Precisamos valorizar a Palavra de Deus, até mesmo, acima de nossas necessidades

materiais.

As Escrituras nos oferecem no mínimo três comparativos para ajudar a entender o valor
supremo que a Palavra de Deus dever ter para nós:

1- Devemos ter mais apreço pela Palavra do que pelo alimento físico:

Em Mateus 4:4 Jesus diz “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”:

O salmista diz em Sl 119:103 que a Palavra de Deus é mais doce que o mel.

2- Devemos ter mais apreço pela Palavra do que pelos bens materiais:

O servo de Deus que escreveu o Salmo 119 deixa claro que a Palavra de Deus era mais
preciosa para ele do que "todas as riquezas" (SI 119:14), do que "milhares de ouro ou de
prata" (SI 119:72), do que "ouro refinado" (SI 119:127).

3- Devemos ter mais apreço pela Palavra do que, até mesmo, pelo sono:

Também em Salmos 119:148 se diz "Os meus olhos antecipam-se às vigílias noturnas,
para que eu medite nas tuas palavras".

Os judeus observavam três vigílias: a primeira, de 6h às 10 horas da noite; a segunda, das

10 horas às 2 da madrugada e a terceira, das 2 da madrugada até o nascer do sol. Os
servos de Deus abriam mão do sono três vezes durante a noite para poder passar tempo
com a Palavra.

Quantos de nós aqui querem ter uma vida cristã vitoriosa?

Então dê o devido valor à Palavra de Deus! está é a hora de você fazer as contas e decidir
se vale a pena ou não pagar o preço por ter uma vida cristã autentica e cheia da presença
de Deus.

O que vale mais:

“Dormir até mais tarde, fazer hora-extra no trabalho, lavar roupa suja, jogar futebol, assistir
programa de TV, ir tomar banho de rio”.

Meus irmãos, se nós fazemos qualquer coisa dessa natureza no domingo, o Dia do
SENHOR, ao invés de se dedicar ao estudo da Escrituras Sagradas, perdoe-me a
franqueza, mas nós não estamos dando o devido valor a Palavra de Deus.

Eu vos asseguro no Senhor, que vale a pena pagar esse preço. Vale a pena renunciar o
que for preciso para se dedicar o conhecimento daquilo que Paulo diz em 2 Tm 3:15 ser
“as sagradas letras” que podem nos tornar sábios para a salvação, que há pela fé em Jesus
Cristo.

Outra atitude necessária para com a Bíblia é:

 I. PRECISAMOS NOS APROPRIAR DA PALAVRA (2.13):
“...tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, ..., acolhestes...”

Na língua original, Paulo usa duas palavras gregas diferentes para o sentido de "receber"
aqui nesse texto:

A primeira, é a palavra paralambánō. E significa uma "aceitação externa" da pregação. É

simplesmente a forma superficial de se ouvir algo.

Enquanto que a segunda é a palavra déxomai, que significa dar uma

“recepção acolhedora” àquilo que se ouve.

“Déxomai” é um termo usado por Paulo que enfatiza o alto nível de envolvimento e
interesse do indivíduo com a mensagem recebida. É o ato de receber de bom grado e com
alegria a mensagem da pregação.

Portanto, a primeira palavra se refere a somente "escutar com os ouvidos", enquanto a

outra se refere a "guardar no coração". Os cristãos em Tessalônica não apenas ouviram a
Palavra com os ouvidos, mas também a guardaram em seu ser interior e a demonstraram
em sua vida.

A Bíblia está repleta de advertências sobre a forma de ouvir a Palavra de Deus. Jesus nos
advertiu repetidamente sobre a forma errada de ouvir a sua Palavra. Em Lucas 8:18 Ele
diz: "Vede, pois, como ouvis".

Cuidemos para que não venhamos a nos tornar "tardios em ouvir" (Hb 5:11) os
ensinamentos da Palavra de Deus, como quem tem "coceira nos ouvidos".

Devido ao fato de as pessoas não conseguirem mais se concentrar e prestar atenção às

pregações, muitas igrejas estão cedendo à pressão e substituindo a pregação por
entretenimento. Ao invés de pregadores, eles estão contratando comediantes e contadores
de histórias.

Nós não podemos ceder às influências desse mundo perdido, temos que defender e
valorizar a pregação pura e fiel das Escrituras.

Eis a questão: de que maneira nós podemos ouvir e nos apropriar da Palavra?

Uma maneira de internalizar a palavra da pregação é a meditação. A meditação está para

a saúde espiritual assim como a digestão está para a saúde do corpo. Sem digerir os
alimentos, não é possível extrair os nutrientes necessário para a nossa sobrevivência.

II. ELES APLICARAM A PALAVRA (2.13).

“a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes.”

Os tessalonicenses não somente apreciaram e se apropriaram da Palavra, como também

eles fizeram a aplicação dessa Palavra em suas vidas.

Conforme Tiago 1:19-25, não basta dar o devido valor às Escrituras ou mesmo apropriar-
se delas. É preciso tornar-se praticantes da Palavra.
Esta aplicação tem a ver com uma obediência gerada pela fé. No ato de ouvir e tomar
posse da Palavra de Deus, o Espírito Santo gera fé em nosso coração que nos conduz à
obediência.

Paulo diz que a Palavra de Deus estava operando eficazmente na vida dos crentes. Ou
seja, quando há uma aplicação da Palavra, esta gera mudança e transformação de vida.

Em Hebreus 4:12 diz:

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e propósitos do coração.”

Ainda em Salmos 119: 7, 9, 11 diz:

“Louvar-te-ei com retidão de coração quando tiver aprendido os teus justos juízos.
Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.
Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”

Meus irmãos, não tem como ter vida santa, uma vida de vitória sobre o pecado, se não
uma aplicação da Palavra de Deus que nos conduza à obediência prática.

Cuidado! Se a gente não expor os nossos pensamentos e propósitos do coração,

diariamente, à luz da Palavra de Deus, fatalmente vamos ser vencidos pelas tentações e
vaidades deste mundo.

É por meio da Palavra de Deus que o Espírito Santo age poderosamente em nossos
corações, aplicando a sua lei e nos capacitando a fazer a vontade de Deus.

Quem aprecia devidamente a Palavra, apropria-se da Palavra e faz a sua devida aplicação,
certamente, receberá do Senhor, vitória em tempos de angustia e tribulação.