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Motor de Partida e

Alternador
Sistema de Partida

Os motores de combustão interna necessitam de uma


energia externa para que possam ser colocados em funcionamento.

O sistema de partida tem a finalidade de vencer as


resistências mecânicas do motor, como a inércia das partes móveis
e a taxa de compressão, dando inicio ao movimento e atingindo um
número de rotações suficiente para que o motor possa se manter
em funcionamento sem ajuda externa.

O circuito de partida transforma energia elétrica acumulada


na bateria em energia mecânica, fazendo girar o virabrequim dos
motores diesel.
Principais componentes do sistema de partida:

1 – Rêle auxiliar 4 – Chave de ignição


2 – Motor de arranque 5 - Bateria
3 – volante do motor
Todo o circuito de partida elementar é composto por quatro partes:

1) Bateria que fornece energia elétrica


2) Chave de contado que ativa o circuito
3) Um solenóide que acopla o pinhão do motor de arranque com a
coroa do volante.
4) Motor de arranque que faz girar o virabrequim.

Funcionamento do sistema de partida.


Funcionamento do circuito de partida – etapa 1

Ao fechar a chave de contato ocorre uma pequena intensidade de


corrente que ativa a solenóide e retorna ao pólo oposto da bateria
através do terra.
Funcionamento do circuito de partida – etapa 2

Ativando o eletroímã pela corrente da bateria, este atrai um núcleo


que desprende o pinhão que se engrena com a coroa do volante.
No extremo oposto o núcleo do eletroímã fecha os contatos que dão
passagem de corrente da bateria até o motor de partida. O circuito do
motor de partida também retorna a bateria através do terra e esta
projetado para produzir grandes intensidades de correntes.
Funcionamento do circuito de partida – etapa 3

O motor de partida transforma energia elétrica acumulada na bateria


em energia mecânica que acionar o virabrequim do motor.
Motor de Partida
Motor de Partida

O motor de partida é um motor de corrente contínua, capaz


de desenvolver alta potência durante um curto período de tempo.
Sua finalidade é transformar a energia elétrica proveniente
da bateria em energia mecânica, que será transmitida à cremalheira
do volante do motor fazendo girar o virabrequim, colocando em
funcionamento o motor térmico.
Motor de Partida
1 – solenóide
2 – alavanca de comando
3 – pinhão
4 - mecanismo da embreagem
5 – bobina de campo
6 – induzido
7 – sapata polar
8 – coletor
9 - escovas
Motor de Partida
O número de rotações do motor de partida é superior ao
mínimo necessário para fazer o motor de combustão interna entrar
em funcionamento. A redução da rotação do motor de partida até a
rotação requerida pelo motor térmico é obtida por meio da relação
de redução entre as engrenagens do pinhão (motor de partida) e da
cremalheira (motor térmico).
Esta relação de redução possibilita o aumento do torque na
árvore de manivelas, pois, uma vez que a potência de giro do
pinhão é transferida para a cremalheira, que gira com menor
número de rotações, o torque na cremalheira será maior que no
pinhão do motor de partida.
Alguns motores possuem alta taxa de compressão, como é o
caso dos motores diesel. Devido a isso necessitam de um torque
muito elevado para vencer a maior compressão interna no cilindro e
fazê-lo entrar em funcionamento.
Os motores de partida utilizados nesses motores possuem
internamente uma relação de redução de engrenagens, tipo
planetária, para que obtenham maior torque de saída junto ao
pinhão.
Motor de Partida
Funcionamento

O motor de partida tem um circuito elétrico principal e


outro de comando. No circuito principal, a corrente que sai da
bateria circula pelo contato interno da chave magnética, pelas
bobinas de campo e pelo induzido, voltando à bateria.
O circuito de comando é responsável por projetar para
frente o pinhão, e ainda energizar o circuito principal, através do
fechamento do contato interno da chave magnética.
Motor de Partida
Funcionamento
Ao girar a chave de partida, energiza-se a bobina do solenóide
montado sobre o motor de partida. O núcleo móvel se desloca
para frente, realizando duas operações, simultaneamente:
1 – desloca o pinhão sobre a cremalheira do volante do motor;
2 – fecha os contatos, transferindo a elevada corrente proveniente
da bateria diretamente para o motor.
A corrente chega até o solenóide através de um cabo grosso,
conectado a um dos bornes frontais. Com o deslocamento do
núcleo móvel do solenóide, a ponte de contatos promove a ligação
elétrica entre os bornes, transferindo a corrente às sapatas
polares do motor, acionando-o.
Como o engrenamento do pinhão já foi realizado, ocorre o giro do
motor a combustão.
Solta-se a chave de partida, o motor elétrico cessa a força, o
núcleo móvel do solenóide retorna por ação das molas e o pinhão
é recolhido.
Motor de Partida
Funcionamento

Por uma questão de segurança , o motor de partida somente


é energizado depois que o pinhão é projetado para frente, pois não
seria possível o acoplamento com o rotor girando.
Motor de Partida
Primeira etapa

Ao ser acionado o comutador de ignição, a chave magnética


desloca a alavanca de comando contra a ação da mola de retrocesso.
O circuito de partida continua aberto e o induzido permanece
parado. Através do anel de guia, a alavanca empurra o pinhão contra
a cremalheira e o fuso provoca a rotação do conjunto pinhão/roda
livre. Se o dente do pinhão coincidir com o espaço da cremalheira,
ocorre o engrenamento.

Inserir foto da página 132 apostila azul do senai primeira foto


Motor de Partida
Segunda etapa
Se os dentes não coincidirem, a alavanca de comando
comprime a mola de engrenamento do pinhão até fechar o contato
interno da chave magnética, energizando o motor de partida e
forçando o pinhão a girar. Com o rotor girando, o pinhão encontra
um vão na cremalheira e engrena. O fuso de avanço completa o
engrenamento até que o pinhão se apóie no batente que há no
eixo do induzido. Assim o motor térmico passa a ser impulsionado
pelo pinhão.
Motor de Partida
Terceira etapa:

Alavanca de comando na posição final. Pinhão engrenado.


A ponte de contato liga imediatamente a bobina de campo principal.
O motor de partida tem torque total e o motor do veículo é acionado.
Motor de Partida
O motor térmico atinge um alto número de rotações logo
após a partida. Se o acoplamento não for desfeito imediatamente, o
motor de partida poderá sofrer avarias. Porém, há um dispositivo
de segurança para prevenir danos se a chave continuar na posição
de partida após o início do funcionamento.
Este dispositivo é a roda livre.

Embreagem roda livre


A embreagem roda livre tem como objetivo proteger o motor
de partida na eventualidade deste ser acionado durante o
funcionamento do motor à combustão ou o motor de partida continuar
sendo acionado indevidamente após a partida.
Esta embreagem impede que a elevada rotação proveniente da
cremalheira x pinhão seja imposta ao induzido.
Isto poderia destruir o motor de partida, já que a relação de
engrenamento é muito elevada, além do que, o motor irá atingir uma
rotação elevada.
Motor de Partida
Quando a chave de ignição é retirada da posição de partida,
o circuito é desenergizado e a mola de retrocesso provoca o retorno
do pinhão, desacoplando-o da cremalheira. O pinhão permanecerá
retraído mesmo se houver trepidações.
Motor de Partida
Diagnósticos em Motores de Partida

Problema 1 – Tensão normal e corrente baixa


Causas:
-Mau contato entre as escovas e o coletor
-Bobina ou induzido deficientes
-Contato interno da chave magnética deficiente.

Problema 2 – Tensão baixa e corrente alta


Causas:
-Bobinas de campo em curto (à massa ou entre espiras)
-Induzido em curto (à massa ou entre espiras)
-Escovas ou suporte das escovas em curto-circuito
-Eixo do induzido emperrado
-Buchas presas
-Motor de combustão preso.
Motor de Partida
Problema 3 – Tensão baixa e corrente baixa
Causas:
-Terminais, pólos ou cabos da bateria com mau contato
-Bateria fraca ou danificada.
Motor de Partida
Diagnósticos em Motores de Partida (problemas mecânicos):

Problema 1 – Chave magnética não funciona


Causas:
-Chave de partida danificada
-Conexões entre chave de partida e solenóide interrompidas
-Chave magnética danificada

Problema 2 – O induzido gira, mas o pinhão não engrena


Causas:
-Eixo do pinhão emperrado
-Pinhão ou cremalheira com dentes danificados ou com rebarbas
-Chave magnética danificada.

Problema 3 – O pinhão engrena, o induzido gira, mas a cremalheira


não gira
Causas:
- Embreagem (roda livre) do pinhão patinando
Motor de Partida
Diagnósticos em Motores de Partida (problemas mecânicos):

Problema 4 – Motor de partida continua girando após desligar a


chave de partida.
Causas:
-Comutador de ignição defeituoso
-Chave magnética danificada

Problema 5 – Pinhão não desengrena após a partida


Causas:
- Mola de retrocesso fraca ou quebrada

Problema 6 – Motor de partida funciona normalmente mas faz


barulho ao desengrenar.
Causas:
- Roda livre do pinhão emperrada.
Motor de Partida
Cuidados Gerais com Motor de Partida

Somente acione o motor de partida com a alavanca de câmbio em


ponto morto e continue acionando a embreagem.
Não deixe o motor de partida funcionando por mais de 5s e, se for
necessário dar nova partida aguardar por 10s.
Desligue o condutor de massa da bateria antes de realizar
qualquer serviço no motor de partida.
Não de partida com as peças em movimento para evitar danos ao
pinhão e à cremalheira.
Não lave o conjunto pinhão/roda livre com solventes.
Coloque as buchas do motor de partida em banho de óleo
lubrificante (SAE 10W) por uma hora, antes da montagem. Não use
graxa.
Lubrifique os canais helicoidais e os dentes do pinhão com graxa a
base de lítio.
Evite umidade durante a montagem para que não ocorra a
oxidação.
Não use óleo ou graxa para a limpeza de peças elétricas.
Alternador
Alternador
O alternador é uma máquina elétrica giratória que transforma
a energia mecânica fornecida pelo motor de combustão interna em
energia elétrica.

Sua finalidade é fornecer a energia elétrica necessária para


recarregar a bateria e alimentar os consumidores, como faróis, ar-
condicionado etc durante o funcionamento do motor térmico.

O alternador gera Corrente Alternada, que é retificada logo


em seguida em Corrente Continua dentro do próprio alternador,
através dos diodos para que possa ser utilizada no veículo.

A principal diferença dos alternadores em relação aos


dínamos, é o fato de os enrolamentos serem estáticos e o campo
magnético é produzido pelo rotor. Por esta razão, a tensão gerada é
alternada, ou seja, os pólos do campo magnético invertem
constantemente.
Alternador
A importância dessa vantagem se percebe principalmente
em uma situação de “engarrafamento” no trânsito, quando o veículo
esta parado mas com vários consumidores ligados (ar-condicionado,
faróis, rádio e outros).

Uma das vantagens que o alternador tem em relação ao


dínamo com coletor é que, mesmo em regime de marcha lenta, o
alternador consegue fornecer energia suficiente para alimentar os
consumidores e repor a carga da bateria.
Alternador
Alternador

Alternador desmontado.

1 – escovas 4 – diodos negativos 7 - polia


2 – retificador 5 – rotor 8 – ventilador
3 – diodos positivos 6 – quadro da extremidade 9 – estator
10 – diodo
Alternador

1 – terminal de campo
2 – tampa escova e porta-esvoca
3 – polia
4 – terminal terra
5 – terminal de saída
6 – terminal do regulador (Auxiliar)
Alternador
Os alternadores tem três unidade principais:

1)Conjunto do rotor – campo magnético que gira


2)Conjunto do estator – condutores que são estácionários
3)Conjunto do retificador – diodos que convertem corrente
alternada em corrente continua.

1) Conjunto do Rotor

Realiza o mesmo trabalho que o conjunto da peça polar e


bobina de campo em gerador DC. A diferença esta em que o
conjunto do rotor gira quando o conjunto de peça polar e a bobina
de campo estão paradas (estacionada).
Alternador
Os alternadores tem três unidade principais:
2) Conjunto do Estator
Efetua o mesmo trabalho que o induzido no gerador DC. O
estator está fixo enquanto o induzido gira.

Conjunto
do estator.

1- quadro da extremidade 2 – enrolamentos 3 - estator


Alternador
O estator é montado sobre o rotor, e se constitui de uma
armadura circular feita de chapas unidas. Na face interna se
encontram sulcos que alojam um conjunto de três bobinas,
formando o enrolamento do estator.
As bobinas do estator estão defasadas em 120° entre si,
independente do tipo de ligação (estrela ou triângulo).
Alternador
Ligação Triângulo ou Estrela
Esses dois tipos de ligação se distinguem quanto às tensões e
às correntes de linha e de fase.
Tensão de linha é a tensão medida entre dois dos três
terminais da ligação.
Tensão de fase é a que se mede entre as duas extremidades
de cada bobina.

Os extremos de cada enrolamento estatórico estão


conectados a um diodo positivo e um negativo. Os outros extremos
dos enrolamentos estatóricos estão conectados por duas maneiras:
- Enrolamentos estatóricos conectados em estrela
- Enrolamentos estatóricos conectados em delta
Alternador
Ligação Triângulo
O alternador conectado em Delta (ou triângulo) pode ser
usado em operações de trabalho pesado, onde se necessitam baixa
voltagem, mas uma corrente alta.

Ligação Delta (triângulo)

Com as bobinas ligadas em triângulo, as tensões são iguais e a


corrente de linha (IL) é igual a corrente de fase (IF) multiplicada
pela raiz quadrada de três.

Inserir figura da página 149 apostila do senai –azul.figura do meio.


Alternador
Ligação Triângulo Voltagem baixa
Corrente alta.
Alternador
Ligação Triângulo
Alternador
Ligação Estrela
O alternador conectado em estrela geralmente fornece uma
voltagem mais alta e uma corrente moderada.

Na ligação em estrela as correntes de linha (IL) e de fase (IF), são


iguais, enquanto que a tensão de linha (EL) é igual ao produto da
tensão de fase (EF) pela raiz quadrada de três.

Inserir figura da página 149 apostila do senai –azul figura 1 primeira..


Alternador
Ligação Estrela

Ponte retificadora

Estator Voltagem alta


Corrente moderada
Alternador
Ligação Estrela

Ponte retificadora

Estator Voltagem alta


Corrente moderada
Alternador
3) Conjunto de retificadores
Para converter a corrente alternada em corrente contínua se
usam diodos retificadores. Alguns alternadores tem seis diodos
montados em um conjunto, chamado ponte retificadora.
1 2

1 – conjunto de diodos negativos 2 – conjunto de diodos positivos


Alternador
Funcionamento:

O funcionamento do alternador se baseia nos princípios do


eletromagnetismo. Quando um condutor se movimenta dentro de
um campo magnético, cortando as suas linhas de força ou sendo
cortado por elas, aparece neste condutor uma força eletromotriz
(ou tensão) induzida.
No alternador o campo magnético é produzido no rotor,
que é composto de um eixo em torno do qual há uma bobina de
excitação. Duas metades polares tipo garras envolvem esta
bobina. As garras dos pólos se acoplam umas nas outras.

Inserir figura da página 146 apostila do senai –azul.


Alternador
Funcionamento:

Quando uma corrente elétrica percorre a bobina de


excitação, também chamada bobina de campo, surge ao redor
desta um campo magnético que enlaça os pólos. Assim, o
conjunto de garras de um dos lados se torna o pólo norte,
enquanto o outro conjunto se torna pólo sul.
No eixo do rotor também se encontram dois anéis
coletores, ligados aos terminais da bobina de excitação. A corrente
elétrica de excitação da bobina do rotor irá fluir através das
escovas que são posicionados sobre os anéis.

Inserir figura da página 147 (primeira) apostila azul do senai


Alternador
Funcionamento:

A intensidade do campo magnético na bobina do rotor será


tanto maior quanto maiores forem a intensidade da corrente de
campo e a quantidade de espiras da bobina.
quando o virabrequim do motor de combustão está
girando, esse movimento é transmitido ao eixo do rotor do
alternador por meio de uma correia. O campo magnético do rotor,
quando em movimento, passa a ser variável nas bobinas do
estator, induzindo neste uma tensão trifásica.
Regulador de tensão

Em rotação elevada, torna-se necessário limitar a tensão de


alternador fornecida a bateria.
Isto é feito atuando sobre a corrente de excitação da bobina
de campo: quanto menor a corrente de campo, menor será o
campo eletromagnético no rotor e em conseqüência, menor será a
tensão de saída.
O regulador e as escovas, são montados em um só
conjunto, facilitando em muito a manutenção do alternador. Com a
causa mais comum de falha, devido a desgaste natural, se localiza
nas escovas e no regulador, nada mais racional.

Tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de


uma fonte de alimentação constante, mesmo que haja variações
no valor da corrente de saída.

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