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O perigo da história única:

diálogos com Chimamanda Adichie∗


Iulo Almeida Alves†
Tainá Almeida Alves‡
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Índice do estereótipo de pessoas e/ou lugares, numa


perspectiva de construção cultural e de dis-
Introdução 2 torção de identidades. Em suas palavras,
1 Sobre o TED e Chimamanda Adichie 2 Chimamanda trata de uma única fonte de in-
2 Histórias sobre únicas histórias 3 fluência, de uma única forma de se contar
3 O perigo da história única 4 histórias, de se considerar como verdadeira
Conclusão 6 a primeira e única informação sobre algum
Referências bibliográficas 7 aspecto. Os sentidos das falas de Chima-
manda abrem a perspectiva para a compreen-
Resumo
são da diferença, do tratamento do africano
e seu continente pelo olhar ocidental ho-
O presente artigo estabelece diálogos com
mogeneizador e da imersão na estereoti-
alguns aspectos constitutivos do discurso da
pização contínua e discriminação das identi-
escritora nigeriana Chimamanda Adichie em
dades culturais inferidas pelos inúmeros ins-
ocasião do evento Tecnology, Entertainment
trumentos de controle às pessoas. Nesse
and Design (TED), posteriormente disponi-
sentido, Chimamanda adquire força cultural
bilizado em vídeo no site Youtube, em que
e traz o alerta para esses problemas da
trata do perigo da história única – termo cu-
contemporaneidade inseridos na sociedade.
nhado por ela – em referência à construção
Questões como “o que se entende pelo con-

Trabalho apresentado no I Ciclo de Eventos Lin- ceito de história única?”, “como ela é cons-
guísticos, Literários e Culturais, realizado na Univer- truída?” e “quem a difunde?” nortearam o
sidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus Je-
interesse pela pesquisa do tema, bem como
quié, Seção F: A abordagem social das identidades
culturais. a clara conexão com o contexto dos Estu-

Jornalista graduado pela Universidade Estadual dos Culturais e de Diáspora em Stuart Hall
do Sudoeste da Bahia, iuloalmeida@gmail. e relações de biopoder, utilizados como base
com. teórica na feitura deste trabalho.

Graduada em Línguas Estrangeiras Aplicadas às
Negociações Internacionais pela Universidade Esta-
dual de Santa Cruz, nahalmeida@hotmail.com.
2 Iulo Almeida Alves & Tainá Almeida Alves

Palavras-chave: Chimamanda Adichie; of literature. I realized that peo-


perigo da história única; estereótipo; ple like me, girls with skin of the
biopoder; Estudos Culturais. color of chocolate, whose kinky
hair could not form pony tails,
could also exist in literature.1
Introdução
oportunidade grandiosa, tivemos Ao conhecer histórias de seu continente,
N UMA
um primeiro contato com um vídeo
num site em que uma escritora discorre so-
Chimamanda pôde, então, escrever sobre as
coisas que reconhecia. A descoberta dos es-
bre o que gosta de chamar de “o perigo da critores africanos a salvou de ter uma única
história única”. Ela conta de sua experiên- história sobre o que são os livros. Pela
cia de leitura desde a infância. Logo nova, citação de exemplos e casos próprios em seu
também começou a escrever e foi influen- discurso, ela aborda a necessidade da inves-
ciada pelos livros infantis que lia: escrevia tigação, da quebra da parcialidade do que se
exatamente os tipos de história que ela via conta, do que se transmite a outras pessoas.
nas obras. A escritora diz que todos seus Neste artigo, trataremos da construção de
personagens eram brancos e de olhos azuis, idéias sobre o conceito do “perigo da história
brincavam na neve, comiam maçãs e falavam única” que a escritora Chimamanda Adichie
muito sobre o tempo, do quão bom era que o traz ao longo dos 18 minutos e 43 segun-
dia estava ensolarado. Isso demonstra, ela dos do vídeo produzido no TED realizado no
diz, o quão vulneráveis somos face a uma ano de 2009 e, posteriormente, publicado no
história. Youtube2 .
A contadora de histórias é Chimamanda
Adichie, nigeriana. Distante dos costumes 1 Sobre o TED e Chimamanda
trazidos pelos livros britânicos e americanos
que afirma ter lido quando criança, ela es-
Adichie
tava em seu país com tradições distintas – TED é uma organização não-governamental
eles não tinham neve, comiam mangas em (ONG) iniciada em 1984 como uma primeira
vez de maçãs e nunca falavam sobre o tempo 1
“Porque tudo o que eu havia lido eram livros em
porque não era necessário.
que os personagens eram estrangeiros, fui convencida
de que livros naturalmente tinham de ter estrangeiros
Because all I have read were books e ser sobre coisas com as quais eu não poderia me
in which characters were foreign, I identificar. Mas tudo mudou quando eu descobri
have become convinced that books livros africanos (...) Tive uma virada na minha per-
by the very nature had to have cepção sobre literatura. Percebi que pessoas como
eu, meninas com pele de cor de chocolate, cujo ca-
foreign as in them and had to be belo crespo não dava pra fazer rabo-de-cavalo, tam-
about things with which I could bém poderiam existir na literatura”. Esta e as demais
not personally identify. Now traduções deste trabalho são de nossa responsabili-
things changed when I discovered dade.”
2
African books (...) I went through http://www.youtube.com/watch?v=
D9Ihs241zeg
a mental shift in my perception

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O perigo da história única 3

conferência que abrangesse pesquisadores e só conseguia defini-los como “pobres”, essa


interessados das três áreas: Tecnologia, En- era sua única história sobre eles.
tretenimento e Design. Desde então, o al- Aos 19 anos, deixou seu país para cur-
cance de seus discursos tem crescido. Com sar universidade nos Estados Unidos. Lá
o objetivo de disseminar idéias, a ONG orga- teve episódios inversos da história única: sua
niza duas grandes conferências anuais, além colega de quarto se chocou ao saber que in-
do site TEDTalks, o TED Conversations, glês era também língua oficial na Nigéria
TED Fellows e os programas TEDx produzi- e ficou bastante desapontada quando pediu
dos independentemente. para ouvir o que chamava de “música tribal”
Em seus encontros, personalidades, es- e escutou Mariah Carey tocar na fita cas-
critores e pesquisadores contam sobre suas sete que a nigeriana havia levado. A colega
idéias em diversos aspectos que tocam o de quarto havia sentido pena de Chima-
social como um todo, envolvendo os três manda antes mesmo de vê-la. “Sua posição
“mundos” que guiam o nome do evento. padrão para comigo, como africana, era
Trazem novas perspectivas e discussões so- um tipo de arrogância bem intencionada:
bre temas que precisam de atenção. pena” (4m57s), diz. Sua colega de quarto
Numa das conferências do ano de 2009, o tinha uma história única sobre África, sobre
TED trouxe Chimamanda Adichie, nascida catástrofe.
em Enugu, Nigéria, autora premiada de três
livros, cujas escritas abrangem questões ét- In this single story there was no
nicas, de gênero e de identidade. Seus traba- possibility of Africans being si-
lhos estão profundamente conectados a seu milar to her in any way. No pos-
país de origem, articulando diferentes expe- sibility of feelings more complex
riências de vida e produzindo uma complexa than pity. No possibility of con-
impressão de história e violência. Histórias nexion as human equals. (...) So
que criam um conceito sobre a nação, mas, after I’ve spent some years in the
ainda assim, permeáveis e passíveis de que US as an African, I began to un-
aquelas não sejam as únicas contadas. derstand my roommate’s response
to me. If I had not grown up in
Nigeria and if all I knew about
2 Histórias sobre únicas histórias Africa were from popular images,
Chimamanda Adichie inicia seu discurso I too would think that Africa was
contando que, quando tinha 8 anos, ficou a place of beautiful landscapes,
atônita ao descobrir que a família do garoto beautiful animals and incompre-
que trabalhava em sua casa, como era cos- hensible people fighting senseless
tume, havia artesanalmente produzido um wars, dying of poverty and AIDS,
cesto de ráfia seca. Até então, ela só havia unable to speak for themselves.
ouvido que aquela família vivia na pobreza, And waiting to be saved by a kind
de forma que a idéia de que algum parente do white foreign. (...) This sin-
garoto pudesse realmente produzir algo era gle story of Africa automatically
impossível para Chimamanda. Assim como comes, I think, from western lite-

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rature. (...) So, I began to rea- first day in Guadalajara, watching


lize my American roommate must the people going to work, rolling
have throughout her life seen and up tortillas in the market place,
heard different versions of the sin- smoking, laughing. I remember
gle story.3 first feeling was surprise. And then
I was overwhelmed with shame.
Ainda na faculdade, um professor disse I realized that I had been so im-
que um romance escrito por Chimamanda mersed in the media coverage of
não era “autenticamente africano” porque os Mexicans that they had become
personagens daquela obra se pareciam muito one thing in my mind: the ab-
com ele – um homem educado da classe mé- ject immigrant. I had bought into
dia. Ainda, que as personagens dirigiam car- the single story of Mexicans and I
ros, não estavam famintas e, por isso, não could not have been more ashamed
eram “autenticamente africanos”. of myself.4
A escritora vê a si mesma numa situação
em que compartilha de uma história única:
nos Estados Unidos, onde estava, havia de- 3 O perigo da história única
bates sobre imigração “e, como frequente- Face a tantos exemplos, surge a indagação:
mente acontece na América, imigração é como se produz uma história única? Chi-
sinônimo de mexicanos”, diz. Inúmeras mamanda Adichie dá o indício de que, para
histórias sobre mexicanos enchendo o sis- se ter uma single story sobre um povo, é só
tema de saúde, passando escondidos pelas mostrá-lo como uma única coisa repetidas
fronteiras e sendo presos ali eram contadas. vezes e isso é o que eles serão nessa narra-
tiva.
I remember walking around in my É impossível falar sobre a construção da
3
“Nessa história única não havia a possibilidade história única sem mencionar a questão do
de africanos serem iguais a ela de forma alguma. Ne- poder. Como as narrativas são contadas,
nhuma possibilidade de sentimentos mais complexos quem as conta, quando e quantas histórias
do que a pena. Nenhuma possibilidade de conexão
como humanos. (...) Então, depois de ter passado
são contadas realmente dependem do poder.
alguns anos nos EUA como uma africana, eu come- Ou seja, “power is the ability not just to tell
cei a entender a reação da minha colega de quarto the story of another person, but to make it the
para comigo. Se eu não tivesse crescido na Nigéria
4
e tudo o que eu soubesse sobre África viesse das im- “Eu me lembro de passear no meu primeiro dia
agens populares publicadas, eu também pensaria que em Guadalajara, de ter visto as pessoas indo traba-
a África era um lugar de paisagens bonitas, animais lhar, delas enrolando tortillas no mercado, fumando,
bonitos e pessoas incompreensíveis, disputando guer- sorrindo. Lembro que meu primeiro sentimento foi
ras insensatas, morrendo de pobreza e AIDS, inca- surpresa. E então eu fui inundada pela vergonha. Eu
pazes de falar por si mesmas. Esperando para serem percebi que estava tão imersa na cobertura da mí-
salvas pelo estrangeiro branco e gentil. (...) Eu acho dia sobre os mexicanos, que uma coisa se formou na
que essa história única vem da literatura ocidental. minha cabeça: o imigrante abjeto. Eu tinha caído na
(...) Então comecei a perceber que minha colega de histórica única sobre os mexicanos e eu não poderia
quarto deve ter visto e ouvido, durante toda sua vida, ter ficado mais envergonhada de mim mesma”.
diferentes versões da história única”.

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O perigo da história única 5

definitive story of that person”5 , diz Chima- Para Hardt e Negri (2005), a partir das
manda. guerras e da questão da segurança, que per-
meiam e envolvem o mundo de determi-
Todo o dispositivo que visa criar nada maneira, com discursos e ações que
controlo e condicionamento se- manifestam soberania e dominação, surge o
grega tácticas que o domesti- regime de biopoder. Assim como a “guerra
cam ou o subvertem; contraria- transforma-se na matriz geral de todas as re-
mente, não há produção cultural lações de poder e técnicas de dominação, es-
que não empregue materiais im- teja ou não envolvido o derramamento de
postos pela tradição, pela autori- sangue” (2005: 34), a forma de governo as-
dade ou pelo mercado e que não sume um caráter controlador sobre a popu-
esteja submetida às vigilâncias e lação. Tal aspecto se manifesta em nossos
às censuras de quem tem poder conteúdos sociais e relações formais. Essa
sobre as palavras ou os gestos estrutura do biopoder, sustentada também
(CHARTIER, 2002: 137). pelos meios de comunicação e suas histórias
únicas sobre diversos assuntos e diversas
A ideia de biopoder, trazida inicialmente versões de uma mesma história, define parte
por Foucault (1988), se relacionava com as do controle aplicado à população.
reflexões sobre as práticas disciplinares, que
se centravam no corpo como máquina, tra- Numa cultura como a nossa, acos-
balhando em seu adestramento. É a gestão tumada a dividir e estilhaçar todas
da vida como um todo, técnicas de poder as coisas como meio de controlá-
sobre o biológico, que se torna ponto cen- las, não deixa, às vezes, de ser um
tral nas discussões políticas. Modificá-lo, tanto chocante lembrar que, para
transformá-lo, aperfeiçoá-lo eram objetivos efeitos práticos e operacionais, o
do biopoder, e produzir conhecimento, saber meio é a mensagem. Isto ape-
sobre ele, para melhor manejá-lo. nas significa que as conseqüên-
Assim como a disciplina foi necessária na cias sociais e pessoais de qualquer
“domesticação” do corpo produtivo fabril, o meio — ou seja, de qualquer uma
biopoder foi também muito importante para das extensões de nós mesmos —
o desenvolvimento do capitalismo, ao con- constituem o resultado do novo es-
trolar a população e adequá-la aos processos talão introduzido em nossas vidas
econômicos, para que pudesse ser incluída, por uma nova tecnologia ou exten-
de forma controlada, nos aparelhos de pro- são de nós mesmos (MCLUHAN,
dução capitalistas. É uma lei que normatiza, 1979: 21)
que se utiliza de diversos aparelhos (médi-
cos, administrativos) para regular a vida. De fato, os meios de comunicação de
5
massa se converteram num dos principais
“Poder é a habilidade não somente de contar
a história de outra pessoa, mas de fazer daquela a instrumentos de construção social da rea-
história definitiva dessa pessoa”. lidade; eles são extensões do ser humano
(MCLUHAN, 1979). E o jornalismo cons-

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trói a realidade, dando-lhe forma de narra- regam pouca informação e mistificam o ob-
tiva e a difundindo, convertendo-a em reali- jeto.
dade pública. Nesse sentido, a notícia é uma
representação social da realidade, articulada
Conclusão
dentro de uma instituição, a imprensa.
Os meios de comunicação não são meras As histórias têm sido usadas para expro-
formas de transporte de informações, mas priar e tornar algo maligno, mas também po-
dotados de textos que revelam significados dem ser usadas para capacitar e humanizar.
culturais criados em determinados períodos Podem destruir a dignidade de um povo,
históricos e que estão ligados a transfor- mas também podem restaurar essa dignidade
mações comportamentais e mudanças inte- perdida. Nesse sentido, diz Chimamanda,
lectuais objetivas nos receptores. Assim, muitas histórias importam. Engajada em
as mídias “controlam” a massa através de solucionar as questões, a escritora propõe
suas publicações e espetáculos. Utilizam-se, o comprometimento com os dois lados da
antes, de histórias únicas para formatar sua história, o que ela cita como “um equilíbrio
audiência e criar estereótipos. de histórias”, e o desejo da descoberta por to-
Para Adichie, o problema com estereóti- das as histórias daquele lugar ou daquele ser
pos não é que eles estejam errados; a carac- humano.
terística é exatamente que eles são incom- Do ponto de vista contemporâneo, em que
pletos - “they make one history become the se trazem as discussões sobre o social, cul-
only story”6 –, superficializam a experiência tura, linguagens e identificações – no sentido
e negligenciam todas as outras narrativas que apresentado por Hall (2001: 39), em que de-
formam um lugar ou uma pessoa. vemos falar, no lugar de identidade, em iden-
tificações, para perceber que se trata de um
The consequence of the single processo sempre em andamento e nunca fi-
story is this: it robs people off nalizado –, Chimamanda aparece como uma
dignity. It makes our recogni- grande conectora desses assuntos em seu dis-
tion of our equal humanity diffi- curso: ela trata da construção da imagem de
cult. It emphasis how we are dif- um lugar ou pessoa no âmbito do sentido
ferent rather than how we are si- que essa mensagem pode – e, certamente,
milar.7 irá – produzir. Sua construção verbal e sim-
bólica, no que tange a estereótipos como ob-
Distorcidas do real ou apenas pequenos
jetos imagéticos, é verdadeiramente uma teia
pedaços constitutivos dele, as histórias es-
de saberes e literatura, também seu ponto de
tereotipadas apenas (re)criam padrões. Car-
discurso.
6
Do inglês, “eles transformam uma história na Ela assume e apresenta uma versão dela
única história”. dos Estudos Culturais e pós-coloniais: diz
7
“A consequência da história única é a seguinte: da diáspora, assim como o fez Stuart Hall
rouba-se a dignidade das pessoas. Dificulta o reco-
nhecimento da nossa humanidade compartilhada. En- (2003); fala do saber reconhecer as faces
fatiza o quão diferentes somos em detrimento de quão de uma história e seus personagens sem
iguais somos”. desmerecê-los; trata de minorias, do olhar

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O perigo da história única 7

eurocêntrico, do biopoder, da discussão di- MCLUHAN, Marshall. Os meios de comu-


cotômica West/Rest (Ocidente/Resto) pre- nicação como extensões do homem. São
sente também em Hall (2001), em que o Ori- Paulo: Cultrix, 1979.
ente é tratado com descaso e como primitivo,
arcaico, estranho, pela porção ocidental.
Chimamanda Adichie incorpora o dis-
curso da diferença e se vale do pertenci-
mento a ela para expor momentos de dis-
cussão. Assim, pela compreensão própria
de seu universo (de diáspora, de exclusão
pelo Ocidente, de conhecimento e reconhe-
cimento de seu lugar), a escritora traz diver-
sas histórias de representação e com intento
pela conscientização da urgência da busca
pelo conhecimento, pelo entendimento do
‘outro’ e de outros lugares. Enfatiza a fuga
do paradigma, do senso comum, da infor-
mação pronta, da história única sobre qual-
quer pessoa, lugar ou aspecto.

Referências bibliográficas
CHARTIER, Roger. A história cultural:
entre práticas e representações. 2a ed.
Portugal: Difel, 2002.

FOUCAULT, Michel. História da Sexua-


lidade: a vontade de saber. Rio de
Janeiro: Edições Graal, 1988.

HALL, Stuart. A identidade cultural na


pós-modernidade. Rio de Janeiro:
DP&A, 2001.

_____. Da diáspora: identidades e me-


diações culturais. Belo Horizonte:
UFMG; Brasília: UNESCO, 2003.

HARDT, Michael, NEGRI, Antonio. Mul-


tidão: guerra e democracia na era do
Império. Rio de Janeiro: Record, 2005.

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