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Sobre as Referências Bibliográficas

Os trabalhos devem seguir em geral as “Normas para elaboração e apresentação de


monografias de conclusão de cursos de especialização, dissertações de mestrado e teses
de doutorado”, de 2011, editadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação.

Quando se tratar do uso e apresentação das referências bibliográficas, algumas regras


simples devem ser seguidas para facilitar a uniformização do texto e torná-lo compatível
com as normas usuais de publicação de trabalhos científicos. Não é possível esgotar todas
as normas aqui. Para os casos mais complicados, consultar a norma da UNITAU e as
normas da ABNT sobre o assunto.

1- REFERÊNCIAS E CITAÇÕES DENTRO DO TEXTO

A primeira regra é simples: sempre que se usar idéias ou textos de outro autor, isso deve
ficar registrado. A segunda regra, que é o complemento da primeira: só deve ser citado o
autor que foi efetivamente usado no trabalho.

Quando se faz referência a um autor ou autores, alguns casos especiais se apresentam:

a) Você usou no texto a idéia geral de um autor, com sua interpretação pessoal do que foi
dito. Exemplos:
Um autor
A construção da identidade é um processo relacional e histórico (SILVA, 1996).
Segundo Silva (1996), a construção da identidade é um processo relacional e histórico.

Dois autores (e mesma coisa para três autores)


A construção da identidade é um processo relacional e histórico (SILVA; ALMEIDA, 1996).
Segundo Silva e Almeida (1996), a construção da identidade é um processo relacional e
histórico.

Mais de três autores


A construção da identidade é um processo relacional e histórico (SILVA et al., 1996).
Segundo Silva et al. (1996), a construção da identidade é um processo relacional e
histórico.
Alternativamente, pode-se dizer:
Segundo Silva e colaboradores (1996), a construção da identidade é um processo
relacional e histórico.

Nota: Nos casos de citação indireta (quando você apresenta a idéia de um autor com suas
próprias palavras) não é obrigatório mencionar a página ou páginas de onde você tirou a
idéia. Entretanto, é recomendável fazê-lo sempre que possível para auxiliar o leitor.
b) Você usou no texto a frase exata de um autor (citação direta), da forma exata como ele
escreveu. Dois casos podem acontecer:
b1) A citação é curta (até três linhas). O texto citado fica no próprio parágrafo, colocado
entre aspas. Exemplo:
Segundo Silva (1996, p. 38), pode-se afirmar que “a construção da identidade é um
processo relacional e histórico”.

b2) A citação é longa (mais de três linhas). O texto citado fica num parágrafo novo, em
letra de tamanho menor, sem aspas e com recuo de 4 cm da margem esquerda. Exemplo:

Segundo comentam Silva e Almeida (1996, p. 87):

A identidade profissional é uma identidade social ancorada nas representações,


práticas e saberes profissionais, que depende do contexto de exercício
profissional. É possível vislumbrar duas dimensões da identidade profissional: o
Eu profissional e o Ideal profissional. Esse modelo geral se inscreve numa dupla
transação: uma transação biográfica, temporal e subjetiva – que consiste em
projetar futuros possíveis em continuidade ou ruptura com uma trajetória de
vida dada; e uma transação relacional, espacial e objetiva – que contempla o
reconhecimento das posições reivindicadas no seio da instituição e o sucesso
das políticas institucionais.

A situação para várias autores segue a mesma regra do item a). Note que, em ambos os
caso é obrigatório mencionar a página do livro ou artigo onde a citação aparece.

c) Você usou no texto a idéia de um autor que você não leu diretamente, mas que foi
citado por outro autor.
Exemplo: Você está lendo o livro de Silva, 1996, sobre identidade. Silva diz que, segundo o
livro “A Interpretação dos Sonhos”, de Freud, 1900, as identidades vêm do inconsciente
do indivíduo. Silva leu Freud, mas você não. A referência fica assim:

De acordo com os trabalhos de Freud (apud SILVA, 1996), as identidades têm origem
inconsciente.

Outro exemplo: Você está lendo Carvalho e Souza, 1994, e eles falam de outro autor,
Freire. Você quer citar exatamente a frase que é do Freire e que está na página 74 do livro
de Carvalho e Souza. A referência fica assim:
Freire (apud CARVALHO e SOUZA, 1999, p.74) considera que “é preciso que o educando se
assuma ingenuamente para, assumindo-se ingenuamente, ultrapassar a ingenuidade”.

A expressão apud significa citado em.


2- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Atenção: as referências bibliográficas não são justificadas. São alinhadas somente à


esquerda.

Livros
Esquema básico:
1- Coloque o sobrenome em maiúscula e a inicial dos outros nomes do autor (ou dos
autores, se houver mais de um). Se cada capítulo do livro foi escrito por um autor,
coloque apenas o nome de quem organizou tudo, seguido da referência (Org.) ou
(Ed.). Veja o exemplo.
2- Em seguida coloque o nome do livro em negrito (se o nome tiver duas partes,
somente a primeira fica em negrito – veja os exemplos).
3- Coloque o nome da cidade onde o livro foi editado (o lugar onde fica a editora),
seguido de dois pontos.
4- Coloque o nome da editora. Por exemplo, Atlas, Pioneira, Makron Books etc. Não
coloque a palavra editora, apenas o nome.
5- Coloque o ano em que foi editado o livro.
6- Coloque o número de páginas (não é obrigatório).

Exemplos

BAUMAN, Z. A sociedade individualizada. Vidas contadas e histórias vividas. Rio de


Janeiro: Zahar, 2009.

PIMENTA, S. G. (org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999.
112 p.

Artigo de revista
Esquema básico:
1- Coloque o sobrenome em maiúscula e a inicial dos outros nomes do autor (ou dos
autores, se houver mais de um).
2- Em seguida coloque o título do artigo em letra normal.
3- Coloque o nome da revista onde o artigo foi publicado em negrito, seguido de
vírgula.
4- Coloque o local de publicação da revista.
5- Coloque o volume da revista e o número da revista.
6- Coloque as páginas da revista onde está o artigo.
7- Coloque o mês ou meses de publicação (existem revistas que são publicadas a cada
bimestre ou mesmo a cada semestre). Coloque em seguida o ano de publicação
Exemplos

SILVA, L. H.; COSTA, V. A.; ROSA, W. M. A educação de jovens e adultos em áreas de


reforma agrária: desafios da formação de educadores do campo. Revista Brasileira de
Educação, v. 16, n. 46, p. 149-270, jan/abr 2011.

SOUZA, M. A. Educação do campo: políticas, práticas pedagógicas e produção científica.


Educação e Sociedade, Campinas, v. 29, n. 105, p. 1089-1111, set/dez 2008.

Para outros casos, seguir a norma da ABNT.

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