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A Prova No Direito Previdenciário - Wladimir Novaes Martinez 2015
A Prova No Direito Previdenciário - Wladimir Novaes Martinez 2015
DIREITO PREVIDENCIARIO
1ª edicáo - 2007
2" edicáo - 2009
3ª edicáo - 2012
4" edicáo - 201s
WLADIMIR NOVAES MARTINEZ
Advogado especialista em Direito Previdenciário
A PROVA NO ,
DIREITO PREVIDENCIARIO
4ª edicáo
ILTI1
EDITORA LTDA.
©Todos os direitos reservados
Bibliografia.
15-03683 CDU-347.941:368.4(81)
Índice para catálogo sistemático:
l. Brasil : Prova : Direito previdenciário 347.941:368.4(81)
ÍNDICE
Capítulo 1
FONTES FORMAIS
Capítulo 11
CONCEITO DOUTRINÁRIO
21 . Oefinicáo técnica .. 41
22. Contraprova .. 42
23. Materialidade da persuasáo .. 42
24. Nega<;áo do fato .. 42
25. Oistincáo sexual . 43
26. Defesa ou acusacáo . 43
27. Nao contestacáo .. 43
28. Vida e residencia .. 43
29. Registros cadastrais .. 44
30. Fé de ofício . 44
5
Capítulo 111
QUESTÓES JURÍDICAS
Capítulo IV
TIPOS DE DEMONSTRAc;A.o
Capítulo V
MODALIDADES VÁLIDAS
51 . Texto escrito..................................................................................................... 53
52. Psicografia espírita 53
53. Gravacáo em vídeo........................................................................................... 53
54. Voz humana..................................................................................................... 54
55. lmagem microfilmada....................................................................................... 54
56. Mensagem criptografada . .. . .... .. . .. ..... .. .. . .. .. . .. .. . .... .. . .. .. . .. ..... .. .. . .... .. . .. ..... .. .. . .. .. . 54
6
57. Oedaracáo testamentária 54
58. Filmes de celuloide............................................................................................ 54
59. Oernonstracáo virtualizada................................................................................ 54
60. In extremis 55
Capítulo VI
CLASSIFICA<;ÁO DIDÁTICA
61 . Prova inicial .. .. .. .. .. .. 56
62. Persuasáo direta 56
63. Oernonstracáo oblíqua...................................................................................... 57
64. Realizacáo hodierna.......................................................................................... 57
65. Conviccáo emprestada...................................................................................... 57
66. Evidencia exaustiva 57
67. lndício impossível 58
68. Reuniáo coletiva . . . . .. . .. . . . . . . . . .. . .. . .. . . . .. .. . . .. . . .. .. . .. . .. . .. . . . . . . .. . .. . . . . . . . . .. . . . . .. . . . .. .. . . .. . . .. .. 58
69. Origem estrangeira................... .. . . . .. .. .. .. . . . .. . . .. .. . . .. .. . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . .. .. .. .. .. . . .. 58
70. Ámbito processual 58
Capítulo VII
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
Capítulo VIII
DIVERSIDADE CIENTÍFICA
7
83. Segmento previdenciário 62
84. Contencioso administrativo............................................................................... 63
85. Custeio da contribuicáo . .. .. 63
86. Direito Civil....................................................................................................... 63
87. Processo Civil.................................................................................................... 64
88. Processo Penal.................................................................................................. 64
89. Direito Penal..................................................................................................... 64
90. Avaliacáo particular.......................................................................................... 65
Capítulo IX
DINÁMICA EMPRESARIAL
Capítulo X
EXISTENCIA DE EMPREENDIMENTO
8
Capítulo XI
OBRIGA<;ÓES DA EMPRESA
Capítulo XII
ENTIDADE COOPERATIVA
Capítulo XIII
QUITA<;AO DE CONTRIBUl<;AO
9
136. Guia de Recolhimento . 83
137. Parcelamento concluido.................................................................................. 83
138. Pagamento judicial 83
139. Guias coletivas................................................................................................ 83
140. Processo de falencia 83
Capítulo XIV
ISEN<;ÁO DE CONTRIBUl<;ÓES
Capítulo XV
PARCELAMENTO DE DÉBITO
10
Capítulo XVI
SALÁRIO DE CONTRIBUl<;AO
Capítulo XVII
FILIA<;AO DO ESTAGIÁRIO
171.Fontesformais................................................................................................ 95
172. Conceito de estagiário.................................................................................... 95
173. Oistincóes necessárias..................................................................................... 96
17 4. Oedaracáo do CIEE 97
175. Médico-residente............................................................................................ 97
176. Advogado estagiário.............. 97
177. Contribuicáo do estagiário.............................................................................. 97
178. Remuneracáo do estudante... 97
179. Contrato de experiencia.................................................................................. 97
180. Oernonstracáo contrária 98
Capítulo XVIII
INSCRl<;AO DO FILIADO
11
186. Dependente do segurado 100
187. Prornocáo de terceiros.................................................................................... 101
188. lndevida e equivocada .. .. .. . .. .. ... . .. .. ...... .. . . .. ... ... .. .. .. ..... . ... .. .. ... . .. ... 1O1
189. Convalidacáo da inscricáo . .. .. . . .. . .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. . .. .. . . .. . .. .. . 1O1
190. Recadastramento formal................................................................................. 101
Capítulo XIX
CONFIGURA<;AO DA PESSOA JURÍDICA
Capítulo XX
FLEXIBILIZA<;AO DO SAT
Capítulo XXI
LEVANTAMENTO AMBIENTAL
12
212. Reconstrucáo histórica.................................................................................... 120
213. Ambiente de trabalho..................................................................................... 120
214. Escrituracáo contábil.......... .. . .. . . .. .. .. . .. .. . .. . . .. .. 121
215. Documentos emitidos..................................................................................... 122
216. Beneficios previdenciários 123
21 7. Técnicas de protecáo . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . 12 3
218. lnformacóes subjetivas . .. .. . .. . . .. .. .. .. .. . .. .. . .. . . .. .. 124
219. Acóes judiciais 125
220. Presenc;a de terceiros 126
CAPÍTULO XXII
VERIFICA<;ÓES IN LOCO
Capítulo XXIII
CONSTRU<;ÁO CIVIL
13
239. Relacáo de alvarás 134
240. Construcáo em mutiráo 134
Capítulo XXIV
QUALIDADE DE SEGURADO
Capítulo XXV
PERÍODO DE CARENCIA
Capítulo XXVI
TEMPO DE FILIA<;AO
14
264. Contagem recíproca .... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. .. . .. . . .. . .. .. . . .... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. 142
Capítulo XXVII
EDUCA<;ÁO DE MENORES
Capítulo XXVIII
INAPTIDÁO PARA O TRABALHO
15
Capítulo XXIX
CONTRAPROVA DA INCAPACIDADE
Capítulo XXX
ATIVIDADES INSALUBRES
301.Tempodeservi~o 161
302. Exposicáo aos agentes.................................................................................... 162
303. Tecnologia de protecáo 163
304. Habítualidade e permanencia 164
305. Limites de tolerancia....................................................................................... 164
306. Direíto de categoría........................................................................................ 164
307. Contribuicáo prevídenciáría............... .. .. . .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. . 164
308. Volta ao trabalho......... 165
309. Prova extemporánea 165
31 O. Analogía e similitude 166
Capítulo XXXI
INFORTUNÍSTICA LABORAL
16
316. Ausencia de CAT . . ... .... ..... .. .. . .. .. .. . . . . . . .. .. . .. . . .. . .. .. . . ... .... ..... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. 168
317. Presuncáo do nexo .. .. .. .. .. . .. .. . .... ..... .. . .. ..... ..... .. .. . .. .. .. .. .. .. . .. .. . .... ..... .. . .. 169
318. Culpa civil....................................................................................................... 169
319. Responsabilidade da empresa......................................................................... 169
320. Reducáo da taxa .. 170
Capítulo XXXII
NEXO EPIDEMIOLÓGICO
Capítulo XXXIII
IDADE AVAN<;ADA
Capítulo XXXIV
MAGISTÉRIO ESCOLAR
17
342. Livro de presen<;a ... . . . . .. . .. .. . . . . . . . . .. .. . .. . . .. . . . . . . . . .. . .. . . . . ... ... . . . . .. . .. .. . . . . . . . . .. .. . .. . . .. . .. . . . 179
343. Convite de formatura .. . .. .. . .... .. . .. .. ... . . .. ... .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .... .. . .. .. ... . . .. . .. .. . 180
344. Resultado de concurso.................................................................................... 180
345. Pareceres oficia is .. . .. .. .. . .. .. . .... .. . .. .. ... . . .. . .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .... .. . .. .. ... . . .. ... .. . 180
346. Teses de pós-graduai;ao.................................................................................. 180
347. Benefícios por incapacidade............................................................................ 180
348. Certid6es oficia is............................................................................................. 181
349.CTPSeCNIS.................................................................................................... 181
350. Documentos dos estabelecimentos 181
Capítulo XXXV
MATERNIDADE, ADO<;AO E GUARDA
Capítulo XXXVI
DEPENDENCIA ECONÓMICA
18
369. Pensáo alimentícia 188
370. Instrumentos persuasórios 188
Capítulo XXXVII
MORTE E PRISÁO
Capítulo XXXVIII
MISERABILIDADE E DEFICIENCIA
Capítulo XXXIX
VONTADE DO BENEFICIÁRIO
19
394. Transferencia de residencia............................................................................. 198
395. Empréstimo consignado................................................................................. 198
396. Tempo de servico 199
397. Renúncia ao direito......................................................................................... 199
398. Transformacáo da prestacáo.. .. . .. .. . . .. . .. .. ... .. . .. . . .. ... ... .. .. .. ... .. . .. . . .. . .. .. . . .. . .. .. . 199
399. Melhor pensáo . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. . .. .. . . . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. . .. .. . . .. . .. .. . 199
400. Salário-base 199
Capítulo XL
VOLTA AO TRABALHO
Capítulo XLI
TRABALHO RURAL
20
Capítulo XLII
SERVIDOR PÚBLICO
Capítulo XLIII
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
Capítulo XLIV
JUSTIFICA<;AO ADMINISTRATIVA
21
446. Recurso de inconformidade 222
44 7. Rol de testemunhas... .. . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 222
448. Momento da producáo.... .. .. .. 222
449. lnício de prova 223
450. Poder de discricáo 223
Capítulo XLV
JUSTIFICA<;AO JUDICIAL
Capítulo XLVI
SITUA<;ÓES PARTICULARES
Capítulo XLVII
PRINCIPAIS PROFISSÓES
22
472. Engenheiros.................................................................................................... 233
473. Médicos.......................................................................................................... 234
474. Economistas................................................................................................... 235
475. Contadores..................................................................................................... 236
476. Químicos........................................................................................................ 236
477. Jornalistas....................................................................................................... 237
4 78. Escritores........................................................................................................ 237
479. Médicos do trabalho....................................................................................... 238
480. Artistas........................................................................................................... 239
Capítulo XLVIII
PROVAS EXAUSTIVAS
Capítulo XLIX
OUTRAS PROVAS
23
499. Conviccóes incidentais 252
500. Pravas diversas............................................................................................... 253
Capítulo L
RENÚNCIA AO BENEFÍCIO
Capítulo LI
CRIMES SECURITÁRIOS
Capítulo Lll
PROTE<;ÁO AO IDOSO
24
524. Pensáo alimentícia 270
525. Servicos de saúde 271
526. Educacáo e cultura......................................................................................... 271
527. Profissionalizacáo do trabalho......................................................................... 271
528. Acolhimento em clínicas................................................................................. 271
529. Habitacáo condigna........................................................................................ 271
530. Transporte coletivo 271
Capítulo Llll
FUNDO DE GARANTIA
Capítulo LIV
ASSISTENCIA A SAÚDE
541. Cuidados contratados..................................................................................... 275
542. Recibo da mensalidade 275
543. Nota fiscal de hospitais 276
544. Custo dos medicamentos................... .................................................... ....... 276
545. Necessidade da atencáo 276
546. Emergencia e urgencia 276
547. Direito adquirido............................................................................................. 277
548. Reembolso de despesas 277
549. Dependencia económica................................................................................. 277
550. Recurso da negativa 277
25
Capítulo LV
SERVl<;O SOCIAL
Capítulo LVI
SEGURO-DESEMPREGO
Capítulo LVII
PREVIDENCIA COMPLEMENTAR
26
576. Filia~áo na EFPC .. . . .... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. .. . .. . . .. . .. .. . . .... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. 286
577. Tempo de servico 286
578. Requisitos para o gestor................................................................................. 286
579. Normas do MPS.............................................................................................. 287
580. Universalidade de cobertura 287
Capítulo LVIII
PROVAS DA DEFICIENCIA
581. Meios de persuasáo ... . .. .. . .. .. .. . .. .. ... .. ... .. .. . .. ..... .. ... .. .. ... .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. ... .. ... .. .. . .. 288
582. Laudo técnico pericial..................................................................................... 289
583. Provas securitárias 289
584. Exame admissional 290
585. Previdéncia fechada........................................................................................ 290
586. Seguro privado............................................................................................... 290
587. lsencáo de ICM............................................................................................... 290
588. Oernonstracóes emprestadas.......................................................................... 291
589. Perícia judicial................................................................................................. 291
590. Oeclaracóes oficiais......................................................................................... 291
Capítulo LIX
PROVAS DO ESTÁGIO
Capítulo LX
ACORDOS INTERNACIONAIS
27
602. Vigencia do acordo......................................................................................... 298
603. Cotejo da reciprocidade .. .. . .. .. . . .. . .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. .. .. . .. .. . .. . .. .. . . .. . .. .. . 299
604. Tempo de servico 299
605. Domicílio do segurado. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. . .. .. .. .. .. . 299
606. Transito internacional .. 300
607. Traducáo do documento .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .. .. .. .. .. . 300
608. Encaminhamento diplomático......................................................................... 300
609. Assisténcia médica.......................................................................................... 300
61 O. Trabalho no exterior....................................................................................... 300
Capítulo LXI
DANO MORAL
Capítulo LXII
UNIÁO HOMOAFETIVA
28
629. Presenca da família . ... . . . . ... ..... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. .. . .. . . .. . .. .. . . ... ... . . . . ... ..... .. .. . .. .. .. . .. . . . .. 31 O
Capítulo LXIII
TRABALHO NO EXTERIOR
Capítulo LXIV
MENOR APRENDIZ
Capítulo LXV
DIREITO DOS PRESIDIÁRIOS
29
654. Permissáo para visitas . 318
655. Penas disciplinares . 318
656. Vínculo com empresas .. 319
657. Saída temporária . 319
658. Contrato de trabalho .. 319
659. Noticiário na mídia . 319
660. Acidente de trabalho .. 319
Capítulo LXVI
TRANSFORMA<;ÁO DE BENEFÍCIOS
Capítulo LXVII
APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR
30
Capítulo LXVIII
INÍCIO DA UNIÁO ESTÁVEL
31
A GUISA DE INTRODU~ÁO
33
pequena, na residencia de alguém, ou na informalidade. Em 2015, alegava-se que
o Brasil tem cerca de 20 milhóes de obreiros na informalidade; imagine-se quando
eles solicitarem algum benefício no futuro . .
34
recordar de fa tos ou números do passado e, também, que qua se sempre os
depoentes sao solidários com o justificante.
Nesta 4" edicáo, por último, a prova do inicio da uniáo estável com vistas a
Medida Provisória n. 664/14.
35
CAPÍTULO 1
FONTES FORMAIS
Urna diccáo nao completa, mas o que importa é que ela, combinada com
o inciso LVI do mesmo artigo da Lei Maior, garante o direito a
prova como meio
de defesa. E, evidentemente, ainda que nao haja acusacáo ou lide. Sua referencia
ao litigante e ao acusado nao exclui a possibilidade de, fora do processo e do
procedimento, isto é, no bojo da arbitragem privada também haver essa pretensáo.
37
No art. 215, faz-se referencia a um recurso que poderia ser designado de
oficial, elegendo-se a certidáo com a mesma eficácia probante do original (art.
216) e os traslados (art. 217).
Como nao poderia deixar de ser, pois se trata de instituto técnico processual,
o CPC destina 112 artigos ao Capítulo VI - Das Provas (arts. 332/443). Sao oito
secóes:
1) Disposicóes gerais (arts. 332/341 );
11) Depoimento pessoal (arts. 342/347);
111) Confissáo (arts. 348/354);
38
16. Código Tributário Nacional
39
VI) Existencia da empresa - Quando de servico prestado para empresa que
cessou as atividades, no mínimo o segurado tem de convencer o INSS de que
ela existiu;
Urna boa lista de pravas do trabalho rural comparece nos arts. 136, l/XIX e
140/154.
A insalubridade é demonstrada consoante os arts. 186/189.
40
CAPÍTULO 11
CONCEITO DOUTRINÁRIO
41
22. Contraprova
42
Concluir que nao recebeu remuneracáo ou salário é materialmente muito
difícil; mais fácil é transferir a responsabilidade a quem alegar o fato.
Nesse último sentido, ela nao se distingue, embora as vezes seja atetada por
presuncóes. Se urna empresa reteve ou recolheu o descanto do empregado, ou
nao, isso pouco importará a ele como segurado, porque o art. 33, § 52, do PCSS
presume que sobrevieram a retencáo e o recolhimento.
É aceito o fato alegado por alguém que tenha esse poder e nao conteste.
Nao há aí, na verdade, prova alguma, mas inércia. Todavía, essa decisáo funciona
como se tivesse havido urna persuasáo convincente.
43
Depois de identificado por mecanismos que permitam essa averiquacáo
(a maioria das certidóes nao tem foto), essa autoridade certifica que quem ali
compareceu e exibiu aquele documento está vivo, e tal declaracáo passa a valer
como prava da sua existencia. Pelo menos na data de assinatura de certidáo.
30. Fé de ofício
44
CAPÍTULO 111
QUESTÓES JURÍDICAS
Alguém quer saber se está doente para se tratar e se curar, e entáo consulta um
médico. Noutro caso outrem busca esse mesmo profissional para tomar conhecimento
de praticamente a mesma coisa e assim f azer jus a um benefício jurídico. Nesse último
caso, tem necessidade de convencer o órqáo gestor do benefício a sua incapacidade.
No caso da previdéncia social, pensando no auxílio-doenc;a.
45
Em qualquer momento o interessado pode utilizar-se do mecanismo de
convencimento; aliás, a ancianidade característica notável da prova.
é
As provas nao tém idade; elas sao totalmente convincentes, térn eficácia
parcial ou nao tém capacidade persuasória.
Alguns fatos da vida sao admitidos sem que seja necessario fazer a
dernonstracáo material de sua ocorréncia. Nao é que eles dispensem a preva
(assertiva igualmente válida). Mas a conclusáo desejada é aterida e acolhida, e
produz efeitos a partir de outro fato, entáo presente.
46
saúde ou integridade física arneacadas. Em suma, o segurado somente precisa
convencer de que era um dos profissionais elencados no aludido anexo e de que
realizou a atividade a ela inerente. Um arquiteto - profissáo ali nao contemplada
- que quiser os 40°/o do engenheiro terá de provar que operou como engenheiro
(o que nao é materialmente fácil).
Produzidas as provas pelos dois polos da relacáo litigiosa, cotejadas por quem
tem o dever de avaliá-las e é abrigado a decidir (administrador ou magistrado),
os processos e os procedimentos seriam infindáveis se o julgador nao retivesse o
poder de decidir segundo urna interpretacáo pessoal da instrucáo probatória.
47
especial, mais tarde sobrevindo dúvidas materiais, é dever do INSS persuadir que
nao tora verdade. Nos dois casos isso é feito com pesquisas de campo (ambiente
laboral). Na prática, porém, a autarquia inverte o ónus da preva, passando a f azer
exigencias, ameacando suspender o benefício, impondo exigencias que nao fizera
quando da instrucáo do pedido.
Em seu art. 333, o CPC dispóe que cabe "ao autor, quanto ao fato constitutivo
do seu direito", a prova. Igual se col he no art. 818 da CLT. Quem tem de convencer
a consumacáo de um crirne previdenciário é o Ministério Público.
Nao existe comando próprio para a exegese da prova. Urna vez definido o
domínio em que se encontra o dissídio, se na área de filiacáo. contribuicáo ou
benefício, cada um desses segmentos comportando modalidade prevalecente de
técnica hermenéutica securitária, per se, a prova matéria adjetiva e segue os
é
48
40. Princípios aplicáveis
49
CAPÍTULO IV
TIPOS DE DEMONSTRA<;ÁO
Quer dizer, quase todas as provas sao físicas, raramente imateriais ou virtuais.
50
44. Depoimento testemunhal
Diz-se que a prova é administrativa quando operada junto aos órqáos públi-
cos, em particular no INSS ou RFB.
É dita judicial se empreendida na Justka Federal, Justica do Trabalho ou
Justica Estadual em procedimento particular específico (justificacáo judicial) ou nos
autos de um processo previdenciário.
51
Essa pericia é designada como documentocópica porque envolve a
materialidade do corpo físico. Mas a expressáo se alargará se, em vez de documento
em si, a prova foi examinada a partir de outro material que recebeu a inforrnacáo.
49. Certificadooficial
52
CAPÍTULO V
MODALIDADES VÁLIDAS
53
54. Voz humana
54
Também pode ser impresso pelo receptor, se a mensagem nao tinha
impedimento técnico para isso.
60. In extremis
55
CAPÍTULO VI
CLASSIFICA<;ÁO DIDÁTICA
Diz-se que a prova é direta quando nao depende de mais nada, nenhum
reforce é exigido, dela deriva diretamente a condusáo. Fala por si só.
Até o advento do CNIS, a CTPS sem rasuras ou suspeita de fraude era exemplo
clássico e, em relacáo a períodos anteriores a 2001, assim deve ser entendido pelo
INSS. Aliás, gozando da presuncáo juris tantum de veracidade do anotado.
56
63. Demonstrecéo oblíqua
Nao sendo direta, a dernonstracáo nao é usual, mas se presta para os mesmos
fins. A utilizacáo desse meio é bastante comum, ainda que muitos o desconhecarn.
Lago, ela deve ser preservada, e nesse sentido é nitidamente ilegal a disposicáo
do RPS que nao aceita a JA, exceto em processo de benefício.
57
67. lndício impossível
Existem documentos emitidos que envolvem mais do que a pessoa que está
querendo usá-los como prova de alguma coisa. lmpor-se-á ao autor o dever de
identificar-se nessa coletividade. Sao guias coletivas de recolhimento de tributos
ou contribuicóes sociais, fotografias, etc.
58
CAPÍTULO VII
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
71. Exígíbilídadepressuposta
Em cada caso, urna ou mais dernonstracóes dos fa tos sao reclamadas para o
exercício de certo direito previdenciário, restando raras as oportunidades em que
elas sao despiciendas. Conforme a natureza da pretensáo. elas sao impostas pela
lei, regulamento ou ato administrativo.
59
Consoante a época da feitura, algumas delas suscitam maior propriedade (o
autor nao pensava no seu destino posterior). As circunstancias e o ambiente em
que foram obtidas também contribuem para conferir-lhe maior autenticidade. As
emprestadas tem bastante eficácia.
Um documento tem de ser veraz; nao pode ser material nem ideologicamente
falso ou adulterado. Daí a importancia de sua materialidade. Com os recursos
atuais da cibernética, é possível subtrair ou acrescer pessoas em fotografias e
filmes, abrigando a perícia técnica.
76. Necessidadeprocessual
60
77. Capacidade de convencimento
Urna prova frágil tem valor insignificante (simples fotografia sem data). A
pálida nao é insignificante, mas nao tem expressáo, diz pouco da pretensáo (a
fotografia tem data, mas nao retrata o ambiente de trabalho), e a insuficiente
é boa, mas parca. Ótima para provar pequeno tempo de servko diante de um
período maior.
De modo geral (porque existem prevas finais), as prevas nao sao absolutas.
Elas podem ser contestadas por quem de direito que, in casu, assumirá o ónus da
contraprova.
61
CAPÍTULO VIII
DIVERSIDADE CIENTÍFICA
62
Em termos de justificacáo administrativa, a autarquia federal reserva-se o
direito de apreciá-la e concluir quase que subjetivamente.
O Direito Civil disp6e sobre matéria substantiva e regula a prova nos arts.
212/232 da Lei n. 10.406/02.
63
Fixa presuncáo em relacáo ao signatário (art. 219). Dá valor a copia
fotográfica (art. 223), as reproducóes fotográficas (art. 225), dita regra sobre o
depoimento testemunhal (art. 227), indica quem pode testemunhar (art. 228) e,
com énfase. garante que "os livros e fichas dos empresários e sociedades provam
contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem
vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsidios" (caput do
art. 226). Mas ressalta que "a prova resultante dos livros e fichas nao é bastante
nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de
requisitos especia is, e pode ser ilidida pela comprovacáo da f alsidade ou inexatidáo
dos lancarnentos" (parágrafo único do art. 226).
Como nao poderia deixar de ser, o CPC dispóe amplamente sobre as provas
(art. 332/443).
64
Por isso mesmo, urna prova emprestada de processo penal tem grande poder
de convencimento quando transportada para um processo previdenciário.
65
CAPÍTULO IX
DINÁMICA EMPRESARIAL
66
Terá de alugar ou construir a sede social do estabelecimento, com isso
celebrando contratos de locacáo ou toda a parafernália da construcáo civil, que
é complexa e se compóe de contratos, aquisicáo de materiais, tomada de máo
de obra, alvarás de habitabilidade, de construcáo, etc. Depois gastará com a
aquísicáo de móveis, materiais, instalacóes, prateleiras, insumos, computadores e
equipamentos (os quais implicam notas fiscais). Adquirirá livros contábeis, notas
fiscais e outros mais.
Funcionamento quer dizer que, urna vez aberta a empresa, ela pratica
todos os negócios jurídicos próprios de sua finalidade social. A atuacáo de
um empreendimento no mercado implica acóes variadas, muitas das quais
externalizadas por intermédio de documentos que podem convencer alguém de
que ela funcionou. Sao exemplos: contratos de aluguel, contratos de prestacáo de
servicos, empréstimos bancários, guias de recolhimento do FGTS, ernissáo de notas
fiscais, etc. Sucessivas certidóes negativas de débitos sao exemplos de atividades
da empresa.
67
94. Irenstormscáes societárias
68
Por último, o confisco é medida extrema que também se faz com certa
publicidade documental.
69
CAPÍTULO X
EXISTENCIA DE EMPREENDIMENTO
Por torca de lei. de modo geral os estorcos. mercantis ou nao, estáo abrigados
a se matricular em vários órqáos governamentais municipais, estaduais e federais,
ás vezes paraestatais, mas em alguns casos, se isso aconteceu há muito tempo,
tais constatacóes sao de difícil acesso e demonstracáo.
70
empreendimentos em que, as vezes, é possível configurar a data do início e do
encerramento das atividades.
O MTE talvez seja o órqáo que mais controle a atividade laboral e, por conta
disso, aquele que mais deixa registros para serem consultados. A saber:
1) Registro de LRE;
11) Cadastro de fiscalizacáo:
111) Acordos coletivos;
IV) Contribuicáo sindical;
71
funcionamento, a autarquia federal pode ter registros na área de arrecadacáo e
ñscalizacáo. nao só em funcáo da ernissáo de CND, como em virtude de inscrlcáo
da dívida ativa:
1) Certificado de Matrícula;
11) Certidáo de Matrícula e Alteracáo (CMA);
X) Contabilidade;
72
Pela natureza urbana do prédio, é possível inferir qual era a atividade ali
exercida.
11 O. Licita<;ao pública
73
CAPÍTULO XI
OBRIGA<;ÓES DA EMPRESA
74
114. Empregador doméstico
Por torca da Lei n. 9.711/98, toda vez que urna empresa ajustar com
terceiros a cessáo de máo de obra, essa contratante tem necessidade de guardar
os documentos relativos ao negócio jurídico, entre os quais a retencáo de 11 º/odo
valor da Nota Fiscal e de recolhé-la (PCSS, art. 31 ).
75
quando da solicitacáo de benefícios, o valor da rernuneracáo dos trabalhadores
que lhes prestaram servicos.
Nas hipóteses legais, a empresa fornecerá o SB-40, DSS 8030, DIRBEN 8030,
perfil profissiográfico, laudo técnico, PPP ao trabalhador para fins da aposentadoria
especial e elaborará o LTCAT.
76
CAPÍTULO XII
ENTIDADE COOPERATIVA
77
123. Associa~ao do cooperado
a
Quem se associa cooperativa de producáo ou de trabalho é um produtor
normalmente rural ou um trabalhador autónomo. Para tanto, ele deve preencher
urna ficha de inscrlcáo, que é ato de admissáo na entidade, e recolher certa
mensalidade (para custear as despesas administrativas da entidade).
78
126. Ato cooperado
Os principais sao:
Quando o cooperado presta servicos que o expóern aos agentes físicos, quí-
micos e biológicos, autorizando-o a requerer a aposentadoria especial, por torca
da Lei n. 10.666/03, a cooperativa estará obrigada a recolher a contribuicáo para
essa finalidade.
79
129. Contribuicéo para o GILRA T
80
CAPÍTULO XIII
QUITA<;ÁO DE CONTRIBUl<;ÁO
Consoante o Código Comercial, "os livros fazem prova plena: 1- omissis; 11-
omissis; 111 - contra pessoas nao comerciantes, se os assentos forem comprovados
81
por algum documento, que só por s1 nao possa fazer prava plena" (art. 23,
revogado pela Lei n. 10.406/02).
Nao fara limitado o seu alcance (muitas vezes a Certidáo Negativa de Débito
é deferida sem que a empresa esteja inteiramente em día com suas obriqacóes
fiscais), a CND seria urna dernonstracáo insofismável em relacáo ao período
precedente a sua ernissáo,
82
135. Cópias autenticadas
137. Parce/amentoconcluido
83
CAPÍTULO XIV
ISENc;Ao DE CONTRIBUtc;óES
IV) ldosos - com vistas ao Estatuto do ldoso (Lei n. 10.741/03), quem tem
mais de 60 anos de idade (art. 1 Q);
84
Cada um desses entes políticos especifica as próprias exigencias para tanto
e divulga o decreto em que reconhece jurídicamente essa utilidade pública. Cópia
dessa publicacáo é a prova material exigida.
85
145. Remunerecéo dos diretores
A prova desse fato se faz por meio de Relatório de Atividades (art. 309, 111,
da IN SRP n. 3/05), ou seja, inforrnacóes cadastrais, resumo de informacóes e
descricáo dos servicos. O referido relatório (art. 31 O, l/X) deverá ser acompanhado
das cópias dos seguintes documentos:
86
VII) Convenio com o SUS, para a entidade na área de saúde;
Até ser revogada, a Leí n. 3.577 /59 foi a leí básica da filantropia previdenciária
até o Decreto-leí n. 1.572/77. Sua vigencia e revoqacáo criaram a figura do direito
adquirido em relacáo a algumas entidades. Conforme cada caso, as exigencias
variaram no curso do tempo em razáo do Decreto n. 90.817 /85 e da Leí n.
9.429/96.
150. PROUNI
87
CAPÍTULO XV
PARCELAMENTO DE DÉBITO
a
O pagamento parcelado de contribuicóes devidas seguridade social, vista a
da disposicáo legal (PCSS, art. 38), é direito subjetivo do contribuinte em débito
de quitar as suas obriqacóes fiscais em parcelas acordadas mediante confissáo de
dívida.
152. Contratoescrito
88
154. Adimpléncia mensa/
Deferido, urna das condicóes legais para que o parcelamento seja mantido
é que o contribuinte mensalmente cumpra as obriqacóes correntes, ou seja,
mantenha-se em dia. O próprio INSS verificará esse comportamento mediante o
CNIS e a GFIP e, no caso de dúvida quanto a alguma importancia que venha
a ser reclamada, caberá aempresa f azer a prova de te-la sub ju dice com os
procedimentos do Direito Previdenciário Administrativo (consulta ou contestacáo ).
89
se a empresa convencer o INSS do período discutido na Justica do Trabalho e
objeto do acordo, poderá se valer do critério 4 por 1, ou seja, respeitado o máximo
de 60 meses, a cada mes haverá quatro para pagar (art. 686 da IN SRP n. 3/05).
X) Contrato Social;
90
CAPÍTULO XVI
SALÁRIO DE CONTRIBUl<;AO
91
As vezes, presente incerteza pontualizada em relacáo a um ou mais meses,
o resultado da Requisicáo de Diligencia (RD), operada pelo INSS in loco, terá o
mesmo papel de elucidar a divergencia.
92
166. Imposto de Renda
Afirrnacóes desse tipo tem de ser acolhidas por seu poder oficial de validade,
em virtude de seu papel, mais ainda se for a única demonstracáo disponível.
Pena que o atual carne nao mais possua urna quadrícula para a base de
cálculo da mensalidade, obrigando a apurar-se a alíquota da época e, assim,
partindo-se da contribuicáo recolhida, determina-se o salário de contribuicáo.
93
lnforrnacóes prestadas por outras empresas ou órqáos de classe e sindicatos
seráo igualmente úteis.
170. CadastroNacional
94
CAPÍTULO XVII
FILIA<;ÁO DO ESTAGIÁRIO
Para que o interessado (pessoa física ou jurídica) consiga evidenciar que foi
ou nao estagiário, será preciso conhecer o que é essa figura jurídica no Direito
Civil, Direito do Trabalho e Direito Previdenciário.
95
Nada impede que um aluno trabalhe; isso é muito comum. O trabalho de
um estudante numa empresa com vistas a
figura do estágio, remunerado ou
nao, constitui urna relacáo jurídica que variará consoante as características da
contratacáo desse labor.
Tendo em vista a presenca do trabalho (e a criacáo ou nao de alguma riqueza
para aquele que abriga o estudante), essa relacáo usualmente é retribuída, até
mesmo apenas com bolsa de estudos; entender-se-á que será a rernuneracáo
trabalhista quando presentes os pressupostos do art. 32 da CLT ou urna bolsa
de estudos, se eles estiverem ausentes. Caso se trate efetivamente do estágio
concebido pelo legislador, o valor será a retribuicáo do estagiário, por norma, nao
integrante do salário de contribuicáo (PCSS, art. 28, § 92, i).
96
174. Declarac;ao do CIEE
175. Médico-residente
176. Advogadoestagiário
97
180. Detnonstrecéo contrária
a) Exercício da atividade
Seu primeiro esforco será no sentido de evidenciar que a atividade praticada na
a
empresa nao comportou nem comportaría o ambiente adequado aprendizagem.
b) Nao itequéncis escolar
Existem dois tipos de estágios: a) realizado durante o curso e b) depois de
formado e antes do exercício da profissáo. Se nao há a referida frequéncia ao
curso, nao se trata de estágio. Ninguém pode estagiar antes da matrícula na escola
ou muito tempo depois de formado, embora quase todo mundo aprenda muita
coisa trabalhando numa empresa.
c) Disiuncéo educacional
Se, em vez de aprender, por possuir bagagem de ciencia superior, o trabalhador
acabou ensinando, isso também nao é característica do estágio.
Estagiário nao tem direito a férias ou décimo terceiro salário nem outros
direitos trabalhistas. Se foi assim registrado na FRE ou aferiu as vantagens inerentes
a esse registro (e elas sao muitas) é porque nao estagiava.
f) Perticipscéo na EFPC
Os participantes dos fundos de pensáo, nos termos da LC n. 109/01, térn de
ser empregados. Um reforce de prova da desconstituicáo do contrato de estágio
é fazer parte da EFPC.
98
CAPÍTULO XVIII
INSCRl<;ÁO DO FILIADO
dificuldades teóricas. Com o CNIS, o INSS exerce controle quase total sobre as
pessoas envolvidas na relacáo jurídica de previdéncía social.
Mais importante é a filiacáo, ou seja, o exercício da atividade coberta
pela protecáo securitária e, no caso do facultativo, a dernonstracáo da vontade
(promovida com o recolhimento).
99
filiacáo e de inscricáo se tornaram anacrónicas comos registros modernos, valendo
apenas nos casos particularíssimos da informalidade.
182. Contribuinteindividu
al
183. Contribuintefacultativo
Curiosamente, diz o art. 18, § 52, do RPS que nao é possível a inscricáo
post mortem. Com algum recelo. apenas autorizou a inscricáo após a morte do
segurado especial, a contrario sensu vedando a dos demais. O dispositivo é inútil,
impróprio e anacrónico.
100
Caso subsista dúvida, nada impede a esses dependentes que cornparecam
em um cartório de registros e tacam urna dedaracáo escrita, dizendo que existe
urna relacáo f ática, mas ficando claro que nao será esse documento que inscreverá
a pessoa, e sim a existencia da rela<;ao efetiva.
101
CAPÍTULO XIX
Pena que nem sempre a musa inspiradora dos pensamentos dos muitos que
expuseram os seus pontos de vista nao estava de plantáo.
102
deles (sic) se lembrou de que a terceirizacáo da pessoa jurídica custa menos para
a empresa (Projeto de Leida Super-Receita - ootrioes Legais sobre a Emenda n.
3. Sao Paulo: FESESP, 2007). Esse magnífico esforco científico de reconhecidas
inteligencias será inútil se o Governo Federal tributar a contratacáo de pessoa
jurídica (sic).
Declarar para fins fiscais nao constituir, pois é a realidade que o faz.
Evidentemente, o contribuinte onerado com essa presuncáo tem o direito
constitucional de opor-se a qualificacáo adotada para as razóes exacionais (que,
aliás, continuará vigente entre as partes e para outros objetivos, res in ter alios que
é. até que um juiz sentencie quem tem razáo (CF, art. SQ, LV). Nao é somente a
RFB que dispóe desse poder, mas também o sindicato (contribuicáo sindical), a
Caixa Económica Federal (FGTS), os terceiros do grupo "S" e a própria Receita
Federal do Brasil em matéria de Imposto de Renda.
103
autuacáo ou notificacáo se posta sob a mesma análise; diante da multiplicidade
de atos da economia e do trabalho, a incerteza e a ínsequranca sao inerentes dos
institutos jurídicos. Se tudo fosse tao claro nesse mundo, nao seriam necessários
os arts. 138/165 e, em particular, o art. 166, VI, do Código Civil (a ser consultado).
Diz llmar Galváo que: "Na verdade, nao se poderia reservar a Adrninistracáo.
e, muito menos, ao agente fiscal, a competencia para definir as hipóteses de
presuncáo de contrato de trabalho dissimulado por meio de sociedades prestadoras
de servicos, em muito menos, para estabelecer o procedimento a ser observado
para a desconsideracáo da personalidade jurídica de tais sociedades, assegurada
ao contribuinte, de escolher, sem ofensa a
lei, a forma de agir que lhe atenue
o ónus tributario" (ob. cit., p. 1 ). Provavelmente, o que ele quis dizer é que a
Adrninistracáo Pública nao pode constituir ou desconstituir relacóes jurídicas, mas
poderia admití-las a priori para fins de acáo fiscal, esperando ve-las reconhecidas
adiante por quem de direito ou nao.
Tal assuncáo. entre outros aspectos, significa a utilizacáo dos seus meios
(capital, conhecimento especializado, instrumental, etc.).
104
jurídica, a despeito de a Lei n. 9.711/98 admitir contratos de cessáo de máo de
obra, porque nesse momento define apenas urna antecipacáo de contribuicóes.
despreocupada com a desconsideracáo da personalidade jurídica do prestador de
servicos (que também poderá suceder).
Nao é próprio de urna relacáo jurídica entre duas pessoas jurídicas, em todos
os sentidos que os membros da contratada comportem-se como subordinados da
contratante (por exemplo, recebendo retribuicáo que bem examinada em f ace do
mercado ou da comparacáo refletirá décimo terceiro salário, férias indenizadas,
horas extras e outras conquistas sociais do empregado).
Lapidarmente, o art. 92 da CLT diz que sao "nulos de pleno direito os atos
praticados como objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicacáo dos preceitos
contidos na presente Consolidacáo", lembrando Eduardo Gabriel Saad et allí o que
rezam os arts. 444 e 468, afirmando "ser simulado o negócio jurídico em que há
convergencia das vontades das partes para que tenha objetivo distinto daquele
a
realmente por elas desejado e isto para fraude lei ou para causar dano a outrem".
culminando com a ideia relativa ao art. 52, XIII, da Constituicáo Federal (que
alega ser "livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissáo. atendidas
as qualificacóes profissionais que a lei estabelecer"). Mas "essa liberdade, sobre
ainda no plano constitucional, certo condicionamento. É o que deflui do art.
170 da Lex Legum: 'A ordem económica fundada na valorizacáo do trabalho
humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos existencia, digna,
conforme os dita mes da justica social:" (CLT comentada. 40_ ed. Sao Paulo: l Tr,
2007. p. 89).
105
ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obriqacáo destes
de exibi-los", autorizando o Auditor-Fiscal a examinar os fa tos que cercam o fato
gerador.
Diz o art. 129 da Lei n. 11.196/05 que: "Para fins fiscais e previdenciários, a
prestacáo de servicos intelectuais, inclusive os de natureza científica, artística ou
cultural, em caráter personalíssimo ou nao, com ou sem a desiqnacáo de quaisquer
obriqacóes a sócios ou empregados da sociedade prestadora de servicos, quando
por esta realizada, se sujeita tao somente a leqislacáo aplicável as pessoas jurídicas,
sem prejuízo da observancia do disposto no art. 50 da Lei n. 10.406, de 1 O de
janeiro de 2002 - Código Civil".
Por seu turno, o art. 50 do Código Civil reza que: "Em caso de abuso da
personalidade jurídica, caracterizado pelo desvío da finalidade, ou pela confusáo
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas
relacóes de obriqacóes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores
ou sócios da pessoa jurídica".
Paralelamente, por último, pontua o art. 28 do CDC que: "O juiz poderá
desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do
consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infracáo da leí, fato ou
ato ilícito ou violacáo dos estatutos ou contrato social. A desconsideracáo também
será efetivada quando houver falencia, estado de insolvencia, encerramento ou
inatividade da pessoa jurídica provocados por má adrninistracáo".
106
Aristides Junqueira A/varenga, Sérgio Rabel/o Tamm Rebau/t e Sebestiéo
Botto de Barros To!oja (ob. cit.. p. 56/59) tiraram condusóes que ferem o mérito
da questáo, cuja apreciacáo pode contribuir para esclarecimentos.
A afirrnacáo anterior conflita com esta: "3. A pessoa jurídica semente pode
ser desconstituída em circunstancias excepcionais, ou seja, quando comprovada
conduta fraudulenta ou abusiva dos sócios ou controladores. O caráter
excepcional de desconsideracáo da personalidade jurídica implica a necessidade
de demonstracáo de suas hipóteses ensejadoras (fraude e abuso de poder),
assegurado o devido processo legal para os sócios e controladores".
107
Por último: "7. A insequranca jurídica decorrente do possível veto a Emenda
aditiva também se funda na falta de exigencia em concurso público para ingresso na
carreira de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil de afericáo de conhecimento
específico para o reconhecimento do vínculo empregatício, o que demonstra,
por si só, a incongruencia dessa atividade estranha as atribuicóes da carreira"
(sic). Ora, até entáo a Caixa Económica Federal (FGTS), a Receita Federal (IR), os
Sindicatos (contribuicáo sindical), a SRP (INSS) e os Chefes de Recursos Humanos
das empresas, todos possivelmente sem ter a matéria trabalhista no concurso
público (quando exigido), como puderam se habilitar a contratar a pessoa humana
e saber se estáo diante do empresário, autónomo, empregado, avulso, doméstico,
temporário ou eclesiástico (sic)?
108
processo legal; se em algum momento ele for descumprido, a acáo fiscal perderá
procedencia. Por que seria inconstitucional exigir-se que a acáo fiscal seja um ato
de inteligencia e vontade imposta pela leí, se o Auditor-Fiscal age exatamente como
o magistrado, ou seja, extra indo efeitos jurídicos da realidade laboral? Em nenhum
momento o Poder Judiciário trabalhista e especialmente o federal ficam a margem
da prerrogativa de decidir. lndependentemente da atuacáo da Receita Federal do
Brasil, se alguém ingressar com urna acáo reclamatória, o Juiz do Trabalho tem a
competencia para decidir se ele é empregado ou nao.
109
VI) Natureza da contratacáo - Clara explicitacáo de se tratar de empreitada,
prestacáo de servicos, cessáo de máo de obra, trabalho cooperado ou outro tipo
de vínculo jurídico.
110
XX) Similitude - Executar os servicos de forma exatamente assemelhada a
dos empregados.
simulacáo.
XXXI 1) Vulto da contratacáo - Seja no que diz respeito ao valor do contrato
ou ao volume de servicos. a grandeza da atividade contratada assinala para a
pessoa jurídica ou para a pessoa física.
111
XXXIV) Propriedade dos meios - Se a pessoa física ou jurídica que presta
servicos detém os meios de execucáo (caso do motorista com veículo próprio),
distancia-se da figura do empregado. Utilizacáo de instrumental de execucáo
(capital, ferramentas, meios e técnicas próprias).
112
CAPfTULO XX
FLEXIBILIZA<;AO DO SAT
De regra, até o advento do Decreto n. 6.042/07, nos termos do art. 22, 11,
do PCSS, as empresas vinham promovendo o enquadramento de suas atividades
conforme a Rela\:aO de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de
113
Risco (Anexo V do Decreto n. 3.048/99) e, atualmente, a partir de 1Q.6.07, na
recente relacáo constante do Decreto n. 6.042/07, por seu turno a ser revisto a
cada tres anos.
114
Evidentemente, esse número deflagra a discussáo em torno da presuncáo
do nexo epidemiológico e que ele nao leva em conta os infortúnios (por alguns
designados como incidentes) em que o afastamento do trabalho foi inferior a 15
dias ou aqueles sem a Cornunicacáo de Acidente do Trabalho (CAT). Da mesma
forma, embora custe ao INSS, os acidentes de qualquer natureza ou causa nao
f azem parte dessa estatística; eles nao podem ser atribuídos a empresa.
Essa frequéncia acidentária será a de certo contribuinte (empresa) e nao a
da atividade económica como um todo (que também será apurada nacionalmente
em termos globais).
Devido as dificuldades operacionais, imagina-se que o INSS terá dificuldades
em levar em conta os acidentes ocorridos no exterior, registrando apenas os que
forem comunicados pela empresa.
O art. 202-A, § 42, 1, do RPS define-a como a "quantidade de benefícios
incapacitantes cujos agravos causadores da incapacidade tenham gerado benefício
acidentário com siqnificáncia estatística capaz de estabelecer nexo epidemiológico
entre a atividade da empresa e a entidade mórbida, acrescentada da quantidade
de benefícios de pensáo por morte acidentária".
115
Nesse sentido, um acidente que implicou um afastamento de 30 dias será
inferior aquele que demandou um auxílio-doenca acidentário de 90 dias. Quer
dizer que, no segundo caso, as medidas de prevencáo estáo aquém do desejado e
deflagram despesas maiores por parte do INSS.
116
Note-se que, para evitar discuss6es infindáveis com a Receita Federal
do Brasil, terá de guardar os documentos que comprovam as tres variáveis e
o cálculo divulgado pelo INSS, acompanhar a evolucáo de todos os processos
que nao cessaram com a DCB e que continuam a ser discutidos administrativa e
judicialmente (sic).
117
210. Vigencia da norma
De acordo como art. 202-A, § 62: "O FAP produzirá efeitos tributários a partir
do primeiro diado quarto mes subsequente ao de sua divulqacáo".
118
CAPÍTULO XXI
LEVANTAMENTO AMBIENTAL
119
VII) Obtenha a temperatura média histórica do local nas entidades oficiais,
com as épocas de maior calor e frío mais intenso.
VI) Esdareca qual o tipo de telha (amianto, barro cozido, zinco, folha de
flandres, etc.) colocada no telhado e a existencia de para-raios.
VII) Verifique a pintura adotada: se cal, verniz, acrílico ou outro tipo de tinta
e a cobertura.
VIII) Narre se o local sofre ou sofreu inundacóes e suas consequéncias.
120
1) Pontifique cada um dos ambientes de trabalho dos segurados, separando
administracáo, almoxarifado, arquivo marta, depósito, refeitório, espaco para
repouso, vestiário, alojamento, setores de treinamento, etc.
11) Descubra o real padráo de higiene adotado e quais os materiais de limpeza
freq uentemente adquiridos.
VI) Retrate as fontes sonoras ruidosas ou nao, qual o ruído produzido, quando
adquiridas, periodicamente até a desativacáo.
VIII) Fornec;a o nível e a variacáo de frio ou calor existentes nas áreas onde
sao guardados produtos, materia is ou mercadorias e realizadas as taref as.
121
V) Colha a opiniáo, por escrito, dos atuais encarregados da CIPA, dando
alguma preferencia aos mais antigos no cargo.
VII) Folheie os Livros de Atas das reunióes da Diretoria Executiva para lograr
novas inf orrnacóes.
X) Avalie qualquer outro dado contábil histórico que possa vir a ser proveitoso
ao levantamento.
11) Colecione cópias dos 58-40, DISES 58 5235, DSS 8030, DIR8EN 8030 e
informacóes adicionais.
122
IX) Observe os PPRA, PCMSO, SESMT, PCMAT, PGR, desde que eles foram
implantados.
VII) Analise as indeferidas, para saber qual o fundamento apresentado pelo INSS.
VIII) Constate a efetiva ocorréncia dos sinistros, definindo ou nao a
responsabilidade objetiva da empresa.
123
1) Sopese de modo particular os instrumentos de prevencáo e de protecáo ao
trabalhador e se eles produziram resultados.
11) Precise desde quando cada um deles foi implantado, no caso de EPI,
quando entregues, se havia adestramento e fiscalizacáo.
218. lnformac;óessubjetivas
A opiniáo das pessoas, colhida em depoimentos verbais e até por escrito, vale
como meio de persuasáo do INSS.
111) Promova acareacáo entre eles para apurar a realidade histórica em relacáo
as atividades subsistentes.
124
VII) Apense as fotos ou as qravacóes em que aparecarn os empregados no
ambiente de trabalho.
125
220. Presenc;a de terceiros
126
CAPÍTULO XXII
VERIFICA<;OES IN LOCO
Será percipendi quando o perito responder aos quesitos, ao final, sem extrair
juízo de mérito e deducendi, caso f aca afirrnacóes conclusivas.
127
A rigor, comumente, a diligencia se reduz a urna verificacáo local, restando
a
ao requisitante apreciar o relatório correspondente e chegar conclusáo.
128
Diante da ausencia de quesitos, o perito pode, por sua conta, responder as
indaqacóes que a questáo comporta como se eles existissem.
Ilícita é aquela que contraria a lei. Impertinente, quando nao diz respeito ao
assunto tratado. Desnecessátia, se excede a imprescindibilidade. Protelatória, caso
visível que será improdutiva.
129
CAPÍTULO XXIII
CONSTRUc;ÁO CIVIL
231. Documentosreclamados
130
X) Notas Fiscais de materiais - Documento fiscal da aquisicáo de materiais
empregados;
XI) Recibos de pagamento de máo de obra - Provas do pagamento a pessoas
físicas;
XII) Faturas de prestacáo de servico - Documento que prova a prestacáo de
servicos por terceiros;
XIII) Escrituracáo contábil - Controle simplificado do pagamento da
remuneracáo dos profissionais, que incluí folha de pagamento e recibos;
A CND é um fortíssimo indício de que a obra a que ela se refere está regular
do ponto de vista do recolhimento das contribukóes.
Diz o art. 33, § 4º, do PCSS: "Na falta de prova regular e formalizada, o
montante dos salários pagos pela execucáo de obra de construcáo civil pode
ser obtido mediante cálculo da máo de obra empregada, proporcional a
área
construída e ao padráo de execucáo da obra, cabendo ao proprietário, dono da
obra, condómino da unidade imobiliária ou empresa corresponsável o ónus da
prova em contrario".
Essa norma disciplina a afericáo da medida do fato gerador com base em
elementos atípicos {área construída e padráo da obra). Para que essa operacáo
nao suceda, o proprietário tem de f azer a prova referente a
orqanizacáo fiscal
em relacáo a contratacáo de máo de obra para a construcáo. Dele sao, portanto,
exigidos documentos que se prestaram para elidir a afericáo:
131
11) Folha de pagamento - Orqanizacáo de folha de pagamento com o nome
dos trabalhadores, o salário de cada um deles, os descontos efetuados, etc.;
111) Planta baixa - Projeto da obra para que seja estabelecido vínculo dos
números da folha de pagamento como vulto da construcáo:
IV) Enquadramento da obra - Natureza do projeto arquitetónico, área
urbana em que foi construída a obra, dassificacáo da postura municipal, materiais
e tecnologias usadas na edificacáo:
1) Planta baixa;
11) Croquis da obra;
V) Alvará de habite-se;
132
236. Obriga<;ao decaída
1) Alvará de construcáo:
11) Habite-se;
111) Alvará de conservacáo:
IV) Contratos de máo de obra celebrados;
1) Contrato de construcáo:
11) GFIP;
111) Nota fiscal de materiais;
133
V) Guias de Recolhimento;
VI) Ausencia de máo de obra ( com relacáo dos colaboradores com o seu
enderece e o Termo de Adesáo previsto na Lei n. 9.608/98).
134
CAPiTULO XXIV
QUALIDADE DE SEGURADO
135
245. Segurado especial
Por torca do art. 15, § 2Q, do PBPS, outra vez está o segurado toreado a
convencer o INSS de urna negativa, vale dizer, provar que nao estava empregado
e, como diz o referido dispositivo, "comprovada essa situacáo pelo registro no
órqáo proprio do Ministerio do Trabalho ... ", que é o SINE.
O segurado que ficou incapaz para o trabalho, com Dll dentro do período
de manutencáo da qualidade, mas nao requereu o auxílio-doenca. nao perde a
qualidade de segurado, mas carece provar ao INSS aquela incapacidade.
136
250. lngresso do incapaz
137
CAPÍTULO XXV
PERÍODO DE CARENCIA
138
Nesses casos, o segurado tem maiores dificuldades de persuadir o INSS de
que a incapacidade provém de doenca ocupacional.
Treze doencas elencadas na lei dispensam a carencia (PBPS, art. 151 ). Por
se tratar de um fato biológico, o INSS será levado ao convencimento mediante a
apresentacáo de laudos médicos, declaracóes de hospitais, perícias judiciais, etc.
139
Poderia ser diferente, mas assim é. A partir do momento que a Lei n. 10.666/03,
sem qualquer respaldo no princípio da precedencia do custeio, entendeu por facilitar
a aposentadoria por ida de de quem havia contribuído no passado (especialmente
mulheres donas de casa), questionou-se a possibilidade de períodos de fruicáo do
auxllio-doenca ou da aposentadoria por invalidez, em que nao há contribuicáo
do segurado, prestarem-se para compor o período de carencia. Interpretando a
leqislacáo previdenciária segundo exegeses assistenciárias, alguns magistrados
térn acolhido a ideia de que esses períodos podem completar a carencia, sem que
ainda se possa afirmar a existencia de urna jurisprudencia.
140
CAPiTULO XXVI
TEMPO DE FILIA<;ÁO
141
Um período de gra<;a é válido para efeito de benefícios, comprovando-se com
o tempo anterior a aquisicáo da qualidade de segurado.
A prova do direito adquirido reclama a demonstracáo de haver cumprido os
requisitos legais ou terem sobrevindo alteracóes na leqislacáo (lei diminuidora dos
direitos). Verificar nao ter havido a solicitacáo anterior é dever do INSS.
O tempo em que nao havia filiac,;ao obrigatória - empregados antes de 1923,
contribuintes individuais antes de 1960, eclesiásticos antes 1979, domésticos antes
de 1973, etc. - é reconhecido desde que pagas as contribuicóes devidas (PBPS, art.
55, § 2Q).
142
Essa CTC, antes CTS, tem fé de ofício e per se goza do poder de persuasáo
bastante (daí os cuidados que o cercam e a importancia que desfruta).
1) Contrato de estagiário;
11) Contraprestacáo mensal;
a
Em relacáo ao auxilio-doenca ou aposentadoria por invalidez e, também,
no que diz respeito ao salário-maternidade, normalmente nao se exige essa prova
porque ela faz parte dos assentamentos do INSS.
143
Mas, caso a autarquia nao disponha do registro de um desses benefícios,
quando eles iniciaram (DIB) e cessaram (DCB), o segurado terá de demonstrar a
sua existencia:
1) Registro na CTPS;
11) Carta de Concessáo/Mernória de Cálculo;
111) CREM;
IV) Convocacáo para exames médicos;
V) Recursos da cessacáo ou da revisáo de cálculo;
144
269. Situa~ao de anistiado
145
CAPÍTULO XXVII
EDUCA<;ÁO DE MENORES
146
274. Menor tutelado
Tutelado é aquele que vive soba guarda da família em que haja um segurado
obrigatório.
A tutela é instituto técnico civilista (CC, art. 1. 728) e ela pode se dar com: 1
- falecimento dos pais ou julgados ausentes ou 11 - perda do pátrio poder. Quem
nomeia o tutor é o juiz.
147
Períodos Remuneracáo Salário-família
De 12.05.04 a 30.04.05 De R$ 390,01 a R$ 586, 19 R$ 14,09
De 12.05.05 a 30.04.06 Até R$ 414,78 R$ 21,27
De 12.05.05 a 30.04.06 De R$ 414, 78 a R$ 623,44 R$ 14,99
De 12.05.06 a 31.07.06 Até R$ 435,51 R$ 22,33
De 12.05.06 a 31.07.06 De R$ 435,52 a R$ 654,61 R$15,74
De 12.08.06 a 31.03.07 Até R$ 435,56 R$ 22,33
De R$ 435,57 a R$ 654,67 R$15,74
De 12.04.07 a 12.02.08 Até R$ 449,93 R$ 23,08
De R$ 449,94 a 676,27 R$ 16,26
De 12.03.08 a 31.01.09 Até R$ 472,43 R$ 24,23
De R$ 4 72,44 a R$ 710,80 R$ 17,07
De 111.02.09 a 31.12.09 Até R$ 500,40 R$ 25,66
De R$ 500,41 a R$ 752, 12 R$ 18,08
De 12. 1.1 O a 31 .1 2 .1 O Até R$ 539,03 R$ 27,64
De R$ 530,04 até R$ 810,18 R$ 19,48
De 12. 1.11 a 31 .1 2 .11 Até R$ 573,58 R$ 19,41
De R$ 573,59 até R$ 862, 11 R$ 20,73
De 1 Q. 1 . 1 2 a 31 . 1 2. 1 2 Até R$ 608,80 R$ 31,22
Até R$ 915,05 R$ 22,00
De 1 Q. 1 . 1 3 a 31 . 1 2. 1 3 Até R$ 646,55 R$ 33, 16
Até R$ 971,78 R$ 24,66
De 1 2• 1 . 14 a 31 . 1 2. 14 Até R$ 682,50 R$ 35,00
Até R$ 1.025,81 R$ 24,00
De 1 2• 1 . 1 5 a ... Até R$ 752,02 R$ 37, 15
Até R$ 1.089,72 R$ 26,20
148
A prova se f ará com a sentenca judicial a quem atribuiu essa guarda.
Sobrevindo a perda do pátrio poder, o benefício é pago ao tutor.
149
CAPÍTULO XXVIII
150
281. ineptkiéo quinzenal
282. Auxílio-doenc;a
151
hospitais sobre internacáo, enfim, um conjunto mais assertivo das pravas periciais.
Urna busca na jurisprudencia do STJ será de grande valía.
284. Invalidezpermanente
Diz o art. 16 do PBPS que o filho inválido e, na falta deste (inciso 1), o lrrnáo
inválido (inciso 111), ambos de qualquer idade, tém direito apensáo por marte
outorgado pelo segurado pai ou irrnáo.
152
287. teséo e perda da eudicéo
153
VIII) Exames laboratoriais - Cópia de requisicóes e resultados de exames
médicos;
154
CAPÍTULO XXIX
CONTRAPROVA DA INCAPACIDADE
A seguir se apresenta urna lista de meios de prova que podem indicar (cada
caso é um caso) qual o melhor caminho. Na maioria, sao dedaracóes assinadas por
pessoas habilitadas para tazé-lo, sempre se recomendando que sejam procurados
155
profissionais especializados e instituicóes notoriamente idóneas. Nem todos eles
sao exaustivos, convincentes ou suficientes, mas reunidos podem conferir poder
de persuasáo,
156
XXII) Mapeamento de sinistros;
157
XLI) Cirurgias em hospitais;
LV) FUNDACENTRO;
158
LXII) Ficha de atendimento médico do sindicato;
LXIII) Atestados do Conselho Regional de Medicina (CRM);
LXIV) Associacóes da especialidade;
159
298. Atos procedimentais
A ciencia médica, no que diz respeito as pesquisas, está sempre a frente dos
procedimentos de prova administrativa e encurta o caminho quando trazidos a
colacáo.
XCII) Artigos em revistas médicas;
XCIII) Teses ou monografias;
XCIV) Livros médicos;
XCV) Pareceres médicos;
XCVI) Depoimento de vizinhos;
XCVII) Opiniáo de parentes;
XCVIII) Livros de higiene, medicina e seguranc;a;
XCIX) Reprovacáo em concurso público;
160
CAPÍTULO XXX
ATIVIDADES INSALUBRES
161
VI) Registros contábeis (em todos os casos);
VII) Contratos de prestacáo de servicos:
VIII) Recibo de Pagamento a Contribuinte Individual (Lei n. 10.666/03);
IX) Imposto Sobre Servico (ISS);
162
111) Riscos presentes - Relacáo dos agentes físicos, químicos e biológicos
atuantes na área de trabalho;
163
304. Habitualidade e permanencia
164
Um trabalhador sujeito a descanto nao tem de provar o recolhimento das
contribuicóes (Acórdáo de 2.2.93 na AC n. 18. 767 /AL, no Proc. n. 92.05.23437-0,
da 2" Turma do TRF da 52 Reqiáo, in RPS n. 154/729).
111) Perícia judicial -A perícia determinada pela Justica Federal é prova plena;
IV) lnspecáo judicial -A visita do magistrado ao local de trabalho, a inda que
pouco usual, é outro meio de convencimento;
165
VIII) Redamacóes trabalhistas - Em que constem documentos ou pravas do
trabalho insalubre pretérito;
Nesse debate de ambiente, nao mais existente urna filial ou setor que encerrou
atividades ou departamento paralisado, portante, que seja impossível a prava
direta, é preciso pensar na prava emprestada, oriunda de figuras da analogia,
cornparacáo ou similitude.
166
CAPiTULO XXXI
INFORTUNÍSTICA LABORAL
167
Lago, torna-se importante possuir os SB-40, DSS 8030, DIRBEN 8030, laudo
técnico e perfil profissiográfico e, a partir de 12. 1.04, o PPP ou o LTCAT.
168
permite que o próprio interessado a emita ou até mesmo o seu sindicato. Diante
da oposicáo da empresa ou do INSS, se essas últimas evidencias nao bastarem, ele
terá de se socorrer dos meios aqui indicados, conforme seja o acidente-tipo ou a
doenca ocupacional.
Diz o art. 120 do PBPS que: "Nos casos de negligencia quanto as normas
padréo de sequranca e higiene do trabalho indicados para a protecáo individual
e coletiva, a Previdéncia Social proporá acáo regressivacontra os responsáveis".
Este é um dos raros casos em que o INSS tem de provar alguma coisa e in
casu em relacáo ao fato que se dá a distancia de sua administracéo. no local de
trabalho da empresa. Para isso, disp6e da perícia médica e diligencia fiscal in loco,
partindo das inforrnacóes prestadas pelos segurados, parentes, sindicatos ou CAT.
169
A confirrnacáo da negligencia, que se reduz a
falta e cuidado com a
protecáo do trabalhador, é um procedimento em que se registram opinióes dos
administradores da empresa, a descricáo do sinistrado e os depoimentos dos
investigados oficiais.
Neste caso, autora em acáo judicial, quem tem de f azer a prova que houve
o descuido por parte da empresa, faltando com o cumprimento das Normas
Regulamentadoras do trabalho (Lei n. 6.514/77), é a autarquía federal, que, para
levar o magistrado a
conviccáo. basear-se-á em:
1) Visita fiscal - Relatório de Auditor-Fiscal que verificará aspectos formais da
leqislacáo:
11) lnspecáo pela perícia médica - Laudo técnico emitido por médico do
trabalho do INSS;
111) Documentos laborais apresentados - Sumário estatístico dos documentos
da aposentadoria especial apresentados ( PPP e LTCAT);
IV) Número de auxílios-doenca - Levantamento de benefícios concedidos por
incapacidade nas agencias regionais próximas do local de trabalho;
V) Acóes trabalhistas - Sentencas trabalhistas tratando de adicionais laborais;
VI) Acordes coletivos - Cópia dos acordes em que previstos adicionais
trabalhistas.
170
CAPÍTULO XXXII
NEXO EPIDEMIOLÓGICO
A prova deve ser feita com a CTPS e outros registros válidos próprios dessa
relacáo jurídica laboral.
A nao ernissáo de CAT por parte do empregador nao o desobriga dos deveres
que nascem do NTEP. Por seu turno, se ela provier de outra origem, reforcará a
presuncáo estabelecida na lei.
171
Note-se que importará a acidentalidade dos trabalhadores que prestam
servicos para a empresa na condicáo de empregado e nao de autónomo, pessoa
jurídica ou terceiros (especialmente temporários), porque os infortúnios que
envolvam es ses últimos contratados atetaráo a empresa da qual f acam parte e
nao da contratante. Também estáo excluidos os estágios (nao empregados).
Para a IN INSS n. 16/07, sao tidos como agravos: "a lesáo. a doenca. o
transtorno de saúde, o distúrbio, a disfuncáo ou a síndrome de evolucáo
aguda, subaguda ou crónica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latencia" (art. 22, § 12).
172
324. Presuncéo relativa
Por se tratar de urna adrnissáo indireta e nao ser urna presuncáo absoluta,
nasce o direito subjetivo do empregador de tentar contraditá-la, comprovando que
nao deu motivo para a incapacidade. Por exemplo, se urna mulher écrocheteira
durante o seu tempo nao laboral e em razáo dessa ocupacáo particular é abrigada
a movimentos repetitivos, possivelmente esse último esforco rotineiro é o causador
da LER, e nao o que ela faz no servico. Um músico roqueiro pode perder a audicáo
nos fins de semana e inexistir culpa da empresa. Em ambos os casos, pensando-se
até mesmo na hipótese da concausalidade.
173
111) Recolhimento mensa! do FGTS;
174
Do ponto de vista laboral, a estabilidade por 12 meses. Fiscalmente, o dever
de continuar depositando o FGTS.
Diz o art. 120 do PBPS que: "Nos casos de negligencia quanto as normas
padráo de sequranca e higiene do trabalho indicados para protecáo individual e
coletiva, a Previdéncia Social proporá acáo regressiva contra os responsáveis".
175
CAPÍTULO XXXIII
IDADE AVAN<;ADA
Quem tem a segunda tem a primeira, mas nem sempre o que desfruta a
qualidade detém a carencia integralizada.
176
Quem antes dessa data já contribuiu, conforme o ano da Data de Entrada do
Requerimento do benefício, sornando as do passado com as do presente, terá de
provar as seguintes contribuicóes:
Anos Mensalidades
2006 150
2007 156
2008 162
2009 168
2010 174
2011 180
Quem nao foi registrado, ou se foi registrado e nao sabe em que cartório
ou perdeu a certidáo de nascimento e está sem condicóes de obté-la, poderá
convencer o INSS promovendo um novo registro de nascimento ou comprovando
cientificamente a sua idade avancada.
A evidencia médica também poderá ser exigida, caso a pessoa pretenda que
o cartório determine a sua idade no novo registro.
O exame médico é o documento inicial para a prova da idade, emitido pelo
profissional após urna perícia geriátrica, em que ele determinará com alguma
177
precisáo quantos anos aquela pessoa tem. Partirá da observacáo geral do estado
dos ossos. da cor da pele, dos dentes, dos cabelos, presenca de rugas e outros
elementos determinantes que a medicina possui.
Tendo em vista que a renda mensal inicial é aferida a partir de 70o/o da média
dos últimos 80°/o maiores salarios de contribuicáo desde julho de 1994, mais 1 º/o
por tempo de filiacáo, importará ao segurado demonstrar o máximo de tempo de
servico. seguindo as regras da aposentadoria por tempo de contrlbuicáo.
A prova do sexo se faz com o mesmo documento ern que é declarada a idade
(certidáo de nascimento ou de casamento). Nos raros casos de dúvida, mediante
exame médico pericial.
178
CAPÍTULO XXXIV
MAGISTÉRIO ESCOLAR
Para que alguém exerca essa novel profissáo, ele deve concluir um curso de
preparacáo adequado e ser habilitado formalmente. Em sendo aprovado, obterá
um certificado que o habilitará ao magistério, na forma de diploma (registrado ou
nao no MEC).
179
343. Convite de formatura
180
348. Certidóes oficiais
1) Boletim escolar;
1 ) Informativo do rendimento escolar;
111) Ata do Conselho de escala;
X) Elei<;ao da APM;
181
XI) Projeto pedagógico;
XII) Registro de projetos pedagógicos;
XIII) Quadro de horário;
XIV) Livro de Convocacáo do Conselho;
182
CAPÍTULO XXXV
183
de Empregados, da CTPS e da folha de pagamento, que sao os meios de prava,
até o máximo permitido.
a
Em relacáo empregada, temporária, avulsa e servidora sem regime próprio
de previdéncia social, nao há período de carencia a ser demonstrado, bastando a
qualidade de segurado.
Quando o benefício far solicitado dentro do prazo máximo de cinco anos, até
mesmo a certidáo de nascimento relatará o nascimento.
Se antes, durante ou depois do período de 120 días e até mesmo dos dais
acréscimos de 14 dias. a mulher padecer de algum agravo ou incapacidade para
184
o trabalho, imp6e-se o auxilio-doenca, que cessa com início dos quatro meses do
salário-maternidade e deve ser restabelecido após esse período (art. 247 da IN
INSS n. 20/07). A prava da doenca se faz por meio de perícia médica.
A prova de que o aborto de que foi vítima a gestante nao foi criminoso é feita
mediante declaracáo do médico que atendeu a paciente, do atestado constando o
CID específico (art. 240 da IN INSS n. 20/07).
A mulher que cede o seu útero, designada como máe de aluguel, f ará a
prava como segurada.
185
CAPÍTULO XXXVI
DEPENDENCIA ECONÓMICA
O fato prende-se a história da pensáo por morte, quando foi concebida e qual
era o cenário social da época (1923). Sendo o segurado masculino principal provedor
da f amília, na sua falta era imprescindível conceber-se um meio de subsistencia que
pudesse cooperar coma manutencáo dessa f amília (naquela ocasiáo, principalmente
a viúva e os filhos). Por definicáo. como os dependentes dependiam do segurado
enquanto trabalhador, eles deveriam demonstrar ao órqáo gestor que antes isso
ocorria e que, portanto, f azem jus a prestacáo. Mais tarde, consciente de que
alguns segurados nao deixavam vivo esse grupo mínimo da família (viúva e filhos),
o legislador entendeu por estender a protecáo a outros parentes (pais e irrnáos).
Deles, exigiu a demonstracáo de que dependiam do segurado.
186
362. Classificac;ao didática
No caso da presuncáo, optou pela absoluta, aquela que nao comporta prova
em contrário, e escolheu como destinatários dessa adrnissáo, a priori, a jure et
de jure, os cónjuges e os companheiros entre si e de certos filhos em relacáo aos
pais. Assim. as pessoas elencadas no art. 16, 1, do PBPS nao tém de depender
economicamente do de cujus nem f azer prova disso.
Por outro lado, no caso da nao presuncáo. as pessoas elencadas nos incisos
11/111 do mesmo art. 16 carecem demonstrar a dependencia económica ao INSS.
Como essa realidade nao conta o legislador e, por isso. ele ainda permite
que numa família em que o homem entre com R$ 7.000,00 e a mulher com
R$ 3.000,00, num total de R$ 10.000,00, falecendo um deles. o outro receberá
algo em torno de R$ 10.000,00, que deverá mudar algum dia.
187
367. Momento da dependencia
Nao há tempo para ser feita a prava porque o direito aos benefícios é
imprescritível. Assim, a qualquer momento ela pode ser produzida.
368. Obriga<;áopessoal
188
CAPITULO XXXVII
MORTE E PRISÁO
189
Com o fim da exigencia de cinco anos de vida em comum ou filho reconhecido,
a prova da uniáo estável, em cada caso, tornou-se onerosa para o dependente
supérstite. Deve ser entendida como a uniáo de pessoas de sexo distinto com a
intencáo de urna rela~ao duradoura. Combinados, alguns documentos sao aceitas
pelo INSS:
VI) Enderece comum - Nome constante de contas de água, luz, telefone, etc.;
190
XXI) Fotografias-Todo tipo de qravacáo, imagem, em que aparecarn juntos;
XXII) Pensáo alimentícia de fato - Percepcáo de valor depositado em conta
corrente bancária;
XXIII) Sentenca condenatória para pagamento de pensáo alimentícia;
XXIV) Justificacáo judicial - Sentenca de acáo judicial;
XXV) Justificacáo administrativa - Promovida junto do INSS.
Os diferentes filhos que tém direito a pensáo por morte dos pais provam essa
condicáo com a certidáo de nascimento (NCC, art. 1.603).
191
Diz o art. 1.605 da NCC: "Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá
provar-se a filiacáo por qualquer modo admissível em direito: 1 - quando houver
comeco de prova por escrito, proveniente dos pais. conjunta ou separadamente;
11 - quando existirem veementes presuncóes resultantes de fatos já cerros".
Quando os pais do segurado falecido nao f azem jus apensáo por morte,
certos irrnáos a ela fazem jus e devem confirmar esse estado jurídico com certidáo
de nascimento das duas pessoas envolvidas, em que fique evidenciada essa relacáo
de parentesco.
Para o art. 289 da IN INSS n. 118/05: "A privacáo da liberdade será comprovada
com certidáo da prisáo preventiva ou da sentenca condenatória ou atestado do
recolhimento do segurado a prisáo, emitido por autoridade competente".
192
379. Percepr;ao do salário
193
CAPÍTULO XXXVIII
MISERABILIDADE E DEFICIENCIA
Ele nao pode ser confundido com a renda básica da cidadania da Lei n.
10.835/04 nem com outras pens6es assistenciárias concedidas pela Uniáo
(Seringueiros da Amazonia, Síndrome da Talidomida, Césio 137, Pensáo
Hemodiálise de Caruaru, etc.) e muito menos com o Programa Bolsa Família da Leí
n. 10.836/04, cuja percepcáo gera problemas de acumulacáo.
194
Conforme o número de membros, suas idades, percepcáo ou nao de presta-
cóes permitidas, condicóes de saúde e a miserabilidade, condicóes de sobrevivéncia
ou subsistencia, o estado de miserabilidade variará enormemente. Em cada caso,
o interessado tem de f azer a prova da nao percepcáo de renda superior a exigida.
O STJ tem entendido que os critérios do art. 20, § 32, da Lei n. 8.742/93 nao
sao objetivos e nem aqueles ali indicados, admitindo outros meios de comprovar o
estado de penúria do requerente (RE n. 842.039/SP, no Proc. n. 2006.0094438-0,
de 21.6.06, quando relator o Min. Gilson Dipp). Os recursos do INSS nao conseguem
prosperar na hipótese de o TRF dar provimento ao recurso de 1 il instancia, em face
da Súmula STJ n. 7, que obsta reexame de matéria fática em recurso especial.
O requerente tem de provar que cada um dos membros da f amília nao recebe
valor superior a 1/4 do salário mínimo, ou seja, R$ 788,00: 4 = R$ 197,00.
195
Passaporte também é prova de idade caso nao se possua certidáo de
nascimento do seu país de origem. Presta-se ainda a certidáo ou guia de inscrlcáo
consular, certidáo de desembarque, devidamente autenticada, e título declaratório
de nacionalidade brasileira.
196
CAPÍTULO XXXIX
VONTADE DO BENEFICIÁRIO
197
bancária. Se nao o faz, esse deferimento é desfeito, mas, caso contrário, assim
desejando, a preva é a percepcáo do valor inicial. Nao significa o convencimento
de que está de acordo com o valor, podendo se opor ao cálculo, mas que anui
com o despacho.
Por vezes, isso sucede na aposentadoria por invalidez; se por qualquer motivo
subjetivo o segurado nao mais a quer receber e para que sua pretensáo seja
examinada, é preciso requerer ao INSS (que dará alta ou nao). lnsistindo em ver
a
a sua vontade respeitada, restam-lhe os recursos administrativos e a ida Justica
Federal.
198
396. Tempo de servico
400. Salário-base
199
ocasrao em que foi substituído pela remuneracáo auferida pelos contribuintes
individuais (empresário, autónomo, eventual e eclesiástico) e facultativo (Lei n.
10.666/03).
Até entáo. naquele regime contributivo, consagrava-se a excecáo da preva-
lencia da vontade em matéria de custeio, ou seja, o segurado podia manifestar
a sua vontade e o f azia com o recolhimento. Ele f azia o enquadramento, perma-
nencia, progredia, regredia e retornava, bastando-lhe, nos termos da lei, f azer o
pagamento da classe permitida pela leí.
200
CAPÍTULO XL
VOL TA AO TRABALHO
Por isso, mesmo em 2015, cerca de 21 anos depois, ainda existem pessoas
com direito.
201
402. Retorno ao trabalho
Dizia a norma legal que, urna vez levantado o pecúlio, semente 36 meses
depois o requerimento poderia ser reeditado. Passados 21 anos, essa disposicáo
tornou-se inócua e nao há prova a f azer (antes exigida, de evidenciar que
decorreram os tres anos).
Para que o INSS inicie a instrucáo desse benefício, importa que o segurado
confirme o afastamento do trabalho.
Em relacáo ao trabalhador sujeito a desconto (ernpreqado, temporário,
doméstico e servidor sem regime proprio). com os papéis próprios da rescisáo
contratual, baixa na CTPS, saque do FGTS, etc.
Para o avulso, dedaracáo firmada pelo sindicato de classe ou OGMO.
No caso do empresário que deixou a adrninistracáo da empresa com a
altera<;ao do contrato social, ata da Assembleia da sociedade anónima, pedido de
dernissáo e baixa da inscrkáo no INSS.
Para o autónomo, a baixa de sua inscricáo na Prefeitura Municipal ou órqáo
de controle do exercício profissional e também a da mscricáo do INSS.
Na maioria das reliqióes, como o eclesiástico nunca perde essa condicáo. ainda
que limitado o exercício do ministério religioso no raríssimo caso da excomunháo.
a prova é a dedaracáo da entidade por ele mantida de que deixou de ministrar os
sacramentos.
202
Se houver discordancia entre o CNIS e a Relacáo de Salários de Contribuicáo
apresentada pelo segurado, o INSS promoverá diligencia in loco.
a
Quem se filiasse previdéncia social com mais de 60 anos até o PBPS, por
torca de deterrninacáo da CLPS (art. 5º, § 6º), além de outros benefícios, fazia jus
ao pecúlio. Na hipótese de nao haver outro direito que possa ter sido introduzido
pela Lei n. 8.213/91, agora poderá levantar esse pecúlio, desde que faca a prava
habitual.
203
CAPÍTULO XLI
TRABALHO RURAL
204
111) Oeclaracáo do sindicato dos trabalhadores homologado pelo INSS;
205
trabalho rural, especialmente a partir de 12.11.75 (Lei n. 6.260/75), quando se
tornou segurado obrigatório.
A Porta ria MPS n. 6.097 /00 determinou ao INSS que nao interpusesse ou
desistisse de Recursos Especiais em rela<;ao a"utilizacáo de certid6es de registro
civil, eleitoral ou militar e de escrituras de propriedade rural como início razoável
de prova material" (art. 12).
206
IV) Dedaracáo do sindicato de trabalhadores e de pescadores ou de colonia
de pescadores, homologada pelo INSS;
207
418. Entrevista no INSS
1) Anotacáo em CTPS;
11) Dedaracáo do sindicato rural;
111) Certidáo de nascimento dos filhos;
IV) Certidáo de casamento;
V) Título de eleitor;
IX) Procuracáo:
208
XIV) Ficha de crediário em estabelecimentos comerciais;
209
XLII) Certidáo de matrícula do garimpeiro;
210
CAPÍTULO XLII
SERVIDOR PÚBLICO
a
Nao existe a figura do servidor de fato e, se dúvida houver quanto classifi-
cacáo de ser celetista ou estatutário impossível de ser desfeita, entender-se-á que
está protegido pela CLT, porque a condicáo de servidor é cercada de oficialismo.
211
XIII) Ato de desiqnacáo para o exercício da funcáo:
XIV) Emissáo de documento de identidade;
A posse é ato solene que ocorre perante autoridades, pessoas, urna cerim6nia
com assinatura no livro Termo de Posse. Algumas reparticóes costumam emitir um
documento sob esse título que é fornecido ao interessado.
1) Assentamento pessoal;
V) Notícias em periódicos;
212
VI) Desiqnacáo para algum ato público;
213
425. Tempo de servico
A licenca para tratamento de saúde, com início e fim autorizados após exame
pericial, é precedida de requerimento, perícias e autorizacóes escritas publicadas
ou nao.
214
CAPÍTULO XLIII
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO
215
Por qualquer motivo, se isso far recusado, restando impossível (por exemplo,
por causa de greve), o defendente ou apelante buscará outros meios disponíveis,
como protocolar em órqáo distinto e até mesmo na Delegada de Polícia (solicitando
um BO que disponha sobre a impossibilidade).
Nao se deve confundir prava ilícita, que pode ser boa, com prava ilicitamente
obtida. Se um beneficiário consegue um laudo técnico legítimo e veraz favorável a
sua pretensáo por meios escusas, deverá responder penalmente pela ilicitude, mas
a prava será respeitável.
Disciplinando encargo, tido como igual para as duas partes, diz o art. 36 da
Lei n. 9.784/99 que "cabe ao interessado a prava dos fatos que tenha alegado,
sem prejuízo do dever atribuído ao órqáo competente para a ínstrucáo ... ",
216
A partir do momento em que o STF pos fim a essa exigencia, a prova tornou-
-se desnecessária.
Por vezes isso se faz necessário porque o titular do direito nao tem como
fornecer os elementos comprobatórios, impondo-se visita fiscal ou pesquisa in
loco, que semente a autoridade tem o poder de promover.
O encargo do alegante é somente de informar onde estáo as provas ou em
que circunstancias elas sao produzidas.
217
440. Provas recusadas
218
CAPÍTULO XLIV
JUSTIFICA<;ÁO ADMINISTRATIVA
Assegurado por leí (PBPS, art. 108) e pelo seu regula mento (RPS, art. 143),
constituí-se em direito subjetivo de todas as pessoas que desejam demonstrar algo
do qual nao possuam o meio de prova satisfatório ou ela é insuficiente para os fins
a que se destina.
Ela dispensa, por definicáo, a prova plena. Nao pode pressupor documento
tao evidente como o registro da relacáo de emprego na CTPS. Situa-se no plano da
razoabilidade do exigido de quem nao tem a anotacáo completa. A dernonstracáo
posiciona-se a meio caminho da prova robusta e o do vazio probatório. Tem sido
tratada pelas normas previdenciárias como urna concessáo do órqáo gestor, o que
é equívoco normativo e cultural; ela evita as justificacóes judiciais na Justica do
Trabalho e na Justica Federal.
219
circunstancias, sempre de interesse previdenciário, quando nao há outra forma de
comprová-los. Ela é processada perante a própria previdéncia, sem 6nus para o
interessado, com a vantagem de economia de tempo. Serve, de um modo geral,
para suprir a falta ou a insuficiencia de documento que evidencia tempo de servico
prestado, dependencia económica do instituidor do benefício em relacáo ao bene-
ficiário, identidad e e relacáo de parentesco. Nao será admitida quando o fato que
se pretende comprovar exigir registro público de casamento, idade ou de óbito" (A
justifica~ao judicial e a justifica~ao administrativa na Previdéncie Social. Disponível
no site Advocacia Medeiros Advogados).
Toma-se o art. 52, LV, da Carta Magna como fonte constitucional, embora
nao haja nesse dispositivo alusáo expressa. A fonte legal inicial é o art. 55 do
PBPS, mas com a generalidade do instituto técnico, o que importa é o seu art.
108: "Mediante justificacáo processada perante a Previdéncia Social, observado
o disposto no § 32 do art. 55 e na forma estabelecida no Regulamento, poderá
ser suprida a falta de documento ou provado ato do interesse de beneficiário ou
empresa, salvo no que se refere a registro público" (grifo nosso).
Combinado com o art. 55, § 32, resulta evidente urna afirrnacáo polémica
bastante acolhida pelo Poder Judiciário Federal (mas contestada por muitos
estudiosos): a exigencia do início razoável de prova material.
220
444. Eficácia e alcance
Em virtude de equivocada disposicáo legal, como deveria ser a JA, ela nao
alcance todas as pessoas interessadas nem toda a relacáo jurídica previdenciária.
Basicamente, diz respeito aos beneficiários (segurados e dependentes) e as
empresas, essa última expressáo a ser tomada no sentido mais amplo que comporta
o art. 15 do PCSS.
IV) Advertencia aos depoentes - Promoverá em voz alta com relacáo ao art.
299 do Código Penal;
221
446. Recurso de inconformidade
As pessoas que estáo autorizadas a depor numa JA sao aquelas que podem
testemunhar, conceito que provém do Código Civil e Processual Civil. A IN INSS n.
11/06 relata algumas pessoas que estáo impedidas:
V) O c6njuge;
Saliente a
lei (a quem deveria decidir sobre matéria tao importante), diz o
art. 142, § 22, do RPS que é "vedada sua tramitacáo na condicáo de processo
autónomo". Com isso. o art. 372 da IN INSS n. 11/06 determinou que a JA "nao
poderá ser processada isoladamente, devendo ser decorrente de processo de
benefício, de CTC ou de atualizacáo de dados do CNIS e realizada sem ónus para
o interessado, nos termos desta IN".
Como todos os meios de prova sao admitidos em Direito, a prova terá de ser
produzida quando possível e nao, necessariamente, por ocasiáo da instrucáo do
pedido do benefício (porque, entáo. poderá ter perecido).
222
449. lnício de prova
Sem embargo de a JA ser um direito subjetivo das pessoas para isso autorizadas
a
pela leí e o procedimento observar os ca nones constitucíonais e processuais risca,
perfilhando os princípios de Direito Administrativo compatíveis, tal qual a sentenca
do magistrado, a decisáo é do INSS que, subjetivamente, concluirá ou nao pela
confirrnacáo do fato alegado. Restam ao justificante os recursos disponíveis, e um
a
deles submeter as mesmas prevas Justica Federal.
é
223
CAPÍTULO XLV
JUSTIFICA<;ÁO JUDICIAL
Quer dizer, o INSS terá de aceitar a decisáo judicial que se baseou tao
semente em depoimento testemunhal caso o interessado, posteriormente, arrole
início razoável de prova material mediante justificacáo administrativa.
224
do acordado, mas poderia fazer a prava contrária (dificultada, pois os elementos
estáo na posse da empresa).
Quando o INSS nao abriga a decísáo trabalhista sobre matéria previdenciária,
resta ao interessado socorrer-se da Justica Federal, que avaliará a decisáo ali
a
tomada e principalmente com vistas existencia de prova material.
Assim age várias vezes, para apreciar a prova por este apresentada em
juízo, outras vezes para fazer a contraprova. O certo é que esse exame é, ainda,
submetido a autoridade julgadora que, no comum dos casos, principalmente
225
quando técnica a verificacáo necessária, decidirá conforme as conclusóes do perito
judicial. Mas igualmente importante a opiniáo desse expert nas suas condusóes.
é
1) ldentificacáo da empresa;
11) Enderece:
111) Setores atingidos;
V) Danos causados;
226
em muitíssimos casos, nao se acolhendo a decisáo da Justica do Trabalho. Sede em
que, historicamente, o melhor meio de prava é o depoimento testemunhal de
colegas de servico ...
Pelo menos duas escalas doutrinárias se formaram: a) sem o início de prava,
material ou nao, é imprestável a preva feita para a previdéncia social; e b) se o
depoimento testemunhal é bom e o juiz se convence, máxime em srtuacóes em
que a prava material é difícil para o beneficiário, ela é aceita.
Há, aí, um confronto entre o poder do livre convencimento do Juiz e a presuncáo
legal de que os beneficiários ou fogem a verdade ou nao tem prava do alegado.
Com efeito, é um meio de prova produzida tora dos autos, em outro processo
(nao importando a natureza deste, as vezes, urna redamacáo trabalhista, urna
separacáo judicial, urna cobranca executiva de débito).
A prova emprestada só tem eficácia própria quando produzida entre as
mesmas partes. Se o INSS nao foi arralado no processo que originou a preva, ele
tem o direito de contestar aquela condusáo,
227
Essa prava emprestada pode ser judicial ou administrativa, senda bastante
comum a rustica Federal exigir a juntada dos autos do processo de benefício para
decidir sobre o dissídio entre o beneficiário e o INSS.
Diz o art. 142, § 22, do RPS que a justificacáo administrativa "de processo
antecedente, vedada sua trarnitacáo na condicáo de processo autónomo", é
ordem para a adrninistracáo (mas nao para o administrado, que é abrigado a
tentar guardar as pravas até o momento de requerer o benefício).
228
CAPÍTULO XLVI
SITUA<;ÓES PARTICULARES
Rábulas nao sao advogados, mas costumam f azer servicos com conotacáo
jurídica; farmacéuticos e enfermeiros as vezes praticam pequenos procedimentos
de medicina; mestres de obras e até pedreiros substituem engenheiros em servicos
de alvenaria de pouca monta.
229
Quem demonstrar que praticou a medicina sem o diploma de médico, portanto
sujeito a toda sorte de sancóes jurídicas e penais, filiou-se ao RGPS e, se contribuiu
regularmente, f ará jus as prestacóes previdenciárias.
464. ticence-prémio
230
estorco pessoal nem sempre é reconhecido pela sociedade, mas deveria admitir a
filiacáo em caráter facultativo.
231
CAPÍTULO XLVII
PRINCIPAIS PROFISSÓES
V) Notícias em jornais;
471. Advogados
232
VI) Magistério jurídico;
472. Engenheiros
233
1) Registro no CREA;
473. Médicos
X) Participacáo em eventos;
234
XII) Participacáo em academias literárias;
474. Economistas
Embora exercarn urna profissáo muito relevante nos días de hoje, ocupando
cargos importantes nos ministérios governamentais, os profissionais da economía
nao deixam tantos sinais como seria de esperar:
1) Títulos universitários;
235
V) Magistério superior;
VI) Premios.
475. Contadores
1) Balancetes mensais;
11) Balances anuais;
111) Escrituracáo:
476. Químicos
236
477. Jornalistas
1) Diploma universitário;
V) Periódicos;
478. Escritores
1) Livros publicados;
111) Entrevistas;
V) Premios outorgados;
237
479. Médicos do trabalho
1) SB-40;
11) DISES SB 5235;
111) DSS 8030;
V) PPRA;
VI) PCMSO;
VII) SEMST;
VIII) CAT;
X) Perfil profissiográfico;
XI) LTCAT;
XII) PPP;
238
480. Artistas
X) Programa de espetáculos;
XII) Vernissages;
XV) Book;
XVI) Esculturas;
XVIII) Premios;
XIX) Homenagens;
XX) Fotografías.
239
CAPÍTULO XLVIII
PROVAS EXAUSTIVAS
240
482. Contratos especiais
483. Declarar;óesconfirmadas
Após essa data, ainda que antigas, reduzem-se a inícios razoáveis de prova.
484. Prontuáriomédico
Certidóes emitidas pela Secretaria da Rece ita Federal, informando que a pessoa
declarou remuneracáo na Dedaracáo do Imposto de Renda, confirmam a existencia
da atividade.
241
A Certidáo de Tempo de Servico ou a Certidáo de Tempo de Contribuicáo
emitida pelos órqáos públicos sao documentos oficiais que nao podem ser
rejeitados.
a
A atividade militar que interessa previdéncia social divide-se em dais grupos:
a) carreira militar, cuja tempo de servico é computado pelo INSS, mediante CTC; e
b) servico militar obrigatório, por intermédio do certificado de servico militar.
242
CAPÍTULO XLIX
OUTRAS PROVAS
Como antecipado, o universo da prova, por ser infindável, a qui é f atiado para
facilitar a exposicáo.
11) Dedaracáo junto do BNH ou seu agente financeiro, para fins de empréstimo
imobiliário;
243
XIV) Carta de recomendacáo:
244
1) Fotografia antiga, mesmo sem data, na qual o justificante figure junto ao
local de trabalho;
245
VI) Multas de órqáos de controle do exercício profissional;
VII) lnscricáo em EFPC associativas;
246
XXXII) Guias de Recolhimento da Previdéncia Social (GRPS);
247
111) Cartáo de opcáo do ex-lAP para outro instituto;
IV) Notificacáo do Imposto de Renda;
1) Caderneta agrícola;
11) Cartas de apresentacáo. repreensáo ou recomendacáo:
111) Notícias relacionadas com os servicos do titular publicados em órqáos de
comunicacáo social da empresa;
VI) Eleicáo
em sindicato, federacáo, confederacáo ou outro órqáo classista de
representacáo dos trabalhadores;
248
VII) Eleicáo para cargo eletivo;
VIII) Atas em que surjam o nome do justificante, sua funcáo e encargos;
249
XX) PPP;
XXI) LTCAT;
XXIV) CAT;
250
XV) Recibos de pagamento de comissóes:
251
XX) Auxílio-funeral;
XXI) CAT;
XXXIV) LTCAT;
XXXV) Cornunicacáo de Resultado de Exame Médico (CREM);
XXXIX) NFLD;
252
1) Boletim de Ocorréncia policial (BO);
1) Perícia grafotécnica;
253
XII) Opcáo pelo FGTS;
254
CAPÍTULO L
RENÚNCIA AO BENEFÍCIO
255
501. Pressuposto da deseposentecio
502. Entendimentodoutrinário
256
no exercício do cargo de Juiz Temporário e fizer jus a aposentadoria nos termos
desta Lei, é lícito optar pelo benefício que mais lhe convier, cancelando-se aquele
excluído pela opcáo".
257
504. Fonte formal
Em seu art. 52, XXXVI, diz a Constituicáo Federal: "a lei nao prejudicará o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". Tal postulado centra-se
entre os direitos e as garantias fundamentais (ementa do Título 11), os direitos in-
dividuais e coletivos (ementa do Capítulo 1) e, pelo rol dos 77 preceitos (sic), onde
postado, é nítido perceber-se referir, principalmente, a individualidade, aplicando-
-se, em particular,ªº tema trazido a colacáo.
Nao é objetivo da Carta Magna petrificar o ato jurídico perfeito, tanto quanto
o direito adquirido e a coisa julgada; ele deve palmilhar no sentido do titular da
faculdade e nao contra. A protecáo oferecida (sem prejuízo de consentaneamente
ampliada pela doutrina) é contra a lei ou decisáo prejudicial aos interesses legítimos
e consolidados do indivíduo.
Como a administracáo pode rever os seus próprios a tos, nao goza do favor
desse postulado; dispensa-o. Poderá sustentá-la, se acionada, como prova de
procedimento correto. Nunca contra a volicáo, se legítima, do administrado. Nada
impede, nem poderia obstar numa Lei Maior de Estado Democrático, a afetacáo
por parte do titular, enquanto isso representar o exercício da liberdade.
258
tuda; o passar do tempo e a dinámica da vida moderna promovem adaptacóes a
leqislacáo, incorpando-a com a disciplina de novas situacóes.
a
Tais argumentos nao resistem breve conjetura. A admlnistracáo empreende
atividade-meio e nao fim; instrumento, ela deve servir aos administrados e nao
postar conveniencias sobre os interesses destes. Precisaadaptar-se as circunstancias,
e nao os beneficiários fazé-lo: se isso onerar os custos, quem os paga, em última
instancia, é a comunidade de segurados.
259
imperatividade da norma pública, se nao a volicáo pessoal do ser humano? Atende-se
a coletividade quando se oferta a pessoa o seu legítimo direito; comparado ao
indivíduo, o coletivo é massa numérica abstrata. lnexiste interesse público previ-
denciário nao particularizado na figura de um segurado ou dependente.
260
Enfim, abdicar de faculdades renunciáveis é direito consagrado. lnstituicóes
provectas e respeitáveis extinguem-se; entre elas, o sacrossanto casamento. Tal
atitude pressupóe abdicacáo em favor de situacáo melhor, no comum dos casos,
sob juízo do interessado. Impedir a abstencáo representa sacrificar o indivíduo.
Tuda produto da volicáo livre e consciente do titular. Sem a intencáo do
beneficiário de aposentar-se é impossível a aposentacáo: explica-se, destarte, a
assinatura no documento, a pessoalidade e a intransferibilidade da providencia.
Se o desejo livre e consciente dá início ao ato e essencial a sua consecucáo,
é
nao pode ser desprezado nas coqitacóes sobre o desf azimento do mesmo ato, por
parte do detentar do direito.
Nao é possível destruir-se um ato jurídico perfeito como meio para causar
prejuízos a terceiros (quem quer que seja). Assim, o segurado condenado a pagar
pensáo alimentícia a ex-esposa, para lograr a desaposentacáo, terá de garantir a
obriqacáo civil.
Urna presuncáo pessoal, embora acatável, é ter prestado concurso e ter sido
admitido no servico público e preenchidos os requisitos legais, para ali se aposentar
em condicóes superiores as do RGPS.
A despeito do que pensa parte dos magistrados da Justica Federal, para que
acorra a desaposentacáo preciso que o aposentado demonstre que restituiu o
é
261
510. Direito de trabalhar
262
CAPÍTULO LI
CRIMES SECURITÁRIOS
263
Quem é encontrado com urna CTPS falsificada, nao apresentada ao INSS,
nao cometeu crime e o próprio Auto de Apreensáo do documento, e conforme a
circunstancia, indicará a sua nao utilizacáo. Dispensa-se, pois, o animus rem sibio
habendí.
Tendo em vista que a maioria dos tipos securitários é de ornissáo. na maior
parte dos casos a tentativa é desconsiderada.
264
a expressáo "confessar" em razáo do disposto no art. 38 do PCSS, ao mencionar
a hipótese de pagamento parcelado. Afirma a necessidade de as contribuicóes
serem "verificadas e confessadas", implicando, a principio, nao mais poder o
sujeito passivo da dívida discutir o quantum cobrado;
265
Os obstáculos financeiros tém de ser provados (Apelacáo Criminal n.
1994.04.29501-9/RS, de 5.10.96, relator Juiz Jardim de Carvalho, do TRF da 4ª
Reqiáo, 2ª Turma, DJU de 22.11.95, in RDDT n. 4/163).
A penúria do empresário é causa extintiva da punicáo (Apelacáo Criminal n.
1996.03.006121-2, de 26.9.97, Juiz Sinval Antunes, TRF da 3ª Reqiáo, 1 ªTurma,
in RDDT n. 26/212).
Para o Juiz Vladimir Freitas: "comprovada a falencia da empresa, surge a
inexigibilidade de condutas diversas, em que o réu demonstrou nao possuir
numerário pagamento de dívidas, como as contribuicóes previdenciárias por ter
dado preferencia ao pagamento dos salários dos empregados" (Apelacáo Criminal
n. 1996.04.08827-2, de 9.12.97, TRF da 4" Reqiáo. 1" Turma, in - RDDT n.
31 /211 ). Igual se col he com o Juiz Gilson Dipp (acórdáo unánime da 1 ªTurma do
TRF da 4ª Reqiáo, na Apelacáo Criminal n. 1997.04.60.991-4/PR, de 23.6.98, in
DJU de 2.9.98).
Noutro momento, para o art. 337-A do CP, nao ocorrerá aplicacáo se: "o
valor das contribuicóes devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior aquele
266
estabelecido pela previdéncia social, administrativamente, como sendo o mínimo
para o ajuizamento de suas execucóes fiscais" (§ 22, inciso 11). Nesse caso, os
registros contábeis do contribuinte confirrnaráo o alegado.
Para o art. 168-A, § 32, do CP: "É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena
ou aplicar semente a de multa se o agente for primário ... ",
Quem desejar afirmar que nao é reincidente precisará demonstrar que o novo
crime cometido deu-se antes de transitar em julgado a sentenca do ilícito anterior,
e isso se f ará com inforrnacóes cartoriais do anda mento do processo penal. A
própria denúncia configurará a data da consurnacáo do crime.
267
insubsistente ou a Notificacáo Fiscal anulada, tal condusáo de alguma forma
afetará o andamento do processo penal. Acórdáo de JR ou CAj do CRPS transitado
administrativamente em julgado servirá como elemento de conviccáo.
268
CAPÍTULO Lll
PROTE<;AO AO IDOSO
269
522. Agressao física
a
Diz o art. 92 do Estatuto que: "É obriqacáo do Estado garantir pessoa idosa
a protecáo a vida e a saúde, mediante etetívacáo de políticas sociais públicas que
permitam um envelhecimento saudável e em condicóes de dignidade", logo, quem
foi agredido físicamente tem de procurar a Delegada de Polícia e f azer queixa escrita.
a
523. Direito liberdade
Tudo o que afrontar esse direito mínimo da liberdade, urna vez provado,
será objeto de acáo por parte do Ministério Público. A prova se faz conforme o
constrangimento a que foi submetido.
270
525. Servic;os de saúde
271
CAPÍTULO Llll
FUNDO DE GARANTIA
272
534. Reclamac;óes trabalhistas
273
540. Saques autorizados
274
CAPÍTULO LIV
ASSISTENCIA A SAÚDE
275
No caso de débito em conta corrente, importa da mesma forma a
documentacáo da rede bancária e o extrato, menos mensal, a ser extraído pelo
correntista.
Para quem perdeu o comprovante, a declaracáo do Imposto de Renda, em
que consignada a despesa, é um comeco de prova da despesa havida.
276
547. Direito adquirido
Cada um dos Estatutos Sociaisdos planos de saúde tem seu próprio critério
de indusáo e exdusáo de parentes na protecáo, implicando, pois, a ideia de
desiqnacáo de dependentes.
Conforme o que ali estiver disposto em relacáo a marido e mulher,
companheiro ou companheira, filhos, pais e irrnáos. os documentos civis fazem a
prova da relacáo de dependencia exigida.
277
CAPÍTULO LV
SERVl~O SOCIAL
553. Reabilita<;aoprofissional
278
556. Assisténcie jurídica
Urna prava de que existe a vaga legal é muito difícil, porque frequentemente
esses dados pertencem a empresa, e urna solucáo é reclamar no MTE e no MPS,
para que a fiscalizacáo verifique in loco.
279
O preceito elege entre os aposentados aqueles percipientes de benefícios
por incapacidade, valendo dizer que obteve o auxílio-doenca e a aposentadoria
por invalidez.
Devido aoque está disposto no art. 69, § 52, do PCSS, nos últimos tempos o
INSS tem promovido recenseamentos com os aposentados e pensionistas (Lei n.
10.887 /04).
Os beneficiários sao chamados as agencias bancárias ou, em último caso, aos
postos de atendimentos da previdéncia social. Preenchido o formulário, o titular
recebe o comprovante do comparecimento.
280
CAPÍTULO LVI
SEGURO-DESEMPREGO
1) Recebeu salário de pessoa física ou jurídica, pelo menos nos seis meses
anterioresa data da dispensa;
1 ) Ter sido empregado de pessoa física ou jurídica, pelo menos, nos últimos
36 meses;
111) Nao ter auferido o benefício nos últimos 16 meses;
281
V) Nao possuir renda própria;
Nao ter renda pode ser demonstrado coma Declaracáo do IR, mas a pessoa
é isenta, com dedaracáo própria.
282
11) Comparecer no domicílio bancário previamente escolhido, munido da CTPS
e do documento de identificacáo do PIS-PASEP;
Mostrando que ainda nao se passou o prazo legal com a baixa na CTPS ou
no Termo de Rescisáo Contratual, o desempregado confirma que está dentro do
prazo de decadencia.
283
CAPÍTULO LVII
PREVIDENCIA COMPLEMENTAR
No ensejo, tem ainda de deixar claro que sua intencáo nao é resgatar, passar
a pagar individualmente como autopatrocinado ou optar pelo vesting. Disposicáo
promovida mediante requerimento ou formulário próprío da EFPC, a ser preenchido
e com poder de convencimento da sua vontade.
284
573. Autopatrocínio
Autopatrocínio corresponde a
ideia de alguém que deixou patrocinadora,
mas nao a entidade, e pretende continuar contribuindo (pagando praticamente
em dobro como se fosse um facultativo do RGPS).
111) Perícia médica externa a EFPC - Laudos técnicos emitidos por clínicas
particulares;
285
576. Filia~ao na EFPC
286
VIII) Ausencia de punicáo - Quem poderá certificar a ausencia de sancóes é
a SPC, mediante declaracáo.
287
CAPiTULO LVIII
PROVAS DA DEFICIENCIA
288
Rigorosamente, a deficiencia nao se presume; carece ser demonstrada
faticamente. Embora nao seja absoluta, até evidencia em contrário, a simples
concessáo de benefício nao correspondente a um cenário que presuma a
deficiencia.
289
e) Art. 93 do PBPS
290
Quando da venda do veículo, o comprador deverá ser pessoa "nas mesmas
condicóes de deficiencia física, apuradas media inspecáo por junta médica oficial"
(parágrafo único do art. 3Q}.
590. Declara~óesoficiais
a) Obviedade da evidencia
Pessoa física ou jurídica, que nao se convencer da decisáo tomada por urna
empresa, órqáo governamental ou previdéncia social desfruta do poder jurídico
de opor-se a essa conclusáo por intermédio de inconformidades administrativas
(Portaría MPS n. 323/07) ou judiciais (art. 120 do PBPS), sobos auspícios da Leí n.
9.784/99.
291
1) Origem - A origem mais comum das deficiencias é genética.
11) Causa - Quem nasceu cego, surdo ou mudo nao é tido como doente.
A vítima de um acidente que teve urna arnputacáo. após a alta médica, nao é
doente.
d) Demonstrecoes escolares
f) Acessibilidade urbana
A Lei n. 10.098/00 estabeleceu "critérios básicos para a promocáo da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiencia ou com mobilidade reduzida"
sem, entretanto, especificar com clareza como tais pessoas faráo a demonstracáo
do seu estado físico que autoriza a utilizacáo dessas vantagens.
292
CAPÍTULO LIX
PROVAS DO ESTÁGIO
Um direito prescreve (ou nao), mas o poder de mostrar sua existencia nao
desaparece com o decurso do tempo. No caso da previdéncia social, a qualquer
momento o indivíduo demonstrará que foi estagiário.
293
lsoladamente, o Termo de Compromisso é apenas urna perspectiva de
que haverá um estágio. Carece de associar-se a outros meios oriundos da parte
concedente para ter capacidade de convencimento.
A Lei n. 11.925/09 alterou o art. 830 da CLT e mandou acolher cópia oferecida
como prova de fato desde que confirmada sua autenticidade pelo advogado do
cliente.
593. Médicos-residentes
294
Fazer parte integrante do Relatório Discriminativo de Débito de urna AIOP
emitida pela RFB é indicativo da presenca da pessoa na empresa, que depende da
solucáo fiscal dada a cobranca. Se nao for aceito como empregado, talvez tenha
sido um estagiário.
295
Recibo de pagamento, especialmente em papel timbrado e com indicacáo da
condicáo de educando, é prova altamente valiosa. A posse de holerites mensais
indica que houve trabalho e retribuicáo.
296
protecáo. A fruicáo de prestacáo acidentária pela seguradora, cujo ónus foi
a a
atribuído empresa ou escola, prova bastante.
é
Ter constado de urna sentenca judicial e ali identificado como tal é urna boa
prova. Guarda presuncáo relativa de veracidade.
297
CAPÍTULO LX
ACORDOS INTERNACIONAIS
298
603. Cotejo da reciprocidade
299
606. Transito internacional
300
CAPÍTULO LXI
DANO MORAL
Já definimos dano moral como o "ato ilícito praticado pelo ser humano,
em seu nome ou representando pessoa jurídica, consciente ou nao, omissiva
ou comissivamente, que objetivamente atinja a personalidade do sujeito passivo
dessa acáo, causando-lhe um constrangimento pessoal ou social, urna ofensa
naturalmente censurável, diminuicáo do seu patrimonio como cidadáo. que possa
ser oportuna e juridicamente reparável" (Dano moral no direito previdenciário. Sao
Paulo: LTr, 2005. p. 29).
301
Normalmente sucede nos postos médicos do SUS (em que, as vezes morrem
pessoas aguardando atendimento), prontos-socorros do Ministério da Saúde,
clínicas de repouso, hospitais públicos ou particulares e nas filas das agencias da
Previdéncia Social.
612. Concessáotardía
613. lndeferimentoindevido
Evidenciado que nao havia razáo jurídica e fática para o nao despacho
administrativo, impóe-se o dano moral. Quem sofreu esse prejuízo terá de
convencer o julgador da impropriedade ocorrida. A aleqacáo da falta de servidores
poderá servir de atenuante, mas nao ilide o dever de atender os segurados.
302
A suspensáo é ato cautelar, de natureza provisoria, cabível exclusivamente
quando nao causar prejuízos ao interessado e cuja duracáo dependerá da prova
adicional que o titular terá para reafirmar o seu direito.
Diante das evidentes provas do infortúnio, ainda que ausente a CAT, provado
o nexo causal epidemiológico entre a incapacidade e o ambiente laboral perante o
INSS, o prejuízo aconteceu e exige-se o dano moral.
303
Sabidamente, o ref azimento da renda mensal inicial depende de razóes técnicas
do tipo aplicacáo correta da leqislacáo, mas também das provas apresentadas pelo
recorrente, como da mudanca de critérios adotada na leqislacáo num e noutro
momento da história.
304
Chamar alguém de fraudador é muito sério e ofensivo e pode caracterizar
infamia, ditamacáo ou calúnia; de qualquer modo, se fraude nao houve, com
certeza estará presente aqressáo relevantíssima a ser compensada.
305
CAPÍTULO LXII
UNIÁO HOMOAFETIVA
Boa parte dos meios de prova da uniáo homoafetiva foi arralada quando da
lista da uniáo estável. Agora, sao particularizados os instrumento de convencimento
dessa uniáo ainda atípica.
306
na lei. A construcáo jurídica fica por canta dos doutrinadores, restando bastante
assentada, salvo no que diz respeito a dependencia económica, ao tempo mínimo
de duracáo da relacáo e as pravas convincentes.
Até que o Ministério Público Federal de Porto Alegre ingressasse com a Ac;ao
Civil Pública n. 9347-0 e sobreviesse a sentenca da juíza Simone Barbisan Fortes,
subsistía um vazio normativo na previdéncia social.
624. Característicasbásicas
307
625. Pressupostos gerais
Embora o Direito de Família sempre tenha imposto urna idade mínima para
o casamento, pouco se discorreu sobre esse mesmo aspecto em relacáo as uni6es
estáveis. Aparentemente, quando de dúvidas, deveria ser apurado se os pares
térn cornpreensáo do que estáo fazendo. Igual raciocínio deve estender-se a uniáo
homoafetiva, nao se fixando idade mínima, evidentemente podendo-se a partir
dos 16 anos.
308
A convivencia more uxorio decorre da tradicáo, dos usos e costumes e do
casamento. A rigor, nao fosse a convencáo histórica, irrnáos, parentes ou amigos
vivendo juntos - sem qualquer relacáo que nao a familiar - poderiam constituir
um tipo de uniáo protegida pela lei previdenciária.
309
629. Presenc;a da familia
A idealizacáo é que seja constituída urna f amília, que se reduziria apenas aos
dos conviventes ou agregaria filhos próprios de cada um dos dois ou terceiros,
além de outros parentes.
a) Comerciais
b) Civis
310
XIII) Compromisso de venda e compra, documento particular ou público, de
cessáo de bem imóvel ou imóvel mediante escritura pública;
XIV) Dedaracáo escrita ou gravada deixada pelo segurado.
e) Previdenciários
311
XXXIV Dedaracáo firmada pelo hospital de quem promoveu a internacáo,
custeou as despesas, etc;
i) Pessoais
j) Penais
XLVIII) Boletim de ocorréncia policial;
m) Habitacionais
n) Cartoriais
Llll) Registro civil em cartório de notas, dedaracáo das partes de que vivem
ou viveráo juntos;
312
LIV) Escritura pública;
LV) Certidáo privada emitida pelo Grupo Gay da Bahia, a partir de seu livro
de registro.
o) Judiciais
p) Testemunhais
O depoimento testemunhal de vizinhos, colegas de servico e demais pessoas
tem validade, principalmente quando os depoentes conviveram com os unidos por
largo tempo.
313
CAPÍTULO LXIII
TRABALHO NO EXTERIOR
314
634. Correspondencia trocada
315
CAPÍTULO LXIV
MENOR APRENDIZ
316
645. lnfortúnio do trabalho
317
CAPÍTULO LXV
318
656. Vínculo com empresas
319
CAPÍTULO LXVI
TRANSFORMAc;Ao DE BENEFÍCIOS
a
Somente pode transformar o seu benefício noutro ou renunciar aposentadoria
mantida pelo INSS quem está regular, legal e legítimamente aposentado.
320
666. Cessecéo dos pagamentos
321
CAPÍTULO LXVII
322
676. Níveis de tolerancia
323
CAPÍTULO LXVIII
Toda uniáo estável tem um corneco e pode ter um fim, as vezes se transformar
em casamento. Até 28.2.15, esse início tinha importancia na previdéncia social.
Passou a ser relevante sua prova.
324
685. Aproximecéo típica
É assente que esse tipo de uniáo admite urna aproxirnacáo típica, alguma
semelhanc;a como namoro e o noivado do casamento civil. Varia conforme a época,
os costumes locais, o estado civil dos conviventes e a sua idade. Ultimamente, o
tempo entre o primeiro contato e a uniáo física tem sido mais rápido do que no
passado.
686. Relacionamentoamoroso
Convém lembrar que implica relacóes amorosas o sentido íntimo, mas sua
ausencia nao é excludente.
Boa parte do novo período de carencia na pensáo por morte deveu-se aos
18 mil casamentos de octogenários com mocinhas jovens, muitos deles celebrados
em hospitais e até nas UTI.
lguais óbices emerqiráo com relacáo a uniáo estável, sempre que se tratar de
aposentado com idade avanc;ada e sua cuidadora.
325
690. Rol das provas
l. Troca de presentes
11. Festa em família
111. Outorga de procuracáo
IV. Conta corrente conjunta
V. Residencia comum
VI. Contrato de aluguel
VII. Sociedade comercial
VIII. Registro da uniáo em cartório
IX. Troca de correspondencia
X. Gravidez
XI. Registro em hotéis
XII. Viagem juntos
XIII. Noticiário em periódicos
XIV. Acordo particular escrito da uniáo
XV. Crediário comercial
XVI. Transferencia de multa
XVII. Avalista
XVIII. Participacáo em clubes
XIX. Dedicatória em livros
XX. Fotografias datadas
XXI. Fotos em jornais
XXII. lnternacáo em hospital
XXIII. Emprego comum
XXIV. Dependencia económica
XXV. Justificacáo administrativa
XXVI. Justificacáo judicial.
XXVII. Depoimento de vizinhos.
XXVIII. Depoimento testemunhal
XXIX. lnscricáo no RPGS ou RPPS
XXX. Desiqnacáo em fundo de pensáo
326
XXXI. Seguro privado
XXXII. Doacáo testamentária
XLI. Salário-família.
XLII. Adocáo de menor
XLVI. Entrevista na TV
XLVIII. Bolsa-família
L. Empréstimo bancário
327
OBRAS DO AUTOR
329
PPP na aposentadoria especial. 2. ed. Sáo Paulo: l Tr, 2003.
330
Tratado prático da pensáo por marte. Sáo Paulo: l Tr, 2012.
Comentários ao acordo de previdéncie social Brasil-Japáo. Sáo Paulo: L Tr, 2012.
Previdénae social para principiantes - Cartilha. 4. ed. Sáo Paulo: l Tr, 2013.
Dicionário Novaes de direito previdenciário. Sáo Paulo: l Tr, 2013.
Curso de direito previdenciário. 6. ed. Sáo Paulo: LTr, 2014.
Aposentadoria especial. 6. ed. Sáo Paulo: LTr, 2014.
Benefícios previdenciários das pessoas com deficiencia. Sáo Paulo: l Tr, 2014.
Aposentadoria especial do servidor público. 3. ed. Sáo Paulo: LTr, 2014.
Previdéncie social ao alcance de todos. Sáo Paulo: LTr, 2014.
Previdencia complementar associativa. Sáo Paulo: l Tr, 2014.
Principios de direito previdenciário. 6. ed. Sáo Paulo: l Tr, 2015.
Deseposentecéo. 7. ed. Sáo Paulo: l Tr, 2015.
Tratado prático da pensáo por marte. 2. ed. Sáo Paulo: LTr, 2015.
Aposentadoria especial. 7. ed. Sáo Paulo: LTr, 2015.
A prova no direito previdenciário. 4. ed. Sáo Paulo: l Tr, 2015.
Em coautoria:
Temas -Administrativo Social. 1988.
Coritribuicóes sociais - Questóes polémicas. Dialética, 1995.
Nocoes atuais de direito do trabalho. Sáo Paulo: LTr, 1995.
Contribukóes sociais- Questóes atuais. Sáo Paulo: Dialética, 1996.
Manual dos direitos do trabalhador. 3. ed. Sáo Paulo: Editora do Autor, 1996.
Legisla<;áoda previdéncie social. Rede Brasil, 1997.
Processo Administrativo Fiscal. 2. v. Sáo Paulo: Dialética, 1997.
Dez anos de contrlbuicéo. Sáo Paulo: Editora Celso Bastos, 1998.
Estudos ao direito. Homenagem a Washington Luiz da Trindade. Sáo Paulo: LTr, 1998.
tntroducéo ao direito previdenciário. l Tr-ANPREV, 1998.
Perspectivas atuais do direito, 1998.
Processo administrativo fiscal. 3. v., 1998.
Temas administrativo social. 1988.
Temas atuais de previdéncie social - Homenagem a Celso Barroso Leite. Sáo Paulo: l Tr,
1998.
Contrlbuicéo previdenciária. Sao Paulo: Dialética, 1999.
A previdéncie social hoje. LTr, 2005.
331
Temas atuais de direito do trabalho e direito previdenciário rural- Homenagem a Antenor
Pelegrino. Sáo Paulo: l Tr, 2006.
Curso de Direito Complementar, Sao Paulo, LTr, 2014
Nao jurídicos:
O tesouro da llha Jacaré. Sao Paulo: CEJA, 2001.
Manual do Pseudo-intelectual. Sáo Paulo: Apanova, 2002.
Contando com o vento. Sao Paulo: Apanova, 2003.
Estórias do Zé Novaes. Sao Paulo, edkáo do autor, 2008.
O milagre de Anna Roza. Vinhedo, edicáo do autor, 2011.
Perembuiencss de Juca Raposa. Vinhedo, edicáo do autor, 2013.
Mulheres sensíveis amam homens inteligentes. Vinhedo, edicáo do autor, 2013.
Navegando a bar/avento. Vinhedo, edicáo do autor, 2013.
O Reino das Honslices. Vinhedo, edicáo do autor, 2013
Homem do Poco, Vinhedo, Edicáo do autor, 2015
332
APROVA
NO Om.EITO
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