capítulo 8
8.1 Introdução
De acordo com Cohen, citado por Padilha (1997), os materiais são substâncias
com propriedades que os tomam úteis na Engenharia, tendo uma aplicação direta
na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos. Para a sua
aplicação na Engenharia, u~ det~rmina?o material deve apresentar características
adequadas a uma dada s1tuaçao, alem de serem estabelecidas as relações
existentes entre as suas propriedades macro e microestruturais.
A propriedade de um material diz respeito ao tipo e à intensidade de uma
resposta a um estímulo específico imposto ao mesmo (CALLISTER JR., 2002).
Um material apresenta diferentes propriedades, entre as quais estão as físicas,
mecânicas, ópticas, térmicas, elétricas, magnéticas, entre outras, em função do
tipo de estímulo que é capaz de provocar diferentes respostas. Como exempl o
podem ser citadas as propriedades mecânicas, a saber, a resistência e o módulo de
elasticidade, que caracterizam as deformações que um corpo sofre em função de
uma determinada tensão aplicada sobre este. Outros exemplos representativos são
a dilatação que um material sofre quando submetido a uma variação de
temperatura e a capacid ade que um corpo tem de conduzir eletricidade quando
está sob a influência de um campo elétrico. Além dessas, outras propriedades têm
relevância e devem ser conside radas, tais como a dureza, a tenacidade, a fluênci a
e a fadiga. O conhec imento dessas características é fundamental, pois determ inam
o emprego de um materia l em uma estrutura ou produto , devend o se levar em
consideração também o desemp enho do material ao longo da sua vida útil.
Neste capítulo , serão apresentados os principais conceitos e conside rações
relativos às propriedades mecâni cas e físicas dos materiais empreg ados na
Engenharia. Devido à abrangência do tema, mais detalhes e informações a respeit o
podem ser verificados nas referências bibliográficas indicadas ao longo do texto.
mqmn,e con hec er 88 propriedades tis ica s~ º! ~t eri ais , afu nd e
jde qu ad a uti li:t açã o de aco rdo com . as ,ex 1ge nc1 as de . um a dad a
• l»o r ex em plo , em um a câm ara fri go ríf ica , um a exi gên cia d
nho básica é qu e o ma ter ial a ser em pre g!. do ten ha bo as c~ cte rís tic ~
olamento térmi co. Já pa ra o cas o da c~m duç a~ ~<: cor ren te ele ~c a, faz ~se
nece ário que o ma ter ial apr ese nte um a bru xa res ist ivi dad e, co mo e o cas o do
cobre, por ex em plo . .
A pro pri ed ad e fís ica s do s ma ter iai s d~ ~e nd em ba sic a~ e~ te da sua
ho mo gen eid ade e da s sua s car act erí stic as_ iso tro p1 cas .. Um ma ten al 1~o tr~ pic o é
aq ue le qu e ap res en ta pa ra um a da da pro pn eda de_ um a igu ald ad e na s tre s du eçõ es
(x. y e z), isto é, é um a pro pri eda de nã o ve ton al. Qu and _o ap res en ta um val or
difere nte em um a da s dir eçõ es pa ra um a da da pro pn ed ~d e, o . ma ter ial é
co nsi de rad o ani sot róp ico . De ve -se , aq ui, de ix~ cla ro qu e a iso tro p_i a é sem pre
ref eri da a um a pro pri ed ad e esp ecí fic a, ou seJ a, um me ~m o !11 ~te nal po de ser
iso tró pic o em rel açã o à res ist ênc ia me cân ica , en qu an to aru sot rop ico em rel açã o à
co nd uti vid ad e elé tri ca, po r ex em plo . . . .
De aco rdo co m Ca llis ter Jr. (20 02 ), a aru sot rop 1a de um ma ten al est á
rel aci on ad a à sim etr ia da est rut ura cri sta lin a, em qu e o gra u de ani sot rop ia
au me nta em fun ção da dim inu içã o da sim etr ia est ru~ 8;1 · Co mo ex em plo , no
Qu ad ro 1 est ão ap res en tad os va lor es do mó du lo de ela sti c1 da de de alg un s me tai s
pa ra alg um as ori en taç õe s cri sta log ráf ica s.
Quadro 1 - Valores do mód ulo de elas ticid ade (em GP a) para algu ns met ais conside ran do
a sua orientação cristalográfica (HERTZBERG apud CA LLI STE R JR. , 200 2).
1
Material Direção cristalográfica
[100] [110] [111]
, .0
AIum m1 63,7 72 ,6 76,1
Cobre 66,7 130,3 191,1
Ferro 125,0 210,5 27 2,7
Tungstênio 38 4,6 38 4,6 38 4,6
A anisotropia é um a ca rac ter íst ica qu e ap are ce co m fre qü ên cia no s ele me nto s
da natureza. Como exem plo de um ma ter ial an iso tró pic o, po de -se cit ar a ma de ira,
c~ja ~esistência me cânic a é de pe nd en te do sen tid o de or ien taç ão da s fibras . Na
drreçao paralela à~ fib ras , a res ist ên cia ten de a se r ma ior do qu e na direçã o
~ansvers_al ao sentido da s fib ras 2 • Se nd o as sim , as co ns ide raç õe s de ste ca pít ulo
sao realizadas ad mi tin do qu e os ma ter iais ap res en tem um a ca rac ter ística
prepon~~rantefl1:ente iso tró pic a. An álises es pe cíf ica s de ve m se r rea lizad as qu an do
necessano, a fim de ev ita r-s e a oc or rê nc ia de di sc re pâ nc ias sig nif ica tivas
CALLIST2r ~. 2002) .
O e tu d o d a s p ro p r· d d . é fu n d a m e n ta l
c la ss if ic a ç l0 !e a es e lé tr !c ~ s
r· e ~ se le ç a o d o s m a te ri a is a se re m em r P ar a a
B n en h a a , as p ro pri ~ d e~ ad o s na
e st !d a d a ia ~ é tn c a . J? en tro d e ss a c a te g o ri
ª e z o e le tr ic id a d e , a su p e rc o n d u · 3: es tn ah
~ ~ . sa o p 1
u ti v id a d e e a ~ ·v ~ d~ d~ . a
err o ~ le tr ic id ~ d e , a te rm o e le tr ic id a d e , a c o n d
d e m a te ri a is (C A L L IS T E R JR 2 0 0 2 ) es 1s tiv1c tad
do s d iv e rs o s ti p o s ·• · e
P o r s e t ra t a r d e_ um assunto complexo, que envolve um conhec·
.
o n c e it o s re la c io n a d o s à e st ru tu ra e le tr ô n ic a , •~ en to
p ré v i' ! d e c sã o ab on ~ ve is de
a n d a s d e e n e rg ia d o s m a te ri a is , n e st e it e m
energi_a e b v id a d e e lé tr ic a po · r ad os C>s
c o n c e it o s d e re si st iv id a d e e c o n d u ti 18 sã o
d e · I m a te ri a is •uti liz. d as
P ro p ri e d a s m a is re e v a n te s d e n tr e o s ª o s na
C o n s tr u ç ã o C iv il .
8 .2 .2 .1 Resistividade st ê ·
v id a d e é u m a p ro p ri e d a d e q u e in d ic a a re si nc1a à
A re s is ti , . , p re se n t
d
a c o rr e n te e le tn c a a tr a v e s d e u m c o rp o , se n d o re d
passage m ª a
p e la E q u a ç ã o 2 .
RA
p=- (Equação 2)
1
onde:
p = r e s is ti v id a d e (Q .m ); d o )~
d o q u a l a c o rr e n te e st á p ass a n (Q
R= re si st ê n c ia d o m a te ri a l a tr a v é s
rr e n te (m
ic u la r à d ir e ç ã o d a c o 2);
A = á re a d a s e ç ã o re ta p e rp e n d
(m ).
ia e n tr e d o is p o n to s o n d e é m e d id a a v o lt a g e m
1= d is tâ n c d a
9 9 7 ), re s is ti v i d a d e d o c o n c re to e s tá re la c io n a
Segundo N e v il le ( 1 a
C o m o e x e m p lo , p o d e -s e c it a r o s e u e m p re o o em
c o m a s u a u ti li z a ç ã o .
, d e v id o à p o s s ib il id a d e d e in te rf e rê n c i: s n o s
d o rm e n te s fe rr o v iá ri o s
o u n a s e s tr u tu ra s e m p re g a d a s p a ra p ro te ç ã o
sistemas d e s in a li z a ç ã o ,
c o n tr a c o rr e n te s d e fu g a .
id a d e n o rm a lm e n te d e p e n d e d a u m id a d e e d a
N o c o n c re to , a re s is ti v
ra n d o -s e q u e , q u a n to m a is s e c o o m a te ri a l.
s u a c o m p o s iç ã o , c o n s id e
re u ( 1 9 9 8 ) c it a q u e o s v a lo re s tí p ic o s p ar a
m a is r e s is ti v o e le fi c a . A b
v a ri a m e n tr e 1 0 e 1 0 5
Q .m , o q u a l p o d e v a ri ar
resistividade d o c o n c re to
/c im e n to e d a p re s e n ç a d e a d iç õ e s m in e ra is .
e m fu n ç ã o d a re la ç ã o á g u a
s is ti v id a d e d o c o n c re to e s tá d ir e ta n1 e n te
O c o n h e c im e n to d a r e
r o b le m a d a c o rr o s ã o d a s a rm a d u ra s . E s tu d o v ê m
re la c io n a d o c o m o p
o d e in v e s ti g a r a re la ç ã o e x is te n te e n tr e a
s e n d o c o n d u z id o s n o s e n ti d
il id a d e d e c o r ro s ã o . O C o m it ê . E u ro
. -
resistivid a d e e a p r o b a b ,
.
B , a tu a lm e n te F IB ) a p re s e n ta o s c n te n o s
I n te r n a ti o n a l d u B é to n ( C E
s e li a r a re s is ti v id a d e e le tr ic a d o
a p r e s e n ta d o s n o Q u a d r o 2 , p a r a a v a
o n c r e to .
Quadro 2 - Cri~rio de avaliação da resistividade d o ~
Resistividade do concreto ccee 192. 1989)
>20000 D.cm Probabüidade de conoa1o
10000 a 20000 D.cm DeaP?ezivel
5000 a 10000 D.cm Baixa
<5000 D.cm Alta
Muito alta
uma revisao detalh~~a sobre a influência da resistividade elétrica nas
propriedades e na durab1hdade dos concretos foi apresentada por Neville (1997),
Abreu ~ J998) e, c .ascudo (2005). No .Q.uadro 3, estão apresentados os valores da
resistividade eletnca de alguns matenais empregados na Construção Civil.
Quadro 3 - Resistividade elétrica para alguns materiais de Engenharia (CALLISTER JR., 2002).
Material
Resistividade (C.m)
Ligas de aço
1,60 2,48.10·7
Ferros fundidos
6,20 - 15,0.10·7
Vidro (cal de soda)
10 - 10 11
10
PVC > 1014
Epóxi 10
10 - 10 13
Madeira (carvalho vermelho) 1014 - 1016
Assim, tem-se que o conhecimento das propriedades elétricas tem uma grande
importância na definição do tipo de material a ser empregado nas instalações das
obras de construção civil.
A transferência de calor entre dois materiais pode ocorrer de três formas: por
condução, convecção e radiação. A condução pode ser definida como sendo "a
passagem de calor de uma zona para outra de um mesmo corpo ou de corpos
diversos em íntimo contato devido ao seu movim ento molecular, sem que se
verifiquem deslocamentos materiais no corpo ou sistema conside rado" (COSTA,
2003, p. 66). gtadiente
A convecção ocorre basicamente em fluidos devido ao movim ento das suas
partículas provoc ado por uma diferen ça de temper atura, podend o ser natural ou
forçada (quando o fluido é desloca do através de uma ação mecâni ca). Já a
radiação diz respeito à transfe rência de energia pelo espaço através de ondas
eletrom agnétic as (MITCHELL, 2004), diferin do da conduç ão e da convecção
pela ausênc ia de meio físico para a sua propag ação.
As características ténnica s de um materia l influen ciam na forma escolhi da para
o seu proces sament o, posto que, quando se aumen ta a temper atura de um
material, ocorre a diminu ição do módul o de elastic idade, facilita ndo a sua
moldagem. Esse é um princíp io empre gado na fabricação da maioria dos
materiais metálic os e polimé ricos.
(J11mln1. <i1111l111i,idmk· ll'llllirn 1xm1 conc1\!IO com diferentes tipos de agregado (MEHTA e MONfEIRO, 1994, p. 114)
1e - 1. Lil
u,. - -1 - - =-- (Equação 6)
11 \ T1. - T)1
I1 LiT
onde:
_ comprimento inicial;
I, : comprim ento final;
r,:::
1- •••
temperatura m1c1al;
r:;:;::: temperatura final.
(Equaç ão 8)
Resolvendo o problema com os dados apresentados, tem-se que o valor de & é
igual a 2,4 mm. Caso não sejam projetadas as juntas de dilatação, uma fissura vai
ocorrer na placa, podendo prejudicar o seu desempenho ao longo da sua vida útil.
De acordo com Graça, Bittencourt e Santos (2005), o estudo dos efeitos da
temperatura no concreto são complexos. Os fenômenos de hidratação do cimento,
étrico. retração por secagem, retração química (autógena e por carbonatação) e fluência
ão 6. agem simultaneamente. Assim, sugere-se uma consulta mais detalhada à literatura
específica (MEHTA e MONTEIRO, 1994; FURNAS, 1997; GRAÇA,
BIITENCOURT e SANTOS, 2005) para um melhor entendimento desse fenômeno.
uação As principais propriedades físicas de uma variedade de materiais est~o
aprese.ntadas na bibliografia (CALLISTER ~-, 2?02), e no Quadro e~t~o?
sumanzadas 2 " propriedades para alguns matenais de interesse na Engenhana C1v1l.
C)aad.ro 6 - Principais propriedades de alguns materiais (CALUSTER JR.• 2002).
M ua Coeficiente linear Conduli~dade Resistividade
eapeclfica de expando 1 imm :ca el6trica (Q 111)
cm ' tám ica 10"6 · .h."C ·
A p OC11111111S IIO 7,8 5 11,7- 2.3
out ,oa o 544
71 -7 3 10 ~1 14 30 95-39 55
Fer!OII fimclictos 1,07-1,50 850-1150
2.4 10
O 13-0 18 1050-1460
PVC 1 30-1 58 90- 180
270 O 19
Silicone 1 1-1 6
0,1 6 1050
xi 1,11-1,40 81-117
O 17 840
Policarbonato 12 122
0,41 1850
Polietileno de alta 0,959 106-198
densidade 290 0 14
4,6 -4,9 0,15 10 - 101 (2)
Madeira (carvalho 0,61-0,67
vermelho com 12%
de umidade
(I> Na con diç ão sec a.
<2> Sec age m artificial.
14------r: ....------t~
Figura 2 - Ilustração esquemática de um modelo de força atômica entre átomo~
(ASHBY e JONES npud MITCHELL, 2004).
M2
1
1
1
r
r
1
r
1
1
'
1
1
1
1
1
1
1
r
1
1 M1
----r------------------------
1
1
---
1
1
1
0,3 1,0
Figura 3 - Diagrama tensão-defonnação para dois matenais hipotético~ co1 c-..lli 1ástica.
(E qu aç ão 14)
A mesma norma também prescreve que, caso não se tenha o valor do
módulo
de elasticidade fornecido pelo fabricante, pode-se adotar o valor de 210 GPa
para
0 aço empregado em armaduras passivas e de 20
0 GPa para fios e cordoalhas para
concreto protendido. No Quadro 6, estão apresentados alguns valores típicos
para
o módulo de elasticidade de materiais empregados na Engenharia.
Quadro 7 - Módulo de elasticidade para alguns materiais de Engenharia (CAL
USTER JR ., 2002).
Material Módulo de elasticidade (GPa)
Diamante natural 70 0- 12 00
Grafita 11
Sílica fundida 73
Vidro (cal de soda) 69
PVC 2, 41 -4 ,1 4
Epóxi 2,41
nca 1 adeira (carvalho vermelho) 11 -1 4
l~ Coeficiente de Poisson .
5
,
Al&n do módulo de elasticid~d~. o coe~ciente d~ P01!son e outra propriedade
iâj,ortante no estudo dos matemus. Admita-se a s1tuaç~o apresentada na Figu
4, em que um corpo-de-prova cilíndrico é carregad<;> axta~me~te em compressã:
Como resultado, ocorrerá uma deformação da d1mensao lmear, a saber, u~
encurtamento (AI) do corpo-de-prova. C~nsi~erando-se que nãC? .. ocorralll
alterações volumétricas. haverá, por conseqüenc1a, um aumento do d1ametro do
material (Ad).
,_________l_~--------
r
1
Ir
L X
dr
Figura 4 - Representação esquemática das deformações axial e lateral em um material quando carregado.
a Descarregamento
a Descarregamento
Deformação
(a) permanente (b)
Figura 5 - Diagramas tensão-deformação representando (a) uma deformação elástica e (b) uma deformação
plástica (VAN VLACK, 1970).
C)
El~tíco , Plásg,co
(b) ' 1
1
1
1
º· ---------,- --
!
1
1
e
Figura 7 Dctcrnu1tacfü, do lirnítc ck c<,<:c,arncnto convencional (CALLISTER JR .. 2002).
7
Ver item 8.4.2.1
~ apds o patamar de escoamento •. há um au~ento da tens-
e s&ia para provocar a deformação plásuca do m~te~tal até atingir uªº
t1?0nto máximo - o ponto C na Figura 6, chamado de hm1te de resistên . rn
filmjnuindo progressivame nte, até atingir a r~ptura do m~terial no pont~'b-
Callister Jr. (2002) afirma que, para fms ?e. proJeto consideranct0·
determinados materiais de Engenharia, a tensão hm1te de escoamento d
ser usada, pois, após esse ponto, uma estrutura já apresenta ue~e
deformação plástica significativa, comprometendo_ as suas característic ª
de funcionalidade e segurança. Dentro do regime plástico, algumas
propriedades são relevantes para os materiais de Engenharia e, por ist s
são apresentadas e discutidas nos itens a seguir. o,
8.3.2.l Ductilidade
A ductilidade é uma propriedade importante para os materiais de
Engenharia, pois representa o nível de deformação plástica antes da ruptura
de um dado material. De acordo com Callister Jr. (2002) , quando um dado
material apresenta uma deformação plástica muito pequena, diz-se que a
sua ruptura é do tipo frágil. Ao contrário, quando um material apresenta
uma elevada deformação plástica, ele é chamado de dúctil. Já um material
quase-frágil é aquele que apresenta um comportamen to intermediário
devido às particularidad es existentes em sua microestrutur a (HANAI'
2005). Uma representação gráfica desses conceitos está apresentada n~
Figura 8.
o
o
Frágil
,~ --
Dúctil
85fai -
1
1
1
1
0,85foo 1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2%o 3,5%0
8
Ver MORAIS e RE< 'il.
dos termos da Figura 9 são:
fjffjiC)lljlo _
res1stencia característica do concreto à compressao;
resistência à compressão de cálculo do concreto;
• tensão à compressão no concreto;
• defonnação específica do concreto.
Deve-se ter em mente que o concreto é um material compósito formado pe}
fa e pasta e pela fase agregado, apresentando ~m comporta1:1ento não-linear :
com deformações viscoelásticas, ou seja, o diagr~a tensao-defonnação do
concreto é não-linear e está sujeito a defonnaçoes dependentes do tempo
(HANAI, 2005, p. 167).
Já o ferro fundido, o vidro, os materiais cerâmicos e pétre<:s caracterizam-se
por apresentar um comportamento tipicamente frág~. em que nao ~e ob~erva uma
mudança sensível na deformação do material, ou seJa, a deformaçao ate a ruptura
tende a ser muito menor que nos materiais dúcteis.
8 .3 .2.2 Tenacidade
De acordo com Van Vlack (1970) e Callister Jr. (2002), a tenacidade é a
capacidade que um material tem de absorver energia até a sua fratura,
correspondendo graficamente à área sob a curva tensão-deformação apresentada
na Figura 8 para cada um dos materiais, que compreende as etapas de pré-pico e
pós-pico de resistência. Vale salientar-se que essa condição é válida quando se
considera uma pequena taxa de deformação, ou seja, para uma condição estática.
Para condições dinâmicas de carregamento (elevada taxa de deformação) e
quando um ponto de concentração de tensão está presente, a tenacidade é
determinada através dos ensaios de impacto (Charpy ou Izod).
Segundo Hanai (2005), um percentual elevado da etapa de pré-pico
corresponde à energia elástica acumulada, chamada de resiliência. Callister Jr.
(2002) cita que tal propriedade indica a capacidade que um material tem de
absorver energia na fase elástica e , caso a tensão seja removida, recuperar essa
energia. Normalmente, os materiais resilientes possuem limites de escoamento
altos com valores baixos para o módulo de elasticidade. como as ligas que são
empregadas para a fabricação de molas.
Para o caso do concreto, é importante conhecer a tenacidade ao fratura.menta
(Kc). que é um valor crítico que pode ser empregado para especificar as condiçõe
de uma fratura frágil. Mais detalhes a respeito desse parâmetro podem er
encontrados na literatura específica.
8.3.2.3 Fadiga
Caso a tensão atuante em um dado material não ultrapa e a tensão de
c.~coamento (ae), o material , teoricamente , estaria na fa e elá tica (trecho OI\ da
~,gu~~~ 6); com a re~irada da carga, a deformação no corp e-prova ~ena
rcvcis,vcl. Sendo assim, poder-se-ia supor que u rn dado podt: ser
C'll'f'
' co' w 1d0 'd
repeti as vezes, desde que as tensões fiquen1 dentro elástico.
hipótese é válida para um baixo nt1111ero
essa utro lado. para valores de repetição da de lepelições do carregamento;
porJejxa de ser válida (BEER e JOHNST()N<>rdetn de miJbares ou milhões,
elNesses casos. pode ocorrer a ruptura po •/~9).
- 0 ocorre abaixo do valor da tensão d r adiga do material, em que a
tensara por fadiga é brusca. apresentandoe eseoamento. Invariavelmente. a
rup~ mesmo para materiais dúcteis De um comP<>rtamento tipicamente
fraW ~ se dá pelo mecanismo de form~ ã acordo com Mitchell (2004), a
fadig 1·al Tal fenômeno deve ser coçn ~de propagação de fissuras em um
-ater ·
11
. . s1 erado no d. · d
• ruturas su1e1tas a carregamentos repetidos
st 1mens1onamen~o e
e de uma ponte rolante em uma e t e alternados. Pode-se citar o
caso da até 300 vezes por dia· uma h ~l_rutura pré-moldada, que pode ser
arrega · e ice de tu b. · · l
e etida a um carregamento mi.Ih- d r ma, que mvanave mente
'e subm · abrequim de automóvel u oes ,e vezes . . ao Iongo d a sua v1·da u't·1
1 •e
urn·ihãoVlf ' q e sera sohc1tado aproximadame nte um
de vezes caso rode em tomo dos 30() . A (BEER
~HNS!ON, 1989). . , ·000 qm1ometros e
A fadiga de um mat~nal e tr~tada mais detalhadament e pela Mecânica da
fratur~, em que se aplic~ ~ teoi:ia ?e Griffith9 para explicar a propagação de
rnicrofissuras em matenais frageis. Uma abordagem detalhada sobre tal
assunto será apresentada no Capítulo 9.
Área (A)
< > Mercúrio
Força aP-licada F
1gura 11
Altura (y) Velocidade (u) ponam
onde: fi . d . .d
é O coe 1c1ente e v1scos1 ade do material (1 cP =
11 kg/m.s = 10-3 ~ .s ); 102 g/cm.s = 00 01
'té a tensão de c1salhamento (g/cm.s~):
~ é O gradiente de velocidade ou taxa de cisalhamento (s-1)
dy
.
A re la çã o en tr e a te n sã o e a ta xa de ci sa lh am en to
d ef in e o
co m po rt am en to r~ ol óg ic o ~ os mat.eriais vi sc os os . E ss a re
la çã o é o b ti d a
através d e en sa io s ex p en m en ta 1 s em pr eg an do -s e o s
v is co sí m et ro s
(eq ui pa m en to s 9 u e m ed em as ca ra ct er ís ti ca s re ol óg ic as
d e fl ui do s) o u
re ôm et ro s (e qu 1p ~ m ~ ~ to s q u e m ed em as pr op ri ed ad es
v is co el ás ti ca s
dos só li do s e se m 1 -s o h d o s) . N o Q u ad ro 8 es tã o ap re se n ta
de vi sc os id ad e p ar a d et er m in ad o s m at er ia is . d o s o s v al o re s
10
sansme
Etano, né on 10-2 A ze ite de ol iv a e 102
lubrificantes
É te r 10- 1 G lic er in a 3
10
Água 1,0 M el 104
M er cú ri o 1,5 Asfalto e be tu m e 5 8
10 10
'
Na Figura 11 , estão apresentados os principais tipos de materiais, se
gundo o
seu comportamento quanto à deformação.
y
Reopéllcoe
Tixooópcos
Não
Newtoria10
Herschel -BlJkley
ne;s materiais com tensão inicial são os_ que precisam de uma ten~ão
. 1·cial de c1salhamento para que ocorra o início do escoamento. Um tipo
:f:,material pe;te_ncen~e. a essa cat~go~a é o plástico de Bingh~m, que tem
mo caractenst1ca bas1ca a relaçao hnear entre a tensão de c1salhamento
coa taxa de deformação a partir do momento em que a tensão de
\alhamento mínima é alcançada, apresentando , a partir desse ponto, um
i~mportamento de fluido_ newtoniano. O outro tipo de material d~sse grupo
0
~
, Herschel-Bu! kley . CUJa diferença para o corpo de Bingham diz resp:1to
não-linearidade entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformaçao.
ª Na Figura 12. estão representada s as curvas de fluxo, na qual se podem
observar as diferenças existentes entre os tipos de materiais newton1anos e
não-newtonianos .
Herschel-Bulklev
Plástico de Bingham
~ Pseudoplástico
,...
<I>
e:
ca
..e Newtoniano
co
(/)
0
<I>
-o
o
•Cl)
,...
fJ)
8.3 A Viscoelasticidade
De acordo com Machado (2002, p. 10), a viscoelastici dade é um ramo
da mecânica do contínuo que estuda as propriedade s de alguns
materiais cujo comportame nto não é adequadame nte descrito nem pela
teoria da elasticidade, nem pela teoria de escoamento dos fluidos
puramente viscosos, isoladamente . A viscoelastici dade tenta modelar o
comportame nto de materiais que não se enquadram na classificação de
um sólido elástico ou de um líquido viscoso quando submetidos a um
carregament o constante de longa duração.
Normalment e, o fenômeno da viscoelastici dade está mais relacionado
aos materiais poliméricos (borrachas, silicone, plásticos) e compósitos
(concreto), diferentemen te dos materiais cerâmicos e metálicos que não
apresentam tal propriedade .
Como exposto no item 8 .3 .1, a deformação elástica é instantânea, ou
seja, é independent e do tempo. Com a liberação das forças externas
(tempo ti), a deformação é totalmente recuperada conforme mostrado
na Figura 13a. '
Já para os .materiais viscosos e viscoelástic os (Fi gura 13b e Figura
1~e, respectivam ente), a deformação é dependentt.; uo tempo~ a
diferença entre ambos é a de que, nos materiais visco tices, há uma
componente elástica instantânea.
·~
Tempo t1
1[ [ 1l'l 1l'l
ta Tempo
(a) '
t1
....
Tempo
(b)
t,
Tempo
(e)
t,
Figura 13 - Comporta mentos de deformação no tempo para (aJ materiais elásticos, (b) viscosos e (e)
viscoelásticos (CALLISTER JR., 2íXJ6J.
ro
·c:;
e
<~ Primária
.;::: 14'"--- .~
1- Terciária
0
a.
o
rro
Secundária
o,
ro
E
'-
~
o
I, Deformação instantânea
Tempo
Figura I 1 rva típica de fluência para uma tem,ãCJ constante (CALLISTER JR., 2002).
Com a aplicação da carga, ocorre uma deform ação instantâ nea, que tem
um compor tament o elástico . Logo após, te1!1-se .ª curva de ~uência , que .
dividid a em três regiões : a fluênci a pnmána _ 0 ~ trans1ente. que
caracte riza por uma taxa de fluênci a decr~sc :nt~, i~dica~do .que o material
s:
está apresen tando um aument o da res1sten . , . cia a fluenci a; a fluênc·
1a
secund ária, ou fluênci a em regime estac10 nano, em qu~ ª taxa de fluência
é constan te, ou seja, a curva do gráfico torna-s e _aproxima~am.ente linear
sendo o estágio que apresen ta uma maior duraça?~ e. a fluenc1a terciária:
em que ocorre uma acelera ção da taxa de fluenci a com conseqüente
ruptura do materia l (CALL ISTER JR., 2002).
Cada materia l de constru ção vai aprese ntar um? ~urva de fluência
caracte rística, em que diverso s fatores ( caracte n st •~as. do material,
temper atura, nível do carrega mento, entre _?Ut~os) vao influen ciar na
sua config uração . Uma curva típica de fluenct a para o concre to está
aprese ntada na Figura 15.
Descarr gamento
ºõ
e
q::
ca
cQ)
:::::,
11-
g_
o
!-Recuperação
elástica
--- -
Recupe ração
'carJ. da fluência
E
~ Fluência
o
Deforma ção irreversível
elástica mento
seguir~
Tempo pre ent
Figura 15 - Comportamento das deformações no concreto ao longo do tempo rizada
(Mindess e Young citados por MEHTA e MONTEIRO, 199-i). de So
Pode-se verific ar que, após a retirad a do carreg an1ent o, há uma
:ecupe ração da porção elástic a e da fluênc ia parcialn1ente rever ível,
J~ntamente com uma parcel a da fluênc ia que não é recupe ra, el. Uma
discussão mais especí fica sobre o compo rtamen to da fluên cia o concreto.
bem como os fatores que influe nciam em tal propri edad , pode er
detalha damen te encont rada na literat ura (MEHTA e l\10 lElRO. 1994:
NEVIL LE, 1997; HASP ARYK et al., 2005).
No. estu_do de um materi al viscoe lástico , empre ga- maln1ente a
combi naçao de model os elástic os e viscos os idea i crie e em
leio. A partir da relação tensão-deform ação são realizadas
ara á · · · d '
p d ções matem t1cas, ongman o equações que representam o
dern~ortamento de ~eterminados materiais viscoelásticos . Dois tipos
co . 05 de modelo sao adotados: o modelo elástico que é normalmente
báSfC , d '
sentado atraves e um modelo de mola que obedece à lei de
repr~e e o modelo plástico, corresponden te a um pistão newtoniano
floO vi~cosidade ri (Figura 16).
com
a (J
E
E
(a)
(b)
Figura J6 - Comportamento tensão-deformação para uma mola elá!>tica (aJ e um pistão plástico (b)
(COWIE citado por MITCHELL. 2004).
p
- James Clerk Max,, 1-1879), físico britânico.
Descarregamento
Tempo
Figura 17 - Representação do modelo de Maxwell (JASTRZEBSKI citado por MITCHEL L, 2004).
E= E m + Ep Equação 24)
perivando ª. E<Juação 24 em relaçã~ ao tempo e substitu" do a mesma bai
a õeS constitutivas. tem-se a Equaçao 25. m
eqr.J Ç dE J do O
-=--+-
dt E dt TJ (Equação 25)
peve-se observar que, 9uando se ?dmite uma mola muito rígida (E =00), o
odelo se ~duz ª um flutdo newtoniano, em que apenas a parcela relativa ao
J11 _0 é considerada.
pista
gJ.4.3 Modelo de Kelvin-Voigt . .
De aco:do com o modelo de Kelvm-Vo1gt, o comportamento de um material
1. coelástico pode ~er representado por uma associação em paralelo de uma mola
; Je um pistão lubnficado, conforme mostrado esquematicame nte na Figura 18.
o
'& Descarregamento
<U
E E
J2
Q)
Cl
Tempo
Figura J8 - Representação do modelo de Kelvin-Voigt (JASTRZEBSKI citado por MITCHELL. '.!00'.!).
a m =EE m
(Equação 26)
(Equação 27)
(Equação 28)
E= Em = f p
(Equação 29)
(Equação 30)
(Equação 32)
(Equação 33)
E= Em = EM
(Equação 34)
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