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A VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - Monografia Londrina PDF
A VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - Monografia Londrina PDF
Londrina
2012
Francine Carneiro da Costa
Luciana Patrícia Mieko Kobayashi
Londrina
2012
Francine Carneiro da Costa
Luciana Patricia Mieko Kobayashi
________________________________
Profª Ms Maria Lucia da Silva Lopes
________________________________
Profª Ms Vânia Oliveira Melo
Dedicamos a conclusão deste trabalho
aos nossos pais, pelo apoio e dedicação
incondicionais em toda nossa trajetória de
estudos.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado a vida e me abençoado com seu poder, me dando
saúde, força, coragem e sabedoria para seguir os caminhos da verdade.
Aos nossos familiares pelo carinho e apoio dedicados nas horas de precisão.
RESUMO
O presente estudo pretende, por meio de levantamento da literatura, analisar a construção da
Vigilância Sanitária no Sistema Único de Saúde, bem como sua ampla e complexa área de atuação.
Ao analisar a trajetória de criação da Vigilância Sanitária no Brasil, desde seu surgimento, pontuando
os principais fatos políticos, institucionais e técnicos, compreende-se melhor as diretrizes e princípios
em que se pautam suas ações e esclarece a importância da descentralização no processo de
construção da Vigilância Sanitária. Nota-se o histórico desafio de desenvolver uma política de gestão
adequada para atender as necessidades sanitárias de cada região diante da diversidade sócio-
cultural, heterogeneidade geográfica e perfil sanitário do país. O conceito de Vigilância Sanitária
mudou muito no decorrer do tempo, alterando também sua forma de atuar, intervindo em todos os
aspectos que possam afetar a saúde dos cidadãos.
ABSTRACT
This study aims, through literature, analyze the construction of Health Surveillance in
Unified Health System, as well as its broad and complex practice area. Analyzing the trajectory
creation of Health Surveillance in Brazil, since its beginning, punctuating the major events political,
institutional and technical, is best understood the guidelines and principles that guide their actions and
clarifies the importance of decentralization in the construction of Health Surveillance. Note to the
historic challenge of developing a management policy appropriate to meet the health needs of each
region front of socio-cultural diversity, geographic diversity and health profile of the country. The
concept of Health Surveillance changed in course of time, also changing its way of acting, intervening
in all aspects that may affect the health of citizens.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
2. METODOLOGIA ...................................................................................................... 9
3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 10
3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS ...................... 10
3.2 A ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES DA VISA .......................................................... 22
3.2.1 Medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos ........................... 25
3.2.2 Alimentos, bebidas e águas minerais ............................................................... 27
3.2.3 Serviços de saúde e de interesse à saúde ....................................................... 28
3.2.4 Meio ambiente e ambientes de trabalho ........................................................... 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 33
7
1. INTRODUÇÃO
Para isso, o SNVS é constituído por unidades nos três níveis de governo.
Em nível federal, conta com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). Em nível
estadual, cada uma das 27 Unidades da Federação, conta com o órgão de Vigilância
Sanitária e com laboratório central (LACEN). Em nível municipal, com os serviços de
Vigilância Sanitária (VISA), que variam bastante em relação à estrutura e recursos
(EDUARDO, 1998).
2. METODOLOGIA
3. REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Lucchese (2001b), até 1945 o país era totalmente dependente das
importações. O controle sanitário voltava-se especialmente para o combate às
epidemias e endemias e a preocupação central do governo era em relação ao
saneamento dos portos. Após 1945, com o modelo econômico de substituição das
importações, sob o Estado Desenvolvimentista, crescia a preocupação com o
controle de produtos e as ações da VISA começam a voltar-se mais para a produção
interna.
11
No início dos anos 60, a desigualdade social, marcada pela baixa renda per
capita e a alta concentração de riquezas, ganha dimensão no discurso dos
sanitaristas em torno das relações entre saúde e desenvolvimento. As propostas
para adequar os serviços de saúde pública à realidade diagnosticada pelos
sanitaristas desenvolvimentistas tiveram marcos importantes, como a formulação da
Política Nacional de Saúde na gestão do então ministro, Estácio Souto-Maior, em
1961, com o objetivo de redefinir a identidade do Ministério da Saúde e colocá-lo em
sintonia com os avanços verificados na esfera econômico-social (BRASIL, 2012).
A referida Lei inclui a VISA em seu campo de atuação, bem como o controle
e fiscalização de produtos e serviços de saúde ou de interesse à saúde, que são
realizadas pela VISA.
Art. 6º [...]
§ 1º - Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens
e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo; e
II – o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde. (BRASIL, 1990)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível perceber que durante muito tempo a VISA foi vista como “polícia
sanitária”, ou seja, suas ações consistiam em proteger a saúde da população por
meio da fiscalização e da punição. Com o decorrer do tempo e das mudanças
políticas e técnicas a VISA passou a incorporar novos conceitos às suas ações,
passando a desempenhar, conjuntamente com seu poder de polícia, um papel
preventivo e educativo. Integrando o Sistema Único de Saúde no plano legal e
institucional, a VISA assume as mesmas diretrizes e princípios do SUS, buscando
alcançar os objetivos de promover e proteger a saúde da população, construindo a
cidadania.
Nota-se neste estudo que a criação da ANVISA foi influenciada por fatores
internos e externos. A agência teve de mostrar logo de início que conseguiria de
maneira rápida minimizar os problemas sanitários, especialmente de medicamentos,
precisava responder as pressões internacionais e nacionais quanto à qualidade e
segurança dos produtos e serviços. Assim, diante de um contexto de reformas
administrativas, implementadas por exigências de organismos internacionais, de
tecnologias e métodos gerados pelo setor produtivo da economia, a VISA se
transforma ampliando seu campo de atuação.
Além disso, percebe-se através dos levantamentos feitos neste estudo que
muitas questões ainda surgem e devem ser enfrentadas na caminhada da VISA no
SUS, tais como a criação de estratégias para o desenvolvimento da capacidade de
gestão e aumento da governabilidade dos níveis estadual e municipal, uma melhor e
mais clara classificação das ações da VISA e a educação permanente para os
profissionais da VISA.
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS