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IE, II, IR, IPI, IOF, ITR, IGF ITCMD, ICMS, IPVA IPVA, ITBI, ISSQN
Distrito
Federal
Impostos Impostos
AINDA Extraordiários Territórios
Residuais (art.
FEDERAIS de Guerra – IEG Federais (art.
154, I da CF).
(art. 154, II da CF 147 da CF).
(art. 154, I da
CF).
Taxas (art. 77 do CTN): Conceito – diferentemente dos impostos, para a instituição e
cobrança das taxas o poder público realizará alguma contraprestação (tributo vinculado).
A competência para instituição das taxas é comum aos entes políticos, mas será necessário
analisar as competências para atribuições a cada um desses entes. Tipos: a) Taxa de
Polícia: devida pelo exercício do poder de polícia administrativa (art. 78 do CTN). Ex.:
A atividade pública da vigilância sanitária que regulamenta e fiscaliza a higiene e
segurança de estabelecimentos privados para proteger toda a coletividade consumidora.
Quanto ao momento da prestação: a taxa de polícia será intuída e cobrada pelo exercício
de poder de polícia, ainda que presumido; b) Taxa de Serviço Público: pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição (art. 79 do CTN). Se houver utilização efetiva (exemplo custas
judiciais e emissão do passaporte) e utilização potencial (exemplo coleta domiciliar de
lixo, deve custear, bastando estar a sua disposição) tem taxa. Obs.: A Taxa de Iluminação
Pública e Limpeza Pública não são cobradas pois são indivisíveis (art. 79, III CTN, cf.
Súmula Vinculante n.º 41), menos a taxa de coleta domiciliar de lixo. A Taxa de
Segurança Pública (Polícia Federal, Civil ou Militar) e Pavimentação também não.
Contribuição de Melhoria (art. 81 do CTN): Conceito – será instituído quando
ocorrerem Valorizações Imobiliárias decorrentes de Obras Públicas – VIP (significa VI –
Valorização Imobiliária e P – decorrente de obra pública) – obras públicas que valorizem
o imóvel dos contribuintes (tributo vinculado); Competência: comum (U, E, DF, M); São
assim como a taxa contraprestacional; Requisitos: para a cobrança desse tributo será
necessário o respeito aos requisitos legais de publicação prévia de elementos, prazo para
defesa e julgamento administrativo (art. 82 do CTN); Limites: O Poder Público deverá,
para a cobrança da contribuição, respeitar dois limites: Total (não poderá recolher mais
do que o valor total gasto na realização da obra) & Individual (o pagamento será realizado
de forma proporcional a valorização que cada imóvel obteve individualmente).
Empréstimos Compulsórios (art. 148 da CF): Conceito – espécie tributária de
competência exclusiva da União, com previsão constitucional autorizando a instituição,
por meio de lei complementar (quórum de Maioria absoluta – art. 69 da CF), obrigando
a população a conceder empréstimos (destaca-se por serem devolvidos pela União aos
contribuintes); Hipóteses de criação: calamidade pública, guerra externa ou sua iminência
(inciso I) e o Investimento público de caráter urgente e relevante interesse social (inciso
II). Obs.: A jurisprudência nacional evoluiu o entendimento da antiga Súmula 418 do
STF, passando a adotar a natureza jurídica de tributos aos empréstimos compulsórios.
Contribuições Especiais (art. 149 e 149-A da CF): Conceito – tributos criados com o
objetivo de arrecadar valores para o poder público atuar em áreas específicas (tributo
finalístico). Tipos: Contribuições Sociais: em regra, será de competência da União,
como forma de atuar no segmento dos direitos sociais (art. 6º da CF). Entre elas destacam-
se aquelas destinadas a Seguridade Social – Previdência, Assistência e Saúde (art. 195 da
CF); CIDE: Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico, instituídas pela União
como forma de atuar em segmentos financeiros, estimulando ou desestimulando
atividades. Entre elas, destaca-se a CIDE – Combustíveis (art. 177, § 4º, da CF). Outros
bons exemplos de contribuições interventivas seriam: CIDE – Royalties, Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações – FUST, Adicional de Frete para
Renovação da Marinha Mercante – AFRMM e Adicional de Tarifa Portuária – ATP;
Corporativas: também de competência da União, realiza a instituição dessas
contribuições para munir os sindicatos e conselhos profissionais (CRM, CRMV, CREA,
CRECI, dentre outros) de receitas para realização de suas atividades. Clássico exemplo
de Parafiscalidade em que a União institui, mas quem exerce a capacidade tributária ativa
(arrecada, fiscaliza e executa) será outra pessoa jurídica de direito público (categorias
representativas). ATENÇÃO: Segundo entendimento do STF, a OAB é considerada
autarquia sui generis, de modo que os valores pagos a título de anuidade NÃO têm
natureza tributária; COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação
Pública – art. 149-A da CF): a Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação
Pública será de competência dos Municípios e Distrito Federal, exatamente para arrecadar
receitas na prestação de tal serviço. Acrescentada por meio da Emenda Constitucional
39/2002 para substituir as inconstitucionais Taxas de Iluminação Pública (Súmula 670 do
STF e Súmula Vinculante 41).
Classificação dos Tributos: Os tributos podem ser classificados em diversas categorias.
Algumas delas são: vinculados (quando U, E, DF e M – necessitarem realizar algo para
o contribuinte em troca do pagamento da exação, como as taxas do poder de polícia ou
prestação de serviços públicos efeito e potencial e as contribuições de melhoria) e não
vinculados (quando os entes políticos não precisam realizar contraprestação ao
contribuinte – ex.: empréstimo compulsório e contribuições especiais); arrecadação
vinculada (valores arrecadados são designados para uma despesa específica, como os
empréstimos compulsórios em caso de calamidade, guerra ou investimento público ou
mesmo as contribuições especiais, como a COSIP para Iluminação pública) e não
vinculada (o poder público tá livre para aplicar as receitas em diversas despesas públicas,
como os impostos); finalidade fiscal (para arrecadar, como ICMS, ISS, IPVA, IR),
extrafiscal (utilizada para proteger os setores econômicos e sociais, como II, IE, IPI, IOF,
CIDE, etc.) e parafiscal (ocorre na separação entre a figura do tributo e quem tem
capacidade tributária ativa, como as contribuições corporativas, sindical e anuidade); de
competência privativa (exemplo: Empréstimos Compulsórios, só pela União; COSIP –
apenas pelos Municípios e Distrito Federal), comum (todos os entes políticos podem
instituir, como as Contribuições de Melhoria), cumulativas (atribuição do DF instituir
tributos de competência estadual e municipal, já que não pode ser dividido em municípios
– arts. 32, 147 e 155 da CF, bem como dos Territórios Federais em que a arrecadação é
feita pela União nos impostos estaduais e dependendo da estrutura, também pelos
Municipais – art. 147 da CF) e residuais (a sobra que ainda não sofreu tributação. Pela
CF cabe a União. Parcela da doutrina aponta que as taxas seriam de competência residuais
dos Estados, pois a esses entes caberiam o resíduo dos serviços – art. 25, § 1º da CF);
direitos e indiretos (leva em conta a repercussão econômica, no direto o sujeito que
pratica o fato gerador do tributo suportará também os encargos econômicos de seu
pagamento, como o IPVA – sujeito pratica o fato gerador de ser proprietário do veículo e
tem que pagar; no indireto o sujeito que pratica o fato gerador repassa indiretamente o
montante do tributo para que um terceiro o suporte, existindo a figura da repercussão
econômica, como o IPI – pois aquilo que a indústria pagar desse imposto será recuperado
no valor embutido do produto final para o terceiro – consumidor final – suportando tal
encargo); reais (é a tributação sobre bens, como IPVA, ISS Taxas, etc.) e pessoais
(observa as pessoas por trás da tributação, como o Imposto de Renda, que analisa aspectos
pessoais como quantidade de dependentes e despesas dedutíveis); seletivos (analisa a
incidência do tributo segundo a essencialidade de bens e serviços ao ser humano. Incide
com maior rigor sobre produtos não essenciais, como bebidas alcoólicas e cigarros do que
de primeira necessidade, como produtos de cesta básica), proporcionais (sua aplicação
é proporcional a riqueza manifestada, determinando seu valor apenas pela variação da
base de cálculo. Ex.: IPVA, pois tratando-se de mesma categoria de veículo (passeio,
motos etc.), o que vai definir o maior valor do tributo será sua base de cálculo – valor
venal do veículo) e progressivos (Na medida que aumenta a base de cálculo, aumenta a
alíquota, como o Imposto de Renda com alíquotas progressivas de acordo com o tamanho
da renda obtida – art. 153, § 2º, I da CF).
REFERÊNCIAS:
NOVAIS, Rafael. Direito Tributário facilitado. 3ª ed. Ver. Atual, e ampl. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.