Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estatuto do Estrangeiro
define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil e cria o Conselho Nacional de Imigração.
Figuram também aqui algumas normas correlatas, como a que dispõe sobre a residência
provisória do estrangeiro em situação irregular no Brasil; a lei relacionada à implantação
do Estatuto dos Refugiados; e a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que
compreende regras de direito interno para a solução dos conflitos de leis no espaço.
Estatuto do Estrangeiro
regulamentação e legislação correlata
SENADO FEDERAL
Estatuto do Estrangeiro
Regulamentação e
Legislação Correlata
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2013 – 2014
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Magno Malta
Senador Jayme Campos
Senador João Durval
Senador Casildo Maldaner
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Estatuto do Estrangeiro
Regulamentação e
Legislação Correlata
2a edição
Brasília – 2013
Edição do Senado Federal
Diretor-Geral: Antônio Helder Medeiros Rebouças
Secretária-Geral da Mesa: Claudia Lyra Nascimento
CDDir 342.32
Estatuto do Estrangeiro
Lei no 6.815/1980
12 Título I – Da Aplicação
Título II – Da Admissão, Entrada e Impedimento
12 Capítulo I – Da Admissão
14 Capítulo II – Da Entrada
14 Capítulo III – Do Impedimento
15 Título III – Da Condição de Asilado
Título IV – Do Registro e suas Alterações
15 Capítulo I – Do Registro
15 Capítulo II – Da Prorrogação do Prazo de Estada
15 Capítulo III – Da Transformação dos Vistos
16 Capítulo IV – Da Alteração de Assentamentos
16 Capítulo V – Da Atualização do Registro
17 Capítulo VI – Do Cancelamento e do Restabelecimento do Registro
17 Título V – Da Saída e do Retorno
17 Título VI – Do Documento de Viagem para Estrangeiro
18 Título VII – Da Deportação
18 Título VIII – Da Expulsão
20 Título IX – Da Extradição
22 Título X – Dos Direitos e Deveres do Estrangeiro
Título XI – Da Naturalização
24 Capítulo I – Das Condições
26 Capítulo II – Dos Efeitos da Naturalização
Título XII – Das Infrações, Penalidades e seu Procedimento
26 Capítulo I – Das Infrações e Penalidades
27 Capítulo II – Do Procedimento para Apuração das Infrações
28 Título XIII – Disposições Gerais e Transitórias
31 Decreto no 86.715/1981
Atos internacionais
54 Constituição da Organização Internacional para as Migrações
61 Resolução no 1.105 (LXXXVIII)
Legislação correlata
64 Lei no 11.961/2009
66 Decreto no 6.893/2009
68 Lei no 9.474/1997
74 Lei no 8.629/1993
75 Lei no 8.069/1990
82 Lei no 7.685/1988
84 Lei no 7.180/1983
86 Decreto no 74.965/1974
90 Lei no 5.709/1971
93 Decreto-Lei no 4.657/1942
96 Decreto no 87/1991
98 Decreto no 97.464/1989
Informações complementares
102 Índice temático geral
Dispositivos constitucionais
pertinentes
Constituição
da República Federativa do Brasil
rege-se nas suas relações internacionais pelos tivos membros, serão equivalentes às emendas
seguintes princípios: constitucionais.
I – independência nacional; § 4o O Brasil se submete à jurisdição de
II – prevalência dos direitos humanos; Tribunal Penal Internacional a cuja criação
III – autodeterminação dos povos; tenha manifestado adesão.
IV – não-intervenção; ...............................................................................
8
CAPÍTULO III – Da Nacionalidade I – tiver cancelada sua naturalização, por
sentença judicial, em virtude de atividade no-
Art. 12. São brasileiros: civa ao interesse nacional;
I – natos: II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos
a) os nascidos na República Federativa do casos:
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que a) de reconhecimento de nacionalidade
estes não estejam a serviço de seu país; originária pela lei estrangeira;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasi- b) de imposição de naturalização, pela
leiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer norma estrangeira, ao brasileiro residente em
deles esteja a serviço da República Federativa Estado estrangeiro, como condição para per-
do Brasil; manência em seu território ou para o exercício
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro de direitos civis.
ou de mãe brasileira, desde que sejam registra- ...............................................................................
dos em repartição brasileira competente ou ve-
nham a residir na República Federativa do Brasil CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos
e optem, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira; Art. 14. A soberania popular será exercida
II – naturalizados: pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se-
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacio- creto, com valor igual para todos, e, nos termos
nalidade brasileira, exigidas aos originários de da lei, mediante:
países de língua portuguesa apenas residência I – plebiscito;
por um ano ininterrupto e idoneidade moral; II – referendo;
b) os estrangeiros de qualquer nacionali- III – iniciativa popular.
dade residentes na República Federativa do ...............................................................................
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e § 2o Não podem alistar-se como eleitores
sem condenação penal, desde que requeiram a os estrangeiros e, durante o período do serviço
nacionalidade brasileira. militar obrigatório, os conscritos.
§ 1o Aos portugueses com residência per- § 3o São condições de elegibilidade, na
manente no País, se houver reciprocidade em forma da lei:
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos I – a nacionalidade brasileira;
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos ...............................................................................
nesta Constituição.
§ 2o A lei não poderá estabelecer distinção CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos
entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação
§ 3o São privativos de brasileiro nato os e extinção de partidos políticos, resguardados
cargos: a soberania nacional, o regime democrático,
I – de Presidente e Vice-Presidente da Re- o pluripartidarismo, os direitos fundamentais
Dispositivos constitucionais pertinentes
9
CAPÍTULO II – Da União CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário
............................................................................... ...............................................................................
10
Estatuto do Estrangeiro
lei no 6.815/1980
Define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração e dá
outras providências.
IV – permanente;
V – de cortesia; Art. 9o O visto de turista poderá ser concedido
VI – oficial; e ao estrangeiro que venha ao Brasil em caráter
VII – diplomático. recreativo ou de visita, assim considerado
Parágrafo único. O visto é individual e sua aquele que não tenha finalidade imigratória,
concessão poderá estender-se a dependentes nem intuito de exercício de atividade remu-
legais, observado o disposto no artigo 7o. nerada.
12
Art. 10. Poderá ser dispensada a exigência demais, salvo o disposto no parágrafo único
de visto, prevista no artigo anterior, ao turista deste artigo, o correspondente à duração da
nacional de país que dispense ao brasileiro missão, do contrato, ou da prestação de servi-
idêntico tratamento. ços, comprovada perante a autoridade consular,
Parágrafo único. A reciprocidade prevista observado o disposto na legislação trabalhista.3
neste artigo será, em todos os casos, estabeleci- Parágrafo único. No caso do item IV do
da mediante acordo internacional, que observa- artigo 13 o prazo será de até um ano, prorro-
rá o prazo de estada do turista fixado nesta Lei. gável, quando for o caso, mediante prova do
aproveitamento escolar e da matrícula.
Art. 11. A empresa transportadora deverá
verificar, por ocasião do embarque, no exterior, Art. 15. Ao estrangeiro referido no item III ou
a documentação exigida, sendo responsável, no V do artigo 13 só se concederá o visto se satis-
caso de irregularidade apurada no momento da fizer as exigências especiais estabelecidas pelo
entrada, pela saída do estrangeiro, sem prejuízo Conselho Nacional de Imigração e for parte em
do disposto no artigo 125, item VI. contrato de trabalho, visado pelo Ministério do
Trabalho, salvo no caso de comprovada presta-
Art. 12. O prazo de validade do visto de turista ção de serviço ao Governo brasileiro.
será de até cinco anos, fixado pelo Ministério
das Relações Exteriores, dentro de critérios Art. 16. O visto permanente poderá ser con-
de reciprocidade, e proporcionará múltiplas cedido ao estrangeiro que pretenda se fixar
entradas no País, com estadas não excedentes definitivamente no Brasil.4
a noventa dias, prorrogáveis por igual período, Parágrafo único. A imigração objetivará,
totalizando o máximo de cento e oitenta dias primordialmente, propiciar mão-de-obra
por ano.1 especializada aos vários setores da economia
nacional, visando à Política Nacional de Desen-
Art. 13. O visto temporário poderá ser conce- volvimento em todos os aspectos e, em especial,
dido ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:2 ao aumento da produtividade, à assimilação de
I – em viagem cultural ou em missão de tecnologia e à captação de recursos para setores
estudos; específicos.
II – em viagem de negócios;
III – na condição de artista ou desportista; Art. 17. Para obter visto permanente o es-
IV – na condição de estudante; trangeiro deverá satisfazer, além dos requisitos
V – na condição de cientista, professor, referidos no artigo 5o, as exigências de caráter
técnico ou profissional de outra categoria, sob especial previstas nas normas de seleção de imi-
regime de contrato ou a serviço do Governo grantes estabelecidas pelo Conselho Nacional
brasileiro; de Imigração.
VI – na condição de correspondente de jor-
nal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosa Art. 18. A concessão do visto permanente po-
estrangeira; e derá ficar condicionada, por prazo não superior
VII – na condição de ministro de confissão a cinco anos, ao exercício de atividade certa e
religiosa ou membro de instituto de vida con- à fixação em região determinada do território
sagrada e de congregação ou ordem religiosa. nacional.
Estatuto do estrangeiro
Art. 14. O prazo de estada no Brasil, nos casos Art. 19. O Ministério das Relações Exteriores
dos itens II e III do art. 13, será de até noventa definirá os casos de concessão, prorrogação
dias; no caso do item VII, de até um ano; e nos
1
Lei no 9.076/1995. 3
Lei no 6.964/1981.
2
Lei no 6.964/1981. 4
Lei no 6.964/1981.
13
ou dispensa dos vistos diplomáticos, oficial e Art. 23. O transportador ou seu agente res-
de cortesia. ponderá, a qualquer tempo, pela manutenção
e demais despesas do passageiro em viagem
Art. 20. Pela concessão de visto cobrar-se-ão contínua ou do tripulante que não estiver
emolumentos consulares, ressalvados:5 presente por ocasião da saída do meio de trans-
I – os regulados por acordos que concedam porte, bem como pela retirada dos mesmos do
gratuidade; território nacional.
II – os vistos de cortesia, oficial ou diplo-
mático; Art. 24. Nenhum estrangeiro procedente do
III – os vistos de trânsito, temporário ou de exterior poderá afastar-se do local de entrada
turista, se concedidos a titulares de passaporte e inspeção, sem que o seu documento de via-
diplomático ou de serviço. gem e o cartão de entrada e saída hajam sido
Parágrafo único. A validade para a utilização visados pelo órgão competente do Ministério
de qualquer dos vistos é de 90 (noventa) dias, da Justiça.6
contados da data de sua concessão, podendo
ser prorrogada pela autoridade consular uma Art. 25. Não poderá ser resgatado no Brasil,
só vez, por igual prazo, cobrando-se os emo- sem prévia autorização do Ministério da Justiça,
lumentos devidos, aplicando-se esta exigência o bilhete de viagem do estrangeiro que tenha
somente a cidadãos de países onde seja verifi- entrado no território nacional na condição de
cada a limitação recíproca. turista ou em trânsito.
providenciar seu registro no Ministério das a transformação após o prazo de dois anos de
Relações Exteriores. residência no País.
Parágrafo único. O estrangeiro titular de § 2o Na transformação do visto poderá
passaporte de serviço, oficial ou diplomático, aplicar-se o disposto no artigo 18.
que haja entrado no Brasil ao amparo de acor-
8
Lei no 6.964/1981.
7
Lei n 6.964/1981.
o 9
Lei no 6.964/1981.
15
Art. 38. É vedada a legalização da estada de § 1o O pedido de alteração de nome deverá
clandestino e de irregular, e a transformação ser instruído com a documentação prevista em
em permanente, dos vistos de trânsito, de Regulamento e será sempre objeto de investi-
turista, temporário (art. 13, itens I a IV e VI) gação sobre o comportamento do requerente.
e de cortesia. § 2o Os erros materiais no registro serão
corrigidos de ofício.
Art. 39. O titular de visto diplomático ou ofi- § 3o A alteração decorrente de desquite ou
cial poderá obter transformação desses vistos divórcio obtido em país estrangeiro depen-
para temporário (art. 13, itens I a VI) ou para derá de homologação, no Brasil, da sentença
permanente (art. 16), ouvido o Ministério das respectiva.
Relações Exteriores, e satisfeitas as exigências § 4o Poderá ser averbado no registro o nome
previstas nesta Lei e no seu Regulamento. abreviado usado pelo estrangeiro como firma
Parágrafo único. A transformação do vis- comercial registrada ou em qualquer atividade
to oficial ou diplomático em temporário ou profissional.
permanente importará na cessação de todas
as prerrogativas, privilégios e imunidades de- Art. 44. Compete ao Ministro da Justiça auto-
correntes daqueles vistos. rizar a alteração de assentamentos constantes
do registro de estrangeiro.
Art. 40. A solicitação da transformação de
visto não impede a aplicação do disposto no
artigo 57, se o estrangeiro ultrapassar o prazo CAPÍTULO V – Da Atualização do Registro
legal de estada no território nacional.
Parágrafo único. Do despacho que denegar a Art. 45. A Junta Comercial, ao registrar fir-
transformação do visto, caberá pedido de recon- ma de que participe estrangeiro, remeterá ao
sideração na forma definida em Regulamento. Ministério da Justiça os dados de identificação
do estrangeiro e os do seu documento de iden-
Art. 41. A transformação de vistos de que tidade emitido no Brasil.10
tratam os artigos 37 e 39 ficará sem efeito, se Parágrafo único. Tratando-se de sociedade
não for efetuado o registro no prazo de noventa anônima, a providência é obrigatória em rela-
dias, contados da publicação, no Diário Oficial, ção ao estrangeiro que figure na condição de
do deferimento do pedido. administrador, gerente, diretor ou acionista
controlador.
Art. 42. O titular de quaisquer dos vistos
definidos nos artigos 8o, 9o, 10, 13 e 16 poderá Art. 46. Os Cartórios de Registro Civil reme-
ter os mesmos transformados para oficial ou terão, mensalmente, ao Ministério da Justiça
diplomático. cópia dos registros de casamento e de óbito de
estrangeiro.
registro (art. 30), poderá ser alterado: quando requisitados, os dados de identificação
I – se estiver comprovadamente errado; do estrangeiro admitido na condição de hóspe-
II – se tiver sentido pejorativo ou expuser o de, locatário, sublocatário ou morador.11
titular ao ridículo; ou
III – se for de pronunciação e compreensão
difíceis e puder ser traduzido ou adaptado à 10
Lei no 6.964/1981.
prosódia da língua portuguesa. 11
Lei no 6.964/1981.
16
Art. 48. Salvo o disposto no § 1o do artigo dependerá, sempre, da satisfação prévia dos
21, a admissão de estrangeiro a serviço de en- referidos encargos.
tidade pública ou privada, ou a matrícula em
estabelecimento de ensino de qualquer grau,
só se efetivará se o mesmo estiver devidamente TÍTULO V – Da Saída e do Retorno
registrado (art. 30).
Parágrafo único. As entidades, a que se Art. 50. Não se exigirá visto de saída do estran-
refere este artigo, remeterão ao Ministério da geiro que pretender sair do território nacional.
Justiça, que dará conhecimento ao Ministério § 1o O Ministro da Justiça poderá, a qual-
do Trabalho, quando for o caso, os dados de quer tempo, estabelecer a exigência de visto
identificação do estrangeiro admitido ou ma- de saída, quando razões de segurança interna
triculado e comunicarão, à medida que ocorrer, aconselharem a medida.
o término do contrato de trabalho, sua rescisão § 2o Na hipótese do parágrafo anterior, o
ou prorrogação, bem como a suspensão ou can- ato que estabelecer a exigência disporá sobre o
celamento da matrícula e a conclusão do curso. prazo de validade do visto e as condições para
a sua concessão.
§ 3o O asilado deverá observar o disposto
CAPÍTULO VI – Do Cancelamento e do no artigo 29.
Restabelecimento do Registro
Art. 51. O estrangeiro registrado como per-
Art. 49. O estrangeiro terá o registro cancelado: manente, que se ausentar do Brasil, poderá
I – se obtiver naturalização brasileira; regressar independentemente de visto se o fizer
II – se tiver decretada sua expulsão; dentro de dois anos.
III – se requerer a saída do território na- Parágrafo único. A prova da data da saída,
cional em caráter definitivo, renunciando, para os fins deste artigo, far-se-á pela anotação
expressamente, ao direito de retorno previsto aposta, pelo órgão competente do Ministério
no artigo 51; da Justiça, no documento de viagem do estran-
IV – se permanecer ausente do Brasil por geiro, no momento em que o mesmo deixar o
prazo superior ao previsto no artigo 51; território nacional.
V – se ocorrer a transformação de visto de
que trata o artigo 42; Art. 52. O estrangeiro registrado como tem-
VI – se houver transgressão do artigo 18, porário, que se ausentar do Brasil, poderá re-
artigo 37, § 2o, ou 99 a 101; e gressar independentemente de novo visto, se o
VII – se temporário ou asilado, no término fizer dentro do prazo de validade de sua estada
do prazo de sua estada no território nacional. no território nacional.
§ 1o O registro poderá ser restabelecido,
nos casos dos itens I ou II, se cessada a causa Art. 53. (Revogado)12
do cancelamento, e, nos demais casos, se o
estrangeiro retornar ao território nacional com
visto de que trata o artigo 13 ou 16, ou obtiver TÍTULO VI – Do Documento de Viagem
a transformação prevista no artigo 39. para Estrangeiro
§ 2o Ocorrendo a hipótese prevista no item
Estatuto do estrangeiro
III deste artigo, o estrangeiro deverá proceder Art. 54. São documentos de viagem o passa-
à entrega do documento de identidade para porte para estrangeiro e o “laissez-passer”.
estrangeiro e deixar o território nacional dentro Parágrafo único. Os documentos de que trata
de trinta dias. este artigo são de propriedade da União, caben-
§ 3o Se da solicitação de que trata o item do a seus titulares a posse direta e o uso regular.
III deste artigo resultar isenção de ônus fiscal
ou financeiro, o restabelecimento do registro 12
Lei no 9.076/1995.
17
Art. 55. Poderá ser concedido passaporte para Parágrafo único. A deportação far-se-á para
estrangeiro: o país da nacionalidade ou de procedência do
I – no Brasil: estrangeiro, ou para outro que consinta em
a) ao apátrida e ao de nacionalidade inde- recebê-lo.
finida;
b) a nacional de país que não tenha repre- Art. 59. Não sendo apurada a responsabilidade
sentação diplomática ou consular no Brasil, do transportador pelas despesas com a retirada
nem representante de outro país encarregado do estrangeiro, nem podendo este ou terceiro
de protegê-lo; por ela responder, serão as mesmas custeadas
c) a asilado ou a refugiado, como tal admi- pelo Tesouro Nacional.
tido no Brasil;
II – no Brasil e no exterior, ao cônjuge ou à Art. 60. O estrangeiro poderá ser dispensado
viúva de brasileiro que haja perdido a nacio- de quaisquer penalidades relativas à entrada ou
nalidade originária em virtude do casamento. estada irregular no Brasil ou formalidade cujo
Parágrafo único. A concessão de passaporte, cumprimento possa dificultar a deportação.
no caso da letra “b”, do item I deste artigo, de-
penderá de prévia consulta ao Ministério das Art. 61. O estrangeiro, enquanto não se efeti-
Relações Exteriores. var a deportação, poderá ser recolhido à prisão
por ordem do Ministro da Justiça, pelo prazo
Art. 56. O “laissez-passer” poderá ser conce- de sessenta dias.
dido, no Brasil ou no exterior, ao estrangeiro Parágrafo único. Sempre que não for pos-
portador de documento de viagem emitido sível, dentro do prazo previsto neste artigo,
por governo não reconhecido pelo Governo determinar-se a identidade do deportando ou
brasileiro, ou não válido para o Brasil. obter-se documento de viagem para promover
Parágrafo único. A concessão, no exterior, a sua retirada, a prisão poderá ser prorrogada
de “laissez-passer” a estrangeiro registrado por igual período, findo o qual será ele posto em
no Brasil como permanente, temporário ou liberdade, aplicando-se o disposto no artigo 73.
asilado, dependerá de audiência prévia do
Ministério da Justiça. Art. 62. Não sendo exeqüível a deportação
ou quando existirem indícios sérios de peri-
culosidade ou indesejabilidade do estrangeiro,
TÍTULO VII – Da Deportação proceder-se-á à sua expulsão.
Art. 57. Nos casos de entrada ou estada irre- Art. 63. Não se procederá à deportação se impli-
gular de estrangeiro, se este não se retirar vo- car em extradição inadmitida pela lei brasileira.
luntariamente do território nacional no prazo
fixado em Regulamento, será promovida sua Art. 64. O deportado só poderá reingressar no
deportação. território nacional se ressarcir o Tesouro Na-
§ 1o Será igualmente deportado o estran- cional, com correção monetária, das despesas
geiro que infringir o disposto nos artigos 21, § com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o
2o, 24, 37, § 2o, 98 a 101, §§ 1o ou 2o do artigo pagamento da multa devida à época, também
104 ou artigo 105. corrigida.
Estatuto do Estrangeiro
Art. 69. O Ministro da Justiça, a qualquer Art. 74. O Ministro da Justiça poderá modifi-
Estatuto do estrangeiro
tempo, poderá determinar a prisão, por noventa car, de ofício ou a pedido, as normas de conduta
dias, do estrangeiro submetido a processo de impostas ao estrangeiro e designar outro lugar
expulsão e, para concluir o inquérito ou asse- para a sua residência.
gurar a execução da medida, prorrogá-la por
igual prazo. Art. 75. Não se procederá à expulsão:13
Parágrafo único. Em caso de medida inter-
posta junto ao Poder Judiciário que suspenda, 13
Lei no 6.964/1981.
19
I – se implicar extradição inadmitida pela VIII – o extraditando houver de responder,
lei brasileira; ou no Estado requerente, perante Tribunal ou Juízo
II – quando o estrangeiro tiver: de exceção.
a) cônjuge brasileiro do qual não esteja § 1o A exceção do item VII não impedirá a
divorciado ou separado, de fato ou de direito, extradição quando o fato constituir, principal-
e desde que o casamento tenha sido celebrado mente, infração da lei penal comum, ou quando
há mais de 5 (cinco) anos; ou o crime comum, conexo ao delito político,
b) filho brasileiro que, comprovadamente, constituir o fato principal.
esteja sob sua guarda e dele dependa econo- § 2o Caberá, exclusivamente, ao Supremo Tri-
micamente. bunal Federal, a apreciação do caráter da infração.
§ 1 o Não constituem impedimento à § 3o O Supremo Tribunal Federal poderá
expulsão a adoção ou o reconhecimento de deixar de considerar crimes políticos os aten-
filho brasileiro supervenientes ao fato que a tados contra Chefes de Estado ou quaisquer
motivar. autoridades, bem assim os atos de anarquismo,
§ 2o Verificados o abandono do filho, o di- terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoa,
vórcio ou a separação, de fato ou de direito, a ou que importem propaganda de guerra ou
expulsão poderá efetivar-se a qualquer tempo. de processos violentos para subverter a ordem
política ou social.
artigo não se aplica ao português beneficiário III – residência contínua no território nacio-
do Estatuto da Igualdade ao qual tiver sido nal, pelo prazo mínimo de quatro anos, imedia-
reconhecido o gozo de direitos políticos. tamente anteriores ao pedido de naturalização;
Art. 117. O requerimento de que trata o ar- Art. 121. A satisfação das condições previstas
tigo 115, dirigido ao Ministro da Justiça, será nesta Lei não assegura ao estrangeiro direito à
apresentado, no Distrito Federal, Estados e naturalização.
Territórios, ao órgão competente do Ministério
da Justiça, que procederá à sindicância sobre
a vida pregressa do naturalizando e opinará CAPÍTULO II – Dos Efeitos da
quanto à conveniência da naturalização. Naturalização
Art. 118. Recebido o processo pelo dirigente Art. 122. A naturalização, salvo a hipótese do
do órgão competente do Ministério da Justiça, artigo 116, só produzirá efeitos após a entrega
poderá ele determinar, se necessário, outras do certificado e confere ao naturalizado o gozo
diligências. Em qualquer hipótese, o processo de todos os direitos civis e políticos, excetuados
deverá ser submetido, com parecer, ao Ministro os que a Constituição Federal atribui exclusi-
da Justiça. vamente ao brasileiro nato.
Parágrafo único. O dirigente do órgão com-
petente do Ministério da Justiça determinará o Art. 123. A naturalização não importa aquisi-
arquivamento do pedido, se o naturalizando não ção da nacionalidade brasileira pelo cônjuge e
satisfizer, conforme o caso, a qualquer das condi- filhos do naturalizado, nem autoriza que estes
ções previstas no artigo 112 ou 116, cabendo re- entrem ou se radiquem no Brasil sem que sa-
consideração desse despacho; se o arquivamento tisfaçam as exigências desta Lei.
for mantido, poderá o naturalizando recorrer ao
Ministro da Justiça; em ambos os casos, o prazo Art. 124. A naturalização não extingue a
é de trinta dias contados da publicação do ato. responsabilidade civil ou penal a que o na-
turalizando estava anteriormente sujeito em
Art. 119. Publicada no Diário Oficial a Por- qualquer outro país.
taria de Naturalização, será ela arquivada no
órgão competente do Ministério da Justiça,
que emitirá certificado relativo a cada natura- TÍTULO XII – Das Infrações, Penalidades e
Estatuto do Estrangeiro
28
tório nacional, requerer permanência ao órgão Art. 139. Fica o Ministro da Justiça autorizado
competente do Ministério da Justiça dentro do a delegar a competência, que esta Lei lhe atribui,
prazo de noventa dias improrrogável, a contar para determinar a prisão do estrangeiro, em
da data da entrada em vigor desta Lei. caso de deportação, expulsão e extradição.29
Parágrafo único. Independerá da satisfação
das exigências de caráter especial referidas no Art. 140. Esta Lei entrará em vigor na data de
artigo 17 desta Lei a autorização a que alude sua publicação.30
este artigo.
Art. 141. Revogam-se as disposições em con-
Art. 136. Se o estrangeiro tiver ingressado trário, especialmente o Decreto-lei no 406, de
no Brasil até 20 de agosto de 1938, data da 4 de maio de 1938; artigo 69 do Decreto-lei no
entrada em vigor do Decreto no 3.010, desde 3.688, de 3 de outubro de 1941; Decreto-lei no
que tenha mantido residência contínua no ter- 5.101, de 17 de dezembro de 1942; Decreto-lei
ritório nacional, a partir daquela data, e prove a no 7.967, de 18 de setembro de 1945; Lei no
qualificação, inclusive a nacionalidade, poderá 5.333, de 11 de outubro de 1967; Decreto-lei
requerer permanência ao órgão competente do no 417, de 10 de janeiro de 1969; Decreto-lei
Ministério da Justiça, observado o disposto no no 941, de 13 de outubro de 1969; artigo 2o da
parágrafo único do artigo anterior. Lei no 5.709, de 7 de outubro de 1971, e Lei no
6.262, de 18 de novembro de 1975.31
Art. 137. Aos processos em curso no Ministé-
rio da Justiça, na data de publicação desta Lei, Brasília, em 19 de agosto de 1980; 159o da In-
aplicar-se-á o disposto no Decreto-Lei no 941, dependência e 92o da República.
de 13 de outubro de 1969, e no seu Regulamen-
to, Decreto no 66.689, de 11 de junho de 1970.27 JOÃO FIGUEIREDO – Ibrahim Abi-Ackel – R.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não S. Guerreiro – Angelo Amaury Stabile – Murilo
se aplica aos processos de naturalização, sobre os Macêdo – Waldir Mendes Arcoverde – Danilo
quais incidirão, desde logo, as normas desta Lei. Venturini
Art. 138. Aplica-se o disposto nesta Lei às Promulgada em 19/8/1980 e publicada no Dou
pessoas de nacionalidade portuguesa, sob de 21/8/1980; retificada no Dou de 22/8/1980; e
reserva de disposições especiais expressas na republicada no Dou de 10/12/1981.
Constituição Federal ou nos tratados em vigor.28
29
Lei no 6.964/1981.
27
Lei n 6.964/1981.
o 30
Lei no 6.964/1981.
28
Lei no 6.964/1981. 31
Lei no 6.964/1981.
29
c. visto temporário: Cr$ 10,00 (dez cruzei- – Pedido de autorização para funciona-
ros) ouro. mento de sociedade: Cr$ 2.000,00 (dois mil
d. visto permanente: Cr$ 10,00 (dez cruzei- cruzeiros).33
ros) ouro.
– Pedido de registro de sociedade: Cr$ 2.000,00
II – Taxas (dois mil cruzeiros).
– Pedido de visto de saída: Cr$ 300,00 (trezen- – Pedido de naturalização: Cr$ 1.000,00 (hum
tos cruzeiros). mil cruzeiros).
33
Lei no 6.964/1981.
32
Decreto-Lei n 2.236/1985.
o 34
Decreto-Lei no 2.236/1985.
30
Decreto no 86.715/1981
Regulamenta a Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro
no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração e dá outras providências.
I deste artigo e no parágrafo único do art. 9o. VII – contrato de trabalho visado pela Secre-
taria de Imigração do Ministério do Trabalho,
Art. 24. O Departamento Consular e Jurídico quando for o caso.
do Ministério das Relações Exteriores dará ci- § 1o O visto permanente só poderá ser obti-
ência, à Secretaria de Imigração do Ministério do, salvo no caso de força maior, na jurisdição
do Trabalho, da concessão dos vistos de que
trata o § 2o do artigo anterior. 36
Decreto no 87/1991 e Decreto no 740/1993.
34
consular em que o interessado tenha mantido Art. 38. O estrangeiro, ao entrar no território
residência pelo prazo mínimo de um ano ime- nacional, será fiscalizado pela Polícia Fede-
diatamente anterior ao pedido. ral, pelo Departamento da Receita Federal
§ 2o O estrangeiro, titular do visto perma- e, quando for o caso, pelo órgão competente
nente, deverá apresentar, aos órgãos federais do Ministério da Saúde, no local de entrada,
competentes, ao entrar no território nacional, devendo apresentar os documentos previstos
os documentos referidos no item I deste artigo neste Regulamento.38
e no parágrafo único do art. 9o. § 1o No caso de entrada por via terrestre,
§ 3o (Revogado) a fiscalização far-se-á no local reservado, para
esse fim, aos órgãos referidos neste artigo.
Art. 28. A concessão do visto permanente po- § 2o Em se tratando de entrada por via
derá ficar condicionada, por prazo não superior marítima, a fiscalização será feita a bordo, no
a cinco anos, ao exercício de atividade certa e porto de desembarque.
à fixação em região determinada do território § 3o Quando a entrada for por via aérea, a
nacional. fiscalização será feita no aeroporto do local de
Parágrafo único. A autoridade consular destino do passageiro, ou ocorrendo a trans-
anotará à margem do visto a atividade a ser formação do vôo internacional em doméstico,
exercida pelo estrangeiro e a região em que se no lugar onde a mesma se der, a critério do
deva fixar. Departamento de Polícia Federal do Ministé-
rio da Justiça, ouvidas a Divisão Nacional de
Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e
SEÇÃO II – Do Exame de Saúde Fronteiras do Ministério da Saúde e a Secretaria
da Receita Federal do Ministério da Fazenda.
Arts. 29 a 35. (Revogados)37
Art. 39. Quando o visto consular omitir a sua
classificação ou ocorrer engano, o Departamen-
CAPÍTULO II – Da Entrada to de Polícia Federal poderá permitir a entrada
do estrangeiro, retendo o seu documento de
Art. 36. Para a entrada do estrangeiro no ter- viagem e fornecendo-lhe comprovante.
ritório nacional, será exigido visto concedido Parágrafo único. O Departamento de Polícia
na forma deste Regulamento, salvo as exceções Federal encaminhará o documento de viagem
legais. ao Ministério das Relações Exteriores, para
Parágrafo único. No caso de força maior classificação ou correção.
devidamente comprovada, o Departamento de
Polícia Federal poderá autorizar a entrada do Art. 40. Havendo dúvida quanto à dispensa
estrangeiro no território nacional, ainda que de visto, no caso de titular de passaporte diplo-
esgotado o prazo de validade para utilização mático, oficial ou de serviço, o Departamento
do visto. de Polícia Federal consultará o Ministério das
Relações Exteriores, para decidir sobre a entra-
Art. 37. Ao natural de país limítrofe, domi- da do estrangeiro.
ciliado em cidade contígua ao território na-
cional, respeitados os interesses da segurança Art. 41. O Departamento de Polícia Federal do
Estatuto do estrangeiro
nacional, poder-se-á permitir a entrada nos Ministério da Justiça poderá permitir a entrada
municípios fronteiriços a seu respectivo país, condicional de estrangeiro impedido na forma
desde que apresente carteira de identidade do artigo 53, mediante autorização escrita da Di-
válida, emitida por autoridade competente visão Nacional de Vigilância Sanitária de Portos,
do seu país. Aeroportos e Fronteiras, do Ministério da Saúde.
37
Decreto no 87/1991. 38
Decreto no 87/1991.
35
Art. 42. Quando a viagem contínua do estran- Parágrafo único. Para efeito do disposto
geiro tiver que ser interrompida por impossibi- neste artigo, o Departamento de Polícia Federal
lidade de transbordo imediato ou por motivo exigirá termo de compromisso, assinado pelo
imperioso, o transportador, ou seu agente, dará transportador ou seu agente.
conhecimento do fato ao Departamento de
Polícia Federal, por escrito. Art. 48. Nenhum estrangeiro procedente do
Parágrafo único. O Departamento de Polícia exterior poderá afastar-se do local de entrada e
Federal, se julgar procedente os motivos alega- inspeção sem que o seu documento de viagem e
dos, determinará o local em que o mesmo deva o cartão de entrada e saída hajam sido visados
permanecer e as condições a serem observadas pelo Departamento de Polícia Federal.
por ele e pelo transportador, não devendo o pra-
zo de estada exceder ao estritamente necessário Art. 49. Nenhum tripulante estrangeiro, de
ao prosseguimento da viagem. embarcação marítima de curso internacional,
poderá desembarcar no território nacional,
Art. 43. O Departamento de Polícia Federal ou descer à terra, durante a permanência da
poderá permitir o transbordo ou desembarque embarcação no porto, sem a apresentação da
de tripulante que, por motivo imperioso, seja carteira de identidade de marítimo prevista
obrigado a interromper a viagem no território em Convenção da Organização Internacional
nacional. do Trabalho.
Parágrafo único. O transportador, ou seu Parágrafo único. A carteira de identidade, de
agente, para os fins deste artigo, dará conheci- que trata este artigo, poderá ser substituída por
mento prévio do fato ao Departamento de Po- documento de viagem que atribua ao titular a
lícia Federal, fundamentadamente e por escrito, condição de marítimo.
assumindo a responsabilidade pelas despesas
decorrentes do transbordo ou desembarque. Art. 50. Não poderá ser resgatado no Brasil,
sem prévia autorização do Departamento de
Art. 44. Poderá ser permitido o transbordo do Polícia Federal, o bilhete de viagem do estran-
clandestino, se requerido pelo transportador, geiro que tenha entrado no território nacional
ou seu agente, que assumirá a responsabilidade na condição de turista ou em trânsito.
pelas despesas dele decorrentes.
Art. 45. Nas hipóteses previstas nos artigos 42 CAPÍTULO III – Do Impedimento
e 43, quando o transbordo ou desembarque for
solicitado por motivo de doença, deverá esta ser Art. 51. Além do disposto no artigo 26 da Lei
comprovada pela autoridade de saúde. no 6.815, de 19 de agosto de 1980, não poderá,
ainda, entrar no território nacional quem:
Art. 46. Quando se tratar de transporte aéreo, I – não apresentar documento de viagem ou
relativamente ao transbordo de passageiro e tri- carteira de identidade, quando admitida;
pulante e ao desembarque deste, aplicar-se-ão II – apresentar documento de viagem:
as normas e recomendações contidas em anexo a) que não seja válido para o Brasil;
à Convenção de Aviação Civil Internacional. b) que esteja com o prazo de validade ven-
cido;
Estatuto do Estrangeiro
Art. 47. O transportador ou seu agente res- c) que esteja com rasura ou indício de fal-
ponderá, a qualquer tempo, pela manutenção sificação;
e demais despesas do passageiro em viagem d) com visto consular concedido sem a obser-
contínua ou do tripulante que não estiver vância das condições previstas na Lei no 6.815,
presente por ocasião da saída do meio de trans- de 19 de agosto de 1980, e neste Regulamento.
porte, bem como pela retirada dos mesmos do Parágrafo único. O impedimento será ano-
território nacional. tado pelo Departamento de Polícia Federal do
36
Ministério da Justiça no documento de viagem § 3o A empresa transportadora, ou seu
do estrangeiro, ouvida a Divisão Nacional de agente, nos casos dos parágrafos anteriores,
Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e firmará termo de responsabilidade, perante o
Fronteiras do Ministério da Saúde, quando Departamento de Polícia Federal, que assegure
for o caso. a manutenção do estrangeiro.
§ 2o As entidades, a que se refere este artigo, ficado para deixar o território nacional dentro
remeterão ao Departamento de Polícia Fede- de trinta dias.
ral, os dados de identificação do estrangeiro,
à medida que ocorrer o término do contrato Art. 87. O Departamento de Polícia Federal
de trabalho, sua rescisão ou prorrogação, bem comunicará o cancelamento de registro à Secre-
como a suspensão ou cancelamento da matrí- taria de Imigração do Ministério do Trabalho,
cula e a conclusão do curso. quando for o caso.
42
SEÇÃO II – Do Restabelecimento de Art. 90. O estrangeiro registrado como per-
Registro manente, que se ausentar do Brasil, poderá
regressar independentemente de visto se o fizer
Art. 88. O registro poderá ser restabelecido dentro de dois anos a contar da data em que
pelo Departamento de Polícia Federal, se o tiver deixado o território nacional, observado o
estrangeiro: disposto no parágrafo único do artigo anterior.
I – tiver cancelada ou anulada a naturali- Parágrafo único. Findo o prazo a que se
zação concedida, desde que não tenha sido refere este artigo, o reingresso no País, como
decretada a sua expulsão; permanente, dependerá da concessão de novo
II – tiver a expulsão revogada; visto.
III – retornar ao território nacional com
visto temporário ou permanente. Art. 91. O estrangeiro registrado como tem-
§ 1o Em caso de retorno ao território nacio- porário, nos casos dos itens I e IV a VII do
nal, o pedido de restabelecimento de registro artigo 22, que se ausentar do Brasil, poderá
deverá ser feito no prazo de trinta dias, a contar regressar independentemente do novo visto, se
da data do reingresso. o fizer dentro do prazo fixado no documento
§ 2o Na hipótese do item III do artigo 85, se de identidade emitido pelo Departamento de
o cancelamento do registro houver importado Polícia Federal.
em isenção de ônus fiscal ou financeiro, o pe-
dido deverá ser instruído com o comprovante Art. 92. O estrangeiro titular de visto consular
da satisfação destes encargos. de turista ou temporário (artigo 22, II e III),
§ 3o O restabelecimento implicará a emis- que se ausentar do Brasil, poderá regressar
são de novo documento de identidade do independentemente de novo visto, se o fizer
qual conste, também, quando for o caso, a dentro do prazo de estada no território nacio-
data de reingresso do estrangeiro no território nal, fixado no visto.
nacional.
§ 4o Se, ao regressar ao território nacional, Art. 93. O prazo de validade do visto temporá-
o estrangeiro fixar residência em Unidade da rio a que se refere o art. 22, inciso II, será fixado
Federação diversa daquela em que foi anterior- pelo Ministério das Relações Exteriores e não
mente registrado, a emissão do novo documen- excederá o período de cinco anos, podendo
to de identidade será precedida da requisição proporcionar ao titular do visto múltiplas en-
de cópia do registro para inscrição. tradas no País, com estadas não excedentes a
§ 5o No caso de estrangeiro que retorne ao noventa dias, prorrogáveis por igual período,
Brasil com outro nome ou nacionalidade, o totalizando, no máximo, 180 dias por ano.42
restabelecimento do registro somente se pro- Parágrafo único. Na fixação do prazo de
cederá após o cumprimento do disposto nos validade do visto, permissivo de múltiplas
artigos 77 e 80. entradas, o Ministério das Relações Exteriores
observará o princípio da reciprocidade de
tratamento.
TÍTULO IV – Da Saída e do Retorno
Art. 98. Nos casos de entrada ou estada irre- Art. 102. Compete ao Ministro da Justiça, de
gular, o estrangeiro, notificado pelo Departa- ofício ou acolhendo solicitação fundamentada,
Estatuto do Estrangeiro
dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares a) de cônjuge estrangeiro casado há mais
onde haja residido anteriormente no Brasil e de cinco anos com diplomata brasileiro em
no exterior, se satisfaz o requisito a que alude atividade; ou
o item VII do artigo 112 da Lei no 6.815, de 19 b) de estrangeiro que, empregado em Mis-
de agosto de 1980, e se deseja ou não traduzir são diplomática ou em Repartição consular
ou adaptar o seu nome a língua portuguesa, de- do Brasil, contar mais de dez anos de serviços
vendo instruí-la com os seguintes documentos: ininterruptos.
47
§ 5o Será dispensado o requisito referido no II – o original do certificado provisório de
item V deste artigo, se o estrangeiro residir no naturalização.
País há mais de dois anos.
§ 6o Aos nacionais portugueses não se exigi- Art. 123. O estrangeiro que tenha vindo residir
rá o requisito do item IV deste artigo, e, quanto no Brasil, antes de atingida a maioridade e haja
ao item II, bastará a residência ininterrupta feito curso superior em estabelecimento nacio-
por um ano. nal de ensino, poderá, até um ano depois da
§ 7o O requerimento para naturalização formatura, requerer a naturalização, mediante
será assinado pelo naturalizando, mas, se for pedido instruído com os seguintes documentos:
de nacionalidade portuguesa, poderá sê-lo por I – cédula de identidade para estrangeiro
mandatário com poderes especiais. permanente;
II – atestado policial de residência contínua
Art. 120. O estrangeiro admitido no Brasil até no Brasil desde a entrada; e
a idade de cinco anos, radicado definitivamente III – atestado policial de antecedentes
no território nacional, poderá, até dois anos passado pelo serviço competente do lugar de
após atingida a maioridade, requerer naturali- residência no Brasil.
zação, mediante petição, instruída com:
I – cédula de identidade para estrangeiro Art. 124. Os estrangeiros a que se referem as
permanente; alíneas “a” e “b” do § 4o do artigo 119, deverão
II – atestado policial de residência contínua instruir o pedido de naturalização:
no Brasil, desde a entrada; e I – no caso da alínea “a”, com a prova do
III – atestado policial de antecedentes, casamento, devidamente autorizado pelo Go-
passado pelo serviço competente do lugar de verno brasileiro;
residência no Brasil. II – no caso da alínea “b”, com documentos
fornecidos pelo Ministério das Relações Exterio-
Art. 121. O estrangeiro admitido no Brasil res que provem estar o naturalizando em efetivo
durante os primeiros cinco anos de vida, esta- exercício, contar mais de dez anos de serviços
belecido definitivamente no território nacional, ininterruptos e se recomendar a naturalização;
poderá, enquanto menor, requerer, por inter- III – em ambos os casos, estando o candidato
médio de seu representante legal, a emissão no exterior, ainda com:
de certificado provisório de naturalização, a) documento de identidade em fotocópia
instruindo o pedido com: autêntica ou pública forma vertida, se não
I – prova do dia de ingresso no território grafada em português;
nacional; b) documento que comprove a estada no
II – prova da condição de permanente; Brasil por trinta dias;
III – certidão de nascimento ou documento c) atestado de sanidade física e mental, pas-
equivalente; sado por médico credenciado pela autoridade
IV – prova de nacionalidade; e consular brasileira, na impossibilidade de rea-
V – atestado policial de antecedentes, lizar exame de saúde no Brasil;
passado pelo serviço competente do lugar de d) três planilhas datiloscópicas tiradas no
residência no Brasil, se maior de dezoito anos. órgão competente do local de residência ou na
repartição consular brasileira, quando inexistir
Estatuto do Estrangeiro
Art. 122. O naturalizado na forma do artigo registro do estrangeiro no Brasil, ou não puder
anterior que pretender confirmar a intenção comprovar ter sido registrado como estrangeiro
de continuar brasileiro, deverá manifestá-la ao no território nacional.
Ministro da Justiça, até dois anos após atingir a Parágrafo único. A autorização de que trata
maioridade, mediante petição, instruída com: o item I não será exigida se o casamento tiver
I – a cópia autêntica da cédula de identi- ocorrido antes do ingresso do cônjuge brasileiro
dade; e na carreira diplomática.
48
Art. 125. A petição de que tratam os artigos Art. 127. Não ocorrendo a hipótese prevista
119, 120, 122 e 123, dirigida ao Ministro da no artigo anterior, ou se provido do recurso
Justiça, será apresentada ao órgão local do sem decisão final concedendo a naturalização,
Departamento de Polícia Federal. o Diretor-Geral do Departamento Federal de
§ 1o No caso do artigo 121, a petição poderá Justiça, se o entender necessário, poderá deter-
ser apresentada diretamente ao Departamento minar outras diligências.
Federal de Justiça, dispensadas as providências § 1o O Departamento Federal de Justiça dará
de que trata o § 3o deste artigo. ciência ao naturalizando das exigências a serem
§ 2o Nos casos do artigo 124, a petição por ele cumpridas, no prazo que lhe for fixado.
poderá ser apresentada à autoridade consular § 2 o Se o naturalizando não cumprir o
brasileira, que a remeterá, através do Ministé- despacho no prazo fixado, ou não justificar a
rio das Relações Exteriores, ao Departamento omissão, o pedido será arquivado e só poderá
Federal de Justiça, para os fins deste artigo. ser renovado com o cumprimento de todas as
§ 3o O órgão, de Departamento de Polícia exigências do artigo 119.
Federal, ao processar o pedido: § 3o Se a diligência independer do inte-
I – fará a remessa da planilha datiloscópica ressado, o órgão a que for requisitada deverá
do naturalizando ao Instituto Nacional de Iden- cumpri-la dentro de trinta dias, sob pena de
tificação, solicitando a remessa da sua folha de apuração da responsabilidade do servidor.
antecedentes;
II – investigará a sua conduta; Art. 128. Publicada a Portaria de Naturaliza-
III – opinará sobre a conveniência da na- ção no Diário Oficial da União, o Departamento
turalização; Federal de Justiça emitirá certificado relativo a
IV – certificará se o requerente lê e escreve a cada naturalizando.
língua portuguesa, considerada a sua condição; § 1o O certificado será remetido ao Juiz
V – anexará ao processo boletim de sindi- Federal da cidade onde tenha domicílio o
cância em formulário próprio. interessado, para entrega solene em audiência
§ 4o A solicitação, de que trata o item I do pública, individual ou coletiva, na qual o Magis-
parágrafo anterior, deverá ser atendida dentro trado dirá da significação do ato e dos deveres
de trinta dias. e direitos dele decorrentes.
§ 5o O processo, com a folha de anteceden- § 2o Onde houver mais de um juiz federal, a
tes, ou sem ela, deverá ultimar-se em noventa entrega será feita pelo da Primeira Vara.
dias, findos os quais será encaminhado ao § 3o Quando não houver juiz federal na ci-
Departamento Federal de Justiça, sob pena dade em que tiverem domicílio os interessados,
de apuração de responsabilidade do servidor a entrega será feita através do juiz ordinário da
culpado pela demora. comarca e, na sua falta, pelo da comarca mais
próxima.
Art. 126. Recebido o processo, o Diretor-Geral § 4o Se o interessado, no curso do processo,
do Departamento Federal de Justiça determina- mudar de domicílio, poderá requerer lhe seja
rá o arquivamento do pedido, se o naturalizan- efetuada a entrega do certificado pelo juiz
do não satisfizer, conforme o caso, a qualquer competente da cidade onde passou a residir.
das condições previstas nos artigos 112 e 116
da Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980. Art. 129. A entrega do certificado constará de
Estatuto do estrangeiro
Art. 143. O Conselho Nacional de Imigração é Brasília, 10 de dezembro de 1981; 160o da In-
integrado por um representante do Ministério dependência e 93o da República.
Estatuto do estrangeiro
que podem também vir a ser necessários servi- demonstra a necessidade de dispor de meios
ços de migração similares para os movimentos suplementares ou diferentes,
de migração temporária, migração de retorno
e migração intra-regional, que deve existir uma estreita cooperação e
coordenação entre os Estados, as organizações
que a migração compreende também a de refu- internacionais, governamentais e não governa-
giados, pessoas removidas e outras que se tenham mentais, em matéria de migrações e refugiados,
54
que é necessário o financiamento internacional para a migração de retorno voluntária, incluída
das atividades relacionadas com a migração a repatriação voluntária;
internacional,
(e) pôr à disposição dos Estados e das organiza-
ESTABELECEM: ções internacionais e outras instituições um foro
para o intercâmbio de opiniões e experiências e
a ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA o fomento da cooperação e da coordenação das
AS MIGRAÇÕES designada no presente ato atividades relativas a questões de Migrações in-
como a Organização, e ternacionais, incluídos estudos com o objetivo
de desenvolver soluções práticas.
ACEITAM A PRESENTE CONSTITUIÇÃO.
2. No cumprimento de suas funções, a Or-
ganização cooperará estreitamente com as
CAPÍTULO I – Objetivos e Funções organizações internacionais, governamentais
e não governamentais que se ocupem das Mi-
ARTIGO 1 grações, de refugiados e de recursos humanos,
com vistas a, entre outros aspectos, facilitar a
1. Os objetivos e as funções da Organização coordenação das atividades internacionais na
serão: matéria. No desenvolvimento desta cooperação,
se respeitarão mutuamente as competências das
(a) concertar todos os arranjos adequados para mencionadas organizações.
assegurar o traslado organizado dos migrantes
para os quais os meios existentes se revelem 3. A Organização reconhece que as normas
insuficientes ou que, de outra maneira, não de admissão e o número de imigrantes que se
possam estar em condições de trasladar-se sem devem admitir são questões que correspon-
assistência especial aos países que ofereçam dem à jurisdição interna dos Estados, e no
possibilidades de imigração ordenada; cumprimento de suas funções trabalhará em
conformidade com as leis, regulamentos e as
(b) ocupar-se do traslado organizado dos refu- políticas dos Estados interessados.
giados, pessoas removidas e outras necessitadas
de serviços internacionais de migração para as
quais possam ser realizados arranjos entre a Or- CAPÍTULO II – Membros
ganização e os Estados interessados, incluídos
aqueles Estados que se comprometam a acolher ARTIGO 2
essas pessoas;
Serão Membros da Organização:
(c) prestar, conforme solicitação dos Estados in-
teressados e de acordo com os mesmos, serviços (a) os Estados que, sendo Membros da Organi-
de migração, tais como: recrutamento, seleção, zação, tenham aceitado a presente Constituição
tramitação, ensino de idiomas, atividades de de acordo com o Artigo 34, ou aqueles aos quais
orientação, exames médicos, colocação, ativi- se apliquem as disposições do Artigo 35;
dades que facilitem a acolhida e a integração,
assessoramento em assuntos migratórios, assim (b) os outros Estados que tenham provado o
como toda outra ajuda que se encontre de acor- interesse que concedem ao princípio da livre
atos internacionais
1. Se um Estado Membro não cumpre suas obri- (d) revisar e aprovar o programa, o orçamento,
gações financeiras com respeito à Organização os gastos e as contas da Organização;
durante dois exercícios anuais consecutivos, o
Conselho, mediante decisão adotada por maio- (e) adotar toda outra medida concernente à
ria de dois terços, poderá suspender o direito a consecução dos objetivos da Organização.
voto e, total ou parcialmente, os serviços a que
o referido Estado Membro possa utilizar. O ARTIGO 7
Conselho tem autoridade para restabelecer tais
direitos e serviços mediante decisão adotada 1. O Conselho se comporá dos representantes
por maioria simples. dos Estados Membros.
2. Todo Estado Membro poderá ser suspenso 2. Cada Estado Membro designará um repre-
em sua qualidade de Membro, por decisão do sentante, assim como os suplentes e assessores
Conselho tomada por maioria de dois terços, que julgue necessário.
caso viole persistentemente os princípios da
presente Constituição. O Conselho tem autori- 3. Cada Estado Membro terá direito a um voto
dade para restabelecer tal qualidade de Membro no Conselho.
mediante decisão adotada por maioria simples.
ARTIGO 8
56
ARTIGO 9 revisão do orçamento, e adotar a este respeito
as medidas que julgue necessárias;
1. O Conselho celebrará sua reunião ordinária
uma vez ao ano. (d) assessorar ao Diretor Geral sobre toda ques-
tão que por este lhe seja submetida;
2. O Conselho celebrará reunião extraordinária
a petição: (e) adotar, entre as reuniões do Conselho,
quaisquer decisões urgentes sobre questões da
(a) de um terço de seus membros; incumbência do mesmo, que serão submeti-
das à aprovação do Conselho em sua próxima
(b) do Comitê Executivo; reunião;
O Conselho adotará seu próprio regulamento 2. Estes Estados Membros serão eleitos pelo
interno. Conselho por dois anos, podendo ser reeleitos.
57
(c) do Diretor Geral, prévia consulta com o e decisões do Conselho e do Comitê Executivo
Presidente do Conselho; e com os regulamentos por eles adotados. O
Diretor Geral formulará proposições relativas a
(d) da maioria de seus membros. medidas que devam ser adotadas pelo Conselho.
CAPÍTULO VII – Sede Central 2. Todo Estado Membro deverá aportar para
a Parte de Administração do Orçamento da
ARTIGO 23 Organização uma contribuição sobre a base de
uma porcentagem acordada entre o Conselho
1. A Organização terá sua Sede central em Ge- e o Estado Membro concernente.
nebra. O Conselho poderá decidir a mudança
da Sede a outro local, mediante votação por 3. As contribuições para os gastos operacio-
maioria de dois terços. nais da Organização serão voluntárias e todo
contribuinte à Parte de Operações do Orça-
2. As reuniões do Conselho e do Comitê Exe- mento poderá acordar com a Organização as
cutivo terão lugar em Genebra, a menos que condições de emprego de sua contribuição, que
dois terços dos membros do Conselho ou, deverão responder aos objetivos e funções da
respectivamente, do Comitê Executivo, tenham Organização.
decidido reunir-se em outro lugar.
4. (a) Os gastos de administração da Sede e os
restantes gastos de administração, exceto aque-
CAPÍTULO VIII – Finanças les em que se incorra para exercer as funções
enunciadas no parágrafo 1, alíneas c) e d), do
ARTIGO 24 Artigo 1º, se imputarão à Parte de Administra-
ção do Orçamento;
O Diretor Geral submeterá ao Conselho, por in-
termédio do Comitê Executivo, um orçamento (b) Os gastos operacionais, assim como os
anual cobrindo as necessidades administrativas gastos de administração em que se incorra para
e operacionais, as receitas previstas, as pre- exercer as funções enunciadas no parágrafo 1,
visões adicionais que sejam necessárias e os alíneas c) e d), do Artigo 1º se imputarão à Parte
esclarecimentos contábeis anuais ou especiais Operacional do Orçamento.
da Organização.
5. O Conselho velará para que a gestão admi-
ARTIGO 25 nistrativa seja assegurada de maneira eficaz e
econômica.
1. Os recursos necessários para sufragar os
gastos da Organização serão obtidos: ARTIGO 26
(a) no que diz respeito à parcela da Administra- O regulamento financeiro será estabelecido
ção no Orçamento, mediante as contribuições pelo Conselho.
em espécie dos Estados Membros, que serão
pagas ao início do correspondente exercício
anual e deverão fazer-se efetivas sem demora; CAPÍTULO IX – Estatuto Jurídico
atos internacionais
O Conselho pode, mediante votação por maio- Os Governos Membros do Comitê Intergo-
ria de três quartos de seus membros, decidir vernamental para as Migrações Européias
sobre a dissolução da Organização. que, na data de entrada em vigor da presente
Constituição não tenham notificado o Diretor
ARTIGO 34 que aceitam esta Constituição, poderão seguir
sendo Membros do Comitê durante um ano,
A presente Constituição entrará em vigor para se a partir dessa data contribuírem aos gastos
os Governos Membros do Comitê Intergover- de administração do Comitê, nos termos do
namental para as Migrações Européias que a parágrafo 2º do Artigo 25, conservando durante
tenham aceitado, de acordo com suas respec- este período o direito de aceitar a Constituição.
tivas regras constitucionais, no dia da primeira
reunião de dito Comitê depois de que: ARTIGO 36
(a) dois terços, pelo menos, dos Membros do Os textos espanhol, francês e inglês da presente
Comitê, e Constituição serão considerados como igual-
mente autênticos.
(b) um número de Membros que representem,
pelo menos 75 por cento das contribuições à aprovada pelo Decreto legislativo no 302, de 24 de
parte administrativa do orçamento, outubro de 2011, publicado no Dou de 25/10/2011; e
promulgada pelo Decreto no 8.101, de 6 de setembro
tenham notificado ao Diretor que aceitam a de 2013, publicado no Dou de 9/9/2013.
presente Constituição.
62
Legislação correlata
lei no 11.961/2009
Dispõe sobre a residência provisória para o estrangeiro em situação irregular no território nacional
e dá outras providências.
Art. 10. Aplicam-se subsidiariamente as LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
disposições contidas na Lei no 6.815, de 19 de – Celso Luiz Nunes Amorim
agosto de 1980, alterada pela Lei no 6.964, de 9
de dezembro de 1981, aos estrangeiros benefi- Promulgada em 2/7/2009 e publicada no Dou de
ciados por esta Lei. 3/7/2009.
legislação correlata
65
Decreto no 6.893/2009
Regulamenta a Lei no 11.961, de 2 de julho de 2009, que dispõe sobre a residência provisória para o
estrangeiro em situação irregular no território nacional, e dá outras providências.
sentação diplomática ou consular do país de CIE ou, na falta desta, o original do protocolo,
que o estrangeiro seja nacional, atestando a sua além do seguinte:
qualificação e nacionalidade; ou I – documento hábil que comprove o
c) qualquer outro documento de identifi- exercício de profissão ou emprego lícito ou a
cação válido, que permita à Administração propriedade de bens suficientes à manutenção
identificar o estrangeiro e conferir os seus dados própria e de sua família;
de qualificação; e II – declaração, sob as penas da lei:
66
a) de que não possui débitos fiscais junto ao § 3o O pedido a que se refere o § 2o deverá
Instituto Nacional do Seguro Social; ser fundamentado e instruído com os docu-
b) quanto ao número de ausências do terri- mentos necessários à comprovação do alegado.
tório nacional nos últimos dois anos, especifi- § 4o Declarada nula a residência provisória
cando as exatas datas de entrada e saída, local ou permanente, a CIE deverá ser recolhida e o
e justificativa, de forma que comprove não ter registro será cancelado.
se ausentado do território nacional por prazo
superior a noventa dias consecutivos durante Art. 7o Ficam impedidos de beneficiarem-se da
o período de residência provisória; e residência provisória ou da transformação desta
c) de que não responde a processo criminal em permanente o estrangeiro expulso ou aquele
nem foi condenado criminalmente, no Brasil em relação ao qual o interesse público assim o
e no exterior; recomendar, mediante decisão devidamente
III – atestado de antecedentes criminais, fundamentada.
expedido por órgão da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de residência; Art. 8o O pedido de residência provisória, for-
IV – Certidão Conjunta de Débitos relativos mulado nos termos do art. 11 da Lei nº 11.961,
a Tributos Federais e à Divida Ativa da União, de 2 de julho de 2009, deverá ser instruído
que pode ser extraída do sítio eletrônico da com declaração de desistência do processo de
Secretaria da Receita Federal do Brasil; regularização imigratória que será considerado
V – comprovante original do pagamento automaticamente extinto pelo Ministério da
de taxa de R$ 31,05 (trinta e um reais e cinco Justiça.
centavos), relativa à expedição da correspon- Parágrafo único. Para fins de cumprimento
dente CIE; e do disposto no caput não serão considerados
VI – duas fotos coloridas recentes, tamanho como processos de regularização imigratória
3x4. os pedidos de prorrogação de prazo de estada
de temporários.
Art. 5o Concedida a transformação da residên-
cia temporária em permanente será expedida, Art. 9o Para o cumprimento da Lei no 11.961,
pelo Departamento de Polícia Federal, nova de 2 de julho de 2009, compete ao Ministério
CIE cuja validade será fixada em conformidade da Justiça:
com o art. 2o do Decreto-Lei no 2.236, de 23 de I – decidir sobre os requerimentos de au-
janeiro de 1985. torização de residência temporária e de sua
transformação em permanente;
Art. 6o A residência provisória ou permanente II – orientar e decidir os casos omissos e
será declarada nula se, a qualquer tempo, se especiais; e
verificar a falsidade das informações prestadas III – estabelecer os procedimentos necessá-
pelo estrangeiro, sem prejuízo das penalidades rios ao cumprimento deste Decreto.
previstas em lei.
§ 1o O processo de apuração objeto do Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data
disposto no caput será instaurado administra- de sua publicação.
tivamente no Ministério da Justiça, de ofício
ou mediante representação fundamentada, Brasília, 2 de julho de 2009; 188o da Indepen-
respeitados os princípios da ampla defesa e do dência e 121o da República.
legislação correlata
contraditório.
§ 2o Fica assegurado o prazo de sessenta LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – Tarso Genro
dias para apresentação de recurso, sob pena – Celso Luiz Nunes Amorim
de decadência, contados do recebimento da
notificação pelo estrangeiro ou da publicação Decretado em 2/7/2009 e publicado no Dou de
de edital na hipótese de sua não localização. 3/7/2009.
67
lei no 9.474/1997
Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e determina outras
providências.
Art. 17. O estrangeiro deverá apresentar-se Art. 22. Enquanto estiver pendente o processo
à autoridade competente e externar vontade relativo à solicitação de refúgio, ao peticionário
de solicitar o reconhecimento da condição de será aplicável a legislação sobre estrangeiros,
refugiado. respeitadas as disposições específicas contidas
nesta Lei.
Estatuto do Estrangeiro
Art. 45. O reassentamento de refugiados em Art. 49. Esta Lei entra em vigor na data de
outros países deve ser caracterizado, sempre sua publicação.
que possível, pelo caráter voluntário.
Brasília, 22 de julho de 1997; 176o da Indepen-
Art. 46. O reassentamento de refugiados dência e 109o da República.
no Brasil se efetuará de forma planificada e
com a participação coordenada dos órgãos FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Iris
estatais e, quando possível, de organizações Rezende
não-governamentais, identificando áreas de
cooperação e de determinação de responsa- Promulgada em 22/7/1997 e publicada no Dou de
bilidades. 23/7/1997.
legislação correlata
73
lei no 8.629/1993
Dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos
no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal.
74
lei no 8.069/1990
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
SUBSEÇÃO II – Da Guarda
TÍTULO I – Das Disposições Preliminares
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assis-
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a proteção inte- tência material, moral e educacional à criança
gral à criança e ao adolescente. ou adolescente, conferindo a seu detentor o
direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
Art. 2o Considera-se criança, para os efeitos § 1o A guarda destina-se a regularizar a
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade in- posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou
completos, e adolescente aquela entre doze e incidentalmente, nos procedimentos de tutela e
dezoito anos de idade. adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, ...............................................................................
aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pes-
soas entre dezoito e vinte e um anos de idade. SUBSEÇÃO IV – Da Adoção
...............................................................................
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente
TÍTULO II – Dos Direitos Fundamentais reger-se-á segundo o disposto nesta Lei.46
CAPÍTULO III – Do Direito à Convivência § 1 o A adoção é medida excepcional e
Familiar e Comunitária irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
SEÇÃO III – Da Família Substituta quando esgotados os recursos de manutenção
SUBSEÇÃO I – Disposições Gerais da criança ou adolescente na família natural
ou extensa, na forma do parágrafo único do
Art. 28. A colocação em família substituta art. 25 desta Lei.
far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, ...............................................................................
independentemente da situação jurídica da
criança ou adolescente, nos termos desta Lei.45 Art. 51. Considera-se adoção internacional
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o aquela na qual a pessoa ou casal postulante é
adolescente será previamente ouvido por equi- residente ou domiciliado fora do Brasil, con-
pe interprofissional, respeitado seu estágio de forme previsto no Artigo 2 da Convenção de
desenvolvimento e grau de compreensão sobre Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
as implicações da medida, e terá sua opinião das Crianças e à Cooperação em Matéria de
devidamente considerada. Adoção Internacional, aprovada pelo Decreto
legislação correlata
pelo período mínimo de 2 (dois) anos. O envio não podem ser representados por mais de uma
do relatório será mantido até a juntada de cópia entidade credenciada para atuar na cooperação
autenticada do registro civil, estabelecendo a em adoção internacional.
cidadania do país de acolhida para o adotado; § 13. A habilitação de postulante estrangeiro
VI – tomar as medidas necessárias para ou domiciliado fora do Brasil terá validade
garantir que os adotantes encaminhem à Au- máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.
77
§ 14. É vedado o contato direto de repre- da criança ou do adolescente será conhecida
sentantes de organismos de adoção, nacionais pela Autoridade Central Estadual que tiver
ou estrangeiros, com dirigentes de programas processado o pedido de habilitação dos pais
de acolhimento institucional ou familiar, adotivos, que comunicará o fato à Autoridade
assim como com crianças e adolescentes em Central Federal e determinará as providências
condições de serem adotados, sem a devida necessárias à expedição do Certificado de Na-
autorização judicial. turalização Provisório.51
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasi- § 1o A Autoridade Central Estadual, ouvi-
leira poderá limitar ou suspender a concessão do o Ministério Público, somente deixará de
de novos credenciamentos sempre que julgar reconhecer os efeitos daquela decisão se restar
necessário, mediante ato administrativo fun- demonstrado que a adoção é manifestamente
damentado. contrária à ordem pública ou não atende ao
interesse superior da criança ou do adolescente.
Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsa- § 2o Na hipótese de não reconhecimento da
bilidade e descredenciamento, o repasse de adoção, prevista no § 1o deste artigo, o Minis-
recursos provenientes de organismos estran- tério Público deverá imediatamente requerer o
geiros encarregados de intermediar pedidos de que for de direito para resguardar os interesses
adoção internacional a organismos nacionais da criança ou do adolescente, comunicando-se
ou a pessoas físicas.49 as providências à Autoridade Central Estadual,
Parágrafo único. Eventuais repasses somen- que fará a comunicação à Autoridade Central
te poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos Federal Brasileira e à Autoridade Central do
da Criança e do Adolescente e estarão sujeitos país de origem.
às deliberações do respectivo Conselho de Di-
reitos da Criança e do Adolescente. Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quan-
do o Brasil for o país de acolhida e a adoção não
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente tenha sido deferida no país de origem porque a
no exterior em país ratificante da Convenção sua legislação a delega ao país de acolhida, ou,
de Haia, cujo processo de adoção tenha sido ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a
processado em conformidade com a legisla- criança ou o adolescente ser oriundo de país
ção vigente no país de residência e atendido o que não tenha aderido à Convenção referida, o
disposto na Alínea “c” do Artigo 17 da referida processo de adoção seguirá as regras da adoção
Convenção, será automaticamente recepciona- nacional.52
da com o reingresso no Brasil.50 ...............................................................................
§ 1o Caso não tenha sido atendido o dispos-
to na Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de TÍTULO III – Da Prevenção
Haia, deverá a sentença ser homologada pelo CAPÍTULO II – Da Prevenção Especial
Superior Tribunal de Justiça. SEÇÃO III – Da Autorização para Viajar
§ 2o O pretendente brasileiro residente no ...............................................................................
exterior em país não ratificante da Convenção
de Haia, uma vez reingressado no Brasil, deverá Art. 85. Sem prévia e expressa autorização
requerer a homologação da sentença estrangei- judicial, nenhuma criança ou adolescente
ra pelo Superior Tribunal de Justiça. nascido em território nacional poderá sair do
Estatuto do Estrangeiro
permanente à criança para quem não se possa Práticas em Matéria de Adoção e de Colocação
encontrar uma família adequada em seu país Familiar nos Planos Nacional e Internacional
de origem; (Resolução da Assembléia Geral 41/85, de 3 de
dezembro de 1986),
Convencidos da necessidade de prever medidas
para garantir que as adoções internacionais Acordam nas seguintes disposições:
80
CAPÍTULO I – Âmbito de Aplicação da 2. A Convenção somente abrange as Adoções
Convenção que estabeleçam um vínculo de filiação.
...............................................................................
ARTIGO 1
81
lei no 7.685/1988
Dispõe sobre o registro provisório para o estrangeiro em situação ilegal em território nacional.
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLI- § 1o A taxa instituída por esta Lei cor-
CA adotou a Medida Provisória no 19, de 1988, responderá a duas vezes o Maior Valor de
que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Hum- Referência.
berto Lucena, Presidente do Senado Federal, § 2o Os estrangeiros que requererem regis-
para os efeitos do disposto no parágrafo único tro provisório estarão isentos do pagamento de
do art. 62 da Constituição Federal, promulgo multas ou de quaisquer outras taxas, além da
a seguinte Lei: prevista nesta Lei.
Art. 9o O disposto nesta Lei é inaplicável ao Senado Federal, 2 de dezembro de 1988; 167o
estrangeiro expulso, passível de expulsão ou da Independência e 100o da República.
àquele que, na forma da lei, ofereça indícios
sérios de periculosidade ou indesejabilidade. HUMBERTO LUCENA
Art. 10. Consideram-se válidos, para os fins Promulgada em de 2/12/1988 e publicada no Dou
desta Lei, os atos praticados durante a vigência de 2/12/1988.
do Decreto-Lei no 2.481, de 3 de outubro de
1988, mantidos os efeitos deles decorrentes.
legislação correlata
83
lei no 7.180/1983
Dispõe sobre a concessão da permanência no Brasil aos estrangeiros registrados provisoriamente.
Art 2o Para pleitear a permanência, o estran- Art 6o Não será concedida a permanência ao
geiro formulará requerimento ao Diretor-Geral estrangeiro:
do Departamento Federal de Justiça do Mi- I – considerado nocivo à ordem pública ou
nistério da Justiça, instruído com os seguintes aos interesses nacionais;
documentos: II – expulso do País, salvo se a expulsão tiver
I – cópia autenticada da carteira de identi- sido revogada;
dade provisória expedida pelo Departamento III – condenado ou processado em outro
de Polícia Federal; país por crime doloso passível de extradição
II – declaração de que não se enquadra no segundo a lei brasileira;
inciso III do art. 6o desta Lei; IV – que não satisfaça as condições de saúde
III – atestado policial de antecedentes pas- estabelecidas pelo Ministério da Saúde;
sado pelo órgão competente do lugar de sua V – que a requeira fora do prazo estatuído
residência no Brasil; no art. 5o desta Lei.
IV – atestado de saúde fornecido pelo órgão
competente do Ministério da Saúde; Art 7o Concedida a permanência, o estrangeiro
V – prova do exercício da profissão ou da deverá registrar-se no Departamento de Polícia
posse de bens suficientes à manutenção própria Federal no prazo de 90 (noventa) dias, contados
e da família; da publicação do ato no Diário Oficial, sob pena
VI – comprovante do recolhimento de taxa de caducidade.
Estatuto do Estrangeiro
legislação correlata
85
Decreto no 74.965/1974
Regulamenta a Lei no 5.709, de 7 de outubro de 1971, que dispõe sobre a aquisição de imóvel rural
por estrangeiro residente no País ou pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil.
Art. 3o Na aquisição de imóvel rural por pessoa Art. 6o Ao estrangeiro que pretende imigrar
estrangeira, física ou jurídica, é da essência do para o Brasil é facultado celebrar, ainda em
ato a escritura pública. seu país de origem, compromisso de compra
e venda do imóvel rural desde que, dentro de
Art. 4o Compete ao Instituto Nacional de 3 (três) anos, contados da data do contrato,
Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fi- venha fixar domicílio no Brasil e explorar o
Estatuto do Estrangeiro
Art. 18. Salvo nos casos previstos em legislação Brasília, 26 de novembro de 1974; 153o da In-
de núcleos coloniais onde se estabeleçam em dependência e 86o da República.
lotes rurais, como agricultores, estrangeiros
imigrantes, é vedada, a qualquer título a doação ERNESTO GEISEL – Armando Falcão –
de terras da União ou dos Estados a pessoas Alysson Paulinelli – Severo Fagundes Gomes
estrangeiras, físicas ou jurídicas. – Maurício Rangel Reis
Art. 19. É nula de pleno direito a aquisição de Decretado em 26/11/1974, publicado no Dou de
imóvel rural que viole as prescrições legais: o 27/11/1974 e retificado no Dou de 5/12/1974.
legislação correlata
89
lei no 5.709/1971
Regula a Aquisição de Imóvel Rural por Estrangeiro Residente no País ou Pessoa Jurídica Estrangeira
Autorizada a Funcionar no Brasil, e dá outras Providências.
Art. 12. A soma das áreas rurais pertencentes Art. 15. A aquisição de imóvel rural, que viole
a pessoas estrangeiras, físicas ou jurídicas, não as prescrições desta Lei, é nula de pleno direito.
poderá ultrapassar a um quarto da superfície O tabelião que lavrar a escritura e o oficial de re-
dos Municípios onde se situem, comprovada gistro que a transcrever responderão civilmente
91
pelos danos que causarem aos contratantes, colonização aprovados nos termos do art. 61 da
sem prejuízo da responsabilidade criminal Lei no 4.504, de 30 de novembro de 1964, po-
por prevaricação ou falsidade ideológica. O derão, mediante autorização do Presidente da
alienante está obrigado a restituir ao adquirente República, ouvido o Ministério da Agricultura,
o preço do imóvel. concluí-los e outorgar escrituras definitivas,
desde que o façam dentro de 3 (três) anos e que
Art. 16. As sociedades anônimas, compreen- a área não exceda, para cada adquirente, 3 (três)
didas em quaisquer dos incisos do caput do art. módulos de exploração indefinida.
6o, que já estiverem constituídas à data do início
da vigência desta Lei, comunicarão, no prazo Art. 18. São mantidas em vigor as autorizações
de 6 (seis) meses, ao Ministério da Agricultura concedidas, com base nos Decretos-leis nos 494,
a relação das áreas rurais de sua propriedade de 10 de março de 1969, e 924, de 10 de outubro
ou exploração. de 1969, em estudos e processos já concluídos,
§ 1o As sociedades anônimas, indicadas nes- cujos projetos tenham sido aprovados pelos
te artigo, que não converterem em nominativas órgãos competentes.
suas ações ao portador, no prazo de 1 (um) ano
do início da vigência desta Lei, reputar-se-ão Art. 19. O Poder Executivo baixará, dentro de
irregulares, ficando sujeitas à dissolução, na for- 90 (noventa) dias, o regulamento para execução
ma da lei, por iniciativa do Ministério Público. desta Lei.
§ 2o No caso de empresas concessionárias
de serviço público, que possuam imóveis rurais Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de
não vinculados aos fins da concessão, o prazo sua publicação.
de conversão das ações será de 3 (três) anos.
§ 3o As empresas concessionárias de serviço Art. 21. Revogam-se os Decretos-leis no 494,
público não estão obrigadas a converter em de 10 de março de 1969, e 924, de 10 de outubro
nominativas as ações ao portador, se dentro de 1969, e demais disposições em contrário.
do prazo de 3 (três) anos, contados da vigên-
cia desta Lei, alienarem os imóveis rurais não EMÍLIO G. MÉDICI – Alfredo Buzaid – L. F.
vinculados aos fins da concessão. Cirne Lima – Marcus Vinícius Pratini de Moraes
Art. 17. As pessoas jurídicas brasileiras que, Promulgada em 7/10/1971 e publicada no Dou de
até 30 de janeiro de 1969, tiverem projetos de 11/10/1971.
Estatuto do Estrangeiro
92
Decreto-lei no 4.657/1942
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.60
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá
da atribuição que lhe confere o artigo 180 da o caso de acordo com a analogia, os costumes
Constituição, e os princípios gerais de direito.
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121o da
precedentes, se houver de aplicar a lei estran- Independência e 54o da República.
geira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem
considerar-se qualquer remissão por ela feita GETULIO VARGAS – Alexandre Marcondes
a outra lei. Filho – Oswaldo Aranha.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, Decretado em 4/9/1942, publicado no Dou de
bem como quaisquer declarações de vontade, 9/9/1942 e retificado no Dou de 8/10/1942.
legislação correlata
66
Lei no 3.238/1957.
65
Lei n 12.036/2009.
o 67
Lei no 3.238/1957.
95
Decreto no 87/1991
Simplifica as exigências sanitárias para ingresso e permanência de estrangeiros no País, altera o
Decreto no 86.715, de 10 de dezembro de 1981, e dá outras providências.
regra, um contingente mínimo de servidores. bro de 1981, passa a vigorar com as seguintes
1o Nos períodos em que presentes as medi- alterações:
das temporárias a que alude o art. 1o, deverão “Art. 23 ...........................................................
ser utilizados quantos servidores necessários à ..........................................................................
sua eficaz implementação, e execução. § 7o No momento da entrada no território
2o Os servidores antes encarregados de nacional, o estrangeiro, titular do visto
funções, rotineiras, de vigilância sanitária, de- temporário, deverá apresentar, aos órgãos
96
federais competentes, os documentos pre- sanitária no País, e expedirá os atos necessários
vistos no item I deste artigo e no parágrafo à execução do presente decreto.
único do art. 9o.
........................................................................ ” Art. 6o Este decreto entrará em vigor na data
“Art. 27 ........................................................... de sua publicação.
..........................................................................
§ 2o O estrangeiro, titular do visto perma- Art. 7o Revogam-se os arts. 8o, 131 e 132, do
nente, deverá apresentar, aos órgãos federais Decreto no 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961,
competentes, ao entrar no território nacio- os Decretos nos 57.299, de 22 de novembro de
nal, os documentos referidos no item I deste 1965, 57.632, de 14 de janeiro de 1966, e 76.536,
artigo e no parágrafo único do art. 9o. de 3 de novembro de 1975, bem assim o inciso
........................................................................ ” III, e o § 3o, do art. 23, o inciso III do art. 27,
“Art. 38. O estrangeiro, ao entrar no territó- os arts. 29 a 35, 52, e o § 3o do art. 70, todos do
rio nacional, será fiscalizado pela Polícia Fe- Decreto no 86.715, de 10 de dezembro de 1981.
deral, pelo Departamento da Receita Federal
e, quando for o caso, pelo órgão competente Brasília, em 15 de abril de 1991; 170o da Inde-
do Ministério da Saúde, no local de entrada, pendência e 103o da República.
devendo apresentar os documentos previstos
neste regulamento. FERNANDO COLLOR – Jarbas Passarinho –
........................................................................ ” Luiz Romero Cavalcante Farias
legislação correlata
97
Decreto no 97.464/1989
Estabelece procedimentos para a entrada no Brasil e o sobrevôo de seu território por aeronaves civis
estrangeiras, que não estejam em serviço aéreo internacional regular.
não puder realizar o transporte, conforme o de Aviação Civil (SAC), ao cumprimento das
ajustado; formalidades aduaneiras.
i) número de apólice de seguro que garanta § 1o A formalização da entrada far-se-á à
possíveis danos contra terceiros na superfície, vista da documentação referente à aeronave, sua
sua validade e o nome da companhia que a carga, mala postal e a outros bens existentes a
emitiu. bordo e será encerrada com a lavratura:
99
a) do Termo de Entrada, para as aeronaves decorrência da natureza da infração que houver
em serviço de transporte aéreo remunerado; e cometido.
b) do Termo de entrada e Admissão Tempo- Parágrafo único. A saída da aeronave do País
rária, para as aeronaves em serviço de transpor- só será permitida após cumpridas as formali-
te aéreo não remunerado. dades junto aos órgãos competentes.
§ 2o A Autorização de Sobrevôo e o termo
a que se refere a alínea “b” deste artigo terão Art. 12. O Ministério da Aeronáutica fará
prazos de validade idênticos, inclusive no que publicar, atualizando-as sempre que necessário,
diz respeito às eventuais prorrogações e serão as seguintes informações:
de porte obrigatório. I – lista dos aeroportos internacionais bra-
sileiros abertos ao tráfego; e
Art. 9o O prazo inicial para a permanência II – relação dos Estados-Membros da Orga-
de aeronave no território brasileiro será de 60 nização de Aviação Civil Internacional (OACI),
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado por com indicação das marcas de nacionalidade de
períodos iguais de 45 (quarenta e cinco) dias, aeronaves atribuídas a cada um.
mediante solicitação às autoridades aeronáutica
e aduaneira com antecedência não inferior a 15 Art. 13. No caso de aeronave matriculada em
(quinze) dias. Estado que não seja membro da Organização de
Parágrafo único. De acordo com o que dis- Aviação Civil Internacional (OACI), todo e qual-
puser a legislação específica, qualquer das au- quer vôo não regular, remunerado ou não, depen-
toridades acima mencionadas poderá rever de derá sempre de uma autorização prévia, devendo
ofício a licença por ela concedida, cientificando o pedido ser encaminhado ao Departamento de
à outra sobre a medida, em despacho funda- Aviação Civil (DAC), por via diplomática, com
mentado, para que proceda de igual forma. antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
Art. 10. As licenças expedidas pela autoridade Art. 14. Compete ao Departamento de Avia-
aeronáutica e aduaneira consignarão, na folha ção Civil (DAC) e à Secretaria da Receita Fede-
de rosto e em lugar visível, as seguintes notas, ral promoverem os entendimentos necessários
respectivamente: ao fiel cumprimento do presente Decreto.
a) “A presente autorização não dispensa o
cumprimento das formalidades devidas junto Art. 15. Este Decreto entrará em vigor na data
à Autoridade Aduaneira”. de sua promulgação, revogadas as disposições
b)”O presente Termo não dispensa o cum- em contrário, e em especial, o Decreto n o
primento das Formalidades devidas junto à 90.801, de 11 de janeiro de 1985.
Autoridade Aeronáutica”.
Brasília, 20 de janeiro de 1989; 168o da Inde-
pendência e 101o da República.
CAPÍTULO II – Das Disposições Finais
JOSÉ SARNEY – Mailson Ferreira da Nóbrega
Art. 11. Qualquer aeronave civil estrangeira – Octávio Júlio Moreira Lima
poderá ser compelida pela autoridade aero-
náutica a deixar o País, desde que não sujeita Decretado em 20/1/1989 e publicado no Dou de
Estatuto do Estrangeiro
100
Informações complementares
Índice temático geral
A CRIANÇA
Lei no 8.069/1990 ...........................................75
ADOÇÃO
Lei no 8.069/1990 ...........................................75
D
ADOLESCENTE
Lei no 8.069/1990 ...........................................75 DEPORTAÇÃO
Lei no 9.474/1997 ...........................................68
AERONAVES CIVIS Lei no 6.815/1980 ...........................................12
Decreto no 97.464/1989 ................................98 Decreto no 86.715/1981 ................................31
ASILADO DIVÓRCIO
Lei no 6.815/1980 ...........................................12 Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
Decreto no 86.715/1981 ................................31
DOMICÍLIO
ATIVIDADE POLÍTICA Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
Lei no 9.474/1997 ...........................................68 Decreto no 86.715/1981 ................................31
B E
BENS IMÓVEIS ESTATUTO
Decreto-Lei no 4.657/1942............................93 Lei no 9.474/1997 ...........................................68
Lei no 8.069/1990 ...........................................75
Lei no 6.815/1980 ...........................................12
C
EXCLUSÃO
CASAMENTO Lei no 9.474/1997 ...........................................68
Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
EXIGÊNCIAS SANITÁRIAS
CLANDESTINO Decreto no 87/1991 ........................................96
Lei no 11.961/2009 .........................................64
Lei no 6.815/1980 ...........................................12 EXPULSÃO
Lei no 9.474/1997 ...........................................68
COMITÊ NACIONAL PARA OS Lei no 6.815/1980 ...........................................12
REFUGIADOS – CONARE Decreto no 86.715/1981 ................................31
Lei no 9.474/1997 ...........................................68
EXTRADIÇÃO
Estatuto do Estrangeiro
H PERMANÊNCIA
Lei no 7.180/1983 ...........................................84
HERDEIRO Decreto no 87/1991 ........................................96
Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
PERSEGUIÇÃO
HOMOLOGAÇÃO Lei no 9.474/1997 ...........................................68
Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
PRISÃO
Lei no 6.815/1980 ...........................................12
I
IMÓVEL RURAL R
Lei no 8.629/1993 ...........................................74
Lei no 5.709/1971 ...........................................90 RAÇA
Decreto no 74.965/1974 ................................86 Lei no 9.474/1997 ...........................................68
IMPEDIMENTOS REASSENTAMENTO
Lei no 6.815/1980 ...........................................12 Lei no 9.474/1997 ...........................................68
REFUGIADOS
L Lei no 9.474/1997 ...........................................68
LAISSEZ-PASSER REFÚGIO
Lei no 6.815/1980 ...........................................12 Lei no 9.474/1997 ...........................................68
REGISTRO PROVISÓRIO
N Lei no 7.685/1988 ...........................................82
NACIONALIDADE REGISTROS
Lei no 9.474/1997 ...........................................68 Lei no 9.474/1997 ..........................................68
Lei no 6.815/1980 ...........................................12
NATURALIZAÇÃO Decreto-Lei no 4.657/1942............................93
Lei no 6.815/1980 ...........................................12 Decreto no 86.715/1981 ................................31
103
RELIGIÃO T
Lei no 9.474/1997 ...........................................68
TUTELA
REPATRIAÇÃO Lei no 8.069/1990 ...........................................75
Lei no 9.474/1997 ...........................................68
RESIDÊNCIA PROVISÓRIA V
Lei no 11.961/2009 .........................................64
Lei no 9.474/1997 ...........................................68 VIAGEM
Decreto no 6.893/2009...................................66 Lei no 8.069/1990 ...........................................75
RÉU VISTO
Decreto-Lei no 4.657/1942............................93 Lei no 6.815/1980 ...........................................12
VÍTIMA
S Lei no 9.474/1997 ...........................................68
SOBREVOO
Decreto no 97.464/1989 ................................98
Estatuto do Estrangeiro
104