Este documento analisa se o contribuinte que declara um montante devido ao fisco, mas não o paga, tem suas garantias constitucionais respeitadas em comparação ao contribuinte que não declara nada. Discute-se se o tratamento dado a esses contribuintes é isonômico e respeita o devido processo legal. Conclui-se que o contribuinte que declara o débito não tem direito ao devido processo legal e é tratado de forma mais prejudicial do que aquele que não coopera com o fisco.
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Título original
A CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO DO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - hugo segundo
Este documento analisa se o contribuinte que declara um montante devido ao fisco, mas não o paga, tem suas garantias constitucionais respeitadas em comparação ao contribuinte que não declara nada. Discute-se se o tratamento dado a esses contribuintes é isonômico e respeita o devido processo legal. Conclui-se que o contribuinte que declara o débito não tem direito ao devido processo legal e é tratado de forma mais prejudicial do que aquele que não coopera com o fisco.
Este documento analisa se o contribuinte que declara um montante devido ao fisco, mas não o paga, tem suas garantias constitucionais respeitadas em comparação ao contribuinte que não declara nada. Discute-se se o tratamento dado a esses contribuintes é isonômico e respeita o devido processo legal. Conclui-se que o contribuinte que declara o débito não tem direito ao devido processo legal e é tratado de forma mais prejudicial do que aquele que não coopera com o fisco.
SUAS IMPLICAÇÕES SOB A ÓPTICA DOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DA ISONOMIA.
Encontros Universitários da UFC 2018
XXVII Encontro de Iniciação à Docência
Walber Pompeu Anastacio, WALBER POMPEU ANASTÁCIO, Hugo de Brito Machado Segundo
O lançamento por homologação é centro de embates em razão da forma
como a jurisprudência construiu as consequências da prestação de declaração do sujeito passivo sobre o montante tributário devido ao Fisco quando comparadas aos efeitos da não apresentação da declaração à Fazenda Pública. Com efeito, discute-se sobre um possível desrespeito aos princípios da isonomia e do devido processo legal no que tange ao tratamento dado ao contribuinte que colabora com o Fisco, mas não quita o seu débito. Este trabalho objetiva, então, analisar se o sujeito passivo que declara o montante devido para o Fisco, mas não o paga, tem suas garantias constitucionais do devido processo legal respeitadas e se, apesar de estar em situação materialmente idêntica à do sujeito que se queda inerte, sem declarar o débito tributário, recebe tratamento jurídico distinto desse. O STJ e o STF entendem que, prestada a declaração, constitui-se definitivamente o crédito tributário, possibilitando a inscrição do débito na dívida ativa. Porém, visualiza-se que vários estudiosos entendem que o fato de, após a declaração do sujeito passivo, considerar-se definitivamente constituído o crédito tributário, permitindo a inscrição desse na dívida ativa sem que se dê oportunidade de resposta ao contribuinte, fere o primado da ampla defesa. Ademais, aduzem que o contribuinte que não colabora com o Fisco é submetido ao lançamento de ofício, com as garantias do processo administrativo desse. A metodologia utilizada para os fins desta produção abrange pesquisas por doutrinas, principalmente do Direito Tributário. Por fim, sem a pretensão de esgotar o estudo, pode-se perceber que o contribuinte que, no âmbito do lançamento por homologação, vem a declarar o débito tributário para o Fisco não possui seu direito ao devido processo legal respeitado, bem como se submete a tratamento mais maléfico do que aquele conferido ao sujeito que não colabora com o Fisco, quedando-se inerte, o que infringe o princípio da isonomia.
Palavras-chave: Lançamento por Homologação. Devido Processo Legal. Isonomia.
Dívida Ativa.
Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 3, 2018 2611