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PLANO DE ENSINO

CURSO: Psicologia
SÉRIE: 5º Semestre
DISCIPLINA: Educação Inclusiva
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas-aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 40 horas-aula

I - EMENTA

Princípios filosóficos, históricos e sociais presentes na Política Nacional de


Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 determinantes
da normatização da educação inclusiva no Brasil. Implicações de tais princípios
para o trabalho do pedagogo, do psicólogo e do assistente social. A educação
como um processo de socialização da diversidade humana. Perspectiva crítica
dos fatores psicossociais presentes no processo de exclusão social e cultural.
Análise das formas de exclusão social e cultural dos estudantes com
necessidades específicas.

II - OBJETIVOS GERAIS

- Reconhecimento dos princípios fundamentais da educação inclusiva definidos


pela legislação nacional e internacional, determinantes das estratégias de
atuação na prática interdisciplinar.
- Compreensão da relevância da perspectiva crítica e ética na atuação do
pedagogo, do psicólogo e do assistente social em uma proposta de trabalho
interdisciplinar. Desenvolvimento da interlocução das diversas esferas sociais
em prol da educação inclusiva.
- Planejamento de projetos de intervenção que promovam a educação
inclusiva, garantindo o acesso dos estudantes com necessidades específicas
ao processo de escolarização.

III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Tal competência será desenvolvida a partir das seguintes habilidades:

 Analisar e compreender, no contexto multicultural, as circunstâncias e


possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento de todas as pessoas
cuja diversidade as coloque em situação de exclusão e restrição social.

 Identificar e analisar situações-problema em que a diversidade cultural e


social estão baseadas na condição de deficiência do estudante,
sustentando-se nos princípios da educação inclusiva indicados na
Declaração de Salamanca.

 Propor projetos de intervenção nas diversas instâncias educacionais, em


instituições de saúde e em contextos governamentais, e não

governamentais, em consonância com uma atuação interdisciplinar


(pedagogo, psicólogo e assistente social).

IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I

1. Princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988, Cap. III, Da


Educação, em seu Art. 208, inciso III.

1.1. O direito à Educação (Constituição Federal de 1988,  Título VIII - Da


Ordem Social. Cap. III, Art. 205 a 214).
1.2. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva – Janeiro/2008.
1.3. Legislação e movimentos internacionais e nacionais que norteiam a
educação inclusiva: Convenção Interamericana para a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de
Deficiência (Guatemala, 1999).
1.3.1. O termo “deficiência” e seu significado, segundo o Conselho Permanente
em seu Art. I (Guatemala, 1999).
1.3.2. O termo “discriminação” e seu significado, segundo o Conselho
Permanente em seu Art. I – Guatemala, 1999.
1.3.3. Declaração de Salamanca, 1994.
1.3.4. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência). Lei nº 13146, de 2015.

2. Diferenciação, Exclusão ou Restrição Baseada em Deficiência.

2.1. A visão sociológica de Deficiência e de Diferença.


2.2. Diferença versus diversidade inerente à espécie humana.
2.3. Diversidade versus Diferenciação e Exclusão.
2.4. Ato de diferenciar e/ou excluir: preconceito.
2.4.1. Superação da tradicional concepção antropológica de seres humanos
ideais.

3. Diversidade e os Projetos Pedagógicos da Atualidade.

3.1. Inclusão da diversidade nas políticas públicas de Educação no Brasil.


3.2. Os projetos pedagógicos e a ideologia.
3.3. Os projetos pedagógicos como estratégia de trabalho em prol da Educação
Inclusiva.

UNIDADE II

4. Estudantes com diferenças significativas e as possíveis configurações


de atendimento educacional

4.1. História da educação especial no Brasil: do paradigma da


institucionalização ao paradigma da inclusão.
4.2. Conceito de desvantagem, de incapacidade e de deficiência. Parâmetros
médicos da deficiência - DSM IV e CID 10.
4.3. O estudante com Deficiência Intelectual, Motora, Visual e Auditiva.
4.4. O estudante com Transtornos Globais do Desenvolvimento (Transtorno de
Espectro Autista-TEA) e Transtornos Funcionais: Síndrome de Asperger.
4.5. O estudante com Altas Habilidades.

5. Estudantes com supostas dificuldades de aprendizagem.

5.1. Definição de Transtornos Funcionais e intervenção no contexto escolar.


5.2. Reflexão crítica sobre a relevância da atuação do pedagogo, do psicólogo
e do assistente social na instituição: uma proposta de trabalho
multidisciplinar que favoreça a interlocução das diversas esferas sociais
em prol da educação inclusiva.

6. Estudantes em situação de Exclusão Social.

6.1. Condição socioeconômica, etnia, relações de gênero e diferentes


configurações familiares.
6.2. Crianças e jovens em condição de vulnerabilidade social,
institucionalizados e em conflito com a lei (medidas sócio-educativas).

7. Possíveis configurações de atendimento para a Educação Inclusiva.

7.1. Ensino e Trabalho colaborativo.


7.2. Intervenções junto às famílias, aos professores, à equipe escolar e médica,
à comunidade.
7.3. Procedimentos de intervenção na interlocução entre as diversas esferas
sociais e no acesso a benefícios que promovam a manutenção da
qualidade de vida dos estudantes e de suas famílias.
7.4. Educação Inclusiva e Educação Emancipadora.

V - ESTRATÉGIA DE TRABALHO

Com o objetivo de desenvolver a capacidade de identificar e aplicar os


principais conceitos estudados, essa disciplina utilizará as seguintes
estratégias:

A. Aulas expositivas ministradas pelo professor com esquemas em slides


ou lousa.
B. Indicação pelo professor de leituras preparatórias para as aulas e
filmes/documentários para discussão com os alunos sobre um tema
estudado.
C. Fechamento do tema, pelo professor, nos últimos 20 minutos de cada
aula, por meio de exposição dialogada, para assinalamento dos

principais aspectos abordados em aula, relacionando-os às leituras e às


tarefas preparatórias realizadas pelos alunos.

Sugestão de filmes para serem trabalhados em aula:


Procurando Nemo, Pinóquio, Shrek, Turma da Mônica, Divertida Mente,
Monstros S.A., A bela e a fera, Sempre amigos, A era do gelo, Frozen,
Pequena Sereia, Dumbo, Nem que a vaca tussa, Valente, Vida de inseto, O
corcunda de Notre Dame, O óleo de Lorenzo (deficiência física), Rain man
(autismo), A primeira vista (deficiência visual), Amargo Regresso (deficiência
física), Uma mente brilhante (esquizofrenia), Mary and Max (Síndrome de
Asperger), Como estrelas na Terra, Toda criança é especial (dislexia), Castelos
de Gelo (deficiência sensorial), Nascido em 4 de Julho (deficiência física), Além
dos meus olhos (deficiência visual), Filhos do silêncio (deficiência auditiva),
Simples como amar (deficiência mental), Uma lição de amor (deficiência
mental), Melhor impossível (obsessivo compulsivo), Mr. Jones (maníaco
depressivo), Murderball - Paixão e Glória (cadeirantes), O despertar para vida
(deficiência física), Bem X- A fase Final (bullying), Bullying - provocações sem
limites (bullying), Muito além do jardim (Síndrome de Asperger) e O oitavo dia
(Síndrome de Down).

ATENÇÃO: No sistema online há conteúdos e exercícios que podem ser


utilizados pelo aluno como material adicional aos seus estudos. Os professores
devem informar os alunos a respeito disso.

VI - AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes instrumentos:


 Provas individuais: NP1 e NP2; Trabalho no 1º bimestre e Trabalho no
2º bimestre.

1º Bimestre: prova individual, composta por 10 questões, sendo 06


questões de múltipla escolha e 04 questões dissertativas (0,0 a 10,0 - peso
7); e trabalho (0,0 a 10,0 - peso 3).
Média da NP1 = soma das duas notas com divisão por 10.

2º Bimestre: prova individual, composta por 10 questões, sendo 06


questões de múltipla escolha e 04 questões dissertativas (0,0 a 10,0 - peso
7); e trabalho (0,0 a 10,0 - peso 3).
Média da NP2 = soma das duas notas com divisão por 10.

A média final será calculada de acordo com o Regimento da UNIP.

VII - BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

AMARAL. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas,


preconceitos e sua superação. In: AQUINO, J. G. (org.) Diferenças e
preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo:
Summus, 1998.

FREIRE, Paulo. Justificativa da Pedagogia do Oprimido. In: Pedagogia do


Oprimido. 57ª edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2014.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? 2ª


ed. São Paulo: Moderna, 2006.

COMPLEMENTAR

ASSUMPÇÃO-JR., F. B. Psiquiatria da infância e da adolescência: Casos


clínicos. Porto Alegre: Artmed, 2013.

SILVA, Tomás Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In:


Identidade e Diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis:
Vozes, 2005.

STAINBACK, S; STAINBACK, W. Inclusão. Um guia para educadores. Porto


Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

VEIGA-NETO, A. Incluir para excluir. In: LARROSA, J.; SKLIAR, C. (Org.).


Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte:
Autêntica, 2001.

VOLPI, M. Interfaces da educação com o sistema de proteção especial.


FUNDESCOLA/MEC/Brasília, 2000.

TEXTOS EM SITES

AMIRALIAN, M. L. T. M. et al. Conceituando deficiência. Revista de Saúde


Pública, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 97-103, fev. /2000.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24988/26816
Acesso em: 05/12/2016.

ANACHE, A. A.  O psicólogo escolar e a educação de pessoas com


deficiências. In: Saberes, processos e práticas do psicólogo
escolar/educacional Conselho Regional de Psicologia, 14º - 2012.
Disponível em: http://www.portalsaude.ufms.br/manager/titan.php?target=openFile&fileId=386
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na


Área das Necessidades Educativas Especiais.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Título VIII - Da


Ordem Social. Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto. Seção I –
Da Educação (arts. 205 a 214); Seção II – Da Cultura (arts. 215 e 216); Seção
III – Do Desporto (art. 217). Brasília: Imprensa Oficial, 1988, páginas 136 a 140.
Disponível em:  
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/508200/CF88_EC85.pdf?sequence=1
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política


Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Brasília: MEC/SEESP, abril de 2008.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as


Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência -
Guatemala, 1999. Brasília: Imprensa Oficial, 08/outubro/2001.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/guatemala.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da


Pessoa com Deficiência). Lei nº 13146, de 06 de julho de 2015.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
Acesso em: 05/12/2016.

BRASIL. Coleção A Educação Especial na perspectiva da Inclusão


Escolar. Educação Especial. Ministério da Educação. Fascículos 01 a 10.
Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/par/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-
223369541/17009-educacao-especial
Acesso em: 05/12/2016.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Igualdade e diferenças na escola: como


andar no fio da navalha. In: Educação. Santa Maria, v. 32, n. 2, p. 319-326,
2007. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/675/485
Acesso em: 05/12/2016.

MENDES, Enicéia Gonçalves. A radicalização do debate sobre inclusão


escolar no Brasil. In: Revista Brasileira de Educação. v. 11. n. 33 set/dez.
2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a02v1133.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

MENDES, E. G.; TOYODA, C. Y. Projeto S.O.S. Inclusão - Consultoria


colaborativa para favorecer a inclusão escolar num sistema educacional
municipal. Universidade Federal de São Carlos. Mimeo, 2005.

POKER, Rosimar Bortolini (et al.) Plano de Desenvolvimento Individual para


o Atendimento Educacional Especializado. São Paulo: Cultura Acadêmica;
Marília: Oficina Universitária, 2013 184p
Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/af-livro_9_poker_v7.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

ROPOLI, Edilene Aparecida; MANTOAN, Maria Teresa Eglér; SANTOS, Maria


Terezinha da Consolação Teixeira dos; MACHADO, Rosângela. A Educação
Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. A Escola Comum Inclusiva.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Universidade
Federal do Ceará. Brasília, 2010.
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7103-fasciculo-
1-pdf&Itemid=30192 Acesso em: 05dez2016.

ROSEMBERG, F. Combate ao sexismo em livros didáticos: construção da


agenda e sua crítica.  Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 137, maio/ago. 2009.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v39n137/v39n137a09.pdf
Acesso em: 05/12/2016.

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