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MANAUS - AM
2013
Organizadores
Ozorio Jose de Menezes Fonseca
Walmir de Albuquerque Barbosa
Sandro Nahmias Melo
(Professores que atuaram no PPGDA-UEA 2002-2012)
UEA
UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO
AMAZONAS
Copyright © UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Autoriza-se a reprodução desde que citada a fonte.
Coordenação editorial:
Prof. Dr. Ozorio José de Menezes Fonseca.
ISBN 85-99209-02-7
Para atender necessidades acadêmicas, essa segunda edição revista e atualizada está sendoi
disponibilizada apenas em meio eletrônico já que sua publicação impressa ou como e-book foi
administrativamente inviabilizada.
7
Esta segunda edição eletrônica foi revista e atualizada pelas novas Normas da ABNT com
os autores dando preferência pelo uso de exemplos da produção bibliográfica de pesquisadores e
professores da UEA e do Estado do Amazonas. Essa opção além de objetivar o incitamento de
docentes e discentes para a elaboração de artigos, livros e demais trabalhos acadêmicos, ainda
oferece um texto orientador para a formulação de projetos de pesquisa.
Finalmente, a atualização dessas normas atende às necessidades da Universidade do
Estado do Amazonas, em especial ao PPGDA.
8
PREFÁCIO À 1ª EDIÇÃO
9
Nesse sentido, o Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental da Universidade do
Estado do Amazonas busca consolidar um espaço público e heterogêneo de reflexões sobre a
realidade amazônica, suas complexas espacialidades e sociedades, favorecendo a construção de
uma cultura jurídica que contemple a indissociável relação entre território e ações sociais no
amplo universo de formas de regulação da ação humana sobre o meio, produzindo
conhecimentos no âmbito da pesquisa e pós-graduação em Direito no sentido de, como
salientado anteriormente, construir conhecimento com liberdade.
Agradeço aos autores, ao Governo do Estado do Amazonas, por criar e manter esse
espaço acadêmico, público por excelência; ao magnifico reitor Lourenço dos Santos Pereira
Braga, incansável defensor do conhecimento como impulsionador dos processos que
materializam a dignidade humana e, por último, ao financiamento concedido pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, Fapeam, no âmbito do Programa Posgrad, sem o
qual esta obra não seria possível.
10
1 DEFINIÇÕES: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE
Etimologicamente, Monografia significa trabalho escrito sobre um único tema, mas essa
definição é de tal forma abrangente que inclui, na mesma definição, tanto os trabalhos de
conclusão de Cursos de Graduação e de Pós-graduação (lato sensu), como as Dissertações e
Teses de Mestrado e Doutorado, realizadas em cursos de Pós-graduação stricto sensu.
Para a finalidade deste Manual é importante estabelecer uma distinção conceitual entre
Monografia, Dissertação e Tese, pois cada uma dessas formas dissertativas de trabalho de
conclusão exige um grau de complexidade diferenciado.
1.1 MONOGRAFIA
O dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Ferreira, 2010) dá, ao vocábulo, a
seguinte definição: Monografia - “Descrição especial de um único assunto./Estudo limitado de
história, geografia, crítica literária, etc., tratando de um tema, uma pessoa ou de uma região”.
O Dicionário Houaiss (Houaiss, 2009) define Monografia como “trabalho escrito acerca
de determinado ponto da história, da arte, da ciência ou sobre uma pessoa ou região”.
Na literatura existem várias definições de monografia e quase todas se alicerçam na
origem etimológica (mon(o)- + -grafia) e conceituam o termo como uma abordagem
metodológica, sistematizada e pormenorizada de determinado tema, em qualquer área do
conhecimento e que resulte em uma relevante ampliação do conhecimento.
No sentido genérico, existem dois tipos principais de Monografia:
a) A Monografia de compilação: reunião e exposição do pensamento de vários autores sobre
o tema abordado, discutindo as divergências e evidenciando as concordâncias, para
estabelecer um cenário claro da multiplicidade de opiniões sobre o tema;
b) A Monografia de pesquisa de campo: assentada em um tema investigado não apenas do
ponto de vista teórico, mas principalmente sobre análise de dados qualitativos e/ou
quantitativos, coligidos através da observação direta e/ou de metodologia científica
testada e aprovada.
Nas duas formas é fundamental o papel do orientador que deve definir a hipótese a ser
testada, a metodologia (Materiais e Métodos), o tipo de amostragem, a técnica de coleta de dados
(entrevistas, questionários, formulários, testes, etc.) ajustando tudo à objetividade do trabalho
para evitar que os resultados levem a interpretações e conclusões equivocadas.
11
MONOGRAFIA para este Manual é um trabalho resultante de investigação científica
que resulte em contribuição para a ampliação do conhecimento, cujo teor não precisa ter a
originalidade e o ineditismo das Dissertações e Teses, razão pela qual só deve ser usado
para definir os trabalhos de Conclusão de Cursos de Graduação, de Especialização e de
Aperfeiçoamento.
Considera-se que as Monografias devem ser orientadas, preferencialmente, por um
professor com o título de Doutor ou Mestre, facultando-se a possibilidade, de um orientador com
o título de Especialista. A apresentação e defesa do trabalho deve ser feita, preferencialmente,
em sessão pública perante uma Comissão Julgadora.
1.2 DISSERTAÇÃO
Dissertação é um tipo de Monografia que, segundo a NBR 14724 (2011) deve apresentar
“o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar
informações”.
DISSERTAÇÃO, para este Manual, é um trabalho resultante de abordagem original
de um tema científico, sobre o qual o autor deve demonstrar conhecimento teórico e da
literatura existente e cujo desenvolvimento precisa ser feito usando metodologia científica
amplamente reconhecida. Por ser um dos requisitos para obtenção do grau de Mestre, o
trabalho deve, obrigatoriamente, ser realizado sob a orientação de um Doutor e a defesa
deve ser preferencialmente feita em sessão pública perante uma comissão formada por
professores com o titulo de Doutor.
1.3 TESE
A conceituação de tese inclui, como requisito obrigatório, uma contribuição significativa,
inédita e original para a área do conhecimento escolhida. O desenvolvimento deve estar
associado a uma metodologia de pesquisa adequada e amplamente aceita, permitindo que os
resultados obtidos suportem uma Discussão assentada em argumentação e raciocínio lógico, que
levem a Conclusões consistentes.
12
De acordo com a NBR 14724 (2011) (op. cit.) e para este Manual, Tese é um
“documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um
estudo científico de tema único e bem delimitado” visando a obtenção do título de Doutor e
sua elaboração deve ser feita, obrigatoriamente, sob orientação de um Doutor.
A apresentação e defesa do trabalho devem ser feitas, preferencialmente, em sessão
pública, perante uma Banca Julgadora composta por professores com o título de Doutor.
NOTA:
1) A Resolução CNE/CES n.1 de 03 de abril de 2001, em seus artigos 1º e 6º, respectivamente, regulamenta os
cursos de Pós-Graduação lato sensu e stricto sensu;
2) As abreviaturas para os títulos acadêmicos de Graduação são:
Lic. = Licenciado; Bel.= Bacharel; Bela. = Bacharela.
3) Para os títulos de Pós-Graduação lato sensu são:
Esp. = Especialista; MBA = Master in Business Administration (no Brasil e no Exterior).
4) Para os títulos de cursos de Pós-Graduação stricto sensu, as abreviaturas utilizáveis são:
M.e ou Me para mestres do sexo masculino;
M.a ou Ma para mestres do sexo feminino;
MSc = Magister Science em inglês = Mestre em Ciência, em português;
S.M. = Scientia Magister (Mestre em Ciência);
Dr. e Dra. = Títulos nacionais para doutores e doutoras, respectivamente;
J.D. = Juris Doctor (Doutor em Direito);
M.D. - Medicine Doctor (Doutor em Medicina);
Sc. D. - Scientiae Doctor ou D.S. (Doutor em Ciência);
L.D. = Livre Docente.
Atenção: A abreviatura Ms não deve ser usada para o título de Mestre porque, segundo a Academia
Brasileira de Letras – no documento “Reduções” – Ms é abreviatura de manuscrito.
<www.academiabrasileiradeletras.org.br> consulta em 10 de junho de 2013.
13
2 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E
TESES
NOTA: A normatização de textos acadêmicos é feita pela NBR 14724 (2011) e este Manual
tem o objetivo de facilitar o trabalho dos alunos que não têm acesso fácil às normas
originais.
2.1 TEXTO
Texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser
dividido em seções e subseções, e cada seção deve iniciar em folha própria.
É indispensável que o texto seja escrito em norma culta, sendo desejável que o autor
solicite uma revisão a ser feita por um especialista em língua portuguesa, antes de entregar a
versão final para a Coordenação do Curso ou Programa e a consequente apreciação por uma
banca examinadora.
A estruturação do texto depende da finalidade, porém de forma geral ele consiste em
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, não necessariamente com essas denominações, mas
nesta sequência.
14
Quando houver necessidade de incluir equações e fórmulas que contenham expoentes,
índices e outros, se faculta o uso de entrelinhas maiores para facilitar a visualização.
Exemplos:
x2 + y2 = z2 C6 H12 O6
2.4 PAGINAÇÃO
As folhas ou páginas pré-textuais, a partir da folha de rosto, devem ser contadas, mas não
numeradas e a partir da Introdução as folhas devem ser contadas e numeradas sequencialmente,
considerando somente o anverso. Isso significa que a numeração deve constar, a partir da
15
primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2
(dois) centímetros da borda superior, ficando o último algarismo a 2 (dois) cm da borda direita
da folha.
Quando o trabalho for apresentado em mais de um volume, deve ser mantida uma única
sequência de numeração das folhas ou páginas, do primeiro ao último volume.
Havendo Apêndices ou Anexos as suas folhas ou páginas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
Essa sequência só não acontece se os Anexos possuírem uma estrutura física diferente
das páginas do trabalho, como cópias de páginas de outra publicação, formulários, mapas,
folders, folhetos, etc.
16
Quando o texto exigir a inserção de uma subdivisão sem título, usam-se as alíneas
indicadas por letra minúscula seguida de parênteses com o trecho iniciando em letra maiúscula e
terminando em ponto e vírgula, exceto a última que termina em ponto.
Quando houver necessidade, a alínea pode ser subdividida em sub-alíneas que devem
começar com um hífen colocado abaixo e na mesma direção da primeira letra do texto da alínea
correspondente, e dele separado por um espaço de caractere. Os textos das sub-alíneas começam
com letra minúscula.
Seção primária Seção secundária Seção terciária Seção quaternária Seção quinária
MAIÚSCULAS MAIÚSCULAS Minúsculas em Itálico Normal
EM NEGRITO negrito normal
1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1
1 1.2 1.1.2 1.1.1.2 1.1.1.1.2
1.3 1.1.3 1.1.1.3 1.1.1.1.3
2.1 2.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1.1
2 2.2 2.1.2 2.1.1.2 2.1.1.1.2
2.3 2.1.3 2.1.1.3 2.1.1.1.3
3.1 3.1.1 3.1.1.1 3.1.1.1.1
3 3.2 3.1.2 3.1.1.2 3.1.1.1.2
3.3 3.1.3 3.1.1.3 3.1.1.1.3
4.1 4.1.1 4.1.1.1 4.1.1.1.1
4 4.2 4.1.2 4.1.1.2 4.1.1.1.2
4.3 4,1,3 4.1.1.3 4.1.1.1.3
NOTA: Recomenda-se que, em Monografias, Dissertações e Teses, a numeração progressiva seja limitada até
a seção quaternária e, excepcionalmente, até a quinária.
Exemplo:
1, 2, 3, 4, etc.: MAIÚSCULO E NEGRITO
1.1, 1.2¸ 1.3, etc.: MAIÚSCULO
1.1.1, 1.2.1, 1.3.1, etc.: Minúsculo negrito
1.1.1.1, 1.2.2.1, etc.: Minúsculo, itálico
1.1.1.1.1, 1.2.2.2.1,etc.: Minúsculo, normal
Alíneas:
a) [letra, parênteses, um espaço, texto];
b) idem;
c) idem.
Sub-alineas inseridas após cada alínea:
a)
- [hífen, espaço, texto começando com letra minúscula e terminando em ponto e vírgula,
exceto a última que termina com ponto].
17
3 ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Monografias, Dissertações e Teses são formadas por elementos constitutivos definidos
pela NBR 14724 (2011) (op. cit.), como elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que
estão sumarizados no Quadro 2.
18
3.1.1.1 Nome da Instituição, da Unidade Acadêmica e do Curso ou Programa de Pós-
Graduação;
3.1.1.2 Nome do autor;
3.1.1.3 Título (claro e preciso, identificando o conteúdo e possibilitando a indexação e
recuperação da informação);
3.1.1.4 Subtítulo (se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação
ao título);
3.1.1.5 Número do volume (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do
respectivo volume);
3.1.1.6 Local (cidade da instituição onde o trabalho deve ser apresentado, acrescido da sigla do
Estado;
3.1.1.7 Ano de depósito (entrega).
19
Exemplo fictício da capa de uma Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito
Ambiental da UEA
Manaus-AM
2012
20
Exemplo fictício de lombada
25 cm 3 cm 2cm
Etiqueta da
Biblioteca
Josefina Felipa dos Anjos OS POSSEIROS RIBEIRINHOS E O
2012
DIREITO AMBIENTAL
30 cm
21
Modelo do anverso de Folha de Rosto
Manaus - AM
2011
22
Exemplo:
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Ou: Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a autorização expressa do autor.
No verso da folha de rosto também está a ficha catalográfica que, deve ser confeccionada
por uma bibliotecária.
12,5 cm
CDU 001.01
23
acrescido ao trabalho depois de impresso. Esse item é indesejável e só deve ser incluído se, após
rigorosa revisão, ainda restar algum erro. O título deve ser escrito em corpo 14, negritado e
centralizado.
ERRATA
Página Linha Onde se lê Leia-se
12 8 Verdíssimo Veríssimo
25 14 Comição Comissão
45 3 5,789 kg 5.789 kg
ATENÇÃO: Recomenda-se que durante o processo de editoração sejam realizadas tantas revisões quantas
necessárias de forma a evitar a utilização da Errata cuja inclusão significa perda de qualidade .
24
Modelo de Termo de Aprovação
TERMO DE APROVAÇÃO
Manaus, .....de.........................de...........
25
Exemplo:
A todos os que, através da interdisciplinaridade científica buscam entender a complexidade das relações homem-
natureza e sociedade-natureza.
Ou ainda uma Dedicatória mais abrangente:
Exemplo:
Aos todos os meus colegas e professores cujo apoio foi fundamental para a realização deste trabalho.
26
Logo abaixo do Resumo deve ser inserida a expressão Palavras-chave, seguida de dois
pontos (:) e de até 6 (seis) vocábulos ou expressões representativas do conteúdo do documento,
escolhidas, preferencialmente, de linguagem normal (NBR 6028, 2003), separadas entre si e
finalizadas por ponto (.). É importante que, entre as palavras-chave figurem o Curso e a área do
conhecimento sobre a qual discorre o trabalho.
O Resumo, só excepcionalmente se deve usar símbolos, fórmulas, equações, diagramas
etc. O titulo deve ser escrito em corpo 14, centralizado e negritado.
Exemplo:
Cópia do Resumo da Dissertação intitulada “A importância do corredor ecológico do igarapé do Mirandinha para a
sadia qualidade de vida no município de Boa Vista, Estado de Roraima” de autoria de Warner Velasque Ribeiro.
RESUMO
Analisa-se a implantação do Corredor Ecológico do Mirandinha no município de Boa Vista, capital do Estado de
Roraima, enquanto espaço territorial protegido em perímetro urbano, como instrumento de efetivação do direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso do povo essencial à sadia qualidade de vida das gerações
presentes e futuras de Boa Vista, como assegura a Constituição Federal. A temática da pesquisa se concentra em
explorar o assunto Corredores Ecológicos à luz da legislação federal, estadual e municipal, compreendendo a
importância da preservação dos cursos d´água urbanos e suas implicações com o direito à sadia qualidade de vida.
Nesse sentido, abordam-se os aspectos jurídicos referentes à tutela ambiental, o cumprimento da função social da
propriedade urbana e das cidades, na ótica do direito urbanístico e os princípios constitucionais vertentes. Reflete-se,
também, sobre os aspectos biológicos que cercam o tema, sob a ótica da interdisciplinaridade, de modo a
compreender a importância da criação de espaços territoriais contínuos de preservação, que interliguem
ecossistemas de ambiente natural, por meio de corredores de biodiversidade e sua correlação com a proteção dos
fragmentos de habitats, de florestas, efeitos de borda, conectividade, proteção das matas ciliares e a revitalização de
cursos de água.
Palavras-chave: Corredores Ecológicos. Espaços territoriais protegidos. Cursos d´água urbanos.
Nota: Deveriam ter sido incluídas as palavras-chave: Direito ambiental e PPGDA/UEA
3.1.11 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
3.1.12 Lista de ilustrações (opcional)
Elemento opcional. Deve obedecer a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. Se
necessário recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, e outros).
Exemplo:
Quadro 1 – Principais características dos rios da Amazônia. p 5.
Quadro 2 – Comparação de consumo de combustível por tonelada de carga transportada entre
balsas e caminhões na Amazônia. p.34
Figura 1 – Mapa de localização das comunidades indígenas no rio Solimões p. 178
27
3.1.13 Lista de tabelas (opcional)
Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu
nome específico, acompanhado do respectivo número da folha ou página.
Exemplo de lista de tabelas:
Tabela 12 – Variação da população residente em Manaus entre 2000 e 2010. p. 23
Tabela 23 – Distribuição etária da população do Amazonas em 2000 p.78
Abreviaturas Símbolos
et al. e outros H hidrogênio
jan. janeiro km quilômetro
Fil. Filosofia ∑ somatório
Diss. Dissertação % porcentagem
Cia. Companhia N-NE Norte-Nordeste
Sigla Significado
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AM Estado do Amazonas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
TCU Tribunal de Contas da União
UEA Universidade do Estado do Amazonas
28
itens do Sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto. O
alinhamento das divisões e seções deve ser feito pela margem esquerda.
Os títulos e subtítulos do Sumário devem ser alinhados pela esquerda e a paginação pode ser
inserida de duas formas:
a) Número da primeira página 13
b) Números das páginas inicial e final, separados por um hífen 35-48
Exemplo de Sumário copiado da Dissertação “Biopirataria associada à biotecnologia e a tutela penal da biodiversidade
amazônica” de autoria de Alessandra Figueiredo dos Santos, defendida em 24/11/2010 no PPGDA/UEA.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 15
2 A APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E O DIREITO 18
2.1 A NATUREZA COMO OBJETO DE APROPRIAÇÃO PELO HOMEM 18
2.2 CAPITALISMO E NATUREZA: ATRIBUINDO VALOR AO RECURSO AMBIENTAL 27
2.3 A CIÊNCIA COMO VALOR DE TROCA 35
2.4 O DIREITO COMO LEGITIMADOR DA APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS 40
3 BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA E O USO DA BIOTECNOLOGIA 48
3.1 BIOPIRATARIA NA REGIÃO AMAZÔNICA 48
3.1.1 Biodiversidade da região amazônica e a vulnerabilidade de seus ecossistemas 48
3.1.2 Aspectos históricos da biopirataria 53
3.1.3 Conceito de biopirataria 66
3.1.4 Biopirataria e suas consequências para a Amazônia brasileira 69
3.2 BIOTECNOLOGIA E SOCIEDADE 77
3.2.1 Conceito de biotecnologia e sua evolução 77
3.2.2 Revolução biotecnológica: aplicabilidade e riscos 80
4 REGULAÇÃO JURÍDICA DO ACESSO À BIODIVERSIDADE E A APROPRIAÇÃO DE
SEUS ELEMENTOS. 89
4.1 INSTRUMENTOS JURÍDICOS NACIONAIS DO ACESSO AOS RECURSOS NATURAIS E
GENÉTICOS DA BIODIVERSIDADE 89
4.1.1 Decreto n. 98.830/1990 90
4.1.2 Decreto 2.519/1988 (Convenção sobre a Diversidade Biológica) 92
4.1.3 Leis estaduais do Acre (Lei n. 1.235/1997) e do Amapá (Lei n. 388/1997). 98
4.1.4 Medida Provisória n. 2.186-16/2001 99
4.1.5 Decreto n. 4.330/2002 (Política Nacional da Biodiversidade) 105
4.2 APROPRIAÇÃO DOS ELEMENTOS DA BIODIVERSIDADE: A QUESTÃO DA PROPRIEDADE
INTELECTUAL 107
4.2.1 Propriedade intelectual: conceito e noções gerais 107
4.2.2. Sistema brasileiro de patentes 109
4.2.2.1 Acordo sobre aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio –TRIPS 110
4.2.1.2 Lei n. 9.279/1996 e Lei n. 9.456/1997 113
5 TUTELA PENAL DA BIODIVERSIDADE E A BIOPIRATARIA. 121
5.1 DIREITO PENAL E SOCIEDADE DE RISCO 121
5.2 BEM JURÍDICO PENAL E MEIO AMBIENTE 125
5.2.1 Noções gerais sobre bem jurídico e penal 125
5.2.2 Meio ambiente: breves considerações conceituais. 129
5.3 PROTEÇÃO PENAL DA BIODIVERSIDADE E A CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA. 134
5.3.1 A biodiversidade na Constituição Federal de 1988 134
5.3.2 A biodiversidade como bem jurídico a ser tutelado pelo Direito Penal 138
5.3.3 A tutela penal da biodiversidade na Lei dos Crimes Ambientais e a biopirataria 140
29
5.4 CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA: A TUTELA PENAL COMO INSTRUMENTO
DE COMBATE À APROPRIAÇÃO ILÍCITA DA BIODIVERSIDADE 145
5.4.1 Identificação do bem jurídico tutelado no crime de biopirataria 145
5.4.2 A tutela penal da biodiversidade versus princípios norteadores do Direito Penal 147
5.4.3 Normas penais em branco e a tipificação da biopirataria 161
5.5 EM BUSCA DA TIPIFICAÇÃO PARA O CRIME DE BIOPIRATARIA. 164
6 CONCLUSÕES. 175
REFERÊNCIAS. 182
ANEXOS. 202
3.2.1 Introdução
A Introdução é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado como um todo, sem
detalhes, constituindo o elemento explicativo do autor para o leitor. A Introdução deve:
a) Estabelecer o assunto definindo-o sucinta e claramente, sem deixar dúvidas quanto a
escala espacial e temporal abrangidas, e incluir informações sobre a natureza e a
importância do problema;
b) Indicar os objetivos e a finalidade do trabalho, justificando e esclarecendo sob que ponto
de vista é tratado o assunto;
Nota: Ainda que não exista um padrão amplamente aceito, é importante que aqui o autor
revele, de forma bastante clara e cientificamente fundamentada, a natureza do estudo
(experimental ou não, de campo, de revisão bibliográfica, etc.).
c) Referir-se aos tópicos principais do texto, segundo a ordem de exposição, mas sem
mencionar os resultados.
3.2.2 Desenvolvimento
O Desenvolvimento ou Corpo é a parte mais importante e extensa do trabalho e nela o
autor deve mostrar e discutir suas ideias, fundamentando-as com argumentos teoricamente
consistentes e logicamente apresentados e indicando hipóteses e sugestões para pesquisas
adicionais.
Recomenda-se que as palavras Desenvolvimento e Corpo não sejam usadas no texto,
indicando-se os termos Referencial Teórico ou Revisão da Literatura, Metodologia, Análise dos
Resultados ou simplesmente Resultados e Discussão, como definidos a seguir:
30
3.2.2.1 Referencial teórico ou revisão da literatura
É o elemento essencial em Dissertações e Teses onde se deve resgatar trabalhos
anteriormente publicados, explicando a evolução do conhecimento sobre o tema. Com respeito à
revisão da literatura, ou referencial teórico, o autor deve limitar-se, sem prejuízo histórico e
científico, a indicar as contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto.
É um dever ético e formal mencionar o nome de todos os autores e seus trabalhos,
registrando-os no texto, em Notas de Rodapé (Ver 3.3.1.3 Notas de Referência) e/ou
preferencialmente, nas Referências, ao final do trabalho (Ver 3.4.1 Referências).
3.2.2.2 Metodologia
É o termo mais usado nas áreas humanísticas e significa o conjunto de métodos ou
caminhos utilizados para a condução da pesquisa devendo ser apresentada na sequência
cronológica em que o trabalho foi conduzido. Eventuais métodos inéditos desenvolvidos pelo
autor devem ser justificados mostrando suas vantagens em relação a outros já consagrados na
literatura. Importante ter em conta que:
a) Devem ser citados, com o detalhamento requerido, os processos técnicos utilizados no
trabalho;
b) As técnicas e os métodos já conhecidos podem ser apenas referidos com a respectiva citação
do seu autor;
c) Técnicas novas devem ser descritas com detalhes e quando se tratar do uso de novos
equipamentos, eles devem ser mostrados através de ilustrações, fotografias e/ou desenhos;
d) Hipóteses e generalizações que não estejam baseadas nos elementos contidos no próprio
trabalho devem ser evitadas;
e) Os dados utilizados na análise estatística (quando houver) devem figurar no texto, em
Apêndice ou Anexos no trabalho.
31
3.2.2.3 Análise dos Resultados ou simplesmente Resultados
Onde devem ser apresentados, de forma precisa e clara, os resultados obtidos,
considerando-se que:
a) A análise e interpretação dos dados, e a discussão teórica podem ser conjugados ou separados
conforme for mais adequado aos objetivos do trabalho;
b) Os diversos resultados obtidos, sem interpretações pessoais, devem vir agrupados e ordenados
convenientemente, podendo, eventualmente, serem acompanhados de tabelas, gráficos, quadros
ou figuras com valores numéricos e/ou estatísticos, para maior clareza.
3.2.2.4 Discussão
A Discussão deve incluir a justificativa da escolha do tema e conter esclarecimentos
sobre as exceções, contradições, modificações, teorias e princípios relativos ao trabalho,
indicando as limitações teóricas e práticas dos resultados obtidos. É necessário discutir
detalhadamente, os aspectos que confirmam ou modificam, de modo significativo, as teorias
consagradas na literatura, apresentando as perspectivas de continuidade da pesquisa.
Aqui o autor deve justificar a escolha do tema, relacionar as correlações, as causas e
efeitos dos fatos relatados, analisar as comparações formuladas, com base nos dados coletados,
esclarecer as exceções, contradições e eventuais modificações de ordem teórica resultantes do
trabalho. Além disso, se deve ressaltar as limitações e os aspectos que, de alguma forma,
modificam e/ou ampliam os saberes estabelecidos.
3.2.3 Conclusão
É um resgate sintético dos Resultados e da Discussão, onde o autor apresenta suas
deduções em relação aos resultados e objetivos propostos, sinalizando sua contribuição ao
conhecimento científico e prático do tema estudado. As conclusões devem se assentar em dados
efetivamente comprovados e apresentar ideias claras para permitir que o leitor entenda os
ensinamentos retirados do trabalho e as possibilidades que se abrem para novas pesquisas.
Quando couber, podem-se apresentar deduções alicerçadas na lógica e que correspondam
aos objetivos propostos, ressaltando a importância, o alcance e o mérito da contribuição do
trabalho.
32
3.3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO
Em todo o corpo do trabalho o autor pode utilizar elementos de apoio ao texto como:
3.3.1 Notas de Rodapé devem ser feitas em algarismos arábicos, obedecendo à uma numeração
única e consecutiva. As Notas de Rodapé devem ser alinhadas a partir da segunda linha da
mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem
espaço entre elas e com fonte menor (corpo 10).
Exemplo de Nota de Rodapé:
2
No texto: [...] pensar a Amazônia 1 pode ter muitos significados [...]
Na Nota de Rodapé:
1
Pensar a Amazônia é refletir sobre suas diversidades, pois são elas que configuram um macrodescritor regional
muito mais representativo do que a expressão planície amazônica que é apenas uma das feições da diversidade
física/natural (FONSECA, 2011).
2
. O projeto humano do novo século, em suma, deve contemplar um projeto amazônico (grifado no original) sem o
qual não alcançará completude nem será factível. A realização do projeto amazônico ajudará a viabilizar o projeto
humano. E esse não é um desafio vulgar (MENDES, 2001).
Atenção: As obras de FONSECA (2011) e de MENDES (2001) devem constar, obrigatoriamente, nas
Referências ao final do trabalho.
(Atenção: indicar, entre parênteses, o autor e o ano de onde foi retirado esse texto, incluindo a descrição
completa do trabalho nas Referências, ao final do trabalho).
33
3.3.1.2 Nota de Referência Cruzada
Remetem o leitor para outros trechos da obra.
Exemplo:
No texto:
“[...] denunciavam que os preços dos gêneros fornecidos na fazenda eram mais caros que em
outros lugares e reclamavam ainda de outras taxas e multas que também não constavam dos
contratos” 1
No rodapé:
1
Para ver as queixas dos colonos ver Anexo A, p. 245-249.
3.3.2 Citações
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte para esclarecer,
ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Devem ser evitadas citações referentes a assuntos
amplamente divulgados ou de domínio público, bem como aquelas retiradas de publicações de
natureza didática, tais com apostilas e anotações de aula.
As citações diretas (transcrição literal de um texto ou parte dele) ou indiretas (redigidas
pelo autor do trabalho com base em ideias de outros autores) podem ser obtidas de documentos
ou de canais informais (palestras, debates, conferências, entrevistas entre outros).
A citação direta é a transcrição literal de um texto ou parte dele que conserva a grafia, a
pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma original. Só deve ser usada quando reflete uma ideia
muito bem expressa, ou quando é necessário transcrever as palavras de um autor.
As citações com três linhas ou menos são chamadas de citações curtas e devem ser
escritas entre aspas duplas, com o mesmo tipo e tamanho utilizado no corpo do trabalho. Se o
texto citado terminar com alguma pontuação, as aspas são colocadas após esse sinal gráfico
delimitando o final da citação.
34
Exemplo:
“[...] no caso dos yanomami, a cultura da conservação decorre antes de uma cosmologia de equilíbrio com a
natureza do que ligada ao desejo de manter um estoque de produtos naturais, tudo articulado com práticas ancestrais
tendentes à proteção da terra-floresta [...]”. (SILVEIRA, 2010).
NOTA. O trabalho de SILVEIRA tem que constar nas Referências ao final do trabalho.
As citações com mais de três linhas são chamadas citações longas e transcritas em
parágrafo distinto, começando a 4 centímetros da margem esquerda (equivalente a 20 toques com
corpo 12 ou 40 toques com corpo 10), sem deslocamento da primeira linha e terminando na
margem direita. A segunda linha e as subsequentes são alinhadas sob a primeira letra do texto da
citação.
Exemplo:
O potencial ambiental de cada região, a autogestão comunitária dos recursos, o
desenvolvimento de tecnologias apropriadas, o respeito pelos valores culturais e pela
diversidade étnica, assim como pela recuperação e enriquecimento científico das práticas
tradicionais de uso dos recursos, abre canais para uma gestão participativa, dos recursos
e para um desenvolvimento sustentável. (LEFF, 1994).
NOTA: O trabalho de Leff tem que constar nas Referências ao final do trabalho.
Nas citações curtas e longas são permitidas omissões no começo, no meio ou no fim,
dede que não alterem o sentido do texto. Quando as omissões forem no meio do texto, usam-se
reticências entre colchetes [...] que indicam ter havido uma omissão intencional de parte do
trecho citado.
As citações apudianas (de apud) que indicam a origem de uma citação indireta, só devem
ser usadas quando a obra original for de acesso muito difícil.
Se o texto citado contem incorreções, elas devem ser reproduzidas e indicadas pela
expressão sic entre colchetes que significa “assim mesmo”, isto é ela indica que estava escrito
dessa forma no original.
Exemplo:
“ A utilização mais conhecida de microrganismos pelos indígenas é a fermentação de madioca [sic] para a produção
de bebidas alcoólicas [...] usadas nas comemorações e rituais.” (Autor e ano)
O trabalho de onde foi tirado esse trecho deve constar nas Referências ao final do trabalho.
3.3.3 Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentação de informações que tem por finalidade
a descrição e/ou o cruzamento de dados numéricos, codificações, especificações técnicas e
símbolos. As tabelas podem ser de dois tipos:
35
a) Tabela estatística que apresenta um conjunto de dados numéricos que expressam as variações
quantitativas e qualitativas de um determinado fenômeno;
b) Tabela técnica que apresenta especificações técnicas a respeito de um determinado produto ou
área de interesse, como por exemplo, classificação periódica dos elementos químicos, valores de
distribuição normal, etc.
A construção de uma tabela obedece às normas do IBGE (1993) que determina ser uma
tabela composta pelo:
Topo: espaço superior de uma tabela destinado ao seu número e título.
a) Número, é o componente usado para identificar a tabela no texto ou em Anexos. O
número, determinado de acordo com a ordem em que a tabela aparece no texto, deve ser
precedido da palavra “Tabela” com a primeira letra maiúscula.
Exemplo:
Tabela 1 –
b) Título deve ser escrito logo após o número da tabela e separado dele por um hífen que
deve estar distante um espaço do número e um espaço do início do titulo. Quando o título
ultrapassar uma linha, a segunda linha deve iniciar exatamente abaixo da primeira letra
do título da linha superior. O titulo deve conter a designação do fato observado e o local
de ocorrência, além da data de referência dos dados e informações registradas.
Exemplo:
Tabela 1 – Produto Interno Bruto per capita, salário mínimo mensal e horas semanais de trabalho no Polo Industrial
de Manaus em 2011.
Centro ou corpo: destinado à moldura dos dados numéricos e dos termos necessários à sua
compreensão. O centro ou corpo da tabela deve conter:
Coluna indicadora;
Linha;
Coluna;
Casa;
Sinais indicadores (Ver Quadro 5).
36
Quadro 5 - Sinais indicadores convencionais que podem ser usados nas casas ou células
Sinal Significado/Utilização
- (hifen) Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) não resultante
de arredondamento.
... (três pontos) Indica que o dado é desconhecido ou não está disponível
0 ou -0,0 ou – 0,00 Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) resultante de
arredondamento e com valor inferior a metade da unidade
adotada no tabela
x (letra xis) Indica que o dado foi omitido com a finalidade de evitar a
sua individualização.
: (dois pontos) Indica que não se aplica dado numérico
FONTE: os autores.
37
Exemplo de tabela:
Tabela 1 – Área, população e densidade de habitantes nos Estados da Região Norte do Brasil.
(Censo de 2010).
Estados Área População Densidade
(km2) (N0 de habitantes) (hab./km2)
Acre 164.123,040 733.559 4,47
Amapá 142.828,521 669.526 4,69
Amazonas 1.559.159,148 3.483.985 2,23
Pará 1.247.954,148 7.581.051 6,07
Rondônia 237.590,547 1.562.409 6,58
Roraima 224.300,506 450.479 2,01
Tocantins 277.720,520 1.383.445 4,98
FONTE: www.ibge.gov.br consulta em 10 de junho de 2013.
3.3.4 Quadro
Quadro é o arranjo de palavras e/ou números dispostos em colunas e linhas, porém
predominantemente preenchidos com palavras. Os quadros são apresentados da seguinte forma:
a) Com letra e entrelinhamento menor;
b) Na parte superior do quadro devem constar:
- a palavra Quadro, alinhada à lateral esquerda, sucedida do número que o identifica, em
algarismos arábicos, conforme a ordem em que aparecem no texto, seguida de hífen;
- o titulo, escrito preferencialmente em letras minúsculas, sem ponto final.
c) Alinhados na margem esquerda do texto e, quando pequenos, devem ser centralizados.
d) A origem dos dados deve constar no rodapé precedida da palavra FONTE. (em maiúsculas).
Exemplo de quadro
Quadro 5 – Palavras e expressões perigosas
Palavras e expressões Indicação de uso melhor Forma correta
A maior parte...surgiram na O verbo concorda com o A maior parte...surgiu
década passada coletivo
A maioria ...afirmam que Concordância ruim A maioria....afirma que
O professor (assim como, ou bem O verbo deve concordar com o O professor, (assim como ou bem
como) o aluno sabem a matéria primeiro sujeito como) aluno sabe a matéria.
Com exceção de Prefira a concisão Exceto
Deixar claro as coisas Concorda com o objeto Deixar claras as coisas
FONTE: Indicar a fonte das informações.
38
Atenção: A Tabela não tem linhas laterais (é aberta), ao contrário do Quadro que é fechado com linhas
laterais.
3.3.5 Ilustrações
Os outros tipos de ilustrações utilizados em trabalhos acadêmicos são as figuras, fotos,
organogramas, cronogramas, gráficos estatísticos, gráficos de organização, mapas e plantas.
3.3.5.1 Figura
É a ilustração gráfica por meio de imagens representadas por desenhos, gravuras ou
fotografias. Podem ser referenciadas como figuras e sua numeração, titulo, etc., seguem as
mesmas orientações gerais dadas para as tabelas.
Exemplo:
Figura 1 – Foto do Teatro Amazonas na época de sua construção.
3.3.5.2 Gráfico
É uma representação de dados e informações, por meio de imagens que possibilitem uma
interpretação rápida e objetiva. Os mais utilizados são: gráficos estatísticos e gráficos de
organização.
3.3.5.3 Mapas e Plantas
Mapa é a representação gráfica em escala reduzida, da área de uma região.
Planta é o desenho que representa a projeção horizontal de um objeto.
Nota: Todas as ilustrações devem obedecer alguns princípios como proporção, composição, simplicidade e
clareza.
Nota: Os gráficos devem ser numerados da mesma forma usada para as tabelas e quadros, não esquecendo a
inclusão da data quando isso for necessário.
39
separadas entre si por um espaço simples em branco e descritas de acordo com a NBR 6023
(2002) cujas orientações gerais são mostradas a seguir.
Atenção: Não se incluem citações de títulos, cargos, graduações etc., mesmo que apareçam na obra
referenciada.
As indicações de parentesco como Filho, Junior, Neto, etc., não fazem parte do nome e
devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o último sobrenome.
Exemplo:
RAMOS JUNIOR, Dempsey Pereira. Meio ambiente e conceito jurídico de futuras gerações. Curitiba: Juruá,
2012. 414 p.
Se o sobrenome pelo qual o autor é conhecido, for um termo composto, deve-se cita-lo
por inteiro e se o sobrenome for precedido de partículas como “de”, “da”, “e”, essas
permanecem junto do prenome.
Exemplo de nome composto:
ALMEIDA-VAL, V. M. F. et al. Biochemical adjustments to hypoxia by Amazon cichlids. Brazilian Journal of
Medical and Biological Research, v. 28, p. 1257-1263,1995.
Exemplo de nome com a particular de:
MELO, Thiago de. A floresta vê o homem. Manaus: Valer, 2006.
As segundas e terceiras linhas de uma referência bibliográfica começam exatamente
abaixo da primeira letra do sobrenome do autor, que está escrito em letras maiúsculas.
Exemplo:
EASTERLY, William. O espetáculo do crescimento. Aventuras e desventuras dos economistas na incessante busca
pela prosperidade nos trópicos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
40
3.4.1.2 Dois autores
A regra geral para referenciar obras de dois autores é: Autor, ponto e vírgula (;); Autor,
ponto (.); Título, ponto (.); Edição a partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:);
Editora, vírgula (,); Ano, ponto (.).
Exemplo:
RIBEIRO, Euler Esteves; CRUZ, Ivana Beatrice M. da. Dieta amazônica. Saúde e longevidade. Manaus: Editora
Cultural do Amazonas, 2012.
41
(comp.) = compilador; (ed.) = editor, etc., que por serem abreviaturas não dispensam a colocação
do ponto (.)
Exemplo:
FONSECA, Ozorio Jose de Menezes.; CAMARGO, Serguei Aily Franco de. (orgs.) Temas contemporâneos de
direito ambiental. Manaus: Edições UEA, 2012.
42
3.4.1.8 Publicação periódica como um todo
Os elementos essenciais são: Título, local de publicação, editores, data de inicio e de
encerramento da publicação (se houver).
Exemplo:
REVISTA DO INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL DE SÃO PAULO. São Paulo: Universidade do Estado de
São Paulo, 1959 –
Exemplos:
DUARTE, João Paulo Penhalosa. Política pública ambiental no município de Manaus: sustentabilidade
ambiental e democracia participativa no licenciamento do “Manauara Shopping Center”. Manaus, UEA, 2008.
Monografia de Conclusão do Curso de Administração Pública, Escola Superior de Ciências Sociais, Universidade
do Estado do Amazonas, 2008.
FONSECA, Ozorio Jose de Menezes. Aspectos limológicos da lagoa Emboaba, Planície Costeira Setentrional
do Rio Grande do Sul: morfometria, hidroquímica e degradação de Scirpus californicus (C.A.Meyer) Steud. São
Carlos, UFSCar, 1991. Tese de Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais, Instituto de Biociências, Universidade
Federal de São Carlos, 1991.
43
3.4.1.12 Relatórios de Estágio ou de Pesquisa
A regra geral é: Autor(es) ou Coordenador(es), ou Instituição responsável, ponto (.);
Título e subtítulo (quando houver), ponto (.); Local da publicação, dois pontos (:); Editor ou
Instituição responsável pela publicação, vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.); Indicação
da natureza do documento (relatório de pesquisa, de estágio, etc.), ponto (.).
Exemplo:
MEDEIROS, Epitácio Argemiro. O atraso no recolhimento do ICMS no Estado do Amazonas. Manaus: UEA,
2004. Relatório de estágio.
3.4.1.14 Dicionários
A regra geral para referenciar dicionários é Autor, ponto (.); Título, ponto (.); Edição a
partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,); Ano ponto (.).
Exemplos:
KRIEGER, Maria das Graças et al. Dicionário de Direito Ambiental. Terminologia das leis do meio ambiente.
Porto Alegre: Editora da Universidade, 1988.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
3.4.1.16. Enciclopédias
A regra geral é: Autor do verbete, seção ou capitulo (se houver), ponto (.); Título do
verbete, seção ou capítulo, ponto (.); a palavra In, seguida de dois pontos (:); Nome da
Enciclopédia, (negritado), ponto (.); Local de publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,);
Ano da publicação, ponto (.); Volume, vírgula (,); Página inicial e final, ponto (.).
44
Exemplo:
MONTEIRO, Abgail. Os seres vivos. In: Mundo Novo. São Paulo: Ritter, 1975, v.4, 123-135.
3.4.1.19 Legislação
Inclui legislação, jurisprudência, (decisões judiciais) e doutrina (interpretação de textos
legais). Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais
infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas
formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato
normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso,
45
circular, decisão administrativa entre outros). No caso de Constituições e suas emendas, entre o
nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano da
promulgação entre parênteses.
A regra geral para referenciar Constituições é: Local de abrangência (País, Estado),
ponto (.); Título e subtítulo (se houver), ponto (.); Edição (a partir da segunda), ponto (.); Local
da publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,); Ano, ponto (.); Número de páginas, seguido
da abreviatura p., ponto (.).
Exemplo:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 292p.
AMAZONAS. Constituição do Estado do Amazonas. Manaus: Assembleia Legislativa, 1989. 290p.
Nos demais documentos inseridos no item legislação, os elementos essenciais são: Local
de abrangência ou órgão responsável, ponto (.); Título (especificação da legislação), ponto (.);
Número e data, ponto (.); Ementa (se houver), ponto (.); Referência da publicação (onde
houver a veiculação) precedida da expressão In, dois pontos (:).
Exemplos:
BRASIL. Decreto-Lei número 2.423 de 07 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e
vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da administração federal direta e autárquica e dá outras
providências. In: Diário Oficial da União, Brasília, v. 126, n. 66, 08 de abril, 1988, Seção 1.
AMAZONAS. Decreto n. 21.963 de 27 de junho de 2001. Aprova o Estatuto da Universidade do Estado do
Amazonas, dispõe sobre sua estrutura e funcionamento e dá outras providências. In: Diário Oficial do Estado do
Amazonas, v. CVII, n. 26.697, 27 de junho de 2001.
3.4.1.20 Acórdãos, Decisões, Súmulas, Enunciados e Sentenças das Cortes dos Tribunais
A regra para referenciar esses documentos é: Local de abrangência, ponto (.); Nome da
Corte ou Tribunal, ponto (.); Partes litigantes, ponto (.); Nome do relator antecedido da
palavra “Relator”, ponto (.); Data do Acórdão (quando houver), ponto (.); Referência da
publicação que divulgou o documento, antecedida da expressão In, dois pontos (:).
46
Exemplos:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição número 410. Estados Unidos
da América do Norte e José Antonio Fernandes. Relator Ministro Rafael Mayer, 21 de março de 1984. In: Revista
Trimestral de Jurisprudência (Brasília), v. 109, 1984. p. 870-879.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito que a Constituição
assegura a todos (art. 225 da CF), tendo em consideração as gerações presentes e futuras. Nesse sentido, desobrigar
os proprietários rurais da averbação da reserva florestal prevista no art. 16 do Código Florestal, é o mesmo que
esvaziar essa lei de seu conteúdo. Recurso ordinário em mandado de segurança número 18.301-MG. Ministério
Público de Minas Gerais e Juiz de Direito de Andrelândia. Relator Ministro João Otávio Noronha. 24 de agosto de
2005. In: Diário da Justiça (Brasília), p. 157, 03 de outubro de 2005. Disponível em
<http://www.stj.jus.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=200400753800&dt_publicacao+03/10/2005>. Acesso em
10 de março de 2012.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir em razão de
idade, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em
<http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html> Acesso em 22 de dezembro de 2008.
47
3.4.1 24 Informação pessoal
Se for necessário inserir uma informação que ainda não foi publicada, mas que é
considerada importante para o entendimento do trabalho, pode-se inseri-la, ressaltando o fato de
ser decorrente de informação pessoal. Nesse caso, reproduz-se a informação seguida do nome de
quem a forneceu, seguida do ano e da notação (inf. pess.) além da chamada para uma Nota de
Rodapé explicativa onde o autor da informação deve ser identificado integralmente, e onde o
autor do trabalho pode inserir informações adicionais pertinentes.
Exemplo:
No texto:
Na práxis, os processos caminham de forma absolutamente desigual, havendo uma tendência a priorizar aqueles que
envolvem um maior volume de recursos (Costa, 2004, inf. pess.) 1.
No rodapé:
1
João José Manuel da Silva Costa, analista do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas.
OBS. (nome e texto fictícios).
Nota: Para outros tipos de referência, consultar a NBR 6023 (2002).
3.4.2.2 Edição
Indica-se a edição somente a partir da segunda, com algarismo arábico, seguido de ponto
e da abreviatura da palavra edição (ed.) que, por ser abreviatura exige a colocação de ponto (.).
48
Emendas, acréscimos, atualizações e revisões à edição, podem ser acrescentadas de forma
abreviada.
Exemplo:
PROCÓPIO. Argemiro. Diplomacia e desigualdade. 2.ed.rev.atual. Curitiba: Juruá, 2011.
3.4.2.3 Imprenta
É a indicação do local e ano da publicação. O local é separado do nome da editora por
dois pontos (:) e esta do ano por vírgula (,), finalizando com um ponto.
Exemplos:
Manaus: Valer, 2011.
Manaus: Uea Edições, 2012.
3.4.2.4 Local
O local da publicação deve ser referenciado por extenso, tal como aparece na obra. Caso
haja a indicação de mais de um local, indica-se o primeiro ou o que estiver em destaque.
Se o local indicado tiver um homônimo, acrescenta-se a indicação do estado, país, etc.
Exemplos:
Santarém (Brasil) e Santarém (Portugal), ou Cambridge (Inglaterra) e Cambridge (Estados Unidos).
Se a localidade não aparecer na obra, mas for possível identificar a origem, indica-se o
local entre colchetes.
Exemplo:
GEODIVERSIDADE DO AMAZONAS. [Manaus]: Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 2004.
3.4.2.5 Editor
O nome do editor deve aparecer da mesma maneira como é grafado na obra, abreviando-
se prenomes e dispensando indicações de elementos de natureza jurídica ou comercial, desde que
sejam dispensáveis para sua identificação.
Exemplos:
Valer, e não Editora Valer;
Cultrix e não Editora Cultrix.
Nota: Se forem dois ou mais editores, registra-se o mais destacado e se não há destaque, indica-se o primeiro
deles.
49
Quando o editor não é mencionado, indica-se o fato com a abreviatura [s.n.] sin nomine
ou [s.ed.] sem editor. As abreviaturas não dispensam o ponto (.).
Exemplo:
ANTONACCIO, Gaitano. Zona Franca: um romance polêmico entre o Amazonas e São Paulo. Manaus: [s.ed.],
1995.
3.4.2.6 Data
Indica-se a data com algarismos arábicos, sem pontuação nem espaços. Se não houver
indicação da data, utiliza-se, entre colchetes, a abreviatura [s.d.].
Exemplo:
SALES, Waldemar Batista de. O Amazonas: o meio físico e suas riquezas naturais. 3.ed. Manaus: Imprensa Oficial
do Estado do Amazonas, [s.d.].
3.4.2.8 Ordenação
As referências dos documentos citados no decorrer do trabalho devem ser ordenadas em
ordem alfabética estrita, sem numeração (NBR 6023, 1989).
Nota: Lembrar que a margem da segunda linha em diante deve iniciar sob a primeira letra da entrada.
Exemplos:
BATISTA, Djalma da Cunha. O complexo da Amazônia: análise do processo de desenvolvimento. Rio de Janeiro:
Conquista, 1976. 292p.
POVOAS, Joaquim de Mello e. Cartas do primeiro governador da Capitania de São José do Rio Negro.
Memória geosocial e histórica do Amazonas. Manaus: Universidade do Amazonas, 1983.
50
Na ordenação das obras, quando um autor for indicado mais de uma vez, seu nome pode
ser substituído por um traço underline equivalente a seis espaços da segunda referência em
diante, obedecendo a cronologia da publicação.
Exemplo:
BENCHIMOL, Samuel. Amazônia; um pouco antes além depois. Manaus: Umberto Calderaro, 1977.
______ Romanceiro da batalha da borracha. Manaus: Imprensa Oficial, 1992.
51
REFERÊNCIAS.
COIMBRA, Jose de Ávila Aguiar. O outro lado do meio ambiente. São Paulo: Cetesb, 1985.
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009.
IBGE. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE,
2004.
KAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix,
2005.
MAYR, Ernst. Biologia ciência única. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
52
NBR 12225. Informação e documentação – Lombada – Apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. 8 reimp. São Paulo: Companhia das Letras,
2000.
53
GLOSSÁRIO.
54
ÍNDICE
55
APÊNDICES
56
ANEXOS
Os Anexos são elementos opcionais utilizados para ilustrar e/ou comprovar afirmações
existentes no texto do trabalho principal. Neles podem ser incluídas: descrições de equipamentos,
técnicas, processos, modelos de fichas, formulários, impressos, mapas, leis, estatutos, etc. Sua
apresentação é feita em folha separada onde deve constar a palavra ANEXO (em maiúsculas)
seguida de uma letra do alfabeto, de travessão e dos respectivos títulos. A quantidade de Anexos
não deve ultrapassar as letras do alfabeto, mas quando isso for absolutamente indispensável,
seguir a orientação dada para Apêndices (Ver 6. APÊNDICES).
A paginação é progressiva incluindo o(s) Apêndice(s), que vêm em antes do(s) Anexo(s).
Exemplo: Ilustração da folha separada de um Anexo
57
APÊNDICE A - FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.
58
FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.
Nada ou muito pouco pode ser feito sem planejamento. Em pesquisa esta máxima é
indispensável, sobretudo se consideramos a pesquisa com finalidade acadêmico-científica.
Esta atividade envolve considerável capacidade de domínio das teorias da área, capacidade
de percepção dos fenômenos, argúcia para investigar os fatos através de técnicas apropriadas,
capacidade de abstração, bom senso e senso de organização para saber lidar com os achados e,
assim, obter os resultados esperados ou, até mesmo, resultados inusitados.
O desenho mental de uma pesquisa, isto é, a imagem ou configuração mental de uma
investigação científica antecede a materialização efetiva que se dá através do Projeto de
Pesquisa. Significa dizer que em nosso cérebro, em decorrência de nossas experiências e do
aprendizado acumulado, somos capazes de idealizar um conjunto de procedimentos que torna
possível vislumbrar um esboço do que desejamos fazer para encontrar o que almejamos. Nem
todos conseguem formulações lógicas precisas, mas todos são capazes de idealizar, pensar
logicamente, ordenar a sequência dos fatos pensados e refletir sobre a sua exequibilidade.
Pesquisar é conhecer em profundidade um assunto, é identificar as relações daquilo que se
torna objeto de investigação com o contexto onde acontece e as implicações do acontecer.
Pesquisar é sujeitar-se ao rigor do método para obter o conhecimento preciso. As técnicas de
pesquisa são instrumentos que auxiliam o caminhar em busca da prova, do resultado, da
descrição objetiva dos fenômenos, dos fatos, dos acontecimentos. Os resultados obtidos são
achados que confirmam, refutam ou ratificam os conhecimentos já obtidos sobre os fenômenos,
sobre os fatos, sobre os acontecimentos.
Por isso reforçam teorias, destroem teorias ou transformam-se em novas teorias. Quando
estes achados repercutem sobre diversos campos do saber tornam-se paradigmáticos.
Depois do desenho mental, da consciência do rigor que reveste a pesquisa científica, é hora
de materializar o planejamento da pesquisa. O pesquisador profissional formula projeto de
1
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Estado de São Paulo; Professor do Programa de Pós-
graduação em Ciência da Comunicação e Sociedade e Cultura na Amazônia (UFAM).
59
pesquisa, o executa e apresenta resultados em forma de Relatório de Pesquisa que receberá o
tratamento determinado pela instituição que o patrocina, ou ainda cairá no circuito da difusão
científica dos resultados, para discussão dos pares, na forma de artigos científicos ou
comunicações em Congressos.
O pesquisador acadêmico tem outra trajetória, visto que o propósito de sua pesquisa se
relaciona com o aprendizado de pesquisador, com a arguição de competência por especialistas no
assunto ou área de estudo, com a publicidade dos achados e com a obtenção de título acadêmico
sob prova cabal de competência.
Portanto, pesquisar com objetivos acadêmico-científicos implica incluir no planejamento
as etapas adicionais no processo de pesquisa, que são:
a) submeter-se a uma área de estudo ou de concentração e a uma linha de pesquisa;
b) submeter-se a uma relação institucional, mediada por um orientador;
c) apresentar e aprovar projeto de pesquisa como requisito de qualificação para ir a campo,
investigar e levantar dados;
d) demonstrar conhecimento teórico sobre a área de estudo;
e) demonstrar conhecimento das regras básicas do discurso da ciência para formular e
expressar com clareza o pensamento;
f) produzir resultados de pesquisa compatíveis com o grau ou título acadêmico desejado
(Monografia, Dissertação ou Tese);
g) submeter-se a exame público perante banca examinadora para defender o trabalho
acadêmico-científico produzido;
h) sujeitar-se a incorporar as modificações exigidas pela banca examinadora, quando assim
permitir a instituição onde defende o trabalho;
i) apresentar, em tempo hábil, a versão final do trabalho, dentro das normas institucionais.
Por isso um Projeto de Pesquisa visando à obtenção do Título de Graduado, Especialista,
Mestre ou Doutor deve cingir-se de alguns cuidados, já em seu nascedouro. Só para antecipar um
pouquinho, as fases e exigências expostas acima, quase todas vão se constituir, ao final do
projeto de pesquisa proposto, no cronograma de execução que se estende da feitura do projeto de
pesquisa até o depósito da versão final, para requerer a concessão do título.
O que deve conter, então, em um Projeto de Pesquisa Acadêmico-científico?
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a) Tema e delimitação – devem estar, obrigatoriamente, relacionados com a área de
estudos do curso, levando em conta, ainda, a área de concentração e a linha de pesquisa a que se
filiará. Respeitadas estas exigências, o tema nasce de uma inquietação, de uma curiosidade, de
uma relação com os objetos de estudo que compreendem a área de atuação do pesquisador e que
necessita de um olhar mais aprofundado. Duas questões devem ser aplicadas ao tema escolhido:
qual a relevância para a ciência e quais as possibilidades que o investigador terá para abordar
cientificamente o tema escolhido?
Desse modo, ao responder a tais questões, o pesquisador firma o compromisso com a
temática e faz a delimitação necessária, isto é, aponta os limites de sua investigação.
Não se deve confundir tema com título. Estes podem até coincidir, mas não
necessariamente. É possível uma tese ou dissertação até receber um título mais sucinto e o tema
ser mais extenso, contendo a delimitação.
b) Problema de Pesquisa (ou simplesmente Problema) – O problema é um problema,
mas um problema de pesquisa, como todo problema precisa ser resolvido; por ser um problema
de pesquisa deve ser resolvido com pesquisa. Todo problema tem um nível de complexidade que
precisa ser levado em consideração e explicitado. Apesar de alguns autores recomendarem o seu
enunciado na forma de questão ou questões, em Ciências Humanas isto não parece razoável ou
suficiente. A recomendação mais plausível é a de que se deva seguir aos ditames lógicos do
discurso acadêmico: enunciação do problema, sua contextualização e formulação das questões
a investigar (também chamadas questões norteadoras ou simplesmente questionamentos). Se
você já limitou o tema, o problema circunscrito ao que já foi delimitado deve, também,
apresentar: viabilidade de resolução através da pesquisa; ter relevância, isto é, contribuir, se
solucionado, para conhecimentos novos; conter elementos de curiosidade ou novidade, pois
você não deve se propor a inventar a roda; ter um recorte através da delimitação que permita a
exequibilidade, isto é, que o pesquisador tenha condições de ir até o fim da pesquisa, pois de
nada adianta levantar um “problemão” e depois não ter condições de ir até o fim da pesquisa;
conter elementos de interesse, sejam eles de caráter geral ou específico.
Pense em pelo menos um parágrafo para cada item, a fim de que possa comportar a
descrição completa do problema e evite aquelas enunciações que nada revelam quando contidas
em duas linhas escritas.
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A enunciação é objetiva e direta. A contextualização deve ser um breve apanhado que
situe o problema dentro da área de investigação para evidenciar que, apesar dos trabalhos
anteriores ou dos esforços de outros pesquisadores, o problema que você levantou ainda não teve
a solução que considera a mais adequada. Pode até citar alguns trabalhos, mas evite ser extenso,
pois terá oportunidade de voltar ao assunto quando da Revisão de Literatura, que explicaremos
mais adiante. Lembre sempre que o projeto de pesquisa comporta certa dose de tautologia, pois
sempre estamos voltando, em cada item do projeto, a situações anteriores para explicar ou
explicitar as particularidades. As questões a investigar cercam o problema de forma exaustiva,
mas lembre-se que cada questão levantada torna-se um compromisso de busca de resposta
adequada para ela.
c) Definição de termos – refere-se à tentativa de definir os termos, isto é, palavras que
estão imediatamente ligadas ao tema e ao problema levantados. Por que devemos definir os
nossos termos logo no início do projeto? Assim fazendo, os examinadores, os interessados ou
leigos saberão, imediatamente, o significado dos termos empregados, pois os termos podem ter
sentido corriqueiro, usual, mas podem também, conter outro significado a que chamamos, em
pesquisa, de conceito operacional, isto é, eles operam de forma específica quando empregados
em nosso trabalho; eles se tornam um conceito por agregar significados que ajudam a explicar a
problemática proposta. Em cada área de conhecimento as palavras, quando erigidas à condição
de conceitos operacionais, tomam significados diferentes. Não exagere, defina o estritamente
necessário.
d) Justificativa – nem todos os metodólogos incluem esse item como obrigatório no
projeto, uma vez que desde a formulação do problema já se vem evidenciando a importância da
investigação. No entanto, não é demais reforçar os aspectos de relevância do trabalho do
cientista. Deve-se aproveitar este espaço para que o pesquisador afirme categoricamente que está
preparado para levar adiante o seu trabalho e que tem, portanto, afinidades com o tema de
investigação proposto; deve, em poucas linhas, chamar a atenção para a relevância teórica de sua
investigação, pois a cada pesquisa estamos sempre mostrando, antes de começá-la, o estado da
arte em nossa área de estudo; deve, ainda, ressaltar a relevância prática dos resultados advindos
do trabalho em questão.
e) Hipótese – é uma proposição provisória que deve antecipar os resultados a serem
perseguidos com a investigação; tem a finalidade de guiar a busca objetiva, ordenada e
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logicamente construída dos dados, necessários à comprovação do que se anuncia
antecipadamente. A hipótese só é obrigatória quando a pesquisa se respaldar em métodos de
investigação que se apoiem em técnicas estatísticas. Neste caso, o investigador, se não dominar
bem esta metodologia, deve acercar-se dos conselhos de um estatístico para construir
corretamente a sua hipótese, pois, se envolver mensurações, necessariamente, as variáveis nela já
deverão estar contidas. Em trabalhos que não tomarão os métodos e técnicas ligadas à estatística,
a hipótese é dispensável. É comum, até para evitar que julgadores que não tenham esta
compreensão cobrem a ausência deste item no projeto, que se formule o que se convencionou
chamar de Hipótese de Trabalho: uma proposição que antecipa o resultado de solução do
problema, na forma esperada pelo pesquisador, sem, contudo, comprometer-se com a
quantificação e mensuração de dados de realidade.
f) Objetivos (geral; e específicos) – existe, apenas, um Objetivo Geral. Os Objetivos
Específicos serão tantos quantos o pesquisador achar necessários. Como desdobramento do
Objetivo Geral, recomenda-se que os Objetivos Específicos sejam dispostos na ordem lógica do
processo de investigação e cronologicamente ordenados. O que significa isto? Não se analisa os
dados antes de levantá-los, não se levantam dados antes de ter uma compreensão das teorias que
subsidiarão a análise dos dados levantados. Sugere-se, ainda, que cada objetivo específico esteja
ligado a um dos capítulos ou seções contidos no plano da dissertação ou estudo. O Objetivo
Geral é a alma do trabalho e deve estar coerentemente de acordo com o tema, o problema, a
hipótese (se houver) e influenciará até na escolha do método de abordagem, do método de
procedimento e das técnicas de coleta de dados. Se eu estou propondo fazer um estudo
comparativo entre teorias, já estou predizendo que usarei a pesquisa bibliográfica, o método de
abordagem dedutivo e o método de procedimento comparativo. Os objetivos são formulados
iniciando com verbos no infinitivo. Dentre os mais usados temos: estudar, analisar,
compreender, questionar, comparar, introduzir, elucidar, explicar, contrastar, discutir,
apresentar etc. Assim como os questionamentos e a hipótese, os objetivos também implicam em
compromissos do pesquisador firmados no projeto, portanto só formule os objetivos que você
almeja e tem condições de alcançar com a realização do trabalho de pesquisa.
g) Fundamentação Teórica – também chamada de Base Teórica, Referencial Teórico ou
Marco Teórico ou, ainda Revisão de Literatura. A falta de unanimidade entre os Manuais tem
gerado grande confusão, até porque usar os termos como equivalentes pode levar a equívocos
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graves. Nas Ciências Exatas e nas Ciências Biológicas era muito comum o uso do termo Revisão
de Literatura. E isto bastava. Ultimamente, mesmo nestas áreas, nos trabalhos acadêmicos, se
vem exigindo um maior esforço para trabalhar um pouco mais a questão teórica. A Revisão de
Literatura consiste em enumerar, com um brevíssimo resumo, os trabalhos na mesma área do
estudo proposto ou que tenham tratado da mesma problemática chegando a outros resultados.
Não resta dúvida que isto é importante, mas não é tudo, demonstra, apenas, que o pesquisador
está ciente do que vem sendo pesquisado sobre a questão que problematizou. Quando falamos de
Referencial Teórico estamos ampliando um pouco mais o papel da teoria nos trabalhos
acadêmicos. Queremos, com isto, exigir dos pesquisadores, na Academia, que tenham um
domínio mais amplo da diversidade teórica, dos paradigmas e dos embates entre as diversas
correntes do pensamento científico, cada uma, por sua vez, vendo o mundo e os fatos sociais,
objeto da investigação em Ciências Humanas e Sociais, incluído aí o próprio problema em
estudo, por prisma diferenciado. Tem que demonstrar, ao construir o Referencial Teórico que
conhece os Clássicos, os Comentaristas, os Inovadores e aqueles que estão produzindo, no
calor da hora, os novos conhecimentos, testando ou refutando as teorias. O Marco Teórico é
mais específico, ele emerge dessa discussão entre os pensadores que têm a contribuir para ajudar
a compreender, interpretar e descrever a realidade que aparece do contato do pesquisador com
objeto de estudo e expressado em sua problematização. O Marco Teórico é a teoria ou o
conjunto de teorias, com coerência e consistência, dentre as várias expostas ou citadas pelo
pesquisador, que o acompanhará ao longo do trabalho, marcando a filiação teórica do autor e
creditando os resultados alcançados como reforço ao Marco Teórico adotado. É claro que
quando falamos de Fundamentação Teórica estamos falando de um item que, no Projeto de
Pesquisa, aparece ainda embrionário (de forma condensada), mas já aponta elementos retratados,
como Revisão de Literatura, Referencial Teórico e Marco Teórico, todos em um item só,
resumidamente e que serão ampliados quando da Redação da Monografia, da Dissertação ou da
Tese.
h) Metodologia – deve tratar do método de abordagem do assunto a ser estudado, isto é,
o tema será abordado usando-se o método indutivo, o método dedutivo, método hipotético-
dedutivo ou, ainda, o método dialético. Deve tratar do método de procedimento, aquele que
comporta a visão teórica juntamente com as técnicas de procedimento para colher, interpretar e
analisar os dados (positivista, neo-positivista, fenomenológico-hermenêutico, antropológico e
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crítico-dialético). Deve, ainda, indicar o tipo de estudo a ser feito. O grande problema para os
pesquisadores iniciantes, sobretudo nas Ciências Humanas, decore de idiossincrasias, “pré-
conceitos”, influências ideológicas interferindo sobre o processo de pesquisa, existência de
alguns manuais explicitamente tendenciosos, apressados em fazer julgamento de valor sobre
métodos ou maneiras de ver os fatos sociais. Em Humanidades, tanto a indução quanto a
dedução são processos indispensáveis para ver e interpretar os fatos e andam juntos no processo
de descoberta, pois estamos sempre inferindo ou deduzindo sobre algo ou de algo. Ser dialético
ou não depende do objeto de estudo, do problema levantado e da maneira como o pesquisador
percebe a dinâmica social ou os processos que, reiteradamente, atuam sobre as ações humanas e
sociais. Não é necessário fazer profissão de fé sobre a escolha da abordagem, até porque, cabe à
ciência afastar os dogmas. O tema, o problema e os objetivos da pesquisa é que influenciam a
escolha do método de abordagem e de procedimento e as técnicas que vamos utilizar. Os
Estudos Monográficos, isto é, aqueles que permitem o estudo em profundidade de um tema
como saúde, família, classe social, meio ambiente, uma categoria de trabalhadores, educação,
direito, relações de parentesco etc., podem muito bem se valer do uso de técnicas as mais
variadas possíveis para a obtenção de dados, tanto quantitativos quanto qualitativos. Da mesma
forma os Estudos de Caso, tipos de estudo que, embora se atenham a uma temática específica,
se circunscrevem a uma situação, a um caso específico, localizado e delimitado. Tanto é que os
resultados obtidos com o estudo de um caso não podem ser usados para confirmar outros, mesmo
que se encontrem na mesma categoria ou situação, pois os sujeitos, o momento, a situação e o
contexto de inter-relações jamais poderão ser os mesmos. As Técnicas de Pesquisa mais usuais
em Ciências Humanas e Sociais são: documentação indireta, pesquisa bibliográfica,
documentação direta (pesquisa de campo e raramente a de laboratório), observação direta
intensiva (observação e entrevista), observação direta extensiva (questionário, formulário,
medida de opinião e atitudes), análise de conteúdo (hermenêutica e semiologia) história de vida,
análise comparativa, dentre outras. Para o Projeto de Pesquisa é necessário descrever a técnica
a ser usada; justificar o seu uso em função do problema a resolver e mostrar como pretende
selecionar, organizar, expor, analisar e interpretar os dados colhidos. Se for trabalhar com dados
quantitativos obtidos por emprego de técnicas estatísticas, explicar muito bem quais são e como
serão tratadas as variáveis do estudo, como será o tipo da amostra, qual a margem de erro e o
tipo de exposição dos dados (se em tabelas, gráficos ou em ambos).
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i) Plano do Estudo – tratando-se de Projeto de Pesquisa, que posteriormente apresentará
os resultados na forma de uma Monografia, Dissertação ou Tese, é conveniente que o
pesquisador apresente, já no Projeto de Pesquisa, de forma resumida, o que imagina que conterá
cada uma das seções do trabalho. Chamamos a atenção para o fato da norma que trata da
apresentação de trabalhos acadêmicos se referir a seções enquanto manualistas tratam as mesmas
com a denominação de capítulos. O mais correto parece ser o uso de seção, já que a Introdução,
as Referências e outras são seções obrigatórias dos trabalhos acadêmicos e devem constar dos
sumários como partes distintas. O termo capítulos vem sendo mais usado quando se trata de
livros, coletâneas de textos e literatura de ficção.
j) Cronograma – de suma importância para a apreciação do projeto. Nele fica espelhada a
capacidade de organização, de disposição para o trabalho de investigação, racionalidade de
tempo e firma um compromisso com o cumprimento das etapas estipuladas. Em projetos
destinados à conclusão de um curso, seja ele qual for, devem ser contempladas todas as etapas,
que se estendem desde a entrega do Projeto de Pesquisa, a sua aprovação pela Comissão
Avaliadora até a Defesa e depósito da versão final para requerer o título. No caso do Curso de
Mestrado e Doutorado, não podem deixar de ser contemplados os seguintes itens no
cronograma: entrega da versão final do projeto; aprovação do projeto; submissão do projeto
ao Comitê de Ética (se assim for exigido); levantamento de fontes de pesquisa; leitura do
material bibliográfico e de outros documentos; produção de instrumentos de coleta de dados,
teste e aplicação; tratamento dos dados; análise dos dados coletados e revisão dos
procedimentos para ajustes finais; produção da dissertação ou tese e entrega da versão
preliminar; produção dos originais e revisão; depósito com pedido de defesa; defesa da
dissertação ou tese; análise e eventual incorporação de recomendações da banca examinadora;
produção e revisão da versão final da dissertação ou tese; depósito com pedido de expedição do
título de Mestre ou Doutor.
Para a elaboração de Monografias, observar as etapas exigidas pelo Curso específico.
l) Referências – nesta parte do Projeto de Pesquisa devem ser relacionados, em ordem
alfabética, somente os autores e as respectivas obras citadas no corpo do texto. A revisão da
norma NBR 6023, da ABNT, desde setembro de 2002, consagra apenas o verbete
REFERÊNCIAS, diferente, portanto, das anteriores que mencionavam Referências
Bibliográficas. Isto porque a atualização contemplou citação de outros suportes de informação
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que não são livros (bíblio) como CD´s, DVD´s, documentos eletrônicos em geral etc. Siga
rigorosamente as normas adotadas pela sua Unidade de Ensino no que diz respeito a certos itens
do trabalho acadêmico, mas tais recomendações não podem sobrepor-se às normas vigentes. A
ABNT é, no Brasil, a agência normatizadora oficial e acompanha ou traduz as normas
internacionais recomendadas pela ISO (International Organization for Standardization).
m) Obras a consultar – neste item devem ser arroladas todas as obras, em livros
documentos e outros, que serão consultadas para a elaboração da Monografia, Dissertação ou
Tese.
Um bom Projeto de Pesquisa é meio caminho andado para a produção da Monografia,
Dissertação de Mestrado ou Tese Doutoral. Ele representa o nível de amadurecimento acadêmico
do candidato ao título. Seja rigoroso na análise da coerência interna dos itens de seu Projeto de
Pesquisa. Não economize palavras e nem seja prolixo. Seja objetivo, mas não esqueça a sua
alma, pois o trabalho será sempre seu, sua cara, sua identidade intelectual.
O Orientador é peça importante para apoiá-lo nesta caminhada, mas não se torne um
dependente exagerado, busque a sua autonomia e ouse avançar nas etapas da execução da
pesquisa e da elaboração do trabalho depois do projeto aprovado. O Orientador deve analisar,
fazer observações, recomendações e até sugerir mudanças substanciais no seu projeto e deverá
ser comunicado sobre os impasses e alterações necessárias no curso da execução das etapas do
Projeto. Lembre-se que o Orientador caminhará junto com você e será o corresponsável pela sua
Monografia, Dissertação ou Tese perante a Banca Examinadora.
Por tudo isto, o seu relacionamento com o mesmo deverá ser cordial, respeitoso, e deverá
render proveito para ambos.
Siga os modelos institucionais para a elaboração dos Elementos Pré-Textuais
recomendados pela instituição à qual será entregue o trabalho para apreciação que, por sua vez
não devem contrariar as normas para produção de trabalhos científicos.
Não cabem “agradecimentos”, “epígrafe” e “resumo” no Projeto de Pesquisa. Estes são
elementos que só irão aparecer na Monografia, Dissertação ou Tese. Evite outras normas, mesmo
que algum manual fale em “uso facultativo” das normas da ABNT. Estamos no Brasil, numa
Universidade Brasileira e somos signatários de tratados que firmaram posição sobre a
oficialidade do uso destas normas. O uso de outras normas só deve ser levado em consideração
quando se vai apresentar ou publicar trabalho em instituição estrangeira ou, ainda, em casos
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especialíssimos de algumas áreas de pesquisa que seguem normas diversas das consagradas pela
ISO. Não deve ser esquecida uma rigorosa revisão ortográfica do Projeto, antes da versão final.
Se possível, busque o auxílio de pessoas capacitadas para tal.
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