Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CÂMBIO
ROBOTIZADO
(AUTOMATIZADO) E
CVT (TRANSMISSÃO
CONTINUAMENTE
VARIÁVEL)
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
CÂMBIO
ROBOTIZADO
(AUTOMATIZADO) E
CVT (TRANSMISSÃO
CONTINUAMENTE
VARIÁVEL)
© 2015. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491s
CDU 629.3.0646
SENAI Sede
2 Transmissão Automatizada.........................................................................................................................................11
2.1 Conceito de transmissão automatizada...............................................................................................12
2.2 Tipos de transmissão automatizada......................................................................................................12
2.3 Sistema eletrônico.......................................................................................................................................13
2.4 Testes e componentes ...............................................................................................................................15
2.5 Ferramentas e equipamentos do sistema automatizado..............................................................24
2.6 Segurança, saúde e meio ambiente (precauções gerais)..............................................................25
3 Transmissão CVT.............................................................................................................................................................27
3.1 Conceito...........................................................................................................................................................28
3.2 Componentes da transmissão CVT........................................................................................................29
3.3 Diagnóstico....................................................................................................................................................30
3.4 Componentes mecânicos..........................................................................................................................35
3.5 Ferramentas, equipamentos e instrumentos.....................................................................................44
3.6 Manual de reparação..................................................................................................................................45
3.7 Saúde, segurança e meio ambiente .....................................................................................................45
4 Considerações Finais.....................................................................................................................................................47
Referências............................................................................................................................................................................49
Minicurrículo do Autor.....................................................................................................................................................51
Introdução
No mercado atual estão disponíveis diferentes tipos de transmissão automatizada utilizadas pelas mon-
tadoras, os principais sistemas patenteados pelos fabricantes são: Dualogic (Fiat), Easytronic (Chevrolet),
I-Motion (Volkswagen), Powershift (Ford), Quickshift (Renault), 2-Tronic (Peugeot), I-Shift (Honda), SMT
(Toyota).
Para que o sistema de transmissão automatizada existisse, um longo caminho evolutivo foi percorrido.
Seu desenvolvimento só foi possível a partir do conhecimento do princípio de funcionamento da transmis-
são mecânica e do fato dos fabricantes vislumbrarem o almejado conforto e segurança propiciados pela
transmissão automática. Confira, a seguir, as diferenças entre estes tipos de sistema:
• transmissão mecânica – é composta por um conjunto de engrenagens interligadas entre si, cujo
funcionamento é determinado pela relação de transmissão impostas a cada conjunto de engrena-
gem, sendo ela motora¹ e movida²;
• transmissão automatizada – é uma transmissão composta pelos mesmos componentes da trans-
missão mecânica, mas com diferença na seleção e engate das marchas. A escolha e o momento de
engate de uma dada relação de transmissão é determinada pela rotação e carga imposta ao veículo;
• transmissão automática – ao contrário dos outros dois tipos de transmissão, a automática garante
a automatização total dos órgãos de transmissão, sendo que para o motorista colocar o veículo em
movimento, ele necessita realizar duas manobras: marcha à frente ou da marcha à ré.
Você conheceu os conceitos das transmissão, agora, veja como a eletrônica é aplicada nas transmissões.
1 Engrenagem que recebe o movimento de rotação do motor e passa para outra engrenagem, a movida, que vai transferir esse
movimento para as rodas.
2 Engrenagem que transmite o movimento da motora para as rodas.
2 TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA
13
Para que o câmbio automatizado tenha precisão nas suas informações, é necessário que haja uma co-
municação com diversos componentes do sistema eletrônico do veículo, ou seja, as informações precisam
trafegar em uma linha de comunicação conhecida como rede CAN.
Essa comunicação é de fundamental importância para o sistema automatizado funcionar perfeitamen-
te, pois a unidade de comando da transmissão utiliza esta informação para realizar o controle dos sensores
e atuadores que são responsáveis por fazer o gerenciamento de acionamento da embreagem, seleção e
engate das marchas.
Acompanhe, na sequência, os sensores que são utilizados para gerenciar o funcionamento da transmissão.
SENSOR DE VELOCIDADE
Esse sensor é instalado diretamente no câmbio e informa qual é a velocidade do veículo. Essa informa-
ção é utilizada pelo câmbio automatizado para determinar os momentos exatos para a troca das marchas
e a estratégia de acionamento da embreagem.
O sinal do sensor de temperatura é utilizado pela central de injeção para a central do câmbio automati-
zado via barramento CAN. Esta informação é utilizada no cálculo da temperatura da embreagem e do óleo
hidráulico.
O sinal desse sensor é enviado pelo computador de bordo para a central do câmbio automatizado via
barramento CAN. Esta informação é utilizada no cálculo da temperatura da embreagem e do óleo hidráulico.
O sinal desse sensor é encaminhado pela central de injeção para a central do câmbio automatizado via
barramento CAN. Esta informação é utilizada nos mapas de controle da embreagem e de troca de marchas.
O sinal desse sensor é transmitido pela central de injeção para a central do câmbio automatizado via
barramento CAN. Esta informação é utilizada nos mapas de controle da embreagem e na solicitação de
demanda de torque no momento que o condutor utiliza o pedal do acelerador.
CÂMBIO ROBOTIZADO (AUTOMATIZADO) E CVT (TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL)
14
Esse interruptor informa se a porta está aberta ou fechada. Esta informação é utilizada para acionar a
eletrobomba de óleo e na estratégia de controle do câmbio, quando o veículo estiver parado.
INTERRUPTOR DE FREIO
Esse interruptor informa se o pedal de freio está sendo acionado, esta informação é utilizada pela
unidade de comando para:
• liberar a partida do veículo e permitir a troca de marchas com o veículo parado;
• aplicar a estratégia de troca de marchas durante as desacelerações, antecipando a redução de mar-
chas, se o freio estiver pressionado com o veículo em movimento.
A central eletrônica do câmbio automatizado tem como função principal controlar a mudança de mar-
chas, de acordo com as solicitações do condutor e com as condições de funcionamento do sistema. Para
isso, a central eletrônica utiliza dados de um grupo de sensores que geram informações sobre o funciona-
mento da transmissão.
Sensores Atuadores
Comando da eletroválvula
Sensor de pressão do óleo da embreagem
Sensor de velocidade
Conheça, na sequência, os sensores que são responsáveis por informar à central eletrônica sua condi-
ção de funcionamento.
• posição da alavanca de comando do câmbio (joystick);
• borboleta de comando no volante;
• rotação da árvore primária do câmbio;
• posição do atuador de engate;
• posição do atuador de seleção;
• posição da embreagem;
• pressão do óleo do sistema;
• sensor de velocidade do veículo.
Após a central eletrônica receber informações dos sensores, ela utiliza esta informação para atender as
solicitações do condutor do veículo por meio do trabalho realizado pelos atuadores:
• comando do motor da bomba;
• eletroválvula de seleção de marcha (1ª/2ª);
• eletroválvula de seleção de marcha (5ª/R);
• eletroválvula de engate de marcha par;
• eletroválvula de engate de marcha ímpar;
• comando da eletroválvula da embreagem.
Após conhecer os sensores e atuadores mencionados no texto apresentado anteriormente, veja como
funcionam os componentes.
Como você sabe, para que o sistema automatizado funcione perfeitamente são necessários sensores e
atuadores os quais são responsáveis pelo fluxo de informações pertinentes ao gerenciamento do sistema.
Porém, para que estes sensores e atuadores funcionem, são necessários outros componentes mecânicos,
eletroeletrônicos e eletro-hidráulicos. Conheça, na sequência, cada um deles.
A alavanca seletora, conhecida por joystick, tem a função de permitir que o condutor possa realizar a
troca de marchas utilizando a mesma pelo modo D/M. A alavanca tem 3 posições estáveis (Repouso, N, R)
e 3 posições instáveis (+, -, D/M).
CÂMBIO ROBOTIZADO (AUTOMATIZADO) E CVT (TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL)
16
Em caso de falha de comunicação CAN entre as unidades de comando da alavanca seletora e a unidade
da transmissão, o indicador multifuncional se apaga e a transmissão permanece com a marcha engatada
até a imobilização do veículo. A falha será registrada na memória de avarias da unidade de controle.
GRUPO ELETRO-HIDRÁULICO
O grupo eletro-hidráulico funciona em conjunto com a unidade de comando eletrônica por meio de sinais
recebidos dos sensores distribuídos no sistema. O grupo eletro-hidráulico é responsável por realizar o fun-
cionamento mecânico da transmissão, efetuando a seleção e engate da marcha desejada. Sua constituição
é de uma bomba hidráulica que, em conjunto com o bloco de válvulas, realizam a pressurização e vazão do
circuito. Com isto, ele seleciona as marchas via eixo seletor, o qual atua na embreagem utilizando o cilindro.
Machado (2015)
FIQUE Sempre que for realizar a manutenção em um câmbio robotizado, é necessário reali-
ALERTA zar a despressurização do sistema.
A função do grupo de seleção e engate de marcha é realizar as mudanças das marchas na transmissão.
Observe, na figura a seguir, que ele é composto por um conjunto de componentes elétricos e hidráulicos.
Machado (2015)
RESERVATÓRIO
O reservatório é utilizado para armazenar o óleo utilizado pelo sistema hidráulico e abastecer o circuito
da bomba pressurizando todos componentes e o circuito hidráulico, sendo que para verificação de seu
nível, há necessidade de utilização de um scanner para a despressurização do sistema.
Todo óleo utilizado pelo sistema é armazenado neste reservatório com capacidade para 500 ml, sendo
que o sistema absorve 900 ml no total, e o óleo utilizado é o tipo Tutela CS Speed.
CÂMBIO ROBOTIZADO (AUTOMATIZADO) E CVT (TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL)
18
Machado (2015)
Figura 5 - Reservatório
Fonte: do Autor (2015)
O conjunto é composto por um motor de corrente contínua alimentado por meio do relé, e gerenciado
pela Unidade de Controle. O motor transmite seu torque à bomba hidráulica, cuja função principal é gerar
pressão o suficiente para os êmbolos de seleção e engate das marchas, e cilindro da embreagem, possam
realizar suas respectivas funções. Entre o motor e a bomba há um componente móvel que se rompe, na
hipótese de eventual sobrecarga no conjunto hidráulico.
Bomba
hidráulica
Machado (2015)
Fusível de proteção
Se houver avaria na bomba, a transmissão permanece na marcha engatada até que o veículo reduza sua
velocidade em nível seguro para acionar o neutro de emergência.
ACUMULADOR DE PRESSÃO
Quando em funcionamento, a bomba hidráulica pressuriza o óleo, que é armazenado nesse acumula-
dor, antes de ser encaminhado para o mecanismo de seleção de marcha.
Machado (2015)
A seleção e engate das marchas pode ser realizada por meio de êmbolos ou eletroválvulas (depende do
sistema utilizado pelo veículo), mas seu funcionamento continua sendo posicionar o eixo seletor no espa-
ço correspondente à marcha selecionada. O acoplamento faz a união entre o eixo seletor e o mecanismo
de seleção de marcha, onde estão posicionados os êmbolos.
Eletroválvulas de seleção
Eletroválvulas de engate
A embreagem do veículo é controlada pela válvula proporcional de vazão, pois via comando realizado
pela unidade de comando, ela libera o óleo para a atuação do cilindro.
2 TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA
21
Machado (2105)
Eletroválvula da embreagem
Em caso de avaria, se a embreagem estiver aplicada e a válvula proporcional de vazão não funcionar, a
embreagem continua aplicada e a transmissão não troca de marcha até que o veículo esteja em uma velo-
cidade segura para que seja automaticamente engatado o neutro de emergência.
Se a embreagem estiver desaplicada e a válvula proporcional de vazão não funcionar, a embreagem
fechará instantaneamente, podendo provocar a parada do motor.
Se a válvula proporcional de vazão não funcionar, a transmissão permanece engatada na marcha que
estava no momento da avaria. Quando o veículo parar de circular, a marcha permanece engatada, porém
com a embreagem desaplicada. Se o motor parar de funcionar, não será permitida uma nova partida.
Está localizado no corpo do conjunto hidráulico. Sua função é informar o valor da pressão de óleo que
chega até o grupo das eletroválvulas de seleção e engate de marcha.
Machado (2015)
Se o sinal do sensor de pressão não chegar à unidade de controle da transmissão, a bomba será aciona-
da e desacionada sistematicamente para garantir a pressurização do sistema e somente as marchas 1ª, 2ª e
ré podem ser selecionadas. Se a avaria ocorrer enquanto outra marcha estiver engatada, o sistema manterá
esta engatada até que a 2ª marcha seja selecionada.
Composto por dois sensores potenciômetros, estes informam à Unidade de Controle da Transmissão a
posição exata dos êmbolos de seleção e de engate, permitindo, assim, a identificação da marcha selecio-
nada na transmissão.
Se houver avaria nesses sensores de posição de seleção e engate, a transmissão não troca de marcha até
a parada do veículo, e a embreagem fica aberta.
É um sensor indutivo do tipo relutância magnética. Está fixado na carcaça da transmissão e, em alguns
modelos, utiliza como referência o sinal gerado pela engrenagem motora da 1ª ou 2 ª marcha.
2 TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA
23
Machado (2015)
Figura 12 - Sensor de rotação do eixo de entrada
Fonte: do Autor (2015)
Em caso de avaria no sensor de rotação do eixo de entrada, somente as marchas 1ª, 2ª e ré podem ser
selecionadas. As marchas estão aptas, então, a serem trocadas com trancos.
Cilindro da embreagem
Machado (2015)
Se no sensor de posição da embreagem surgir alguma avaria, o sistema mantém a marcha engatada até
uma velocidade compatível para o neutro de emergência, sem o acionamento da embreagem.
CÂMBIO ROBOTIZADO (AUTOMATIZADO) E CVT (TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL)
24
Montado no pedal do freio do veículo, não se comunica com a unidade de comando quando em posi-
ção de repouso. Quando o pedal do freio está aplicado, o interruptor envia para a unidade de comando um
sinal para liberar a partida do motor e o engate das marchas.
Em relação à possível avaria no interruptor do pedal de freio, quando acionado, seu sinal é enviado para
a unidade de controle via CAN Tração. Caso ambas unidades de controle não recebam sinal, não será pos-
sível dar a partida no motor, ou, se o motor já estiver em funcionamento, não será possível engatar outras
marchas que dependam da informação de “freio acionado”.
O interruptor da porta do motorista é utilizado em conjunto com o sinal do sensor de pressão hidráu-
lica. Se a pressão hidráulica for inferior ao especificado pelo fabricante, quando a porta do motorista for
aberta, o motor elétrico é acionado pressurizando o sistema hidráulico.
Se o interruptor da porta do condutor falhar, a transmissão segue funcionando normalmente.
Quando se fala em manutenção automotiva, deve-se pensar primeiro nas ferramentas e equipamentos
que serão utilizados, pois para executar um serviço rotineiro que não requer a utilização de equipamentos,
pode-se fazer com as ferramentas de uso geral. Entretanto, para uma manutenção mais detalhada, é neces-
sário a utilização de ferramentas específicas e equipamentos de diagnóstico, porém para cada modelo de
transmissão e montadora há equipamentos e ferramentas específicas. Desta forma, para uma manutenção
confiável no momento da desmontagem, reparação e montagem utilize sempre o manual de reparação.
Por isso, é importante que você saiba o que representa cada ferramenta bem como conheça suas fun-
ções perante uma manutenção. No entanto, com o aumento da eletrônica embarcada, passa a ser impres-
cindível o desenvolvimento de dispositivos que, por exemplo, permitam o diagnóstico de falhas eventuais
dos sistemas. Considerando essa necessidade, pode-se classificar as falhas em duas categorias: aquelas
possíveis de serem identificadas pelo motorista e as falhas identificadas somente com o auxílio de ferra-
mentas especiais.
Para o diagnóstico e ajuste do câmbio robotizado, você necessita de equipamentos como scanner au-
tomotivo que permitam a programação ou verificação do funcionamento de cada componente da trans-
missão. No entanto, quando se trata da transmissão de um veículo que chega à oficina com alguma irre-
gularidade, não basta apenas descobrir o que causou o problema, é preciso de conhecimento técnico para
solucioná-lo.
2 TRANSMISSÃO AUTOMATIZADA
25
Ao iniciar qualquer atividade de manutenção é necessário tomar alguns cuidados. Quando for trabalhar
com câmbio automatizado, lembre-se também dos EPIs:
• use óculos de segurança;
• vista luvas apropriadas para o tipo de manutenção;
• tire anéis, alianças, pulseiras, correntes e outros objetos metálicos de uso pessoal;
• desligue o cabo negativo da bateria (sempre que possível).
Para evitar danos ao veículo ou surpresas desagradáveis, é importante que você:
• utilize ferramentas apropriadas para o trabalho que estiver executando;
• faça uso de equipamentos apropriados aos testes que estiver executando;
• confira equipamentos de testes (multímetro, osciloscópio, etc.), sempre que um novo teste se fizer
necessário;
• providencie capas de proteção para os bancos do veículo;
• forneça capas de proteção para as partes pintadas do veículo.
Também é importante que você conheça os programas de saúde e meio ambiente, como:
• programa 5S;
• gestão ambiental;
• desenvolvimento sustentável;
• higiene e segurança no trabalho;
• principais doenças ocupacionais;
• noções de legislação relativas à segurança e saúde organizacional.
O conhecimento dos programas adotados pelas empresas, como os descritos anteriormente, é de suma
importância pois deve ser compatível com a qualidade do serviço executado, além de que um ambiente
limpo e organizado evita a proliferação de doenças, a ocorrência de acidentes, reduz o retrabalho, previne
desperdícios, entre outros fatores, que contribuem para a saúde e qualidade do local de trabalho.
SAIBA Para saber mais sobre saúde, segurança e meio ambiente, consulte as normas NBR ISO
9001:2008, ISO 14001:2004; OHSAS 18001:2007. Todas podem contribuir muito para o
MAIS seu aprendizado.
Transmissão CVT
3.1 CONCEITO
Com a tecnologia CVT, o torque do motor é transmitido a uma polia motora ligada a uma polia movida
geralmente por uma correia de aço, obtendo infinitas relações de transmissão, ajustando simultaneamen-
te, o diâmetro das duas polias.
Para entender claramente o funcionamento da transmissão automática CVT em relação a uma transmis-
são automática convencional, basta realizar um teste: rodar com o veículo para observar o seu funciona-
mento. A transmissão automática convencional, no momento das acelerações em que o giro do motor vai
aumentando, troca de marcha pela queda do giro do motor.
Quanto ao câmbio CVT, a relação entre a velocidade do veículo e o giro do motor permanece constante;
neste momento, observa-se que a rotação do motor não apresenta quedas no momento das mudanças.
Isto ocorre porque o câmbio CVT não realiza mudanças das marchas, visto que ele funciona por meio de
duas polias cônicas que alteram seu diâmetro, e uma correia metálica que desliza fazendo a ligação entre
as duas polias. (BOSCH, 2005, p. 749).
Machado (2015)
(controle lateral de pressão), pilotada pela PCM (Módulo de Controle da Transmissão e do Motor), que
permite o deslocamento da correia.
Esse deslocamento de forma tensionada pelo diâmetro das polias altera as relações de transmissão.
Quando a polia motora aumenta seu diâmetro, a polia movida diminui, e vice-versa. Esta situação é adota-
da para manter a cinta sempre tensionada.
Pressão lateral
No CVT toroidal², a alteração da relação entre as polias é realizada por cones ou roletes. Atuam de forma
idêntica à correia, porém, com deslocamento, mantendo contato com as polias e sendo controlados por
um pistão. O módulo de transmissão realiza o controle dos roletes.
Após entender o conceito de CVT e seu funcionamento, é necessário conhecer seus componentes. Con-
fira esse assunto na sequência.
A função dos componentes do sistema de transmissão é otimizar a dirigibilidade, pois sua concepção
tem como principal objetivo aumentar o conforto e reduzir a fadiga do condutor, evitando que o mesmo
seja obrigado a controlar o pedal da embreagem e a alavanca de comando da transmissão. No entanto, o
sistema de transmissão assegura o prazer de dirigir proveniente do controle direto da transmissão.
Conheça, a seguir, os componentes do sistema de transmissão CVT.
SOLENOIDE INIBIDOR DA RÉ
É um solenoide tipo interruptor (liga/desliga), que aciona a válvula inibidora da marcha à ré por meio de
informações enviadas pelo sensor de velocidade.
O PCM recebe a informação do sensor de velocidade, que ativa então o solenoide inibidor, ligando ou
desligando o solenoide inibidor da ré, dependendo da velocidade do veículo.
FREIO DA RÉ LIGADO
Quanto à velocidade do veículo, se esta estiver inferior a 10 km/h, o solenoide do inibidor se fecha
liberando a pressão hidráulica para que ela seja aplicada à válvula inibidora da ré. Neste caso, a pressão
hidráulica, ao superar a pressão da mola, altera o curso da válvula, abrindo uma passagem de modo que a
pressão flua para o freio da ré, permitindo seu engate.
FREIO DA RÉ DESLIGADO
Quando o veículo estiver com velocidade superior a 10 KM/h, caso a marcha à ré seja selecionada, o
solenoide inibidor da ré abre, liberando pressão hidráulica e permitindo que a mola da válvula inibidora da
ré mude a válvula para a posição descanso. Nesta posição, a pressão é bloqueada no freio da ré, e o engate
da marcha à ré não pode ser efetuado.
Agora que você conhece os componentes do sistema de transmissão CVT, veja como realizar o diagnós-
tico de anomalias nesses componentes.
3.3 DIAGNÓSTICO
O módulo de controle da transmissão CVT e do motor PCM se comunica por meio de sensores solenoi-
des. Se alguma avaria for detectada, o PCM memoriza o problema como código de diagnóstico de falha
(DTC). O PCM se comunica com o condutor por meio de uma luz que acende no indicador “D”, localizado
no painel de instrumentos.
Outra forma do CVT detectar outros tipos de avarias e mau funcionamento mecânico é utilizando infor-
mação dos sensores de velocidade das árvores.
Ao utilizar os sensores de velocidade das árvores e para qualquer relação de transmissão, o PCM sabe
quais devem ser as velocidades relativas das duas polias. Comparando os sinais dos dois sensores de ro-
tação das polias, o PCM pode verificar se existe diferença de rotação causando um deslizamento entre a
correia e as polias.
O PCM também sabe a relação entre a embreagem de partida e a engrenagem secundária movida.
Comparando os sinais do sensor de rotação da polia movida com o sinal do sensor de velocidade, o PCM
pode determinar se existe um deslizamento inadequado na embreagem de partida.
No momento de executar a manutenção preventiva no câmbio CVT, primeiro deve ser realizada a ve-
rificação do óleo lubrificante, se está dentro do prazo de troca e se o nível está correto, conforme manual
de fabricação.
Na hipótese do câmbio apresentar alguma avaria, deve-se antes da desmontagem, realizar um diag-
nóstico para verificar as possíveis causas e, na sequência, executar a desmontagem, verificando detalhada-
mente todos os componentes eletrônicos ou mecânicos, iniciando pelos seus sensores.
3 TRANSMISSÃO CVT
31
Para verificar se o sinal de rotação do motor está correto em relação aos sinais enviados pelos sensores
de rotação da polia motora e da polia movida, o PCM compara as condições atuais de condução, com as
condições de condução memorizadas, de forma a controlar a mudança e determinar instantaneamente a
relação das polias motora e movida.
Em caso de avaria, se o sensor de pressão do fluido de transmissão (sensor de pressão secundária) en-
viar ao TCM um sinal incorreto, o controle de retorno de pressão secundária é interrompido, e o valor de
desvio obtido antes de ocorrer a condição não padrão é usado para controlar a pressão de linha.
Se um sinal de falha do sensor de pressão do fluido de transmissão (sensor de pressão secundária) for
introduzido no TCM, o controle de retorno da pressão secundária é interrompido, porém a pressão de linha
é controlada normalmente.
Esse sensor, conhecido como potenciômetro, pode ter característica do tipo pino ou deslizante por
meio de pista.
O sensor de posição da alavanca, quando em comunicação com o PCM, envia um sinal de posição da
alavanca seletora que é importante para o módulo realizar algumas estratégias de funcionamento:
• dependendo do modelo do câmbio utilizado pelo veículo, gerar um programa para controlar a velo-
cidade;
• realizar o acionamento das luzes de marcha à ré;
• impedir o funcionamento do motor de partida na posição de marchas.
O sensor geralmente fica posicionado na parte superior da transmissão, localizado próximo à válvula
manual do corpo de válvulas. Essa estratégia de localização permite ao sensor uma maior precisão de
leitura, ou seja, quando ocorre o movimento da válvula para abertura do circuito hidráulico, a unidade de
comando é informada sobre a nova posição e, com isso, adota a estratégia necessária para o funcionamen-
to da transmissão.
Nas primeiras transmissões com gerenciamento eletrônico, o sensor não informava todas as posições
da alavanca como acontece nas transmissões atuais, informava apenas as posições para liberação de par-
tida e de marcha à ré. (SENAI – DR/SP, 2007).
O acionamento das luzes indicadoras da posição da alavanca seletora, sendo elas no console próximo
à alavanca, ou no painel de instrumentos, também é responsabilidade do sensor de posição da alavanca.
Observe o circuito da posição da alavanca demonstrado a seguir.
CÂMBIO ROBOTIZADO (AUTOMATIZADO) E CVT (TRANSMISSÃO CONTINUAMENTE VARIÁVEL)
32
B NB
Para a partida
Chave de ignição P
ST R
E N
N
IG D
Fusível 2
Elo fusível 2
L
L
Esse acionamento pode ser direto do sensor para a alavanca, ou pode ser gerenciado pelo módulo.
Em caso de avaria no sensor de posição de alavanca, verifique a continuidade entre os terminais do
conector do chicote do seletor de transmissão. Se o resultado for negativo, verifique novamente com o
cabo de controle desconectado do eixo manual do conjunto CVT. Se estiver tudo em ordem, ajuste o cabo
de controle.
Após o ajuste do cabo, se o resultado for negativo, você pode ajustar o seletor da faixa de transmissão.
Procedimento para ajustar a chave seletora:
1. movimente a alavanca seletora CVT para a posição “N”;
2. remova o cabo de comando da alavanca manual;
3. solte os parafusos do seletor de faixa de transmissão e insira um pino (ø4 mm) nos orifícios de ajuste
no seletor de faixa de transmissão e na alavanca manual para ajustar a posição;
4. aperte os parafusos do seletor de faixa de transmissão;
5. após verificar o diagnóstico dos sensores, conheça, a seguir, o corpo de solenoides.
CORPO DE SOLENOIDES
O corpo de válvulas é composto por um conjunto de solenoides que comandam a passagem do óleo
para o corpo de válvula do câmbio CVT. Estes solenoides são responsáveis por fazer o gerenciamento do
funcionamento da transmissão, realizando o controle da pressão da polia movida, polia motora e da em-
breagem de partida.
Confira, na figura a seguir, o conjunto de solenoides.
3 TRANSMISSÃO CVT
33
Machado (2015)
Figura 17 - Corpo de solenoides
Fonte: do Autor (2015)
O solenoide de controle da pressão da polia movida consiste de um solenoide linear e válvula carretel e
é controlado pelo PCM (Módulo de Controle da Transmissão e do Motor). Ela fornece pressão de controle
da polia movida a válvula de controle da polia movida.
Tendo a mesma constituição do solenoide da polia movida, o solenoide que realiza o controle de pres-
são da polia motora também é constituído de um solenoide linear e válvula carretel, é controlado pelo
PCM e fornece pressão de controle da polia motora, a válvula de controle da polia motora.
Os solenoides devem ser verificados quanto a sua posição e testes de funcionamento, pois o solenoide
que controla a posição da embreagem da polia movida tem um conector da cor marrom.
Quanto ao solenoide que controla a posição da embreagem da polia motora, e o solenoide que contro-
la a embreagem de partida, ambos têm um conector da cor preto.
Para verificar seu perfeito funcionamento, você, como técnico, deve ter em mãos o manual de dados
técnicos do câmbio que está sendo verificado.
No teste de resistência das eletroválvulas, por sua vez, deve ser utilizado um multímetro na escala de
ohm, como mostra a figura que segue.
Machado (2015)
Se estiver tudo em conformidade com o manual do fabricante do câmbio, realize outro teste: alimente a
eletroválvula aplicando tensão de bateria em seus bornes para verificar o seu funcionamento obedecendo
a polaridade.
Outro item que é importante você conhecer são os componentes mecânicos. Continue seus estudos e
confira esse assunto na sequência.
3 TRANSMISSÃO CVT
35
Os componentes mecânicos fazem parte da estrutura funcional da transmissão, eles são capazes de
aumentar ou diminuir a velocidade do veículo por meio de simples aplicação de pressão hidráulica contro-
lada pelos sensores via informações encaminhadas pela central eletrônica. A verificação dos componentes
é realizada ao conhecer seu funcionamento interno. Para iniciar, conheça os componentes do conversor
de torque.
CONVERSOR DE TORQUE
O conversor de torque dos câmbios automáticos é um componente utilizado para transferir o torque
motriz para o eixo de entrada da transmissão e, daí, às rodas. Ele também é utilizado para aplicar um aco-
plamento hidráulico (embreagem hidráulica) em substituição à embreagem mecânica, de acoplamento
mecânico por fricção.
O conversor de torque dos câmbios automáticos é utilizado nos sistemas CVT e tem a mesma função
de um conversor utilizado em caixas de câmbio automáticas convencionais, e, dependendo do modelo da
transmissão, pode vir com conversor de torque ou com disco de embreagem fixo ao volante.
A finalidade deste disco fixado ao volante é permitir o acoplamento e a transferência de torque do
motor à polia primária. Também é responsável por movimentar a corrente da bomba de óleo. (ARIAS-PAZ,
1980).
Embragem
Lock Up com
cárter
Impulsor Estator Turbina
Teófilo da Silva Júnior (2015)
Conversor
de torque
DISCO DE EMBREAGEM
O disco de embreagem é composto por um conjunto de molas que tem a finalidade de amortecer o
torque aplicado ao câmbio. Caso estejam soltas, é necessário que haja a substituição do disco e volante
que fazem barulho semelhante a um chocalho quando o veículo está em marcha lenta.
3 TRANSMISSÃO CVT
37
Machado (2015)
Figura 20 - Disco e volante
Fonte: do Autor (2015)
FILTRO DE ÓLEO
Quando o câmbio de CVT possuir dois filtros de óleo, o primeiro é o filtro principal, que fica preso na
tampa e todo óleo que é puxado pela bomba passa por este filtro para lubrificar todos os componentes
do câmbio.
Machado (2015)
O segundo filtro se encontra fixado na parte interna do câmbio em um alojamento na carcaça e tem
como função filtrar o retorno do óleo que vem do trocador de calor para o câmbio, pois este óleo é refrige-
rado fora do câmbio e retorna novamente.
Machado (2015)
Figura 22 - Segundo filtro câmbio CVT
Fonte: do Autor (2015)
Para fazer a manutenção desses filtros, como ambos estão localizados na parte interna ao câmbio, é
necessário realizar a desmontagem completa do câmbio.
BOMBA DE ÓLEO
A bomba de óleo é uma bomba de engrenagem que tem a função de fornecer pressão de óleo suficien-
te para o funcionamento e lubrificação do CVT. Esta pressão é superior à de uma caixa manual convencio-
nal, uma vez que deve ser suficientemente alta para manter a tensão da correia de transmissão e suportar
o torque do motor.
3 TRANSMISSÃO CVT
39
Machado (2015)
Figura 23 - Bomba de óleo
Fonte: do Autor (2015)
CONJUNTO PLANETÁRIO
O inversor consiste em um sistema de Trem Epicicloidal simples, também chamado de trem planetário.
É um sistema de transmissão de alta complexidade cinemática e de difícil visualização, pois se faz necessá-
rio a desmontagem de todo conjunto para acessar a engrenagem planetária.
Machado (2015)
A embreagem e o freio do CVT são do tipo multidiscos, como você pode ver na figura a seguir. Uma das
eletroválvulas distribui a pressão de óleo na face traseira do pistão.
Por meio da aplicação progressiva da força do pistão sobre o disco inicial, o bloqueio e a liberação dos
discos de acionamento ocorrem de forma suave, evitando trancos.
Machado (2015)
Figura 25 - Discos de embreagem
Fonte: do Autor (2015)
A embreagem de partida, após montada sobre a árvore da polia movida, tem a função de engatar e
desengatar a engrenagem secundária motora. Sua localização foi estrategicamente montada para permitir
que as polias e a correia sejam isoladas das rodas dianteiras, quando a embreagem de partida não estiver
acoplada.
O cubo da embreagem de partida está integrado à engrenagem da posição park e engrenagem secun-
dária motora, sendo que ela executa as mesmas funções básicas do conversor de torque.
MECANISMO DE PARK
A transmissão CVT está equipada com um sistema da posição park que consiste, principalmente, da
engrenagem, trava e cone da posição park no conjunto da embreagem de partida.
Ao colocar a alavanca na posição park (P), o cone da posição park faz a trava da posição park executar
um movimento de giro e então a trava engata a engrenagem da posição park.
3 TRANSMISSÃO CVT
41
Machado (2015)
Figura 26 - Trava de park
Fonte: do Autor (2015)
Para controlar hidraulicamente, o sistema do CVT é equipado com válvulas, sendo que:
• mais de 10 válvulas são usadas para o CVT;
• o fluxo do CVT é controlado manual, hidráulica ou eletricamente, para acionar a abertura, fechamento
ou mudança de pressão hidráulica da válvula;
• solenoides eletrônicos são separados e montados fora do corpo da válvula.
O corpo de válvula principal é responsável pela distribuição do óleo para o perfeito funcionamento da
transmissão no momento da aplicação das marchas. É nele que estão acoplados todos os pistões que con-
trolam o funcionamento da transmissão.
Machado (2015)
Quando for necessário a desmontagem do câmbio para realizar a revisão, é importante que seja feita a
desmontagem do corpo de válvulas, pois geralmente a transmissão funciona com óleo vencido, borra ou
limalhas expostas dentro da transmissão.
Acoplada ao corpo de válvula principal, as válvulas reguladoras de pressão têm a função de controlar a
pressão do óleo que circula pela transmissão.
CORREIA METÁLICA
O PCM recebe sinal referente à carga do motor via sensor MAP e usa esta informação junto com sinais
de outros sensores para determinar a pressão lateral correta da correia.
Durante a condição em alta carga, como ao acelerar em uma ladeira, a polia que está acionando a carga
receberá pressão elevada para evitar que a correia deslize. O PCM detecta uma grande abertura da borbo-
leta e o baixo vácuo do coletor, determinando que é necessário um aumento na pressão lateral da polia.
A correia metálica transfere a potência por meio da força de compressão das faces das polias. A pressão
hidráulica é transmitida às polias e as faces dos discos destas acionam os elos.
3 TRANSMISSÃO CVT
43
Machado (2015)
Figura 29 - Correia metálica
Fonte: do Autor (2015)
Durante a condição de baixa carga, como ao dirigir em velocidades moderadas, o PCM detecta a peque-
na abertura da borboleta e o alto vácuo do coletor, determinando que não é necessário um aumento na
pressão lateral da polia. Isto resulta em baixa pressão na polia, para diminuir o atrito na correia e melhorar
o consumo de combustível:
• quando o elo é firmemente mantido entre as polias, é produzida uma força de fricção e o elo é elevado
na direção de rotação da polia. Um dos elos é pressionado contra o elo seguinte que comprime a peça
adjacente assim, sucessivamente, transferindo a potência solicitada;
• o conjunto do variador de relações possui uma polia primária e uma polia secundária. A polia primária
é a polia principal, pois é a que recebe o torque do motor. A polia secundária é a polia de acionamento,
a que transfere a potências às rodas motrizes. (ARIAS-PAZ, 1980).
Machado (2015)
O manual de reparação é uma ferramenta de trabalho fundamental para o técnico, pois nele o fabri-
cante inclui todas as informações e especificações necessárias para a reparação no veículo, principalmente
com relação à transmissão automatizada ou CVT.
No manual está a teoria de funcionamento de vários sistemas, informações básicas sobre diagnósticos
de defeitos, inspeção e reparos dos componentes.
Ao realizar a manutenção de um veículo, consulte sempre o manual de serviço para obter as informa-
ções específicas do modelo, especificações técnicas, valores de torque, ferramentas especiais, ajustes e
reparos.
Ao iniciar qualquer atividade de manutenção com câmbio CVT, é necessário, além de usar os EPIs, tomar
alguns cuidados:
• use óculos de segurança;
• vista luvas apropriadas para o tipo de manutenção;
• tire anéis, alianças, pulseiras, correntes e outros objetos metálicos de uso pessoal;
• desligue o cabo negativo da bateria (sempre que possível).
Para evitar danos ao veículo ou surpresas desagradáveis, é importante que você:
• utilize ferramentas apropriadas para o trabalho que estiver executando;
• faça uso de equipamentos apropriados aos testes que estiver executando;
• confira equipamentos de testes (multímetro, osciloscópio, etc.), sempre que um novo teste se fizer
necessário;
• providencie capas de proteção para os bancos do veículo;
• forneça capas de proteção para as partes pintadas do veículo.
Quando se fala em meio ambiente, logo vem à mente árvores, rios, pássaros e tudo que está ligado à
natureza, porém, o local de trabalho também é meio ambiente. É o meio onde vivemos, por isso é impor-
tante cuidar e preservar, a fim de contribuir com a diminuição da poluição.
Com pequenos gestos como separação do material sólido, contaminantes e contaminados, você já está
contribuindo com a preservação do meio ambiente e para a sustentabilidade. Lembre-se sempre disso!
Considerações Finais
Waldemir Amaro
Gerente
Cleberson Silva
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos
Thinkstock
Freeimages
Banco de imagens
i-Comunicação
Projeto Gráfico