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A Importância Do Auxilio Acidente Dicas Importantes
A Importância Do Auxilio Acidente Dicas Importantes
§ 4º A recepção de novo atestado fornecido por médico assistente com declaração de alta
médica do segurado, antes do prazo estipulado na concessão ou na prorrogação do auxílio-
doença, culminará na cessação do benefício na nova data indicada. (Incluído pelo Decreto nº
8.691, de 2016)
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11750384/artigo-78-do-decreto-n-3048-de-06-de-maio-de-
1999
https://brenovs.jusbrasil.com.br/artigos/429744642/beneficios-por-incapacidade
Benefícios por incapacidade
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Segundo o "Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal" incapacidade é
"a impossibilidade de desempenhar as atribuições definidas para o cargos, funções ou
empregos, decorrente de alterações patológica consequentes a doenças ou acidentes".
Com a intenção de proteger servidores e empregados a situação de incapacidade laboral a
legislação prevê os seguintes benefícios: auxílio-doença, auxílio acidente e aposentadoria por
invalidez.
§ 5 O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho
“Para a concessão de aposentadoria por invalidez devem ser considerados outros aspectos
relevantes, além dos elencados no art. 42 da Lei 8.213/91, tais como, a condição
socioeconômica, profissional e cultural do segurado”. (AGRESP 200801032030).
a) Acréscimo de 25% (Lei n. 8.213/91):
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cent o).
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
Material Educativo:
1) Quando e como pedir sua aposentadoria: https://goo.gl/v21rhQ
2) Como evitar que o INSS negue sua aposentadoria: https://goo.gl/jqueW5
3) Planejamento para aposentadoria: https://goo.gl/uXhHU4
Você está sabendo que o Governo Federal vai passar um pente fino nos benefícios de auxílio
doença e aposentadoria por invalidez?
Você está preocupado com essa revisão nos benefícios do INSS? É bom se preocupar mesmo!
Sabia que o Governo Federal criou uma medida provisória para revisar os benefícios por
incapacidade e vai dar um bônus por produtividade para os médicos peritos acelerarem esse
pente fino?
Para você que quer saber o que significa a medida 739, o que vai ser esse pente fino nos
benefícios do INSS de auxílio doença e aposentadoria por invalidez, encontrará neste artigo
as respostas para as suas perguntas.
De início, será esclarecido o que são os benefícios por incapacidade que o INSS concede.
Basicamente, são três os benefícios por incapacidade:
1- AUXÍLIO DOENÇA
Essa incapacidade deve ocorrer por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, seja devida a uma
patologia seja devido um acidente de trabalho. Ele é meramente de cunho alimentí cio e pago
pela Previdência Social, no valor da renda sobre o qual irá incidir o percentual de 91% (noventa
e um por cento).
O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, ficar incapacitado para seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de quinze
dias consecutivos.
3- AUXÍLIO-ACIDENTE
O auxílio-acidente é um benefício a que o segurado do INSS pode ter direito, quando
desenvolver sequela permanente que reduza sua capacidade laborativa.
Esse direto é analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação pericial. O
benefício é pago como uma forma de indenização em função do acidente e, portanto, não
impede o cidadão de continuar trabalhando.
O benefício tem natureza indenizatória, podendo ser recebido pelo segurado mesmo este
exercendo atividade remunerada. A renda mensal inicial será equivalente a 50% do valor do
salário de benefício e, por se tratar de indenização, pode ser pago em valor inferior ao valor
do salário mínimo vigente.
Ressalta-se que o benefício auxílio-acidente, que antes era vitalício, atualmente é pago até a
véspera da concessão de qualquer aposentadoria ou da data do óbito, e é suspenso se o
segurado vier a receber auxílio-doença em decorrência de incapacidade gerada pela mesma
que deu causa ao benefício auxílio-acidente.
Leiam esses dois parágrafos do art. 43 da Lei 8213/91, alterados pela medida
provisória 739 de 07 de julho de 2016, e vamos interpretar:
§ 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para
avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial
ou administrativamente, observado o disposto no art. 101.” (NR).
Observamos que, de acordo com esses parágrafos criados pela medida provisória 739/2016,
haverá uma convocação para novas perícias, tanto para quem está no auxílio -doença como
para quem está aposentado por invalidez.
Essa convocação valerá tanto para quem conseguiu o benefício de forma administrativa
(aquela do INSS), tanto para quem obteve por medida judicial (na justiça).
Aqui se percebe a profunda ingerência de poderes, já que o executivo vai adentrar a decisão
judicial, ou seja, vai se sobrepor a ação judiciária. O objetivo é que o Governo federal
economize, com essa medida, sete bilhões de reais por ano. Os peritos, obviamente, vão dizer
que muitos desses benefícios não são mais necessários, levando à perda dos mesmos.
Não tenham dúvidas, o objetivo é de restringir o acesso aos benefícios por incapacidade, bem
como cessar os benefícios para aqueles segurados que já recebem os respectivos benefícios
de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença. É certo que há muita fraude na concessão
desses benefícios, mas há também muita injustiça. E agora é que vamos ver o que é
INJUSTIÇA!
Nas decisões judiciais não existe um prazo determinado em que o segurado permanecerá
recebendo o benefício de auxílio-doença. Já o § 9ª do artigo 60da lei 8.213/91, que foi
acrescentado pela MP 739/2016, estabeleceu o prazo de 120 dias, contado da data de
concessão ou de reativação, salvo quando o segurado realizar o pedido de prorrogação do
benefício junto ao INSS.
O que podemos dizer é que complicou muito para quem depende tanto do auxílio doença como
da aposentadoria por invalidez.
Na nova regra implementada pela MP 739/2016, o parágrafo único do artigo 24 da lei 8.213/91
foi revogado e, com isso, o segurado que perder essa qualidade deverá, necessariamente,
voltar a contribuir por mais 12 meses para cumprir a carência.
Veja como ficou cada vez mais difícil conseguir o benefício. Com a atual taxa de desemprego
e crise econômica, muita gente enfrentará essa nova realidade.
Parágrafo único. O benefício será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não
recuperável, for aposentado por invalidez.” (NR)
Agora, como fica o caso das pessoas que estão incapacitadas até para fazer a reabilitação
profissional? Perderão o benefício? Vamos ver.
Questão polêmica é a mudança do texto do artigo 62 da Lei 8.213/91, que trata da reabilitação
profissional do segurado em gozo de auxílio-doença. A antiga redação do artigo determinava
a reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. A nova redação suprimiu essa
parte do texto.
O novo parágrafo único do artigo 62 ainda faz menção ao “desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência”, enquanto a redação antiga do artigo fazia menção ao “desempenho
de nova atividade que lhe garanta subsistência”.
Será preciso observar a extensão dessa mudança e como a retirada da expressão “nova” ou
“outra atividade” será interpretada pelos tribunais.
Art. 3º O BESP-PMBI será devido ao médico perito do INSS por cada perícia médica realizada
nas Agências da Previdência Social, atendidos os seguintes requisitos:
Veja que o Governo Federal tem urgência em fazer valer essas revisões e, quem sabe, fazer
cessar uma grande parte. Lembrando que a meta é economizar sete bilhões.
Hoje já se percebe que as perícias deixam muito a desejar, os médicos sequer olham os
exames, imagine o que será nas revisões? Pode-se dizer que essas revisões são, no mínimo,
escabrosas e o objetivo é fazer cessar o benefício de milhares de segurados.
O que se percebe é que essa medida carece de legalidade e é um retrocesso social. O Brasil
precisa parar de viver de medida provisória. Nosso sistema jurídico vive da legislação do
executivo e do judiciário, contrariando a separação dos poderes.
Inicialmente, não há muito o que fazer, a não ser acompanhar as notícias e se informar, através
de consulta a um advogado, para se precaver. Vamos a algumas perguntas e respostas:
a) Sou aposentado por invalidez há mais de dois anos. Como devo proceder?
Você deve aguardar a convocação oficial pelo INSS para comparecer à agência e fazer a
revisão de seu benefício. O INSS deverá indicar data, local e horário.
c) Sou aposentado por invalidez há menos de dois anos. Quando completar os dois
anos, serei convocado?
Não necessariamente. Essa convocação é para revisar benefícios mais antigos (estoque), mas
todo segurado pode ser chamado a qualquer tempo para a revisão.
O direito não socorre a quem dorme e quem não luta pelos seus direitos não é digno deles,
portanto devemos estar prontos para a batalha.
Caso você tenha alguma dúvida ou contribuição a fazer escreva aí nos comentários e
compartilhe no Facebook.
1. Conceito
É uma indenização previdenciária após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza, resultar em sequela definitiva, a qual implique em redução da capacidade
para o trabalho que habitualmente desempenhava.
2. Beneficiários
Antes da edição da Lei 9.032/95, apenas três segurados tinham direito à percepção do auxílio-
acidente: empregado, trabalhador avulso e o segurado especial (trabalhador rural).
Para o contribuinte individual existe a restrição legal, porém é ilógico restringi -lo, posto que
desde o advento da Lei 9.032/95 passou a ser devido o auxílio-acidente por acidente de
qualquer natureza ou causa.
Um contribuinte individual que tenha sofrido uma redução da capacidade laborativa, e procure
um emprego, de certo enfrentará dificuldades iguais aos outros segurados que também tenham
sofrido uma redução. Por isso, pessoas que contribuem da mesma forma para o sistema devem
ser tratadas de forma isonômica (igual).
3. Carência
Trata-se de benefício que independe de carência, nos termos do artigo 26, inciso I da
Lei 8.213/91.
4. Cumulação
O auxílio-acidente pode ser cumulado com o percebimento de salário ou outro benefício, salvo
se for aposentadoria, nos termos do § 3º do artigo 86 da Lei 8.213/91.
Em relação, a cumulação da aposentadoria e auxílio-acidente era permitida até a edição da
Lei 9.528/97, hoje há discussões sobre a questão, vejamos.
A 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça entendia pela possibilidade de cumulação, porém
com a realocação da competência, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do Recurso Repetitivo 1.296.673 entendeu que a cumulação só seria possível
quando o auxílio-acidente e a aposentadoria fossem anteriores à alteração introduzida pela
Lei 9.528/97.
Portanto, a regra geral é que o segurado não poderá cumular os dois benefícios e o auxílio -
acidente passa a integrar o cálculo do salário de qualquer aposentadoria.
Entretanto, o Decreto 3.048/99 traz uma regra diversa, nos termos do artigo 104,
corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio-doença
do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
6. Situações que dão direito ao benefício
Assim, para o pagamento do auxílio-acidente, será preciso que ocorra um acidente de qualquer
natureza, haja sequela e uma das seguintes hipótese:
Leia também:
Nome do autor: Verônica Caminoto Chehoud: Advogada. Escritório de Advocacia, sito à Rua
Couto Magalhães, 1888. Centro. CEP: 14400-490. Franca/ SP. Membro da Federação das
APAES do Estado de São Paulo e da Comissão do Jovem Advogado de Franca/SP – 13ª
Subseção. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Franca. Franca/SP.
vecaminotto@adv.oabsp.org.br
Orientador: Carlos Alberto Vieira de Gouveia: Advogado. Coordenador da Pós Graduação. Rua
da Consolação, 65. São Paulo/SP. Faculdades Legale. http://www.legale.com.br/
Área do Direito: Direito Previdenciário
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents the main aspects of the accident assistance in the Social Security Law,
informs the general and particular lines of the benefit, and clarifies the previous wording of
Article 86 of Law Benefits of Social Security which has changed over the years as well, makes
a subject of reflection with the presentation of practical situations drawn from court decisions.
Sumário: Introdução. 1. Situações que dão ensejo ao auxilio acidente. 2. Renda mensal inicial
do benefício. 3. Data de início do benefício. 4. Período de carência. 5. Suspensão e cessação
do benefício. 5.1. Mantém a qualidade de segurado 6. Manutenção do auxílio acidente
concedido antes da lei 9.528/1997 cumulado com aposentadoria. 7. Conclusão. Referências
bibliográficas.
Introdução
Contribuintes individuais e segurados facultativos não fazem jus a ess e beneficio, segundo a
interpretação dominante, por não estarem enquadrados na proteção acidentaria (art. 19 da
Lei 8.213/91).
Conforme entendimento do STJ é importante que a existência da lesão seja decorrente de
acidente que implique em redução da capacidade para o labor habitualmente exercido, uma
vez que, o nível do dano e o grau do maior esforço não interferem na concessão do beneficio,
o qual será devido ainda que seja mínima a lesão. (STJ, REsp 1109591/SC, Rel. Min. Celso
Lomongi. DJe 08/09/2010.)
De acordo com o artigo 104 do Regulamento da Previdência Social (RPS) o auxilio acidente é
um benefício pago ao segurado quando houver sequelas definitivas que resultem:
a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia
b) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade exercida à época do acidente; ou
Frisa-se que os acidentes de qualquer natureza e do trabalho que após a consolidação das
lesões apresentarem redução da capacidade funcional, mas sem repercussão na capacidade
laborativa, não darão ensejo ao benefício, pois é necessário o preenchimento dos requisitos
previstos no artigo 104 do RPS, acima mencionados.
Frisa-se que a perda da audição em qualquer grau, somente dará direito ao auxilio acidente,
quando houver nexo causal entre a doença e o trabalho que resultar comprovadamente em
redução ou perda da capacidade laborativa, conforme preceitua o artigo 86, § 4ª da
Lei 8.213/91.
Assim, nos casos de perda de audição, para ter direito ao benefício é necessário cumprir os
seguintes requisitos:
Diante disso, se mesmo existindo o nexo causal, este não provocar redução ou perda da
capacidade laborativa, o segurado não terá direito ao auxilio acidente.
A renda mensal inicial do auxilio acidente corresponde a 50% do salário de benefício que deu
origem ao auxilio doença, corrigido até o mês anterior ao do início do pagamento do benefício
(Artigo 86, § 1ª da Lei 8.213/91 e artigo 104, § 1ª do RPS).
Em razão do caráter indenizatório desse benefício, a renda mensal inicial pode ser inferior a
um salário mínimo, uma vez que a intenção do legislador não foi de substituir o rendimento do
trabalho do segurado, mas sim, compensa-lo por não possuir plena capacidade para o
trabalho.
O valor mensal do auxilio acidente integra o salário de contribuição para fins de cálculo do
salário de benefício de qualquer aposentadoria, mas não integra o salário de contribuição aos
benefícios da previdência social, salvo o salário maternidade, vide artigo 28, § 9ª, a, da
Lei 8212/91 que segue:
Artigo 28 Entende-se por salário-de-contribuição:
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máxi mo a que
se refere o § 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se
refere o § 5o. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:
O STF não admitiu a discussão da matéria em sede de Recurso Extraordinário por se tratar de
divergência sobre a natureza jurídica do benefício, sendo interpretação de ordem
infraconstitucional (ARE 705.141, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe de 16/11/2012) .
Para o cálculo da renda mensal inicial do auxilio acidente quando o salário de benefício
apurado for inferior ao salário mínimo nacional, o STJ entende que embora não seja cabível a
fixação imediata do auxilio acidente em valor igual ou maior que o salário mínimo, nesse caso,
o salário de benefício que lhe serve como base não poderá ser inferior que o mínimo legal.
Assim o valor pago a titulo de RMI (renda mensal inicial) do auxilio acidente será de pelo menos
50% do salário mínimo vigente ao tempo da concessão.
Antes da vigência da Lei 9.032/95 que fixou a renda mensal inicial do auxilio acidente em 50%
do salário de benefício, este variava de acordo com o grau de redução da capacidade laborava
do segurado, que correspondia a 30%, 40% ou 60% do salário de contribuição vigente no dia
do acidente, não podendo ser inferior ao percentual do seu salário de benefício.
Assim, é o que se pretende demonstrar na presente etapa.
Conforme estabelece o artigo 86, § 2º da Lei 8.213/91, o auxilio acidente será devido após a
cessação do auxilio doença anteriormente concedido, ou da data do requerimento
administrativo (DER), quando não houver concessão de auxilio doença, sendo que, a par tir de
10/11/1997 passou a ser devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria, em face
da Medida Provisória n.º 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97 que alterou o artigo 86 da Lei
de Benefícios.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça, não havendo concessão de auxilio doença, bem como
ausente o requerimento administrativo para concessão do auxilio acidente, o termo inicial para
o pagamento do benefício será a data da citação da Autarquia Previdenciária, dado ser este o
momento em que o INSS toma conhecimento da pretensão da parte autora. (AgRg no Ag
1364221/SP, Rel. Min. Celso Limongi, 6ª Turma, DJe 25/05/2011).
Segundo Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (2014, p. 801): “Salienta -se
que o agendamento via internet ou pelo telefone 135 sequer preveem o requerimento de auxilio
acidente, sendo, portanto, inadmissível a exigência de prévio ingresso na via administ rativa
neste caso – Súmula nº 89 do STJ, presumindo-se daí que a perícia do INSS indeferiu o auxilio
acidente quando a cessação do auxilio doença”.
Quando a discussão é levada para o âmbito judicial, cabe ao juiz decidir consubstanciado em
laudo técnico pericial, elaborado por perito médico nomeado nos autos, sobre a existência ou
não de sequelas geradoras do direito ao benefício, não podendo o perito deixar de emitir
parecer conclusivo, favorável ou não à matéria, sob pena de nulidade por cerceamento de
defesa aos interesses do segurado (TJPR, AC 830291-6, 6ª Câmara Cível, Rel. Luiz Osório
Moraes Panza, julg. 19/06/2012).
4. Período de carência
Há situações em que os segurados ficam um período sem contribuir e, mesmo assim, têm
direito aos benefícios previdenciários enquanto mantiverem a qualidade de segurado.
• Até 12 meses após cessar o benefício por incapacidade ou o pagamento das contribuições
mensais.
Esse prazo pode ser prorrogado para até 24 meses, se o trabalhador pagar mais de 120
contribuições mensais sem interrupção que acarrete perda da qualidade de segurado.
• Até três meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armada
Importante ressaltar que, dependentes que nunca tenham contribuído para o Regime Geral da
Previdência Social, ou tenham perdido a qualidade de segurado, não fazem jus ao benefício.
A Previdência Social passou a conceder o auxilio doença no período de graça somente a partir
da nova redação do artigo 104, § 7ª, conferida pelo Decreto nº 6.722 de 2008. A restrição até
então adotada administrativamente não encontrava amparo legal.
Conforme preceitua o artigo 86, § 1º da Lei 8.213/91, o auxílio acidente será devido até a
véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. O benefício
deixou de ser vitalício e passou a integrar o salário de contribuição para fins de cálculo do
salário de benefício de qualquer aposentadoria.
O artigo 129 do Decreto 3048/1999 estabelece uma nova hipótese de cessação do benefício,
conforme segue: “O segurado em gozo de auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de
permanência em serviço terá o benefício encerrado na data da emissão da certidão de tempo
de contribuição”.
A mencionada certidão de tempo de contribuição – CTC é expedida para os segurados que
contribuíram para o Regime Próprio de Previdência, que juntando com o tempo de contribuição
para o Regime Geral de Previdência Social, efetua-se uma contagem recíproca de tempo de
contribuição.
Essa hipótese de cessação do auxilio acidente é controversa, uma vez que a Lei 8.213/91 nada
menciona a respeito, sendo que, não havendo nenhuma previsão legal, não há possibilidade
da autoridade administrativa legislar, limitando o direito do segurado.
O artigo 129 do Decreto 3048/99, dispõe que: “Art. 129. O segurado em gozo de auxílio-
acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço terá o benefício encerrado
na data da emissão da certidão de tempo de contribuição.”.
Ocorre que, data máxima vênia, o artigo 86 da Lei 8.213/91 nada prevê sobre esta ultima
condição.
Nesse sentido segue a Jurisprudência: “ACIDENTE DO TRABALHO. A MERA EMISSÃO DE
CERTIDÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NÃO AUTORIZA O CANCELAMENTO DO
AUXÍLIO ACIDENTE. EVENTUAL CUMULAÇÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE COM
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. VIABILIDADE, NO CASO EM
TESTILHA. AUXÍLIO ACIDENTE CONCEDIDO EM CARÁTER VITALÍCIO, OU SEJA,
ANTERIORMENTE AO ADVENTO DA MEDIDA PROVISÓRIA 1596-14 DE 10 11.97. DIREITO
ADQUIRÍDO. RECURSO IMPROVIDO. (...) A cumulação pressupõe, por si mesma, a ideia de
duplicidade de benefícios, o que, com rara exceção, sempre se admitiu, proibindo, assim, a
duplicidade, a regra nova, de constitucionalidade a reclamar estudo, operar-se-á se o fato
gerador do auxílio acidente lhe for posterior, ou seja, reportar-se a momento aquisitivo de 12
de novembro de 1997 em diante, independentemente da data da aposentadoria, mesmo
porque a aposentadoria é benefício que não pode, de forma alguma, ser negado ou suspenso,
desde que, por óbvio, estejam presentes seus requisitos autorizadores. No caso dos autos,
sequer a aposentadoria foi concedida, havendo, apenas, a emissão de uma certidão de tempo
de contribuição, o que não sustenta o cancelamento do auxílio acidente, pelo simples fato do
segurado pleitear informação a respeito de seu tempo de contribuição perante a autarquia.
Assim, embora a aposentadoria ainda não tenha sido concedida, o benefício perseguido é bem
anterior a 1997, razão pela qual antecede a regra nova e proibitiva, tendo, assim, um caráter
vitalício, destarte, no caso em debate, a futura aposentadoria não obsta, sem qualquer sombra
de dúvida, a cumulação do auxílio acidente” (grifo nosso).
Prosseguindo.
Na hipótese de reabertura de auxílio doença por acidente de qualquer natureza que deu origem
ao auxílio acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio doença reaberto,
oportunidade em que será reativado. O auxílio acidente suspenso será restabelecido após a
cessação do auxílio doença reaberto.
Assim, se ocorrer novo afastamento de trabalho em razão do mesmo evento que deu origem
ao auxílio acidente, este será suspenso, e será restabelecido o auxílio doença enqua nto
perdurar a incapacidade laboral, na forma total e temporária.
Entretanto, se houver novo afastamento de trabalho do segurado por novo evento, o auxílio
doença poderá acumular com o auxílio acidente desde que sejam provenientes de eventos
distintos.
Tal entendimento está equivocado uma vez que a Lei 8.213/91 não vincula a concessão do
benefício à existência de relação de emprego, ou seja, não há lei no sentido formal ou material
que limite a concessão do beneficio ao segurado que era empregado e que se encontra sem
vínculo de emprego ao tempo do acidente, ou seja, no período de graça, pois o segurado
durante esse período se encontra coberto pelo plano de benefícios da previdência social,
conforme estabelece o artigo 15, § 3ª da Lei 8.213/91.
6. Manutenção do auxilio acidente concedido antes da lei 9.528/1997 cumulado com
aposentadoria:
A Lei 9.528/1997 vedou a acumulação do auxilio acidente com qualquer aposentadoria, e,
dentre outras modificações, alterou o artigo 31 da Lei 8.213/91, que passou a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de
cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o
disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º".
Nesse sentido, Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (2014, p. 806) aduziu:
“Dessa forma, o legislador procurou amenizar os efeitos da nova norma - que afastou o caráter
de vitaliciedade do auxilio acidente - possibilitando ao segurado recuperar parte do prejuízo
com a elevação do valor da aposentadoria a ser concedida pelo RGPS (...).”
Segundo, caso o novo beneficio ultrapasse o valor do teto haverá dedução, ao passo que, no
regime anterior, não estava descartada a hipótese de que a aposentadoria, somada a auxilio
acidente, superasse o valor do teto, sem ferir a lei, na medida em que se tratava de dois
benefícios distintos. (In ROCHA, Daniel Machado da, BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo.
Comentários à Lei de Benefícios da Previdência Social, 3. Ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado/Esmafe. 2003, pp. 267-268).
O STF ainda não decidiu sobre a possiblidade de cumulação do auxilio acidente, concedido
antes da vigência da Lei 9.528/97, com aposentadoria, o qual será apreciado pelo RE
687.813/RS, relator Ministro Luiz Fux, DJe de 18/10/2012.
Conclusão:
O auxilio acidente não deve ser confundido com auxilio doença. O primeiro é devido após a
consolidação das lesões ou perturbações funcionais de que foi vitima o acidentado, já o
segundo é devido de forma temporária, enquanto perdurar a incapacidade para o trabalho. O
auxilio acidente não é percebido juntamente com o auxilio doença, mas somente ap ós a
cessação do mesmo.
Após a entrada em vigor da Lei 9.528/1997, ficou vedada a acumulação do auxilio acidente
com qualquer aposentadoria, ou seja, deixou de ser vitalício e passou a integrar o salário de
contribuição para fins de cálculo do salário de beneficio de qualquer aposentadoria.
Já com a entrada em vigor da Lei 9.032/95, a Renda Mensal Inicial passou a corresponder a
50% do salário de beneficio, sendo devido até a véspera de qualquer aposentadoria, uma vez
que é vedada a sua acumulação, ou até a data do óbito do segurado.
A cessação do beneficio se dá com a aposentadoria ou morte do segurado e quando da
emissão da certidão de tempo de contribuição - CTC. Esta última hipótese de cessação é
discutível a sua legalidade, pois não se encontra amparada pela Lei 8.213/91 e não havendo
previsão legal, não cabe à autoridade administrativa legislar.
Diante de todo o exposto, conclui-se que este trabalho aborda questões práticas sobre o auxilio
acidente e cita entendimentos jurisprudenciais em relação ao tema, com ênfase nas alterações
legislativas ocorridas ao longo dos anos.
Referências bibliográfica
ROCHA, Daniel Machado da, BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Comentários à Lei de
Benefícios da Previdência Social, 3. Edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado/Esmafe. 2003.
SAVARIS, José Antônio. Direito Processual Previdenciário. 4. Ed. Revista e Atualizada 2012.
Editora Juruá.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de, LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário.
16. Edição Editora Forense, 2014.
TAVARES, Marcelo Leonardo. Direito Previdenciário. Regime Geral da Previdên cia Social e
Regimes Próprios de Previdência Social. 10. Edição. Editora Lumen Juris, 2008.
FORTES, Simone Barbisan; PAULSEN, Leandro. Direito da seguridade social. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2005.
AZEVEDO, Plauto Faraco de. Aplicação do direito e contexto social. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1998.
BRAGANÇA, Kerlly Huback. Direito previdenciário. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
SIMM, Zeno. Os direitos fundamentais e a seguridade social. São Paulo: LTr, 2005.
VIANNA, João Ernesto Aragonés. Curso de direito previdenciário. São Paulo: LTr, 2007.
http://www.ieprev.com.br/conteudo/id/7563/t/consideracoes-sobreobeneficio-previdenciario-
de-auxili...
http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7911
cisa d
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AUXILIO-ACIDENTE
14/07/2015
1.Introdução
Nos termos do art. 334 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15, o auxílio-acidente será concedido, como
indenização e condicionado à confirmação pela perícia médica do INSS, quando, após a consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, discriminadas de forma
exemplificativa no Anexo III do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, que implique:
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, exigindo maior esforço para o
desempenho da mesma atividade da época do acidente; ou
III - impossibilidade do desempenho da atividade que exercia a época do acidente, ainda que permita o
desempenho de outra, independentemente de processo de Reabilitação Profissional.
Além do exposto, caberá a concessão do auxílio-acidente ao segurado que foi demitido pela empresa no período
em que estava recebendo auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer natureza, preenchidos os demais
requisitos.
2.1.Desempregado
Para requerimentos efetivados até 30/12/2008, véspera da publicação do Decreto nº 6.722/08, tratando-se de
reabertura de auxílio-doença por acidente do trabalho na condição de desempregado, e após sua cessação,
ocorrer indicação pela perícia médica de recebimento de auxílio-acidente, deverá ser verificado para direito ao
benefício, se a Data de Início da Incapacidade (DII) do auxílio-doença foi fixada até o último dia de trabalho do
vínculo onde ocorreu o acidente.
2.2.Período de manutenção da qualidade de segurado
Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de
manutenção da qualidade de segurado, desde que, atendidas às condições inerentes à espécie, conforme
dispõe o § 7º do art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
2.3.Médico residente
O médico residente fará jus ao beneficio, quando o acidente tiver ocorrido até 26/11/2001, data da publicação
do Decreto nº 4.032/01, observando o disposto no art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
3.Auxílio-Acidente - Benefício Indevido
A legislação determina que não dará ensejo ao recebimento do benefício de auxílio-acidente o caso:
a)que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa; e
b)de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva,
em decorrência de inadequação do local de trabalho.
Nota Cenofisco:
O § 5º do art.104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, dispõe que a perda da audição, em qualquer
grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento do nexo de
causa entre o trabalho e a doença resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho que o segurado habitualmente exercia.
Salienta-se que, não caberá a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza ao segurado:
a)empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo;
b)que na data do acidente não detinha mais a qualidade de segurado;
c)que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa; e
d)quando ocorrer mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como
medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
4.Novo Benefício
Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro
acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais
vantajoso, conforme estabelece o art. 336 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15.
5.Tempo Mínimo de Contribuição
Segundo o site do Ministério da Previdência Social, para a concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo
mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de
continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social.
Nota Cenofisco:
O legislador estabelece que, para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o trabalhador precisa estar
em dia com suas contribuições.
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
a)sem limite de prazo, quem está em gozo de beneficio;
b)até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso
ou licenciado sem remuneração;
Nota Cenofisco:
O prazo citado na letra “b” será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120
contribuições mensais sem interrupção, que acarrete a perda da qualidade de segurado.
O prazo será acrescido de 12 meses para o segurado desempregado, desde que, comprovada essa situação
por registro no órgão próprio do Ministério.
c)até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
d)até 12 meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;
e)até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
e
f)até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
6.Suspensão do Benefício
Preceitua o §6º do art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, que no caso de reabertura de auxílio-
doença por acidente de qualquer natureza, que tenha dado origem a auxílio-acidente, este será suspenso até a
cessação do auxílio-doença reaberto, quando será reativado.
O auxílio-acidente suspenso será cessado, se concedida aposentadoria, salvo nos casos em que é permitida a
acumulação, observado o disposto no art. 176 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15.
7.Valor Mensal
O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença do
segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
8.Início do Benefício
Transcrevemos a seguir a relação das situações que dão direito ao auxílio-acidente, conforme o Anexo III do
RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99:
Quadro nº 1
Aparelho Visual
Situações:
a) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,2 no olho acidentado;
b) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 em ambos os olhos, quando ambos tiverem sido
acidentados;
c) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 no olho acidentado, quando a do outro olho for igual a
0,5 ou menos, após correção;
d) lesão da musculatura extrínseca do olho, acarretando paresia ou paralisia;
e) lesão bilateral das vias lacrimais, com ou sem fístulas, ou unilateral com fístula.
NOTA 1 - A acuidade visual restante é avaliada pela escala de Wecker, em décimos, e após a correção por
lentes.
NOTA 2 - A nubécula e o leucoma são analisados em função da redução da acuidade ou do prejuízo estético
que acarretam, de acordo com os quadros respectivos
Quadro nº 2
Aparelho Auditivo
Trauma Acústico
a) perda da audição no ouvido acidentado;
b) redução da audição em grau médio ou superior em ambos os ouvidos, quando os dois tiverem sido
acidentados;
c) redução da audição, em grau médio ou superior, no ouvido acidentado, quando a audição do outro estiver
também reduzida em grau médio ou superior.
NOTA 1 - A capacidade auditiva em cada ouvido é avaliada mediante audiometria apenas aérea, nas frequências
de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz.
NOTA 2 - A redução da audição, em cada ouvido, é avaliada pela média aritmética dos valores, em decibéis,
encontrados nas frequências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz, segundo adaptação da classsificação de Davis
& Silvermann, 1970.
Audição normal - até vinte e cinco decibéis.
Redução em grau mínimo - vinte e seis a quarenta decibéis;
REDUÇÃO EM GRAU MÉDIO - QUARENTA E UM A SETENTA DECIBÉIS;
Redução em grau máximo - setenta e um a noventa decibéis;
Perda de audição - mais de noventa decibéis.
Quadro nº 3
Aparelho da Fonação
Situação:
Perturbação da palavra em grau médio ou máximo, desde que comprovada por métodos clínicos objetivos.
Quadro nº 4
Prejuízo Estético
Situações:
PREJUÍZO ESTÉTICO, EM GRAU MÉDIO OU MÁXIMO, QUANDO ATINGIDOS CRÂNIOS, E/OU FACE, E/OU
PESCOÇO OU PERDA DE DENTES QUANDO HÁ TAMBÉM DEFORMAÇÃO DA ARCADA DENTÁRIA QUE
IMPEDE O USO DE PRÓTESE.
NOTA 1 - Só é considerada como prejuízo estético a lesão que determina apreciável modificação estética do
segmento corpóreo atingido, acarretando aspecto desagradável, tendo-se em conta sexo, idade e profissão do
acidentado.
NOTA 2 - A perda anatômica de membro, a redução de movimentos articulares ou a alteração da capacidade
funcional de membro não são considerados como prejuízo estético, podendo, porém, ser enquadradas, se for o
caso, nos quadros respectivos.
Quadro nº 5
Perdas de segmentos de membros
Situações:
a) perda de segmento ao nível ou acima do carpo;
B) PERDA DE SEGMENTO DO PRIMEIRO QUIRODÁCTILO, DESDE QUE ATINGIDA A FALANGE
PROXIMAL;
c) perda de segmentos de dois quirodáctilos, desde que atingida a falange proximal em pelo menos um deles;
d) perda de segmento do segundo quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal;
e) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais quirodáctilos;
f) perda de segmento ao nível ou acima do tarso;
g) perda de segmento do primeiro pododáctilo, desde que atingida a falange proximal;
h) perda de segmento de dois pododáctilos, desde que atingida a falange proximal em ambos;
i) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais pododáctilos.
NOTA: Para efeito de enquadramento, a perda parcial de parte óssea de um segmento equivale à perda do
segmento. A perda parcial de partes moles sem perda de parte óssea do segmento não é considerada para
efeito de enquadramento.
Quadro nº 6
Alterações articulares
Situações:
a) redução em grau médio ou superior dos movimentos da mandíbula;
B) REDUÇÃO EM GRAU MÁXIMO DOS MOVIMENTOS DO SEGMENTO CERVICAL DA COLUNA
VERTEBRAL;
c) redução em grau máximo dos movimentos do segmento lombo-sacro da coluna vertebral;
d) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações do ombro ou do cotovelo;
e) redução em grau médio ou superior dos movimentos de pronação e/ou de supinação do antebraço;
f) redução em grau máximo dos movimentos do primeiro e/ou do segundo quirodáctilo, desde que atingidas as
articulações metacarpo-falangeana e falange-falangeana;
g) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações coxo-femural e/ou joelho, e/ou tíbio-
társica.
NOTA 1 - Os graus de redução de movimentos articulares referidos neste quadro são avaliados de acordo com
os seguintes critérios:
Grau máximo: redução acima de dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau médio: redução de mais de um terço e até dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau mínimo: redução de até um terço da amplitude normal do movimento da articulação.
NOTA 2 - A redução de movimentos do cotovelo, de pronação e supinação do antebraço, punho, joelho e tíbio-
társica, secundária a uma fratura de osso longo do membro, consolidada em posição viciosa e com desvio de
eixo, também é enquadrada dentro dos limites estabelecidos.
Quadro nº 7
Encurtamento de Membro Inferior
Situação:
Encurtamento de mais de 4 cm (quatro centímetros).
NOTA: A preexistência de lesão de bacia deve ser considerada quando da avaliação do encurtamento.
Quadro nº 8
Redução da Força e/ou da Capacidade
Funcional dos Membros
Situações:
a) redução da força e/ou da capacidade funcional da mão, do punho, do antebraço ou de todo o membro superior
em grau sofrível ou inferior da classificação de desempenho muscular;
b) redução da força e/ou da capacidade funcional do primeiro quirodáctilo em grau sofrível ou inferior;
c) redução da força e/ou da capacidade funcional do pé, da perna ou de todo o membro inferior em grau sofrível
ou inferior.
NOTA 1 - Esta classificação se aplica a situações decorrentes de comprometimento muscular ou neurológico.
Não se aplica a alterações decorrentes de lesões articulares ou de perdas anatômicas constantes dos quadros
próprios.
NOTA 2 - Na avaliação de redução da força ou da capacidade funcional é utilizada a classificação da carta de
desempenho muscular da The National Foundation for Infantile Paralysis, adotada pelas Sociedades
Internacionais de Ortopedia e Traumatologia, e a seguir transcrita:
Desempenho muscular
Grau 5 - Normal - cem por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra grande
resistência.
Grau 4 - Bom - setenta e cinco por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra alguma
resistência.
Grau 3 - Sofrível - cinquenta por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade sem opor
resistência.
Grau 2 - Pobre - vinte e cinco por cento - Amplitude completa de movimento quando eliminada a gravidade.
Grau 1 - Traços - dez por cento - Evidência de leve contração. Nenhum movimento articular.
Grau 0 (zero) - zero por cento - Nenhuma evidência de contração.
Grau E ou EG - zero por cento - Espasmo ou espasmo grave.
Grau C ou CG - Contratura ou contratura grave.
NOTA - O enquadramento dos casos de grau sofrível ou inferior abrange, na prática, os casos de redução em
que há impossibilidade de movimento contra alguma força de resistência além da força de gravidade.
Quadro nº 9
Outros Aparelhos e Sistemas
Situações:
A) SEGMENTECTOMIA PULMONAR QUE ACARRETE REDUÇÃO EM GRAU MÉDIO OU SUPERIOR DA
CAPACIDADE FUNCIONAL RESPIRATÓRIA; DEVIDAMENTE CORRELACIONADA À SUA ATIVIDADE
LABORATIVA.
b) perda do segmento do aparelho digestivo, cuja localização ou extensão traz repercussões sobre a nutrição e
o estado geral.
DOENÇAS PROFISSIONAIS E AS DO TRABALHO
As doenças profissionais e as do trabalho, que após consolidações das lesões resultem sequelas permanentes
com redução da capacidade de trabalho, deverão ser enquadradas conforme o art. 104 deste Regulamento.
http://www.miracontabil.com.br/noticias/post.php?site_id=1
&conteudo_id=353
Como este benefício normalmente é totalmente relegado pelo INSS, e na maioria dos casos,
totalmente desconhecido pelo segurado.
Além disso, as questões que normalmente são questionadas com relação ao benefício
concedido, eis que, por ser um benefício pouco conhecido, sequer é disponibilizado no rol de
agendamentos no portal eletrônico da Previdência Social e quando se faz o pedido através do
número 135, é direcionado para Perícia Médica e pedido de Auxílio-Doença.
Assim, o objetivo do presente artigo também é o de dirimir da forma mais simples e clara
possível, de como obter o Auxílio-Acidente e verificar se o valor concedido está correto ou não.
1. O AUXÍLIO-ACIDENTE
De acordo com o próprio sítio eletrônico da Previdência Social, o conceito para Auxílio-
Acidente é o seguinte:
Para ter verificado o seu direito a este benefício, você deve agendar um auxílio -doença. Se
você atender todas as condições necessárias, o auxílio-acidente será concedido pela perícia
médica. Leia o texto a seguir para entender melhor os requisitos e acesse a página do auxílio-
doença para agendar o seu pedido.”
Ou seja, o Auxílio-Acidente é um benefício previdenciário que é pago mensalmente ao
Segurado pela Previdência Social que, uma vez que sendo confirmada a consolidação da lesão
ou doença profissional ou do trabalho, resulte em seqüelas que tornam o Segurado
incapacitado para o trabalho que executava habitualmente, de forma parcial e permanente .
E uma vez, sendo reconhecida tal situação, este benefício previdenciário, que possui natureza
indenizatória, passa a ser concedido ao Segurado, como uma compensação pela perda parcial
de sua capacidade laborativa.
Também pode ser cumulado com Seguro-Desemprego, porém, não pode haver sua cumulação
com os demais benefícios como Auxílio-Doença ou as demais Aposentadorias concedidas.
Devendo ser observado apenas o Auxílio-Acidente que tenha sido concedido antes da edição
da norma proibitiva, Lei nº 9.528/97, e a respectiva Aposentadoria, quando ainda então
possível a cumulatividade destes benefícios.
E conforme consta no art. 86 da Lei 8.213/91, o Auxílio-Acidente não pode ser repassado aos
beneficiários dependentes do Segurado quando do óbito do mesmo, cessando de imediato o
seu pagamento quando da notificação do falecimento do Segurado à Previdência Social, pois
trata-se de um benefício intuitu personae.
A incapacidade laborativa para concessão do Auxílio-Acidente foi definida apenas no valor de
50% (cinquenta por cento), independentemente do grau de sequela resultante. Porém, aqui já
surge outro conflito, pois como é possível definir que a perda de um olho é igual à perda de
dois dedos da mão e que a perda de um dedo indicador da mão é igual à perda de dois dedos
do pé, e que isso signifique, uma incapacidade de 50% (cinquenta por cento).
Nas doenças ocupacionais, o trabalho pode ser o único fator que gerou o desencadeamento
da doença, como em outros tipos de casos existem, em que a atividade laborativa
simplesmente contribuiu para a agravar a condição do Segurado e, em outras hipóteses, o
trabalho pode ter agravado uma outra patologia preexistente ou que ainda acabe
desenvolvendo uma doença em novo estágio inicial.
2. A PERÍCIA MÉDICA
A perícia médica destinada ao exame do Segurado deverá cumprir o disposto no art. 21-A, da
Lei 8.213/91, dispositivo introduzido pela Lei 11.430, de 26/12/2006, bem como art. 337, §
4º do Decreto 3.048/99, e alterado pela Lei Complementar no. 150, de 2015.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo
técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da
empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que
dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada
a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do
empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Socia l.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
Ou seja, conforme previsto no artigo mencionado, a perícia acidentária pode ter o nexo causal
mensurado através de probabilidade, e não por matemática exata, pois a ciência médica não
é uma ciência exata.
“O cidadão que vai requerer este tipo de benefício deve comprovar os seguintes requisitos:
o Contribuinte Individual
o Contribuinte Facultativo
O Auxílio-Acidente possui duas espécies distintas no âmbito administrativo: auxílio-acidente
de qualquer natureza, espécie B36 (origem previdenciária) e o auxílio-acidente do trabalho,
espécie B94, que é o mais conhecido e tem origem acidentária (JUCÁ, 2013).
Também ocorre que, em muitas vezes é exigido dos Segurados pelas agências da Previdência
Social, a apresentação da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), para fins de
concessão futura do benefício, porém, tal prática, tem sido considerada como abusiva, eis que,
após as alterações na legislação previdenciária, é garantida a concessão do benefício nos
casos de sequelas decorrentes de qualquer tipo de acidente, pois o Artigo 86 da Lei
Nº 8.213/91 foi alterado (JUCÁ, 2013):
"O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia."
Na Lei 8.213/91:
Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão apreciados:
I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo as regras e prazos
aplicáveis às demais prestações, com prioridade para conclusão; e
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo,
inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva
notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho -
CAT.
Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste artigo é isento do
pagamento de quaisquer custas e de verbas relativas à sucumbência.
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo.
“Para ser atendido nas agências do INSS, você deve apresentar um documento de
identificação com foto e o número do CPF.
No dia da perícia médica também deverão ser apresentados documentos médicos que
indiquem as sequelas ou limitações de capacidade laborativa que justifiquem o pedido
Ou seja, como e quais informações relevantes devem constar dos documentos médicos não
são informados ao Segurado, como o CID (Código Internacional de Doença), tempo de
afastamento, carimbo do médico com CRM (Conselho Regional de Medicina) e Nome Legíveis
e assinado pelo mesmo e datado, sendo que, na ausência de alguma destas informações, o
atestado sequer é aceito pelo perito médico, sendo indeferido o reconhecimento de
incapacidade laborativa do Segurado, e quando deferido, por muitas vezes, apenas vê
reconhecido a concessão do Auxílio-Doença temporário.
Sendo o Segurado, ainda considerado jovem, ou com o nível de expectativa de vida ainda
elevado, e de acordo com parecer médico, é encaminhado para a reabilitação profissional,
para que se adeque a uma nova função que possa desempenhar de forma que a sequela não
afete tal atividade, ou ainda, se a sequela resultar em grau mínimo ou mesmo médio, sequer
constará do laudo do perito médico a existência de qualquer sequela, liberando o Segurado
para o trabalho, e sem a concessão do Auxílio-Acidente.
Mas como se verifica, são conflitantes estes parágrafos em relação ao objetivo principal do
caput do próprio artigo 104, e seus incisos, eis que, ainda que o Segurado possa vir a ser
readaptado a outra função, uma vez constatada a sequela, e esta, sendo definitiva, os diversos
artigos legais que norteiam a concessão do Auxílio-Acidente, lhe garantem o recebimento do
mesmo.
Em pacífico entendimento do STJ, este tem determinado que para ter direito à concessão do
benefício, basta ter lesão, redução de capacidade laborativa, o nexo causal entre o acidente e
o trabalho desenvolvido, não importando se a redução da capacidade laborativa é mínima ou
máxima.
4. CÁLCULO DO BENEFÍCIO
Como normalmente, a concessão do Auxílio-Acidente é decorrente de uma incapacidade
parcial e permanente, é antecedido pela concessão do Auxílio-Doença, é a partir do valor pago
a este título que é possível se determinar qual será o valor pago a título de Auxílio -Acidente
para o Segurado que comprovar que ficará com sequelas que reduzem sua capacidade
laborativa, conforme mencionado anteriormente.
Desta forma, a partir da entrada em vigência da Lei 13.135/2015, quem vier a receber o
benefício de Auxílio-Doença, será feito o cálculo com os 80% (oitenta por cento) maiores
salários e receberá o equivalente a 91% (noventa e um por cento) desse valor apurado, após
o que, será feito a média das últimas 12 (doze) contribuições. Caso o valor apurado
inicialmente for maior que a média das últimas 12 (doze) contribuições e ntão será limitado a
esse valor da média apurado.
Deve se observar que o salário-de-benefício corresponde à média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período
contributivo, sendo os valores corrigidos monetariamente até o mês anterior ao da concessão
do benefício, conforme dispõe a Lei 9.876/99, em seu artigo 3º, que determina:
Art. 3º. Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação
desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a
média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo,
80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994,
observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei 8.213/91, com a redação dada
por esta Lei.
O artigo 201, § 2º, da Constituição da República, por sua vez, diz que
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento d o trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
Desta forma, o Segurado volta a ser inserido no mercado de trabalho, porém, recebendo uma
indenização mensal a mais pelo acidente que sofreu e que lhe resultou na redução de sua
capacidade laboral.
E diante deste contexto, sabendo-se que o salário-de-benefício nunca poderá ser inferior ao
salário mínimo vigente, bem como o fato de a renda mensal inicial do Auxílio-Acidente irá
corresponder a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício, conclui-se que o valor do
Auxílio-Acidente pago ao Segurado não será inferior a meio salário mínimo vigente (MADEIRA,
2011).
CONCLUSÃO
Por todo o exposto, conclui-se que, não há interesse por parte da Previdência Social em
conceder o benefício indenizatório, pois sequer é possível solicitá-lo pelo agendamento
eletrônico diretamente, e ainda são solicitados requisitos conflitantes com a legislação vigente,
demonstrando o descaso da Previdência Social em cumprir o que lhe é determinado, tanto
judicialmente como extrajudicialmente.
O Portal e sítio eletrônico da Previdência Social deveriam estar com todas as informações
sobre benefício, devidamente atualizados, e em consonância com a legislação vigente, afim
de evitar tanto a negativa na concessão do benefício, como o cálculo de forma incorreta.
Assim, deveria ficar disponibilizado este benefício no sítio eletrônico da Previdência Social,
afim de agilizar e facilitar o agendamento, como todos os demais benefícios já relaciona dos.
E com as recentes alterações implementadas pela Lei nº 13.135/2015, ainda que demonstrem
que tenham alterado outros benefícios, como o valor a ser pago como Auxílio-Doença, em
decorrência do Auxílio-Acidente ser obtido a partir do cálculo deste benefício, também acaba
por sofrer com estas alterações, e portanto também tem o seu valor inicial limitado.
Como tais alterações no cálculo do Auxílio-Doença, vêm sendo amplamente questionado, até
pela sua inconstitucionalidade, no caso de alterações que venham a corrigir eventuais
ilegalidades na concessão do referido benefício, e havendo Segurados que tenham passado a
perceber o Auxílio-Acidente calculado a partir destas bases, e durante o período questionado,
também poderá requer a revisão deste benefício.
REFERÊNCIAS
CASTRO, C. A. P. E LAZZARI, J. B., Manual de Direito Previdenciário, 12ª ed., São José dos
Campos: Conceito Editorial, 2010.
(http://giselejuca.jusbrasil.com.br/auxilio-acidente-sequela-decorrente-de-acidente-de-
qualquer-natureza. Acesso em 20/02/2016)
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htmAcesso em
20/01/2016)
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