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Platão atribui à arte um papel fundamental para sua Cidade ideal. Contudo, ele
tem grande relutancia quanto à arte e os artistas, seus critérios de seleção são
extremamente rigorosos. Legitimado por seu projeto de Estado harmonioso, ideal;
compreende-se que ele coloque suas exigências em função do que julga ser o mais
benéfico para todos os cidadãos de uma "Cidade" justa e virtuosa. O problema é que
todos os seus critérios estão ligados mais a exigências morais do que artísticas ou
estéticas. O que nos apresenta uma forte censura, a arte que não represente os
princípios de sua República.
A intolerância de Platão recai sobretudo à imitação, feita por artistas. Em que a
ver com maus olhos, pois considera que a imitação não busca fazer o original (a
verdade), portanto, os artistas não poderiam ter uma completa autonomia. Pois a
imitação na arte, é a imitação em segundo ou em terceiro grau, da Ideia, é um
simulacro que engana as pessoas. Ele considera um estilo moderado para a imitação,
que se contente por modelos estabelecidos por lei, com as qualidades e as virtudes
como a coragem, a temperança, a santidade. As críticas à arte se mostra cada vez
mais, tratar-se de submeter a arte à autoridade da filosofia. Na qual o filósofo é o
governante dessa “Cidade” ideal.
Para Aristóteles, ao contrário de seu mestre Platão, ele considera a imitação
como algo legítimo, uma tendência natural. Aristóteles considera o homem como um
ser capaz de imitar, diferente de outros animais. entende as coisas ou ações concretas
e não mais ideais abstratas. A imitação pode ser colocada em qualquer objeto,
causando belas ações ou atos vulgares. O prazer que dela deriva é uma das primeiras
etapas em direção à felicidade, ele acredita que a imitação é enriquecida pela
imaginação do criador. Que não pinta as coisas como elas são, mas como deveriam
ser. Para Aristóteles a imitação poderia trazer a purgação de sentimentos, a catarse.
Como uma transferência da ficção para a realidade concreta, em que se experimenta
sentimentos análogos, que provocam um sentimento sobre a pessoa, em que ela se
liberta do peso desses sentimentos durante e depois do espetáculo (ou uma arte).