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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO EM GENETICA E MELHORAMENTO DE


PLANTAS
MÉTODOS BIOMÉTRICOS APLICADOS AO MELHORAMENTO
VEGETAL II - MGV 3707

8º LISTA DE EXERCÍCIOS

“INTERAÇÃO GENÓTIPOS POR AMBIENTES. ZONEAMENTO ECOLÓGICO.


ANÁLISE DE ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE FENOTÍPICA”

Docente: Dr. Antônio Teixeira do Amaral Júnior.

Discentes: Adriana Azevedo Vimercati Pirovani


Daniel Pereira Miranda
Dieimes Bohry
Josefa Grasiela Silva Santana

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ


OUTUBRO – 2018
8º LISTA DE EXERCÍCIOS - “INTERAÇÃO GENÓTIPOS POR AMBIENTES. ZONEAMENTO
ECOLÓGICO. ANÁLISE DE ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE FENOTÍPICA”
Discentes: Adriana Azevedo Vimercati Pirovani, Daniel Pereira Miranda, Dieimes
Bohry e Josefa Grasiela Silva Santana
Data: 09/11/2018
- Foram avaliadas 8 FMI em 11 ambientes em experimento em blocos ao acaso com 4
repetições. Obtendo-se os dados abaixo:
AMBIENTES FMI REP VARIÁVEL X1 AMBIENTES FMI REP VARIÁVEL X1 AMBIENTES FMI REP VARIÁVEL X1
1 1 1 10.02 4 6 2 13.98 8 3 3 7.19
1 1 2 9.03 4 6 3 14.93 8 3 4 8
1 1 3 9.09 4 6 4 12 8 4 1 14.51
1 1 4 10.19 4 7 1 12.99 8 4 2 14.06
1 2 1 19 4 7 2 13.95 8 4 3 15.17
1 2 2 18.87 4 7 3 11.76 8 4 4 15
1 2 3 18 4 7 4 12.61 8 5 1 10.01
1 2 4 18.95 4 8 1 11.08 8 5 2 11.02
1 3 1 9.9 4 8 2 10.89 8 5 3 12.01
1 3 2 9.01 4 8 3 12.8 8 5 4 13
1 3 3 8 4 8 4 11.93 8 6 1 14.99
1 3 4 8.9 5 1 1 13.13 8 6 2 14.19
1 4 1 15.09 5 1 2 14.08 8 6 3 13.33
1 4 2 16.01 5 1 3 13.9 8 6 4 13.17
1 4 3 16.9 5 1 4 15.98 8 7 1 13.97
1 4 4 13.07 5 2 1 17.19 8 7 2 14.99
1 5 1 6.88 5 2 2 17.32 8 7 3 15
1 5 2 7.9 5 2 3 19 8 7 4 17.04
1 5 3 9.99 5 2 4 18.09 8 8 1 13.11
1 5 4 8 5 3 1 13.19 8 8 2 13
1 6 1 10.13 5 3 2 10.21 8 8 3 11.01
1 6 2 11.18 5 3 3 9.33 8 8 4 12.02
1 6 3 10 5 3 4 11.08 9 1 1 9.14
1 6 4 11.01 5 4 1 11.19 9 1 2 8.17
1 7 1 12 5 4 2 12.45 9 1 3 9.19
1 7 2 12.9 5 4 3 13.13 9 1 4 8.01
1 7 3 11.5 5 4 4 11.11 9 2 1 19.1
1 7 4 12.13 5 5 1 10.98 9 2 2 19.12
1 8 1 11.19 5 5 2 10 9 2 3 17
1 8 2 12.32 5 5 3 9.96 9 2 4 18.13
1 8 3 10.97 5 5 4 10.01 9 3 1 10.01
1 8 4 11.19 5 6 1 13.16 9 3 2 11.54
2 1 1 12 5 6 2 11.19 9 3 3 11.08
2 1 2 13.99 5 6 3 13.17 9 3 4 9.09
2 1 3 12.87 5 6 4 12.46 9 4 1 12.08
2 1 4 11.13 5 7 1 15.21 9 4 2 12.19
2 2 1 17.13 5 7 2 16.45 9 4 3 11.99
2 2 2 16.19 5 7 3 16.79 9 4 4 10.03
2 2 3 18.99 5 7 4 17.07 9 5 1 12.96
2 2 4 17 5 8 1 16.01 9 5 2 13.16
2 3 1 5.13 5 8 2 15.08 9 5 3 10.95
2 3 2 7.17 5 8 3 15.07 9 5 4 10.07
2 3 3 5 5 8 4 16 9 6 1 13.31
2 3 4 9 6 1 1 14.89 9 6 2 12.25
2 4 1 10.18 6 1 2 15 9 6 3 12.05
2 4 2 11.19 6 1 3 13.18 9 6 4 12
2 4 3 14.11 6 1 4 16 9 7 1 13
2 4 4 13.32 6 2 1 19.88 9 7 2 11.23
2 5 1 10.19 6 2 2 19 9 7 3 15.27
2 5 2 9.17 6 2 3 18.89 9 7 4 14.17
2 5 3 8.13 6 2 4 17.09 9 8 1 13.49
2 5 4 9.01 6 3 1 10 9 8 2 12.94
2 6 1 12.19 6 3 2 13.02 9 8 3 14.01
2 6 2 13.16 6 3 3 10.77 9 8 4 12
2 6 3 13.98 6 3 4 9.98 10 1 1 12
2 6 4 12.89 6 4 1 13.08 10 1 2 14.06
2 7 1 12.01 6 4 2 14.06 10 1 3 13.01
2 7 2 11 6 4 3 15.09 10 1 4 12
2 7 3 13.13 6 4 4 13.01 10 2 1 19.09
2 7 4 13.09 6 5 1 11.8 10 2 2 15.08
2 8 1 13.81 6 5 2 10.98 10 2 3 18
2 8 2 13.16 6 5 3 11.16 10 2 4 16.98
2 8 3 12.17 6 5 4 10.03 10 3 1 7.89
2 8 4 13.93 6 6 1 13.99 10 3 2 9
3 1 1 11.1 6 6 2 15.1 10 3 3 8.97
3 1 2 12 6 6 3 13.39 10 3 4 10
3 1 3 13.9 6 6 4 12 10 4 1 12.23
3 1 4 12 6 7 1 17.07 10 4 2 11.17
3 2 1 18.13 6 7 2 17.98 10 4 3 11
3 2 2 17.19 6 7 3 18.89 10 4 4 12.19
3 2 3 18 6 7 4 19 10 5 1 14.31
3 2 4 17.35 6 8 1 15.93 10 5 2 13
3 3 1 9 6 8 2 18.03 10 5 3 13.97
3 3 2 10.96 6 8 3 16.19 10 5 4 14.98
3 3 3 10.79 6 8 4 14.87 10 6 1 10.1
3 3 4 9.45 7 1 1 12.13 10 6 2 10.97
3 4 1 16 7 1 2 11.01 10 6 3 11
3 4 2 15.99 7 1 3 10.76 10 6 4 11.08
3 4 3 13.86 7 1 4 11 10 7 1 13.22
3 4 4 16 7 2 1 19 10 7 2 13.19
3 5 1 4.99 7 2 2 18.19 10 7 3 14.43
3 5 2 5.87 7 2 3 17.99 10 7 4 15
3 5 3 4.69 7 2 4 16.94 10 8 1 13.13
3 5 4 4.09 7 3 1 10 10 8 2 12
3 6 1 12.52 7 3 2 9.01 10 8 3 12.15
3 6 2 13 7 3 3 10.43 10 8 4 12.01
3 6 3 14.99 7 3 4 11.42 11 1 1 12
3 6 4 13 7 4 1 11.99 11 1 2 13.09
3 7 1 11.52 7 4 2 12.19 11 1 3 13.01
3 7 2 12.49 7 4 3 11.86 11 1 4 14.04
3 7 3 14.32 7 4 4 13 11 2 1 17.11
3 7 4 13 7 5 1 11.01 11 2 2 17.23
3 8 1 10 7 5 2 10.07 11 2 3 18.43
3 8 2 11.04 7 5 3 10.76 11 2 4 18
3 8 3 10.44 7 5 4 9.93 11 3 1 8.33
3 8 4 11.43 7 6 1 11 11 3 2 7.67
4 1 1 14.79 7 6 2 11 11 3 3 6.05
4 1 2 14.7 7 6 3 10.01 11 3 4 5
4 1 3 14 7 6 4 10.09 11 4 1 11
4 1 4 13.13 7 7 1 11.11 11 4 2 12.98
4 2 1 17.19 7 7 2 13.18 11 4 3 11
4 2 2 18.77 7 7 3 11.97 11 4 4 10.19
4 2 3 19 7 7 4 12.73 11 5 1 10.9
4 2 4 18.89 7 8 1 13.97 11 5 2 10.98
4 3 1 10.98 7 8 2 12 11 5 3 11
4 3 2 10 7 8 3 11.03 11 5 4 11.6
4 3 3 9.89 7 8 4 13.99 11 6 1 13.35
4 3 4 11.51 8 1 1 10.15 11 6 2 12
4 4 1 15.9 8 1 2 11.19 11 6 3 12.19
4 4 2 11.89 8 1 3 10.9 11 6 4 12
4 4 3 14 8 1 4 10.01 11 7 1 16.67
4 4 4 10.13 8 2 1 16.06 11 7 2 18
4 5 1 8.98 8 2 2 18.99 11 7 3 17.79
4 5 2 8.32 8 2 3 17.07 11 7 4 17.98
4 5 3 7.56 8 2 4 15 11 8 1 12.1
4 5 4 9 8 3 1 9.19 11 8 2 13
4 6 1 12.09 8 3 2 7.98 11 8 3 12.99
11 8 4 11.89
Parte I
1) Faça a análise de variância para cada ambiente. Admita que o modelo é aleatório
e obtenha os componentes de variância genética e os coeficientes de herdabilidade.

Tabela 1. Análise de variância para cada ambiente.

FV G.L. A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11


QM

BLOCOS 3 0,34 1,2 1,35 0,63 0,56 2,64 0,74 0,36 2,25 0,73 0,43

*TRAT 7 49,97 39,52 58,43 33,74 30,0 34,8 25,8 31,8 31,96 24,8 50,8

RESÍDUO 21 0,9 1,65 0,84 1,67 1,05 1,12 0,74 1,3 1,12 0,9 0,81

TOTAL 31

MÉDIA 11,85 12,04 12,16 12,8 13,7 14,67 12,2 12,9 12,46 12,7 12,8

CV(%) 8,01 10,67 7,52 10,11 7,5 7,22 7,06 8,68 8,48 7,46 7,01
** e * significativos a 1 e 5% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.

Tabela 2. Parâmetros médios das variâncias fenotípicas, genotípicas e ambientais


(avaliados em 8 FMI) e as herdabilidade, para cada ambiente.

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11

𝝈𝟐𝒇 12,49 9,88 14,6 8,44 7,5 8,7 6,44 7,96 7,99 6,19 12,7

𝝈𝟐𝒂 0,23 0,41 0,21 0,42 0,26 0,28 0,19 0,31 0,28 0,22 0,2

𝝈𝟐𝒈 12,27 9,48 14,4 8,02 7,24 8,41 6,25 7,64 7,71 5,96 12,5

h² família % 98,2 95,8 98,6 95,0 96,5 96,8 97,1 96,07 96,5 96,4 98,4

I (Parcela)% 93,15 85,1 94,5 82,7 87,3 88,2 89,4 85,92 87,3 86,9 93,9

CVg (%) 29,6 25,5 31,2 22,1 19,6 19,8 20,5 21,45 22,28 19,2 27,6

Cvg/Cve 3,7 2,39 4,15 2,19 2,6 2,74 2,9 2,47 2,63 2,57 3,94

𝝈𝟐𝒇 = variância fenotípica; 𝝈𝟐𝒂 = variância ambiental; 𝝈𝟐𝒈 = variância genotípica; h2= herdabilidade (US média da família).; I=
correlação intraclasse da parcela; CVg= coeficiente de variação genotípico.
Saída do software GENES no anexo 1.

2) Faça a análise de variância conjunta. Estime os componentes de variância


genética (2g) e da interação (2ga) considerando: a) Modelo Aleatório;

Tabela 3. Análise de variância conjunta considerando modelo aleatório.


FV G.L. QM F
BLOCOS/AMB 33 1,02139
BLOCOS 3 0,70488
BL x AMB 30 1,05304
TRAT 7 304,03212 28,26042
AMBIENTES 10 21,3132 1,900246
TRATxAMB 70 10,75823 9,80709
RESÍDUO 231 1,09699
TOTAL 351
MÉDIA 12,7569 CV(%) 8,2102
Tabela 4. Parâmetros Genéticos e Ambientais.
𝝈𝟐𝒈 6,66532
𝝈𝟐𝒈𝒂 2,41531
𝝈𝟐𝒓 1,09699
h² (média) % 96,4615
I* 65,49
CVg (%) 20,2378
Cvg/Cve 2,465
𝜎𝑔2 = variância genotípica; 𝜎𝑔𝑎
2
= variância da interação GxA; 𝜎𝑟2 = Variância residual;
h2= herdabilidade (média).; I= correlação intraclasse; CVg= coeficiente de variação
genético..

Tabela 5. Teste de Hipótese.

FV TESTE GL NUM GL DEN F PROB


Trat QMG/QMGA 7,0 70,0 28,26 ,0**
Amb (QMA+QMR)/(QMB+QMGA) 11,05 82,35 1,9 5,032 ns
Trat x Amb QMGA/QMR 70,0 231,0 9,81 ,0**

Saída do software GENES no anexo 2a.


b) Modelo misto com efeito de ambientes fixos.

Tabela 6. Análise de variância conjunta considerando modelo misto com efeito de


ambientes fixos.

FV GL QM F
BLOCOS/AMB 33,0 1,02139
BLOCOS 3,0 0,70488
BL x AMB 30,0 1,05304
TRATAMENTOS 7,0 304,03212 277,15242
AMBIENTES 10,0 21,3132 1,90246
TRAT x AMB 70,0 10,75823 9,80709
RESÍDUO 231,0 1,09699
TOTAL 351,0

Tabela 7. Parâmetros Genéticos e Ambientais.


𝝈𝟐𝒈 6, 88489
𝝈𝟐𝒈𝒂 2, 19574
𝝈𝟐𝒓 1,09699
h² (média) % 99,6392
I* 86,2565
CVg (%) 20,5685
Cvg/Cve 2,5052
𝜎𝑔2 = variância genotípica; 𝜎𝑔𝑎
2
= variância da interação GxA; 𝜎𝑟2 = Variância residual;
h2= herdabilidade (média).; I= correlação intraclasse; CVg= coeficiente de variação
genético..

Tabela 8. Teste de Hipótese.

FV TESTE GL NUM GL DEN F PROB


Trat QMG/QMR 7,0 231,0 277,15 0,0**
Amb (QMA+QMR)/(QMB+QMGA) 11,05 82,35 1,9 5,032 ns
Trat x Amb QMGA/QMR 70,0 231,0 9,8 0,0**
Saída do software GENES no anexo 2b.
3) Faça a estratificação dos ambientes de modo que se tenha grupos onde a
interação genótipos x ambientes seja não-significativa.

Tabela 9. Estratificação de ambientes

QMGA Fcal Ftab Ambientes


0,2059 0,7505 2,04 5, 6
Saída do software GENES no anexo 3.
4) Discuta os resultados encontrados.

Pelo teste F a 5% de probabilidade, foi verificado diferenças significativas entre


as oito FMI para a característica em estudo (Tabela 1). A existência de variabilidade é
um ponto chave para o sucesso do programa de melhoramento e permite ao melhorista e
escolha do melhor método de melhoramento, objetivando obter os melhores ganhos
genéticos por meio da seleção.
Verificou-se baixos valores para os coeficientes de variação experimental
(CV%), que variaram de 7,01 a 10,67%, indicando boa precisão na obtenção dos dados
experimentais (Tabela 1).
A variável em estudo apresentou altas herdabilidades, variando de 95,00 a 98,60
(Tabela 2). Uma herdabilidade dessa magnitude garante maiores chances de se obter
bons ganhos de seleção, visto que o ganho genético é diretamente influenciado por essa
estimativa e também pelo diferencial de seleção. Verificou-se também, Índices de
Variação (IV%), dado pela expressão CVg/CVe, superiores a uma unidade em todos os
ambientes, demonstrando que a variância de origem genética é superior a variância
causada por efeitos aleatórios não controlados.
Com base na análise de variância individual dos 11 ambientes foi verificado que
a relação entre o maior quadrado médio do resíduo (QMR) com o menor QMR, pelo
simples teste de homogeneidade residual de Pimentel e Garcia (QMR1/3*QMR2) é
satisfatória (0,4119 < 1), para se realizar a análise de variância conjunta dos
experimentos (Tabela 1).
Foi verificado pela análise conjunta envolvendo os 11 ambientes, significância
da interação GxA (Tabela 5), indicando que existe um comportamento diferenciado das
famílias em pelo menos um dos ambientes avaliados. Contudo, essa análise não permite
identificar qual ou quais ambientes são responsáveis pela interação. Para isso, foi
realizada a estratificação de ambientes, onde observou-se que os ambientes 5 e 6 não
apresentaram diferença significativa pelo teste F a 5% de probabilidade.
As análises de variâncias conjuntas utilizando o modelo aleatório e o modelo misto com
efeito de ambientes fixos, permitiram chegar às mesmas afirmações (teste F
significativo para fonte de variação genótipos e interação GxA e não significativo para
ambientes), conforme Tabelas 5 e 8. No entanto, vale ressaltar que a magnitude do valor
de F calculado para fonte de variação genótipos foi substancialmente superior no
modelo misto (277,15) do que no modelo aleatório (28,26). Isso demonstra que o
modelo aleatório, nesse caso, possui uma rigidez maior para obtenção de significância
entre os tratamentos, pois considera também a variância de ambiente para cálculo do
valor de F. Na verdade este fato é compreensível, visto que no modelo aleatório a
inferência dos resultados pode ser estendida para outros ambientes a no modelo fixo a
inferência fica restrita aos ambientes avaliados.

Parte II

- Considere o modelo misto com efeito de genótipos como fixo.


1) Faça a análise de estabilidade utilizando o Método Tradicional.

Tabela 1. Estimativas dos parâmetros de estabilidade, segundo o método Tradicional


(1988), referente à variável “X1” avaliada em 8 genótipos em 11 ambientes.

GENÓTIPOS MÉDIA QM(A/G) Rank


1 12,1584 15,6187 6º
2 17,9004 1,5566 1º
3 9,3209 10,1356 4º
4 13,0134 9,4921 3º
5 10,0768 22,6857 8º
6 12,3998 6,1373 2º
7 14,2909 19,9062 7º
8 12,8948 11,0887 5º
MÉDIA GERAL 12,7569

Adotando o Método Tradicional que baseia-se no menor valor de QM(A/G)


para indicar o genótipo mais estável. Observa-se que o genótipo 2 é o mais estável
(1°lugar no rank), seguido pelos genótipos 6 e 4 que ficaram em 2° e 3° lugar no rank,
respectivamente.

Saída do software GENES no anexo 4.


2) Use a Metodologia de Plaisted & Peterson, compare-a ao Método Tradicional e
indique os genótipos mais estáveis.

Tabela 2. Estimativas dos parâmetros de estabilidade, segundo os métodos Tradicional


e Plaisted & Peterson (1959), referente à variável “X1” avaliada em 8 genótipos em 11
ambientes.

GENÓTIPOS Média Rank Tradicional Rank Plaisted & Peterson Rank


QM(A/G) Wi Wi%
1 12,1584 6º 15,6187 6° 2,48 12,84 5°
2 17,9004 1º 1,5566 1º 1,55 8,02 1º
3 9,3209 8º 10,1356 4º 2,26 11,74 4º
4 13,0134 3º 9,4921 3º 2,96 15,34 7º
5 10,0768 7º 22,6857 8º 3.92 20,32 8º
6 12,3998 5º 6,1373 2º 1,83 9,49 3º
7 14,2909 2º 19,9062 7º 2,53 13,14 6º
8 12,8948 4º 11,0887 5º 1,75 9,07 2º
Média Geral 12,7569 2,49
Saída do software GENES no anexo 5.

De acordo com a Tabela 2, os genótipos que apresentaram a maior média na


análise conjunta dos 6 ambientes foram o 2, 7, 4 e 8 respectivamente de acordo com o
rank realizado. Ao verificar a estabilidade destes genótipos pelo teste Tradicional e de
Plaisted & Peterson verificou-se que o genótipo 2 é o mais estável, sendo que os
genótipos 7, 4 e 8 ficaram no 7º, 3° e 5º lugar respectivamente. Contudo o genótipo 7
mesmo com a segunda maior média apresentou baixa estabilidade em ambos os
métodos e o genótipo 4 apresentou baixa estabilidade no método de Plaisted &
Peterson. Este último método baseia-se na contribuição genotípica para a interação GxA
no ranqueamento dos melhores genótipos.
Ao comparar os dois métodos, observou-se que houve diferenças na
estabilidade de alguns genótipos, sendo algumas consideráveis, tal como o genótipo 4.
Também, observou-se que genótipos com médias inferiores são mais estáveis do que
alguns genótipos com médias maiores (genótipo 3 e 7 respectivamente).
Devido às diferenças de estabilidade entre os 2 métodos, é necessário utilizar
outros métodos de estabilidade em conjunto com os utilizados na presente análise para
se ter maior confiabilidade na indicação dos genótipos para um maior número de
ambientes.
3) Utilize a Metodologia de Kang & Phan e compare com os resultados dos
métodos Tradicional e de Plaisted & Peterson.

Tabela 3. Estimativas dos parâmetros de estabilidade da Metodologia de Kang & Phan


e comparada aos resultados ambos os métodos Tradicional e de Plaisted & Peterson,
referente à variável “X1” avaliada em oito genótipos em 11 ambientes.

Genótipos Médias Rank Rank Trad. + K. Rank P.P P.P + K.P


2 17.90 1° 1°
Trad 2
P. 1º 2
7 14.29 2° 7° 9 6º 8
4 13.01 3° 3° 6 7º 10
8 12.89 4° 5° 9 2º 6
6 12.40 5° 2° 7 3º 8
1 12.16 6° 6° 12 5º 11
5 10.08 7° 8° 15 8º 15
3 9.32 8° 4° 12 4º 12

Analisando o método Kang & Phan (somatórios dos ranks) na tabela 3 podemos
observar que o genótipo 2 obteve o maior valor, bem como nos métodos Tradicional e
Plaisted & Peterson apresentados anteriormente. Podendo-se deduzir que este genótipo
possui maior rendimento médio e estabilidade de comportamento, simultaneamente. Já
os genótipos 7 e 4, segundo e terceiro mais produtivos, respectivamente, obtiveram
valores bem mais elevados, indicando que estes genótipos são produtivos, mas são
pouco estáveis, ou seja, não possuem estabilidade de comportamento.

4) Faça o agrupamento das médias dos genótipos com base nos testes Tukey (5%) e
Scott-Knott.

Tabela 4. Agrupamento de Médias com base nos testes Tukey (5%) e Scott-Knott.

Genótipos Média Tukey (5%) Scott- Knott


1 12,1 BC C
2 17,9 A A
3 9,3 D D
4 13,0 B C
5 10,0 CD D
6 12,3 B C
7 14,2 B B
8 12,9 B C
*Genótipos na mesma coluna diferem entre si e recebem letras diferentes.
Saída do software GENES no anexo 6a e 6b.
Comparando os testes Tukey (5%) e Scott-Knott, verifica-se que os genótipos 4,
6 e 8 obtiveram diferenças entre os testes. A explicação para tal observação é que o teste
de Scott-Knott separa as médias em grupos distintos, através da minimização da
variação dentro e da maximização da variação entre grupos, interpretando facilmente os
resultados devido à ausência de ambiguidade. Os genótipos 1, 2, 3, 5 e 7 obtiveram
semelhança (identificadas por letras iguais) tanto para o teste Tukey (5%) quanto para o
Scott-Knott (5%).

5) Faça a análise da Adaptabilidade e Estabilidade com base nas Metodologias


de Ebehart & Russel e Lin & Bins. Compare os resultados obtidos.

Tabela 5. Análise da Adaptabilidade e Estabilidade das Médias gerais (𝛽̂0𝑖), estimativas


dos coeficientes de regressão (𝛽̂1𝑖), desvios de regressão (S2d) e coeficientes de
determinação (R2), segundo metodologia de Eberhart & Russell de 8 genótipos obtidos
em 11 ambientes.
Genótipos Média (ß0) ß1(1) S2d(2) R2
1 12, 1584 1,58* 2,22** 42,43
2 17,9005 0,16* 0,14* 4,40
3 9,3209 0,83ns 2,03** 17,96
4 13,0134 -0,21* 2,33** 1,20
5 10,0768 1,005ns 5,24** 11,86
6 12,40 0,65ns 1,12** 18,26
7 14,2909 2,306* 1,32** 71,17
8 12,8948 1,6832* 0,71** 68,07
Média Geral 12,7569
**significativo (p<0,01), *significativo (p<0,05) e ns= não significativo, (1), (2): significância pelo teste
t; significância pelo teste F, respectivamente.
Saída do software GENES no anexo 7a.

Tabela 6. Estimativas dos parâmetros de estabilidade, segundo o método Lin & Binns
(1988), referente à variável “X1” avaliada em oito genótipos em 11 ambientes.

Genótipos Média Pi geral Desvio Genético Desvio GxA %Genética Pi (+) Pi (-)
1 12,16 18,38 16,48 1,9038 89,65 10,76 24,74
2 17,90 0 0 0 89,65 0 0
3 9,32 37,6 36,8 0,7947 97,89 36,56 38,47
4 13,01 13,11 11,94 1,17 91,07 13,46 12,82
5 10,08 33,67 30,60 3,064 90,90 28,93 37,62
6 12,40 16,14 15,13 1,015 93,71 11,87 19,71
7 14,29 8,96 6,514 2,446 72,70 3,66 13,37
8 12,89 13,75 12,53 1,224 91,10 10,49 16,47
Média Geral 12,76

Saída do software GENES no anexo 7b.


Na tabela 5 encontra-se de estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e
estabilidade de acordo com a Metodologias de Ebehart & Russel, observa-se que as
médias dos genótipos (β0) variaram de 9,32 a 17,90 referentes aos genótipos 3 e 2
respectivamente. Pode-se inferir que os genótipos de melhor performance, quanto a
adaptação, são aqueles que superam a média geral, sendo estes os genótipos 2, 4 7 e 8.
A metodologia de Eberhart & Russell (1966) é baseada na análise de regressão linear de
cada genótipo com as variações ambientais codificadas como índice ambiental. Os
coeficientes de regressão de cada genótipo em relação ao índice ambiental (b1i) e os
desvios desta regressão (s2di) fornecem estimativas de parâmetros de adaptabilidade e
estabilidade, respectivamente. Para que uma variedade seja considerada “ideal”, além de
apresentar altos valores de média, os coeficientes de regressão devem apresentar-se
iguais ou próximo a unidade e os desvios da regressão não diferindo significativamente
de zero.
Por meio da análise do método o método descrito por Lin & Binns (1988)
observa-se na tabela 6 que dentre os oito genótipos avaliados houve dois genótipos que
apresentaram os menores valores de Pi geral, sendo estes os genótipos 2 e 7. Pode-se
inferir quanto a estabilidade e estabilidade que tais genótipos apresentaram amplitude na
adaptabilidade e alta estabilidade, observa-se também que estes genótipos foram
responsivos, em ambientes favoráveis e desfavoráveis, além de apresentarem a menor
contribuição para interação, desta forma tais genótipos podem ser considerados de
adaptação geral e alta previsibilidade. Na metodologia de LIN & BINNS (1988), o
desempenho geral dos genótipos é definido como sendo o quadrado médio da distância
entre a média do cultivar e a resposta média máxima para todos os locais, visto que,
genótipos com menores valores correspondem aos de melhor desempenho.

6) Aplique a metodologia de regressão bi-segmentada de Cruz et al. e discuta


sobre o comportamento dos genótipos nos ambientes favoráveis e desfavoráveis.

Tabela 7. Metodologia de regressão bi-segmentada de Cruz et al.


Genótipo ̂ 𝟎𝐢
𝛃 MD MF ̂ 𝟏𝐢 1/
𝛃 ̂ 𝟏𝐢 + 𝛃
𝛃 ̂ 𝟐𝐢 2 QMdesv. R2
1 12.16 11.16 13.36 1.83 1.20262 10.92 44.05
2 17.90 17.89 17.91 - 0.08 .52016 1.57 19.40
3 9.32 9.20 9.47 0.38 1.48848 9.41 25.75
4 13.01 13.07 12.95 - 0.56 .32086 11.09 6.49
5 10.08 9.75 10.47 1.47 .32064 23.94 15.59
6 12.40 11.79 13.13 0.98 .14447 5.69 25.73
7 14.29 12.82 16.06 2.79 1.59163 6.02 75.79
8 12.89 12.26 13.65 1.19 2.41112 3.23 76.68
Saída do software GENES no anexo 8.
São expostos na tabela 7 os resultados da aplicação da metodologia de Cruz et
al. (1989), observa-se que os índice ambientais (B1) variaram de -0,08 a 2,79, sendo que
nenhum genótipo apresentou desempenho “ideal” preconizado pelo método que
considera média alta (alto βo) adaptabilidade a ambientes desfavoráveis (β1i < 1), e
responsividade à melhoria ambiental (β1i + β2i) > 1. Entretanto embora o genótipo 3
que tenha apresentado a menor média, este genótipo que pode ser recomendado a
ambientes favoráveis visto que segue as preconizações de estabilidade e melhoria do
ambiente. Por outro lado, os genótipos 2, 7 e 8 que apresentaram as altas médias podem
ser recomendados a ambientes favoráveis dado que são os mais responsivos a melhoria
do ambiente.

7) Faça uma análise crítica das metodologias empregadas (vantagens,


desvantagens, perspectivas quanto à identificação dos genótipos ideais ou
superiores, dentre outras considerações que julgar necessárias).

Os métodos tradicional e de Plaisted e Peterson (1959) são baseados na análise


de variância do experimento, tenho a vantagem de serem utilizados para um número
reduzido de ambientes (3 ou 4 por exemplo). O método tradicional é pouco preciso para
a análise de estabilidade, devendo-se corrigir o método para aumentar a precisão, ou
seja, utilizar outros tipos de métodos para fazer a comparação. Já, o método de Plaisted
e Peterson (1959) além de apresentar imprecisão na análise da estabilidade, também
apresenta a desvantagem de não apresentar informações acerca dos ambientes e a falta
de direcionamento das cultivares em relação a variação ambiental.
A metodologia de Lin e Binns (1988) utiliza a análise não paramétrica,
utilizando índice de PI para avaliar o comportamento dos genótipos, sendo que os
genótipos mais adaptados e estáveis nos diferentes ambientes aqueles que apresentarem
menores valores de PI. Por fim valores elevados de estabilidades estão relacionados a
altos rendimentos. A maior vantagem do método é a associação da estabilidade com a
capacidade dos genótipos de apresentar o menor desvio em relação ao máximo nos
ambientes estudados, conseguindo identificar quais são os genótipos mais estáveis entre
os mais produtivos.
O método de Eberhar & Russel (1966) utiliza os coeficientes de regressão
fenotípica de cada genótipo relacionado a um índice de ambiente. É requerido pelo
menos 5 ambientes para realizar este teste, pois utiliza regressão. Quanto maior o R2
maior é a confiabilidade dos dados. Uma das principais vantagens é que o método
utiliza a regressão linear, que é consideravelmente de fácil análise. Uma das
desvantagens do método é não poder utilizá-lo para um baixo número de ambientes.
Também, pode ocorrer erros na explicação das respostas da interação genótipo x
ambiente ao se considerar apenas uma dimensão.
Para concluir, o tipo de método de adaptabilidade e estabilidade a ser escolhido
depende do número de ambientes em que os genótipos foram avaliados, bem como
utilizar mais de um método para aumentar a precisão das análises e indicar os genótipos
promissores. Desta forma, o melhoristas terá maior confiabilidade na indicação dos
genótipos para as regiões a partir do conhecimento da interação genótipo x ambiente,
não levando em consideração apenas as médias.
ANEXOS
ANEXO 1: ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA OS 11 AMBIENTES
ANEXO 2A: ANÁLISE DE VARIÂNCIA CONJUNTA
CONSIDERANDO MODELO ALEATÓRIO
ANEXO 2B: ANÁLISE DE VARIÂNCIA CONJUNTA
CONSIDERANDO MODELO MISTO COM EFEITO DE AMBIENTES FIXO
ANEXO 3: ESTRATIFICAÇÃO DOS AMBIENTES
ANEXO 4: ANÁLISE DE ESTABILIDADE UTILIZANDO O MÉTODO
TRADICIONAL
ANEXO 5: ANÁLISE DE ESTABILIDADE UTILIZANDO A
METODOLOGIA DE PLAISTED & PETERSON
ANEXO 6A: AGRUPAMENTO DAS MÉDIAS DOS GENÓTIPOS COM
BASE NO TESTE TUKEY (5%)
ANEXO 6B: AGRUPAMENTO DAS MÉDIAS DOS GENÓTIPOS COM
BASE NO TESTE SCOTT-KNOTT (5%)
ANEXO 7A: ANÁLISE DA ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
COM BASE NA METODOLOGIA DE EBEHART & RUSSEL
ANEXO 7B: ANÁLISE DA ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
COM BASE NA METODOLOGIA DE LIN & BINS
ANEXO 8: METODOLOGIA DE REGRESSÃO BI-SEGMENTADA DE
CRUZ ET AL

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