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EDITORIAL A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOR
A
equipe de EMBALAGEMMAR-
www.embalagemmarca.com.br Assistente de arte: José Hiroshi Taniguti | hiroshi@embalagemmarca.com.br trias de bens de consumo, tais como alimentos,
bebidas, cosméticos e medicamentos.
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Juliana Lenz | assinaturas@embalagemmarca.com.br necessariamente a opinião da revista.
Assinatura anual: R$ 99,00
SUMÁRIO Nº 100 DEZEMBRO 2007
12 Medicamentos
Simei 18
Pílulas contra disfunção erétil
criadas no Brasil adotam sistema Feira italiana funcionou como um painel
anticontrafração superavançado das alternativas à rolha de cortiça para
em suas cartelas o fechamento de garrafas de vinho
Tendências e Perspectivas 28
54
O que o ano de 2008 reserva para usuários,
fornecedores e consumidores finais de embalagens
Bebidas
O panorama macroeconômico 30 Com tampa maior e com rosca,
Velho Barreiro atende demanda dos
Entrevista: Miguel Jorge 34 consumidores por maior escoamento
de cachaça e melhora segurança
58 Leites
Lançamentos de laticínio mineiro
prenunciam uma maior competitividade
na praia das cartonadas assépticas
Internacional 62
Eventos 68 Assim como nas latas de alumínio,
indicador de temperatura já pode
Calendário dos eventos no ser aplicado a embalagens de aço
setor de embalagens em 2008
Na web 8
O que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br
e a e-newsletter semanal levam aos internautas
Equipamentos 16
Bens de capital para linhas de embalagem
Panorama 26
Movimentação do mundo das embalagens e das marcas
Painel Gráfico 56
Produtos e processos da área gráfica
para a produção de rótulos e embalagens
Display 64
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
Índice de anunciantes 72
Relação das empresas que veiculam peças publicitárias
Almanaque 74
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
www.embalagemmarca.com.br
NA WEB
Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da
revista levaram aos internautas no mês de novembro.
> INTERNACIONAL
Perfume de beber
Meio destilado, meio xão com seu público-alvo,
> NORMAS
champanhe, alardeado as mulheres, de forma
Visivelmente transgênico como “o primeiro licor engenhosa.
frisante de vodca do Cor-de-rosa, a bebida
Conforme decisão da Justiça Federal, em Brasília,
mundo” e em ascenden- é acondicionada numa
todo alimento transgênico, ou seja, que contiver
te sucesso nos Estados espécie de frasco gigante
organismos geneticamente modificados (OGMs),
Unidos e na Europa, o de perfume, fabricado
deverá dispor claramente essa informação em sua
Nuvo promete virar case pela vidraria francesa
embalagem. Antes, apenas produtos com mais de
de estudo em seminários Saverglass. Como é típico
1% de transgenia atendiam a essa obrigação. A
de marketing. Criação das fragrâncias, a emba-
revisão da norma é fruto de ação do Instituto de
do mixologista Raphael lagem ostenta a epígrafe
Defesa do Consumidor (Idec).
Yakoby, um georgiano “For her” (“para ela”, ver-
Acesse o texto na íntegra em
radicado em Nova York, o tendo-se ao português). A
www.embalagemmarca.com.br/transgenico
Nuvo é uma bebida ice de decoração da embalagem
luxo que cria uma cone- é toda feita em serigrafia.
Acesse o texto na íntegra em
> REPAGINAÇÃO www.embalagemmarca.com.br/perfumedebeber
Novo site da Renda
Tradicional fabricante de embalagens metálicas, > DATAS
a Indústrias Reunidas Renda reformulou seu
website (www.renda.com.br). Além de oferecer
Morre o inventor do Gatorade
mais interatividade com o público, o site apre- O americano Robert Cade, que em 1965 inventou
senta o novo braço de negócios da fornecedo- a bebida isotônica Gatorade, morreu aos 80 anos,
ra, a Rendaplast, especializada em embalagens no dia 26 de novembro, devido a problemas renais.
plásticas. O nome da bebida faz referência ao time de futebol
Acesse o texto na íntegra em americano Florida Gators, da Universidade da Flórida
www.embalagemmarca.com.br/siterenda (na ilustração, o mascote da equipe), onde Cade
criou a fórmula de Gatorade. Calcula-
se que em 2006 a bebida rendeu 7
bilhões de dólares à Pepsico, atual
detentora da marca Gatorade.
Acesse o texto na íntegra em
www.embalagemmarca.com.br/gatorade
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Nosso boletim eletrônico, gratuito, é
publicado todas as quintas-feiras.
A
condicionar produtos em emba-
lagens secundárias poliédricas de
papel cartão é um procedimento
antiqüíssimo da atividade farma-
cêutica. Diante disso, dá para ima-
ginar farmácias desprovidas de cartuchos carto-
nados? Para a paulistana Walpack, especializada
em moldagem por vacuum forming de blisters
para medicamentos, dá. A transformadora vem
tentando difundir entre laboratórios uma família
de blisters de PVC projetada para substituir car-
tuchos na apresentação dos mais variados tipos de
remédios. Direto ao ponto, a linha recebeu o nome
comercial de Sem Cartucho.
De acordo com a Walpack, seis grandes labo-
ratórios demonstraram interesse na novidade e já a Proposta da Walpack é
balançar a hegemonia
estão testando ou se encontram em vias de iniciar do cartucho...
tryouts em suas linhas de produção.
Possibilidades variadas
A fornecedora garante que os blisters têm custo ...com proposta
alegadamente mais
competitivo diante dos cartuchos celulósicos e moderna de apresentação
contam com trunfos significativos. Um deles é a
transparência, que, no ponto-de-venda, permite ao
consumidor visualizar o conteúdo da embalagem
sem ter de abri-la. Outro destaque é a versatilidade
de exposição. “O Sem Cartucho pode ser exposto
Walpack Promaler
em unidades sobrepostas, em gancheira ou em (11) 6168-5990 (11) 3936-2342
pé, como display de balcão”, ilustra o engenheiro www.walpack.com.br www.promaler.com.br
Jacques Salib, responsável técnico pelas embala-
gens na Walpack (veja a imagem ao lado).
Há onze formatos padronizados do Sem
Cartucho. Para fármacos fotossensíveis, existem
opções na cor âmbar ou envolvidas com filme
FOTOS: CARLOS CURADO / BLOCO DE COMUNICAÇÃO
Já de prontidão
Invenção brasileira para combater a GA
ÇÃ
O
V
ergonha e receio são sempre apon-
tados como fortes motivos da negli-
gência masculina quando o assun-
Inédito no Brasil, sstrip
to é disfunção erétil. Mas, no holográfico evita violações
Brasil, onde se estima que e, segundo fornecedor, é
irreprodutível
somente 1,7 milhão dos cerca de 9
milhões de homens com problemas
de ereção recorram aos medicamentos
apropriados, o fator preço também conta. transparente de PVDC da Perlen é enviado para
Criação brasileira, o Helleva, do laboratório a Kurz, na Alemanha, onde recebe o hologra-
paulista Cristália, quer se aproveitar da situação, ma. Depois, retorna para a Suíça, para então
oferecendo-se como opção econômica aos block- ser enviado, bobinado, para o Brasil”, detalha
busters mundiais desse ramo farmacêutico, como Vitor de Oliveira, gerente técnico-comercial
Viagra, Cialis e Levitra. Além do preço mais em da Selectchemie. Na planta de Itapira (SP) do
conta, o novo remédio promete se diferenciar Cristália, o dispositivo é aplicado nos blisters do
da poderosa concorrência com uma garantia de Helleva, produzidos pela paulista Blisterpack. Os
autenticidade. Ocorre que sua embalagem apre- blisters, por fim, são acondicionados em cartuchos
sentará um sistema antipirataria ainda inédito no de papel cartão da Gráfica Brogotá.
Blisterpack
mercado nacional. (11) 4067-5620
As bordas dos blisters das duas versões do www.blisterpack.com.br Todo um itinerário
Helleva, com 2 ou 4 comprimidos, dispõem de Segundo Oliveira, o Cristália é um dos primeiros
Gráfica Brogotá
tiras com um holograma tridimensional, com (11) 3743-0055 laboratórios no mundo a adotar esse sofisticado
quatro cores, embutido. Tais tiras são construídas www.brogota.com.br sistema antipirataria.
através de uma espécie de ensanduichamento de Mas, por ser moderno e, naturalmente, caro,
Kurz
uma avançada fita holográfica da alemã Kurz, (11) 3871-7340 tal dispositivo não compromete a diretriz de pre-
conhecida fabricante de películas para hot stam- www.kurz.com.br ços mais em conta do Helleva? Portela diz que
ping e de dispositivos de autenticação, entre o Perlen Converting AG
não, pois como o medicamento foi todo desenvol-
foil de alumínio primário do blister e um filme +41 (41) 455-8800 vido no Brasil, a desobrigação de pagamento de
especial de PVDC (polidicloreto de vinilideno), www.perlen-converting.com royalties alivia o custo produtivo e propicia inves-
transparente, da suíça Perlen Converting AG. “De Selectchemie timentos em desse naipe. “Houve, recentemente,
tão sofisticado, esse dispositivo é virtualmente (11) 5591-2300 ruidosos casos de apreensão de produtos falsifica-
impossível de ser replicado ou retirado da embala- farma@selectchemie.com.br dos do mesmo gênero do Helleva”, lembra o exe-
gem sem deixar sinais claros de violação”, explica cutivo do Cristália. “Por isso, o consumidor está
Marcello Portela, gerente de produto da Divisão mais exigente quanto à autenticidade do medica-
Farma do Cristália. mento”. Já aprovado pela Anvisa, o Helleva está
O dispositivo de segurança do Helleva é ofe- na iminência da chegada às farmácias, com um
recido no mercado nacional pela Selectchemie, preço “pelo menos 25% menor”, assegura Portela,
representante regional da empresa suíça. “O filme que o do líder de mercado Viagra.
Octogenário irrequieto
Com novas embalagens, Leite de Rosas se moderniza
Q
uase às vésperas de completar 80 1985
anos, o popular Leite de Rosas
passa por nova mudança em sua
apresentação. É a décima de uma
quase sistemática série de atua-
lizações no recipiente desde o lançamento do 1978
produto, em 1929, sempre feitas sem perda das
chamadas equities,, as características básicas que
o tornam inconfundível – não obstante as incon-
táveis imitações que acompanham a trajetória da
marca (veja quadro). Atual
O visual do Leite de Rosas não passava por
mudanças desde 1985. Na decoração em serigra- Novas embalagens
preservam as marcas
fia dos frascos de polietileno de alta densidade registradas do
(PEAD), as quatro pétalas de rosa estilizadas que Leite de Rosas, que
periodicamente passa
lembram um coração e ficavam abaixo do logoti- por mudanças na
po nas embalagens foram substituídas pela figura apresentação
Diferenciação no encaixotamento
Uma novidade da italiana Bortolin lão ondulado, deixando o topo aber- equipamento. No caso de bebidas, Bortolin Kemo
Kemo promete dinamizar o encaixo- to, em velocidades máximas de 500 o módulo de inserção permite a (54) 3451-1693
www.bortolinkemo.com
tamento de embalagens nas saídas montagens por hora em ciclo sim- disposição de garrafas na orientação
de produção de indústrias de bebi- ples (900 por hora em ciclo dobra- tradicional ou de cabeça para baixo.
das e de outros produtos. A 3EST é do). Em seguida, separadores de É possível alternar a disposição de
uma encaixotadora que reúne, numa unidades podem ser inseridos nas cada unidade numa mesma caixa
estrutura monobloco, três opera- caixas, com o sincronismo com a (veja a foto em destaque). A Bortolin
ções. Um primeiro módulo faz a armação das caixas eletronicamente Kemo é representada no Brasil pela
armação parcial das caixas de pape- controlado. Por fim, o destaque do Sava Equipamentos Industriais.
Construção monobloco
agrupa três operações
para encaixotamentos
Multivac
(11) 3051-3400
www.multivac.com
A
celerado nos últimos anos, o desen- metálicas, plásticas e de vidro ganham cada vez
volvimento do mercado brasilei- mais adeptos – e já não se trata de um fenômeno
ro de vinhos não promete apenas isolado a bolsões vinícolas emergentes, como
encurtar distâncias para as grandes o australiano, onde tampas “de nova geração”
potências da área em volumes de beliscam os 80% de market share. Até os países
produção e de consumo. No quesito embalagem, com grande tradição vitivinicultora vêm sendo
por exemplo, a vinicultura nacional ainda assiste, engolfados por essa tendência, como escanca-
de longe, ao movimento global de diversificação rou a 22ª edição do Simei – Salão Internacional
no fechamento de garrafas. Aqui, a tradicio- de Máquinas para Enologia e Engarrafamento,
nalíssima rolha de cortiça segue basicamente ocorrida de 13 a 17 de novembro no Centro de
inconteste. Lá fora, rolhas sintéticas, tampas Exposições de Rho, em Milão.
sobretampa
plástica
selo de
alumínio
FOTOS: DIVULGAÇÃO
dos furos fica posicionada uma membrana regu-
ladora, que controla a interação entre bebida e
oxigênio
Caravana é um alento
furos
membrana Missão brasileira visitou o Simei e conferiu as novidades
O 22º Simei – Salão Internacional região responsável por cerca de 90%
Korked de Máquinas para Enologia e da produção nacional de vinhos. “Como
adaptou
mecanismo Engarrafamento, realizado em meados muitas dessas empresas nasceram da
de de novembro em Milão, pode representar colônia italiana, a Itália exerce uma forte
oxigenação
um divisor de águas em termos de tec- influência sobre a atividade vinícola
de rolha
sintética nologia de fechamento para vinhos no nacional”, explica Janice Teresa Rota,
para tampa Brasil. Sucede que o evento, fortemente diretora-geral da Câmara de Comércio
de rosca.
Furos no topo pautado neste ano por alternativas à Italiana no Rio Grande do Sul, que pela
deixam a rolha de cortiça, contou com a presença sétima vez organizou a caravana à Simei.
Korked Spin
“respirar” de uma delegação brasileira, formada Profissionais de importantes vinícolas
por sessenta profissionais de 45 empre- nacionais, como Aurora, Valduga e Miolo,
sas vitivinicultoras da Serra Gaúcha, participaram da missão.
E
m meio à forte divulgação de tampas sinté-
ticas para garrafas de vinhos no 22º Simei
– Salão Internacional de Máquinas para
Enologia e Engarrafamento, realizado em
meados de novembro em Milão, a partici-
pação da portuguesa Amorim Corticeira, maior produtora
mundial de rolhas de cortiça, não se pautava pela resigna-
ção. A empresa fez questão de promover suas iniciativas
para erradicar os “fungos de rolha” que geram o TCA
(tricloroanisol), substância responsável pelo azedamento
do vinho engarrafado – problema que vem influindo na
ascensão dos fechamentos concorrentes.
Nesse campo, a principal conquista da Amorim é a
tecnologia ROSA (Rate of Optimal Steam Application).
De forma resumida, trata-se de um processo de injeção
de vapor controlado que expulsa o TCA das rolhas sem
danificá-las.
A descoberta de que o TCA é volátil perante a presença
do vapor d’água surgiu de pesquisas científicas bancadas
pela Amorim, que diz ter investido “milhões de euros” em
estudos desse tipo nos últimos anos. Uma promessa é a
eliminação do TCA pela destilação por vapor. Esse proces-
so é brandido como mais eficaz, mas ainda é caro – e as
rolhas sintéticas vêm ganhando mercado muito em função
do apelo de preço. “As opções sintéticas têm conquistado
espaço, é verdade, mas nunca vendemos tanto, em volu-
me, como hoje”, diz Carlos de Jesus, gerente de marketing
da Amorim. “É quixotesco julgar que a rolha tradicional
esteja, de algum modo, ameaçada.” (GK)
Amorim Corticeira
+ 351 (22) 747-5500
www.amorimcork.com
www.embalagemmarca.com.br
PANORAMA
FOTOS: DIVULGAÇÃO
MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
Edição: Guilherme Kamio
CODIFICAÇÃO
Corrida pelo
aliviamento
Surge uma nova embalagem ultraleve
Parece ter sido deflagrada uma produtos cujas embalagens
corrida mundial para ver quem podem representar até 70% do PLÁSTICOS
MEDICAMENTOS INOVAÇÃO
Produção de protótipos de
embalagens inteligentes para
indústria de alimentos a partir do Suzano
desenvolvimento tecnológico de filmes Petroquímica
de polipropileno com extratos naturais
indicadores de pH
Desenvolvimento de embalagem
inteligente de poliolefinas
Braskem
BIOPLÁSTICOS
Tendências e
Perspectivas 2008
Os rumos do setor
Por Wilson Palhares e equipe EmbalagemMarca
A
nte um conjunto de fatos positivos, capazes até de compensar
problemas de infra-estrutura e tradicionais mazelas econômi-
cas do Brasil, o sentimento generalizado sobre o andamento
dos negócios no ano que vem, inclusive no setor de embala-
gem, é de otimismo (com as cautelas de sempre).
Nesta nona versão de Tendências e Perspectivas, que
EMBALAGEMMARCA oferece todos os anos a seus leitores com vistas a indicar dire-
ções que ajudem no planejamento das atividades dos profissionais do packaging
para os doze meses seguintes, são apresentados o panorama macroeconômico;
uma entrevista exclusiva com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge,
além do cenário e das oportunidades possíveis para o setor.
O comportamento do consumidor, essencial em qualquer projeção deste tipo,
permeia toda a reportagem, que é complementada por uma sondagem de tendên-
cias internacionais de consumo. Esta foi feita especialmente para EMBALAGEM-
MARCA pelo Global New Products Database (GNPD) da Mintel, do Reino Unido,
que acompanha lançamentos de produtos no mundo inteiro.
“Agora vai”
A
o contrário de 2006 e na mão em volume e em variedade.
inversa de expectativas que pre- Tanto nas entrevistas feitas especifica-
dominavam no início de 2007, mente para a produção deste serviço quanto
o conjunto da economia bra- no acompanhamento diário dos acontecimen-
sileira encerra o ano em ritmo tos registrados na cadeia produtiva, EMBALA-
quente e com fundamentos em boa parte GEMMARCA captou um sentimento generaliza-
consolidados, de modo a do de crença na estabilida-
permitir prognósticos de
desempenho positivo em
O panorama se de, no fim do sobe-e-desce
que sempre marcou o andar
2008. O panorama se reve- revela bastante da carruagem dos negócios
la bastante favorável para no Brasil.
as indústrias de bens de favorável para as
alto consumo, e isso, para indústrias de bens Rentabilidade cresce
uma análise pelo prisma do No que se refere às emba-
interesse de fornecedores de alto consumo, lagens, dando mais um aval
e usuários de embalagens, e isso, pelo pris- a esse sentimento, na apre-
deve ser visto como uma sentação do último estudo
abertura de boas oportuni- ma do interesse feito pela Fundação Getúlio
dades.
Se fosse necessário sin-
de fornecedores Vargas para a Associação
Brasileira de Embalagem
tetizar em duas palavras as e usuários de (Abre), relativo ao primei-
projeções feitas por pro-
fissionais consultados pela
embalagens, deve ro semestre de 2007, o eco-
nomista Salomão Quadros
equipe de EMBALAGEMMAR- ser visto como lembrou que o desempenho
CA para a elaboração desta
reportagem de Tendências
uma abertura de do setor registrou cresci-
mento de 2,71% em sua
e Perspectivas, a nona da oportunidades produção física, no primei-
série iniciada em 1999, as ro resultado positivo desde
mais adequadas talvez fossem “agora vai”. o quarto trimestre de 2004. Apoiado nesse
Com emprego e renda do consumidor em desempenho e sobretudo no andamento pro-
alta, novos contingentes de compradores, missor da demanda interna de bens de con-
massa salarial adensada, fortes entradas de sumo, Quadros sentiu-se seguro para afirmar
capitais e investimentos produtivos no país, que “o cenário deste ano mostra perspectivas
crédito farto (para o consumidor) e inflação positivas” para o setor.
controlada, a demanda interna e as expor- Nem mesmo os elevados juros cobrados
tações deverão permanecer aquecidas e a das empresas, que colocam na esfera da
oferta de produtos continuar se ampliando quase insensatez o recurso a financiamen-
Fator de atração
A questão cambial, com o real valorizado em
relação ao dólar, prejudica por um lado os
exportadores, que perdem competitividade
perante concorrentes estrangeiros, mas em
contrapartida os obriga a buscar nos proces-
sos e na tecnologia aquele fator diferencial.
Na balança comercial, mesmo com as impor-
tações superando as exportações, a leitura é
em geral positiva, já que a composição de
itens internados é muito robusta em bens de
capital – em duas palavras, em tecnologia e
em produtividade. Ademais, o real valorizado
e a elevação do poder de compra estimulam
fortemente o consumo interno. Registre-se
que isso ocorre em todas as faixas sócio-eco-
nômicas, compondo forte fator de atração de
investimentos de multinacionais, muitas das
quais passaram a ter no Brasil uma de suas
bases mais rentáveis.
As sondagens e análises não especifi-
cam como esses movimentos se traduzem
no setor de embalagem. No entanto, com
base na observação cotidiana desse universo,
EMBALAGEMMARCA não hesita em afirmar que
nele as coisas não são muito diferentes do
quadro geral. São constantes as manifesta-
www.embalagemmarca.com.br
Tendências e
Perspectivas 2008
N
a abordagem das questões básicas da infra- se dizer que a atual fase não é mais um “vôo de galinha”?
estrutura do país, como a situação de estra- E com base em que se poderia afirmar isso?
das e portos, matérias-primas, energia e Os números e o comportamento da economia nos últimos
aspectos da macroeconomia, imprescindí- três anos, principalmente, têm mostrado que o processo
veis neste estudo de Tendëncias e Perspecti- de subida e descida da economia acabou. Pode-se afirmar
vas, EMBALAGEMMARCA foi direto à fonte mais adequada isso porque, se avaliarmos o que aconteceu nos últimos 23
para responder: o governo. Nesta entrevista, o ministro do trimestres, tem havido constante crescimento da economia.
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Não houve até agora um processo em que tivéssemos cres-
Jorge, prevê um quadro de otimismo para 2008. cido durante tão longo período de tempo. Se avaliarmos
as previsões de crescimento das companhias, veremos
Com que perspectiva de crescimento da economia o gover- investimentos suficientemente grandes para prever que
no trabalha para 2008? estamos fora do processo de “stop-and-go”. Avaliando his-
Segundo o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvol- toricamente os investimentos, depois da chamada década
vimento Industrial), passa de 5%. Acredito que chegue a perdida (anos 80) praticamente não houve investimentos
5,5%. É um bom número, mas precisaríamos de 7%. Tem das empresas no país. A conseqüência dessa falta de
coisas interessantes acontecendo. O país vem tendo cres- investimento foi a falta de rentabilidade nas empresas.
cimento econômico há muito tempo, com produtividade e Esta levava à falta de investimentos, que levava à falta de
com aumento de emprego, ao contrário do que aconteceu rentabilidade, à falta de emprego, à falta de consumo. Era
nos anos 90. Como a economia era muito pouco produtiva, um círculo vicioso. De vez em quando ocorriam alguns
o crescimento se deu com perda de emprego. Agora temos suspiros, mas eles vinham durante os planos econômicos
crescimento do emprego e da produtividade, ou seja, está- com mágicas heterodoxas na economia, de controle e de
se produzindo por hora/homem mais do que se produzia preços estáveis, que no entanto não se sustentavam. Desde
antes, e há contratações, ou seja, aumentou o número de que se consolidou o processo de estabilidade econômica,
empregos formais. O último dado que temos mostra a cria- de redução da inflação a níveis ainda altos, mas muito mais
ção de 1,52 milhão de empregos em doze meses. Isso quer civilizados, firmou-se o processo de previsão que leva as
dizer que o quadro para o próximo ano é de otimismo e de empresas a poder investir com segurança. Investimento
crescimento contínuo da economia. com segurança leva a mais produção, que leva a mais
geração de renda, porque há emprego. Pelo último número
Historicamente o crescimento da economia brasileira tem que temos, o comércio espera, neste ano, ter crescimento
se caracterizado pelo movimento de “stop-and-go”. Pode- de 9,5%. É um crescimento, digamos, chinês.
Isso responderia a quem afirma que o abastecimento, que surgiu com a inclusão
Brasil não tem política industrial? de grande quantidade de pessoas no pro-
A política industrial está praticamente cesso de consumo. A entrada desse enorme
pronta, e devemos apresentá-la ao presi- contingente que estava fora do mercado
dente da República em breve. Foi desen- causou sem dúvida problemas, que afetam
volvida por técnicos da Agência Brasilei- os mais diversos setores da economia.
ra de Desenvolvimento Industrial, que é
ligada ao Ministério do Desenvolvimento, A que o senhor atribuiria a origem disso?
e pelo BNDES, também ligado ao minis- Acho que as políticas sociais adotadas pelo
tério. A política industrial, funcionando governo, como o Bolsa Família, tiveram
bem, teria problemas com essa questão da um efeito que não se imaginava. É efeito
infra-estrutura. Ainda carecemos de uma daquilo que o presidente Lula dizia, de as
visão holística do país, para podermos pessoas comerem três vezes por dia. Como
tratar as questões que afetam o desenvol- “Carecemos de o país não tinha as pessoas comendo três
vimento de maneira muito mais integrada, vezes por dia, as prateleiras dos supermer-
muito mais coordenada. uma visão cados não tinham a comida para elas. A
partir do momento que se precisou colocar
No passado, o governo incentivou a indús- holística do essa comida nos supermercados, tivemos o
tria a mudar sua matriz energética. Na que eu chamo de um bom problema.
área de embalagem, setores inteiros subs- país, para
tituíram o diesel pelo gás, e hoje estão No Ministério detectam-se iniciativas
sendo penalizadas. Cogita de alguma podermos tratar expressivas, de parte dos setores afetados,
forma de compensar essa penalização? para tirar proveito dessa situação?
Embora não seja uma questão afeita pro- as questões que Conversando com os presidentes de duas
priamente à área do ministério do Desen- grandes cadeias de supermercados recen-
volvimento – esse processo afeta mais
afetam o temente, ambos diziam que fariam for-
Minas e Energia e a Casa Civil – posso tes investimentos que nunca haviam sido
responder que o governo tem preocupa-
desenvolvimen- feitos, próximo a 2 bilhões de reais, com
ção com isso. Houve de fato a deriva-
to de maneira abertura de quase 100 lojas. (Obs.: a entre-
ção de energia hidrelétrica para energia vista foi concedida antes de 27 de novem-
a gás, e hoje temos um problema, que muito mais inte- bro, data em que a rede Wal-Mart anun-
eu diria circunstancial, de abastecimento ciou plano para investir R$ 1,2 bilhão
desse tipo de energia. Mas a partir daí se grada, mais no Brasil, em 2008, montante 20% maior
intensificaram as negociações do governo que o de 2007. O grupo quer construir 36
com países fornecedores, como a Bolívia, coordenada” novas lojas e um centro de distribuição,
para que se possa estabelecer um fluxo de além de concluir a reforma de mais de 100
fornecimento mais constante de gás. No lojas. No dia 6 de novembro o Carrefour
fundo, é um problema que decorre das anunciou a intenção de investir 1 bilhão
questões abordadas antes: o país está num de reais até 2020, e abrir setenta lojas de
momento de crescimento impensável, que todas suas marcas em 2008). No Nordeste,
não se imaginava há três anos. Pode-se o consumo em supermercados vem tendo
chamar isso de várias coisas, de falta de aumentos próximos de 15% ou 16%.
previsão, de falta de cuidado, de falta
de planejamento, mas realmente não se Como em outros setores, no de embalagem
imaginava que houvesse um crescimento a valorização do real tem dificultado as
tão acentuado. Dele derivaram o que eu exportações e favorecido as importações.
chamaria de bons problemas, que obvia- Uma das saídas para isso tem sido aumen-
mente precisam de soluções. É o caso do tar a produtividade, o que acaba refle-
tindo na entrada de máquinas com mais que isso. São necessários laboratórios, o
tecnologia. Aumentar a produtividade é que torna mais caro e, portanto, mais difí-
bom, mas em muitos casos isso se dá com cil abrir esse curso.
dispensa de mão-de-obra. Seu ministério,
ou o governo de modo geral, está encami- Assim o país perde espaço para aqueles
nhando soluções para esse dilema? que investem em educação e desenvolvem
Hoje, com o aumento da produtivida- tecnologia. Há também a concorrência
de, está havendo também o aumento do desigual. Alguns setores da indústria de
consumo e um aumento de vendas muito embalagem se queixam de falta de amparo
grande – e não está ocorrendo a substi- do governo ante a concorrência predató-
tuição do emprego. Cito um fato que não ria de importados. No caso dos aerossóis,
ocorria no Brasil há mais de vinte anos: segundo o presidente da associação indus-
de acordo com o registro do Cadastro trial desse setor, desde que, há uns cinco
Geral de Empregados e Desempregados “Imagino anos, a Argentina congelou os preços do
do Ministério do Trabalho, de setembro gás propelente, importante componente
de 2006 a setembro de 2007, tivemos 1,5 que haja dos aerossóis, “a aniquilação da indústria
milhão de novos empregos. Estamos num brasileira vai de vento em popa”. Na área
chamado círculo virtuoso, isto é, de cres- profissionais de embalagens flexíveis, convertedores
cimento com ganho de produtividade, por- enfrentam a concorrência de produtores
tanto mais competitivos e com o aumento sobrando em de países vizinhos, que entram no mercado
do nível de emprego. Isso não acontecia brasileiro a preços imbatíveis graças à
no Brasil há décadas. É evidente que em áreas não compra de resinas de origem brasileira,
alguns setores isso pode acontecer com vendidas mais baratas devido a incentivos
mais intensidade, mas essa mão-de-obra técnicas, às exportações. O que está sendo feito
tem sido absorvida, porque há falta de para que os mecanismos de salvaguardas
mão-de-obra, principalmente qualificada.
continuamos funcionem com reciprocidade?
Na área de engenharia, as empresas têm Essa questão já chegou ao ministério. Já
reclamado muito que não encontram mais
formando muitos houve reunião do pessoal da Associação
engenheiros. Nas áreas de geologia e topo-
bacharéis. É Brasileira de Embalagem comigo, e um
grafia não se encontram profissionais para dos assuntos foi justamente o caso dos
fazer os levantamentos que têm de ser fei- mais fácil abrir aerossóis. A Comissão de Monitoramento
tos no país. Fala-se até na possibilidade de de Comércio Bilateral tem acompanhado
importar profissionais para que possamos um curso em essa questão, mas nós ainda não conse-
passar por essa fase. guimos uma solução. Há certo controle
Humanas” de preços do aerossol, o que tem feito
No entanto, não deve haver quem não esse produto ficar muito mais barato na
conheça pelo menos um profissional qua- Argentina, levando as empresas usuárias
lificado que não esteja desempregado. brasileiras a procurarem o produto lá.
Imagino que haja profissionais sobrando Hoje a grande maioria dos aerossóis vem
em áreas não técnicas, continuamos for- da Argentina. Mas a questão não pode ser
mando muitos bacharéis. É mais fácil abrir vista isoladamente. Evidentemente, para o
um curso na área de Ciências Humanas setor de produção de aerossol o que eu vou
– Direito, Jornalismo, Geografia, Publici- falar não tem a menor importância. Mas,
dade – porque bastam o professor e a sala na linha branca, hoje o Brasil praticamente
de aula. Para uma faculdade de Medicina, domina na Argentina, temos mais de 60%
de Geologia, de Engenharia de Minas ou do mercado. Imagino que os fabricantes
de Engenharia Civil é preciso de mais do de linha branca de lá levem as mesmas
Os motores de tudo
Substituição e segmentação são as palavras centrais a considerar
na previsão dos rumos do setor para 2008. Consumidores
se multiplicam, compram mais e querem produtos melhores
D
ois fatores se entrecruzam e defi- necessidades das classes A e B, também bafeja-
nem os rumos da cadeia pro- das pelos ares do crescimento econômico.
dutiva de embalagem no futuro Na segmentação, nenhuma indústria pode
próximo. De um lado, além de ignorar, entre outras, a dimensão da população
estarem comprando mais devido com mais de 65 anos, hoje de 32 milhões de
a um quadro econômico robusto, os consu- pessoas. Tal quadro pressiona em direção ao
midores apuram seus gostos e estreitam exi- parodoxo, a ser sempre levado em conta, de
gências por produtos variados, dotados universalizar apresentações no mercado
de inovação, mais eficazes em seus fins globalizado e ao mesmo tempo ter de
e mais convenientes para usar – e que Necessidade de personalizá-las ao máximo, já que os
ademais tenham bom preço. De outro, a personalizar apre- públicos têm exigências mais específi-
tecnologia e a criatividade na produção e cas. Dentro dessa tendência, as empresas
nos serviços se intensificam para atender sentações de pro- fornecedoras terão de empenhar-se para
essas aspirações. dutos continuará atender clientes que solicitarão crescente-
A movimentação perpassa todos os mente pequenas tiragens de embalagens.
setores da indústria de embalagem, que recrudescendo, e
sem exceção registraram crescimento em as empresas for- Fora das linhas
2007 e deverão manter o ritmo em 2008. Naquelas em que a produção não com-
Sendo impraticável abordar absolutamen- necedoras deverão porta rodadas moderadas, como a indús-
te tudo que ocorre na área, este serviço se
limita a apontar as principais tendências
se empenhar para tria do vidro e em escala menor as metal-
gráficas, uma das saídas, já em prática e
detectadas. Dentre elas, as palavras cen- atender clientes se intensificando, é a decoração fora de
trais, os motores da movimentação do
setor, são “segmentação” e “substituição”
que solicitarão linhas. Beneficiam-se diretamente os seg-
mentos de rótulos auto-adesivos e termo-
– e não só na tradicional “guerra dos crescentemente encolhíveis, que vêm tomando espaço da
materiais”, que continuará ocorrendo.
Os esforços para ocupar lugares já
pequenas tiragens serigrafia e dos rótulos com cola. Ambos
vêm crescendo com expectativas de regis-
tomados terá de se dar em inovações de embalagens trar dois dígitos de avanço, apoiados, jus-
nos próprios materiais, em tecnologia tamente, na necessidade de valorização
de equipamentos, na diversificação da oferta dos produtos e de pequenas tiragens.
de produtos, em criatividade no design e em Deve-se esperar a continuidade do cres-
processos mais ágeis e mais econômicos. A par cimento da impressão digital, que permite
do aumento do consumo de alimentos impul- obter edições reduzidas a ponto de viabilizar a
sionado por benefícios de renda do público C, decoração de baixos lotes de bisnagas plásticas
D e E, exacerba-se a diversificação de oferta extrudadas para cosméticos e de stand-up pou-
de produtos, em linhas que se sofisticam e ches para líquidos e produtos pastosos.
se ampliam interminavelmente para satisfazer Quanto a especulações sobre potenciais
auto-adesivos no Brasil.
Com investimentos
constantes em tecnologia,
seja em equipamentos,
do segmento.
aplicações, e exporta
Dança de elefantes
Nada a estranhar, considerando que cada vez
mais o jogo do mercado se dá entre gigan-
tes, em duas pontas. Numa delas, os agentes
são poderosos fornecedores, com freqüência
empresas globalizadas. Na outra, igualmente
densas e também compradoras globais, ficam
as indústrias usuárias. É sensato acreditar que
o espaço tende a encolher para transformado-
res/fornecedores sem porte para entrar nessa
espécie de dança de elefantes, em que uma das
manadas força os preços das matérias-primas
www.embalagemmarca.com.br
para cima enquanto a outra procura ditar os resultantes da aplicação de múltiplos recursos.
valores a pagar pelo material transformado Não será feita aqui uma radiografia de cada
em embalagens. Para as indústrias transforma- categoria de produto de perfumaria, higiene
doras, um respiro foi brindado pelo governo pessoal e cosméticos, mas é oportuno destacar
paulista pouco antes do Natal, na forma de que para 2008 a aposta principal da Abihpec, a
redução do ICMS. associação do setor, é feita num esperado cres-
Independentemente de problemas tributá- cimento espetacular dos desodorantes.
rios e de outras mazelas que persistem, o Desperta o interesse da indústria de equipa-
ambiente de negócios no Brasil passa por uma mentos, insumos e serviços gráficos, também, o
fase de robustecimento, e há chances para avanço formidável da indústria farmacêutica. O
quem quiser garantir e ampliar seu espaço. E, cacife de apostas no crescimento deste último
de fato, em todos os setores há manifestações setor pode ser medido pela declarada colocação
de intenção em investir. Na área gráfica, por de grandes redes brasileiras de distribuição de
exemplo, convém anotar um redirecio- remédios na mira do departamento de
namento de holofotes de fornecedores aquisições das duas maiores norte-ameri-
de impressoras offset, de seu histórico Na indústria de canas da área, a Walgreeens e a CVS.
core business (as áreas editorial e promo- embalagens o jogo
cional) para o campo do acabamento de Genéricos “bombando”
embalagens celulósicas, majoritariamente do mercado cada Como nos cosméticos, os fármacos “estão
de papel cartão. Chama a atenção como vez mais se dá bombando”, na esteira da liberação de
alavanca desse giro, primeiro, o notável inúmeras patentes e na entrada de diver-
desempenho da indústria de cosméticos, entre gigantes, em sos novos fabricantes de medicamentos
perfumaria e higiene pessoal, que acaba
de colocar o Brasil no terceiro posto do
duas pontas. Desse genéricos no mercado. Vale a lembrança
de que estes registraram aumento recorde
ranking mundial do setor, atrás apenas modo, é sensa- de 41% nas vendas do terceiro trimestre
dos Estados Unidos e do Japão.
to acreditar que de 2007 em relação ao mesmo período
do ano anterior, o dobro do obtido pelo
Estímulo ao aprimoramento o espaço tende conjunto da indústria farmacêutica no
Um parêntese deve ser feito para destacar
que a performance da indústria de cos-
a encolher para período. O balanço pode ser traduzido em
ampliação da demanda de frascos, potes,
méticos estimula o aprimoramento das transformadores bisnagas, blisters, rótulos, dispersores,
embalagens e complementos a ela dire-
cionados. Enquanto as vidrarias investem
e fornecedores tampas – e embalagens secundárias. Por
isso tocam sinos nas fábricas dos pro-
em tecnologia para a produção e a deco- sem porte vedores, e o pessoal de equipamentos
ração de frascos e potes com qualidade gráficos de impressão e acabamento não
para exportação aos mercados mais exigentes, quer ficar de fora.
fornecedores de resinas termoplásticas acenam Não é diferente no que se refere a alimen-
com polímeros de altíssimo desempenho e tos e bebidas, áreas que no Brasil respondem
adição de valor. Por sua vez, fabricantes de por cerca de 60% do uso de embalagens, como
complementos, como tampas, válvulas spray nos países em geral. A explosão de consumo
e dispensadores com tecnologia de ponta, pre- induz ao anúncio, diariamente noticiado, de
param lançamentos que consolidarão o já reco- investimentos e aquisições quantificados em
nhecido bom nível de qualidade da embalagem milhões e bilhões de dólares. Na defesa de
brasileira para beleza e cuidados pessoais. espaços já conquistados, simultaneamente
Na extensão, os impressores de cartuchos com o reforço dos atributos de seus produtos,
vão se ver obrigados a disponibilizar produtos poderão ocorrer práticas de vendas a preços
com acabamentos mais e mais diferenciados, convidativos abaixo da conta. No entanto
essa não será uma prática corriqueira, já que (slim) de alumínio para sucos, energéticos e
a estabilidade de preços e os altos custos das refrigerantes, tendência de consumo que se
matérias-primas não abrem muito espaço para fortalece na Europa, nos Estados Unidos e no
aventuras de suicidas. Japão.
Mais sensato e produtivo é investir em tec- Na finalização deste sobrevôo pela área de
nologia, em inovação e em regionalização da embalagens, sobressai a provável contundência
produção. Nesse sentido, mantendo a atual aná- a se registrar, em 2008 e nos anos imediatos,
lise na fase em que vinha correndo, isto é, na no embate entre dois gigantes mundiais das
área de alimentos e bebidas, merecem registro cartonadas assépticas. É previsível que a Tetra
intenções anunciadas na indústria de embala- Pak, hoje praticamente dona no segmento, com
gens de aço – que mantém o uníssono dos bons 98% do mercado, não permanecerá indiferente
ventos da demanda forte e das boas previsões às incursões da rival SIG Combibloc. Esta
para 2008. No setor, além de investimentos em lançou importante cabeça de ponte na área de
tecnologia para difundir mais a produção de manobras, com a conquista de seu primeiro
latas expandidas e com formatos diferenciados, cliente em leite, a mineira Cemil, prometendo
há rumores sobre a possível instalação de uma anunciar um segundo de mesmo porte em outra
fábrica de latas para bebidas no Sudeste. região do país (ver na pág. 58).
Ao mesmo tempo, ainda em metálicas, Enfim, como se pode observar, 2008 pro-
estaria programada para o primeiro semestre mete ser um ano promissor em todos os senti-
do ano a produção, na região, de latas delgadas dos para a área de embalagem.
SONDAGEM
AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTEL
E SÃO PROTEGIDAS POR DIREITOS AUTORAIS. EMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚDO.
janela que permite visualizar o produto duos sólidos gerados por embalagens
(dentro da caixa há oito porções de no mundo. Se o consumidor levar a gar-
42 gramas em embalagens flexíveis rafa vazia ao lugar em que a comprou,
transparentes). ganha um desconto na seguinte compra.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
que são acomodadas num berço de vegetais. É clinicamente testado, e não faz
papel cartão). Feitas com trigo inte- estudos com animais. É o que informa a
gral, são descritas na embalagem como sendo energéticas e embalagem – frasco plástico de 50 mililitros
nutritivas. Há versões de amaranto, aveia e farelo de cereais. com cartucho de papel cartão.
O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações.
Para mais informações, visite www.gnpd.com ou ligue para a Mintel Internacional (+ 1 312 932-0600)
Vazão acelerada
Nova tampa de Velho Barreiro aumenta
escoamento de cachaça em 30%
Por Flávio Palhares
E
mbalagem sempre foi um diferen-
cial da aguardente Velho Barreiro,
uma das mais tradicionais do mer-
cado nacional, produzida desde
1873. Tanto que na década de
1980 a bebida ressaltava em seus comerciais a
garrafa diferenciada, ícone da marca até hoje,
com o slogan “Velho Barreiro. Até a garrafa
é coisa fina”. Pois a embalagem da bebida
mudou – mas sem que os mais conservadores
admiradores da marca precisem se preocupar:
Litro da discórdia
Justiça libera garrafa de 51
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu efeito
suspensivo à determinação de recolhimento de vasi-
lhames da Cachaça 51 com a logomarca em relevo.
O recolhimento fora determinado pela Vara Única de
Santa Rita do Passa Quatro (SP). O processo contra
a Companhia Müller de Bebidas, que produz 51,
é movido pela Caninha Oncinha e pela Missiato
Indústria e Comércio. Ambas dizem que a
impressão em relevo na garrafa da 51 prejudica
as demais fabricantes, que não podem usar o
vasilhame. Alegam que a colocação da marca
inviabiliza o processo de produção, com o
argumento de que é “praticamente impossível”
a separação manual dos litros com a logomar-
ca em relevo daqueles sem o adereço, pois o
processo é automatizado. Argumentam ainda
que “a embalagem diferenciada prejudica a
livre concorrência”. A Müller diz que não ado-
tou procedimento incorreto algum, já que a
alteração na embalagem “representa um direi-
to do fabricante”.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
www.embalagemmarca.com.br
PAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS
Edição:
Edição:Guilherme
Leandro Haberli
Kamio
de fábricas na Europa e na
• Ibratec
S: DIV
América do Norte.
• Caeté
FOTO
COMUNICAÇÃO
CO DE
CURADO – BLO
FOTO: CARLOS
Porteira aberta
Cemil investiu
US$ 5 milhões
na adoção de
caixinhas, cujos
atributos são
destacados no
Cemil inaugura presença de embalagens da grafismo
O
mercado de leites longa vida tem de Janeiro, onde tem 15,7% de participação, e
andado agitado. De um lado, ainda uma das dez maiores produtoras de leites do
se ressente dos efeitos da operação Brasil, com cerca de 2,5% do mercado, a Cemil
“Ouro Branco”, realizada em outu-
bro pela Polícia Federal. Na oca-
sião, foi desvendado um esquema de adulteração
5 (Cooperativa Central Mineira de Laticínios), de
Patos de Minas, anunciou no início de novembro
a adoção de embalagens cartonadas assépticas
do produto que, segundo os jornais televisivos,
levou alguns consumidores a buscar leite refrige- bilhões da SIG Combibloc para todos os seus produtos
acondicionados em caixinhas de 1 litro, inician-
rado em vez do acondicionado em caixinhas. O de litros/ano do pelos leites UHT regulares. O modelo adotado
epicentro da crise foi o Estado de Minas Gerais, é o tamanho foi a combiblocMidi, de formato mais alongado
onde o leite “batizado” foi encontrado em maior estimado do que as embalagens cartonadas assépticas predo-
abundância. mercado de minantes no mercado – as Tetra Brik Aseptic,
Curiosamente, a região foi palco também leite longa vida da concorrente Tetra Pak. “Isso vai diferenciar
de outro fato relevante para esse segmento. nossos produtos nos pontos-de-venda”, acredita
Líder regional de vendas na área que engloba João Bosco Ferreira, presidente da Cemil. A
Minas Gerais, Espírito Santo e o interior do Rio tampa adotada, batizada de combiLift, é anuncia-
“Fábrica virtual”
Impressas em rotogravura, as embalagens vêm Largo (PR) será inaugurada em 2009, e até lá
SIG Combibloc
da Alemanha já cortadas, prontas para envasa- (11) 2107-6744 damos total garantia de fornecimento.”
mento. “Trabalhamos com um conceito de ‘fábri- www.sigcombibloc.com.br “A Cemil sempre primou pela inovação, e
ca virtual’, pelo qual fazemos todo o processo de terá uma embalagem que vai saltar nas gôndolas,
nacionalização para o cliente, com quem desen- com um sistema de abertura realmente muito
volvemos uma política de formação de estoques, prático e eficiente, valorizado pelo consumidor”,
obviamente com boa margem de segurança”, comemora João Bosco Ferreira, animado com os
conceitua Rodriguez. “Nossa fábrica em Campo resultados favoráveis de uma pesquisa que ava-
liou a nova caixinha. No total, a Cemil investiu
Presença também cerca de 5 milhões de dólares para colocar duas
linhas da SIG Combibloc em sua planta, e já
no segmento premium anunciou que investirá mais 90 milhões de reais
Leite especial chega em nos próximos dois anos, “metade em uma fábrica
caixa com tampa de rosca no Nordeste, metade em uma planta para produ-
A SIG Combibloc também estréia no mercado de leites zir leite em pó”, detalha Ferreira.
especiais, com o lançamento do Batavo Origem. O Ante a inevitável dúvida sobre o impacto da
novo leite UHT integral, produzido em Carambeí, no “crise do leite” na época em que as novas emba-
Paraná, é acondicionado em embalagens cartonadas lagens seriam lançadas, o executivo da Cemil é
assépticas combifit de 1 litro com tampa de rosca. “A taxativo. “Para nós, que temos uma marca em
ergonomia da embalagem agrega valor ao produto, que as pessoas confiam, o momento é extre-
pois garante maior praticidade no manuseio e melhor mamente positivo, pois o consumidor deixa de
conservação do leite na geladeira após aberto”, afirma
lado as marcas que só oferecem preço”, explica
DIVULGAÇÃO
P
opularíssima cerveja britânica, a
Carling, da Molson Coors, tem
feito sucesso nos últimos meses
com a campanha “Cold you can Termômetro da
lata de aço da
see!” – ou “frio que você pode Carling avisa ao
ver!”, em tradução livre para o português. consumidor para
“gelar até azular”
Lançada em agosto, em sintonia com o verão do
hemisfério norte, a ação lastreia-se naquela que é
brandida como a primeira lata de aço no mundo
a dispor de um sistema indicador de temperatura.
Impresso no corpo da latinha, um ícone, branco Packaging Europe fez foi desenvolver uma nova
sob temperatura ambiente, torna-se azul quando tinta para embalagens de aço com o efeito cama-
a bebida atinge um nível de resfriamento consi- leão, porém com resistência superior à abrasão,
derado ideal para consumo. dispensando assim a necessidade do escudo
Conforme explica a Ball Packaging Europe, especial de verniz.
fabricante da inovadora embalagem, sistemas “O dispositivo termocrômico na lata aumenta
de indicação de temperatura desse tipo até hoje a percepção de valor pelo consumidor ao per-
foram exclusivamente aplicados em latinhas de mitir que ele rapidamente identifique qual cer-
alumínio. O motivo é técnico. Ocorre que, nas veja está pronta para ele beber”, comenta Tom
embalagens de alumínio, as sofisticadas tintas Feinson, diretor de marketing da Molson Coors,
termocrômicas, que mudam de coloração sob que no passado comercializou as cervejas Coors
variações de temperatura, podem ser facilmente Fine Light e Grolsch em latinhas de alumínio
protegidas da abrasão, inerente ao processamen- com indicadores de temperatura. “Uma pesquisa
to industrial, por vernizes transparentes. Esses Ball Packaging Europe nossa mostrou que 86% dos consumidores con-
mesmos envernizamentos não são costumeiros www.ball-europe.com sideram importante beber a cerveja gelada, e que
na produção de latinhas de aço. O que a Ball estão dispostos a pagar por isso”. (GK)
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