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Resumo:O presente artigo tem como objetivo abordar algumas dificuldades da fala e da
linguagem. Aborda o atraso da fala e da linguagem: disfasia, dislalia, afasia e disfemia,
sugestões de exercícios práticos que podem ser úteis para minimizar ou previnir
deficiências de linguagem. Destaca-se a importância do olhar do educador perante as
dificuldades de aprendizagem, adequação da metodologia de trabalho na prática de ensino e
acompanhamento conjunto com diferentes profissionais.
Dificuldade: refere-se à idéia de desajuste que uma criança apresenta em relação aos iguais
de sua idade. Uma criança que apresenta dificuldade na linguagem não está ajustada ao
nível das outras.
Comunicação: desde bebês nos comunicamos, seja através do choro, de uma expressão
facial, sorriso, etc. Comunicação são as condutas que a criança ou o adulto realiza
intencionalmente para afetar a conduta de outra pessoa com o fim de que esta receba
informação e, conseqüentemente atue.
Exemplo: choro do bebê, porém é importante lembrar que, com isto, possa estar
manifestando mal estar.
Linguagem, o que é?
Logo vem a mente que é a idéia de falar; linguagem oral. Entendemos que
linguagem é falar e entender o que falam.
Costumamos pensar que a criança que tem algum tipo de problema numa destas habilidades
(falar e entender), tem, conseqüentemente problemas de linguagem. No entanto a
linguagem é mais do que o ato de falar e entender. É uma representação interna da
realidade construída através de um meio, uma forma de comunicação socialmente aceita.
Exemplo: linguagem dos surdos.
Problemas de Linguagem
Os problemas de comunicação, fala e linguagem ocorrem em crianças com
dificuldades neste processo devido a vários fatores que podem ser: emocionais, motores,
perdas auditivas, atraso mental, ambiente.
Afasia
Afasia: Faz referência a distorções de maior ou de menor grau nos processos de
compreensão e/ou produção de linguagem em pessoas que, até então, haviam sido ouvintes.
É decorrente de distúrbios no funcionamento do cérebro.
Ela se caracteriza por falhas na compreensão e nas expressões verbais, relacionadas
à insuficiência de vocabulário, má retenção verbal, gramática deficiente e anormal, escolha
equivocada de palavras.
O foniatra é o profissional que se encarregará da terapia.
Em certas ocasiões uma vez determinadas por parte de diferentes profissionais, as
competências e dificuldades, alguns alunos necessitarão de uma intervenção específica e,
com freqüência, individual, que será realizada dentro do âmbito educacional (a cargo de um
especialista) ou então no âmbito reabilitador ou clínico de outras instituições.
O professor deve estimular e favorecer situações diárias de aprendizagem:
* deve atuar sobre as variáveis sob seu controle;
* comunicar-se mais e melhor;
* fazer interações entre os alunos e que essas sejam freqüentes, ricas e variadas;
* adaptar-se sempre a criança, construindo “andaimes”;
* partir dos interesses;
* evitar corrigir, pois pode aumentar a sensação de fracasso;
* dar tempo para que ela possa se expressar;
* reforçar êxitos;
* incentivar o uso da linguagem;
* utilizar situações lúdicas;
* trabalhar em conjunto com a família e o profissional da saúde.
Dislalia:
Caracteriza-se por ser um distúrbio na articulação dos sons, devido a dificuldades
na discriminação auditiva e/ou praxias bucofonatórias. A criança com dislalia, tem
tendência a pronunciar as palavras com omissão, substituição, distorção ou acréscimo de
sons.
Sugestões Práticas
Aqui será apresentado alguns exercícios que podem ser úteis para minimizar ou
prevenir deficiências de linguagem:
Exercícios de palato
• Fazer gargarejos;
• Tossir várias vezes;
• Falar ding-dong várias vezes;
• Falar an/a, en/e, in/i, on/o, un/u;
• Falar R, R, R e G, G, G.
Gagueira
A gagueira ou tartamudez é uma das principais formas de disfluência (distúrbios de
ritmo), cujo o início mais freqüente ocorre entre os 3 e 4 anos, em torno dos 7 anos e na
puberdade atingindo mais o sexo masculino do que o feminino.
A gagueira consiste num distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve
bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras e frases.
Freqüentemente acompanhadas por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades
respiratórias e caretas.
A gagueira pode aparecer no início da aquisição da fala desaparecendo a medida
que a sua linguagem evolui e elas se acostumam com a verbalização. Nesse caso, o
problema é quase sempre passageiro, considerado uma ocorrência normal do aprendizado,
mas cquando se observa um prolongamento ou interrupção de sons que iniciam a palavra, a
gagueira é patológica.
Existem algumas maneiras de classificarmos a gagueira:
• Quanto aos movimentos:
- simples quando não acompanhada de movimentos;
- associada quando acompanhada de movimentos;
• Quanto à pronúncia:
- repetição da primeira sílaba;
- repetição das consoantes;
- prolongamento da primeira letra, seja consoante ou vogal;
• Quanto ao aparecimento:
- contínua aparece em todas as condições;
- circunstancial aparece em determinadas condições ou situações;
• Quanto à emoção:
- primária quando não está ligada à emoção;
- secundária quando há evidência de componentes emocionais.
A gagueira é um distúrbio de ritmo que não apresenta origem bem definida.
Havendo várias teorias tentando isolar um ou alguns fatores como causas.
Fonte desconhecida
Conclusão
Bibliografia
JOSÉ, Elisabete da Assunção. COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. Editora Ática. 7ª
edição. São Paulo, 1995.