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ELÉTRICO DE
CARGA E PARTIDA
SUMÁRIO
Apresentação
I - BATERIA (ACUMULADOR DE ENERGIA)....................................................................3
Introdução.................................................................................................................................3
1.1 As principais funções das baterias.........................................................................3
1.2 As partes principais da bateria.................................................................................3
1.3 Princípio de Funcionamento.....................................................................................4
1.4 Identificação de uma bateria...................................................................................10
1.5 Diagnóstico e verificações da bateria..................................................................12
1.6 Recarga da bateria.....................................................................................................20
ll -SISTEMA DE PARTIDA....................................................................................................29
2.1 Partes principais........................................................................................................30
2.2 Principio de funcionamento....................................................................................32
2.3 Funcionamento do sistema de partida.................................................................36
2.4 Cuidados gerais..........................................................................................................42
2.5 Diagnóstico..................................................................................................................43
III SISTEMA DE CARGA.......................................................................................................47
3.1 Partes principais:.......................................................................................................47
3.2 Fundamentos teóricos da geração de energia:.................................................48
3.3 Construção do alternador........................................................................................50
3.4 Retificação da corrente............................................................................................54
3.5 Circuito elétrico geral do alternador.....................................................................58
3.6 Regulador de tensão.................................................................................................63
3.7 Diagnóstico elétrico..................................................................................................68
IV SISTEMA DE IGNIÇÃO....................................................................................................71
4.1 Sistema de ignição convencional..........................................................................73
4.2 Sistema de ignição eletrônica................................................................................78
4.3 Sistema de ignição eletrônica estática................................................................82
V-VELA DE IGNIÇÃO............................................................................................................83
5.1 Grau térmico................................................................................................................85
5.2 Temperatura da vela de ignição.............................................................................85
5.3 Principais tipos de velas de ignição.....................................................................86
5.4 Tetes de velas de ignição.........................................................................................87
VI CABOS DE IGNIÇÃO.......................................................................................................89
5.1 Tipos de cabos de ignição.......................................................................................89
5.2 Teste de Resistência Ôhmica..................................................................................91
5.3 Falhas de manuseio..................................................................................................92
5.4 Instruções para instalação......................................................................................93
I - BATERIA (ACUMULADOR DE ENERGIA)
Introdução
b a
3
1.3 Princípio de Funcionamento
Material Ativo
Placa
Jogo de placas
4
Para a montagem do elemento entrelaça se as placas positivas e negativas
introduzindo entre elas separadores isolantes, o que impede que ocorra curto entre
as placas.
Esses jogos de placas montadas são chamados elementos da bateria e estão
apoiados sobre pontes, sem tocar no fundo da caixa.
Separadores isolantes
Esses conjuntos são ligados entre si, em série, por uma tira metálica, sendo que os
últimos pólos dos conjuntos externos projetam-se para fora da caixa e vão constituir
os pólos positivo e negativo da bateria.
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Distingue se o pólo negativo do positivo:
m
ρ= v
Onde :
m = Massa, em gramas(g).
V = Volume em (cm3).
ρ = Densidade, em gramas por centímetros cúbicos( g/cm3).
Assim quando a bateria está com carga total, o eletrólito é 26% mais pesado que a
água.
Porém à medida que a bateria vai se descarregando, a quantidade de ácido sulfúrico
(H2SO4) vai diminuindo, enquanto aumenta a quantidade de água.Desta forma a
densidade do eletrólito também diminui durante o processo de descarga.
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Funcionamento
Entre o peróxido de chumbo das placas positivas, o chumbo das placas negativas e
o eletrólito ocorre uma reação química que provoca um desequilíbrio de cargas entre
as placas, tornando as carregadas, uma positivamente e outra negativamente e
assim permanecem até que possa ocorrer o equilíbrio através de um circuito externo.
Os sulfatos (SO4) vão para as placas enquanto que os óxidos vão para o ácido.
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Diz se então que a bateria está descarregando. Enquanto isso ocorre, uma parte do
eletrólito rompe as ligações, desprende-se e deposita se sobre as placas formando
uma cobertura de sulfato de chumbo, que será tanto maior quanto maior for a
corrente que flui através da bateria.
A esse fenômeno dá se o nome de Sulfatação da Bateria.
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Perda de carga:
As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que não
sejam solicitadas para nenhum uso. Essa auto descarga como é chamada, varia em
função da temperatura.
Por exemplo: Uma bateria à temperatura de 35˚ C poderá perder totalmente sua
carga em pouca mais de um mês, enquanto que uma bateria armazenada à
temperatura de 10˚ C pouco perderá em um ano.
Tanto a umidade como a sujeira sobre a bateria pode provocar uma fuga de corrente
entre os terminais da bateria e a carroceria do automóvel, que provocam sua
descarga.
O ácido que se desprende de bateria além de causar sua descarga pode também
atacar as chapas do automóvel. Portanto, é bastante importante manter os pólos e a
bateria sempre limpos e secos. Uma bandeja com dreno deve ser prevista, para
escoar possíveis vazamentos.
Nível do eletrólito
9
Muitas baterias trazem na tampa uma marca do nível correta do eletrólito.
60Ah
1.
12V Tensão da bateria
590A Corrente que a bateria fornece(CCA)
90RC Reserva de capacidade
60Ah Capacidade
10
Classificação:
Watt: é a potência máxima que pode ser consumida a 18˚ C pelo motor de
partida;
11
1.5 Diagnóstico e verificações da bateria
12
Procedimentos de teste
Teste de densidade
Um dos testes práticos mais utilizados para se verificar a carga de uma bateria é o
de medição da densidade do eletrólito. Para isso utiliza-se o densímetro.
O teste de densidade deve ser efetuado a temperatura de 26,5 C observando que as
leituras das densidades de cada elemento não devem variar de 50 entre elas. Se
isso acontecer a bateria deverá ser substituída, pois significa que está havendo
desgaste químico desigual entre os elementos.
13
Testes de descarga da bateria (capacidade).
14
Instrumentos de teste
Voltímetro
O voltímetro pode ser utilizado para verificar o estado da carga das baterias
convencionais, de baixa manutenção e sem manutenção.
Lâmpada de Teste
Pinça amperimétrica
15
TESTES
3. Uma bateria com plena carga ou quase, deve fornecer uma leitura de 12,50 V ou
acima, nesse teste.
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carregue a bateria para uma OCV maior que 12,5 V antes de prosseguir com os
testes da bateria.
Este teste indicará se há uma fuga de corrente na bateria que possa estar causando
a descarga da bateria.
Nota: O OCV deve ser maior que 12,5 V para a execução dos testes de fuga de
corrente a seguir:
Procedimento de Teste
Conclusão do teste
17
A luz não deve acender. Se a luz acender, isso indica uma fuga contínua de
corrente que poderia causar descarga da bateria. Os principais suspeitos de
problemas de fuga de corrente são as luzes do veículo (compartimento do
motor, porta-luvas, porta-malas, etc.) que não desligam corretamente.
Se a fuga de corrente não for causada por uma luz do veículo, remova os
fusíveis um por vez até que a causa da fuga seja localizada. Se a fuga de
corrente ainda for indeterminada, desconecte os cabos no relé do motor de
partida um por vez para localizar o circuito com problema.
Para verificar fugas eletrônicas que são interrompidas quando o cabo da bateria é
desconectado.
Conclusão do teste
A luz não deve acender. Se a luz acender após alguns minutos, e não tiver
acendido no teste anterior, a fuga muito provavelmente é mau funcionamento
de um componente eletrônico. Remova os fusíveis, um por vez, até que a
causa da fuga de corrente seja localizada. Se a fuga ainda for indeterminada,
desconecte os cabos no relé de partida, um por vez, para localizar o circuito
com problema.
Nota: Um voltímetro às vezes é usado para um teste de fuga de corrente, porém irá
reagir com fuga normal muito pequena causada por sistemas eletrônicos "sempre
ligados", como o bloqueio da partida, alarme anti-furto, entrada iluminada e etc.
Essas fugas são tão pequenas que não causam qualquer problema durante o
funcionamento normal. A lâmpada de teste geralmente indica apenas as fugas
grandes o suficiente para causar um problema.
18
2. Fixe a pinça amperimétrica firmemente em volta do cabo positivo ou terra da
bateria (todos os cabos, no caso de dois ou mais cabos condutores ao terminal).
Se a fuga não for causada por uma lâmpada do veículo, remova os fusíveis,
um por vez, até que a causa da fuga seja localizada.
Para verificar fugas eletrônicas que são interrompidas quando o cabo da bateria é
que possa desconectado.
2. Sem dar partida ao motor, gire o interruptor de ignição para RUN durante alguns
momentos e, em seguida, para OFF. Se aplicável, aguarde um minuto para que as
luzes da entrada iluminada sejam desligadas.
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1.6 Recarga da bateria
Para fazer a leitura da tensão da bateria a vazio, de acordo com a tabela anterior,
deve-se aguardar aproximadamente uma hora coma bateria em repouso, ou realizar
uma descarga na bateria com uma corrente de 200 A, durante 15 segundos em
média e logo em seguida fazer a medição.
- Recarga lenta;
- Recarga rápida;
- Recarga de potencial constante.
20
Em termos simples, a recarga lenta envolve uma corrente aplicada durante um longo
período. A recarga rápida é o oposto (alta corrente durante um tempo relativamente
curto).
Se uma recarga rápida for prolongada mais que 2 horas sérios danos poderão
resultar à bateria.
Recarga lenta
Recarga rápida
21
Uma bateria descarregada que recebeu uma carga rápida, somente dará partida no
motor por poucas vezes. Portanto, voltará a ficar descarregada rapidamente. O
sistema de carga do veículo demora de 6 a 8 horas de uso no veículo para completar
a carga de uma bateria completamente descarregada.
Considerando que uma taxa excessivamente rápida de recarga pode danificar a
bateria, o tempo de recarga deve ser cuidadosamente controlado. Os equipamentos
de recarga rápida podem variar amplamente quanto ao desenho e operação. Desta
forma, é importante seguir estritamente as instruções de operação do fabricante do
equipamento. Geralmente falando, uma carga "auxiliar" a 30 A para uma bateria de
12 V (ou 60 A para uma bateria de 6 V) durante até 30 minutos é mais comum.
Se a bateria estava profundamente descarregada para começar e posteriormente
uma recarga rápida for necessária, a taxa deverá ser reduzida para 20 A para uma
bateria de 12 V (40 A para uma bateria de 6 V) e continuada por mais até uma hora
ou uma hora e meia. A recarga rápida além de duas horas aumenta em muito o risco
de danos à bateria; desta forma, recomenda-se à transferência para um recarregador
com carga lenta.
O método recomendado de recarga rápida é usar o ajuste "Automático" dos
recarregadores equipados com o mesmo. Esse ajuste mantém a taxa de recarga
dentro de limites seguros ao ajustar automaticamente a tensão e a corrente,
impedindo a formação excessiva de gases e respingos do eletrólito. Outra vantagem
desse método é que não é necessário conhecer a capacidade elétrica da bateria e
nem o estado de carga, uma vez que a bateria aceitará apenas a quantidade de
carga necessária. O tempo de recarga dependerá do tamanho da bateria e do estado
de carga. Baterias automotivas completamente descarregadas requerem
aproximadamente de 2 a 4 horas para que sejam recarregadas a um estado de
serviço normal.
22
Recarga de uma única bateria
23
Recarga de várias baterias
Conexão em Série
Uma conexão em série (vide figura abaixo) é feita quando o terminal positivo de uma
bateria é conectado ao terminal negativo da bateria seguinte da série total de
recarga. Com esse tipo de conexão, cada bateria recebe a saída total de corrente
do recarregador. A quantidade de baterias que podem ser recarregadas em série
depende da capacidade nominal do recarregador. Baterias com várias capacidades
nominais podem ser simultaneamente recarregadas numa conexão em série, porém
a recarga e a taxa de recarga não devem ultrapassar aquelas especificadas para a
unidade com a menor capacidade.
Conexão em Paralelo
24
Em teoria, essa divisão significaria que a carga está sendo distribuída igualmente a
cada bateria. Na realidade, os fatores como a capacidade nominal da
bateria e o estado de carga quando a mesma é introduzida no circuito controlarão a
distribuição da carga. De maneira semelhante às conexões em série, a tensão
nominal do recarregador determina a quantidade de baterias que podem ser tratadas
numa conexão em paralelo.
Advertência: Ao recarregar baterias, verifique periodicamente quanto a vazamento do
eletrólito, formação excessiva de gases ou altas temperaturas. Observe todas as
precauções de segurança e siga as instruções do fabricante.
25
Cuidados com a bateria durante a recarga:
26
Cuidados Gerais
27
Diagnóstico de inconveniente.
PROBLEMAS CAUSAS
A bateria está descarregada, porém a Adição de ácido ao eletrólito
densidade lida pelo densímetro está
correta.
Baixa densidade em um dos elementos e Curto-circuito entre elementos.
normal nos outros. O elemento em curto não realiza as
reações químicas, não alterando o
eletrólito.
Baixa densidade em dois elementos Vazamento interno de eletrólito entre
vizinhos e normais nos outros eles.
Baixa densidade em todos os elementos. O defeito provavelmente não é da
bateria, podendo ser causado por:
- mau-contato nos conectores dos pólos;
- sistema de recarga ineficiente, por
exemplo, com baixa tensão de saída;
- consumo de corrente da bateria acima
do especificado, por sobrecorrente ou
curto – circuito.
- fuga de corrente do sistema elétrico do
veículo quando em repouso.
Superaquecimento da bateria Sobretensão do alternador (defeito no
regulador de tensão). A sobre tensão
acelera as reações químicas,
aumentando a temperatura e a
densidade.
Densidade do eletrólito acima de Sobretensão do alternador ou adição de
1,26g/cm3 ácido sulfúrico (H2SO4)
A bateria não “aceita carga” Impurezas na solução, nível baixo da
solução, placas sulfatadas, pólos sujos
ou com zinabre.
28
ll -SISTEMA DE PARTIDA
1- Bateria
2- Motor de partida
3- Comutador de ignição
4- Chave eletromagnética
29
2.1 Partes principais
30
O número de rotações do motor de partida é superior ao mínimo necessário para
fazer o motor de combustão interna entrar em funcionamento.
A redução da rotação do motor de partida até a rotação requerida pelo motor térmico
é obtida por meio da relação de redução entre as engrenagens do pinhão (motor de
partida) e da cremalheira (motor térmico).
Planetárias Pinhão
31
2.2 Principio de funcionamento
32
Vejamos a fórmula de cálculo da força magnética :
33
Vejamos como funciona um motor elétrico
de corrente contínua de ímã permanente
e somente uma espira, que tem o mesmo
princípio de funcionamento do motor de
partida (considerando o sentido
convencional da corrente).
Após um giro de 180º (meia volta), a corrente passa a percorrer a espira no sentido
inverso devido à ação do conjunto escovas-comutador.
Com isso as forças F1 e F2 também se invertem e a espira continua girando, no
mesmo sentido.
34
O motor de partida possui bobinas para
criar o campo magnético do estator e,
naturalmente, também muitas espiras no
rotor.
Alguns motores de partida possuem ímã fixo no lugar das bobinas de campo,
proporcionando menor consumo de corrente na partida e ocupando menor volume.
o conjunto porta-escovas deve estar posicionado corretamente em relação ao coletor
do induzido (rotor).
35
Agora vamos ver como acontece a interação entre a bateria. O motor de partida, o
comutador de ignição e a chave magnética, para fazer com que o motor térmico
entre em funcionamento.
36
A chave magnética possui duas
bobinas internas, uma de
atração e outra de retenção.
Quando a chave de ignição é
girada para dar a partida no
motor, as duas são energizadas
simultaneamente.
37
O pinhão do motor de partida gira no sentido horário e, quando acoplado à
cremalheira, faz com que ela gire no sentido anti-horário.
38
1ª etapa - Ao ser acionado o comutador de ignição, a chave magnética desloca a
alavanca de comando contra a ação da mola de retrocesso. O circuito de partida
continua aberto e o induzido permanece parado. Através do anel de guia, a alavanca
empurra o pinhão contra a cremalheira e o fuso provoca a rotação do conjunto
pinhão/roda livre. Se o dente do pinhão coincidir com o espaço da cremalheira,
ocorre o engrenamento.
39
2ª etapa - Se os dentes não coincidirem, a alavanca de comando comprime a mola
de engrenamento do pinhão até fechar o contato interno da chave magnética,
energizando o motor de partida e forçando o pinhão a girar. Com o rotor girando, o
pinhão encontra um vão na cremalheira e engrena. O fuso de avanço completa o
engrenamento até que o pinhão se apóie no batente que há no eixo do induzido.
Assim o motor térmico passa a ser impulsionado pelo pinhão.
40
O motor térmico atinge um alto número de rotações logo após a partida. Se o
acoplamento não for desfeito imediatamente, o motor de partida poderia sofrer
avarias. Porém, há um dispositivo de segurança para prevenir danos se a chave
continuar na posição de partida após o início do funcionamento.
Esse dispositivo é a roda livre, a qual permite que o torque somente seja transmitido
no sentido do induzido para a cremalheira, e nunca no sentido contrário, para
proteger o motor de partida contra rotações excessivas.
Quando a chave de ignição é retirada da posição de partida, o circuito é
desenergizado e a mola de retrocesso provoca o retorno do pinhão, desacoplando-o
da cremalheira. O pinhão permanecerá retraído mesmo se houver trepidações.
41
2.4 Cuidados gerais
Evite umidade durante a montagem para que não ocorra oxidação (ferrugem).
Coletor e escovas devem estar limpos e secos. Não use óleo ou graxa.O
produto "clorothene" é recomendado para a limpeza de peças elétricas.
42
2.5 Diagnóstico
Para fazer os testes no veículo, ligue um amperímetro (em série) e um voltímetro (em
paralelo) com o circuito principal do motor de partida, a fim de medir a tensão e o
consumo de corrente.
43
Em seguida acione a partida durante 10 segundos com o cabo da bobina
desconectado e faça as leituras de tensão e corrente, comparando os valores
medidos com os valores da tabela abaixo.
44
Se os valores não coincidirem, veja na tabela abaixo as prováveis causas.
45
01 - Pinhão
02 - Arraste
03 - Mancal dianteiro
04 - Mola de engrenagem
05 - Alavanca de comando
06 - Mola de retrocesso
07 - Bobina de retenção
08 - Bobina de atração
09 - Chave magnética
10 - Contato
11 - Borne de ligação
12 - Ponte de contato
13-Mancal do lado do
coletor
14 - Porta-escovas
15 - Coletor
16 - Escova
17 - Carcaça
18 - Sapata polar
19 - Induzido
20 - Bobina de campo
21 - Anel de guia
22 - Batente
23 - Roda livre
24 - Eixo do induzido
46
III SISTEMA DE CARGA
Alternador veicular
47
3.2 Fundamentos teóricos da geração de energia:
Lembrete:
48
Quanto maior a corrente numa bobina, maior será o campo magnético.
Quanto maior o número de espiras, maior será o campo magnético.
49
Os alternadores são auto limitadores de corrente e seus diodos retificadores, por
permitirem a passagem da corrente elétrica num único sentido, dispensam disjuntor.
O uso dos diodos nos alternadores implicam numa série de cuidados, tais como:
1. Rotor com pólos magnéticos tipo garra, anéis, coletor (bobina de campo).
2. Estator com enrolamento trifásico (induzido);
3. Diodos retificadores, responsáveis pela retificação da corrente alternada em
contínua;
4. Tampas, mancais.
50
O campo magnético é produzido no rotor pela bobina de excitação e as linhas de
força magnética fluem através do ferro com pólos tipo garras, que envolvem a
bobina. Um dos conjuntos de garras de um dos lados da bobina será considerado
como pólo sul.
As linhas de força fluem sobre o ferro e saltam pelo ar do pólo Norte para o pólo Sul
fechando um circuito magnético.
51
Circundando o rotor está montado o estator, com as bobinas enroladas e onde será
induzida a energia elétrica trifásica. Três bobinas defasadas em 120° formam as três
fases do alternador.
Aspecto do estator
52
Formação das três fases
A corrente alternada fornecida pelo alternador pode ter sua freqüência determinada
pela seguinte fórmula:
pn
f
60
onde,
f – freqüência em Hz;
n – rotação do alternador em rotações por minuto (rpm);
p – número de par de pólos (um rotor de 12 garras, possui 6 pares de pólos).
53
3.4 Retificação da corrente
Cada fase da corrente alternada depois que atravessar os diodos fica convertida em
corrente contínua pulsante, um fenômeno que chamamos de retificação da corrente.
54
A retificação de um período completo da corrente trifásica fornecida pelo alternador
fica levemente ondulada e pode ser considerada como corrente contínua, como
mostra a figura.
Para que se consiga suavizar essa ondulação, pode-se utilizar um capacitor ligado
entre a massa e linha positiva. Este componente armazena energia elétrica na
subida e descarrega nas descidas, suavizando o gráfico.
55
Aspecto da retificação com o uso de capacitores
Mesmo com esse cuidado, ondulações podem ser observadas com o uso de um
osciloscópio, conforme se vê na figura abaixo . Essas ondulações, no entanto, não
representam problema, pois as variações são pequenas.
Para a retificação, utilizam-se 6 diodos retificadores, que pela forma como são
ligados correspondem a 3 diodos positivos e 3 negativos. Os enrolamentos do
estator podem ser ligados em triângulo ou estrela.
56
Conexão em estrela e triângulo dos enrolamentos do estator para corrente trifásica
57
Primeiro, observe o esquema elétrico interno completo do alternador.
CIRCUITO DE PRÉ-EXCITAÇÃO
58
A lâmpada piloto deve ter no mínimo 3 watts de potência para não acusar uma
demora no início de funcionamento do alternador. Assim, no alternador pode se
considerar três circuitos, que são:
Circuito de pré-excitação
Bateria;
Chave de ignição;
Lâmpada piloto;
Regulador de tensão;
Rotor;
Bateria.
Sabe-se que para o alternador começar a gerar a tensão que irá alimentar os
componentes elétricos do veículo e recarregar a bateria, é necessário fazer sua pré-
excitação, através da alimentação do rotor com tensão da bateria. A corrente que irá
surgir no rotor fará com que apareça neste um campo eletromagnético "constante".
Com o giro do rotor será criado um campo magnético de intensidade variável no
estator e,dessa forma, será gerada uma tensão induzida trifásica alternada que será
posteriormente retificada.
Vamos seguir o caminho percorrido pela corrente elétrica no circuito.
Com o comutador
de ignição na
posição
59
“MAR, a corrente sai do pólo positivo
da bateria (sentido convencional), passa
pela lâmpada indicadora de carga e pelo
resistor, que estão em paralelo, entrando
no terminal D+ do regulador de tensão.
Daí, passa pelo resistor R1, diodo D1, junção base-emissor do transistor TR1
retornando ao pólo negativo da bateria (massa).
Quando a corrente flui através da junção
base-emissor do transistor TR1, este entra em condução, liberando a passagem de
corrente no sentido coletor-emissor. Dessa forma a corrente irá percorrer a bobina de
campo do rotor, fazendo a pré-excitação do alternador.
CIRCUITO DE CARGA
60
que é levada através da linha B+ para ser utilizada na recarga da bateria e no
funcionamento dos componentes eletroeletrônicos do veículo.
Se a tensão do alternador estiver menor que a da bateria, os diodos positivos
bloqueiam passagens de corrente no sentido da bateria para o alternador.
CIRCUITO DE EXCITAÇÃO
61
Diodos de excitação;
Regulador de tensão;
Rotor;
Diodos negativos;
Estator;
Diodos de excitação.
Logo que o
gerador começa a
gerar, a lâmpada
62
indicadora de carga se apaga, pois fica submetida à mesma tensão em ambos os
terminais, não havendo diferença de potencial entre eles.
63
- A tensão na linha D+ aumenta quando o rotor do alternador gira mais rápido,
elevando as tensões nos resistores R2 em paralelo com R5 e R3.
64
Fluxograma de funcionamento de regulador de tensão
65
rotor, gerando um acréscimo de tensão. Assim que o valor de tensão é atingido, o
diodo zener conduzirá. Esse valor de tensão de 14,2 Volts é ajustado através de um
divisor de tensão formado pelos resistores R 1 e R2. Assim que o dido Zener conduza,
o transistor T1 será polarizado e aterrará a base de T 2, fazendo com este deixe de
conduzir, desligando o campo. O desligamento do campo fará a tensão cair o que faz
com que ZD deixe de conduzir, despolarizando T 1, o que permite a polarização de T 2,
de forma que um novo ciclo se inicia.O diodo convencional D 1 impede que a corrente
gerada pela reatância indutiva provoque danos ao circuito.
66
Especificação do alternador
67
O estado dos cabos e pólos da bateria;
As condições e o nível da solução da bateria ;
Correia do alternador, etc.
Este teste deve ser efetuado mediante uso do aparelho de diagnóstico de carga e
partida.
O equipamento de vê ser ligado de tal forma que o voltímetro indique a tensão sobre
a bateria e o amperímetro a corrente de carga fornecida pelo alternador.
Observação :
68
Os alternadores de u modo geral não exigem manutenção periódica, porém, limpeza
e troca de escovas a cada 40.000 km aproximadamente. O desgaste máximo das
escovas será indicado pela lâmpada indicadora de carga.
69
TABELA DE DIAGNÓSTICO
70
IV SISTEMA DE IGNIÇÃO
Inflamação de mistura
71
Atualmente, a grande maioria dos veículos utiliza o sistema de ignição eletrônica.
Porém, até alguns anos atrás os veículos usavam o sistema de ignição convencional
(a platinado).
Estudando esse tipo de sistema, que ajudará na compreensão dos sistemas atuais.
72
Condensador
Platinado
4.1 Sistema de ignição convencional
73
absorver a energia proveniente da força contra-eletromotriz gerada na bobina
primária, evitando a formação de arco elétrico nos contatos do platinado.
O arco elétrico poderia provocar desgastes nos contatos do platinado e aumentar o
tempo de extinção da corrente primária, diminuindo a tensão do secundário.
74
Para analisar o gráfico, vamos considerar duas fases.
75
Após atingir a tensão de ignição, a tensão no secundário cai repentinamente para o
nível de tensão de manutenção da centelha, que permanece durante 0,6 a 12 ms.
76
O tempo de duração da centelha depende basicamente da turbulência da mistura e
da energia fornecida à centelha pelo circuito oscilador da bobina de ignição. Quando
essa tensão cai até um certo limite, a centelha é interrompida.
77
4.2 Sistema de ignição eletrônica
1 - Imã permanente.
2 - Enrolamento de indução com núcleo;
3 - Entreferro variável;
4 – Rotor emissor de impulsos (chaveta)
78
Esquema elétrico
79
O sinal alternado (tensão) emitido pelo indutor de impulsos é então enviado à
Unidade de comando que faz um tratamento do sinal, comandando eletronicamente
o ângulo de permanência, estabilizando e amplificando este sinal.
1 - Formador de impulsos.
2 - Comando do anglo de permanência.
3 - Estabilizador.
4 - Amplificador da corrente de comando;
5 – Etapa final.
OBS.:
80
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS COMPONENTES DE IGNIÇÃO
81
4.3 Sistema de ignição eletrônica estática
1 - Bateria
2 - Cabos de velas
3 - Velas de ignição
4 - Bobina de ignição (transformador de ignição)
5 - Central de ignição (com módulo de potência para as bobinas,incorporado ou não,
dependendo do sistema).
6 - Comutador de ignição.
7 - Fusível de proteção.
8 - Relé do sistema de ignição.
8
5
7 4
6
3
1
82
V-VELA DE IGNIÇÃO
Câmara de combustão
Vela de ignição
83
O centelhamento é produzido nos pares de velas, contudo, somente uma centelha
será aproveitada para a queima do combustível, pois a outra não encontrará no
cilindro a mistura necessária para queimar, mas sim os gases em fase de descarga.
O momento em que a vela deve conduzir a centelha para a ignição é muito
importante, pois se a centelha ocorrer muito antes do pistão atingir o ponto ideal,
pode ocorrer o que chamamos de detonação ou "batida de pino",
Esse fenômeno ocorre a partir de uma queima rápida e espontânea de parte da
mistura quando submetida a pressões e temperaturas crescentes.
84
5.1 Grau térmico
85
5.3 Principais tipos de velas de ignição
86
5.4 Tetes de velas de ignição
Resistência de isolação
87
Passagem de corrente ( Vela Resistiva)
88
VI CABOS DE IGNIÇÃO
89
Com cabos supressivos de fio níquel-cromo, nos quais a codificação se inicia com as
letras SC.
90
5.2 Teste de Resistência Ôhmica
91
5.3 Falhas de manuseio
92
5.4 Instruções para instalação
Importante –
Quando tiver que remover os cabos por alguma eventualidade, deve-se puxá-
los pelos terminais, nunca pelos próprios cabos. Não utilize ferramentas para
remover os cabos de ignição.
93