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Proposta 1 – Peça

Lei Municipal, publicada em 1o/6/2016, estabeleceu, entre outras providências relacionadas ao Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS), a majoração da alíquota para os serviços de hospedagem, turismo, viagens
e congêneres de 3% para 5%, com vigência a partir de 1o/7/2016.
À vista disso, o Hotel Boa Hospedagem Ltda., que, em junho de 2016, recolhia, a título de ISS, o valor de R$
30.000,00, com base na contratação dos seus serviços por empresas locais para hospedagem de funcionários,
com a majoração da alíquota acima mencionada, incidente sobre a sua atividade econômica, passou a recolher,
mensalmente, o valor de R$ 50.000,00. Todavia, as referidas empresas-cliente exigiram – e obtiveram – desconto
do valor do aumento do tributo, alegando que seria indevido.
Assim sendo, o contribuinte do ISS se submeteu ao aumento desse imposto durante o período relativo ao mês de
agosto a dezembro/2016.
Ocorre que, em abril de 2017, mediante notícia publicada em jornal de grande circulação, o representante legal
dessa empresa teve conhecimento da propositura de ações deflagradas por empresas hoteleiras e de turismo
questionando a legalidade do aludido aumento do ISS.
Dessa forma, na qualidade de advogado(a) do Hotel Boa Hospedagem Ltda., formule a peça adequada para a
defesa dos seus interesses, de forma completa e fundamentada, com base no direito material e processual
tributário.

Endereçamento da ação de repetição de indébito: Juízo da causa: Vara da Fazenda

0,00 / 0,10 0,1
Pública ... (0,10).
Autor: Hotel Boa Hospedagem Ltda., (0,10) e Ré: o Município. (0,10) 0,00 / 0,10 / 0,20 0,2
Cabimento da ação de repetição do indébito (0,30), conforme o Art. 165, inciso I, do
0,00 / 0,30 / 0,40 0,4
CTN e art. 166 (0,20)
Tempestividade da ação de repetição de indébito (0,50), conforme o Art. 168, I, do CTN
0,00 / 0,10 / 0,20 0,2
(0,10)
Fundamentação para a pretensão: 1. Violação ao Princípio da Anterioridade do exercício
0,00 / 0,90 / 1,00 1
e da anterioridade nonagesimal. (0,90), conforme o Art. 150, III, b e c da CRFB/88 (0,10)
Fundamentação para a pretensão: 2. Possibilidade de restituir o tributo indireto, uma vez0,00 / 0,30 / 0,40 /
que o autor tem autorização para restituir do contribuinte de fato, (0,5) conforme documen-0,60 / 0,70 / 0,90 /1
to em anexo – art. 166 do CTN (0,10). 1,00
Pedidos: 1. Procedência do pedido para condenar o Município à restituição dos valores
0,00 / 0,10 / 0,60 /
pagos indevidamente (0,60), com a incidência de juros e correção monetária (0,10), na 0,6
0,70 / 0,80
forma do Art. 167, parágrafo único, do CTN (0,10).
Pedidos: 2. Condenação ao ressarcimento de custas (0,20) e pagamento de honorários0,00 / 0,20 / 0,30 /
0,4
advocatícios (0,20), nos termos do Art. 85, parágrafo 3º, do CPC/15 (0,10) 0,40 / 0,50
Pedidos: 3. Comprovação do recolhimento indevido OU Indicação das provas a serem
0,00 / 0,20 / 0,30 0
produzidas (0,20), conforme o Art. 319, inciso VI, do CPC/15 (0,10)
Pedidos: 4. Opção pela não realização de audiência de conciliação ou de mediação
(0,20), nos termos do Art. 319, inciso VII, do CPC/15) (0,10) OU indicação do não cabi-0,00 / 0,20 / 0,30 0,2
mento de conciliação (0,20), nos termos do Art. 334, parágrafo 4º, II, do CPC/15 (0,10)
Valor da causa (0,10). 0,00 / 0,10 0,1

Fechamento da Peça (data, local, advogado, OAB...) (0,10). 0,00 / 0,10 0,1

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Proposta 2 – Peça

Em abril de 2017, o Estado A instituiu, por meio de decreto, taxa de limpeza de ruas e logradouros devida pelas
pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente ao número de empregados. A
taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos, foi criada com o objetivo de remunerar o serviço de limpe-
za pública prestado na região. A taxa passou a ser exigível a partir da data da publicação do decreto que a insti-
tuiu. Cinco dias após a publicação do decreto (antes, portanto, da data de recolhimento da taxa), a pessoa jurídica
PJ Ltda. decide impugnar o novo tributo, tendo em vista que pretende participar de processo licitatório em data
próxima, para o qual é indispensável a apresentação de certidão de regularidade fiscal, a qual será obstada caso
a pessoa jurídica deixe de pagar o tributo sem o amparo de uma medida judicial. Considerando a situação eco-
nômica do contribuinte, elabore a medida judicial adequada para a impugnação do novo tributo e a garantia da
certidão de regularidade fiscal necessária à sua participação na licitação. Elabore uma medida diferentemente do
mandado de segurança. (Valor: 5,0)

Resposta:

A peça apropriada é Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica Tributária c/c Tutela Provisória
de Urgência (Arts. 19, I, 300 e 319 do CPC) (0,3)
Síntese dos Fatos (0,2)
Quanto ao mérito, deve ser alegada a inconstitucionalidade da taxa em razão da violação do princípio da legalida-
de (0,5) - (Art. 150, I, da Constituição) (0,25) e ao princípio da anterioridade (tanto a anterioridade do exercício
financeiro quanto a anterioridade nonagesimal (0,5) – Art. 150, III, b e c, da CF). (0,25) Também deve ser aponta-
da a inconstitucionalidade do fato gerador da taxa não corresponder a serviço público específico e divisível, uma
vez que o serviço de limpeza de ruas e logradouros possui caráter geral e indivisível (0,5) (Art. 145, II, da Consti-
tuição) (0,25). Vale destacar, ainda, que a taxa é um tributo contraprestacional/vinculado e a base de cálculo insti-
tuída pelo decreto não reflete o custo despendido pelo Estado para a prestação da atividade. (0,5)
Tópico Tutela Provisória de urgência – requisitos – probabilidade do direito e perigo de dano ou ao resultado útil
do processo (0,5)
Pedidos: Concessão da Tutela provisória de urgência, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos
termos do art. 151, V do CTN (0,25)
Citação e manifestação pelo desinteresse na realização da audiência de conciliação ou mediação, nos termos do
art. 319, VII do CPC (0,2)
Procedência da ação para declarar a inconstitucionalidade da taxa, bem como a inexistência da relação jurídica
tributária (0,5)
Produção de provas, em especial prova documental, conforme art. 319, VI do CPC (0,1) e condenação em custas
e honorários de sucumbência, nos termos do art. 82 a 85, em especial art. 85, § 3º do CPC (0,2).

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