula Pinheiro Baltazar dos ao PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM
Marketing, Suzano Papel e Celulose podem ser obtidas pelo e-mail premio@embalagemmarca.com.br

PATROCÍNIO MASTER PATROCÍNIO ESPECIAL

APOIO OPERACIONAL

20 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


reportagem de capa >>> versões expandidas

Por que a indústria te


tamanhos g
P
ortabilidade.Fracionamento.
Na contramão das portion Porções reduzidas. Não é difícil
entender porque esses temas estão
packs, fabricantes dos mais em evidência no mundo das emba-
lagens. Fáceis de carregar e inseridas em situa-
distintos produtos de ções de consumo fora do lar, as apresentações
menores ainda permitem que marcas consagra-
consumo apostam em das se aproximem da baixa renda, segmento até
então esquecido por boa parte da indústria.
embalagens com volume A despeito do papel central conquistado
pelas portion packs, uma tendência oposta a essa
superior ao padrão da também tem demarcado seu espaço. Trata-se da
multiplicação de lançamentos envolvendo emba-
categoria. Preços mais em lagens com volumes maiores. É difícil encontrar
dados que mensurem esse fenômeno. Mas um
olhar mais atento nas gôndolas não deixa dúvi-
conta ainda constituem o das. As chamadas versões big size podem ser
vistas tanto em apresentações familiares quanto
principal impulso a esse em estratégias em que o aumento do tamanho
da embalagem não altera o foco no consumo
tipo de estratégia. Mas individual. Seja como for, a pergunta é quase
inevitável: com tantas atenções voltadas ao cele-
conveniência de consumo e brado consumo “on-the go”, o que explica essa
renovada atração por apresentações expandidas?
perfis específicos de Nos tempos de inflação galopante, a função
básica das embalagens com volume superior
público-alvo também ao padrão da categoria era ajudar a manter as
despensas abastecidas até o final do mês. Com
preços estabilizados, as apresentações big size
contam pontos a favor das deixaram de se limitar a esse antigo propósito.
Ao agregar novos consumidores ao público-alvo
versões “super size”, que de marcas consagradas, os tamanhos maiores
passaram a simbolizar uma evolução dos fabri-
nem sempre trazem o cantes de produtos de consumo em detectar e
atender perfis específicos de público e de situa-
benefício da economia ções de consumo.

22 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


m aderido aos
grandes
“O sucesso dos tamanhos grandes mostra
que considerar segmentos com necessidades
diferentes é o caminho mais inteligente para
aumentar a presença e a relevância dos produ-
tos na vida dos consumidores”, constata Zilda
Knoploch, antropóloga e professora de pesquisa
de mercado do MBA Comunique-se. Para ela, a
crescente importância da portabilidade no varejo
mundial não impediu que as indústrias enxer-
gassem as oportunidades que vicejam no outro
lado do balcão. “Não se trata de um paradoxo,
mas de uma ação muito inteligente”, avalia a
professora, também sócia da Enfoque Pesquisa
de Marketing, empresa que já fez pesquisa para
a Associação Brasileira de Embalagem (Abre)
sobre a preferência dos consumidores por emba-
lagens fracionadas.

+50% +62%
conteúdo preço

+8% Na ponta do varejo,


preço/ml
Chamyto Big, que
entrega 120 gramas por
unidade, pode custar
proporcionalmente mais
caro do que a versão
tradicional, de 80
gramas. Diferença no
FOTOS: STUDIO AG - ANDRÉ GODOY

preço por mililitro é de


8%, numa demonstração
de que nem sempre
o fator economia é
responsável por atrair
o consumidor para os
tamanhos grandes
No atual panorama do varejo brasileiro não
faltam exemplos demonstrando a atração exer- +50%
cida pelos tamanhos grandes. Na maioria deles, conteúdo
o que se vê são estratégias bem sucedidas con-
trariando padrões preexistentes. Essa é a história +33%
do Chamyto Big, versão do leite fermentado da preço
Nestlé que vem alcançando sucesso em frascos -11%
plásticos com capacidade para 120 gramas. Os preço/ml
profissionais responsáveis pela marca percebe-
ram que, dessa maneira, poderiam se diferenciar
numa categoria composta apenas por embala-
gens de 65 gramas a 80 gramas. A inovadora No caso da Coca-Cola
vendida em garrafa
capacidade ajudou a linha a arregimentar segui- de PET de 3 litros,
dores entre o público pré-adolescente, amplian- embalagem maior
do o foco original na faixa etária infantil. Para proporciona economia de
11% no preço por
alguns analistas, a cartada contribuiu ainda para mililitro, na comparação
acirrar a disputa entre Nestlé e Yakult pela lide- com versão tradicional
rança do setor, que em 2005 movimentou cerca de 2 litros
de 340 milhões de reais (mais de 45 000 tonela-
das), segundo dados da ACNilesen.
apresentação tradicional de 2 litros.
Giro Rápido Outro exemplo em que apresentações maio-
Outro conhecido fator por trás da disseminação res permitem oferecer preço mais atraente pode
das versões big size é a economia oferecida ser visto no mercado de atomatados. Dona da
ao consumidor. Ao entregar maior quantidade marca Etti, a Hypermarcas acaba de lançar no
de produto por embalagem, as indústrias têm setor o Salsaretti Especial em embalagem de
condições de trabalhar com preços proporcio- vidro de 500 gramas fornecida pela Owens-
nalmente menores, compensando quedas nas Illinois do Brasil. Buscando disponibilizar um
margens com giro rápido na linha de produção. produto com qualidade similar à dos molhos
Veja-se o caso da Coca-Cola em garrafas PET importados, a empresa optou por um volume
de 3 litros. Com aspecto “super size”, pegando quase 50% maior que os tradicionais 340 gra-
emprestada a expressão que designa os lanches mas das latas de aço e potes de vidros standard
gigantes típicos das cadeias de fast food ame- usados na categoria.
ricanas, essa garrafa oferece preço médio por “Com embalagens ideais para uma refeição
litro de 1,20 real, contra 1,35 real calculado na familiar, esse produto alia qualidade premium
a um preço muito atrativo”, ressalta Gabriela
Garcia, diretora da unidade de negócios de
alimentos da Hypermarcas. Com formato ligei-
ramente sinuoso, os potes da linha Salsaretti
Especial também chamam atenção pelo uso
Hypermarcas aderiu a
embalagens de vidro de de rótulos termoencolhíveis produzidos pela
meio quilo para recém- Zanniello e dotados de amplas janelas de visu-
lançada linha Salsaretti alização. Metálicas e de rosca, as tampas do
Especial.
Para aliar qualidade produto são da Rojek.
premium a preço Porém, num paradoxo ao senso comum
competitivo, capacidade sobre porções maiores, as versões big size
é quase 50% superior
aos tradicionais 340
nem sempre oferecem economia ao consumi-
gramas das latas de dor. Nos exemplos coletados pela reportagem
aço e potes de vidro de EMBALAGEMMARCA em suas pesquisas de
standard usados na
campo por supermercados de São Paulo, perce-
categoria de molhos
de tomate beu-se que muitas vezes o custo de uma versão
grande acaba sendo equivalente ao da apresenta-
ção tradicional. No próprio caso do leite fermen-

24 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


tado Chamyto, 40 gramas do produto chegam a
custar mais caro na versão Big (31 centavos) do
que a mesma quantidade vendida no tamanho
convencional de 80 gramas (29 centavos). O
cálculo foi feito com base no preço de cada uma
das versões (5,64 reais e 3,52 reais) praticado
numa das lojas do hipermercado Extra para a
bandeja de seis unidades.
A ausência do benefício da economia indica
que o fator conveniência pode estar se sobre-
pondo em muitas das estratégias envolvendo
grandes volumes. Ou seja, o consumidor nem
sempre procura uma embalagem maior para
pagar menos, mas por que ela de fato atende
uma ou mais necessidades específicas.
Essa é a pedra de toque que não deveria
passar em brancas nuvens para quem consi-
dera lançar um produto em apresentação com
volume maior. Afinal, ao mostrar valor pela
via das embalagens expandidas, os fabricantes
de bens de consumo são duplamente beneficia-
dos. Primeiro porque conseguem vender mais.
Depois porque podem fazê-lo sem diminuir suas
margens de lucro.
Essa atraente equação aos poucos é con-
quistada pela Ferrero do Brasil, que lançou seu
tradicional creme de avelãs com cacau Nutella
em embalagem de 350 gramas. Trata-se de
quase o dobro da capacidade de 180 gramas que
caracteriza as embalagens convencionais lança-
das em 2005, quando a subsidiária da empresa
italiana decidiu passar a fabricar o produto para
o mercado brasileiro em sua indústria em Poços
de Caldas (MG). Para isso, desenvolveu à época,
em conjunto com a vidraria Nadir Figueiredo,

+94%
conteúdo +8%
preço/g
+113%
preço

Na pesquisa feita por EMBALAGEMMARCA, preço por grama


do creme de avelã e cacau Nutella é 8% mais alto no
copo maior, de 340 gramas
um copo diferenciado, que após o consumo faz
boa presença nas mesas dos consumidores para +35%
outros usos. Dotado de tampa branca de polie- conteúdo
tileno de baixa densidade (PEBD) selada com
lacre termoencolhível de PVC, o copo conta +43%
com rótulo auto-adesivo impresso em quatro preço
cores em papel couché, ocupando a metade +6%
superior da embalagem, que é lisa, enquanto a preço/ml
parte de baixo tem ornamentos.
Essa embalagem fez estrondoso sucesso Novas marcas de
cerveja aderem ao
na ocasião de seu lançamento, com pilhas de
“latão” de 473ml.
Nutella desaparecendo dos supermercados de Para o consumidor,
um dia para o outro. Ao estendê-la a uma versão benefício não vem
maior, também fornecida pela Nadir Figueiredo, da economia, mas
de uma apresentação
a empresa busca repetir tal desempenho. Na apropriada a ocasiões
ponta do varejo, percebe-se que o preço do copo específicas de
de 350 gramas (9,30 reais) acaba equivalendo-se consumo
ao da versão de 180 gramas (4,50 reais), em mais
um indicativo de que as apresentações maiores
nem sempre exploram o apelo do preço.
“Acredito que a relação custo x benefício
ainda seja o principal motivo para a escolha
desse tipo de embalagem”, diz Mário Narita, +50% +44% -4%
conteúdo preço preço/lata
fundador da Narita Design, grande agência de
design de embalagem. “Mas o fator conveniên-
cia também vem sendo levado em consideração
em diferentes categorias. Comprando em maior
quantidade você não precisa freqüentar o super-
mercado tantas vezes”, conta, citando os exem-
plos de papel higiênico e fraldas descartáveis.
Por outro lado, há segmentos em que é difícil
entender os motivos que levam o consumidor a
preferir tamanhos maiores. Veja-se o exemplo
do mercado de cervejas. Quem recebe amigos
em casa provavelmente conhece esse script de
cor. Na hora de recolher as latinhas, nota-se que Skol adere a multipacks de 18 unidades,
boa parte delas foi abandonada pela metade. explorando graficamente o menor custo por
Apesar disso, é difícil encontrar nas prateleiras lata. Abaixo, cartucho de sabão em pó Ariel
ao lado de pacote econômico: economia de
da categoria embalagens menores, em teoria 10% no preço por quilo
capazes de minimizar esse tipo de desperdício.
Pelo contrário. Quem está ganhando fatias no
setor é a lata de alumínio de 473ml. +200%
O “latão”, como foi apelidado pelos apre- conteúdo
ciadores de Skol, primeira cerveja a adotá-lo
no Brasil, foi nos últimos meses inserido no +169%
mix de embalagens de outras marcas, entre elas preço
Brahma, Crystal e Itaipava. Tampouco nesse
caso o benefício oferecido ao consumidor é o da -10%
preço/g
economia. A Itaipava 473ml, por exemplo, custa
nos supermercados cerca de 1,50 real, contra
valor médio de 1,05 real da versão de 350ml.
Fazendo-se os cálculos, chega-se à conclusão de
que os preços são proporcionais.

26 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Em tempos de preocupações ambientais
crescentes, produtos maiores também podem No segmento de cereais matinais,
ser bem avaliados pelos consumidores à medida +46% Kellogg’s aposta em diversificação
conteúdo de volumes. Conforme tamanhos
que ajudam a reduzir o consumo de materiais de
+67% aumentam, preço por grama cai
acondicionamento, oferecendo mais quantidade conteúdo +36%
acondicionada por unidade. Estaria aí outro fator preço
favorável às versões big size, embora apenas +66% +50% +44% -7%
pequena parcela dos brasileiros esteja disposta preço -7% conteúdo preço preço/g
preço/g
a pagar mais por produtos ambientalmente sus-
+0% CAIXA DE 730g EM RELAÇÃO À DE 300g

tentáveis. preço/g
CAIXA DE 730g EM
RELAÇÃO À DE 500g
Numa outra linha de interpretação, também
CAIXA DE 500g EM
contam pontos a favor das versões big size a RELAÇÃO À DE 300g

cultura brasileira de abundância. Para alguns, a


fartura à mesa contrabalanceia a falta de pers-
pectiva de segmentos sociais de menor renda,
que vêem na opulência a possibilidade de uma
compensação momentânea.
Afora os motivos, para a indústria de emba-
lagem a proliferação de volumes maiores é sem
dúvida mais uma tendência do varejo com bom
potencial de geração de negócios. E mesmo que
esse movimento não seja tão celebrado quanto
o da portabilidade e o das porções reduzidas, é
aconselhável acompanhá-lo de perto, com gran-
des doses de atenção. (LH)
materiais >>> cartonadas

Quebra de paradigma
Coniexpress lança no país a primeira linha de vegetais sólidos em caixinha

DIVULGAÇÃO
S
inônimo de embalagem para líqui- PROTEÇÃO
Parede com nove
dos e cremes, as caixinhas longa camadas intercaladas
vida finalmente chegam ao merca- permite autoclave e
garante maior vida de
do brasileiro de alimentos sólidos. prateleira
Cerca de um ano depois de apresentadas ao
mercado local pela Tetra Pak, as embalagens
Tetra Recart passam a acondicionar vegetais
produzidos por aqui. A novidade chega com os
produtos da Quero, marca da fabricante de ali-
mentos Coniexpress.
A Tetra Recart é uma embalagem cartonada
asséptica retortable, ou seja, é capaz de supor-
tar, após seu enchimento, a esterilização do
conteúdo por autoclave, sob altas temperaturas.
As paredes da caixa são compostas por nove
camadas intercaladas de papel cartão, folha de PUXOU, ABRIU tesoura. Essa novidade é devidamente explorada
Semicorte a laser permite
alumínio e polietileno. Esse tipo de recipiente abertura da caixinha sem na comunicação da Coniexpress, que apelidou a
garante vida de prateleira de até dois anos ao seu uso de utensílios embalagem de “Caixinha Puxou, Abriu!”, mote
conteúdo. É uma quebra de paradigma: anterior- também utilizado nas campanhas publicitárias.
mente, só vidros e latas podiam ser autoclavados. O visual da linha foi desenvolvido pela Seragini
“Atualmente, poucas empresas no mundo dis- Farné.
põem desta tecnologia”, diz Gilson Luiz Brunelli As caixinhas com 200 gramas acondicionam
dos Santos, Superintendente da Coniexpress. Seragini Farné ervilha, milho, seleta de legumes e ervilha e
“Nossa marca é hoje a única no hemisfério Sul (11) 2101-4300 milho. A Coniexpress acredita que com este lan-
www.seraginifarne.com
que, além das latas e dos vidros, pode oferecer ao çamento a participação da marca Quero crescerá
consumidor esta nova embalagem.” Tetra Pak no mercado, mas não faz estimativas de volumes.
(11) 5501-3200 A Tetra Recart é importada pela Tetra Pak, e por
www.tetrapak.com.br
Abre-fácil enquanto não há previsão para que a produção
Outro diferencial da embalagem é a facilidade seja feita por aqui.
de abertura, pois a caixinha possui um semicorte A tecnologia Tetra Recart só está disponí-
a laser que permite ao consumidor abri-la sem vel em mais quatro países do mundo: França,
necessidade de objetos cortantes, como faca ou México, Espanha e Tailândia (FP).

28 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Edição: Guilherme Kamio

Novelis comemora vendas...


A Novelis do Brasil (antiga divisão de Entre tapas e beijos
laminados de alumínio da Alcan) fe-
Resina de milho é alvo de protestos, mas mantém alta lá fora
chou 2006 com vendas totais de US$
863 milhões, resultado 37% superior
Já adotado pelas embalagens de LLC, a fabricante do PLA, a inter-
ao registrado no ano anterior (US$
diversas indústrias mundo afora, o rupção do fornecimento do material.
630 milhões). Um dos fatores que
impulsionou o aumento das vendas ácido polilactídeo (PLA), alternativa Segundo publicações americanas, a
foi o crescimento de cerca de 10% aos plásticos convencionais derivada NatureWorks, por sua vez, teria garan-
do mercado brasileiro de latas de do milho, transformou-se em inimigo tido incentivar a coleta específica do
alumínio. figadal das empresas americanas produto pós-consumo e uma campa-
de triagem e reciclagem. Elas vêem nha sugerindo a criação de garrafas
...e aniversário de fábrica o material, compostável e de rápida com formatos distintos daqueles
Por falar na Novelis, a fábrica da degradação, como ameaça ao seu comumente usados pelo PET.
empresa em Pindamonhangaba (SP) negócio. Alegam também que garrafas Em que pese tal capítulo, que eviden-
completou em abril trinta anos. O da resina ecológica, descartadas como cia como ainda não há solução rápida
complexo, que fabrica chapas e bobi- embalagens comuns, têm compro- para políticas sustentáveis de embala-
nas de alumínio e abriga um centro de
metido processos de reciclagem de gem, resinas derivadas do milho con-
reciclagem, é uma das mais avança-
PET. Coalizões de recicladores teriam tinuam em alta nos Estados Unidos.
das unidades da empresa no mundo.
até chegado a exigir da NatureWorks Joint-venture entre a especializada
Papelão em alta em biociência Metabolix e a Archer
As vendas de papelão ondulado fo- Daniels Midland (ADM), da área de
ram de 199 100 toneladas em março, biocombustível, a Telles anunciou em
crescimento de 6,2 % em relação abril que lançará sua própria família de
ao mesmo mês de 2006 (187 500 bioplásticos de milho, o Mirel. A produ-
toneladas). O setor acumula vendas ção começará em 2008, com 50 000
de 543 50 toneladas no primeiro tri- toneladas anuais. O Mirel pode originar
mestre, volume 3,3 % superior ao do peças injetadas e termoformadas e
mesmo período do ano passado, de Garrafas de PLA: Estorvo para recicladores filmes por extrusão cast ou blown.
acordo com a Associação Brasileira
do Papelão Ondulado (ABPO).

Ouviu-se da Ipiranga Catecismo sobre FIBCs


O Conselho de Administração da Ipi- Afipol lança manual sobre contentores flexíveis
ranga Petroquímica elegeu Roberto
Lopes Pontes Simões como presiden- A Associação Brasileira dos Produ- de uso. Um capítulo mostra dezoito
te do Conselho e Maurício Roberto tores de Fibras Poliolefínicas (Afipol) fabricantes brasileiros de FIBC e as
Carvalho Ferro como vice-presidente.
lançou a primeira edição de seu onze empresas produtoras dos teci-
O Conselho nomeou Roberto Bischoff
Manual de Segurança de Contento- dos para a sua fabricação. Em 2006
novo diretor superintendente da Ipi-
res Flexíveis. “A proposta é garantir foram produzidas 8,8 milhões dessas
ranga Petroquímica, em substituição
a Alfredo Tellechea, que foi designado aos fabricantes e usuários de FIBC embalagens no país, um aumento de
para a superintendência da Copesul. (flexible intermediate bulk containers), 8% em relação a 2005. Não-asso-
mais conhecidos no Brasil como ciados da Afipol que se interessarem
Associada caçula contentores flexíveis ou big bags, uma pelo Manual devem contatar a enti-
A Henkel, fornecedora de adesivos, literatura de apoio para o dade, pelo fone (11) 3253-7232 ou
selantes e produtos para tratamen- dia-a-dia”, diz Noritaka pelo e-mail afipol@afipol.
to de superfície para os fabricantes Yano, empresário e diretor com.br. Em tempo: Eli
brasileiros de latas de alumínio, é a da entidade. O Manual Kattan, da Zaraplast,
mais nova associada da Abralatas. conta a história e des- foi reeleito presidente
A empresa de origem alemã está no
creve o FIBC, abordan- da Afipol e comandará a
Brasil desde 1955 e conta com 680
do vantagens, tipos, entidade até 2009.
funcionários, atuando em instalações
dicas para a escolha
industriais em Jacareí, Diadema e Ita- Manual: para
pevi, no Estado de São Paulo. e recomendações usuários e fabricantes

30 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Índia pode ser espelho para Brasil Estréia
Consultor dá dicas de como adequar produtos à baixa renda consolidada
Brasil e Índia são economias emer- lagens – sachês, refis e portion packs Embala Minas começa bem
gentes que, apesar da pouca ligação em geral. É o que já notou a Unilever,
A Embala Minas, primeira feira de
histórica e cultural, abrigam empresas onde Sengupta trabalhou por mais de
embalagens realizada no Estado de
com o comum desafio de espargir vinte anos. Na Índia, a multinacional já
Minas Gerais, de 10 a 12 de abril
vendas entre uma majoritária popu- tem produtos, de alimentos a xampus
último, foi encerrada com saldo posi-
lação de baixa renda – e podem e sabão em pó, em pequenos envol-
tivo em vários sentidos: segundo o
enfrentá-lo com tórios. A palestra,
coordenador do evento, André José
estratégias pareci- porém, não se limitou
Mozetic, da empresa organizadora, a
das. É essa a opinião às estratégias para
Greenfield, a projeção para o volume
de Arup Kumar fisgar o consumidor
de negócios gerados, de 350 milhões
Sengupta, consultor de poucas benes-
de reais, foi superada em 5%, e
indiano ligado ao ITC ses. O consultor
7 200 pessoas visitaram os 160
(International Trade apresentou também
estandes montados no Expominas,
Centre), ao UNCTAD embalagens indianas
em Belo Horizonte, durante os três
(United Nations Con- Segupta: portion packs são efetivas com apelo premium,
dias de funcionamento da feira.
ference on Trade and Development) e lembrando que as classes mais ricas
Esses números de certa forma indi-
ao WTO (World Trade Organization), na Índia equivalem a um Brasil, com
cam que a Embala Minas já nasce
que palestrou num evento realizado 200 milhões de pessoas.
consolidada. Porém, mais do que
em abril pela Associação Brasileira de “Aliar qualidade japonesa com preço
eles em si, é significativo o refor-
Embalagem (Abre). indiano”, segundo o guru, é o mantra
ço que trazem ao argumento de
Para o guru, empresas têm nas em voga na Índia quando se fala em
especialistas segundo os quais a
embalagens plásticas flexíveis aliadas tendências em embalagem. “Com
regionalização é o caminho para as
valorosas para difundir vendas na cha- criatividade é possível modificar equi-
feiras especializadas. Como observa
mada base da pirâmide social, espe- pamentos, adaptar conceitos e tecno-
Mozetic, 60% dos visitantes e dos
cialmente pela facilidade de produção logias e desenvolver embalagens efi-
expositores da Embala Minas eram
de volumes reduzidos dessas emba- cazes e econômicas”, disse Sengupta.
oriundos da região metropolitana de

Não foi bom, mas vai melhorar Belo Horizonte, 20% do interior do
Estado e 10% de São Paulo, sendo o
Após um ano nublado, setor de aço mantém otimismo restante de outros Estados.
O fato é que, embora talvez não
Balanços consolidados, o ano de 2006 Em quais mercados o aço ganhou espa- venham a se destacar pelo lança-
não foi florido para as embalagens de ço em 2006? mento de grandes novidades na área
aço. Este ano promete ser melhor, Os gêneros alimentícios representaram de embalagem, papel em geral reser-
segundo Elio Ceppolina, vice-presidente cerca de 70% do consumo de laminado vado para as feiras de grande porte
da Associação Brasileira da Embala- para embalagens, sendo os restantes nacionais e estrangeiras, os eventos
gem de Aço (Abeaço). Cepollina fala do 30% para produtos químicos (tintas, localizados têm a vantagem de atrair
desempenho do exercício passado e vernizes e solventes), aerossóis e tampas e aproximar empresas regionais que
das expectativas para 2007, em entrevis- para vidro (cerveja, refrigerante e con- não têm porte para expor em eventos
ta condensada da original recém-publi- servas). maiores ou mesmo para visitá-los se
cada no informativo Abeaço Notícias. estão distantes e implicam despesas
Que novidades de mercado podem ser significativas. De resto, a dimensão
Como foi 2006 para o mercado nacional esperadas para o próximo ano? do êxito da Embala Minas é dada por
de embalagens de aço? Há novos grandes investimentos desti- uma informação liberada por Luís Fer-
Se considerarmos o volume de matéria- nados à produção de latas com forma- nando Pereira, diretor da Greenfield:
prima expedido e ponderando que no tos diferentes dos atuais, aumento de para a próxima edição a empresa já
período houve geral redução de espes- velocidade na produção e novos proces- reservou espaço de um pavilhão adi-
sura, podemos inferir que o ano acom- sos litográficos. Encaramos 2007 com cional ao utilizado nesta primeira vez.
panhou o crescimento do PIB nacional. confiança.

32 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


fechamentos >>> águas

Esportivas e econômicas
Lindoya estréia uma tampa que facilita uso e outra que poupa material

A
Lindoya Verão versão sport-bottle estréia no
Brasil o uso da tampa esportiva Thumb’Up, PRATICIDADE
da Bericap do Brasil. Lançado concomitan- Nova tampa da Lindoya
pode ser aberta com
temente na Europa e nos Estados Unidos há apenas uma das mãos
dois anos, esse modelo foi especialmente desenhado e sobretampa não
é descartada
para o consumo “on-the-go”, permitindo ao usuário
abrir e fechar a tampa com apenas uma das mãos.
A Thumb’Up tem desenho ergonômico e a sobre-
tampa permanece unida ao corpo da tampa após a aber-
tura. Assim, nenhuma parte da embalagem é descartada
(por isso a tampa é também chamada de “ecológica”
pelo fabricante). O sistema de fechamento dispensa
selo de alumínio, pois conta com duplo sistema de lacre
junto ao anel da pré-forma, além de lacre na sobretam-
pa. O fluxo da bebida através do orifício foi otimizado,
não sendo necessário que o usuário sugue o líquido de
dentro da garrafa.
Outra novidade nas garrafas de Lindoya Verão é
a tampa Bericap Hexacap 26,7 milímetros. O sistema
proporciona economia de 1,7 grama de resina PET no
gargalo da pré-forma em comparação ao gargalo PCO
28 milímetros, utilizado anteriormente. A tampa ofere-
ce mecanismo anti-sabotagem: o ângulo de rompimento
do lacre externo é menor que o ângulo de perda de sela-
gem, e uma possível manipulação da água é facilmente
detectável pelo consumidor. (FP)

Bericap do Brasil
(15) 3235 4500
www.bericap.com

ECONOMIA
Redução do gargalo
resulta em economia
de resina
FOTOS:DIVULGAÇÃO

36 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


entrevista >>> Gilmar Vaccas

Estratégica nas vendas e


também nas compras
M
otor de vendas e poderosa mídia de divul- O gerenciamento de embalagens difere muito daqueles
gação para as marcas de bens não-durá- de outros insumos?
veis, a embalagem passa a receber trata- Não. Basicamente a rotina, os métodos e os desafios são
mento vip em número cada vez maior de os mesmos. Gerenciar a aquisição de commodities ou de
indústrias. Com isso, vai ficando para trás embalagens envolve atenção e é uma função estratégica
o tempo em que se delegava sua administração, como para a empresa.
insumo, a meros fiscais de preços. Embora o custo
seja um componente fundamental, o responsável pela Presente em diversos mercados, possuindo um vasto
aquisição de embalagens nas empresas deixa de ser portfólio, a Pepsico acondiciona produtos de diversas
comprador para se tornar analista de suprimentos – um formas. É possível listar todos os tipos de embalagens
profissional mais versátil e de cabeça aberta, que, sem consumidos pela empresa no Brasil?
se bitolar em planilhas e na HP, acompanha o mercado Utilizamos um vasto sortimento de embalagens na
do fornecedor, monitora a macroeconomia e conhece Pepsico. Consumimos cartuchos de papel cartão para
tecnologias produtivas dos insumos que adquire. Titã linha de aveia, sacos de papel do tipo SOS para as linhas
em alimentos e bebidas, a Pepsico é uma das fiadoras Milharina e Polentina e cartonadas assépticas da Tetra
dessa mudança no perfil do comprador. As crescentes Pak para o acondicionamento dos nossos achocolatados.
importações de embalagens flexíveis feitas pela empre- Há as embalagens de aço para pescados. Utilizamos
sa, para o acondicionamento de salgadinhos e pescados, também embalagens plásticas sopradas e injetadas.
entre outros itens, são exemplos de como o trabalho dos Nosso maior consumo, porém, é de embalagens plás-
analistas vem causando impacto na empresa. ticas flexíveis. Nesse campo, se não estou enganado,
Responsável na Pepsico pelas aquisições de embala- 95% das embalagens são de BOPP/BOPP. Somos con-
gens e de alguns outros insumos, como aromas, Gilmar sumidores de outras estruturas, como as dos retortable
Vaccas aborda nesta entrevista as transformações do pouches, embalagens de BOPP/PP, mas não saímos
gerenciamento de suprimentos, com a autoridade de muito desse perfil. Isso tudo sem falar nas embalagens
quem está no ramo (e na mesma empresa) há quase secundárias de papelão ondulado.
trinta anos, e do mercado fornecedor, que enfrenta
turbulências e o desafio de se adaptar à realidade da A Pepsico é uma das empresas que vêm adquirindo no
globalização. exterior determinadas embalagens, especialmente plás-
ticas flexíveis, para comercializar produtos no Brasil.
Na Pepsico, o senhor não somente cuida de aquisições As importações devem-se exclusivamente a questões de
de embalagens, mas também de outros insumos produti- custo ou aspectos tecnológicos e de oferta dos fornece-
vos, como aromas, e provavelmente tem intimidade com dores locais também vêm pesando?
a administração de outros tipos de suprimentos fabris. O Brasil tem um parque fabril de embalagens de pri-

Maior competitividade, globalização e turbulências no


fornecimento exigem das indústrias atenção extrema
na administração das embalagens como insumo.
DIVULGAÇÃO

Gerente de suprimentos da Pepsico explica por quê

38 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


entrevista >>> Gilmar Vaccas

meiro mundo, capacitado a produzir qualquer coisa. Os com preços mais baixos que os praticados internamente
fornecedores locais dominam tecnologias de ponta, têm – os quais embutiriam o ônus da proteção à resina
investido em maquinário e realizam trabalhos que são nacional –, não acaba tirando a competitividade de
verdadeiras obras de arte. Só que, em função do real todos os elos da cadeia?
supervalorizado, muitos deles deixaram de ser compe- Olhando de forma isenta, apenas narrando o que vejo,
titivos dentro de seu próprio país. É uma situação deli- sem carregar a bandeira dos convertedores, com quem
cada – e vale lembrar que já há quem diga que o dólar tenho mais contato, é claro que o favorecimento às
deverá atingir taxas ainda mais exportações de matéria-prima em
baixas... O motivo das importações “O motivo das nossas detrimento do mercado interno
de embalagens é o custo. No caso cria uma distorção. A prática de
das embalagens plásticas flexíveis, preços diferenciados lá fora acaba
a Pepsico, como grande consumi-
importações de embala- resultando numa dificuldade de
dora, não pode ignorar oportuni- competitividade aqui. Se o custo
dades de preço. Insuficiência de gens é o custo. Os forne- produtivo de uma determinada
oferta ou de tecnologia só ocorre embalagem plástica é composto
em casos pontuais. No ano passa- cedores brasileiros estão por, digamos, 60% de material e
do começamos a importar o retor- 40% de mão-de-obra, e esses 60%
table pouch (embalagem flexível capacitados a produzir estão engessados, o convertedor
de alta barreira, capaz de suportar só pode cortar da mão-de-obra.
esterilização em autoclave e pro-
pícia para alimentos sensíveis e de
qualquer tipo de embala- Pode-se abrir caminho para um
círculo nada virtuoso com mais
alta acidez) para pescados. Essa desemprego e queda de consumo,
embalagem ainda não deslanchou gem, mas deixaram de ser o que é ruim em sentido amplo.
no Brasil mais por desinteresse da
indústria, e nem tanto por falta de competitivos em função Pelo que o senhor acompanha do
capacidade dos fornecedores. mercado, há soluções viáveis para
do real supervalorizado. essa distorção?
Nos possíveis casos em que as Claro que a promoção de con-
embalagens são adquiridas lá fora
devido ao preço, é possível dar
O mercado externo nos dições mais iguais seria uma
maneira de minimizar a distor-
exemplos de diferenças de preços ção. Para ser franco, porém, ao
entre embalagens de fornecedores
oferece vantagens de 15% mesmo tempo não sei se a situa-
estrangeiros e suas alternativas ção é justificável sob o ponto de
nacionais? a 20% em preços” vista da globalização econômica.
Em média, o mercado externo leva uma vantagem em Pergunto: se os fabricantes de embalagens tivessem a
torno de 15% a 20% frente ao mercado local. E olha oportunidade de importar matéria-prima com sólidas
que, dependendo da situação, essa estimativa pode ser vantagens competitivas, eles não o fariam? O momento
até conservadora. As bases de cálculo desses ganhos que eles atravessam é difícil, mas confio neles e acredito
potenciais são os fornecedores do Mercosul, dos países que serão encontradas saídas para manter a atratividade
andinos, porque ainda não calculamos sobre preços de seus mercados. Veja o que acaba de acontecer, com
europeus ou americanos. Uma coisa importante a ser o governo se sensibilizando e intervindo para estimular
ressaltada é que, devido ao patamar cambial e às polí- os mercados de calçados e de confecção. Penso que
ticas de impostos, o contrário também pode aconte- todo mundo ainda está tentando se acostumar a lidar
cer. Se fabricantes brasileiros de embalagens plásticas com a realidade da globalização econômica. Mas não há
decidirem exportar, importando matéria-prima com o dúvida de uma coisa: insumos com custos mais baixos
câmbio atual e o drawback (regime aduaneiro especial favorecem produtos mais competitivos, que atraem con-
que suspende ou elimina a tributação sobre insumos sumidores. Mais consumo gera ganhos de escala com
importados para utilização em produtos de exportação), custos mais baixos e assim, em encadeamento, cria-se
eles poderão praticar preços atraentes. um cenário bom para todos.

Numa pergunta que resume algumas queixas que temos A Pepsico inaugurou no ano passado uma fábrica de
ouvido de fornecedores de embalagens plásticas flexí- salgadinhos no Nordeste, e lá utiliza as mesmas emba-
veis, a política de exportar resinas a preços mundiais, lagens de suas fábricas do Sudeste, fornecidas pelos

40 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


entrevista >>> Gilmar Vaccas

mesmos convertedores. Essa estratégia não afeta a mento estratégico com todos os departamentos, nas
competitividade dos produtos? quais discutimos as mais variadas questões. As decisões
Não. A fábrica de Recife é focada somente em sal- são compartilhadas e cada departamento fica a par das
gadinhos extrusados, aqueles fritos, como Cheetos e necessidades e das iniciativas dos outros.
Fandangos, e ainda tem baixo volume de produção. O
ganho de escala, ou, como costumamos dizer, o ganho Alguns anos atrás eram ruidosos os vaticínios de que
com alavancagem de volume que obtemos nas compras modalidades como o e-procurement e os leilões rever-
no Sudeste viabiliza o uso das sos transformariam a gerência de
mesmas embalagens no Nordeste. “A figura do comprador de suprimentos das indústrias, aba-
A Pepsico possui frota própria lando significativamente ou até
de transporte, e isso facilita o extinguindo os modelos tradicio-
abastecimento da unidade pernam-
embalagens está dando nais de negócio. As previsões se
bucana. Claro que, dependendo confirmaram? Aliás, que impactos
da conjuntura futura, essa política lugar ao do analista de a internet trouxe ao trabalho do
pode se alterar. Estamos atentos gerente de suprimentos, especial-
aos movimentos do mercado. O suprimentos preparado, mente nas compras de embala-
Porto de Suape, próximo da nossa gens?
fábrica nordestina, pode ser uma que entende a conjuntura O e-procurement, os leilões rever-
boa opção de importação, seja de sos e outras formas de operação
produto acabado ou de matéria-
prima. Além disso, há um inves-
econômica, as cadeias se difundiram de forma positiva
e têm ajudado o profissional de
timento crescente de fornecedores suprimentos, mas para nós elas
de embalagens naquela região. Um de valor e a produção do funcionam como ferramentas com-
importante fornecedor, inclusive, plementares, não afastam as nego-
é nosso vizinho. Isso nos leva a insumo do qual é res- ciações tradicionais. Houve expec-
imaginar que Suape também possa tativas exageradas sobre a adoção
ser utilizado por essas empresas ponsável. Ele tem que se dessas ferramentas, assim como
como vantagem competitiva, na houve exagero nas previsões sobre
obtenção de insumos importados
de embalagens.
antecipar aos movimen- muita coisa atrelada à internet. A
internet nos ajuda muito, da mesma
forma que vem facilitando a comu-
Não é raro ouvirmos casos em
tos e às tendências do nicação e o acesso a informações
que compradores são taxados por para qualquer profissional. É raro
profissionais de marketing como mercado ” haver fornecedores de embalagens,
barreiras, inibindo inovações em favor do balanço por exemplo, que ofereçam sistemas de tracking (ras-
orçamentário da empresa, e casos em que compradores treamento de pedidos). A meu ver, todas as ferramentas
vêem homens de marketing como delirantes, idealiza- devem ser utilizadas de maneira inteligente, de acordo
dores de projetos fantásticos na teoria, porém inexeqüí- com a estratégia da empresa, e sem exagero. Em itens
veis. Dá para conciliar os interesses das duas partes em estratégicos, como embalagens, costumamos operar com
projetos de embalagens? muita atenção e cuidado. Já insumos não-estratégicos
Balancear os interesses de todos é fundamental para se podem ser obtidos via leilão reverso, tranqüilamente. Há
atingir o interesse maior, que é o resultado da empresa. um barulho exagerado sobre tendências de negócio, e não
Não deveria haver conflitos em indústrias com visão acredito em empresas que a elas aderem por modismo.
abrangente, mas é claro que isso é uma situação ideal.
Nem sempre a harmonia acontece, mas não se podem Soubemos que o departamento de suprimentos da Pepsico
priorizar resultados compartimentados em detrimento passou por uma modernização há cerca de dois anos. O
dos resultados comuns. Creio que o compartilhamento que mudou?
de conhecimentos, de expertises, pode ajudar a evitar Contratamos uma consultoria, e ela redesenhou toda a área
a formação de ilhas de excelência e contribuir para de suprimentos, nos ajudando a definir uma metodologia
o resultado sistêmico. Temos, na Pepsico, um depar- de trabalho eficiente ao máximo. Adotamos novos esque-
tamento de Inovação bastante atuante, que facilita a mas de supply chain, e algumas barreiras departamentais
integração entre Marketing e Suprimentos nos projetos. foram quebradas. A partir desse programa, oportunidades
Costumamos realizar reuniões trimestrais de planeja- de melhoria foram levantadas, segregamos funções e

42 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


decidimos que os analistas da área passariam a trabalhar
de forma sistêmica. Também investimos em treinamento.
Hoje atuamos de modo mais otimizado, focando sempre
os ganhos de produtividade. Com a implantação desse
programa obtivemos, já no primeiro ano, ganhos signi-
ficativos de produtividade e em processos. Na área de
embalagens, por exemplo, conseguimos obter uma econo-
mia de 5% na aquisição de embalagens de papelão.

A Pepsico possui um programa nacional de certificação


de fornecedores de embalagens?
Essa pergunta ocorre num momento interessante, pois
estamos desenhando agora um programa de certificação e
qualificação de fornecedores. O programa é amplo e não
se atém aos fornecedores de embalagens. Busca atingir
outros insumos também. Já começamos a promover reu-
niões regionais para a apresentação do programa.

De modo geral o profissional de suprimentos tem procu-


rado se qualificar, para conseguir entender como funcio-
na a cadeia e os produtos com os quais trabalha, e não
se limitar a ser um comparador de preços?
Sim, e esse é um tema sobre o qual gosto de falar. A figura
do comprador não existe mais na Pepsico e numa série de
empresas. O comprador está dando lugar ao analista de
suprimentos, o que não é mero eufemismo. Foi-se o tempo
em que o profissional de compras era uma pessoa de con-
fiança do presidente da empresa, um amigo ou parente. O
analista de suprimentos que o mercado progressivamente
passa a requisitar tem de entender a conjuntura econômi-
ca, as cadeias de valor e a produção do insumo do qual é
responsável. Os analistas de suprimentos da Pepsico, por
exemplo, têm como rotina diária a busca de dados em
internet, jornais, revistas e outros meios de informação.
Buscamos nos antecipar aos movimentos e às tendências
de mercado. Uma coisa que constato é que a informação,
por si só, dificilmente pode ser transformada em vanta-
gem competitiva. O que faz toda a diferença é a análise
das informações.

O senhor pode dar um exemplo?


Lembra-se da crise da vaca louca? Naquela época, quando
estourou o noticiário sobre a crise, apenas algumas pou-
cas pessoas sacaram que a epidemia causaria uma alta no
preço do milho. Muitos não entenderam aquela previsão.
Mas o raciocínio é claro. Acontece que, sem carne verme-
lha, há um maior consumo de frango. O milho é alimento
básico do frango, e a lei de oferta e procura naturalmente
inflaria o preço do milho. É esse tipo de ilação que o
analista de suprimentos deve fazer para estar sempre um
passo adiante, para ser estratégico para a empresa. No fim
das contas, uma empresa que não compra bem não pode
vender bem. (GK)

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 43


De locais a globais
Fábricas brasileiras de bases para auto-adesivos se instalarão no exterior

D
e olho nos mercados emer- em geral vem se sofisticando, e os con- da à aquisição de uma laminadora com
gentes da América Latina, sumidores, com a abertura dos mercados boca de saída superior a 2 metros de lar-
principalmente do Mercosul, e a possibilidade de comparar produtos, gura. A largura desse coater é a principal
os produtores brasileiros de tornam-se mais exigentes. O câmbio diferença do instalado na fábrica de
bases para rótulos auto-adesivos têm pla- desfavorável às exportações possivel- Louveira, um moderno BMB suíço-ale-
nos de expandir seus negócios. Flexcoat, mente contribui de alguma forma para mão com capacidade de produção de 72
Colacril, Braga e Gumtac movimentam- a postura dos fornecedores de bases de milhões de metros quadrados de bases
se, de um lado, para lançar cabeças de investir externamente. Para os conver- auto-adesivas por ano. A fábrica deve
ponte em países vizinhos, de outro para tedores de rótulos, especializar-se para entrar em operação já em 2008.
fortalecer sua infra-estrutura na retaguarda atender à demanda de gosto mais apu- Focada na produção para o mercado
brasileira, de onde pretendem exportar rado é, mais do que uma necessidade, de sinalização, a nova planta deverá
cada vez mais. uma ótima oportunidade de crescer – e complementar a linha de bases para eti-
O fato é que o Brasil se situa geo- ninguém perde tempo. Veja a seguir os quetas e rótulos auto-adesivos da fábrica
graficamente numa área de economia de principais movimentos de fabricantes de brasileira. Isso dará maior flexibilidade
certa forma estagnada, mas com poten- bases com vistas ao promissor cresci- de atendimento à empresa e boas pers-
cial promissor. Há segmentos na região mento do mercado de auto-adesivos. pectivas de vendas, na medida em que,
que se destacam por terem percentuais segundo seus executivos, oferecerá um
projetados de crescimento próximos a Flexcoat já começou leque de especialidades cuja demanda
duas casas decimais em futuro distante. Diretores da Flexcoat ProdutosAdesivos, não é plenamente atendida na região.
Para o futuro imediato, o Brasil destoa, companhia de capital 100% nacional Conforme os diretores da Flexcoat,
ao lado do Chile e um pouco atrás com sede em Louveira (SP), foram à “a expertise da empresa na produção
do Peru, do quadro de desaceleração Argentina em abril e anunciaram a ins- de laminados foi adquirida em trinta
de crescimento esperado para 2007. O talação de uma planta para a produção anos no mercado como convertedo-
Fundo Monetário Internacional prevê de substratos laminados auto-adesivos ra de rótulos auto-adesivos”. Eles se
que o país crescerá 4,4% este ano, acima naquele país. Foi assinada a escritura de referem à atuação como proprietários
da média de 4,1% entre 2004 e 2006. compra de um terreno de 24 000 metros da Prodesmaq, vendida à canadense
Dado o passo medíocre do último quadrados e, “numa primeira fase”, o CCL Label há dois anos, pouco antes
decênio, o número já seria bom para o contrato de construção de uma fábrica da fundação da Flexcoat. Esta, segundo
conjunto da economia, mas é especial- de 5 000 metros quadrados. seus executivos, “parte para um patamar
mente animador no caso do setor de A empresa, que deverá chamar-se internacional, depois de se consolidar
rótulos auto-adesivos: diferentes esti- Flexcoat Argentina, ficará estrategi- como provededora de laminados no
mativas apontam para aumentos de nada camente situada em Campana, cidade Brasil”.
menos de 15% ao ano para esse sistema portuária do Rio da Prata a 70 quilôme-
de decoração de embalagens na região. tros de Buenos Aires, e em plena Rota Colacril: “maior da região”
Assim, mesmo com todos os pro- Panamericana. O investimento total na De capital totalmente brasileiro, a
blemas políticos e sociais sofridos pelos Argentina será de 20 milhões de dólares, Colacril – Auto-adesivos Paraná, plane-
países da América Latina, o consumo dos quais parte substancial será destina- ja investir cerca de 30 milhões de dóla-

44 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


res para ampliar sua capacidade pro- e de “um pedaço da América do Norte”, já temos uma boa participação”, diz
dutiva e sua abrangência de atuação. A nas palavras de Valdir A. Gaspar. Fábio Braga, gerente de marketing da
partir de sua fábrica em Campo Mourão O empresário destaca que, além de empresa. Segundo ele, “mesmo com a
(PR) e de um centro de distribuição em vir a ser “a maior laminadora em ope- situação cambial desfavorável, a com-
São Paulo, a empresa já opera em todo ração na região, com 2,10m de boca panhia mantém os clientes que já vêm
o Brasil e em trinta outros países, da de saída, a nova laminadora terá algu- comprando e se mantêm fiéis, apostan-
Europa e das Américas. Mas, segundo mas características que diferenciarão os do no futuro. Com isso, muitos novos
seu diretor presidente, Valdir Arjona produtos”. Ele cita especificamente a negócios têm aparecido, devido a essa
Gaspar, quer ir muito além. possibilidade de aplicação de primer e boa repercussão do produto lá fora”.
Enquanto vai inaugurando distri- topcoating em linha, ou seja, de reves- A Gumtac, que integra com a
buidoras lá fora, a empresa programou timento duplo do papel ou do filme, de Pimaco um dos grupos mais tradicionais
investir ainda este ano cerca de 10 modo a dar melhor ancoragem da tinta no campo de auto-adesivos no Brasil e
milhões de dólares em equipamentos, na impressão do substrato. recentemente adquirida pela francesa
dentre os quais se destaca uma nova BIC, não tem previsão de investimentos
laminadora, de origem européia, seme- Investimentos locais fora do Brasil. Mas, segundo Vicente
lhante à Bachofer + BMeier Ag Bülach Enquanto algumas empresas edificam Avellar, gerente de operações da empre-
instalada em Campo Mourão. Naquele filiais além fronteiras, dois outros fabri- sa, em breve iniciará o envio de produtos
valor não está incluída a construção cantes brasileiros, a Braga Produtos para convertedores que fornecem à BIC
do novo prédio, que abrigará também Adesivos, de Hortolândia (SP), e a no exterior. Para isso, está em processo
máquinas de acabamento. A previsão é Gumtac, do Rio de Janeiro, investem de adaptação dos materiais auto-adesi-
de que a nova unidade da Colacril estará no aumento da produção internamente vos às especificações dos franceses.
em condições operacionais ainda no e na melhora da qualidade de seus lami- De acordo com Avellar, a Gumtac
final de 2007 ou no início de 2008. nados. Embora não tenham planos ime- oferece “custos melhores do que os de
Outro investimento, maior que o diatos de implantação de fábricas fora materiais lá fora, e naturalmente a BIC
programado para o Brasil, será feito em do país, em suas estratégias procuram tem interesse em identificar o que lhe é
curto prazo num país da América Latina também atingir mercados no exterior. favorável nesse campo e em ganho de
a ser definido por estudos que estão sob A Braga tinha programado para o produtividade”. Para o executivo, isso
responsabilidade de um grupo de con- início de maio o começo de operação abre campo para a exportação de produ-
sultores. A aplicação, estimada entre 15 de um novo coater de 1,5 metro de tos a um grande número de países.
e 20 milhões de dólares (somando por- saída e de um novo laboratório, ambos A Avery Dennison, uma das principais
tanto 25 ou 30 milhões), inclui a aquisi- resultado de investimentos iniciados há indústrias de materiais auto-adesivos
ção de um coater, também europeu, para um ano e meio. “O objetivo é aten- do Brasil, embora tenha projetos de
fornecer bases auto-adesivas para países der os mercados nacional, da América investimentos na América Latina, prefe-
da América do Sul, da América Central do Sul e da América Central, onde re não divulgá-los. (FP, WP)

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 45


Edição: Leandro Haberli

Kraftliner inflacionado
A Klabin anunciou reajuste de até 40
Cartilha ensina a imprimir em PP
euros por tonelada para suas linhas Suzano Petroquímica quer capacitar convertedores de
de papel kraftliner usado para fabricar embalagem para trabalhos com chapas de polipropileno
embalagens de papelão ondulado.
Segundo o diretor-geral da empresa, Cartonagens e gráfi- gerente de marketing da
Miguel Sampol, não estão previstos
cas de conversão de empresa, Sinclair Fittipaldi. A
novos aumentos para este ano. No
começo de 2007 os preços interna-
embalagem têm uma capacitação de convertedo-
cionais do kraftliner chegaram a 500 oportunidade de se res para atuar com chapas
euros por tonelada, uma redução de aprofundar nas técnicas de PP não é a primeira
aproximadamente 15 euros dos valores de impressão sobre ação da empresa junto ao
alcançados no final de 2006. chapas de polipropileno mercado de embalagem.
(PP). Foi lançado pela Em 2005 foi lançada uma
Sonho de consumo digital
A Wacom, fabricante de mesas gráfi- Suzano Petroquímica, coleção destinada a mostrar
cas, participou da Fotografar’07, reali- principal indústria de as possibilidades desse tipo
zada em abril último, em São Paulo. A PP da América Latina, de resina como material de
empresa demonstrou no evento a mesa o Guia Prático: Impressão Off Set em embalagem para a indústria de calça-
digitalizadora Cintiq, voltada a desig-
Substrato de Polipropileno. O obje- dos. Com a cartilha, a idéia é aumentar
ners, ilustradores e artistas digitais, e
que conta com caneta especial com até
tivo é aumentar a participação da a presença do material não apenas no
1024 níveis de sensibilidade à pressão. empresa no mercado de embalagens. mercado de calçados. Também fazem
Hoje, 200 toneladas de PP da Suzano parte dos planos da empresa as indús-
Nilpeter vende mais uma Petroquímica são destinadas men- trias de vestuário e de cosméticos.
O aumento dos pedidos envolvendo salmente à indústria de embalagem. Suzano Petroquímica
impressão flexográfica de alta quali-
“Mas o potencial é estimado em até (11) 3583.5917
dade fez a Beau Label Corporation,
tradicional convertedor de rótulos dos 500 toneladas por mês”, vislumbra o www.suzanopetroquimica.com.br
Estados Unidos, adquirir uma nova
Nilpeter FB-330-S dotada de tecnologia
servo. Multissubstrato, o equipamento Stora Enso quer substituir o glassine
será usado para impressão não só de
filmes auto-adesivos, mas também de Empresa apresentou papel alternativo para auto-adesivos
material de ponto-de-venda.
Investindo em alternativas ao glas- de 53 microns) e 67 g/m² (espessura
Perfis de cores... sine utilizado na produção de papel de 64 microns). Trazido da fábrica
Fabricante de impressoras para sina- base de auto-adesivos, a Stora Enso de Kimberly, em Wisconsin, Estados
lização visual, a Roland DG disponibi-
Speciality Papers lança seu LumiSil Unidos, o produto está sendo distribuí-
lizou em seu site mais de quinhentos
LO durante o Label Summit Latin do no Brasil por sua subsidiária local.
perfis de cores para download e
impressão em diversos tipos de mídias. America, evento que ocorre nos dias Stora Enso
Com a ação, a empresa quer firmar-se 15 e 16 de maio, em São Paulo. Com No Brasil: (11) 3065-5200
no mercado nacional como única forne- superfície lisa e brilhante, o produto www.storaenso.com
cedora com laboratório de cores interno oferece, segundo a empresa, cobertura
capaz de desenvolver perfis exclusivos LISO E BRILHANTE
uniforme e contínua do revestimento LumiSil LO foi
para seus equipamentos.
de silicone, mesmo em baixas gra- lançado durtante
Label Summit
...exclusivos maturas. Desenvolvido para retenção Latin America
O laboratório conta com área isolada do silicone, o LumiSil LO é compatível
dedicada somente ao desenvolvimen- com revestimentos com ou sem base
to de perfis para mídias. Todos os
solvente, emulsão de silicone ou cura
perfis desenvolvidos pela Roland DG
são conferidos com prova de cor de
através de radiação. Segundo Ed
padrão internacional Altona – um dos Buehler, vice-presidente da divisão
mais respeitados no mundo todo. Mais de papéis técnicos da Stora Enso, os
informações: http://www.rolanddg.com. convertedores de auto-adesivos têm
FOTOS: DIVULGAÇÃO

br/downloads/perfil/inst_perfil_versa_ agora uma excelente alternativa para o


works.pdf.
glassine. O LumiSil LO está disponível
nas gramaturas 58 g/m² (espessura

46 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Ápice divulga Mais uma fusão no horizonte
nova Lithrone No setor de rastreamento, Avery anuncia compra da Paxar
Convertedora adquiriu A Avery Dennison anunciou a compra aprovação dos acionistas da Paxar,
modelo LS 640+C da Paxar Corporation, uma de suas bem como a aprovações das agências
fabricado pela Komori maiores concorrentes na área de iden- reguladoras nos Estados Unidos e
tificação e rastreamento de produtos, na União Européia. A fusão prome-
Há 30 anos no mercado de emba-
com sede em Nova York, por cerca te agitar a unidade de Serviços de
lagens e rótulos, a Ápice Artes
de 1,34 bilhão de dólares. Segundo Informações de Varejo (RIS) da Avery
Gráficas passou a operar com um
comunicado, a aquisição melhora Dennison, que atua com identificação
novo equipamento, a impressora
a capacidade combinada da Avery de marca e soluções de gerenciamen-
Lithrone LS 640+C. Com seis
de atender aos clientes da Europa, to de cadeia de suprimento.
cores mais verniz, a máquina é
América Latina, Oriente Médio e Ásia. Avery Dennison
fabricada pela Komori, mas foi
A transação deverá ser concluída até (19) 3876-7600
vendida pela Gutenberg Máquinas
o final do ano e ainda está sujeita à www.averydennison.com.br
e Materiais Gráficos Ltda. Com o
investimento, a empresa espera
aumentar sua produtividade em Presentes e escolares reforçados
20%, informa Reinaldo Wosniak,
Klabin fornece papel cartão no mercado de papelaria
diretor-proprietário. “Optamos
pela Lithrone LS 640 + C por se Fabricante de materiais escolares e mil itens, e pretende apresentar em
tratar de um equipamento robus- caixas para presentes, a VMP está 2007 cerca de duzentos novos produ-
to e de alta performance”, ele entre os novos usuários da linha de tos no setor de papelaria.
explica. Em operação desde abril papel cartão da Klabin. O mix de VMP
último, a máquina imprime no for- produtos da empresa passou a contar (11) 6405-1444
mato 72 cm x 103 cm, em grama- com a linha Duplex XP, produzida www.vmppapeis.com.br
turas que variam de 50 g/m² a 600 com fibras curtas (eucalipto) e longas CURTAS E LONGAS
g/m². Outro destaque é o sistema (pínus). Segundo a Klabin, tal caracte- Linha Duplex XP
KHS, que prepara o perfil de tinta rística confere resistência mecânica e mistura diferentes
antes de iniciar o trabalho, simul- tipos de fibra
impressão homogênea à embalagem.
taneamente ao acerto de registro. Entre outros produtos, o Duplex XP
A impressora ainda permite fazer da Klabin é utilizado pela VMP na
a leitura online ou offline da folha confecção de pastas e caixas para
impressa pelo sistema densito- presentes. Com mais de 28 anos no
métrico ou espectofotométrico, mercado, a VMP fabrica mais de dois
garantindo alta qualidade da pri-
meira à última folha do serviço.
Ápice Agito em papéis especiais
(11) 4221-7000
VCP e Ahlstrom podem formar joint venture
www.apice.ind.br
A Votorantim Celulose e Papel (VCP), revestimento de até 80 000 toneladas
do grupo Votorantim, e a finlandesa por ano. A VCP afirmou que a negocia-
ALTA PERFORMANCE
Máquina foi negociada Ahlstrom podem formar uma joint ção é consistente com as estratégias
pela Gutenberg venture para atuar no mercado de das duas empresas. Já a Ahlstrom
papéis especiais para produção de terá a chance de alcançar sua meta de
rótulos auto-adesivo e de embalagens. expansão fora da Europa.
Ainda em andamento e sem data para Ahlstrom
término, as negociações envolvem No Brasil (19) 3878-9200
FOTOS: DIVULGAÇÃO

os papéis produzidos na unidade www.ahlstrom.com


de Jacareí (SP) da VCP, que produz VCP
105 000 toneladas por ano de papéis (11) 2138-4000
não-revestidos, com possibilidade de www.vcp.com.br

50 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


celulósicas >>> transporte

Cama versátil
Klabin oferece nova opção em palete de papelão ondulado

T
endência aquecida pelas crescentes exporta-
ções (veja EMBALAGEMMARCA nº85, setembro
de 2006), o uso de paletes de papelão ondu-
lado, em detrimento aos triviais de madeira,
ganha uma contribuição da Klabin. Uma nova versão de
estrado, mais leve e alegadamente com maior resistência,
está sendo lançada pela empresa. O novo palete de papelão
consiste na nacionalização de um modelo patenteado pela
Unipal, divisão da austríaca Mondi Packaging, que “está
entre os projetos mais eficientes do mercado mundial”,
segundo Robson Alberoni, gerente de planejamento de
mercado da área de embalagens da Klabin.
Segundo Alberoni, o principal diferencial do novo
palete é sua estrutura de construção, que garante maior
leveza em relação aos similares do mercado. O menor peso
garante redução no custo do frete. A confecção com papel
kraftliner (fibra virgem) e rigorosos controles de proces-
so afasta a ameaça de proliferação de pragas e dispensa
a necessidade de fumigação do palete nas exportações,
gerando outra vantagem de custo. O produto também é DESENHO
100% reciclável e seu descarte é facilitado pelo valor Estrutura do novo
palete, derivada de
residual da apara de papelão ondulado. “Por ser material um modelo da Unipal,
de fibra virgem, é de excelente qualidade e possui grande suporta até 1,5 tonelada
procura”, afirma Alberoni.

Fácil suspensão
No tocante à operação do novo estrado, a Klabin garante
que ele pode ser manuseado por empilhadeiras sem risco
de deformação, permitindo acesso pelos quatro lados. O
palete suporta até 1,5 tonelada, possui resistência ao empi-
lhamento vertical e pode ser convenientemente estocado
em racks (prateleiras).
Mas e o preço da novidade? Alberoni sustenta que o
produto tem custo “compatível com o dos paletes de mer-
cado, considerando-se os custos totais da cadeia logística”.
Embora não cite valores, o executivo da Klabin garante
vantagens financeiras para o cliente por uma lógica sin-
gela: a de que, num cenário de enérgicos enxugamentos
de custos nas indústrias, como o atual, não faria sentido o
lançamento de um palete mais oneroso. Seria um peso que,
FOTOS: DANIEL PINHEIRO

invariavelmente, o mercado não suportaria. (GK)

Klabin Mondi Packaging


(11) 3046-5800 +43 (01) 795-290
www.klabin.com.br www.mondipackaging.com SUSPENSÃO – Empilhadeira pode levantar o palete pelos quatro lados

52 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


marketing >>> promoção

Pizza e
diversão
Caixas viram quebra-cabeças

O
destino de embalagens de pizza para
viagens é invariavelmente o lixo. Para
mudar essa máxima, a publicitária Claudia
Kostakis criou uma forma divertida de
segundo uso para as caixas das redondas. A idéia surgiu
há cerca de um ano. “Quando pedi uma pizza em casa,
o vale-brinde da pizzaria estava impresso na tampa da
caixa, e era preciso recortá-lo”, conta a publicitária.
“Fiquei pensando se não haveria um jeito mais fácil de
tirar aquele cupom da caixa.”
Depois de nove meses de estudos de viabilidade
técnica, finalmente o projeto ficou pronto. As tampas
das caixas de papelão podem se transformar em que-
bra-cabeças, jogos infantis, porta-copos e enfeites,
entre outros usos. O papelão da tampa é picotado.
O cliente da pizzaria só tem o trabalho de destacar,
montar e se divertir. Batizado de Packostakis Pizza,
o projeto foi patenteado no Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (Inpi), com apoio do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. (FP)
Kostakis
(11) 3873-8449
www.kostakis.com.br

SEGUNDO USO
Porta-copos e quebra-
cabeças são opções
oferecidas pela
Kostakis
plásticas >>> higiene pessoal e beleza

Período fértil
Com vendas em alta, e transitando de fármaco a cosmético, sabonete líquido
ginecológico abre um flanco promissor para projetos apurados de embalagens

H
á mais ou menos cinco anos, depois Mais nova disputante da categoria, a
de sustentar por quase duas déca- Kimberly-Clark decidiu aproveitar sua marca
das seus equities de medicamen- Intimus, fortíssima em absorventes e prote-
to, o sabonete líquido ginecológico tores diários femininos, em seu sabonete só
Dermacyd, do laboratório Sanofi-Aventis, ado- para mulheres. Contando com um aporte de 20
tou embalagens despojadas da Mega Plast, com milhões de reais para marketing de apoio ao lan-
visual similar ao de cosméticos, e incorporou ao çamento, o lançamento contou com um meticu-
seu nome o posposto “Femina”. Em novembro loso projeto de embalagem. “Fizemos uma série
do ano passado, o produto, bandeirante da cate- de pesquisas para chegar ao formato anatômico
goria no Brasil, ganhou uma perfumada extensão do frasco, pensando sempre no manuseio prá-
de linha, a Delicata, com notas de jasmim, viole- tico pela consumidora”, detalha Aron, aludindo
ta, gerânio e bergamota. De dois meses para cá, à silhueta sinuosa da novidade. Fabricado em
a marca está sendo amparada por uma campanha polipropileno translúcido pela Frascomar, o reci-
publicitária de 10 milhões de reais, estrelada piente do sabonete líquido Intimus é decorado
pelo casal de atores globais Adriana Esteves e com rótulos auto-adesivos despojadamente ele-
Vladimir Brichta. gantes da Uniflexo, produzidos em filme fosco
Com fórmula suave, adequada ao asseio de polipropileno biorientado (BOPP).
vaginal, e ação anti-séptica, o Dermacyd poderia
tranqüilamente ser enquadrado como cosmecêu- Estimuladora de vendas
tico, ou seja, um cosmético inclinado a medi- Os casos do Dermacyd e do Intimus escancaram
camento. No entanto, como fica patente pelas o embate por consumidoras que tem transforma-
mudanças que vem sofrendo, é possível inverter do o perfil das embalagens da categoria. Com o
PRATICIDADE
a análise para afirmar que o produto está mais Intimus contou com emergente entendimento pelas brasileiras de que
para “farmético”. Para o Dermacyd, ficaram para pesquisas para a criação o sabonete líquido íntimo não é supérfluo e que
de sua embalagem
trás os sisudos traços de medicamento. O precur- seu uso regular é benéfico (ficha que já caiu para
sor reflete a situação vivida pela centenas de milhões de americanas
categoria, que tem se tornado mais e européias), o produto vem se alas-
concorrida e que, gradualmente, trando no grande varejo e, como é
vem tendo seus canais de venda praxe nessa transição, reforçando
diversificados, depois de passar o papel da embalagem como ala-
anos a fio cativa das farmácias. vanca de vendas. “A embalagem
A diáspora se deve em grande adquire importância cada vez
parte às investidas no negócio maior para transmitir a identida-
por indústrias de cosméticos e de e o conceito da marca e do pro-
de itens de personal care. “É um duto”, afirma Fernanda Juzenas,
mercado promissor, que cresce do departamento de marketing da
mais de 30% por ano e já movi- fabricante de cosméticos Therny,
FOTOS: DIVULGAÇÃO

menta 100 milhões de reais no desde 1998 no mercado de sabo-


Brasil”, comenta Eduardo Aron, netes líquidos ginecológicos com
diretor de Cuidados Pessoais da o Intimamente Íntimo, que conta
Kimberly-Clark. com um componente natural, o

PASSAGEM – Pioneiro, Dermacyd PROPRIEDADE – Therny agora tem


aposta em modernização da marca embalagem com molde exclusivo

54 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


extrato de melaleuca, como agente anti-séptico. Design. Os produtos da linha – Lucretin Mulher,
O Intimamente Íntimo também passou por Lucreteen (para adolescentes) e Lucretin Infantil
uma reformulação de embalagem no ano pas- – ganharam um frasco com ondulações, mais
sado, quando estreou as novas fragrâncias de ergonômico, e uma programação visual que,
morango e maçã verde, ganhando um frasco com sem jogar para escanteio os benefícios fármacos,
molde exclusivo e próprio. “O design anatômico busca transmiti-los numa linguagem amigável.
oferece praticidade e conveniência à mulher”, “A idéia foi aliar os atributos farmacêuticos a

FOTOS: DIVULGAÇÃO
Fernanda ressalta. O visual da embalagem do uma roupagem cosmética próxima da consu-
sabonete íntimo da Therny é prata da casa: midora”, sustenta Tadeu Matsumoto, diretor de
foi elaborado pela sócia-proprietária Janaina criação da agência. As definições do projeto
Accyoli Gonçalves. ganharam corpo em um frasco de polietileno
A exigência quanto ao desempenho da emba- de alta densidade, da Alcan, com tampa flip-top
lagem também marcou o lançamento do sabo- de polipropileno da Mega Plast e rótulo auto-
nete líquido Intimos, lançado em julho de 2005 adesivo, em filme plástico com
após um pré-marketing com 300 consumidoras impressão flexográfica, produ-
e desde então comercializado através de vendas zido pela Prakolar.
diretas pela cosmética paranaense Racco. “O Por sua vez, o labora-
desenvolvimento e a escolha da embalagem tório gaúcho Kley Hertz,
ZELO
envolveram estudos ergonômicos, o que resul- Frasco do Intimos, da antecipando o ciclo virtu-
tou numa pega firme, evitando que a mesma Racco, teve ergonomia oso pelo qual o sabonete
estudada
escorregue durante o banho”, conta Anderson líquido íntimo passaria,
Portes, gerente de marketing da Racco, a res- decidiu lançar mão de
peito do frasco moldado pela Mundibras. “A uma embalagem com
tampa flip-top faz com que o produto possa ser personalidade até agora
segurado com apenas uma das mãos e a simetria Alcan Packaging singular entre aquelas
da embalagem também permite que o frasco seja (11) 4075-6521 trabalhadas pela concor-
www.alcan.com.br
virado de cabeça para baixo para a utilização do rência. O Neutrogerm
conteúdo até o final”. AB Plast Íntimo estreou no merca-
(47) 3451-9103 do há três anos apresenta-
www.abplast.com.br
O remédio contra-ataca do numa embalagem com
Esmeradas, as embalagens de sabonetes gineco- Frascomar orientação upside down,
lógicos projetadas pelas marcas de cosméticos (11) 4786-5466 com a tampa funcionando
www.frascomar.com.br
cutucaram não apenas a Sanofi-Aventis e seu tra- como base.
dicional Dermacyd. Outros laboratórios M Design Convertido pela catari-
(11) 3839-0969 PIRUETA
vêm redobrando a atenção quanto nense AB Plast, o frasco, Kley busca dar
www.mdesign.art.br
às apresentações de seus pro- ornado com serigrafia, é visibilidade do
Neutrogerm com
dutos, recorrendo aos mesmos Mega Plast também menor: acondi- disposição visual
(11) 3621-4599 invertida
artifícios levados a cabo pelas www.megaplast.com.br
ciona 120 mililitros em
concorrentes para as quais, em vez dos 200 mililitros usu-
tese, se poderia atribuir maior Mundibras ais do mercado. “A consumidora, vaidosa, tem
(41) 3668-7995
familiaridade com os atributos www.mundibras.com.br
produtos diferentes para cada parte do corpo
de marketing da embalagem e cada vez menos espaço para guardá-los”,
e com os ardis para torná-la Prakolar argumenta Leandro Bignardi Rosa, coorde-
(11) 6291 6033
vendedora. www.prakolar.com.br nador de marketing da Kley Hertz. “É justo
O laboratório Farmasa, que pensemos em oferecer um produto com
por exemplo, acaba de refor- Uniflexo dimensões menores, que ela possa carregar
(11) 4789-5946
mular sua linha de sabone- www.uniflexo.com.br facilmente quando viaja”. O profissional enche
tes íntimos Lucretin com o o peito e faz questão de ressaltar uma pesqui-
apoio de uma renomada pro- sa, realizada pelo laboratório em dezembro
jetista de embalagens, a M do ano passado, com 840 mulheres. “Nossa
embalagem foi apontada como mais moderna,
JOVIAL – Lucretin é outra marca
prática e eficiente que as utilizadas pelos con-
de laboratório recém-reformulada correntes”. (GK)

56 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Osso fácil de roer
Uma engenhosa embalagem flexível dá vida a àgua para cães em passeio

G
rande incubadora de pro-
dutos voltados ao consu-
mo nômade, realizado em
movimento, os Estados
Unidos acabam de acolher o lançamen-
to de uma nova água mineral on-the-
go, cuja embalagem facilita a ingestão
em trânsito. Nenhuma novidade até aí,
não fossem água e embalagem desen-
volvidas para deslocamentos de...
cães. Enriquecida com vitaminas, a
água Wetbone, da Wetbone Company,
estreou em abril no mercado ameri-
cano numa inovadora bolsa plástica,
que funciona como vasilha portátil nos
passeios com o cachorro.
Em formato estilizado de osso, o
FOTOS: DIVULGAÇÃO

invólucro é dotado de dois compar-


timentos: um reservatório, na parte
inferior, e um receptáculo no topo
que funciona como uma tigela, para a
TUTANO E PELE – Água é enriquecida com vitaminas; pouch tem formato de osso e fica em pé
bebericação direta pelo animal. Uma
membrana de polietileno, selada a a embalagem é produzida pela Ampac temperatura exata, para que os furos
quente nas paredes internas da emba- Flexibles com volume para 16 onças não se fechassem com a migração de
lagem, separa os compartimentos. líquidas (cerca de 475 mililitros). A calor dos pontos de contato. A criação
Quatro pequenos furos na selagem Ampac realizou uma série de estudos dos canais em um ângulo que não
criam um canal de vazão, permitindo o e criou diversos protótipos até chegar a comprometesse o envase da embala-
transbordo da água para a tigela. Para uma solução adequada, que atendesse gem foi outro ponto crítico do projeto.
oferecer o produto ao animal, deve-se com custo viável à idéia dos donos da “Levamos, no total, dois anos nesse
rasgar uma tira micro-serrilhada e abrir Wetbone, Sue Tyska e Tony Tropea. trabalho”, diz Herlehy.
o zíper integrado ao topo da embala- “Foi um conceito de difícil execução”, A inclusão da membrana interna
gem. O acompanhante do cão aperta comenta Steve Herlehy, da área de num ponto exato, definindo o tamanho
o reservatório com uma mão, fazendo vendas da Ampac. da tigela, também demandou atenção.
a água passar à tigela, e comprime o “Cães bebem com a língua e quería-
topo da bolsa com a outra, formando Pulo-do-gato: modificação mos oferecer um recipiente que não
uma abertura para o animal inserir o Entre os desafios estava o de encontrar fosse muito fundo nem muito raso para
focinho (veja a foto e o infográfico na uma estrutura que fosse rígida o sufi- eles”, explica Sue Tyska. “Optamos
pág. ao lado). ciente para permitir à bolsa ficar em pé por um tamanho médio, e por isso
As “comportas” da selagem permi- e suportar testes de quedas. acreditamos que o conceito funcionará
tem o refluxo da água, caso o animal O pulo-do-gato, porém, se deu na com cães de todos os portes”. O proje-
não sorva todo o líquido da tigela. modificação da estação de selagem to gráfico da embalagem foi concebido
Fechando-se o zíper, a bolsa pode ser a quente, para a criação dos canais pelo diretor Tony Tropea, e é impresso
transportada para novos refrescamen- de vazão com o tamanho apropriado. em rotogravura em cinco cores. “A
tos do totó. Engenheiros da Ampac tiveram de decoração, aliada à metalização do
Estruturada em poliéster/alumínio/ modificar lâminas de selagem para alumínio, cria uma forte presença em
polietileno de baixa densidade linear, se certificarem do emprego de uma gôndola e destaca nossa marca”, enten-

58 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


de Sue. O preço de varejo da água é de
1,99 dólar. Que nem maré
A associação americana de fabri- Como funciona a “bolsa-represa” da Wetbone
cantes de produtos para animais de
HIDRATAÇÃO
estimação calcula que existam 73,9 Ajuda do dono
milhões de cães nos Estados Unidos, forma a tigela
com água
que fizeram girar 38 bilhões de dólares
em rações e artigos diversos em 2006.
“Mais de 70% dos donos passeiam e
viajam com seus cães e a hidratação é
essencial para a saúde canina”, alardeia
a sócia-proprietária da Wetbone. “Com
merecimento, o animal agora pode
desfrutar de uma embalagem como a
das águas para humanos: portátil, leve,
resselável e de fácil uso.” O mesmo
conceito de embalagem, em patente- 1 Micro-serrilha a laser
amento, será utilizado em novas bebi-
Zíper para consumo
das para cães da Wetbone – uma água 2 parcelado do produto
com ação dentifrícia e um energético,
Sistema de alimentação
para cães atletas, prometem ser lança- 3 da água (membrana
dos nos próximos meses. (GK) com canais de vazão)

FONTE:AMPAC
Ampac Flexibles 4 Água com vitaminas
www.ampaconline.com

maio 2007 <<< EmbalagemMarca <<< 59


Onda da “Ka-shah-sah”
Cachaças de alta nobreza começam a se tornar hit de consumo nos
Estados Unidos – mas com marcas e embalagens que não são brasileiras

O
s Estados Unidos não são uma espécie de estratégia consensu-
um auspicioso mercado al de marketing, voltada a envolver
para o etanol brasilei- a cachaça e a caipirinha (respecti-
ro somente na forma de vamente “ka-shah-sah” e “kie-pee-
combustível para automóveis – ou reen-yah”, na didática da pronúncia
seja, como commodity. Frutos, em anglófona divulgada pelas campanhas
geral, de parcerias costuradas por publicitárias dos produtos) em des-
empresários americanos e brasileiros tilado e coquetel da moda, cheios de
radicados lá fora com alambiques glamour. As empresas por trás das
mineiros e paulistas, certas cachaças “cachaças imigrantes” têm investido
de luxo vêm ganhando destaque no alto em mídia e em badaladas festas de
país de George Bush, sinalizando divulgação nas principais metrópoles
uma oportunidade de ouro para o americanas. “Cachaça é consumida
derivado etílico da cana-de-açúcar nos Estados Unidos principalmente
nacional. Curiosamente, as cachaças em caipirinhas, e o público de coque-
em voga por lá são de marcas aliení- téis tem em geral de 25 a 40 anos
genas aos entusiastas das branquinhas e bom nível sócio-econômico”, diz
de cá. Leblon, Água Luca, Cabana e Márcio Silveira, diretor de operações
Beleza Pura são algumas delas. Essas da Leblon, cachaça originária de alam-
grifes de cachaça for export apre- biques de Minas Gerais e engarrafada
sentam ainda um outro aspecto em na França (e que, numa via inversa,
comum. Suas garrafas são de vidro deverá começar a ser comercializada
extracristalino, com bases proemi- no Brasil a partir de julho). “Por isso,
nentes e rótulos em serigrafia de alta promovemos nossa bebida como pro-
nobreza, todas elas fabricadas pela duto de luxo e imagem, e a embalagem
francesa Saverglass. tem a função primordial de transmitir
Tais características, segundo o as idéias de beleza e classe.”
português Bruno Paes de Botton, que
na Saverglass responde pela gerência Peça decorativa
da divisão ibérica, geralmente encar- “Cachaça e caipirinha estão hoje na
regada dos projetos de embalagens moda como a tequila e a margarita
para bebidas brasileiras, “são hoje estiveram há dez anos”, entende o
praticamente exigências do mercado americano Joseph Bowman, sócio-
americano de destilados brancos de diretor da Água Luca, outra cachaça
alta nobreza”. “Basta verificar que premium que faz sucesso nos Estados
FOTOS: DIVULGAÇÃO

todas as boas vodcas premium vendi- Unidos. Bowman se empolgou com


das nos Estados Unidos são acondi- a bebida após conhecê-la através
cionadas assim”, aponta o executivo. de amigos brasileiros, viajou para o
Mas as garrafas da vidraria francesa, Brasil atrás de fornecedores e resol-
de alta sofisticação, não têm ape- veu acondicionar seu produto numa
nas cumprido a tarefa de adequar as embalagem “singular, que se tornasse
cachaças ao perfil de apresentação símbolo da marca.”
STATUS – Oriunda de Minas Gerais,
dos white spirits americanos. Leblon é posicionada como
Com o auxílio de uma consultoria,
O capricho na embalagem apóia bebida “de luxo e imagem” que dispunha de uma rede global de

60 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


especialistas em design, marketing, ostenta um visual mais despojado.
moda, filosofia, semântica e antropo- “Vejo o Brasil não só como um país
logia, a garrafa da Água Luca foi con- exótico e sensual, mas também luxuo-
cebida para se destacar nas prateleiras so e sofisticado”, comenta o americano
dos bares de restaurantes e boates, Matti Anttila, fundador e presidente
especialmente quando iluminada por da Cabana Cachaça. “Por essa razão,
trás ou pela base. “O resultado supe- pedimos a Andrew Wolf, o designer da
rou as expectativas”, conta Bowman. nossa embalagem, para não se prender
“Para se ter idéia, recebemos telefo- aos verdes e amarelos carregados das
nemas e e-mails o tempo inteiro com embalagens concorrentes. Quanto à
pedidos de embalagens por pessoas garrafa,” esclarece Anttila, “foi preco-
que querem usá-las como elementos nizado um formato funcional, prático
decorativos em suas casas.” para os bartenders.”
Em contraste com as garrafas da Também diferentemente da Leblon
Leblon e da Água Luca, que usam e e da Água Luca, a Cabana é engarra-
abusam das cores icônicas no Brasil, a fada no Brasil – a cachaça é maturada
embalagem de outra cachaça ascenden- nos alambiques da família Cestari,
te no mercado americano, a Cabana, em Jaguariúna (SP). “O envase na
origem é muito importante para nós,
pois reforça o apelo da marca e do
produto”, diz Anttila.

Perspectiva animadora
Lançada em junho de 2006, a Cabana
teve seu volume de produção quadru-
plicado desde então e recentemente
ganhou o mercado europeu. Anttila se
esquiva de divulgar o volume de pro-
dução de sua bebida, mas calcula que DIFERENTE – Garrafa da Cabana
hoje são vendidas 150 000 caixas de Cachaça se abstém do verde-amarelo
cachaça por ano nos Estados Unidos
(1,8 milhão de garrafas). “Deverão Silveira, da cachaça Leblon.
ser 750 000 caixas já em 2010”, Aos empreendedores que decidi-
JET-SET – Garrafa cheia de estilo participa prevê o empresário. rem tentar a sorte na América com
da “glamourização” da Água Luca, apoiada
por eventos de promoção (abaixo) EMBALAGEMMARCA tentou conta- cachaça, uma coisa é certa: até pela
tar os proprietários de outras exitosas evidência das marcas como a Leblon,
marcas de brazilian rum, a designa- a Água Luca e a Cabana, o visual
ção de apoio comercial das “cacha- do produto deverá ser pensado com
ças americanas”. No entanto, muitas cuidado. “Sem embalagem especial
requisições emperraram quando estes a cachaça não passará de mais um
souberam que a reportagem seria vei- produto alcoólico com dificuldade
culada no Brasil. de afirmação de personalidade no
A atitude leva à suposição de que acirrado mercado americano”, enten-
se teme a divulgação de um pote de de Bruno de Botton, da Saverglass,
ouro ainda pouco explorado pelas emendando uma boutade alusiva à
destilarias brasileiras – ao que vale competitividade acirrada do mercado
lembrar que, do 1,3 bilhão de litros de americano de bebidas. “Não se pode
cachaça produzidos por ano no Brasil, entrar numa corrida de Fórmula 1 com
somente 1% é exportado, segundo um automóvel popular.” (GK)
a Associação Brasileira de Bebidas
(Abrabe). “Cerveja e uísque estão em
Saverglass
queda nos Estados Unidos, e cachaça +351 (21) 924-8060
é a grande novidade aqui”, assegura www.saverglass.com

62 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


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Comprint 14 e 15 (11) 3371-3371 www.comprint.com.br
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64 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007


Sempre que recebo meu exemplar de EmbalagemMarca, não deixo
para ler depois. Leio do começo ao fim, não só por ter uma apresen-
tação atraente e limpa, ser bem impressa e de leitura agradável. A
revista é uma rica fonte de informações, com reportagens, artigos
e entrevistas consistentes, novidades e tendências de mercado no
Brasil e lá fora, apresentados de forma equilibrada, sem bajulações e
sem cair na tecnicidade exagerada.
Para um profissional de design, um aspecto fundamental numa
publicação, além da boa diagramação, é que tenha indicações de
fornecedores e como encontrá-los facilmente – e também isso
EmbalagemMarca oferece. Tenho a coleção completa da revista,
uma fonte permanente de consulta que indico sempre a clientes e a
alunos quando ministro aulas.

Sara de Paula Souza, diretora da HI-Design

É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.


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www.hi-design.com.br www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533
Almanaque
Personagem adiante de seu tempo O conde e elas
Em 1972, o governo militar iniciou uma Embalagens tiveram papel mar-
campanha educativa para incentivar cante na vida do italiano Francesco
a higiene e manter limpas as cidades Matarazzo (1854-1937), figura
brasileiras. A estrela dos comerciais do célebre na industrialização brasi-
Ministério da Saúde era o personagem leira. Considerada um divisor de
Sujismundo, um cidadão muito simpáti- águas para a construção daquele
co, mas que andava sempre sujo e joga- que viria a se tornar em poucos
va na rua as embalagens do que consu- anos o maior conglomerado indus-
mia. Vivia doente. A idéia da campanha, trial latino-americano, a abertura
que tinha o slogan “Povo desenvolvido é de um moinho em São Paulo, no
povo limpo”, era que Sujismundo fosse início do século 20, levou o conde
um exemplo de mau comportamento. O Matarazzo a adquirir máquinas de
personagem foi criado por Ruy Perotti tecelagem para ensacar farinha.
(1936-2005), protagonizou campanhas A capacidade ociosa da sacaria
por alguns anos e chegou a ter sua revertia em tecidos diversos, que
própria revista em quadrinhos. Com a eram vendidos
conscientização ambiental à toda, hoje a entrepostos
Sujismundo certamente teria muito mais têxteis. Por sua
espaço do que em seu tempo. vez, as semen-
tes do algodão
consumido

Bingo vendia Coca-Cola e gibis


pela tecelagem
viraram maté-
rias-primas de
Em 1977, a Coca-Cola e a Editora Abril uma refinaria. O “pé”, um subpro-
lançaram uma promoção para conquis- duto do óleo de algodão usado na
tar jovens consumidores de refrigeran- fabricação de sabão, inspirou o
tes (e de gibis): a Bingola Disney, um mergulho no ramo de sabões. Pre-
must entre a garotada. Era um jogo cisando de caixotes e latas para o
de bingo, onde as peças numeradas negócio, o conde investiu em ser-
traziam personagens de Walt Disney rarias e numa metalúrgica. Dessas
impressas na parte interna das tampi- iniciativas em cascata, a fabricação
nhas de Coca-Cola e Fanta. As cartelas de embalagens metálicas alçou vôo
vinham nos gibis da Disney, editados próprio e se fortificou. No fim dos
pela Abril. Na época, os refrigerantes anos 90, a Metalúrgica Matarazzo
eram vendidos apenas em garrafas de contava com doze unidades indus-
vidro retornáveis (a primeira Coca-Cola triais. Foi quando se fundiu com a
em lata de aço só apareceu em 1981). Rimet, dando origem à atual Com-
panhia Brasileira de Latas (CBL).

Helvetica completa 50 anos


Dia 6 de abril último, uma das fontes prou os direitos da fonte e renomeou-a
tipográficas mais utilizadas no mundo como Helvetica, derivação de Helvetia,
completou 50 anos. A primeira versão, o nome latino da Suíça. Neste meio
criada por Max Miedinger e Edou- século, a Helvetica tornou-se uma das
ard Hoffmann para a tipografia suíça fontes mais utilizadas no design gráfico
Haas’sche Schriftgiesserei, foi e inúmeras outras famílias tipo-
apresentada ao público em gráficas surgiram baseadas
1957, na Feira Graphic, realiza- nela. A mais conhecida é a
da em Lausanne, na Suíça. Na Arial, adotada pela Microsoft
época, foi batizada de Haas como uma das fontes básicas
Grotesk. Em 1961, a fundição do Windows e uma das mais
alemã D. Stempel AG com- utilizadas na internet.

66 >>> EmbalagemMarca >>> maio 2007

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