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.

de Consb1Jçio Civil e Princípios de Cienciâ e Eo


~111erilll~ec1tella Jsaia (O~anizador/Editor)
r->raJdO
U'" IBRACON. 1ibcfos wn;;llos
...t!-• ad
reserv os.
©2010

capítulo 8

propriedades Físicas e Mecânicas dos


• •
.Mater1a1s
. 'osé de Oliveira A11drade
JatfOJ' . . .
Pon '
U
·tºi'cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

8.1 Introdução

De acordo com Cohen, citado por Padilha (1997), os materiais são substâncias
com propriedades que os tomam úteis na Engenharia, tendo uma aplicação direta
na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos. Para a sua
aplicação na Engenharia, u~ det~rmina?o material deve apresentar características
adequadas a uma dada s1tuaçao, alem de serem estabelecidas as relações
existentes entre as suas propriedades macro e microestruturais.
A propriedade de um material diz respeito ao tipo e à intensidade de uma
resposta a um estímulo específico imposto ao mesmo (CALLISTER JR., 2002).
Um material apresenta diferentes propriedades, entre as quais estão as físicas,
mecânicas, ópticas, térmicas, elétricas, magnéticas, entre outras, em função do
tipo de estímulo que é capaz de provocar diferentes respostas. Como exempl o
podem ser citadas as propriedades mecânicas, a saber, a resistência e o módulo de
elasticidade, que caracterizam as deformações que um corpo sofre em função de
uma determinada tensão aplicada sobre este. Outros exemplos representativos são
a dilatação que um material sofre quando submetido a uma variação de
temperatura e a capacid ade que um corpo tem de conduzir eletricidade quando
está sob a influência de um campo elétrico. Além dessas, outras propriedades têm
relevância e devem ser conside radas, tais como a dureza, a tenacidade, a fluênci a
e a fadiga. O conhec imento dessas características é fundamental, pois determ inam
o emprego de um materia l em uma estrutura ou produto , devend o se levar em
consideração também o desemp enho do material ao longo da sua vida útil.
Neste capítulo , serão apresentados os principais conceitos e conside rações
relativos às propriedades mecâni cas e físicas dos materiais empreg ados na
Engenharia. Devido à abrangência do tema, mais detalhes e informações a respeit o
podem ser verificados nas referências bibliográficas indicadas ao longo do texto.
mqmn,e con hec er 88 propriedades tis ica s~ º! ~t eri ais , afu nd e
jde qu ad a uti li:t açã o de aco rdo com . as ,ex 1ge nc1 as de . um a dad a
• l»o r ex em plo , em um a câm ara fri go ríf ica , um a exi gên cia d
nho básica é qu e o ma ter ial a ser em pre g!. do ten ha bo as c~ cte rís tic ~
olamento térmi co. Já pa ra o cas o da c~m duç a~ ~<: cor ren te ele ~c a, faz ~se
nece ário que o ma ter ial apr ese nte um a bru xa res ist ivi dad e, co mo e o cas o do
cobre, por ex em plo . .
A pro pri ed ad e fís ica s do s ma ter iai s d~ ~e nd em ba sic a~ e~ te da sua
ho mo gen eid ade e da s sua s car act erí stic as_ iso tro p1 cas .. Um ma ten al 1~o tr~ pic o é
aq ue le qu e ap res en ta pa ra um a da da pro pn eda de_ um a igu ald ad e na s tre s du eçõ es
(x. y e z), isto é, é um a pro pri eda de nã o ve ton al. Qu and _o ap res en ta um val or
difere nte em um a da s dir eçõ es pa ra um a da da pro pn ed ~d e, o . ma ter ial é
co nsi de rad o ani sot róp ico . De ve -se , aq ui, de ix~ cla ro qu e a iso tro p_i a é sem pre
ref eri da a um a pro pri ed ad e esp ecí fic a, ou seJ a, um me ~m o !11 ~te nal po de ser
iso tró pic o em rel açã o à res ist ênc ia me cân ica , en qu an to aru sot rop ico em rel açã o à
co nd uti vid ad e elé tri ca, po r ex em plo . . . .
De aco rdo co m Ca llis ter Jr. (20 02 ), a aru sot rop 1a de um ma ten al est á
rel aci on ad a à sim etr ia da est rut ura cri sta lin a, em qu e o gra u de ani sot rop ia
au me nta em fun ção da dim inu içã o da sim etr ia est ru~ 8;1 · Co mo ex em plo , no
Qu ad ro 1 est ão ap res en tad os va lor es do mó du lo de ela sti c1 da de de alg un s me tai s
pa ra alg um as ori en taç õe s cri sta log ráf ica s.
Quadro 1 - Valores do mód ulo de elas ticid ade (em GP a) para algu ns met ais conside ran do
a sua orientação cristalográfica (HERTZBERG apud CA LLI STE R JR. , 200 2).

1
Material Direção cristalográfica
[100] [110] [111]
, .0
AIum m1 63,7 72 ,6 76,1
Cobre 66,7 130,3 191,1
Ferro 125,0 210,5 27 2,7
Tungstênio 38 4,6 38 4,6 38 4,6

A anisotropia é um a ca rac ter íst ica qu e ap are ce co m fre qü ên cia no s ele me nto s
da natureza. Como exem plo de um ma ter ial an iso tró pic o, po de -se cit ar a ma de ira,
c~ja ~esistência me cânic a é de pe nd en te do sen tid o de or ien taç ão da s fibras . Na
drreçao paralela à~ fib ras , a res ist ên cia ten de a se r ma ior do qu e na direçã o
~ansvers_al ao sentido da s fib ras 2 • Se nd o as sim , as co ns ide raç õe s de ste ca pít ulo
sao realizadas ad mi tin do qu e os ma ter iais ap res en tem um a ca rac ter ística
prepon~~rantefl1:ente iso tró pic a. An álises es pe cíf ica s de ve m se r rea lizad as qu an do
necessano, a fim de ev ita r-s e a oc or rê nc ia de di sc re pâ nc ias sig nif ica tivas

1 No Capítulo 6 Estrutu ido.


,, . . - ra atomtca e
A
molec

ular - tal con ceito é apresentado e discut
- Para mais mfonnações sobre o ass un to, ver o eap1,tulo 37 - Madei·ras na construção civil
tre O comportament o predito e O efetiv
enaterial. amente observado de um dado
rn As propriedades apresentadas nesta se - t
esquisa na literatura específica da áreaç(t~am obtidas por meio de uma
f 9g2; PADILHA, 1997; CALLISTER JR VLACK, 1970; HIGGINS,
MJTCHELL, 2004). Para um aprofundamen to a• 20?2; COSTA, 2003;
Ugere-se uma consulta às referências supr . drespeito de cada uma delas,
s ac1ta as.
8 ,2.l Massa específica

A massa específica tem uma grande im ortân · ,. . _


Enaenharia. De acordo com Van Vlack 9 (f 70
eia em van~s aphcaçoes na
influência significativa do núcleo do átomo ~· essa propnedade ,te1!1 uma
oraanização molecular e da eficiência de emp~coªtamsuea testruAtura qmm1ca!fida
deº um matena
· 1 e, representada pela Equação 1. no. massa espec1 1ca
m
µ=-
V (Equação 1)
onde:
µ= massa específica do material;
m = massa;
V= volume.
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI) a unidade
3
para a _massa específica é o kg/m • Contudo, o g/cm3 e O kg/d~3 também
são unidade~ empregadas para expressar tal propriedade.
Cabe aq~1 salientar-se um ponto importante: é comum empregar o
termo densidade em lugar da massa específica, cuja diferença é mais
conceitual do que prática. A densidade de um corpo traduz a relação
entre a sua massa específica e a da água pura nas condições do ensaio.
Como a massa específica da água é praticamente igual a 1 g/cm3 , pode-
,1 se concluir que os termos são idênticos em valores numéricos, mas
7 diferentes dimensional mente (MACEDO, 197 6).
6 Os materiais metálicos apresentam faixas de massa específica
dependendo do composto, desde materiais leves como o lítio (O ,534
3 3
g/cm ) e o potássio (O ,8 62 g/cm ), até o ouro (19 ,32 g/cm3) e o
3
tungstênio ( 19 ,3 0 g/cm ). Já os materiais poliméricos apresentam
valores baixos de massa específica, podendo variar entre O,94 g/cm3
para o caso do estireno-but adieno (SBR) e do polietileno de peso
molecular ultra-alto (UHMWPE) até 2,17 g/cm 3 , como é o caso do
politetrafl uoroet i leno (PFTE). Os materiais cerâmicos são normalment e
mais pesado s q ue os materiais poliméricos e m,ai~ leves que., ~s
metálicos . Cornu exemplos, podem ser citados o oxido de alum1n10
(3,60 g/ c n ) o v idro de cal de soda (2,50 g/cm ) (PADILHA, 1997;
3

CALLIST2r ~. 2002) .
O e tu d o d a s p ro p r· d d . é fu n d a m e n ta l
c la ss if ic a ç l0 !e a es e lé tr !c ~ s
r· e ~ se le ç a o d o s m a te ri a is a se re m em r P ar a a
B n en h a a , as p ro pri ~ d e~ ad o s na
e st !d a d a ia ~ é tn c a . J? en tro d e ss a c a te g o ri
ª e z o e le tr ic id a d e , a su p e rc o n d u · 3: es tn ah
~ ~ . sa o p 1
u ti v id a d e e a ~ ·v ~ d~ d~ . a
err o ~ le tr ic id ~ d e , a te rm o e le tr ic id a d e , a c o n d
d e m a te ri a is (C A L L IS T E R JR 2 0 0 2 ) es 1s tiv1c tad
do s d iv e rs o s ti p o s ·• · e
P o r s e t ra t a r d e_ um assunto complexo, que envolve um conhec·
.
o n c e it o s re la c io n a d o s à e st ru tu ra e le tr ô n ic a , •~ en to
p ré v i' ! d e c sã o ab on ~ ve is de
a n d a s d e e n e rg ia d o s m a te ri a is , n e st e it e m
energi_a e b v id a d e e lé tr ic a po · r ad os C>s
c o n c e it o s d e re si st iv id a d e e c o n d u ti 18 sã o
d e · I m a te ri a is •uti liz. d as
P ro p ri e d a s m a is re e v a n te s d e n tr e o s ª o s na
C o n s tr u ç ã o C iv il .

8 .2 .2 .1 Resistividade st ê ·
v id a d e é u m a p ro p ri e d a d e q u e in d ic a a re si nc1a à
A re s is ti , . , p re se n t
d
a c o rr e n te e le tn c a a tr a v e s d e u m c o rp o , se n d o re d
passage m ª a
p e la E q u a ç ã o 2 .
RA
p=- (Equação 2)
1
onde:
p = r e s is ti v id a d e (Q .m ); d o )~
d o q u a l a c o rr e n te e st á p ass a n (Q
R= re si st ê n c ia d o m a te ri a l a tr a v é s
rr e n te (m
ic u la r à d ir e ç ã o d a c o 2);
A = á re a d a s e ç ã o re ta p e rp e n d
(m ).
ia e n tr e d o is p o n to s o n d e é m e d id a a v o lt a g e m
1= d is tâ n c d a
9 9 7 ), re s is ti v i d a d e d o c o n c re to e s tá re la c io n a
Segundo N e v il le ( 1 a
C o m o e x e m p lo , p o d e -s e c it a r o s e u e m p re o o em
c o m a s u a u ti li z a ç ã o .
, d e v id o à p o s s ib il id a d e d e in te rf e rê n c i: s n o s
d o rm e n te s fe rr o v iá ri o s
o u n a s e s tr u tu ra s e m p re g a d a s p a ra p ro te ç ã o
sistemas d e s in a li z a ç ã o ,
c o n tr a c o rr e n te s d e fu g a .
id a d e n o rm a lm e n te d e p e n d e d a u m id a d e e d a
N o c o n c re to , a re s is ti v
ra n d o -s e q u e , q u a n to m a is s e c o o m a te ri a l.
s u a c o m p o s iç ã o , c o n s id e
re u ( 1 9 9 8 ) c it a q u e o s v a lo re s tí p ic o s p ar a
m a is r e s is ti v o e le fi c a . A b
v a ri a m e n tr e 1 0 e 1 0 5
Q .m , o q u a l p o d e v a ri ar
resistividade d o c o n c re to
/c im e n to e d a p re s e n ç a d e a d iç õ e s m in e ra is .
e m fu n ç ã o d a re la ç ã o á g u a
s is ti v id a d e d o c o n c re to e s tá d ir e ta n1 e n te
O c o n h e c im e n to d a r e
r o b le m a d a c o rr o s ã o d a s a rm a d u ra s . E s tu d o v ê m
re la c io n a d o c o m o p
o d e in v e s ti g a r a re la ç ã o e x is te n te e n tr e a
s e n d o c o n d u z id o s n o s e n ti d
il id a d e d e c o r ro s ã o . O C o m it ê . E u ro
. -
resistivid a d e e a p r o b a b ,
.
B , a tu a lm e n te F IB ) a p re s e n ta o s c n te n o s
I n te r n a ti o n a l d u B é to n ( C E
s e li a r a re s is ti v id a d e e le tr ic a d o
a p r e s e n ta d o s n o Q u a d r o 2 , p a r a a v a
o n c r e to .
Quadro 2 - Cri~rio de avaliação da resistividade d o ~
Resistividade do concreto ccee 192. 1989)
>20000 D.cm Probabüidade de conoa1o
10000 a 20000 D.cm DeaP?ezivel
5000 a 10000 D.cm Baixa
<5000 D.cm Alta
Muito alta
uma revisao detalh~~a sobre a influência da resistividade elétrica nas
propriedades e na durab1hdade dos concretos foi apresentada por Neville (1997),
Abreu ~ J998) e, c .ascudo (2005). No .Q.uadro 3, estão apresentados os valores da
resistividade eletnca de alguns matenais empregados na Construção Civil.
Quadro 3 - Resistividade elétrica para alguns materiais de Engenharia (CALLISTER JR., 2002).

Material
Resistividade (C.m)
Ligas de aço
1,60 2,48.10·7
Ferros fundidos
6,20 - 15,0.10·7
Vidro (cal de soda)
10 - 10 11
10
PVC > 1014
Epóxi 10
10 - 10 13
Madeira (carvalho vermelho) 1014 - 1016

8.2.2.2 Condutividade elétrica


A condu6vidade elétrica é o inverso da resistividade (Equação 3 ), isto é,
representa a facilidade que um determinado corpo tem em conduzir corrente.
1
a= -p (Equação 3)
onde:
a = condutividade elétrica [(Q.m) 1].
Na Figura 1, estão apresentados os valores de condutividade elétrica de alguns
materiais empregados na Engenharia Civil.
o o mat
~ .
• t1p1co poliestireno
polietileno Si02
1pode Concreto
seco
es miner Madeira seca
diretam SI Ge
studos
ente enr
4
1·t"e E
2 2 4
10-6 10 10 · 10º 10 10 106 106 CJ 1m.mr1 1
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Ol AN TES
eJétrÍC h iwra I -C01 11dl para a1guns. 1iiat
, c·,··,,.1·,s
· '~, 1",, 1111Jcratura ambiente (adaptado d1: PADIU IA. 19'>7).
o Callister Jr. (2002), a condutividade elétrica é um dos parâmet
gados para se classificar os materiais sólidos. Como pode ser observadoros
ra J, os materiais isolantes possuem condutividades ba}x~ [o< 10·• 0 Q.m~}
materiais condutores apresentam valores de condutividade maiores q '
O- ('2.m)-1. sendo uma característica típica dos metais. Em uma posiç~e
intermediária, encontram-se os materiais semicondutores, que apresentam valor:~
de o entre 10-6 e 10' Q.m·1•
Dentre os materiais empregados na Const~ção_ Civil, tem-se que a madeira
seca apresenta um comportamento de matenal isolante, mas quando úmicta
apresenta uma característica condutora, assim como o co~creto. De acordo corn
Uriartt (1994), considerando um determinado teor de umidade, a condutividade
depende do sentido das fibras, da massa específica e da espécie da madeira.
Os fios empregados para a condução de eletricidade também são exemplos de
aplicação prática do conceito de resistividade na Engenharia Civil. São
compostos basicamente por materiais com características diametralmente
opostas: o cobre apresenta uma elevada condutividade elétrica, sendo adequado
para emprego em fios e cabos elétricos. Para isolá-los, empregam-se os materiais
poliméricos (plásticos), que têm uma baixa condutividade elétrica (~10· /Q.m).
15

Assim, tem-se que o conhecimento das propriedades elétricas tem uma grande
importância na definição do tipo de material a ser empregado nas instalações das
obras de construção civil.

8.2.3 Propriedades térmicas

A transferência de calor entre dois materiais pode ocorrer de três formas: por
condução, convecção e radiação. A condução pode ser definida como sendo "a
passagem de calor de uma zona para outra de um mesmo corpo ou de corpos
diversos em íntimo contato devido ao seu movim ento molecular, sem que se
verifiquem deslocamentos materiais no corpo ou sistema conside rado" (COSTA,
2003, p. 66). gtadiente
A convecção ocorre basicamente em fluidos devido ao movim ento das suas
partículas provoc ado por uma diferen ça de temper atura, podend o ser natural ou
forçada (quando o fluido é desloca do através de uma ação mecâni ca). Já a
radiação diz respeito à transfe rência de energia pelo espaço através de ondas
eletrom agnétic as (MITCHELL, 2004), diferin do da conduç ão e da convecção
pela ausênc ia de meio físico para a sua propag ação.
As características ténnica s de um materia l influen ciam na forma escolhi da para
o seu proces sament o, posto que, quando se aumen ta a temper atura de um
material, ocorre a diminu ição do módul o de elastic idade, facilita ndo a sua
moldagem. Esse é um princíp io empre gado na fabricação da maioria dos
materiais metálic os e polimé ricos.

8.2.3.1 Capacidade calorífica ou capacidade ténnic a


A capacidade calorífica ou térmica é a propriedade que inl• >p ~nsão que
rn material apre enta em absorver calor
,~·pn.·sentando a quantidade de energia necessári~a sua vi~ança tema,
1it,1rio da temperatura, podendo ser representada para ProdllZlr um aumento
u, pela Equação 4.
C(J molK)- dQ
dT
(Equação4)

1:1 Equa\ão ..t.. dQ representa a energia exi ida . . _


111 x"r.1tur..1 dT. Já o calor específico (C) g para produzir uma vanaçao de
· f·ldt: de massa. :endo constante para drepresenta
!L" í a ca ·d d ai
b " . pac1 a e c on ca por"fi
urm • , ., • ., - ca
unidades mais usuais ~ ao o J/kg.K ou O cal/g.ºC. a su stancia em cada e tado fi i .
Sc('tmdo 1\ lehta e Monteiro (1994) cal 'fi
0
::- · al - - · ·fi · ' or espec1 1co de um con ret
1.·on,cr1L·1on- na~) e ·1gm 1cat1vamente influenciado " como a
rcrnperarura e o ttpo de agregado, situando-se entre 1:~ 1
840
~~;~.
8.2J~ CondutiYidade térmica
A cond_u~Yidade térmica diz resreito à capacidade que um dado material po: ·ui
em tr:1'1stenr_c~or. e tando relac1~nada ao fluxo de calor por condução. B
propriedade e exp~_sa pe!a Equaçao 5, em que o sinal de menos significa que o
tlu\o ocorre da reg1ao mais quente para a região fria.
dT
q=-k·A·-
três follntt dx (Equa 'ão 5)
como ~ onde:
0Ude CQp q = fluxo ou e coamento de calor por unidade de tempo por unidade de área
ar, sem 'llt perpendicular à direção de escoamento (kcal/m1 .h);
ado'' (COSI k = condutiYidade térmica (kcal/m2 .h.ºC);
A= eção tran \'er ai do corpo perpendicular ao fluxo de calor (m~):
ento das dT d. d ., d
- =gra 1ente e temperatura atraves o corpo.
ser natural dx
cânica).1
és de o
A conduti\·idade térmica é um parâmetro físico in1portante na
Engenharia Ci\·il. pois a partir dele pode-se estimar. por exe1nplo. o tlu\. 1
de calor arra\'és de uma parede. Considerando que dois a111biente: (' 1n1
olhida temperatu ras diferente estão separados por um elemento, o Lalor é
ura de tran ' mitido do ambiente mais quente por condução externa e radiação para
ndo a a superfície da parede. atravessando-a por condutividade interna e
íoria transmitindo -,e por condutividade externa e radiação para o an1biente 111::ü:
frio (COSTA. 2003).
No Quad .. > 4. estão apresentados os valores de k para algun~' n1ateri:.1L·
de construç~ pregados nas obras.
- . . de condutividade tmnlca de alguns matenais de construção (COSTA. 2003. p. 82 ,.

Material k (kcal/m .h."C)

Cmu:ntto com e ... 1Ocm sem reboco 2,70


Concreto com e • 15 cm sem reboco 240

1.1 Concreto com e .., 1Ocm rebocada nas 2 faces


Concreto com e = 15 cm rebocada nas 2 faces
Blocos vazados com e = 12 cm rebocada nas 2 faces
240
2,20
1,90
Blocos vazados com e = 25 cm rebocada nas 2 faces 1,33
..olos certmico s com e = 2S cm sem reboco 1 75
··olos certmico s com e = 12 cm rebocada nas 2 faces 2,50
1,70
Concreto com e = 1O cm sem reboco 3,60
Concreto com e = 15 cm sem reboco 3,10
Concreto com e = 1Ocm rebocada nas 2 faces 3,00
Concreto com e = 15 cm rebocada nas 2 faces 2,70

Mchtn l' Montci m ( 1994) afirmam que a condutividade térmica do concreto é


influend udu pelas características mineralógicas do agregad o e pelo teor de
umidudc, temperatura e massa específica do concret o. Os valores de k para
t.·ont.'l'Ctos feitos com diferentes tipos de agregad o estão apresen tados no Quadro 5.

(J11mln1. <i1111l111i,idmk· ll'llllirn 1xm1 conc1\!IO com diferentes tipos de agregado (MEHTA e MONfEIRO, 1994, p. 114)

Tipo de agregado k (kcal/m.h. ºC)


Quartzito 3,00
Dolomi ta 2,75
Calcário 2,23 - 2,84
Granito 1,89 - 2,32
Riolito 1,89
Basalto 1,63 - 1,89

8.2J.3 l~xpansüo térmica


A expansüo lL;rmica está relacionada com a expansão e a contração sofrida
pl'los sólidos. quando submetidos a um aquecimento e um resfriamento,
respcctivnmL'llll'. A deformação devido à variação da temperatura de um dado
material vai depender do seu coeficiente de dilatação térmica e da magnitude do
aumento ou dn diminuição da temperatura.
O fl.'nômeno de expans ão pode ser tanto linear, quanto volumétrico. O
<.:oclicicntc de dilatação térmica linear (aL) é express o através da Equaçã o 6.

1e - 1. Lil
u,. - -1 - - =-- (Equação 6)
11 \ T1. - T)1
I1 LiT

onde:
_ comprimento inicial;
I, : comprim ento final;
r,:::
1- •••
temperatura m1c1al;
r:;:;::: temperatura final.

0 coeficie nte de dilataçã o térmica volu é .


Equação 7. m bica (Oy) é detenninado através da
V, -V, l\V
a " - V, ",T, - T.) - -
V,l\T
(Equaç ão?)
onde: ...
V, == volume m1c1al;
V,== volume fin~; ..
T == temperatura m1c1al;
r:== temperatura final.

De uma forma geral, os materiais que a resen . - , .


" coeficientes de dilatação t, · b . P tam hgaçoes qmrmcas fortes
te~ . . . , ~rmica a1xos, como é o caso dos materiais
cer~~c ?s e dos matet~aids mbe~hcos com alto ponto de fusão. Já os materiais
Pollmencos e os me a1s e aixo ponto de fusão t'' fi · d dºl -
térmica mais altos (PADIL HA, 1997). em coe tc1entes e t ataçao
tr
Pode-~e iluS ar ª ~mportância do conhecimento do coeficiente de dilatação
térmica line~ por meio. de um exempl o simples: suponha-se que um engenh eiro
es~á. cons~m ~o ~m piso de concreto que vai ficar exposto ao ambien te. A
max1ma variaçao,terrruca no local da construção (.:17) é de 30ºC e o compri mento
de u~a placa (l)_ e ~e 10 m. Sabe!ldo-se que o valor de aL para o concret o é igual
a JO· /~C, a vanaça o do co~pnm ento da placa (.dl) pode ser calcula da pela
Equaçao 8, em que se descon sideram eventuais restrições por atrito da placa com
o substrato.

(Equaç ão 8)
Resolvendo o problema com os dados apresentados, tem-se que o valor de & é
igual a 2,4 mm. Caso não sejam projetadas as juntas de dilatação, uma fissura vai
ocorrer na placa, podendo prejudicar o seu desempenho ao longo da sua vida útil.
De acordo com Graça, Bittencourt e Santos (2005), o estudo dos efeitos da
temperatura no concreto são complexos. Os fenômenos de hidratação do cimento,
étrico. retração por secagem, retração química (autógena e por carbonatação) e fluência
ão 6. agem simultaneamente. Assim, sugere-se uma consulta mais detalhada à literatura
específica (MEHTA e MONTEIRO, 1994; FURNAS, 1997; GRAÇA,
BIITENCOURT e SANTOS, 2005) para um melhor entendimento desse fenômeno.
uação As principais propriedades físicas de uma variedade de materiais est~o
aprese.ntadas na bibliografia (CALLISTER ~-, 2?02), e no Quadro e~t~o?
sumanzadas 2 " propriedades para alguns matenais de interesse na Engenhana C1v1l.
C)aad.ro 6 - Principais propriedades de alguns materiais (CALUSTER JR.• 2002).
M ua Coeficiente linear Conduli~dade Resistividade
eapeclfica de expando 1 imm :ca el6trica (Q 111)
cm ' tám ica 10"6 · .h."C ·
A p OC11111111S IIO 7,8 5 11,7- 2.3
out ,oa o 544
71 -7 3 10 ~1 14 30 95-39 55
Fer!OII fimclictos 1,07-1,50 850-1150
2.4 10
O 13-0 18 1050-1460
PVC 1 30-1 58 90- 180
270 O 19
Silicone 1 1-1 6
0,1 6 1050
xi 1,11-1,40 81-117
O 17 840
Policarbonato 12 122
0,41 1850
Polietileno de alta 0,959 106-198
densidade 290 0 14
4,6 -4,9 0,15 10 - 101 (2)
Madeira (carvalho 0,61-0,67
vermelho com 12%
de umidade
(I> Na con diç ão sec a.
<2> Sec age m artificial.

Al ém de ss as , as pr op rie da de s óp tic as , m ag né tic as e nu cle ar es


ta m bé m sã o im po rta nt es pa ra o es tu do do s m at er ia is. No en ta nt o, co mo
nos m at er ia is de Co ns tru çã o Ci vi l nã o há um a ap lic aç ão di re ta de tais
pr op rie da de s, a su a ap re se nt aç ão e di sc us sã o nã o se rá re ali za da no
pr es en te ca pí tu lo . Em fu nç ão di ss o, re co m en da -s e a co ns ul ta à
bi bl io gr af ia es pe cí fic a (V AN VL AC K, 19 70 ; PA DI LH A, 19 97 ; CO ST A,
20 03 ; CA LL IS TE R JR , 20 02 ; M IT CH EL L, 20 04 ).

8.3 Propriedades mecânicas dos materiais

Qu an do se pe ns a em um a pr op rie da de m ec ân ic a de um m ate ria l,


pa rti cu la rm en te qu an do es te se rá ap lic ad o em gr an de s es tru tu ra s co mo
po nt es ou ed ifí ci os , a pr im ei ra qu e ve m à m en te é a re sis tên cia
m ec ân ic a. D e ac or do co m Hi gg in s (1 98 2, p. 59 ), "a re si st ên ci a é um a
m ed id a da s fo rç as ex te rn as ap lic ad as ao m at er ia l, as qu ai s sã o
ne ce ss ár ia s pa ra ve nc er as fo rç as in te rn as de at ra çã o en tre as pa rtí cu las
el em en ta re s do m es m o" . Co nf or m e di sc ut id o no Ca pí tu lo 6, ex ist em
di ve rs os tip os de lig aç õe s in te ra tô m ic as , ca da qu al co m um a
de te rm in ad a in te ns id ad e, qu e sã o pr ep on de ra nt e s e m de te rm in ad os
tip os de m at er ia is .
Um a pr op rie da de m ec ân ic a de im po rtâ nc ia no s m at er ia is é a ch am ad a
te ns ão de en ge nh ar ia (a ), qu e é de fin id a pe la E qu aç ão 9.
F
a=- (E qu aç ão 9)
Ao
on de F é a ca rg a in st an tâ ne a ap lic ad a em um a di re çã o r nd ic u lar à
se çã o re ta da am os tra , e A re pr es en ta a ár ea d a se çã o 1 r 16 in al an tes
0
da ap lic aç ão da ca rg a.
Já a deformação específ ica (E) é definida
variação de alongamento em um dado ~omo sendo a relaçã? entre
ª . 1· 1 do corpo-de-prova, conforme ap instante e o comprimento
jn1c a resentado na Equação 10.
lf - li AJ
e= =-
11 li (Equação 10)
de J, e I, corresp ondem , respectivamente ao . .
on
comPri ·menta inicial
. . do corpo- de-p rova. ' compri mento final e ao
Para se verific arem as propriedades meca"ni·cas d t . . ·
II1 urande ·
conJun to d e ·
ensaio s que podem ser os ma dena1s ' existe
t
u ais;; os mais· usuais
· sao
- os ensaio . s de tração empreg a os en re os
U e e - '
q ompressao.
83.J Elasticidade

para pequen os ní~eis de carr~g amento , verific a-se que há um


comportamento aproxima_damente hnear entre a tensão aplicad a em um
corpo e a sua ~eform a~ao. Co~ a retirad a da tensão , a deform ação
cessa. Esse fenom eno e denom inado de compo rtamen to elástic o do
material. O ~x_emplo _de uma mola perfeit a serve bem para ilustar esse
caso. A elast1c1dade linear, no ~~tant~, é uma aproxi mação da realida de,
pois a grande ~arte dos 1?atena1s exibe algum grau de compo rtamen to
não-linear. A~sim , ~e~te item, são aprese ntados os princip ais concei tos
relacionados a elast1c1dade como propri edade dos materi ais.
8J .1.1 Lei de Hooke
Admit e-se que um materi al compo rta-se de manei ra elástic a quand o
ele volta à sua posiçã o origin al, a partir do mome nto que é
descar regado . Em nível molec ular, a elastic idade de um materi al pode
ser explic ada da seguin te manei ra: a força que une dois átomo s (F) pode
ser expres sa pela Equaç ão 11, onde U é a função de energi a potenc ial
entre doi s átomo s, e r é a distân cia entre eles.
dU
F=- -
dr (Equação 11)
Depen de ndo da magni tude de uma força extern a aplica da ao materi al,
pode-s e verific ar, teoric ament e, a intens idade da força energi a U que
ham une os dois átomo s . Caso a força extern a não tenha uma magni tude tão
alta. o qu e ocorre rá será um peque no afasta mento entre os átomo s,
causan do um a defo rmaçã o que é revers ível, isto é, os átomo s voltar ão
às suas po sições origin ais. Esse fenôm eno é chama do de uma respos ta
elástica do mater ial (Mitc hell, 2004) .
ul Uma ilu stra , , de tal compo rtame nto está aprese ntada na Figura 2.
Ja
- -..-F

14------r: ....------t~
Figura 2 - Ilustração esquemática de um modelo de força atômica entre átomo~
(ASHBY e JONES npud MITCHELL, 2004).

Admita-se que, ao se aplicar uma força F que te~d_e~á a separar os átomos


haverá um aumento da distância interatômica, que m1cialmente era igual a r '
passando a ser igual a r. Contudo, quando a força F for reti~ada, a distância entr~
os átomos vai voltar a ser igual a r0 • Esse modelo caracte~1za o comportamento
elástico do material, desde que a magnitude da força F seJa menor que força de
atração entre os átomos.
Macroscopicamente, o comportamento elástico de um material de Engenharia,
considerando-se baixas tensões, pode ser explicitado pela lei de Hooke3,
representada pela Equação 12.

O= E·E (Equação 12)

onde E é uma constante para cada material chamada de Módulo de Elasticidade


ou Módulo de Young4 • O valor do módulo de elasticidade dá a medida da rigidez
do material. Então, tem-se que, quanto maior o valor do módulo , menos
deformável é o material.
Como ilustração, propõe-se um exemplo com dois materiais hipotéticos Ml e
M2, submetidos a um ensaio de tração. Os resultados de ensaio, considerando
apenas a fase elástica dos materiais, estão apresentados na Figura 3.
2
a (kgf/mm )

M2
1
1
1
r
r
1
r
1
1

'
1
1
1
1
1
1
1
r
1
1 M1
----r------------------------
1
1
---
1
1
1

0,3 1,0
Figura 3 - Diagrama tensão-defonnação para dois matenais hipotético~ co1 c-..lli 1ástica.

3 Robert Hooke ( J 635- J703), matemático inglês.


4 Thomas Young (1773-1829), cientista inglês.
partindo-se da Equação 12, tem-se qu e
C1
E --
e:

;\pJicando-~e ª Equação . 1~ pa ra os materiais da Fi gu ra 3 tem-se qu


_, 0 res do modulo de elasticidade dos materiais M l M -;:.' · · e os
v.u B666 7 knf'.l 2 11 00
' 5A ' mm ' res~ctivamente. Tais valores tasae o 1g ua tS a
2 •
kcrl"/rnrn1 e m
obtidos através da tangente do angulo formado entre as retas e a orig bé m po de m ser
em do
sistema de coor?enadas. Dess~ forma, pode-se verificar que o mater
ial M 2
resenta um maior m~dul_?, ~ Is ~el!1 uma menor deformação quando subm
~pção de cargas. ou seJa, e mais ng1do. etido
aa ·a1 a1 ,
Cada mate? apresenta um v or ~spec1fico pa ra o módulo de elasticidad
e, po is
es te é de te nrun ad
'd d o pe la sua,..co mpo s1ça o, se nd o indiretamente relacionado co m as
. p
d rnais propne a es mecarucas · ara o caso do concreto Mehta e Monteiro
e
(1994) e~~ que O a~ g ado, as cond'1ç ~s _da matriz da past'a de cimen
de transiçao e , os ~arametros de ensaio mfluenciam no valor do m to , a zo na
ódulo de
elasticidade. A le m _disso, os autores afirmam que, em comparação co m
O ag regado
e com a pasta de c~ ~n to , o ~oncret? apresenta um comportamento qu
ser considerado elastico, devido, pnncipalmente, à influência da micro e nã o ~ e
da zona de transição so b a ação de cargas. fis su ra ça o
A NBR 85 22 (A B N !, .2 00 8) prescreve o método de ensaio pa ra a de te
rm in aç ão
do módulo de el as tic id ad e (Eci) e, em an ex o in fo rm at iv o, po
ss ib ili ta a
determinação do m ód ul o de de fo rm aç ão se ca nt e( & ) e a ob te nç ão
do di ag ra m a
tensão-deformação pa ra os ca so s on de forem especificados. A s pe cu
lia ri da de s de
cada determinação sã o estabelecidas na N or m a e discutidas po r Sh eh
at a (2 00 5) .
A N B R 6118 (A B N T , 20 07 ) ci ta qu e, ca so nã o se te nh am da do s ex
pe ri m en ta is
disponíveis, o va lo r de Eci po de se r relacionado co m a re si st ên ci a ca
ra ct er ís tic a à
compressão do co nc re to ao s 28 di as (fck) po r m ei o da E qu aç ão 14.

(E qu aç ão 14)
A mesma norma também prescreve que, caso não se tenha o valor do
módulo
de elasticidade fornecido pelo fabricante, pode-se adotar o valor de 210 GPa
para
0 aço empregado em armaduras passivas e de 20
0 GPa para fios e cordoalhas para
concreto protendido. No Quadro 6, estão apresentados alguns valores típicos
para
o módulo de elasticidade de materiais empregados na Engenharia.
Quadro 7 - Módulo de elasticidade para alguns materiais de Engenharia (CAL
USTER JR ., 2002).
Material Módulo de elasticidade (GPa)
Diamante natural 70 0- 12 00
Grafita 11
Sílica fundida 73
Vidro (cal de soda) 69
PVC 2, 41 -4 ,1 4
Epóxi 2,41
nca 1 adeira (carvalho vermelho) 11 -1 4
l~ Coeficiente de Poisson .
5
,
Al&n do módulo de elasticid~d~. o coe~ciente d~ P01!son e outra propriedade
iâj,ortante no estudo dos matemus. Admita-se a s1tuaç~o apresentada na Figu
4, em que um corpo-de-prova cilíndrico é carregad<;> axta~me~te em compressã:
Como resultado, ocorrerá uma deformação da d1mensao lmear, a saber, u~
encurtamento (AI) do corpo-de-prova. C~nsi~erando-se que nãC? .. ocorralll
alterações volumétricas. haverá, por conseqüenc1a, um aumento do d1ametro do
material (Ad).

,_________l_~--------
r
1

Ir

L X

dr

Figura 4 - Representação esquemática das deformações axial e lateral em um material quando carregado.

Dessa forma, define-se como coeficiente de Poisson (v) a relação entre as


deformações lateral e axial do corpo-de-prova, de acordo com a Equação 15 .
.ôd/d 1 Ex
V=----=--
(Equação 15)
.ô} / 1
1
Ey

Tal propriedade é dependente do tipo de material. Para o caso do concreto,


Mehta e Monteiro (1994) citam que os valores do coeficiente de Poisson variam
entre 0,15 e 0,20, enquanto que a NBR 6118 (ABNT, 2007) faz referência ao
valor de 0,20. Além disso, deve-se verificar que o coeficiente de ,~son é menor
em concretos de alta resistência ou naqueles que apresentrun nódulo de
elasticidade e maior para concreto saturado e quando carrega .1icamente
(MEHTA e MONTEIRO, 1994, p. 89).
5
Siméon Denis Poisson (1781-1840), matemático francês.
E - G ( l+ )

outra propriedade importante d o s mate


(K). qu a p _ n ta a resp_osta e lá s ti
riais é o m,.,.,....._
c a d e u m corpo q u a n d ô
de comp,:;;-:~~~- Tal.p r o p n e d a d ; e s tá re
coe
la ciona da com o m ódulo
0 fi ie n te d e Po1 n atraves da E q u a ç ã o
18.
E
K=---
3(I - 2 v )
Tai f o n n u la ç õ e s são aplicáveis so
i:otrópico. . Já para o c a s o de materiais m ente para m ateriais homogêneos e
levar em coo ideração a anisotropia típic compósitos co m o o concreto, deve-se
(elá. tic~ e plásticas ). Pode-se estima
a de ta l m ate ria l nas suas propriedades
r analiticamente o módulo de elasticidad
concreto conhecendo-se o módulos de e e do
em ,·olume (!\IEHTA e MONTEIRO lasticid a de d a s s u as fases e suas frações
, 1994). A NBR 6118 (ABNT, 200
apre enta relaçõe matemáticas entre o 7)
módulo de elasticidade e a resistência
compre. . ão do concreto. que nem se à
mpre podem ser aplicadas a todas
ituaçõe e:xi -rente . Além disso, o con as
creto é um material que apresenta um
grande Yariabilidade das características a
dos seus materiais constituintes ao lon
do tempo. Por i -o . formulações específ go
icas devem ser empregadas para estim
o valor do módulo de elasticidade do c ar
oncreto . Uma revisão sobre este assu
e tá apre entada em ~ lehta e Monteiro nto
( 1994).
Até o pre:ente momento. considerou
-se que a deformação elástica indepe
do tempo. i. t o é . quando a tensão nde
é retirada, a deformação é plename
recuperada. Contudo. para alguns mate nte
riais de Engenharia , existirá uma parte
deformação el.- tica que é dependente da
do tempo. Na prática, tal fato quer d
que. com a liberacão da carga, será ne izer
cessário um determinado tempo para
recuperação rra totalmente. Tal comportamento é que a
Para mate riai ch am a do de anelasticidade.
ico . esse fenôme no é tão pequeno
(CALLISTER q ue não é considerado
_00 2) . No entanto , para alguns m
ateriais poliméricos, a
cidade é bastante evidente, chegando ª
ser. conhecida colllo
imlioolt1a111JCDto viscoelástico, assunto que será abordado no item 8.4.4.

A plasticidade está relacionada com a defonnação pennanent~ que ocorre nos


materiais devido à ruptura das ligações mtennoleculares, cuJas def?rm~ções
subseqüentes são permanentes, isto é, não d~saparecem quand.0 ª carga e retirada.
A partir desse ponto, não há mais a existência da pro~orci?~ahdade e~tre a tensão
e a deformação, ou seja, a lei de Hooke não é mais _váhda. Na Flgura 5, está
representado graficamente o comportamento tensao-deformaç~o par~ _ um.
material com deformação elástica e com uma deformaçao plastica,
respectivamente (VAN VLACK, 1970).

a Descarregamento
a Descarregamento

Deformação
(a) permanente (b)
Figura 5 - Diagramas tensão-deformação representando (a) uma deformação elástica e (b) uma deformação
plástica (VAN VLACK, 1970).

Callister (2002, p. 87) apresentou de forma adequada o que ocorre


microestruturalmente em um material quando se encontra no regime plástico.
Segundo o autor, há uma quebra de ligações com os átomos vizinhos originais
com uma formação de ligações com átomos vizinhos, uma vez que um grande
número de átomos ou moléculas se move em relação uns aos outros~ com a
remoção da tensão, eles não retornam às suas posições originais. No caso dos
materiais poliméricos, há um deslizamento das cadeias de macromoléculas umas
em relação às outras, enquanto que nos materiais metálicos há uma
movimentação das discordâncias6.
Na Figura 6, o comportamento plástico do material inicia no ponto A, cujo
trecho AB representa o chamado patamar de escoamento do 1na e 1. levando a
um aumento das deformações para um mesmo nível de tensão.
Ó:A conce1tuaçao
. - de tal tenno está apresentada no Capítulo 6.
o e

Figura 6 - Diagrdma tcnsão-defonnação típico de um aço laminado a quente.

Em alguns materiais que não apresentam um patamar de escoamento definido.


admite-se que a tensão d~ escoamento (o e) corresponde àquela que provoca uma
deformação permanente igual a 0,2%, conforme observado na Figura 7. Como
exemplo desse tipo de comportamento, pode-se citar o alumínio, que também
apresenta um comportamento dúctil7, mas, no seu diagrama tensão-deformação.
não há O patamar de escoamento.

C)

El~tíco , Plásg,co
(b) ' 1
1
1
1

º· ---------,- --
!
1
1

e
Figura 7 Dctcrnu1tacfü, do lirnítc ck c<,<:c,arncnto convencional (CALLISTER JR .. 2002).

7
Ver item 8.4.2.1
~ apds o patamar de escoamento •. há um au~ento da tens-
e s&ia para provocar a deformação plásuca do m~te~tal até atingir uªº
t1?0nto máximo - o ponto C na Figura 6, chamado de hm1te de resistên . rn
filmjnuindo progressivame nte, até atingir a r~ptura do m~terial no pont~'b-
Callister Jr. (2002) afirma que, para fms ?e. proJeto consideranct0·
determinados materiais de Engenharia, a tensão hm1te de escoamento d
ser usada, pois, após esse ponto, uma estrutura já apresenta ue~e
deformação plástica significativa, comprometendo_ as suas característic ª
de funcionalidade e segurança. Dentro do regime plástico, algumas
propriedades são relevantes para os materiais de Engenharia e, por ist s
são apresentadas e discutidas nos itens a seguir. o,

8.3.2.l Ductilidade
A ductilidade é uma propriedade importante para os materiais de
Engenharia, pois representa o nível de deformação plástica antes da ruptura
de um dado material. De acordo com Callister Jr. (2002) , quando um dado
material apresenta uma deformação plástica muito pequena, diz-se que a
sua ruptura é do tipo frágil. Ao contrário, quando um material apresenta
uma elevada deformação plástica, ele é chamado de dúctil. Já um material
quase-frágil é aquele que apresenta um comportamen to intermediário
devido às particularidad es existentes em sua microestrutur a (HANAI'
2005). Uma representação gráfica desses conceitos está apresentada n~
Figura 8.
o
o

Frágil
,~ --
Dúctil
85fai -

Figura 8 - Representação esquemática do comportamento tensão-deformação para um n rág1l e dúctil


(adaptado de CALLISTER JR .• 2002; HANAI, 2005).
ductilidade normalmente pode ser CXJ>resàa.. 1ltra é
:entual (AL), que é dado pela Equação 19. Vi s
pe l -1
AL(%) = r ' · I 00
li
(Equação 19)
o nde Ji e 1r correspondem
ctivamente. aos comprimentos inicial e final do corpo-de-prova,

"'WormaJme_nte; o aço laminado a que~te (CA-25 e CA-50) empregado na


trução civil tem uma ruptura duct1l, caracterizando-se por apresentar o
consmar
ata de escoamento
· em temperaturas normais ' além de ter um alongamento
5
P , a ruptura maior que %, conforme prescrições da NBR 7480 (ABNT,
•ggh Esse comportamento também é característico dos materiais ferrosos
!acios (ferro maleável e aços de baixo carbono) e de alguns materiais
Jiméricos (HIGGINS . 1982). .
Pº0 concreto apresenta um comportamento quase-frágil, pois, segundo Hanru
0
Z005), trecho ~escenden~e ~a ~urva no gráfico tensão-deformação mostra que,
( mo após o pico de res,stencia, as partes fraturadas ainda apresentam certa
mes . 1, d . b . S d
acidade resistente, a em e conseguir a sorver uma parcela de energia. en o
O
c•JJm material pode suportar deformações plásticas antes da sua ruptura.
as~e 'acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2007), o diagrama tensão-deformação
idealizado do concreto quando solicitado à compressão pode ser representado
pela Figura 9.

1
1
1
1
0,85foo 1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2%o 3,5%0

Figura 9 - Diagrama te são-deforrnaçao


1
- 1deahza
. . dO Para o concreto segundo a NBR 6118 (ABNT, 2007).

8
Ver MORAIS e RE< 'il.
dos termos da Figura 9 são:
fjffjiC)lljlo _
res1stencia característica do concreto à compressao;
resistência à compressão de cálculo do concreto;
• tensão à compressão no concreto;
• defonnação específica do concreto.
Deve-se ter em mente que o concreto é um material compósito formado pe}
fa e pasta e pela fase agregado, apresentando ~m comporta1:1ento não-linear :
com deformações viscoelásticas, ou seja, o diagr~a tensao-defonnação do
concreto é não-linear e está sujeito a defonnaçoes dependentes do tempo
(HANAI, 2005, p. 167).
Já o ferro fundido, o vidro, os materiais cerâmicos e pétre<:s caracterizam-se
por apresentar um comportamento tipicamente frág~. em que nao ~e ob~erva uma
mudança sensível na deformação do material, ou seJa, a deformaçao ate a ruptura
tende a ser muito menor que nos materiais dúcteis.

8 .3 .2.2 Tenacidade
De acordo com Van Vlack (1970) e Callister Jr. (2002), a tenacidade é a
capacidade que um material tem de absorver energia até a sua fratura,
correspondendo graficamente à área sob a curva tensão-deformação apresentada
na Figura 8 para cada um dos materiais, que compreende as etapas de pré-pico e
pós-pico de resistência. Vale salientar-se que essa condição é válida quando se
considera uma pequena taxa de deformação, ou seja, para uma condição estática.
Para condições dinâmicas de carregamento (elevada taxa de deformação) e
quando um ponto de concentração de tensão está presente, a tenacidade é
determinada através dos ensaios de impacto (Charpy ou Izod).
Segundo Hanai (2005), um percentual elevado da etapa de pré-pico
corresponde à energia elástica acumulada, chamada de resiliência. Callister Jr.
(2002) cita que tal propriedade indica a capacidade que um material tem de
absorver energia na fase elástica e , caso a tensão seja removida, recuperar essa
energia. Normalmente, os materiais resilientes possuem limites de escoamento
altos com valores baixos para o módulo de elasticidade. como as ligas que são
empregadas para a fabricação de molas.
Para o caso do concreto, é importante conhecer a tenacidade ao fratura.menta
(Kc). que é um valor crítico que pode ser empregado para especificar as condiçõe
de uma fratura frágil. Mais detalhes a respeito desse parâmetro podem er
encontrados na literatura específica.

8.3.2.3 Fadiga
Caso a tensão atuante em um dado material não ultrapa e a tensão de
c.~coamento (ae), o material , teoricamente , estaria na fa e elá tica (trecho OI\ da
~,gu~~~ 6); com a re~irada da carga, a deformação no corp e-prova ~ena
rcvcis,vcl. Sendo assim, poder-se-ia supor que u rn dado podt: ser
C'll'f'
' co' w 1d0 'd
repeti as vezes, desde que as tensões fiquen1 dentro elástico.
hipótese é válida para um baixo nt1111ero
essa utro lado. para valores de repetição da de lepelições do carregamento;
porJejxa de ser válida (BEER e JOHNST()N<>rdetn de miJbares ou milhões,
elNesses casos. pode ocorrer a ruptura po •/~9).
- 0 ocorre abaixo do valor da tensão d r adiga do material, em que a
tensara por fadiga é brusca. apresentandoe eseoamento. Invariavelmente. a
rup~ mesmo para materiais dúcteis De um comP<>rtamento tipicamente
fraW ~ se dá pelo mecanismo de form~ ã acordo com Mitchell (2004), a
fadig 1·al Tal fenômeno deve ser coçn ~de propagação de fissuras em um
-ater ·
11
. . s1 erado no d. · d
• ruturas su1e1tas a carregamentos repetidos
st 1mens1onamen~o e
e de uma ponte rolante em uma e t e alternados. Pode-se citar o
caso da até 300 vezes por dia· uma h ~l_rutura pré-moldada, que pode ser
arrega · e ice de tu b. · · l
e etida a um carregamento mi.Ih- d r ma, que mvanave mente
'e subm · abrequim de automóvel u oes ,e vezes . . ao Iongo d a sua v1·da u't·1
1 •e
urn·ihãoVlf ' q e sera sohc1tado aproximadame nte um
de vezes caso rode em tomo dos 30() . A (BEER
~HNS!ON, 1989). . , ·000 qm1ometros e
A fadiga de um mat~nal e tr~tada mais detalhadament e pela Mecânica da
fratur~, em que se aplic~ ~ teoi:ia ?e Griffith9 para explicar a propagação de
rnicrofissuras em matenais frageis. Uma abordagem detalhada sobre tal
assunto será apresentada no Capítulo 9.

gJ.2.4 Princípio de Saint-Venant


De acordo c~m Beer e Johnston (1989). o princípio de Saint-Venantio diz
que, ao s:r aplicada uma c~ga concentrada em um determinado corpo, as
deforma~o~s _tendem, a ser ?1ª ores nas proximidades no local da aplicação da
1
carga, 1_1111:i~zando .ª medida que vãos~ afastando de tal ponto.
o pnncip~o de Samt-Venant P?stula amda que para se ter uma distribuição
de cargas uniforme, deve-se considerar uma seção suficientemente afastada do
ponto d~ apljcaç~o da_carga, aproximadamente a uma distância igual ou
superior a ma1or d1mensao da se~a? transYersal (~1ASlJERO e CREUS, 1997).
Considerando os pontos exphc1tados, a teoria de Saint-Venant diz que os
materiais podem vir a falhar devido às deformações específicas excessivas no
ponto de aplicação da carga (seja de compressão ou de tração), apresentando
resultados adequados para materiais muito frágeis.
Além disso, deve-se considerar que. de acordo com o princípio de Saint-
Venant, pode-se substituir um carregamento por outro mais simplificado ,
objetivando minimizar o esforço necessário ao cálculo de tensões em um
elemento estrutural. Contudo, duas suposições básicas devem ser
consideradas (BEER e JOHNSTON, 1989):
• deve haver uma equivalência entre o carregament o real e o carregament o
empregado na determinaçã o das tensões:
• nas proximidades dos pontos de aplicação das forças. a determinaçã o das
tensões se faz por meio de métodos matemáticos avançados ou
experimenta is .
- --
9A/,m Arno/d Grilfith 1 93- 1963). engenheiro inglês.
11
' Adhémar Bam~ de S · r Venanr ( 1797-1886). matemático e engenheiro francês.
características de um material que apresento um comportumcnto clásti .
estio abordadas no item 8.4.1, no quul os princípios da mcdmicu clá<isica
aplicados para determinar as equações que rcprcs~i~tam os m~dclos ôc
!\~~:
1
comportamento. Contudo, existem alguns tipos de nu1tcnu s que n~o sao capa,.cs
de suportar uma tensão quando esta é aplicudu por ~m longo pcno<lo de tempo
sendo esta aliviada através do escoamento do corpo. bste escoamento corrcspon(l~
a uma deformação irreversível, cm que os corpos que possuem esta característica
apresentam uma propriedade denominada viscosidade, ~1ue. pode ser entendida
como a medida da resistência interna de uma suhstancm ao tluxo 4uando
submetida a uma dada tensão.
A reologia pode ser considerada um ramo da física que estudaª. mecânica dos
corpos deformáveis quando está submetida a esforços gcrad~,s 1~or ~orças internas.
Nom1almente, as propriedades reológi<.:as de uma dada substancia suo dependentes
do tempo ou variam com a continuidade da dcfonnação devido às forças aplicadac.;,
Em reologia, o cisalhamcnto é um conceito de ímprntáncia fundamental.
Segundo Machado (2002, p. 6):
a cJifcrcm;a entre um s6lido e um fluido ideal está justamente
na resposta ou comportamento de ambos quando submetidos
a um esforço. Enquanto um s61ido dástico sofre uma
deformação proporcional ~ tensão aplicada, um fluido sofre
cisalhamcnto contínuo, isto é, suas camadas escoam com
velocidades que variam com a distância entre elas.

A fim de exp]icar tal propriedade, admita-se uma situação cm que se tem um


determinado fluido contido entre duas placas planas e paralelas com área A e
sep~das po~ uma distância y. Uma determinada força F é aplicada na placa
superior. movimentando a p1aca a uma vcJocidadc u cm relação à inferior, mantida
PJanO,néon
fixa, conforme a Figura 1O.

Área (A)
< > Mercúrio
Força aP-licada F

1gura 11
Altura (y) Velocidade (u) ponam

Figura I O" Força de cisalhamcnto aplícada cm um fluido.

11 O texto referente à viscosidade es·tá bascado cm Machado (1997) e Murn,on, Young e O J.


pa ra a fo rç a F ap li ca da se rá gerada ll ll ia fo
',n em se nt id o co nt rá ri o (- F ) u l'Çá\de mesma in te n s í~
po r~ ha rn en to . qu e ex is te de vi do ao at ri t: e co n es p on d
cisa as pa re de s d a pl ac a. E ss a fo rç a :: u s~ o pe la co es e à fo rç a d e
comd· ão _d ~ fl ui do
1 ente de ve lo ci da de ou ta xa de . alha.mctsalbamento ong1na u m
grJaa ei s en to (d u/ dy ) entre as
cas. . .
P Um f]u1do ou m at er ia l ne w to ni an o é a u
ex is te nt e en tr e a te ns ão de . lqh e 1e qu e ob ed ec e
]i ne ar ·d à re la çã o
di en te de ve 1oc1 ad e at ra ve, s d a E qu ciaçsaãoamento na di re çã o x e o
gr a du 20 .
,: = ri dy (Equação 20 )

onde: fi . d . .d
é O coe 1c1ente e v1scos1 ade do material (1 cP =
11 kg/m.s = 10-3 ~ .s ); 102 g/cm.s = 00 01
'té a tensão de c1salhamento (g/cm.s~):
~ é O gradiente de velocidade ou taxa de cisalhamento (s-1)
dy
.
A re la çã o en tr e a te n sã o e a ta xa de ci sa lh am en to
d ef in e o
co m po rt am en to r~ ol óg ic o ~ os mat.eriais vi sc os os . E ss a re
la çã o é o b ti d a
através d e en sa io s ex p en m en ta 1 s em pr eg an do -s e o s
v is co sí m et ro s
(eq ui pa m en to s 9 u e m ed em as ca ra ct er ís ti ca s re ol óg ic as
d e fl ui do s) o u
re ôm et ro s (e qu 1p ~ m ~ ~ to s q u e m ed em as pr op ri ed ad es
v is co el ás ti ca s
dos só li do s e se m 1 -s o h d o s) . N o Q u ad ro 8 es tã o ap re se n ta
de vi sc os id ad e p ar a d et er m in ad o s m at er ia is . d o s o s v al o re s

Quadro 8 - Valores típicos ou or de m de grandeza para a visco


sidade de algumas substâncias e materiais.

Substância ou m at er ia l V is co si da de (cP) Substância ou material 1


V is co si da de (cP)
Ar 10-3 Creme de leite, su co s,
1

10
sansme
Etano, né on 10-2 A ze ite de ol iv a e 102
lubrificantes
É te r 10- 1 G lic er in a 3
10
Água 1,0 M el 104
M er cú ri o 1,5 Asfalto e be tu m e 5 8
10 10
'
Na Figura 11 , estão apresentados os principais tipos de materiais, se
gundo o
seu comportamento quanto à deformação.
y
Reopéllcoe

Tixooópcos

Não
Newtoria10

Herschel -BlJkley

Figura 11 - Classificação dos materiais de acordo com o seu tipo de deformação.

Os materiais ne1-11to11ianos abrangem todos os gases e líquidos não


polimé ricos e homogêneos, como a água, os solvent~s, o lei~e. e os óleos
vegetais, entre outros. Devido à sua composição, tais matena is possuem
um único coefici ente de viscos idade a uma dada temperatura,
independentemente da taxa de cisalhamento.
Já os materiais não-ne wtonia nos são aqueles para os quais a taxa de
cisalhamento não é propor cional à taxa de deform ação, ou seja, a
viscos idade do materi al não é consta nte para uma dada situação
(temperatura e pressã o constantes). Esses materi ais podem ser divididos
em dependentes e indepe ndente s do tempo.
Para o caso dos fluidos não-ne wtonia nos depend entes do tempo, as suas
propriedades variam com a tensão de cisalha mento e no tempo de aplicação
dessa tensão. Dentro desse grupo, encont ram-se os materi ais tixotrópicos,
que aprese ntam uma diminu ição da viscos idade com o tempo de aplicação
da tensão de cisalha mento , havend o um aumen to da viscos idade quando a
tensão é retirad a. Como exemp los desse tipo de materi a l estão as emulsões,
as soluções concen tradas, as tintas , o petróle o cru , entre outros .
O outro tipo de materi ais perten centes ao grupo dos não-ne wtonianos
depend entes do tempo são os materi ais reopét icos, que se caracterizam
pelo compo rtamen to invers o aos materi ais tixotró picos: a , iscosidade
~u-~enta com o tempo de aplica ção da tensão , voltan do à ., 1scosidade
inicia~ quando a tensão exerci da cessa. Como exemp lo de tal tipo de
maten al tem-se a argila benton ítica.
Os materi ais não-ne wtonia nos indepe ndente s do tempo si 1b tividido.
dois gra,_id_es grupos: St:_m ~e~s~o in~ial e com tensão inicial.
ern05 matena,~ !".m tensao m,c,al nao necessitam de uma tensão de
cisaJhamento miciaJ J:la_ra começare~ a escoar. Dentro desse grupo.
ontram-se os matena1s pseudoplástic os, em que a viscosidade tende a
decr
enc escer com o aumento da taxa de cisalhamento ·, e os materiais
d1.1a,antes.
. qued apresentam
1, . um comportamen
. . . to contrário em relação aos
cnateriais pseu op aSlicos.Aou
· Jh I ·seJa.
d a viscosidade
" · aumenta com o aumento
taxa de cisa amento. e1 e potencia apresenta um bom ajuste para
;;:odelar o comportamen to desses materiais, em que, para valor do
O
oente igual a I . o comportamen
eXP toniano (ver Quadro 9): to reduz-se a um modelo de fluido

ne;s materiais com tensão inicial são os_ que precisam de uma ten~ão
. 1·cial de c1salhamento para que ocorra o início do escoamento. Um tipo
:f:,material pe;te_ncen~e. a essa cat~go~a é o plástico de Bingh~m, que tem
mo caractenst1ca bas1ca a relaçao hnear entre a tensão de c1salhamento
coa taxa de deformação a partir do momento em que a tensão de
\alhamento mínima é alcançada, apresentando , a partir desse ponto, um
i~mportamento de fluido_ newtoniano. O outro tipo de material d~sse grupo
0

~
, Herschel-Bu! kley . CUJa diferença para o corpo de Bingham diz resp:1to
não-linearidade entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformaçao.
ª Na Figura 12. estão representada s as curvas de fluxo, na qual se podem
observar as diferenças existentes entre os tipos de materiais newton1anos e
não-newtonianos .

Herschel-Bulklev

Plástico de Bingham

~ Pseudoplástico
,...
<I>
e:
ca
..e Newtoniano
co
(/)

0
<I>
-o
o
•Cl)
,...
fJ)

Taxa de cisalhamento (duxfdy)


Figura 12 Tc11i,fio amento em _ da taxa de de~onnação por cisalhamento para alguns materiais.
funçao
0 Quadro 9. estão apresentadas as equações reológicas e os exemplos dos
ptinctpm tipo de fluidos de Engenharia.
Quadro 9 - Características e exemplos dos principais tipos de fluidos.

llpo de material Equação Exemplos


reol Ice
Newtoniano du • gua
't -TJ- • Ar
dy • óleos
Pléltlco de Blngham • Lamas de esgoto
• Misturas concentradas de minérios em
água
• Pó de carvão em á ua
Paeudopléstlco (O < n < 1 ) • Polpa de papel em água
DIiatante ( n > 1) • Tintas e vernizes
• Pó de cimento em água
• San ue
Herschel-Bulklev du n
• Suspensão de argila em água
't ... 't1 +T] - • Solução de polímeros
dy

8.3 A Viscoelasticidade
De acordo com Machado (2002, p. 10), a viscoelastici dade é um ramo
da mecânica do contínuo que estuda as propriedade s de alguns
materiais cujo comportame nto não é adequadame nte descrito nem pela
teoria da elasticidade, nem pela teoria de escoamento dos fluidos
puramente viscosos, isoladamente . A viscoelastici dade tenta modelar o
comportame nto de materiais que não se enquadram na classificação de
um sólido elástico ou de um líquido viscoso quando submetidos a um
carregament o constante de longa duração.
Normalment e, o fenômeno da viscoelastici dade está mais relacionado
aos materiais poliméricos (borrachas, silicone, plásticos) e compósitos
(concreto), diferentemen te dos materiais cerâmicos e metálicos que não
apresentam tal propriedade .
Como exposto no item 8 .3 .1, a deformação elástica é instantânea, ou
seja, é independent e do tempo. Com a liberação das forças externas
(tempo ti), a deformação é totalmente recuperada conforme mostrado
na Figura 13a. '
Já para os .materiais viscosos e viscoelástic os (Fi gura 13b e Figura
1~e, respectivam ente), a deformação é dependentt.; uo tempo~ a
diferença entre ambos é a de que, nos materiais visco tices, há uma
componente elástica instantânea.
·~

Tempo t1

1[ [ 1l'l 1l'l
ta Tempo
(a) '
t1
....
Tempo
(b)
t,
Tempo
(e)
t,

Figura 13 - Comporta mentos de deformação no tempo para (aJ materiais elásticos, (b) viscosos e (e)
viscoelásticos (CALLISTER JR., 2íXJ6J.

para entender o comportamento viscoelástico de um material, é imprescindível


a inserção do conceito de fluência dos materiais, como é abordado no item a seguir.
B.3.4.1 Fluênc ia
Denomina-se fluênci a a deformação lenta que acontece nos materiais devido à
ação de cargas pern:ia~en~es d~ lo~~a duração, send? normalme!1te um fenômeno
indesejável e que dumnu t a vida ut1I de um detennmado matena l.
o ensaio de fluência consiste basicamente em submeter um corpo-de-prova a
uma carga ou tensão constan te, medindo-se a deformação que ocorre no materia l
ao longo do tempo. Como resultado do ensaio, tem-se uma típica curva de
fluência, confor me ilustrad a na Figura 14.

ro
·c:;
e
<~ Primária
.;::: 14'"--- .~
1- Terciária
0
a.
o
rro
Secundária
o,
ro
E
'-

~
o
I, Deformação instantânea

Tempo
Figura I 1 rva típica de fluência para uma tem,ãCJ constante (CALLISTER JR., 2002).
Com a aplicação da carga, ocorre uma deform ação instantâ nea, que tem
um compor tament o elástico . Logo após, te1!1-se .ª curva de ~uência , que .
dividid a em três regiões : a fluênci a pnmána _ 0 ~ trans1ente. que

caracte riza por uma taxa de fluênci a decr~sc :nt~, i~dica~do .que o material
s:
está apresen tando um aument o da res1sten . , . cia a fluenci a; a fluênc·
1a
secund ária, ou fluênci a em regime estac10 nano, em qu~ ª taxa de fluência
é constan te, ou seja, a curva do gráfico torna-s e _aproxima~am.ente linear
sendo o estágio que apresen ta uma maior duraça?~ e. a fluenc1a terciária:
em que ocorre uma acelera ção da taxa de fluenci a com conseqüente
ruptura do materia l (CALL ISTER JR., 2002).
Cada materia l de constru ção vai aprese ntar um? ~urva de fluência
caracte rística, em que diverso s fatores ( caracte n st •~as. do material,
temper atura, nível do carrega mento, entre _?Ut~os) vao influen ciar na
sua config uração . Uma curva típica de fluenct a para o concre to está
aprese ntada na Figura 15.

Descarr gamento

ºõ
e
q::
ca
cQ)
:::::,
11-
g_
o
!-Recuperação
elástica
--- -
Recupe ração
'carJ. da fluência
E
~ Fluência
o
Deforma ção irreversível
elástica mento
seguir~
Tempo pre ent
Figura 15 - Comportamento das deformações no concreto ao longo do tempo rizada
(Mindess e Young citados por MEHTA e MONTEIRO, 199-i). de So
Pode-se verific ar que, após a retirad a do carreg an1ent o, há uma
:ecupe ração da porção elástic a e da fluênc ia parcialn1ente rever ível,
J~ntamente com uma parcel a da fluênc ia que não é recupe ra, el. Uma
discussão mais especí fica sobre o compo rtamen to da fluên cia o concreto.
bem como os fatores que influe nciam em tal propri edad , pode er
detalha damen te encont rada na literat ura (MEHTA e l\10 lElRO. 1994:
NEVIL LE, 1997; HASP ARYK et al., 2005).
No. estu_do de um materi al viscoe lástico , empre ga- maln1ente a
combi naçao de model os elástic os e viscos os idea i crie e em
leio. A partir da relação tensão-deform ação são realizadas
ara á · · · d '
p d ções matem t1cas, ongman o equações que representam o
dern~ortamento de ~eterminados materiais viscoelásticos . Dois tipos
co . 05 de modelo sao adotados: o modelo elástico que é normalmente
báSfC , d '
sentado atraves e um modelo de mola que obedece à lei de
repr~e e o modelo plástico, corresponden te a um pistão newtoniano
floO vi~cosidade ri (Figura 16).
com

a (J

E
E
(a)
(b)
Figura J6 - Comportamento tensão-deformação para uma mola elá!>tica (aJ e um pistão plástico (b)
(COWIE citado por MITCHELL. 2004).

A partir desses modelos reológicos básicos, podem-se representar os


comportamentos viscoelástico s mais encontrados nos materiais. Nos
itens a seguir, as bases teóricas e os principais modelos viscoelástic os
são apresentado s. A dedução desses modelos encontra-se
pormenorizadamente apresentada em Mehta e Monteiro ( 1994) e no
trabalho de Souza (2005).

8.3.4.2 Modelo de Maxwell 12


O primeiro modelo proposto para representar o comportame nto
viscoelástico dos materiais foi apresentado por Maxwell em 1867. Tal
modelo admite que o comportam ento viscoelástic o pode ser
representado por uma mola e um pistão em série, conforme mostrado na
Figura 17.

p
- James Clerk Max,, 1-1879), físico britânico.
Descarregamento

Tempo
Figura 17 - Representação do modelo de Maxwell (JASTRZEBSKI citado por MITCHEL L, 2004).

Pela observação do diagrama de deformação no tempo, pode-se verificar que


logo após a aplicação da tensão, há uma deformação imediata da mola, seguid~
da deformação do pistão. Quando a tensão é retirada, há uma recuperação parcial
imediata da deformação devido à componente elástica do modelo, juntamente
com a posterior deformação plástica devido ao comportamento do pistão.
Para simplificação, serão adotados os subscritos me p para representar a mola
e o pistão. respectivamente. De acordo com Souza (2005), para a obtenção das
relações tensão-deformação para os modelos, são utilizados três tipos de
equações: as equações constitutivas, as cinéticas (leis de conservação) e as
cinemáticas (descrição do movimento). Para o caso do modelo de Maxwell, tem-
se que as equações constitutivas da mola e do pistão são representadas pelas
Equações 21 e 22, respectivamente.

a m =BE m (Equação 21)


-E
(Equação 22)
· 11
A Equação 23 representa a equação cinética. A equação cinemática do modelo
está apresentada na Equação 24.

a=am =ap (Equação 23)

E= E m + Ep Equação 24)
perivando ª. E<Juação 24 em relaçã~ ao tempo e substitu" do a mesma bai
a õeS constitutivas. tem-se a Equaçao 25. m
eqr.J Ç dE J do O
-=--+-
dt E dt TJ (Equação 25)
peve-se observar que, 9uando se ?dmite uma mola muito rígida (E =00), o
odelo se ~duz ª um flutdo newtoniano, em que apenas a parcela relativa ao
J11 _0 é considerada.
pista
gJ.4.3 Modelo de Kelvin-Voigt . .
De aco:do com o modelo de Kelvm-Vo1gt, o comportamento de um material
1. coelástico pode ~er representado por uma associação em paralelo de uma mola
; Je um pistão lubnficado, conforme mostrado esquematicame nte na Figura 18.

o
'& Descarregamento
<U
E E
J2
Q)
Cl

Tempo
Figura J8 - Representação do modelo de Kelvin-Voigt (JASTRZEBSKI citado por MITCHELL. '.!00'.!).

As equações constitutivas da mola e do pistão são representadas pelas


Equações 26 e 27, respectivamente.

a m =EE m
(Equação 26)

(Equação 27)

As equações cinética e cinemática do modelo estão apresentadas nas


Equações 28 e 29.

(Equação 28)

E= Em = f p
(Equação 29)
(Equação 30)

De acordo com Mehta e Monteiro (1994). existem


. '' . limitações pa ra a
aplicação dos modelos de Maxwell e Kelvm- v01gt para representar _
materiais viscoelásticos . Os autores afirmam que o m<;>delo de Maxw~\~
apresenta uma deformação constante quando submetido a uma tens-
.
constante. representando o comportamen to consistente com fluidos m ªº
não tão adequado para sólidos. Já o modelo de Kelvin-Voigt não fo~ne as
subsídios para prever a relaxação em função do tempo e não apresen~e
qual a deformação permanente residual após o descarregame nto. ª
Assim. pode-se lançar mão de modelo~ . mai~ compl~xos para
representar o comportamen to dos__ mat~na1s v1scoelast1co s, que
correspondem a configurações especiais oriundas dos q_uatro modelos
apresentados anteriormente (mola, pistão, Maxwell e Kelvm-Voigt) . Uma
configuração que une em paralelo um modelo elástico com o modelo de
MaxweJI é denominada de sólido linear padrão , representada pela Figura
19.

Figura 19 - Modelo do sólido linear padrão (Souza, 2005).

Na Equação 31 .' está apresentada a equação constitutiva do componente de


Max~el~ (subscnto M), enquanto que na Equação 32 está a equação
constitutiva da mola.
deM 1 doM O M
--=---+- (Equação 31)
dt E 2 dt rJ

(Equação 32)
(Equação 33)
E= Em = EM

(Equação 34)

Derivando a Equação 33 em relação ao tempo e substituindo as equações


O
onstitutivas, tem-se que comportamento do modelo pode ser dado através da
~uação 35.
da = E dE + E , dE _ ~
I 0
dt dt - dt ri l\l (Equação 35)

De acordo com _Souza (2005), o modelo do sólido linear padrão pode


representar as propnedades de grande parte dos materiais viscoelásticos, com
suas respectivas funções complexas.
Sendo assim, no Q~a~o ,10_ estão_ apresentadas as principais diferenças
existentes entre os matena1s elast1cos, viscosos e viscoelásticos.
Quadro JO - Resumo das características de um material elástico, viscoso e viscoelástico (MACHADO. 2002, p. 14).
Sólido elástico ideal
Fluido viscoso ideal
A tensão aplicada é armazenada A tensão Materiais viscoelásticos
aplicada é dissipada Material
sob a forma de energia e depois irreversivelmente, sob a forma de com comportamento
convertida em energia mecânica. energia calorífica. misto (viscoso e elástico), com
energia parcialmente dissipada e
o parâmetro de medida principal O parâmetro de medida principal acumulada.
é a deformação elástica, juja Os parâmetros de medida podem
é a taxa de cisalhamento, cuja ser tanto a tensão
resposta é fornecida sob a forma resposta é expressa sob a forma aplicada quanto
de deformação elástica a deformação.
de cisalhamento continuo.
A equação de estado é A equação de fluxo é representada
representada pela lei de Hooke: pela fórmula:
A equação de fluxo é a soma da
parcela elástica e viscosa do
fluido:
a = E ·E
du dE
"t='Y] - a= EE +11 -
dy dt

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