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Proposta 3
Em 20 de fevereiro de 2017, a empresa FARIAS COMERCIAL LTDA., situada em Cuiabá / MT, recebeu lança-
mento referente à cobrança da Taxa de Funcionamento, cujo prazo para pagamento expirou em 21 de março de
2017. Inconformada com o elevado valor e pelo fato de que não poderá exercer suas atividades sem o pagamento
da referida taxa, a empresa questionou a cobrança. Em resposta ao contribuinte, o Fisco Municipal informou que a
taxa em questão havia sido instituída pela Lei Complementar nº. 115/2013 (lei fictícia) e que o valor devido havia
sido calculado em consonância com o artigo 10 dessa lei, que tem o seguinte teor: “a base de cálculo do tributo é
o valor venal do imóvel e para a obtenção deste deverão ser considerados os valores do metro quadrado da edifi-
cação”.
Como advogado da empresa FARIAS, adote a medida judicial cabível mais célere e menos custosa.
Mérito:
Livre exercício do trabalho, ofício, profissão – art. 5º, XIII da CF (0,5)
Livre exercício da atividade econômica – art. 170, parágrafo único da CF. (1,0)
Devido Processo Legal – art. 5º, LIV da CF. (0,3)
Taxas não podem ter base de cálculo idêntica a dos impostos – art. 145, § 2º da CF (1,0)
Tópico da Liminar – requisitos – art. 7, III da Lei n 12.016/09 - (0,5)
Pedidos:
Concessão de liminar – art. 7, III da Lei nº 12.016/09 – requisitos fumaça do bom direito e perigo na demora –
(0,1)
Notificação da autoridade coatora – art. 7, I da Lei n 12.016/09 (0,1)
ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, nos termos do art. 7, II da
Lei nº 12.016/09 (0,1)
Intimação do MP (0,1)
Julgamento pela procedência da ação e concessão da segurança a fim da autoridade desfazer o lançamento
tributário (0,4)
Condenação em Custas (0,1)
Finalização: Nesses Termos Pede-se Deferimento. (0,1)
Proposta 4 - Peça
Adão Alves e Joana Lima, co-proprietários de certo imóvel, ao receberem carnê para pagamento parcelado do
imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), foram surpreendidos com a cobrança de uma taxa
remoção de lixo, tributo regularmente instituído pelo município do Vale Verde, onde se localiza o bem imóvel.
Ocorre que Adão Alves e Joana Lima consideram a cobrança da mencionada taxa inconstitucional, pois não tem
por objeto serviço público divisível e não é destinada a contribuintes determinados. Ao se dirigirem à secretaria da
fazenda municipal, foram impedidos de efetuar os pagamentos devidos a título de IPTU sob o argumento de que o
Município somente receberia as importâncias relativas ao IPTU se houvesse o pagamento concomitante da referi-
da taxa de remoção de lixo.
Considerando a situação hipotética acima apresentada e na condição de procurador de Adão Alves e Joana Lima,
redija peça processual que entender cabível para a defesa dos interesses dos dois contribuintes, abordando todos
os aspectos de direito material e processual pertinentes.
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Autorização para depositar, nos termos do art. 542, I do CPC; (0,4)
a citação do(a) réu(ré) para levantar o depósito ou, caso queira, conteste a presente demanda, à luz dos arti-
gos 542, II, e 547 do CPC (0,1) – Informando desde já o desinteresse na realização da audiência de conciliação
ou mediação, nos termos do art. 319, VII do CPC (0,1)
Seja julgada procedente a ação para extinguir o crédito tributário, nos termos do art. 156, VIII do CTN e conver-
ter em renda o depósito em favor do Município. (0,5)
Produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a prova documental, art. 319, VI do CPC (0,1)
Condenação em custas e honorários, nos termos do arts. 82 a 85, em especial art. 85, §3º do CPC. (0,1)
Termos que pede deferimento. Local, data. Advogado, OAB n. (0,1)
Proposta 5
Em março de 2016, o Município X, ao verificar que a Dudoni Ltda deixou de pagar o IPTU referente ao exercício
de 2008, referente ao imóvel próprio em que tem sede, constituiu o crédito tributário e encaminhou a notificação
de lançamento para empresa que nada fez, passados mais de três meses inscreveu a sociedade em dívida ativa e
ajuizou execução fiscal em face desta, visando à cobrança do IPTU e dos acréscimos legais cabíveis.
A pessoa jurídica foi citada no dia 28/04/2017 e não apresentou defesa e não garantiu a execução. Em maio de
2017, João, sócio procura um advogado e explica que a empresa passa por grave situação financeira e que não
poderá garantir a execução, além de não possuir qualquer bem passível de penhora.
Assim, como advogado da empresa, elabore a peça adequada à defesa de seu cliente nos próprios autos da ex-
ecução fiscal. (Valor: 5.00)
A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão.
Resposta:
Deverá ser oferecido exceção de pré-executividade, peça que não exige a garantia do juízo e que é cabível nos
casos em que:
(i) não é preciso dilação probatória, ou seja, todos os seus argumentos podem ser demonstrados de plano; e
(ii) alega-se matéria relativa às condições da ação e aos pressupostos processuais, conhecíveis de ofício, como
na hipótese (decadência).
Gabarito
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