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CALDEIREIRO - 1 Edição - MARANHÃO PDF
CALDEIREIRO - 1 Edição - MARANHÃO PDF
1ª EDIÇÃO
ELABORAÇÃO
SENAI
Departamento Regional do Maranhão
Av. Jerônimo de Albuquerque, s/nº - 2º Andar
Edifício Casa da Indústria - Bequimão
CEP: 65060-645
Fones: (98) 2109-1871/1856 Fax: (98) 2109-1832
Site: www.fiema.org.br
São Luís - Maranhão
APRESENTAÇÃO 5
HISTÓRICO 6
1 SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO 7
2 METEMÁTICA APLICADA 24
3 METROLOGIA 36
4 DESENHO TÉCNICO 67
5 TRAÇADO DE RETAS E ÂNGULOS PARA DESENVOLVIMENTO DE PEÇAS 74
6 TRAÇADO DE CALDEIRARIA 85
CONCLUSÃO 107
REFERÊNCIAS 108
Diante desse cenário, destaca-se o papel do SENAI e sua importância em traçar novos desafios,
que visem articular os meios produtivos e a prática profissional, através da formação de
competências e habilidades, vislumbrando a construção de uma sociedade com conhecimento
crítico e contemporâneo.
Para isso, oportuniza aos seus alunos, cursos baseados no princípio do “aprender fazendo”,
repassando ainda, conhecimentos teóricos/técnicos, que atendem ao perfil profissional
demandado pelo mercado de trabalho, na busca constante por profissionais qualificados.
Este material aborda assuntos como: segurança no trabalho, matemática aplicada, figuras
geométricas, perspectiva etc.
Bom estudo!
A tarefa desenvolvida era transformar a principal matéria-prima da época (chapa de aço plana),
em peças dos mais variados formatos. Seu maior desafio não estava na fabricação dessas
peças, mas sim na exatidão que as mesmas deveriam possuir, mostrando-se peças fieis do
produto ostentado.
Ainda que essa profissão tenha suas raízes artesãs, o trabalho realizado estende-se aos mais
intelectuais campos do saber, havendo a necessidade de ter o domínio de competências
matemáticas, metrológicas, representações gráficas de objetos etc.
CONCEITO e OBJETIVO
A OHSAS 18001 é a especificação para certificação de Sistemas de Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional. Depois da publicação da BS 8800,
norma guia para implementação de sistemas de gestão de
segurança e higiene operacional, houve a necessidade de
estabelecer normas para segurança e higiene no trabalho.
Foi desenvolvida por um grupo de organismos internacionais
de peso e por órgãos de certificação para suprir a falta de
um padrão internacional independente e certificável.
Muitas organizações estão implementando um sistema de
gestão da saúde ocupacional e segurança como parte de sua estratégia de gerenciamento de
riscos para tratar questões como a mudança de legislação e proteção de sua força de trabalho.
Benefícios da Implementação de Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança pela OHSAS
18001:
Requisitos legais: um sistema reconhecido não é apenas um meio excelente de evidenciar que
o seu sistema de segurança e higiene no trabalho funciona, mas também garante a proteção dos
seus colaboradores e constitui uma mensagem clara para os seus parceiros de negócio e
autoridades legais de que a empresa adotou boas práticas de higiene e segurança no trabalho.
Redução de Custos: a certificação pela OHSAS 18001 evidencia uma abordagem pela
minimização do risco, reduzindo os acidentes e doenças do trabalho. Assim, os tempos de
paragem e, consequentemente, os custos associados serão inferiores.
CONCEITOS
CONCEITO LEGAL (LEI 8.213/91)
“Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda, ou ainda
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Fonte: http://comsaudenopc.blogspot.com.br/
Fonte: consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: www.comsaudenopc.blogspot.com.br
ACIDENTE!!!
Fonte:www.pt.wikinoticia.com/
AFASTAMENTO DO TRABALHO
Fonte: consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: www.sindibiomg.org/
ATOS INSEGUROS
Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que residem
exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de
forma contrária às normas de segurança.
É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na
verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e
controlá-los.
Fonte: www.consciencianotrabalho.blogspot.com.br/
Deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela presença de
condições inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo.
A limpeza, conservação e manutenção são muito
importantes em se tratando de máquinas,
equipamentos, bancadas e ferramentas de uso
individual. Do mesmo modo, as dependências de
uso coletivo merecem uma atenção especial no
que se refere a esse aspecto.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados, pois
em todos os ramos de atividade na qual se deseja
realizar determinadas tarefas, em um ambiente de
tranquilidade e segurança, necessita-se de dois
fatores imprescindíveis: ordem e limpeza.
Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/
Incapacidade temporária
É a perda total da capacidade de trabalho por um
período limitado de tempo, nunca superior a um ano.
Ocorre nos casos em que o acidentado, depois de
algum tempo afastado do serviço, retorna as
atividades, executando suas funções normalmente
como fazia antes do acidente.
RISCOS FÍSICOS
São as diversas formas de energia a que estão expostos os trabalhadores.
Os riscos ambientais provocados por agentes físicos são representados por fatores ambientais
de trabalho, como: iluminação, vibração, radiação, ruído, calor e frio, que de acordo com as
características do posto de trabalho, o tempo de exposição e a susceptibilidade individual,
podem causar danos à saúde.
Temperaturas Extremas
Calor
Os trabalhadores expostos a atividades de fundição,
siderurgia, indústrias de vidro e outras, são os mais propensos
a problemas como insolação, câimbras e, em alguns casos,
problemas com o cristalino do globo ocular, mais conhecido
como catarata.
Fonte:http://sotnasclimatizacao.blogspot.com.br/
Frio
Os casos mais comuns de doenças que se destacam pela
ação do frio são as queimaduras pelo frio, gripes, inflamações
das amígdalas e da laringe, resfriados, algumas alergias,
congelamento nos pés e mãos, e problemas circulatórios.
Geralmente, essas ocorrências predominam em empresas do
ramo da industrialização de pescados, frigoríficos, indústria de
Fonte: http://es.fotolia.com/
alimentos congelados etc.
Vibrações
Presentes nos trabalhos com utilização de
instrumentos vibrantes, como marteletes,
furadeiras, lixadeiras, tratores, motosserras etc.,
os problemas físicos motivados pela vibração
aparecem, na grande maioria dos casos, após
longo tempo de exposição. Nos casos de
vibração de todo o corpo, podem aparecer
problemas renais e casos de dores fortes na
Fonte: http://www.brcbosch.com.br/
coluna.
As vibrações localizadas nos braços e mãos provocam deficiências nas articulações e problemas
circulatórios.
http://mundodosilencio.blogspot.com.br
Com o passar do tempo, a pessoa começa a falar mais alto ou perguntar constantemente por
não ter entendido. Esse é o início de uma surdez parcial que com o tempo passará a ser total e
irreversível.
Pressões Anormais
Presentes nos trabalhos submersos, caixões pneumáticos, tubulações
de ar comprimido, trabalhos submarinos. A descompressão fora das
normas e procedimentos, pode causar uma grande embolia gasosa que
em geral leva à morte rapidamente ou a um quadro mais brando,
chamado “mal dos caixões”, caracterizado por violentas dores nas
articulações.
Fonte: http://sustentabilidadeevoce.blogspot.com.br
RISCOS QUÍMICOS
São as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo. Os riscos químicos que podem causar doenças
profissionais são encontrados nas formas: gasosa, líquida e sólida
e, quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem na grande
maioria dos casos, reações chamadas de venenosas ou tóxicas.
Digestiva.
RISCOS BIOLÓGICOS
São micro-organismos presentes no ambiente de trabalho,
como: bactérias, fungos, vírus, bacilos, protozoários, parasitas e
outros.
Esses agentes biológicos são visíveis apenas ao microscópio,
sendo capazes de produzir doenças, deteriorações de alimentos,
mau cheiro. Apresentam muita facilidade de reprodução, além
de contarem com diversos processos de transmissão. Por isso,
são importantes a limpeza e a higiene no ambiente de trabalho.
Fonte: http://nrfacil.com.br
Geralmente encontrados em hospitais, sanatórios, laboratórios,
esgotos, lixeiros, curtumes e em locais nas quais se manipulam produtos de origem animal.
RISCOS ERGONÔMICOS
Os riscos ergonômicos causadores de doenças se
caracterizam por atitudes e hábitos profissionais
prejudiciais à saúde, os quais podem se refletir no
esqueleto e órgãos do corpo. A adoção desses
comportamentos no posto de trabalho pode criar
http://cursos.vibemidia.com/
deformações físicas, atitudes viciosas, modificações da
estrutura óssea etc.
RISCOS DE ACIDENTES
Consideram-se as condições das máquinas, equipamentos, ferramentas e arrumação do
ambiente de trabalho que possam provocar acidentes. Esses riscos são responsáveis por uma
série de lesões nos trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras etc. As
máquinas desprotegidas, pisos defeituosos ou escorregadios, os empilhamentos precários ou
fora de prumo são exemplos desses riscos.
Fonte: http://sesi.webensino.com.br
Fonte: sosnotrabalho.blogspot.com.br/
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
d) PROTEÇÃO DO TRONCO
Aventais e vestimentas especiais são usados contra os mais variados agentes agressivos:
Avental de raspa de couro.
Avental de lona.
Avental de amianto.
Avental de plástico.
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
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Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/
Fonte:www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
Fonte: www.ecolabs.com/br
Constantemente, em nosso dia a dia, utilizamos as quatro operações com números naturais,
pois sempre estamos somando, subtraindo, multiplicando ou mesmo dividindo alguma coisa para
solucionar algum problema ou questionamento.
Como faço
para Que operação eu
resolver? devo usar?
O que o
problema está
pedindo??
Exercícios Propostos
a) Um motorista de táxi andou 180 km em certo dia e 162 km no dia seguinte. No total, quanto
ele andou nesses dois dias?
b) Uma mercadoria que custa R$50,00 foi vendida a R$38,75. De quanto foi o desconto?
c) Uma caixa de leite tipo “longa vida” possui 16 litros de leite. Quantos litros existem em 12
caixas?
d) Devo repartir 24 balas igualmente entre meus três filhos. Quantas balas deve receber cada
um?
a) 37 + 0,43 =
b) 55 - 18 =
c) 18 – 5,5 =
d) 12 + (- 7) =
e) 12 - (- 7) =
f) - 9 - 6 =
g) - 9 + (- 6) =
h) - 9 - (- 6 ) =
i) 13 .1,7 =
j) (- 8). 9 =
1. Em uma pequena Empresa, existem 3 equipes de trabalho dividida da seguinte forma: uma
com 27 Empregados, outra com 31 Empregados e outra com 18 Empregados. Quantos
Empregados existem ao todo nessa Empresa?
3. João abriu uma conta bancária para gerenciar os lucros de sua Metalúrgica. Depois de algum
tempo, esta conta apresentou o seguinte movimento:
Sabendo que os depósitos são representados por números positivos e as retiradas por números
negativos. Qual será o saldo de João após essas operações?
6. Em certo país, os Caldeireiros recebem dois salários mínimos em dezembro: o salário normal
e o 13º salário. Se o caldeireiro trabalhou os 12 meses do ano, os dois salários serão iguais. Se
a caldeireiro trabalhou uma fração do ano, o 13º salário corresponderá a essa fração do salário
normal. Se o salário normal de um caldeireiro é R$1200 reais e ele trabalhou 7 meses nesse
ano, quanto ele vai receber de 13º salário?
2.1.2 Porcentagem
2. Numa Metalúrgica se fabricam por mês 586 Portões. Este mês foi vendido 15% dos mesmos.
Quantos portões ainda restam para serem vendidos?
4. João Carlos é auxiliar de Caldeireiro e seu salário é apenas R$ 920 reais por mês.
Gasta com aluguel e com alimentação da família. Esse mês ele teve uma despesa
extra: do seu salário foram gastos com remédios. Quantos por cento foram destinados ao
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos.
1. Para fabricar 1000 tubos truncados de aço carbono, 15 homens gastaram 12 dias trabalhando
8 horas por dia. Vinte homens com a mesma capacidade de trabalho para fabricar 2000
Unidades da mesma peça, trabalharam 12 horas por dia, nas mesmas condições gastarão
quantos dias?
4. Uma oficina mecânica produz 1470 cantoneiras em 7 dias trabalhando 3 h/dia. Quantas
cantoneiras ela produzirá em 10 dias, trabalhando 8h/dia?
A geometria plana é muitas vezes relacionada como uma disciplina a parte da matemática, mas
a necessidade de se utilizar alguns dos artifícios da matemática, álgebra, aritmética etc., faz com
que a geometria seja a matemática em seu meio aplicativo. O nosso presente estudo nos
possibilitará entender onde os conhecimentos da geometria são aplicados e como poderão estes
facilitar o desenvolvimento das atividades de um caldeireiro.
O primeiro passo que analisamos, nesse caso, é o estudo de figuras geométricas planas, desde
as mais simples, como: quadrado, triângulo, retângulo... até as menos comuns: eneágono,
decágono, dodecágono, icoságono..., alguns desses polígonos são classificados quanto ao seu
respectivo número de lados.
Exemplo:
Perímetro:
a Pq = a + a + a +a = 4a
O paralelogramo: É um polígono de quatro lados (quadrilátero) cujos lados opostos são iguais e
paralelos. Por consequência, tem ângulos opostos iguais.
Perímetro:
h b
Pp = a + a + b + b = 2a + 2b
a
O triângulo: É a figura geométrica que ocupa o espaço interno limitado por três segmentos de
reta que concorrem, dois a dois, em três pontos diferentes formando três lados e
três ângulos internos que somam 180°.
Perímetro:
c a
Pq = a + b + c = a + b + c
l l
No caso do triângulo equilátero, que possui os três ângulos
internos iguais, assim como os seus três lados, podem utilizar a
seguinte fórmula: onde l representa a medida dos lados do
triângulo.
√
l
Por ser o quadrado um losango e por ser o losango um paralelogramo, podemos utilizar para o
cálculo da área do quadrado, as mesmas fórmulas utilizadas para o cálculo da área tanto do
losango, quanto do paralelogramo.
Quando dispomos da medida do lado do quadrado, podemos utilizar a fórmula do paralelogramo:
Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da sua área é realizado da mesma forma.
Se denominarmos as medidas dos lados de um retângulo como na figura a cima, teremos a
seguinte fórmula:
𝑆 𝑆𝑎 𝑟 𝛼
𝑆
𝜋 𝛼
Exercícios propostos:
1. A medida da base de um triângulo é de 7 cm, visto que a medida da sua altura é de 3,5 cm,
qual é a área desse triângulo?
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. Qual é a área desse triângulo equilátero?
3. A medida da base de um paralelogramo é de 5,2 dm, sendo que a medida da altura é de 1,5
dm. Qual é a área desse polígono?
4. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas medidas da altura e da base são
respectivamente 10 cm e 2 dm?
5. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. Qual é a medida da sua superfície?
6. Qual é a medida da área de um losango cuja base mede 12 cm e cuja altura seja de 9 cm?
7. A lateral da tampa quadrada de uma caixa mede 17 cm. Qual a superfície dessa tampa?
8. A medida do lado de um quadrado é de 20 cm. Qual é a sua área?
9. A área de um quadrado é igual a 196 cm2. Qual a medida do lado desse quadrado?
10. Um terreno mede 5 metros de largura por 25 metros de comprimento. Qual é a área desse
terreno?
11. A tampa de uma cisterna tem as dimensões 30 cm por 15 cm. Qual a área dessa tampa?
12. A lente de uma lupa tem 10 cm de diâmetro. Qual é a área da lente dessa lupa?
13. Um círculo tem raio de 8,52 mm. Quantos milímetros quadrados ele possui de superfície?
14. Qual é a área de um setor circular com ângulo de 30° e raio de 12 cm?
15. Qual é a superfície de um setor circular com ângulo de 0,5 rad e raio de 8 mm?
16. Qual é a área de uma coroa circular com raio de 20 cm e largura de 5 cm?
17. Qual é a superfície de uma coroa circular com r = 17 e R = 34?
Adiante iremos utilizar a letra “V” para designar fórmulas de cálculo de volume de sólidos.
Paralelepípedo
a
Cubo
Base triangular A0
Altura do Prisma
Base triangular Al
Cilindro
Cone
Fonte: http://pt.dreamstime.com/
3.3 Medição
O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação. Como só se podem comparar
“coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as
demais, estão sujeitas a contestações:
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como unidade”.
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois,
nesse caso, não se comparam grandezas, mas sim, estados. A expressão “medida de
temperatura”, embora consagrada, parece trazer em si alguma inexatidão, além de não ser
Medida
A medida é o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da
leitura. A leitura é obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição à leitura e é
expressa por um número acompanhado da unidade da grandeza a medir.
Histerese
É a diferença entre a leitura/medida para um dado valor da grandeza a medir, quando essa
grandeza foi atingida por valores crescentes, e a leitura/ medida, quando atingida por valores
decrescentes da grandeza a medir. O valor poderá ser diferente, conforme o ciclo de
carregamento e descarregamento, típico dos instrumentos mecânicos, tendo como fonte de erro,
principalmente folgas e deformações, associadas ao atrito.
Exatidão
É o grau de concordância entre o resultado de uma medição e o valor verdadeiro do
mensurando. Exatidão de um instrumento de medição.
É a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro.
Exatidão é um conceito qualitativo.
Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se
preparam para esse fim. O aprendizado de medição deve ser acompanhado por um treinamento,
quando o aluno será orientado segundo as normas gerais de medição.
3.5 Recomendações
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser
determinada por comparação e por leitura em escala ou régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelarem pelo bom estado dos instrumentos de medição,
mantendo-se, assim por maior tempo, sua real precisão.
Evite:
1. Choque, queda, arranhões, oxidação e sujeira.
2. Misturar instrumentos.
3. Cargas excessivas no uso, medir provocando atrito entre a peça e o instrumento.
Cuidados:
1 - USE proteção de madeira, borracha ou feltro para apoiar os instrumentos.
2 - DEIXE a peça adquirir temperatura ambiente, antes de tocá-la com o instrumento de
medição.
Apesar de se chegar ao metro como unidade de medida, ainda são usadas outras unidades. Na
Mecânica, por exemplo, é comum usar o milímetro e a polegada.
O sistema inglês ainda é muito utilizado na Inglaterra e nos Estados Unidos e é também no
Brasil devido ao grande número de empresas procedentes desses países. Porém, esse sistema
está aos poucos, sendo substituído pelo sistema métrico. Mas ainda permanece a necessidade
de se converter o sistema inglês em sistema métrico e vice-versa.
O sistema inglês tem como padrão a jarda. A jarda também tem sua história. Esse termo vem da
palavra inglesa “yard” que significa “vara”, em referência a uso de varas nas medições. Esse
padrão foi criado por alfaiates ingleses.
No século XII, em consequência da sua grande utilização, esse padrão foi oficializado pelo rei
Henrique I. A jarda teria sido definida, então, como a distância entre a ponta do nariz do rei e a
de seu polegar, com o braço esticado.
A exemplo dos antigos bastões de um cúbito, foram construídas e distribuídas barras metálicas
para facilitar as medições. Apesar da tentativa de uniformização da jarda na vida prática, não se
conseguiu evitar que o padrão sofresse modificações.
Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente da dos equipamentos utilizados,
deve-se convertê-la (ou seja, mudar a unidade de medida).
1ª Transformação
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da fração e divide-se o
resultado pelo denominador.
Ex.:transformar 5/8" em milímetros.
Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma fração imprópria
e a seguir, opera-se como no 2º Caso.
2ª Transformação
3ª Transformação
4ª TRANSFORMAÇÃO
Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal por uma
das divisões da polegada, dando para o denominador a mesma divisão tomada, simplificando a
fração, quando necessário.
Ex.: Transformar .3125" em sistema inglês ordinário.
6ª TRANSFORMAÇÃO
Representação gráfica
A equivalência entre os diversos sistemas de medidas, vistos até agora, pode ser melhor
compreendida graficamente.
Sistema métrico
Conceito
O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua graduada (escala). É
usada para tomar medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja
completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema
inglês.
Tipos de Graduações
Sistema métrico
Graduação em milímetros (mm) = 1m
1000
Sistema inglês
Graduação em polegadas (“).1” = 1 jarda
36
A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada nas dimensões de 150, 200, 250, 300, 500, 600,1000, 1500,
2000 e 3000 mm. As mais comuns são as de 150 mm (6”) e 300mm (12”).
Utilização
Utiliza-se a régua graduada nas medições com “erro admissível” superior à menor graduação.
As réguas graduadas se apresentam nas dimensões de 150, 200, 250, 300,500, 600, 1000,
1500, 2000 e 3000 mm. As mais usadas na oficina são as de 150 mm (6”) e 300 mm (12’).
Características
De modo geral, uma escala de qualidade deve apresentar bom acabamento, bordas retas e bem
definidas e faces polidas.
As réguas de manuseio constante devem ser de aço inoxidável ou de metais tratados
termicamente. É necessário que os traços da escala sejam gravados, bem definidos, uniformes,
equidistantes e finos.
A retitude e o erro máximo admissível das divisões obedecem a normas internacionais.
Conservação
1 metro = 10 decímetros
1 m = 10 dm
1 decímetro = 10 centímetros
1 dm = 10 cm
Intervalo referente a 1cm (ampliada)
1 centímetro = 10 milímetros
1 cm = 10 mm
1cm : 10 = 1mm
A distância entre traços = 1mm
Observação:
Operando com frações ordinárias, sempre que o resultado é numerador par, devemos simplificar
a fração.
Conceito
Enquanto a régua é usada para medir faces, o paquímetro é o instrumento mais utilizado para
medir peças, quando a quantidade não justificar um instrumental específico e a precisão
requerida não desce a menos de 0,02mm 1/128” e 0,001”. Ele é capaz de especificar dimensões
lineares internas, externas e de profundidade da peça.
Paralaxe
Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois devido a
esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com outro da móvel.
O cursor no qual é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente tem uma
espessura mínima (a) e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os traços do nônio (TN)
são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).
Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os traços
TN e TM, cada um dos olhos projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona um erro de
leitura.
Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o paquímetro
em uma posição perpendicular aos olhos.
ERRADO
CERTO
ERRADO
Paquímetro duplo
Utilizado para leitura rápida, livre dos erros de paralaxe e ideal para controle estatístico.
Traçador de Altura
Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9 mm, concluímos que cada intervalo da
divisão do nônio mede 0,9 mm.
Observação: para a colocação de medidas, assim como para leituras de medidas feitas em
paquímetro do sistema inglês ordinário, utilizaremos os seguintes processos:
O quociente encontrado na divisão será o número de traços por deslocar na escala fixa pelo zero
do nônio (4 traços). O resto encontrado na divisão será a concordância do nônio, utilizando-se o
denominador da fração pedida (128).
ESCALA
FIXA
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala. Se deslocarmos o cursor
do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da escala, a medida será
0,02mm, o segundo traço 0,04mm, o terceiro traço 0,06mm, e o décimo sexto 0,32mm.
Leitura de medidas
Conta-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio (10mm) e a
seguir, faz-se a leitura da concordância do nônio (0,08mm). A medida será 10.08mm.
1” = 1000 milésimos
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço
da escala, a leitura será 0,025”, no segundo traço .050”, no terceiro traço .075”, no décimo traço
.250”, e assim sucessivamente.
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o traço
da escala, a leitura será .001”, o segundo traço .002”, o terceiro traço .003” e o décimo segundo
traço .012”.
3.10 Goniômetro
Conceito
O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares.
Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5’ (5 minutos) para cada traço do nônio. Dessa forma,
se é o 2 traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adiciona-se 10’ aos graus lidos
na escala fixa; se é o 3 traço, adicionamos 15’ se é o 4 traço, 20’ etc.
A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de
medida com nônio, ou seja, divide-se a menor divisão do disco graduado pelo número de
divisões do nônio.
Veja:
Conservação
Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina.
Guardar o instrumento em local apropriado, sem expô-lo ao pó ou a umidade.
Materiais:
Compassos
Réguas
centrotecnicotca.blogspot.com.br/
otaku.blogspot.com.br
Pranchetas
Grafites: 0,3/0,5/0,7/0,9
http://forum.imasters.com.br/
http://www.ebah.com.br/
Transferidor
Borracha, Fita adesiva, Papel A3 etc.
www.serrasilk.com.br/
www.artcamargo.com.br/
Para tornar o desenho um documento de igual valor dentre os documentos empresariais, faz-se
necessário utilizar um padrão reconhecido mundialmente, com o objetivo de tornar uniforme a
apresentação dos projetos. Abaixo, segue os padrões mais utilizado de papel.
Formatos Série AO
A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175
mm nos formatos A0 e A1.
OLIMPIADA DO CONHECIMENTO
Funcionalidades:
O desenho deve ter todas as medidas ou cotas necessárias para sua execução
Cotas: valor das medidas.
Linha de Cota: linha fina paralela ao objeto cotado delimitando o início e o fim da medida
especificada.
Linha Auxiliar: são linhas finas, paralelas entre si e perpendicular ao elemento cotado.
As linhas de cotas podem ser terminadas em traços a 45º, bolinhas fechadas ou setas
fechadas ou abertas. No entanto, deve-se manter o mesmo estilo em todo o desenho.
A escala nada mais é que um artifício utilizado para representação de um desenho, essa se
refere às dimensões em que o desenho apresenta-se, tornando viável a sua representação ou
reprodução.
Existe a Escala Natural – onde o desenho técnico é igual ao desenho da peça real.
Escala de Redução – onde o desenho técnico é menor que o tamanho da peça real.
Escala de Ampliação – onde o desenho técnico é maior que o tamanho da peça real
A escala a ser escolhida deve ter em vista:
Exemplo: a planta de uma casa, a casa não pode ser desenhada em tamanho real, mas pode
ser representada em tamanho menor, evidenciando todos os seus detalhes.
4.2 Perspectiva
O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do observador. Dá ideia
clara de sua forma por apresentar diversos detalhes do objeto. Sendo um desenho ilustrativo, a
perspectiva é de fácil compreensão, as vistas também servem como auxiliadoras na
representação do objeto através de seus gráficos. Diferente da perspectiva, as vistas não
mostram muitos detalhes, só evidenciam o objeto a grosso modo, tornando o seu entendimento
um tanto mais complexo que a perspectiva.
Abaixo, seguem exemplos:
I. Por um ponto “y” dado fora da reta, fazer passar uma perpendicular
A
Y
F
AB, reta dada. Y ponto fora da reta. Com ponta seca em Y, traçar dois arcos que cortem a reta
nos pontos C e D. Em seguida, com ponta seca em C e depois em D, traçar dois arcos abaixo da
reta AB, que se cruzem no ponto E.
A reta que une o ponto E com o ponto Y é a perpendicular procurada.
F C
F
A B
E A
E
ABC, ângulo dado. AB, reta dada. Com a ponta seca do compasso no vértice do ângulo dado,
traçar um arco que corte seus dois lados nos pontos E e F. Depois, com a ponta seca na
extremidade de A da reta (sem mudar a abertura do compasso) traçar outro arco. Em seguida,
com abertura EF e ponta seca em E, traçar outro arco que corte o primeiro no ponto F. Ligando-
se o A da extremidade da reta com F, obtém-se outro ângulo igual ao primeiro.
E F
A B
C D
AB, primeira paralela. Z, distância dada. Em dois locais quaisquer, próximos das extremidades
da semirreta AB, levantar duas perpendiculares C e D. Depois, com abertura de compasso igual
a Z e ponta seca em C, marcar E. Com ponta seca D marcar F. A linha que liga E com F é
paralela a AB.
VI. Traçar uma paralela a uma reta e que passe por um ponto dado fora da reta
AB, reta dada. Y ponto dado fora da reta. Com ponta seca em Y e uma abertura qualquer do
compasso, traçar um arco que corte a reta AB no ponto C. Com mesma abertura centrar em C e
traçar o arco YD. Centrar em D e pegar a abertura DY, com essa abertura centrar em C e marcar
o ponto X. A reta XY é paralela a AB e passa pelo ponto Y dado fora da reta.
ABC, ângulo dado. X, vértice do ângulo. Centrar em X e com uma abertura qualquer do
compasso traçar o arco DE. Em seguida, com a mesma abertura, centrar em E e traçar um arco
marcando o ponto G. Centrar em D com mesma abertura e marcar o ponto H. Ligando X com G
e X com H o ângulo reto fica dividido em três partes iguais.
XI. Por três pontos dados que não estejam alinhados, fazer passar uma circunferência.
AB, lado dado. Com uma ponta do compasso em B e abertura igual a AB, traçar uma
circunferência. Em seguida, com centro em A, traçar outra circunferência de modo que corte a
primeira nos pontos C e D. Traçar a perpendicular CD, depois, com centro em D ( e a mesma
abertura anterior), traçar uma terceira
circunferência, marcando os pontos 1, 2 e 3.
Ligar o ponto 3 com o ponto 1 e prolongar até
tocar o lado da primeira circunferência,
marcando o ponto 4. Ligar 2 com 1 e prolongar
até tocar o lado da segunda circunferência,
marcando o ponto 5. Depois com a ponta do
compasso no ponto 5 e abertura igual ao lado
dado, traçar um arco que corte a reta CD. Com
uma ponta em 4, traçar outro arco que corte o
primeiro no ponto 6. Unir A com B, A com 4, 4
com 6, 6 com 5 e 5 com B.
Obs.: Este processo permite dividir a circunferência em qualquer número de partes iguais.
Obs.: Os pontos A e B servem apenas para tomar medidas. Para traçar, usam-se os focos F e
F1.
1º exemplo:
2º exemplo:
O diâmetro indicado no desenho é 150 mm externo: subtrai-se uma vez a espessura do material.
Assim, 150 – 3 = 147. O número 147 é o DM encontrado e é ele que deve ser multiplicado por
3,14159.
Obs.: Essa figura também pode ser desenvolvida transcrevendo as medidas com o compasso
ao invés de se cruzarem as linhas.
Exercícios
2. Desenvolva o conjunto de conexões com bases inclinadas a 90º e 45º, com 120 mm de
diâmetro e 80 mm de altura, em cartolina.
Figura A
Figura B
Desenhada a figura A, faz-se uma de suas bocas superiores o arco 1-7, o qual divide-se em
partes iguais 1-2-3-4-5-6-7. Partindo desses pontos, traçam-se perpendiculares até a linha de
base da boca. Essas linhas serão prolongadas obedecendo a inclinação do tubo até tocar a
Chapéu Chinês
Desenha-se a vista de elevação do cone, conforme figura acima. Depois, fazendo centro em A,
com abertura de compasso igual a AB, traça-se o arco CD. Multiplica-se o diâmetro da base por
3,14 e o produto encontrado, divide-se em um número qualquer de partes iguais (quanto mais
divisões melhor) e com o auxílio do compasso, marcam-se essas divisões no arco CD.
Finalmente, traça-se uma reta ligando D a A e C a A, completando o desenvolvimento da
figura.
Dados:
H = 80 mm
D = 100 mm
r = 50 mm
R² =
R=√
R=√
R = 94,33
ἀ = 360 – (180 x r ÷ R x 2)
ἀ = 360 – (180 x 50 ÷94,33 x 2)
ἀ = 360 – (190.,81)
ἀ = 169,18
r² = 50² + 15²
r=√ 180 x (15 ÷52,2) = 51,7
r = 52,2 2x(104,4 x sen51,70) = 163,8
R = 104,4
Vg=
Vg1= = 73,6
Vg2= = 70,2
Vg3= = 70,2
Vg4= =73,6
KURZ, Catiéle Scheidt. Desafios de matemática.10 jun. 2012. Disponível em: <http://prof-catiele-
desafios.blogspot.com.br/2012/06/situacoes-problema-envolvendo-as-quatro.html>. Acesso em:
15 jul. 2014.
RIBEIRO, Antonio Clélio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Teoria do Desenho Projetivo
Utilizado pelo Desenho Técnico. [S.l:s.n], [200-?]