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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL.

MANUAL DE NORMAS PARA


APRESENTAÇÃO DE MONOGRAFIAS,
DISSERTAÇÕES E TESES.

Ozorio José de Menezes Fonseca


Walmir de Albuquerque Barbosa
Sandro Nahmias Melo
(organizadores)

2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico

MANAUS - AM
2013
Organizadores
Ozorio Jose de Menezes Fonseca
Walmir de Albuquerque Barbosa
Sandro Nahmias Melo
(Professores que atuaram no PPGDA-UEA 2002-2012)

MANUAL DE NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE MONOGRAFIAS


DISSERTAÇÕES E TESES.

2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico

UEA
UNIVERSIDADE
DO ESTADO DO
AMAZONAS
Copyright © UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Autoriza-se a reprodução desde que citada a fonte.

Governador do Estado do Amazonas


Omar Jose Abdel Aziz
Reitor da Universidade do Estado do Amazonas
Prof. Dr. Cleinaldo de Almeida Costa
Vice –Reitor da Universidade do Estado do Amazonas
Prof. Dr. Raimundo de Jesus Teixeira Barradas
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação:
Profa. Dra. Maria Paula Gomes Mourão.
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação:
Profa. MSc. Luciana Balbino dos Santos
Pró-Reitoria de Planejamento
Profa. Dra. Fabiana Lucena Oliveira
Pró-Reitoria de Administração:
Prof. Esp. Danielle Maia Queiroz
Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Assuntos Universitários:
Prof. Dr. Carlossandro Carvalho de Albuquerque
Diretora da Escola Superior de Ciências Sociais
Profa. MSc. Glaucia Maria de Araújo Ribeiro
Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental
Profa. Dra. Maria Nazareth da Penha Vasque Mota.

Coordenação editorial:
Prof. Dr. Ozorio José de Menezes Fonseca.

FONSECA, Ozorio; BARBOSA, Walmir; MELO, Sandro.

Manual de Normas para elaboração de Monografias, Dissertações e Teses. Organizadores:


Ozorio Jose de Menezes Fonseca, Walmir de Albuquerque Barbosa e Sandro Nahmias Melo.
2ª edição revista e atualizada para meio eletrônico, 2013.
Disponível em: http//www.uea.edu.br/download
Governo do Estado do Amazonas / Universidade do Estado do Amazonas.

ISBN 85-99209-02-7

1 Metodologia; 2 Redação técnica; 3 Monografia; 4 Dissertação; 5 Tese. I. Título; II.


Fonseca, Ozorio; III. Barbosa, Walmir; IV. Melo, Sandro (orgs.).
Este Manual foi elaborado de acordo as Normas da ABNT (NBR) citadas nas Referências, mas
usando como exemplos, trabalhos desenvolvidos por pesquisadores, professores e/ou intelectuais
ligados às questões ambientais, bem como decisões judiciais de interesse para os cursos de
graduação e pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Estado do
Amazonas (UEA).

Para atender necessidades acadêmicas, essa segunda edição revista e atualizada está sendoi
disponibilizada apenas em meio eletrônico já que sua publicação impressa ou como e-book foi
administrativamente inviabilizada.

As normas contidas na primeira edição foram aprovadas pelo Programa de Pós-graduação em


Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (PPGDA) através da Resolução
010/2004 de 16/06/2004 e pelo Conselho Acadêmico da Escola Superior de Ciências Sociais
(ESO) através da Resolução 029/2003 – Conaeso de 22/12/2004.
SUMÁRIO
PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO 7
PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO 9
1 DEFINIÇÕES: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE 11
1.1 MONOGRAFIA 11
1.2 DISSERTAÇÃO 12
1.3 TESE 12
2 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIAS,
DISSERTAÇÕES E TESES 14
2.1 TEXTO 14
2.2 FORMATO, DIGITAÇÃO E IMPRESSÃO . 14
2.3 MARGENS E ESPAÇOS 15
2.4 PAGINAÇÃO 15
2.4.1 Folhas contadas e não numeradas 16
2.4.2 Folhas contadas e numerada 16
2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA 16
3 ELEMENTOS ESTRUTURAIS 18
3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 18
3.1.1 Capa 18
3.1.1.1 Nome da Instituição, da Unidade Acadêmica e do Curso ou Programa de
Pós-Graduação 19
3.1.1.2 Nome do autor 19
3.1.1.3 Título 19
3.1.1.4 Subtítulo (se houver) 19
3.1.1.5 Número do volume (se houver mais de um) 19
3.1.1.6 Local 19
3.1.1.7 Ano de depósito 19
3.1.2 Lombada ou dorso 19
3.1.2.1 Nome do autor 19
3.1.2.2 Título 19
3.1.3 Folha de rosto (obrigatória no anverso) 21
3.1.3.1 Nome do autor 21
3.1.3.2 Título 21
3.1.3.3 Subtítulo (se houver) 21
3.1.3.4 Número do volume (se houver mais de um) 21
3.1.3.5 Natureza 21
3.1.3.6 Nome do orientador e, se houver, do co-orientador 21
3.1.3.7 Local 21
3.1.3.8 Ano de depósito 21
3.1.4 Folha de rosto (obrigatória no verso) 22
3.1.5 Errata (quando houver) 23
3.1.6 Termo de aprovação (obrigatório) 24
3.1.7 Dedicatória (opcional) 25
3.1.8 Agradecimentos (opcional) 26
3.1.9 Epígrafe (opcional) 26
3.1.10 Resumo em língua vernácula (obrigatório) 26
3.1.11 Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 27
3.1.12 Lista de ilustrações (opcional) 27
3.1.13 Lista de Tabelas (opcional) 28
3.1.14 Lista de abreviaturas e símbolos (opcional) 28
3.1.15 Lista de siglas (opcional) 28
3.1.16 Sumário (obrigatório) 28
3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 30
3.2.1 Introdução 30
3.2.2 Desenvolvimento ou corpo 30
3.2.2.1 Referencial Teórico ou Revisão da Literatura 31
3.2.2.2 Metodologia 31
3.2.2.3 Análise dos Resultados ou simplesmente Resultados 32
3.2.2.4 Discussão 32
3.2.3 Conclusão 32
3.3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 33
3.3.1 Notas de Rodapé 33
3.3.1.1 Nota Explicativa 33
3.3.1.2 Nota de Referência Cruzada 34
3.3.1.3 Nota de Referência 34
3.3.2 Citações 34
3.3.3 Tabelas 35
3.3.4 Quadros 38
3.3.5 Ilustrações 39
3.3.5.1 Figuras 39
3.3.5.2 Gráficos 39
3.3.5.3 Mapas e Plantas 39
3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 39
3.4.1 Referências (obrigatórias) 39
3.4.1.1 Autor pessoal 40
3.4.1.2 Dois autores 41
3.4.1.3 Três autores 41
3.4.1.4 Mais de três autores 41
3.4.1.5 Autor desconhecido 42
3.4.1.6 Autor entidade 42
3.4.1.7 Artigos publicados em revistas e periódicos 42
3.4.1.8 Publicação periódica como um todo 43
3.4.1.9 Artigos em jornal, suplementos, cadernos, boletim de imprensa 43
3.4.1.10 Monografias, Dissertações e Teses 43
3.4.1.11 Monografias, Dissertações e Teses em meio eletrônico 43
3.4.1.12 Relatórios de Estágio ou Pesquisa 44
3.4.1.13 Congressos, Simpósios, Seminários, Encontros, Conferências, etc.. 44
3.4.1.14 Dicionários 44
3.4.1.15 Coleções de revistas 44
3.4.1.16 Enciclopédias 44
3.4.1.17 Atas de reuniões 45
3.4.1.18 Documentos em meio eletrônico 45
3.4.1.19 Legislação 45
3.4.1.20 Acórdão, Decisões, Súmulas, Enunciados, Sentenças das Cortes dos Tribunais 46
3.4.1.21 Documento jurídico em meio eletrônico 47
3.4.1.22 Publicações de órgãos, entidades e instituições coletivas 47
3.4.1.23 Capítulo ou parte de livro, de Monografias, Dissertações, Teses, etc. 47
3.4.1.24 Informação pessoal 48
3.4.2 Elementos essenciais das Referências 48
3.4.2.1 Título 48
3.4.2.2 Edição 48
3.4.2.3 Imprenta 49
3.4.2.4 Local 49
3.4.2.5 Editor 49
3.4.2.6 Data 50
3.4.2.7 Descrição física 50
3.4.2.8 Ordenação 50
REFERÊNCIAS 52
GLOSSÁRIO (opcional) 54
ÍNDICE (opcional) 55
APÊNDICE (opcional) 56
ANEXO (opcional) 57
APÊNDICE A 58
FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA 59
PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO

Um dos objetivos da CAPES no que concerne aos programas de pós-graduação stricto


sensu, na área de Direito é: “...formar recursos humanos qualificados e habilitados para: a)
ensinar fundamentos teóricos e metodológicos de Direito, contemplando quer a produção
bibliográfica clássica, quer contemporânea, em nível de graduação e pós-graduação....”
Essa definição programática sinaliza a importância do desenvolvimento da pesquisa
jurídica, no meio acadêmico que deve evoluir para alcançar uma concepção voltada para a
realidade social. Portanto, debater questões relacionadas à ciência e à pesquisa jurídica constitui
uma atividade de grande significado na Universidade do Estado do Amazonas e, para isso, é
necessário a construção de um arcabouço normativo de suporte para a investigação científica e
para a elaboração de textos que precisam ser configurados e apresentados de forma
tecnicamente adequada à comunidade.
Ao refletir sobre a construção de trabalhos acadêmicos, não se pode esquecer a relevância
da metodologia científica, que vai muito além dos aspectos técnicos do desenvolvimento da
pesquisa, impendendo também na questão dos aspectos formais de apresentação dos trabalhos,
quer seja em exposições orais ou em formatações escritas, e que constituem o rumo adequado
para o discente elaborar seu projeto de pesquisa e a apresentação de seu trabalho final.
A realidade acadêmica vive um novo momento decorrente do aumento da quantidade de
alunos de graduação e de cursos de pós-graduação tanto lato sensu como stricto sensu e todos
precisam apresentar suas produções de final de curso, sejam TCC(s), Monografias, Dissertações
ou Teses. A elaboração de artigos científicos a serem publicados em revistas especializadas é
outra decorrência desse avanço da Universidade que precisa buscar e difundir o aumento dos
saberes nas várias áreas do conhecimento, sendo essa uma tarefa a ser partilhada por professores
e alunos de todos os níveis universitários, especialmente dos cursos de Mestrado e Doutorado.
A primeira edição deste Manual elaborado pelos Professores Doutores Ozório José de
Menezes Fonseca, Walmir de Albuquerque Barbosa e Sandro Nahmias Melo, do Programa de
Pós-Graduação em Direito Ambiental foi publicada em 2005, constituindo-se no único Manual
normativo configurado, especificamente, para a área das Ciências Sociais Aplicadas, no espaço
acadêmico da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

7
Esta segunda edição eletrônica foi revista e atualizada pelas novas Normas da ABNT com
os autores dando preferência pelo uso de exemplos da produção bibliográfica de pesquisadores e
professores da UEA e do Estado do Amazonas. Essa opção além de objetivar o incitamento de
docentes e discentes para a elaboração de artigos, livros e demais trabalhos acadêmicos, ainda
oferece um texto orientador para a formulação de projetos de pesquisa.
Finalmente, a atualização dessas normas atende às necessidades da Universidade do
Estado do Amazonas, em especial ao PPGDA.

Profa. Dra. Maria Nazareth Vasques Mota


Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental.
(2013-...)

8
PREFÁCIO À 1ª EDIÇÃO

O processo de construção do conhecimento, como nos lembra Edgar Morin ao tratar da


educação do futuro, passa, necessariamente, por sete saberes relacionados à reflexão,
contextualização, humanização e reinserção do sujeito, realidade, enfrentamento das incertezas,
compreensão e ética da democracia, que configuram princípios elementares para a formação de
cidadãos e cidadãs.
A universidade como espaço plural de construção de conhecimentos, deve contemplar
uma diversidade de reflexões que conduzam à capacitação técnica aliada, acima de tudo, ao
imprescindível pensamento critico, de modo que o conhecimento não se aparte da realidade, na
perspectiva relacional de Joaquim Herrera Flores nem da cultura, na pedagogia de Paulo Freire,
e, portanto, desvele subjetividades, pessoas, estas entendidas, simultaneamente, como sujeitos e
objetos do saber, na observação de Cornelius Castoriadis.
Refletir sobre a complexa realidade contemporânea e construir conhecimentos significa,
para Alcindo José de Sá, romper as barreiras ideológicas dos que se situam e são situados no
conhecimento. Significa suplantar o conhecimento-regulação em favor do conhecimento-
emancipação na proposta epistemológica emancipatória de Boaventura de Sousa Santos.
Significa, ainda, no âmbito jurídico ultrapassar os limites da racionalidade formal, sistêmica e
classificatória do direito moderno ocidental como nos convoca Luiz Edson Fachin.
Assim, a construção do conhecimento deve pautar-se pela liberdade, compromisso ético e
responsabilidade e um Manual, como este que ora se apresenta, não deve ser uma “camisa de
força” para conformar todos e todas aos desígnios de quem deve impor as normas, nem uma
limitação ao entendimento do mundo; ao contrario, deve ser um guia útil que facilite o trabalho
intelectual dos que estão iniciando na pesquisa e, também, para dar conta das normas universais
e das normas especificas da instituição a serem observadas pelos que produzem um trabalho
acadêmico, seja ele um artigo cientifico, uma monografia, uma dissertação ou tese.
Aqui estão reunidas as principais informações, extraídas das normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das normas específicas do Programa de Pós-graduação
em Direito Ambiental, que incidem sobre aqueles pontos não regulados pela ABNT, mas servem
ao propósito de dar uma orientação comum a todos e todas que se propõem a pensar a realidade.

9
Nesse sentido, o Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental da Universidade do
Estado do Amazonas busca consolidar um espaço público e heterogêneo de reflexões sobre a
realidade amazônica, suas complexas espacialidades e sociedades, favorecendo a construção de
uma cultura jurídica que contemple a indissociável relação entre território e ações sociais no
amplo universo de formas de regulação da ação humana sobre o meio, produzindo
conhecimentos no âmbito da pesquisa e pós-graduação em Direito no sentido de, como
salientado anteriormente, construir conhecimento com liberdade.
Agradeço aos autores, ao Governo do Estado do Amazonas, por criar e manter esse
espaço acadêmico, público por excelência; ao magnifico reitor Lourenço dos Santos Pereira
Braga, incansável defensor do conhecimento como impulsionador dos processos que
materializam a dignidade humana e, por último, ao financiamento concedido pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, Fapeam, no âmbito do Programa Posgrad, sem o
qual esta obra não seria possível.

Prof. Dr. Fernando Antonio de Carvalho Dantas


Coordenador do Programa de Pós-graduação em Direito Ambiental
(2002-2010)

10
1 DEFINIÇÕES: MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE

Etimologicamente, Monografia significa trabalho escrito sobre um único tema, mas essa
definição é de tal forma abrangente que inclui, na mesma definição, tanto os trabalhos de
conclusão de Cursos de Graduação e de Pós-graduação (lato sensu), como as Dissertações e
Teses de Mestrado e Doutorado, realizadas em cursos de Pós-graduação stricto sensu.
Para a finalidade deste Manual é importante estabelecer uma distinção conceitual entre
Monografia, Dissertação e Tese, pois cada uma dessas formas dissertativas de trabalho de
conclusão exige um grau de complexidade diferenciado.

1.1 MONOGRAFIA
O dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Ferreira, 2010) dá, ao vocábulo, a
seguinte definição: Monografia - “Descrição especial de um único assunto./Estudo limitado de
história, geografia, crítica literária, etc., tratando de um tema, uma pessoa ou de uma região”.
O Dicionário Houaiss (Houaiss, 2009) define Monografia como “trabalho escrito acerca
de determinado ponto da história, da arte, da ciência ou sobre uma pessoa ou região”.
Na literatura existem várias definições de monografia e quase todas se alicerçam na
origem etimológica (mon(o)- + -grafia) e conceituam o termo como uma abordagem
metodológica, sistematizada e pormenorizada de determinado tema, em qualquer área do
conhecimento e que resulte em uma relevante ampliação do conhecimento.
No sentido genérico, existem dois tipos principais de Monografia:
a) A Monografia de compilação: reunião e exposição do pensamento de vários autores sobre
o tema abordado, discutindo as divergências e evidenciando as concordâncias, para
estabelecer um cenário claro da multiplicidade de opiniões sobre o tema;
b) A Monografia de pesquisa de campo: assentada em um tema investigado não apenas do
ponto de vista teórico, mas principalmente sobre análise de dados qualitativos e/ou
quantitativos, coligidos através da observação direta e/ou de metodologia científica
testada e aprovada.
Nas duas formas é fundamental o papel do orientador que deve definir a hipótese a ser
testada, a metodologia (Materiais e Métodos), o tipo de amostragem, a técnica de coleta de dados
(entrevistas, questionários, formulários, testes, etc.) ajustando tudo à objetividade do trabalho
para evitar que os resultados levem a interpretações e conclusões equivocadas.

11
MONOGRAFIA para este Manual é um trabalho resultante de investigação científica
que resulte em contribuição para a ampliação do conhecimento, cujo teor não precisa ter a
originalidade e o ineditismo das Dissertações e Teses, razão pela qual só deve ser usado
para definir os trabalhos de Conclusão de Cursos de Graduação, de Especialização e de
Aperfeiçoamento.
Considera-se que as Monografias devem ser orientadas, preferencialmente, por um
professor com o título de Doutor ou Mestre, facultando-se a possibilidade, de um orientador com
o título de Especialista. A apresentação e defesa do trabalho deve ser feita, preferencialmente,
em sessão pública perante uma Comissão Julgadora.

1.2 DISSERTAÇÃO
Dissertação é um tipo de Monografia que, segundo a NBR 14724 (2011) deve apresentar
“o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar
informações”.
DISSERTAÇÃO, para este Manual, é um trabalho resultante de abordagem original
de um tema científico, sobre o qual o autor deve demonstrar conhecimento teórico e da
literatura existente e cujo desenvolvimento precisa ser feito usando metodologia científica
amplamente reconhecida. Por ser um dos requisitos para obtenção do grau de Mestre, o
trabalho deve, obrigatoriamente, ser realizado sob a orientação de um Doutor e a defesa
deve ser preferencialmente feita em sessão pública perante uma comissão formada por
professores com o titulo de Doutor.

1.3 TESE
A conceituação de tese inclui, como requisito obrigatório, uma contribuição significativa,
inédita e original para a área do conhecimento escolhida. O desenvolvimento deve estar
associado a uma metodologia de pesquisa adequada e amplamente aceita, permitindo que os
resultados obtidos suportem uma Discussão assentada em argumentação e raciocínio lógico, que
levem a Conclusões consistentes.

12
De acordo com a NBR 14724 (2011) (op. cit.) e para este Manual, Tese é um
“documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um
estudo científico de tema único e bem delimitado” visando a obtenção do título de Doutor e
sua elaboração deve ser feita, obrigatoriamente, sob orientação de um Doutor.
A apresentação e defesa do trabalho devem ser feitas, preferencialmente, em sessão
pública, perante uma Banca Julgadora composta por professores com o título de Doutor.

NOTA:
1) A Resolução CNE/CES n.1 de 03 de abril de 2001, em seus artigos 1º e 6º, respectivamente, regulamenta os
cursos de Pós-Graduação lato sensu e stricto sensu;
2) As abreviaturas para os títulos acadêmicos de Graduação são:
Lic. = Licenciado; Bel.= Bacharel; Bela. = Bacharela.
3) Para os títulos de Pós-Graduação lato sensu são:
Esp. = Especialista; MBA = Master in Business Administration (no Brasil e no Exterior).
4) Para os títulos de cursos de Pós-Graduação stricto sensu, as abreviaturas utilizáveis são:
M.e ou Me para mestres do sexo masculino;
M.a ou Ma para mestres do sexo feminino;
MSc = Magister Science em inglês = Mestre em Ciência, em português;
S.M. = Scientia Magister (Mestre em Ciência);
Dr. e Dra. = Títulos nacionais para doutores e doutoras, respectivamente;
J.D. = Juris Doctor (Doutor em Direito);
M.D. - Medicine Doctor (Doutor em Medicina);
Sc. D. - Scientiae Doctor ou D.S. (Doutor em Ciência);
L.D. = Livre Docente.
Atenção: A abreviatura Ms não deve ser usada para o título de Mestre porque, segundo a Academia
Brasileira de Letras – no documento “Reduções” – Ms é abreviatura de manuscrito.
<www.academiabrasileiradeletras.org.br> consulta em 10 de junho de 2013.

13
2 NORMAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E
TESES

NOTA: A normatização de textos acadêmicos é feita pela NBR 14724 (2011) e este Manual
tem o objetivo de facilitar o trabalho dos alunos que não têm acesso fácil às normas
originais.
2.1 TEXTO
Texto é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser
dividido em seções e subseções, e cada seção deve iniciar em folha própria.
É indispensável que o texto seja escrito em norma culta, sendo desejável que o autor
solicite uma revisão a ser feita por um especialista em língua portuguesa, antes de entregar a
versão final para a Coordenação do Curso ou Programa e a consequente apreciação por uma
banca examinadora.
A estruturação do texto depende da finalidade, porém de forma geral ele consiste em
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, não necessariamente com essas denominações, mas
nesta sequência.

2.2 FORMATO, DIGITAÇÃO E IMPRESSÃO


Os textos devem ser digitados em cor preta, podendo utilizar outras cores apenas para
ilustrações. Se o trabalho for impresso deve ser em papel branco, ou reciclado, no formato A4
(210 mm x 297 mm).
A digitação dos elementos pré-textuais (ver adiante) deve ser feita apenas no anverso das
folhas, em espaço 1,5 (um vírgula cinco) entre as linhas, usando letra Times New Roman,
tamanho 12, em todo o trabalho, inclusive capa, excetuando-se as citações com mais de três
linhas, notas de rodapé, referências, legendas de ilustrações e das tabelas, que devem ser
digitadas em corpo de letra 10.
Os parágrafos de cada seção primária devem estar distanciados 8 centímetros da borda
superior do papel e os parágrafos do texto devem iniciar a 10 espaços da margem esquerda, com
alinhamento na margem direita, separados do título por uma linha branca e do próximo titulo por
duas linhas em branco.
Apenas a folha de rosto pode ser digitada no anverso (elementos de identificação do
trabalho) e verso (informações sobre direitos autorais e ficha catalográfica). (ver ilustração).

14
Quando houver necessidade de incluir equações e fórmulas que contenham expoentes,
índices e outros, se faculta o uso de entrelinhas maiores para facilitar a visualização.
Exemplos:

x2 + y2 = z2 C6 H12 O6

Os espaçamentos entre parágrafos e aqueles que antecedem as citações diretas serão


simples e não deverão ser destacados, permanecendo entre eles, o mesmo espaçamento do texto
do trabalho.

2.3 MARGENS E ESPAÇOS


As margens esquerda e superior do anverso devem ter 3 (três) centímetros e as margens
direita e inferior 2 (dois) centímetros de distância dos limites da folha.
No verso da Folha de Rosto deve constar o tipo do trabalho, o objetivo, o nome da
instituição e a área de concentração, tudo alinhado no meio da mancha gráfica (ver ilustração).
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por um espaço simples
em branco.
Os capítulos recebem o nome de seções primárias, podendo ser divididos e subdivididos
em seções secundárias, terciárias, etc.
Os títulos das seções pré-textuais e pós-textuais, que não são numerados, devem ser
escritos com letras maiúsculas, em corpo 14, negritados e centralizados, de acordo com a NBR
14724 (2011) (op. cit.).
Os títulos das seções textuais que recebem indicativos numéricos devem ser alinhados na
margem esquerda, precedidos da numeração correspondente e separados dela por um espaço,
sem adição de ponto, traço, etc., escritos no mesmo corpo de letra do trabalho, podendo receber
destaque gradativo, usando letras maiúsculas em negrito, maiúsculas, minúsculas em negrito,
itálico, e minúsculas normais. (Ver 2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA).

2.4 PAGINAÇÃO
As folhas ou páginas pré-textuais, a partir da folha de rosto, devem ser contadas, mas não
numeradas e a partir da Introdução as folhas devem ser contadas e numeradas sequencialmente,
considerando somente o anverso. Isso significa que a numeração deve constar, a partir da

15
primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha a 2
(dois) centímetros da borda superior, ficando o último algarismo a 2 (dois) cm da borda direita
da folha.
Quando o trabalho for apresentado em mais de um volume, deve ser mantida uma única
sequência de numeração das folhas ou páginas, do primeiro ao último volume.
Havendo Apêndices ou Anexos as suas folhas ou páginas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.
Essa sequência só não acontece se os Anexos possuírem uma estrutura física diferente
das páginas do trabalho, como cópias de páginas de outra publicação, formulários, mapas,
folders, folhetos, etc.

2.4.1 Folhas contadas e não numeradas


Folha de Rosto, Errata, Termo de Aprovação, Dedicatória, Agradecimento, Epígrafe,
Resumo em língua vernácula, Resumo em língua estrangeira, Lista de Ilustrações, Lista de
Abreviaturas e Siglas, Lista de Símbolos, Sumário.

2.4.2 Folhas contadas e numeradas:


Introdução, Desenvolvimento (Revisão da Literatura, Material e Métodos ou Metodologia,
Análise dos Resultados, etc.), Discussão, Conclusão, Referências, Glossário, Índice, Apêndices e
Anexos.
Nota: Os objetivos e a metodologia podem ser incluídos na Introdução.

2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA


A NBR 6024 (2003) recomenda que, para evidenciar a sistematização do conteúdo do
trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções textuais. Os títulos das seções
primárias devem ser precedidos do indicativo numérico e separados dele, unicamente, por um
espaço de caractere. Por serem as principais divisões de um texto iniciam em folha distinta e
recebem números inteiros a partir no número 1 (um).
O indicativo da seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que
pertence, seguido do número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por um
ponto.

16
Quando o texto exigir a inserção de uma subdivisão sem título, usam-se as alíneas
indicadas por letra minúscula seguida de parênteses com o trecho iniciando em letra maiúscula e
terminando em ponto e vírgula, exceto a última que termina em ponto.
Quando houver necessidade, a alínea pode ser subdividida em sub-alíneas que devem
começar com um hífen colocado abaixo e na mesma direção da primeira letra do texto da alínea
correspondente, e dele separado por um espaço de caractere. Os textos das sub-alíneas começam
com letra minúscula.

Quadro 1 – Numeração progressiva das seções

Seção primária Seção secundária Seção terciária Seção quaternária Seção quinária
MAIÚSCULAS MAIÚSCULAS Minúsculas em Itálico Normal
EM NEGRITO negrito normal
1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1
1 1.2 1.1.2 1.1.1.2 1.1.1.1.2
1.3 1.1.3 1.1.1.3 1.1.1.1.3
2.1 2.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1.1
2 2.2 2.1.2 2.1.1.2 2.1.1.1.2
2.3 2.1.3 2.1.1.3 2.1.1.1.3
3.1 3.1.1 3.1.1.1 3.1.1.1.1
3 3.2 3.1.2 3.1.1.2 3.1.1.1.2
3.3 3.1.3 3.1.1.3 3.1.1.1.3
4.1 4.1.1 4.1.1.1 4.1.1.1.1
4 4.2 4.1.2 4.1.1.2 4.1.1.1.2
4.3 4,1,3 4.1.1.3 4.1.1.1.3

NOTA: Recomenda-se que, em Monografias, Dissertações e Teses, a numeração progressiva seja limitada até
a seção quaternária e, excepcionalmente, até a quinária.

Exemplo:
1, 2, 3, 4, etc.: MAIÚSCULO E NEGRITO
1.1, 1.2¸ 1.3, etc.: MAIÚSCULO
1.1.1, 1.2.1, 1.3.1, etc.: Minúsculo negrito
1.1.1.1, 1.2.2.1, etc.: Minúsculo, itálico
1.1.1.1.1, 1.2.2.2.1,etc.: Minúsculo, normal

Alíneas:
a) [letra, parênteses, um espaço, texto];
b) idem;
c) idem.
Sub-alineas inseridas após cada alínea:
a)
- [hífen, espaço, texto começando com letra minúscula e terminando em ponto e vírgula,
exceto a última que termina com ponto].

17
3 ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Monografias, Dissertações e Teses são formadas por elementos constitutivos definidos
pela NBR 14724 (2011) (op. cit.), como elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que
estão sumarizados no Quadro 2.

Quadro 2 - Elementos estruturais das Monografias, Dissertações e Teses

Parte externa Capa (obrigatório)


Lombada (opcional) (*)
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de Aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Elementos pré-textuais Resumo em língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos(opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Elementos textuais Desenvolvimento
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Elementos pós-textuais Índice (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
(*) Nas Dissertações do PPGDA as Lombadas são obrigatórias

3.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS


Os Elementos pré-textuais são os que antecedem o corpo do trabalho propriamente dito,
com informações que ajudem sua identificação e utilização. Monografia, Dissertações e Teses
são formadas pelos elementos constitutivos do trabalho indicados a seguir.

3.1.1 Capa (obrigatório)


Revestimento externo da primeira e da última folha devendo ser feito em material
flexível ou rígido e as cores básicas são: azul para Monografias de Graduação e Especialização;
verde para Dissertações de Mestrado e vermelho para Teses de Doutorado . Nela devem constar:

18
3.1.1.1 Nome da Instituição, da Unidade Acadêmica e do Curso ou Programa de Pós-
Graduação;
3.1.1.2 Nome do autor;
3.1.1.3 Título (claro e preciso, identificando o conteúdo e possibilitando a indexação e
recuperação da informação);
3.1.1.4 Subtítulo (se houver, deve ser precedido de dois pontos, evidenciando a sua subordinação
ao título);
3.1.1.5 Número do volume (se houver mais de um, deve constar em cada capa a especificação do
respectivo volume);
3.1.1.6 Local (cidade da instituição onde o trabalho deve ser apresentado, acrescido da sigla do
Estado;
3.1.1.7 Ano de depósito (entrega).

3.1.2 Lombada ou dorso


É parte da capa que reúne as margens internas ou dobras das folhas, sejam elas
costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas. (NBR 12225, 2004).
3.1.2.1 Nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada
3.1.2.2 Título deve ser impresso de forma a ser lido normalmente quando o trabalho estiver
deitado com a face da capa voltada para cima.
Nota: Nas Dissertações do PPGDA/UEA, as Lombadas são obrigatórias. (Ver ilustração na página 21).
ATENÇÃO: O ano de depósito, na lombada deve ficar o mais próximo possível da borda inferior para
permitir que a etiqueta usada nas Bibliotecas, fique bem visível. (Ver ilustração na página 21).

19
Exemplo fictício da capa de uma Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Direito
Ambiental da UEA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS


ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
AMBIENTAL.

Josefina Felipa dos Anjos

Os posseiros ribeirinhos e o direito ambiental

Manaus-AM
2012

20
Exemplo fictício de lombada
25 cm 3 cm 2cm

Etiqueta da
Biblioteca
Josefina Felipa dos Anjos OS POSSEIROS RIBEIRINHOS E O

2012
DIREITO AMBIENTAL

30 cm

3.1.3 Folha de rosto (obrigatória - no anverso)


Contem os elementos essenciais à identificação da publicação e devem ser apresentados
na seguinte ordem.
3.1.3.1 Nome do autor
3.1.3.2 Título
3.1.3.3 Subtítulo (se houver)
3.1.3.4 Número do volume (se houver mais de um volume deve constar, na folha de rosto, a
especificação do respectivo volume)
3.1.3.5 Natureza (tipo do trabalho – trabalho de conclusão de curso, dissertação, tese, o grau
pretendido), nome da instituição a que é submetido. Área de concentração
3.1.3.6 Nome do orientador (e, se houver, do co-orientador)
3.1.3.7 Local (cidade e estado da instituição onde o trabalho vai ser apresentado)
3.1.3.8 Ano de depósito (da entrega)

21
Modelo do anverso de Folha de Rosto

JOSEFINA FELIPA DOS ANJOS

OS POSSEIROS RIBEIRINHOS E O DIREITO


AMBIENTAL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em
Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas,
como requisito para obtenção do título de Mestre em Direito
Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Adolfo Brasil Filho

Manaus - AM
2011

3.1.4 Folha de rosto (obrigatória - no verso)


Direito autoral – colocado na parte superior indicando o ano em que se formalizou o
contrato de direito autoral, antecedido do símbolo copirraite © e do detentor dos direitos.
Exemplo:
© 2003 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O direito de reprodução indicando as informações sobre autorização e reprodução do


conteúdo da publicação.

22
Exemplo:
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Ou: Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a autorização expressa do autor.

No verso da folha de rosto também está a ficha catalográfica que, deve ser confeccionada
por uma bibliotecária.

Modelo do verso da Folha de Rosto

Autoriza-se a reprodução do todo ou de partes desse trabalho desde que a fonte


seja citada.

12,5 cm

ANJOS Josefina Felipa dos. Os posseiros ribeirinhos e o


direito ambiental. Manaus: UEA, 2012, 176p.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em


Direito Ambiental da Universidade do Estado do
7,5cm Amazonas.

Palavras-chave: Título. Posseiros. Comunidades


ribeirinhas. Direito ambiental. Meio ambiente.
Orientador : Prof. Dr. Adolfo Brasil Filho

CDU 001.01

3.1.5 Errata (quando houver)


Elemento opcional e deve ser inserida logo após a folha de rosto, constituída pela
referência do trabalho e texto da errata. Ela deve ser estar em papel avulso ou encartado,

23
acrescido ao trabalho depois de impresso. Esse item é indesejável e só deve ser incluído se, após
rigorosa revisão, ainda restar algum erro. O título deve ser escrito em corpo 14, negritado e
centralizado.

Modelo de uma Errata

ERRATA
Página Linha Onde se lê Leia-se

12 8 Verdíssimo Veríssimo

25 14 Comição Comissão

45 3 5,789 kg 5.789 kg

ANJOS, Josefina Felipa dos. Os posseiros ribeirinhos e o Direito Ambiental.


Manaus: UEA, 2005. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Ciências
Sociais. Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental. Universidade do
Estado do Amazonas, 2005.

ATENÇÃO: Recomenda-se que durante o processo de editoração sejam realizadas tantas revisões quantas
necessárias de forma a evitar a utilização da Errata cuja inclusão significa perda de qualidade .

3.1.6 Termo de aprovação (obrigatório)


Deve ser inserida após a folha de rosto, constituída pelo nome do autor, título do trabalho
e subtítulo (se houver), natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é
submetido e a área de concentração), data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos
componentes da banca examinadora e instituições a que pertencem, seguida da data de
aprovação.

24
Modelo de Termo de Aprovação

TERMO DE APROVAÇÃO

Josefina Felipa dos Anjos

Os posseiros ribeirinhos e o direito ambiental

Dissertação aprovada pelo Programa de Pós-


graduação em Direito Ambiental da Universidade do
Estado do Amazonas, pela Comissão Julgadora abaixo
identificada.

Manaus, .....de.........................de...........

Prof. Dr. Aaaaaaaa Bbbbbbbbb cc Dddddddd


Universidade do Estado do Amazonas

Prof. Dr. Eeeeee Ffff Ggggggggggg


Universidade ################

Prof. Dr. Hhhh Iiiiiii Jjjjjjjjj Kkkkkkk


Universidade *****************

3.1.7 Dedicatória (opcional)


Espaço utilizado para prestar homenagem ou dedicar seu trabalho. (Inserida após a Folha
de Aprovação)
Exemplos:
Aos meus pais (nome do pai e da mãe), aos meus filhos (nome dos filhos).
ATENÇÃO: Se alguém tiver morrido colocar, após o nome a expressão in memoriam
Pode-se usar uma frase que traduza um pensamento geral que esteja de acordo, ou que
seja um princípio utilizável como base filosófica do trabalho.

25
Exemplo:
A todos os que, através da interdisciplinaridade científica buscam entender a complexidade das relações homem-
natureza e sociedade-natureza.
Ou ainda uma Dedicatória mais abrangente:
Exemplo:
Aos todos os meus colegas e professores cujo apoio foi fundamental para a realização deste trabalho.

3.1.8 Agradecimentos (opcional)


São feitos para aqueles que contribuíram significativamente para a execução do trabalho.
Deve ser inserido depois das dedicatórias (NBR, 14724, 2011).
Exemplos:
Ao João, Maria e Antônio pelo apoio na pesquisa bibliográfica e na busca pela internet.
À Michelle e Roberto, meus filhos e a Nicole, minha esposa que ficaram muitas vezes privados de minha companhia
em razão das responsabilidades que assumi para melhor consolidar nosso futuro comum.
Ao Professor Doutor Xxxxxxxx Yyyyyyy Zzzzz pelos conhecimentos repassados, pela orientação e amizade.

3.1.9 Epígrafe (opcional)


Espaço para o autor incluir uma citação relacionada com o conteúdo do trabalho, sempre
seguida da indicação de autoria, se for o caso. (NBR 14724, 2011) (op.cit).
Exemplos de epígrafes de trabalho:
“O princípio da razão consiste no estabelecimento de um contrato equitativo, aquele que sempre firmamos e aquele
que respeitamos em tempo real com a natureza” (SERES,1991. p. 105).
Para compreender o significado de uma coisa, temos que relacioná-la com outras coisas no ambiente, no seu passado
ou no seu futuro. Nada tem sentido em si mesmo”. (KAPRA, 2005. p. 96).
O(s) autor(es) e suas obras devem constar nas Referências
Nota: Admitem-se epigrafes em páginas de abertura das seções primárias. (NBR 10520
(2002).

Exemplo de epígrafe na abertura de seções primárias:


4 O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA. (Título fictício)
Epígrafe: (sugestão) As liberdades não são apenas os fins primordiais do desenvolvimento,
mas também os meios principais. (SEN, 2000, p. 25).

3.1.10 Resumo em língua vernácula (obrigatório)


Deve ressaltar, de forma sucinta, o objetivo, o método, os resultados e as conclusões em
frases concisas e afirmativas e não de enumeração de tópicos, utilizando o verbo na forma ativa e
na terceira pessoa do singular, recomendando-se o uso de parágrafo único. O ideal é que o
resumo tenha entre 150 e 500 palavras em Monografias, Dissertações e Teses, evitando-se
fórmulas, equações, símbolos, etc.

26
Logo abaixo do Resumo deve ser inserida a expressão Palavras-chave, seguida de dois
pontos (:) e de até 6 (seis) vocábulos ou expressões representativas do conteúdo do documento,
escolhidas, preferencialmente, de linguagem normal (NBR 6028, 2003), separadas entre si e
finalizadas por ponto (.). É importante que, entre as palavras-chave figurem o Curso e a área do
conhecimento sobre a qual discorre o trabalho.
O Resumo, só excepcionalmente se deve usar símbolos, fórmulas, equações, diagramas
etc. O titulo deve ser escrito em corpo 14, centralizado e negritado.
Exemplo:
Cópia do Resumo da Dissertação intitulada “A importância do corredor ecológico do igarapé do Mirandinha para a
sadia qualidade de vida no município de Boa Vista, Estado de Roraima” de autoria de Warner Velasque Ribeiro.

RESUMO
Analisa-se a implantação do Corredor Ecológico do Mirandinha no município de Boa Vista, capital do Estado de
Roraima, enquanto espaço territorial protegido em perímetro urbano, como instrumento de efetivação do direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso do povo essencial à sadia qualidade de vida das gerações
presentes e futuras de Boa Vista, como assegura a Constituição Federal. A temática da pesquisa se concentra em
explorar o assunto Corredores Ecológicos à luz da legislação federal, estadual e municipal, compreendendo a
importância da preservação dos cursos d´água urbanos e suas implicações com o direito à sadia qualidade de vida.
Nesse sentido, abordam-se os aspectos jurídicos referentes à tutela ambiental, o cumprimento da função social da
propriedade urbana e das cidades, na ótica do direito urbanístico e os princípios constitucionais vertentes. Reflete-se,
também, sobre os aspectos biológicos que cercam o tema, sob a ótica da interdisciplinaridade, de modo a
compreender a importância da criação de espaços territoriais contínuos de preservação, que interliguem
ecossistemas de ambiente natural, por meio de corredores de biodiversidade e sua correlação com a proteção dos
fragmentos de habitats, de florestas, efeitos de borda, conectividade, proteção das matas ciliares e a revitalização de
cursos de água.
Palavras-chave: Corredores Ecológicos. Espaços territoriais protegidos. Cursos d´água urbanos.
Nota: Deveriam ter sido incluídas as palavras-chave: Direito ambiental e PPGDA/UEA
3.1.11 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
3.1.12 Lista de ilustrações (opcional)
Elemento opcional. Deve obedecer a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, travessão, título e respectivo número da folha ou página. Se
necessário recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, e outros).
Exemplo:
Quadro 1 – Principais características dos rios da Amazônia. p 5.
Quadro 2 – Comparação de consumo de combustível por tonelada de carga transportada entre
balsas e caminhões na Amazônia. p.34
Figura 1 – Mapa de localização das comunidades indígenas no rio Solimões p. 178

27
3.1.13 Lista de tabelas (opcional)
Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu
nome específico, acompanhado do respectivo número da folha ou página.
Exemplo de lista de tabelas:
Tabela 12 – Variação da população residente em Manaus entre 2000 e 2010. p. 23
Tabela 23 – Distribuição etária da população do Amazonas em 2000 p.78

3.1.14 Lista de abreviaturas e símbolos (opcional)


Relação alfabética das abreviaturas e símbolos usados no texto, seguidos das palavras ou
expressões correspondentes, grafadas por extenso. (Quadro 3)
Quadro 3 - Exemplos de abreviaturas e símbolos e seus significados.

Abreviaturas Símbolos
et al. e outros H hidrogênio
jan. janeiro km quilômetro
Fil. Filosofia ∑ somatório
Diss. Dissertação % porcentagem
Cia. Companhia N-NE Norte-Nordeste

ATENÇÃO: As abreviaturas recebem um ponto o mesmo não acontecendo com as siglas.

3.1.15 Lista de siglas (opcional)


Relação, em ordem alfabética, das siglas utilizadas no texto, seguidas do significado
correspondente, grafadas por extenso. (Quadro 4).
Quadro 4 – Exemplos de siglas e seu significado.:

Sigla Significado
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AM Estado do Amazonas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
TCU Tribunal de Contas da União
UEA Universidade do Estado do Amazonas

3.1.16 Sumário (obrigatório)


O Sumário é o último elemento pré-textual e nele não devem se inserir os elementos pré-
textuais (NBR 6027 (2003). A palavra SUMÁRIO deve ser centralizada, negritada e com a
mesma fonte, tipo e tamanho de letra utilizada para as seções primárias (Times New Roman,
corpo 14).
Ele contém a enumeração das divisões, seções, e outras partes de uma publicação, na
mesma ordem e grafia em que a matéria está inserida no corpo do trabalho. A subordinação dos

28
itens do Sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto. O
alinhamento das divisões e seções deve ser feito pela margem esquerda.
Os títulos e subtítulos do Sumário devem ser alinhados pela esquerda e a paginação pode ser
inserida de duas formas:
a) Número da primeira página 13
b) Números das páginas inicial e final, separados por um hífen 35-48

Exemplo de Sumário copiado da Dissertação “Biopirataria associada à biotecnologia e a tutela penal da biodiversidade
amazônica” de autoria de Alessandra Figueiredo dos Santos, defendida em 24/11/2010 no PPGDA/UEA.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 15
2 A APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E O DIREITO 18
2.1 A NATUREZA COMO OBJETO DE APROPRIAÇÃO PELO HOMEM 18
2.2 CAPITALISMO E NATUREZA: ATRIBUINDO VALOR AO RECURSO AMBIENTAL 27
2.3 A CIÊNCIA COMO VALOR DE TROCA 35
2.4 O DIREITO COMO LEGITIMADOR DA APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS 40
3 BIOPIRATARIA NA AMAZÔNIA E O USO DA BIOTECNOLOGIA 48
3.1 BIOPIRATARIA NA REGIÃO AMAZÔNICA 48
3.1.1 Biodiversidade da região amazônica e a vulnerabilidade de seus ecossistemas 48
3.1.2 Aspectos históricos da biopirataria 53
3.1.3 Conceito de biopirataria 66
3.1.4 Biopirataria e suas consequências para a Amazônia brasileira 69
3.2 BIOTECNOLOGIA E SOCIEDADE 77
3.2.1 Conceito de biotecnologia e sua evolução 77
3.2.2 Revolução biotecnológica: aplicabilidade e riscos 80
4 REGULAÇÃO JURÍDICA DO ACESSO À BIODIVERSIDADE E A APROPRIAÇÃO DE
SEUS ELEMENTOS. 89
4.1 INSTRUMENTOS JURÍDICOS NACIONAIS DO ACESSO AOS RECURSOS NATURAIS E
GENÉTICOS DA BIODIVERSIDADE 89
4.1.1 Decreto n. 98.830/1990 90
4.1.2 Decreto 2.519/1988 (Convenção sobre a Diversidade Biológica) 92
4.1.3 Leis estaduais do Acre (Lei n. 1.235/1997) e do Amapá (Lei n. 388/1997). 98
4.1.4 Medida Provisória n. 2.186-16/2001 99
4.1.5 Decreto n. 4.330/2002 (Política Nacional da Biodiversidade) 105
4.2 APROPRIAÇÃO DOS ELEMENTOS DA BIODIVERSIDADE: A QUESTÃO DA PROPRIEDADE
INTELECTUAL 107
4.2.1 Propriedade intelectual: conceito e noções gerais 107
4.2.2. Sistema brasileiro de patentes 109
4.2.2.1 Acordo sobre aspectos dos Direitos da Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio –TRIPS 110
4.2.1.2 Lei n. 9.279/1996 e Lei n. 9.456/1997 113
5 TUTELA PENAL DA BIODIVERSIDADE E A BIOPIRATARIA. 121
5.1 DIREITO PENAL E SOCIEDADE DE RISCO 121
5.2 BEM JURÍDICO PENAL E MEIO AMBIENTE 125
5.2.1 Noções gerais sobre bem jurídico e penal 125
5.2.2 Meio ambiente: breves considerações conceituais. 129
5.3 PROTEÇÃO PENAL DA BIODIVERSIDADE E A CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA. 134
5.3.1 A biodiversidade na Constituição Federal de 1988 134
5.3.2 A biodiversidade como bem jurídico a ser tutelado pelo Direito Penal 138
5.3.3 A tutela penal da biodiversidade na Lei dos Crimes Ambientais e a biopirataria 140

29
5.4 CRIMINALIZAÇÃO DA BIOPIRATARIA: A TUTELA PENAL COMO INSTRUMENTO
DE COMBATE À APROPRIAÇÃO ILÍCITA DA BIODIVERSIDADE 145
5.4.1 Identificação do bem jurídico tutelado no crime de biopirataria 145
5.4.2 A tutela penal da biodiversidade versus princípios norteadores do Direito Penal 147
5.4.3 Normas penais em branco e a tipificação da biopirataria 161
5.5 EM BUSCA DA TIPIFICAÇÃO PARA O CRIME DE BIOPIRATARIA. 164
6 CONCLUSÕES. 175
REFERÊNCIAS. 182
ANEXOS. 202

3.2 ELEMENTOS TEXTUAIS


Os títulos das seções textuais são escritos com o mesmo corpo de letra utilizado no
trabalho (Times New Roman, corpo 12), alinhados pela esquerda e precedidos da numeração
sequencial com os destaques gradativos (Ver 2.5 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA, p. 16). Os elementos
que compõem o corpo do trabalho são fundamentalmente: Introdução, Desenvolvimento e
Conclusão. (NBR 14724 (2011), não necessariamente com esta designação, mas nessa sequência.

3.2.1 Introdução
A Introdução é a parte do trabalho em que o assunto é apresentado como um todo, sem
detalhes, constituindo o elemento explicativo do autor para o leitor. A Introdução deve:
a) Estabelecer o assunto definindo-o sucinta e claramente, sem deixar dúvidas quanto a
escala espacial e temporal abrangidas, e incluir informações sobre a natureza e a
importância do problema;
b) Indicar os objetivos e a finalidade do trabalho, justificando e esclarecendo sob que ponto
de vista é tratado o assunto;

Nota: Ainda que não exista um padrão amplamente aceito, é importante que aqui o autor
revele, de forma bastante clara e cientificamente fundamentada, a natureza do estudo
(experimental ou não, de campo, de revisão bibliográfica, etc.).

c) Referir-se aos tópicos principais do texto, segundo a ordem de exposição, mas sem
mencionar os resultados.

3.2.2 Desenvolvimento
O Desenvolvimento ou Corpo é a parte mais importante e extensa do trabalho e nela o
autor deve mostrar e discutir suas ideias, fundamentando-as com argumentos teoricamente
consistentes e logicamente apresentados e indicando hipóteses e sugestões para pesquisas
adicionais.
Recomenda-se que as palavras Desenvolvimento e Corpo não sejam usadas no texto,
indicando-se os termos Referencial Teórico ou Revisão da Literatura, Metodologia, Análise dos
Resultados ou simplesmente Resultados e Discussão, como definidos a seguir:

30
3.2.2.1 Referencial teórico ou revisão da literatura
É o elemento essencial em Dissertações e Teses onde se deve resgatar trabalhos
anteriormente publicados, explicando a evolução do conhecimento sobre o tema. Com respeito à
revisão da literatura, ou referencial teórico, o autor deve limitar-se, sem prejuízo histórico e
científico, a indicar as contribuições mais importantes diretamente ligadas ao assunto.
É um dever ético e formal mencionar o nome de todos os autores e seus trabalhos,
registrando-os no texto, em Notas de Rodapé (Ver 3.3.1.3 Notas de Referência) e/ou
preferencialmente, nas Referências, ao final do trabalho (Ver 3.4.1 Referências).

ATENÇÃO. Nem todos os trabalhos requerem uma


seção ou capítulo dedicado à Revisão da Literatura.
Há casos em que os autores podem preferir
incorporar esse levantamento à Introdução,
principalmente se a revisão for breve. Do mesmo
modo, nem todos os trabalhos requerem uma seção
específica dedicada à Metodologia (Material e
Métodos).

3.2.2.2 Metodologia
É o termo mais usado nas áreas humanísticas e significa o conjunto de métodos ou
caminhos utilizados para a condução da pesquisa devendo ser apresentada na sequência
cronológica em que o trabalho foi conduzido. Eventuais métodos inéditos desenvolvidos pelo
autor devem ser justificados mostrando suas vantagens em relação a outros já consagrados na
literatura. Importante ter em conta que:
a) Devem ser citados, com o detalhamento requerido, os processos técnicos utilizados no
trabalho;
b) As técnicas e os métodos já conhecidos podem ser apenas referidos com a respectiva citação
do seu autor;
c) Técnicas novas devem ser descritas com detalhes e quando se tratar do uso de novos
equipamentos, eles devem ser mostrados através de ilustrações, fotografias e/ou desenhos;
d) Hipóteses e generalizações que não estejam baseadas nos elementos contidos no próprio
trabalho devem ser evitadas;
e) Os dados utilizados na análise estatística (quando houver) devem figurar no texto, em
Apêndice ou Anexos no trabalho.

Material e Métodos é uma designação usada,


preferencialmente, nas áreas de ciências naturais e
tecnológicas. Neste caso, é necessário fazer uma
descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e
equipamentos utilizados, de forma a permitir uma
repetição exata do experimento ou estudo por outros
pesquisadores.

31
3.2.2.3 Análise dos Resultados ou simplesmente Resultados
Onde devem ser apresentados, de forma precisa e clara, os resultados obtidos,
considerando-se que:
a) A análise e interpretação dos dados, e a discussão teórica podem ser conjugados ou separados
conforme for mais adequado aos objetivos do trabalho;
b) Os diversos resultados obtidos, sem interpretações pessoais, devem vir agrupados e ordenados
convenientemente, podendo, eventualmente, serem acompanhados de tabelas, gráficos, quadros
ou figuras com valores numéricos e/ou estatísticos, para maior clareza.

3.2.2.4 Discussão
A Discussão deve incluir a justificativa da escolha do tema e conter esclarecimentos
sobre as exceções, contradições, modificações, teorias e princípios relativos ao trabalho,
indicando as limitações teóricas e práticas dos resultados obtidos. É necessário discutir
detalhadamente, os aspectos que confirmam ou modificam, de modo significativo, as teorias
consagradas na literatura, apresentando as perspectivas de continuidade da pesquisa.
Aqui o autor deve justificar a escolha do tema, relacionar as correlações, as causas e
efeitos dos fatos relatados, analisar as comparações formuladas, com base nos dados coletados,
esclarecer as exceções, contradições e eventuais modificações de ordem teórica resultantes do
trabalho. Além disso, se deve ressaltar as limitações e os aspectos que, de alguma forma,
modificam e/ou ampliam os saberes estabelecidos.

3.2.3 Conclusão
É um resgate sintético dos Resultados e da Discussão, onde o autor apresenta suas
deduções em relação aos resultados e objetivos propostos, sinalizando sua contribuição ao
conhecimento científico e prático do tema estudado. As conclusões devem se assentar em dados
efetivamente comprovados e apresentar ideias claras para permitir que o leitor entenda os
ensinamentos retirados do trabalho e as possibilidades que se abrem para novas pesquisas.
Quando couber, podem-se apresentar deduções alicerçadas na lógica e que correspondam
aos objetivos propostos, ressaltando a importância, o alcance e o mérito da contribuição do
trabalho.

32
3.3 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO
Em todo o corpo do trabalho o autor pode utilizar elementos de apoio ao texto como:

3.3.1 Notas de Rodapé devem ser feitas em algarismos arábicos, obedecendo à uma numeração
única e consecutiva. As Notas de Rodapé devem ser alinhadas a partir da segunda linha da
mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem
espaço entre elas e com fonte menor (corpo 10).
Exemplo de Nota de Rodapé:
2
No texto: [...] pensar a Amazônia 1 pode ter muitos significados [...]
Na Nota de Rodapé:
1
Pensar a Amazônia é refletir sobre suas diversidades, pois são elas que configuram um macrodescritor regional
muito mais representativo do que a expressão planície amazônica que é apenas uma das feições da diversidade
física/natural (FONSECA, 2011).
2
. O projeto humano do novo século, em suma, deve contemplar um projeto amazônico (grifado no original) sem o
qual não alcançará completude nem será factível. A realização do projeto amazônico ajudará a viabilizar o projeto
humano. E esse não é um desafio vulgar (MENDES, 2001).

Atenção: As obras de FONSECA (2011) e de MENDES (2001) devem constar, obrigatoriamente, nas
Referências ao final do trabalho.

As Notas de Rodapé podem ser: Explicativas, de Referência Cruzada e de Referência.

3.3.1.1 Nota Explicativa


As Notas Explicativas servem para evitar explanações longas dentro do texto, tendo a
finalidade de esclarecer, comentar ou explanar mais detalhadamente, assuntos abordados no
trabalho. Nelas podem ser incluídas traduções de pequenos trechos em outra língua, inseridos na
obra, porém não devem repetir dados existentes nas obras de apoio, pois essa complementaridade
de informação o leitor pode obter, se desejar.
Exemplo da Nota Explicativa
No texto: O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se constituindo numa das
conquistas universais 1 como está, por exemplo, expresso no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei n. 8069 de 13 de junho de 1990)
No rodapé da página:
1
Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos de vida desrespeita a
especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condição para a constituição de adesões e grupos de
pressão integrados à moralização de tais formas de inserção de crianças e de jovens. (Autor, ano).

(Atenção: indicar, entre parênteses, o autor e o ano de onde foi retirado esse texto, incluindo a descrição
completa do trabalho nas Referências, ao final do trabalho).

33
3.3.1.2 Nota de Referência Cruzada
Remetem o leitor para outros trechos da obra.
Exemplo:
No texto:
“[...] denunciavam que os preços dos gêneros fornecidos na fazenda eram mais caros que em
outros lugares e reclamavam ainda de outras taxas e multas que também não constavam dos
contratos” 1
No rodapé:
1
Para ver as queixas dos colonos ver Anexo A, p. 245-249.

3.3.1.3 Notas de Referência


As fontes consultadas devem ter suas chamadas no texto, preferencialmente, pelo sistema
autor-data (p. ex., LEFF, 2001), com as obras inseridas ao final do texto sob o título de
Referências ordenadas, por autor, em ordem alfabética estrita. O sistema numérico deve ser
evitado para que se use as Notas de Rodapé para as Explicativas e de Referência Cruzada.
Exemplo:
No texto: “[...] está seria uma das configurações que, segundo Leff (2001)
Nas Referências:
LEFF, Enrique. Saber ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 3.ed. Rio de Janeiro:
Vozes, 2001.
Nota: A expressão “Referências Bibliográficas” é inadequada quando incluir informações da internet que não
são “biblios”. Por isso é que se usa a expressão Referências para incluir todos os trabalhos consultados.

3.3.2 Citações
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte para esclarecer,
ilustrar ou sustentar o assunto apresentado. Devem ser evitadas citações referentes a assuntos
amplamente divulgados ou de domínio público, bem como aquelas retiradas de publicações de
natureza didática, tais com apostilas e anotações de aula.
As citações diretas (transcrição literal de um texto ou parte dele) ou indiretas (redigidas
pelo autor do trabalho com base em ideias de outros autores) podem ser obtidas de documentos
ou de canais informais (palestras, debates, conferências, entrevistas entre outros).
A citação direta é a transcrição literal de um texto ou parte dele que conserva a grafia, a
pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma original. Só deve ser usada quando reflete uma ideia
muito bem expressa, ou quando é necessário transcrever as palavras de um autor.
As citações com três linhas ou menos são chamadas de citações curtas e devem ser
escritas entre aspas duplas, com o mesmo tipo e tamanho utilizado no corpo do trabalho. Se o
texto citado terminar com alguma pontuação, as aspas são colocadas após esse sinal gráfico
delimitando o final da citação.

34
Exemplo:
“[...] no caso dos yanomami, a cultura da conservação decorre antes de uma cosmologia de equilíbrio com a
natureza do que ligada ao desejo de manter um estoque de produtos naturais, tudo articulado com práticas ancestrais
tendentes à proteção da terra-floresta [...]”. (SILVEIRA, 2010).

NOTA. O trabalho de SILVEIRA tem que constar nas Referências ao final do trabalho.

As citações com mais de três linhas são chamadas citações longas e transcritas em
parágrafo distinto, começando a 4 centímetros da margem esquerda (equivalente a 20 toques com
corpo 12 ou 40 toques com corpo 10), sem deslocamento da primeira linha e terminando na
margem direita. A segunda linha e as subsequentes são alinhadas sob a primeira letra do texto da
citação.
Exemplo:
O potencial ambiental de cada região, a autogestão comunitária dos recursos, o
desenvolvimento de tecnologias apropriadas, o respeito pelos valores culturais e pela
diversidade étnica, assim como pela recuperação e enriquecimento científico das práticas
tradicionais de uso dos recursos, abre canais para uma gestão participativa, dos recursos
e para um desenvolvimento sustentável. (LEFF, 1994).

NOTA: O trabalho de Leff tem que constar nas Referências ao final do trabalho.

Nas citações curtas e longas são permitidas omissões no começo, no meio ou no fim,
dede que não alterem o sentido do texto. Quando as omissões forem no meio do texto, usam-se
reticências entre colchetes [...] que indicam ter havido uma omissão intencional de parte do
trecho citado.
As citações apudianas (de apud) que indicam a origem de uma citação indireta, só devem
ser usadas quando a obra original for de acesso muito difícil.
Se o texto citado contem incorreções, elas devem ser reproduzidas e indicadas pela
expressão sic entre colchetes que significa “assim mesmo”, isto é ela indica que estava escrito
dessa forma no original.
Exemplo:
“ A utilização mais conhecida de microrganismos pelos indígenas é a fermentação de madioca [sic] para a produção
de bebidas alcoólicas [...] usadas nas comemorações e rituais.” (Autor e ano)

O trabalho de onde foi tirado esse trecho deve constar nas Referências ao final do trabalho.

3.3.3 Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentação de informações que tem por finalidade
a descrição e/ou o cruzamento de dados numéricos, codificações, especificações técnicas e
símbolos. As tabelas podem ser de dois tipos:

35
a) Tabela estatística que apresenta um conjunto de dados numéricos que expressam as variações
quantitativas e qualitativas de um determinado fenômeno;
b) Tabela técnica que apresenta especificações técnicas a respeito de um determinado produto ou
área de interesse, como por exemplo, classificação periódica dos elementos químicos, valores de
distribuição normal, etc.
A construção de uma tabela obedece às normas do IBGE (1993) que determina ser uma
tabela composta pelo:
Topo: espaço superior de uma tabela destinado ao seu número e título.
a) Número, é o componente usado para identificar a tabela no texto ou em Anexos. O
número, determinado de acordo com a ordem em que a tabela aparece no texto, deve ser
precedido da palavra “Tabela” com a primeira letra maiúscula.

Exemplo:
Tabela 1 –

b) Título deve ser escrito logo após o número da tabela e separado dele por um hífen que
deve estar distante um espaço do número e um espaço do início do titulo. Quando o título
ultrapassar uma linha, a segunda linha deve iniciar exatamente abaixo da primeira letra
do título da linha superior. O titulo deve conter a designação do fato observado e o local
de ocorrência, além da data de referência dos dados e informações registradas.
Exemplo:
Tabela 1 – Produto Interno Bruto per capita, salário mínimo mensal e horas semanais de trabalho no Polo Industrial
de Manaus em 2011.

Centro ou corpo: destinado à moldura dos dados numéricos e dos termos necessários à sua
compreensão. O centro ou corpo da tabela deve conter:
Coluna indicadora;
Linha;
Coluna;
Casa;
Sinais indicadores (Ver Quadro 5).

36
Quadro 5 - Sinais indicadores convencionais que podem ser usados nas casas ou células
Sinal Significado/Utilização
- (hifen) Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) não resultante
de arredondamento.
... (três pontos) Indica que o dado é desconhecido ou não está disponível
0 ou -0,0 ou – 0,00 Indica que o dado numérico é igual a 0 (zero) resultante de
arredondamento e com valor inferior a metade da unidade
adotada no tabela
x (letra xis) Indica que o dado foi omitido com a finalidade de evitar a
sua individualização.
: (dois pontos) Indica que não se aplica dado numérico
FONTE: os autores.

Rodapé: espaço inferior destinado à indicação da fonte, às notas gerais e especificas.


Fonte: indicador do(a) responsável pelos dados;
Nota geral: para esclarecer o conteúdo geral do trabalho
Nota(s) específica(s): para esclarecer elementos específicos da tabela.
Em Monografias, Dissertações e Teses, normalmente são usadas tabelas estatísticas cujos
critérios gerais de apresentação são os seguintes:
a) Devem conter todas as informações necessárias para a completa compreensão do conteúdo
dispensando consultas ao texto e apresentadas, preferencialmente, em uma única página e
graficamente centralizadas;
b) Podem ser intercaladas no texto, ou em Anexo, devendo ser utilizados os Anexos quando a
tabela for muito grande;
c) Quando intercaladas no texto devem estar o mais próximo possível do trecho em que são
citadas pela primeira vez e separadas do texto precedente e subsequente por um espaço;
d) Devem ser dispostas no mesmo sentido da leitura e quando isso não for possível nem mesmo
pela redução, devem ser colocadas de forma que a leitura seja feita no sentido horário;
e) Devem seguir o mesmo padrão gráfico, mas se necessário, podem ser reduzidas até o ponto
em que não prejudiquem a legibilidade.

37
Exemplo de tabela:
Tabela 1 – Área, população e densidade de habitantes nos Estados da Região Norte do Brasil.
(Censo de 2010).
Estados Área População Densidade
(km2) (N0 de habitantes) (hab./km2)
Acre 164.123,040 733.559 4,47
Amapá 142.828,521 669.526 4,69
Amazonas 1.559.159,148 3.483.985 2,23
Pará 1.247.954,148 7.581.051 6,07
Rondônia 237.590,547 1.562.409 6,58
Roraima 224.300,506 450.479 2,01
Tocantins 277.720,520 1.383.445 4,98
FONTE: www.ibge.gov.br consulta em 10 de junho de 2013.

3.3.4 Quadro
Quadro é o arranjo de palavras e/ou números dispostos em colunas e linhas, porém
predominantemente preenchidos com palavras. Os quadros são apresentados da seguinte forma:
a) Com letra e entrelinhamento menor;
b) Na parte superior do quadro devem constar:
- a palavra Quadro, alinhada à lateral esquerda, sucedida do número que o identifica, em
algarismos arábicos, conforme a ordem em que aparecem no texto, seguida de hífen;
- o titulo, escrito preferencialmente em letras minúsculas, sem ponto final.
c) Alinhados na margem esquerda do texto e, quando pequenos, devem ser centralizados.
d) A origem dos dados deve constar no rodapé precedida da palavra FONTE. (em maiúsculas).
Exemplo de quadro
Quadro 5 – Palavras e expressões perigosas
Palavras e expressões Indicação de uso melhor Forma correta
A maior parte...surgiram na O verbo concorda com o A maior parte...surgiu
década passada coletivo
A maioria ...afirmam que Concordância ruim A maioria....afirma que
O professor (assim como, ou bem O verbo deve concordar com o O professor, (assim como ou bem
como) o aluno sabem a matéria primeiro sujeito como) aluno sabe a matéria.
Com exceção de Prefira a concisão Exceto
Deixar claro as coisas Concorda com o objeto Deixar claras as coisas
FONTE: Indicar a fonte das informações.

38
Atenção: A Tabela não tem linhas laterais (é aberta), ao contrário do Quadro que é fechado com linhas
laterais.

3.3.5 Ilustrações
Os outros tipos de ilustrações utilizados em trabalhos acadêmicos são as figuras, fotos,
organogramas, cronogramas, gráficos estatísticos, gráficos de organização, mapas e plantas.
3.3.5.1 Figura
É a ilustração gráfica por meio de imagens representadas por desenhos, gravuras ou
fotografias. Podem ser referenciadas como figuras e sua numeração, titulo, etc., seguem as
mesmas orientações gerais dadas para as tabelas.
Exemplo:
Figura 1 – Foto do Teatro Amazonas na época de sua construção.

3.3.5.2 Gráfico
É uma representação de dados e informações, por meio de imagens que possibilitem uma
interpretação rápida e objetiva. Os mais utilizados são: gráficos estatísticos e gráficos de
organização.
3.3.5.3 Mapas e Plantas
Mapa é a representação gráfica em escala reduzida, da área de uma região.
Planta é o desenho que representa a projeção horizontal de um objeto.
Nota: Todas as ilustrações devem obedecer alguns princípios como proporção, composição, simplicidade e
clareza.
Nota: Os gráficos devem ser numerados da mesma forma usada para as tabelas e quadros, não esquecendo a
inclusão da data quando isso for necessário.

3.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS


São aqueles que complementam o trabalho e aparecem após o corpo propriamente dito e
inseridos na seguinte ordem:
3.4.1 Referências (obrigatório)
Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite
sua identificação individual. Do ponto de vista formal “Referências” é o nome dado à seção pós-
textual destinada a relacionar a bibliografia e outros suportes de informação utilizados para dar
apoio ao trabalho. Ela é composta pelas obras citadas no decorrer do trabalho que muito
eventualmente, podem ser colocadas em Nota de Rodapé (Nota de Referência – ver 3.3.1.3), mas
com a obrigatoriedade de relaciona-las no final do trabalho, em ordem alfabética estrita,

39
separadas entre si por um espaço simples em branco e descritas de acordo com a NBR 6023
(2002) cujas orientações gerais são mostradas a seguir.

3.4.1.1 Autor pessoal


Um só autor (pessoa física) responsável pela criação do conteúdo intelectual ou artístico
de um documento.
A regra geral para referenciar a obra de um só autor é: Autor, ponto (.); Título, ponto (.);
Edição (a partir da segunda) ponto (.); Local, dois pontos(:); Editora, vírgula (,) Ano, ponto (.);
sendo facultativa a indicação do número total de páginas seguido da letra p e de um ponto (p.).
O autor deve ser apresentado pelo sobrenome, em letras maiúsculas, seguido dos outros
nomes em letras minúsculas, abreviados ou não.
NOTA: O título todo ou apenas a primeira parte deve ser destacado em negrito.
Exemplo:
FONSECA, Ozorio. Pensando a Amazônia. Manaus: Valer, 2011.
MELO, Sandro Nahmias. Meio ambiente do trabalho. Direito fundamental. São Paulo: LTr, 2001.
SILVEIRA, Edson Damas da. Meio ambiente, terras indígenas e defesa nacional. Direitos fundamentais em
tensão nas fronteiras da Amazônia brasileira. Curitiba: Juruá, 2010. 312 p.

Atenção: Não se incluem citações de títulos, cargos, graduações etc., mesmo que apareçam na obra
referenciada.

As indicações de parentesco como Filho, Junior, Neto, etc., não fazem parte do nome e
devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o último sobrenome.
Exemplo:
RAMOS JUNIOR, Dempsey Pereira. Meio ambiente e conceito jurídico de futuras gerações. Curitiba: Juruá,
2012. 414 p.

Se o sobrenome pelo qual o autor é conhecido, for um termo composto, deve-se cita-lo
por inteiro e se o sobrenome for precedido de partículas como “de”, “da”, “e”, essas
permanecem junto do prenome.
Exemplo de nome composto:
ALMEIDA-VAL, V. M. F. et al. Biochemical adjustments to hypoxia by Amazon cichlids. Brazilian Journal of
Medical and Biological Research, v. 28, p. 1257-1263,1995.
Exemplo de nome com a particular de:
MELO, Thiago de. A floresta vê o homem. Manaus: Valer, 2006.
As segundas e terceiras linhas de uma referência bibliográfica começam exatamente
abaixo da primeira letra do sobrenome do autor, que está escrito em letras maiúsculas.
Exemplo:
EASTERLY, William. O espetáculo do crescimento. Aventuras e desventuras dos economistas na incessante busca
pela prosperidade nos trópicos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

40
3.4.1.2 Dois autores
A regra geral para referenciar obras de dois autores é: Autor, ponto e vírgula (;); Autor,
ponto (.); Título, ponto (.); Edição a partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:);
Editora, vírgula (,); Ano, ponto (.).
Exemplo:
RIBEIRO, Euler Esteves; CRUZ, Ivana Beatrice M. da. Dieta amazônica. Saúde e longevidade. Manaus: Editora
Cultural do Amazonas, 2012.

3.4.1.3 Três autores


A regra geral para referenciar obras de três autores é: Autor, ponto e vírgula (;); Autor,
ponto e vírgula (;); Autor, ponto (.); Título, ponto (.); Edição a partir da segunda, ponto (.);
Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,); Ano, ponto (.).
Exemplo:
SILVA, Solange Teles da; CUREAU, Sandra; LEUZINGER, Márcia Dieguez. Mudança do clima. Desafios
jurídicos, econômicos e socioambientais. São Paulo: Fiuza, 2011.

3.4.1.4 Mais de três autores


A regra geral para referenciar trabalhos com mais de três autores é: Primeiro autor,
ponto(.); a expressão et al., sem destaque, ponto (.); Titulo, ponto (.); Edição a partir da
segunda, ponto(.); Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,) Ano, ponto (.).
Exemplos:
AYRES, José Márcio et al. Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Belém: Sociedade Civil
Mamirauá, 2005.

OBSERVAÇÃO. “et” significa “e” e “al” é abreviatura de


“alii” que significa “outras” (feminino).
Para evitar equívocos, é preferível abreviar para “al.” já
que a abreviatura serve para os dois gêneros e para o
singular e plural. Por ser uma abreviatura, et al. não
dispensa o ponto (.) em al. e a pronúncia correta é et álli
(sílaba tônica em a) e não et alii (sílaba tônica em i). Deve
ser escrito com caracteres normais, sem negrito, sem itálico
ou sublinhado, por se tratar de expressão já incorporada ao
domínio na língua portuguesa.

Quando há um organizador, coordenador, compilador, editor ou algo assemelhado, inicia-


se a referência pelo nome do responsável ou responsáveis, acrescentando-se, após o(s) nome(s), e
entre parênteses, a designação correspondente: (org.) = organizador; (coord.) = coordenador;

41
(comp.) = compilador; (ed.) = editor, etc., que por serem abreviaturas não dispensam a colocação
do ponto (.)
Exemplo:
FONSECA, Ozorio Jose de Menezes.; CAMARGO, Serguei Aily Franco de. (orgs.) Temas contemporâneos de
direito ambiental. Manaus: Edições UEA, 2012.

3.4.1.5 Autor desconhecido


Quando o autor é desconhecido, a entrada é pelo título da obra.
Exemplo:
AMAZÔNIA. Encontrando soluções. Brasília: Embaixada da Itália, 2002. 210p.

3.4.1.6 Autor entidade


Instituições, órgãos governamentais ou não, organizações, associações, empresas,
sociedades, comissões, etc., responsáveis por publicações em que não se distingue autoria
pessoal, a instituição entra como autora e seus nomes são referenciados em letras maiúsculas.
Exemplo:
IBGE. Brasil em números. Brasília: Ibge, 2000.
Quando a entidade possuir uma denominação genérica, seu nome deverá ser precedido do
órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertença.
Exemplo:
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Política nacional integrada
para a Amazônia Legal. Brasília: Conamaz, 1995.

Quando a entidade possuir um nome específico de larga utilização, a entrada é feita


diretamente pelo seu nome.
Exemplo:
BIBLIOTECA NACIONAL. Relatório da Diretoria Geral. Rio de Janeiro, [s.ed.], 2011.

3.4.1.7 Artigos publicados em revistas e periódicos


Quando se quer referenciar um artigo publicado em uma revista de tiragem periódica,
com autoria explicitada a regra é: Autor, (com o sobrenome em letas maiúsculas seguido do
nome em letras minúsculas, ponto (.); Título do artigo, ponto (.); Nome da revista ou
periódico negritado, vírgula (,); Título do fascículo, suplemento ou número especial, se
houver, vírgula (,) Local, virgula (,); Volume (se houver), vírgula (,); Número do fascículo (se
houver), vírgula (,), Páginas inicial e final do artigo, vírgula (,), Mês e Ano, ponto (.).
Exemplo:
BARBOSA, Walmir de Albuquerque. A pós-modernidade e as ciências da comunicação. Hileia. Revista de Direito
Ambiental da Amazônia, Manaus, ano 7-8, n. 13-14, p. 231-246, 2010.

42
3.4.1.8 Publicação periódica como um todo
Os elementos essenciais são: Título, local de publicação, editores, data de inicio e de
encerramento da publicação (se houver).
Exemplo:
REVISTA DO INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL DE SÃO PAULO. São Paulo: Universidade do Estado de
São Paulo, 1959 –

3.4.1.9 Artigos em jornal, suplementos, cadernos, boletim de empresa


A regra geral é: Autor do artigo, ponto (.); Título do artigo, ponto (.); Nome do jornal
(grifado), virgula (,); Local, vírgula (,) Data, (dia, mês e ano), ponto.
Exemplo:
BARBOSA, Walmir de Albuquerque. O regatão na Amazônia. A Crítica, Manaus, 16 de julho de 2004.

3.4.1.10 Monografias, Dissertações e Teses


A regra geral para referenciar Monografias, Dissertações e Teses é: Autor, ponto (.);
Título (e subtítulo se houver), ponto (.); Local do curso, dois pontos (:); Nome da
Universidade (abreviado), vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.); Indicação de Monografia,
Dissertação ou Tese, vírgula (,); Nome da Faculdade, Centro, Instituto, vírgula (,); Nome da
Universidade por extenso, vírgula (,); Ano da conclusão, ponto (.).

Exemplos:
DUARTE, João Paulo Penhalosa. Política pública ambiental no município de Manaus: sustentabilidade
ambiental e democracia participativa no licenciamento do “Manauara Shopping Center”. Manaus, UEA, 2008.
Monografia de Conclusão do Curso de Administração Pública, Escola Superior de Ciências Sociais, Universidade
do Estado do Amazonas, 2008.

AGUIAR, Denison Melo. Os princípios da dignidade humana e o conhecimento tradicional associado ao


manejo pesqueiro: um estudo de caso na comunidade Santo Antônio do rio Urubu, no município de Boa Vista do
Ramos – Amazonas. Manaus, UEA, 2011. Dissertação de Mestrado em Direito Ambiental, Escola Superior de
Ciências Sociais, Universidade do Estado do Amazonas, 2011.

FONSECA, Ozorio Jose de Menezes. Aspectos limológicos da lagoa Emboaba, Planície Costeira Setentrional
do Rio Grande do Sul: morfometria, hidroquímica e degradação de Scirpus californicus (C.A.Meyer) Steud. São
Carlos, UFSCar, 1991. Tese de Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais, Instituto de Biociências, Universidade
Federal de São Carlos, 1991.

3.4.1.11 Monografias, Dissertações e Teses em meio eletrônico


As mesmas informações indicadas em 3.4.1.9 acrescentando-se a localização para
consulta (www. [...]) e a disponibilidade (pen drive, CD-ROM, on line, e-book, etc.)

43
3.4.1.12 Relatórios de Estágio ou de Pesquisa
A regra geral é: Autor(es) ou Coordenador(es), ou Instituição responsável, ponto (.);
Título e subtítulo (quando houver), ponto (.); Local da publicação, dois pontos (:); Editor ou
Instituição responsável pela publicação, vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.); Indicação
da natureza do documento (relatório de pesquisa, de estágio, etc.), ponto (.).
Exemplo:
MEDEIROS, Epitácio Argemiro. O atraso no recolhimento do ICMS no Estado do Amazonas. Manaus: UEA,
2004. Relatório de estágio.

3.4.1.13 Congressos, Simpósios, Seminários, Encontros, Conferências


A regra geral para referenciar esses documentos é: Nome do Evento (grafado em letras
maiúsculas), vírgula (,); Número do Evento em algarismo arábico (se houver), ponto (.); Ano
da realização do evento, ponto. (.) Título, ponto (.); Local da publicação, dois pontos (:);
Editor ou entidade responsável pela publicação, vírgula (,); Ano da publicação, ponto (.).
Exemplo:
CICLO INTERNACIONAL DE CONFERÊNCIAS 1, Pensando o Direito na Amazônia. Manaus, Universidade do
Estado do Amazonas, 9 de novembro de 2003.

3.4.1.14 Dicionários
A regra geral para referenciar dicionários é Autor, ponto (.); Título, ponto (.); Edição a
partir da segunda, ponto (.); Local, dois pontos (:); Editora, vírgula (,); Ano ponto (.).
Exemplos:
KRIEGER, Maria das Graças et al. Dicionário de Direito Ambiental. Terminologia das leis do meio ambiente.
Porto Alegre: Editora da Universidade, 1988.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

3.4.1.15 Coleções de revistas


A regra geral para referenciar coleções de revistas é: Título, ponto (.); Local de
publicação, dois pontos (:); Instituição, vírgula (,); Data de início e data de encerramento da
revista (se houver), ponto(.).
Exemplo:
Parcerias Estratégicas. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 1999 –

3.4.1.16. Enciclopédias
A regra geral é: Autor do verbete, seção ou capitulo (se houver), ponto (.); Título do
verbete, seção ou capítulo, ponto (.); a palavra In, seguida de dois pontos (:); Nome da
Enciclopédia, (negritado), ponto (.); Local de publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,);
Ano da publicação, ponto (.); Volume, vírgula (,); Página inicial e final, ponto (.).

44
Exemplo:
MONTEIRO, Abgail. Os seres vivos. In: Mundo Novo. São Paulo: Ritter, 1975, v.4, 123-135.

3.4.1.17 Atas de reuniões


A regra geral é: Nome da Instituição, ponto (.); Local, ponto (.); Número da ata, ponto
(.); Título da ata, ponto (.); Livro, vírgula (,); Número da página inicial e final, vírgula (.);
Ano, ponto (.).
Exemplo:
CONSELHO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO AMBIENTAL. Manaus. Ata número 12.
Ata da aprovação dos professores orientadores dos alunos da primeira turma do Programa da Pós-graduação em
Direito Ambiental da UEA. Livro 1, p. 26-27, 2004.

3.4.1.18 Documentos em meio eletrônico


Os documentos obtidos por meio eletrônico são armazenados em páginas (sites) que são
identificados por endereços. O endereço completo de um documento na internet chama-se URL,
de Uniform Resource Locator (Localizador Uniforme de Recursos) que é composta por:
a) Identificação;
b) Domínio;
c) Diretório, subdiretório e arquivo.
Exemplo:
Identificação do Protocolo Domínio Diretório, subdiretório e arquivo
<http:// www.uea.edu.br /portal/cursos>

Para referenciar qualquer documento obtido em meio eletrônico, deve-se proceder da


mesma forma como foi indicado para obras convencionais, com todos os detalhes acrescentando
o URL completo do documento na internet entre o sinais < > antecedendo a expressão: acesso
em, e a data por extenso.
Exemplo:
CAMARGO, Serguei Aily Franco; CAMARGO, Thaisa Rodrigues Lustosa de. Direito, política e manejo
pesqueiro na bacia amazônica. São Carlos: Rima, 2012. Disponível em <www.rimaeditora.com.br.> Acesso em 20
de junho de 2013.

3.4.1.19 Legislação
Inclui legislação, jurisprudência, (decisões judiciais) e doutrina (interpretação de textos
legais). Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais
infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas
formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato
normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso,

45
circular, decisão administrativa entre outros). No caso de Constituições e suas emendas, entre o
nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano da
promulgação entre parênteses.
A regra geral para referenciar Constituições é: Local de abrangência (País, Estado),
ponto (.); Título e subtítulo (se houver), ponto (.); Edição (a partir da segunda), ponto (.); Local
da publicação, dois pontos (:); Editor, vírgula (,); Ano, ponto (.); Número de páginas, seguido
da abreviatura p., ponto (.).
Exemplo:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 292p.
AMAZONAS. Constituição do Estado do Amazonas. Manaus: Assembleia Legislativa, 1989. 290p.

Nos demais documentos inseridos no item legislação, os elementos essenciais são: Local
de abrangência ou órgão responsável, ponto (.); Título (especificação da legislação), ponto (.);
Número e data, ponto (.); Ementa (se houver), ponto (.); Referência da publicação (onde
houver a veiculação) precedida da expressão In, dois pontos (:).

Exemplos:
BRASIL. Decreto-Lei número 2.423 de 07 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e
vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da administração federal direta e autárquica e dá outras
providências. In: Diário Oficial da União, Brasília, v. 126, n. 66, 08 de abril, 1988, Seção 1.
AMAZONAS. Decreto n. 21.963 de 27 de junho de 2001. Aprova o Estatuto da Universidade do Estado do
Amazonas, dispõe sobre sua estrutura e funcionamento e dá outras providências. In: Diário Oficial do Estado do
Amazonas, v. CVII, n. 26.697, 27 de junho de 2001.

Quando necessário acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor


identificar o documento.
Exemplo:
BRASIL. Medida Provisória número 1.569-9 de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em operações de
importação e dá outas providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília
DF, 14 de dezembro de 1997. Seção 1, p. 29.514.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional número 9 de 09 de novembro de 1995. Dá nova redação ao
artigo 177 da Constituição Federal alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginália. São Paulo,
volume 59, outubro/dezembro de 1995, p.1966,.

3.4.1.20 Acórdãos, Decisões, Súmulas, Enunciados e Sentenças das Cortes dos Tribunais
A regra para referenciar esses documentos é: Local de abrangência, ponto (.); Nome da
Corte ou Tribunal, ponto (.); Partes litigantes, ponto (.); Nome do relator antecedido da
palavra “Relator”, ponto (.); Data do Acórdão (quando houver), ponto (.); Referência da
publicação que divulgou o documento, antecedida da expressão In, dois pontos (:).

46
Exemplos:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição número 410. Estados Unidos
da América do Norte e José Antonio Fernandes. Relator Ministro Rafael Mayer, 21 de março de 1984. In: Revista
Trimestral de Jurisprudência (Brasília), v. 109, 1984. p. 870-879.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito que a Constituição
assegura a todos (art. 225 da CF), tendo em consideração as gerações presentes e futuras. Nesse sentido, desobrigar
os proprietários rurais da averbação da reserva florestal prevista no art. 16 do Código Florestal, é o mesmo que
esvaziar essa lei de seu conteúdo. Recurso ordinário em mandado de segurança número 18.301-MG. Ministério
Público de Minas Gerais e Juiz de Direito de Andrelândia. Relator Ministro João Otávio Noronha. 24 de agosto de
2005. In: Diário da Justiça (Brasília), p. 157, 03 de outubro de 2005. Disponível em
<http://www.stj.jus.br/revistaeletronica/ita.asp?registro=200400753800&dt_publicacao+03/10/2005>. Acesso em
10 de março de 2012.

3.4.1.21 Documento jurídico em meio eletrônico


As referências devem obedecer aos padrões indicados para documentos jurídicos,
indicados nos itens acima, acrescidos das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico (CD-ROM, DVD, Pen-drive, online, etc.).
Exemplo:
BRASIL. Regulamentação dos benefícios da previdência social In: SISLEX: sistema de legislação, jurisprudência e
pareceres da Previdência e Assistência Social. Dataprev, 1999. 1 CD-ROM.

Os trabalhos consultados on line são referenciados como segue:

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir em razão de
idade, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em
<http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html> Acesso em 22 de dezembro de 2008.

3.4.1.22. Publicações de órgãos, entidades e instituições coletivas


A regra para referenciar esses documentos é: Órgão responsável, ponto (.); Título e
subtítulo (se houver), ponto (.); Edição (a partir da segunda) ponto (.); Local da publicação,
dois pontos (:); Editor (quando não for o próprio órgão), vírgula (,); Ano, ponto (.).
Exemplo:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS. Programa de fomento à iniciação cientifica. Manual do bolsista
e do orientador. Manaus, 2003.

3.4.1.23 Capítulo ou parte de livro, de monografia, dissertação, tese, separatas, etc.


A regra geral é: Autor da parte referenciada, ponto (.); Título da parte, ponto (.); Referência
de publicação antecedida da palavra In, dois pontos (:).
Exemplo:
AYRES, José Marcio et al. Mamirauá: the conservation of biodiversity in an Amazonian flooded forest. In:
FREITAS, Maria de Lourdes Davies de (coord.) Amazonian heaven of a new world. Rio de Janeiro: Campus. p.
267-280, 1998.

47
3.4.1 24 Informação pessoal
Se for necessário inserir uma informação que ainda não foi publicada, mas que é
considerada importante para o entendimento do trabalho, pode-se inseri-la, ressaltando o fato de
ser decorrente de informação pessoal. Nesse caso, reproduz-se a informação seguida do nome de
quem a forneceu, seguida do ano e da notação (inf. pess.) além da chamada para uma Nota de
Rodapé explicativa onde o autor da informação deve ser identificado integralmente, e onde o
autor do trabalho pode inserir informações adicionais pertinentes.
Exemplo:
No texto:
Na práxis, os processos caminham de forma absolutamente desigual, havendo uma tendência a priorizar aqueles que
envolvem um maior volume de recursos (Costa, 2004, inf. pess.) 1.
No rodapé:
1
João José Manuel da Silva Costa, analista do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas.
OBS. (nome e texto fictícios).
Nota: Para outros tipos de referência, consultar a NBR 6023 (2002).

3.4.2 Elementos essenciais das Referências


3.4.2.1 Título
Os títulos e subtítulos devem ser reproduzidos tal como aparecem nas obras ou trabalhos
referenciados, separados por dois pontos (:) ou ponto (.).
Exemplos:
Subtítulo separado por dois pontos:
ALMEIDA, Alfredo Wagner B. de et al.(org.) Conhecimento tradicional e biodiversidade: normas vigentes e
propostas. v. 1. Manaus: UEA, 2008.
Subtítulo separado por ponto:
SILVEIRA, Edson Damas da. Direito socioambiental. Tratado de cooperação amazônica. Curitiba: Juruá, 2007.

A segunda parte do título pode ou não ser negritada

Quando se faz referência a periódicos, na sua totalidade (toda a coleção) ou quando se


está fazendo referências a um número ou fascículo integralmente, o título da coleção deve figurar
em primeiro lugar, em letras maiúsculas.
Exemplo:
ACTA AMAZONICA. Manaus: Inpa, 1971-
Para referenciar determinado número da coleção.
PARCERIAS ESTRATÉGICAS. Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, n. 12, 2001.

3.4.2.2 Edição
Indica-se a edição somente a partir da segunda, com algarismo arábico, seguido de ponto
e da abreviatura da palavra edição (ed.) que, por ser abreviatura exige a colocação de ponto (.).

48
Emendas, acréscimos, atualizações e revisões à edição, podem ser acrescentadas de forma
abreviada.
Exemplo:
PROCÓPIO. Argemiro. Diplomacia e desigualdade. 2.ed.rev.atual. Curitiba: Juruá, 2011.

3.4.2.3 Imprenta
É a indicação do local e ano da publicação. O local é separado do nome da editora por
dois pontos (:) e esta do ano por vírgula (,), finalizando com um ponto.
Exemplos:
Manaus: Valer, 2011.
Manaus: Uea Edições, 2012.

Quando falta algum dado da Imprenta e não há possibilidade de se fazer uma


identificação positiva, registra-se abreviadamente, da seguinte forma:
Na falta do local: [s.l.];
Na falta de editor [s.n.] (sin nomine) ou [s.ed.] sem editor;
Na falta da data [s.d.].
Atenção: todas essas abreviaturas são usadas entre colchetes [ ] e não dispensam o ponto (.).

3.4.2.4 Local
O local da publicação deve ser referenciado por extenso, tal como aparece na obra. Caso
haja a indicação de mais de um local, indica-se o primeiro ou o que estiver em destaque.
Se o local indicado tiver um homônimo, acrescenta-se a indicação do estado, país, etc.
Exemplos:
Santarém (Brasil) e Santarém (Portugal), ou Cambridge (Inglaterra) e Cambridge (Estados Unidos).
Se a localidade não aparecer na obra, mas for possível identificar a origem, indica-se o
local entre colchetes.
Exemplo:
GEODIVERSIDADE DO AMAZONAS. [Manaus]: Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, 2004.

3.4.2.5 Editor
O nome do editor deve aparecer da mesma maneira como é grafado na obra, abreviando-
se prenomes e dispensando indicações de elementos de natureza jurídica ou comercial, desde que
sejam dispensáveis para sua identificação.
Exemplos:
Valer, e não Editora Valer;
Cultrix e não Editora Cultrix.
Nota: Se forem dois ou mais editores, registra-se o mais destacado e se não há destaque, indica-se o primeiro
deles.

49
Quando o editor não é mencionado, indica-se o fato com a abreviatura [s.n.] sin nomine
ou [s.ed.] sem editor. As abreviaturas não dispensam o ponto (.).
Exemplo:
ANTONACCIO, Gaitano. Zona Franca: um romance polêmico entre o Amazonas e São Paulo. Manaus: [s.ed.],
1995.

3.4.2.6 Data
Indica-se a data com algarismos arábicos, sem pontuação nem espaços. Se não houver
indicação da data, utiliza-se, entre colchetes, a abreviatura [s.d.].
Exemplo:
SALES, Waldemar Batista de. O Amazonas: o meio físico e suas riquezas naturais. 3.ed. Manaus: Imprensa Oficial
do Estado do Amazonas, [s.d.].

3.4.2.7 Descrição física


Ao final da referência recomenda-se registrar o número total de páginas ou folhas,
seguidos da abreviatura p. para páginas e f. para folhas.
Exemplo:
BARBOSA, Walmir de Albuquerque et al. (org.) Politicas públicas e educação. Manaus: Uea Edições, 2007. 189p.

Quando a obra for publicada em mais de um volume deve-se indicar a quantidade de


volumes seguida da abreviatura v.
Exemplo:
PEREIRA, Nunes. Moronguetá. Um decameron indígena. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967. 2 v.

Se a referência for parte de um livro ou Anais, devem-se mencionar os números da


páginas inicial e final, separadas por hífen e precedidos da abreviatura p.
Exemplo:
CAMARGO, Aspásia. Governança para o século 21. In: TRIGUEIRO, André (coord.) Meio ambiente no século
21. 2.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. p. 307-324.

3.4.2.8 Ordenação
As referências dos documentos citados no decorrer do trabalho devem ser ordenadas em
ordem alfabética estrita, sem numeração (NBR 6023, 1989).
Nota: Lembrar que a margem da segunda linha em diante deve iniciar sob a primeira letra da entrada.

Exemplos:
BATISTA, Djalma da Cunha. O complexo da Amazônia: análise do processo de desenvolvimento. Rio de Janeiro:
Conquista, 1976. 292p.
POVOAS, Joaquim de Mello e. Cartas do primeiro governador da Capitania de São José do Rio Negro.
Memória geosocial e histórica do Amazonas. Manaus: Universidade do Amazonas, 1983.

50
Na ordenação das obras, quando um autor for indicado mais de uma vez, seu nome pode
ser substituído por um traço underline equivalente a seis espaços da segunda referência em
diante, obedecendo a cronologia da publicação.
Exemplo:
BENCHIMOL, Samuel. Amazônia; um pouco antes além depois. Manaus: Umberto Calderaro, 1977.
______ Romanceiro da batalha da borracha. Manaus: Imprensa Oficial, 1992.

51
REFERÊNCIAS.

COIMBRA, Jose de Ávila Aguiar. O outro lado do meio ambiente. São Paulo: Cetesb, 1985.

BOSQUÊ, Alessandra Figueiredo dos Santos. Biopirataria e biotecnologia. A tutela penal da


biodiversidade amazônica. Curitiba: Juruá, 2012.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.


5.ed. Curitiba: Positivo, 2010.

GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009.

HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,


2009.

IBGE. Normas de apresentação tabular. 3.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993.

IBGE. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE,
2004.

KAPRA, Fritjof. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix,
2005.

LEFF, Enrique. A complexidade ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.

MAYR, Ernst. Biologia ciência única. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT,


2002.

NBR 6024. Informação e documentação – Numeração progressiva das seções de um


documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.

NBR 6027. Informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,


2003.

NBR 6028. Informação e documentação – Resumo – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,


2003

NBR 6033. Ordem alfabética. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.

NBR 6034. Informação e documentação – Índice – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,


2004.

NBR 10520. Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. Rio de


Janeiro: ABNT, 2002.

52
NBR 12225. Informação e documentação – Lombada – Apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.

NBR 14724. Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de


Janeiro: ABNT, 2011.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. 8 reimp. São Paulo: Companhia das Letras,
2000.

SERES, Michel. O contrato natural. São Paulo: Nova Fronteira, 1991.

53
GLOSSÁRIO.

O Glossário é uma lista de palavras ou expressões utilizadas no texto e colocadas em


ordem alfabética que se utiliza para aclarar significados controversos e que precisam de uma
definição ajustada ao objetivo do texto e do autor. Só se deve utilizar um Glossário quando a lista
de palavras e expressões for significativamente grande, pois do contrário se devem usar as Notas
de Rodapé do tipo Explicativa (Ver 3.3.1.1).
Exemplo:
Conceito biológico de espécie (CBE). Para Mayr (2005) “Espécie biológica é um grupo de populações naturais,
capazes de entrecruzamento que são reprodutivamente (geneticamente) isolados de outros grupos similares”. Esse
conceito está incluído na Convenção sobre a Diversidade Biológica, um Tratado da ONU que foi assinado durante a
Rio-92 e que foi promulgado no Brasil através do Decreto 2.519 de 16/03/1998, porém sua aplicação tem limitações
no uso de organismos que se reproduzem de forma assexuada cujas espécies são distinguíveis de forma um tanto
arbitrária, com base em características fenotípicas e exames de DNA.
Direito ambiental. Para Granziera (2009) o direito ambiental pode ser considerado uma “disciplina jurídica
autônoma, na medida em que possui princípios informadores próprios, embora se relacione intrinsecamente com
dois universos: 1) as ciências externas ao mundo jurídico em que a ecologia, a economia, a biologia, a geografia, a
química, o urbanismo e a engenharia, entre outras, formam uma base científica para o entendimento das questões
jurídicas relativas ao meio ambiente; 2) outros ramos do direito, como o constitucional, o internacional, o civil, o
econômico, o administrativo, o penal, o processual, o tributário, entre outros, que emprestam seus institutos ao
direito ambiental que os utiliza de modo especifico com as adaptações necessárias, de acordo com a especificidade
da matéria”.
Meio ambiente. É o conjunto dos elementos físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais, em que se insere o
homem, individual e socialmente, num processo de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades
humanas, à preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno, dentro dos padrões de
qualidade definidos (Coimbra, 1985)
Princípio da legalidade. A doutrina, não raro, confunde ou não distingue suficientemente o principio da legalidade
e o da reserva da lei. O primeiro significa a submissão e o respeito à lei, ou a atração dentro da esfera estabelecida
pelo legislador. O segundo consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias há de se fazer,
necessariamente, por lei formal (José Afonso da Silva apud Bosquê, 2012).
Transgênico. Planta ou animal que teve incorporado, de maneira estável, um ou mais genes oriundos de outra célula
ou organismo, os quais podem ser transmitidos para as gerações futuras. (Ibge, 2004)

54
ÍNDICE

Elemento opcional inserido no final do documento, onde se inclui a “relação de palavras


ou frases ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para informações
contidas no texto”. (NBR 6034, 2004)
Embora o índice possa ser elaborado de acordo com vários critérios, o mais utilizado é o
que se apresenta em ordem alfabética, podendo ser organizado por autores, termos, assuntos, etc.
Exemplo de Índice muito abreviado, copiado de Leff, (2003) (Ver Referências para identificação desta obra)
Abstração formal, 27
Ação humana, 103, 107
Ambiente, 31, 36, 38, 51, 116, 129, 132, 142, 151, 155, 166, 169, 308.
Biotecnologias, 83
Conhecimento formal, 94
Direitos humanos, 123, 251, 290
Método científico, 69, 72, 185
Políticas de sustentabilidade. 80, 82
Ser indígena, 53
Teoria ambiental, 243
Utopia ambiental, 131, 132, 146, 279
Valores ambientais, 113

55
APÊNDICES

Texto ou documento elaborado ou utilizado pelo autor objetivando complementar a


informação e a argumentação. Ele é sempre precedido da palavra APÊNDICE, em folha
separada, identificado por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelo respectivo título.
Utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação dos Apêndices quando esgotadas as
letras do alfabeto.
Exemplo: APÊNDICE A – [...]; [...]; APÊNDICE Z; APÊNDICE AA.
Ilustração da folha separada de um Apêndice.

APÊNDICE A – Avaliação do rendimento


escolar dos alunos da Escola Municipal João
José Manuel da Silva no ano de 2010.

56
ANEXOS

Os Anexos são elementos opcionais utilizados para ilustrar e/ou comprovar afirmações
existentes no texto do trabalho principal. Neles podem ser incluídas: descrições de equipamentos,
técnicas, processos, modelos de fichas, formulários, impressos, mapas, leis, estatutos, etc. Sua
apresentação é feita em folha separada onde deve constar a palavra ANEXO (em maiúsculas)
seguida de uma letra do alfabeto, de travessão e dos respectivos títulos. A quantidade de Anexos
não deve ultrapassar as letras do alfabeto, mas quando isso for absolutamente indispensável,
seguir a orientação dada para Apêndices (Ver 6. APÊNDICES).
A paginação é progressiva incluindo o(s) Apêndice(s), que vêm em antes do(s) Anexo(s).
Exemplo: Ilustração da folha separada de um Anexo

ANEXO A – Protocolo de Emenda ao


Tratado de Cooperação Amazônica.

57
APÊNDICE A - FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.

58
FAZENDO O PROJETO DE PESQUISA.

Walmir de Albuquerque Barbosa1

Nada ou muito pouco pode ser feito sem planejamento. Em pesquisa esta máxima é
indispensável, sobretudo se consideramos a pesquisa com finalidade acadêmico-científica.
Esta atividade envolve considerável capacidade de domínio das teorias da área, capacidade
de percepção dos fenômenos, argúcia para investigar os fatos através de técnicas apropriadas,
capacidade de abstração, bom senso e senso de organização para saber lidar com os achados e,
assim, obter os resultados esperados ou, até mesmo, resultados inusitados.
O desenho mental de uma pesquisa, isto é, a imagem ou configuração mental de uma
investigação científica antecede a materialização efetiva que se dá através do Projeto de
Pesquisa. Significa dizer que em nosso cérebro, em decorrência de nossas experiências e do
aprendizado acumulado, somos capazes de idealizar um conjunto de procedimentos que torna
possível vislumbrar um esboço do que desejamos fazer para encontrar o que almejamos. Nem
todos conseguem formulações lógicas precisas, mas todos são capazes de idealizar, pensar
logicamente, ordenar a sequência dos fatos pensados e refletir sobre a sua exequibilidade.
Pesquisar é conhecer em profundidade um assunto, é identificar as relações daquilo que se
torna objeto de investigação com o contexto onde acontece e as implicações do acontecer.
Pesquisar é sujeitar-se ao rigor do método para obter o conhecimento preciso. As técnicas de
pesquisa são instrumentos que auxiliam o caminhar em busca da prova, do resultado, da
descrição objetiva dos fenômenos, dos fatos, dos acontecimentos. Os resultados obtidos são
achados que confirmam, refutam ou ratificam os conhecimentos já obtidos sobre os fenômenos,
sobre os fatos, sobre os acontecimentos.
Por isso reforçam teorias, destroem teorias ou transformam-se em novas teorias. Quando
estes achados repercutem sobre diversos campos do saber tornam-se paradigmáticos.
Depois do desenho mental, da consciência do rigor que reveste a pesquisa científica, é hora
de materializar o planejamento da pesquisa. O pesquisador profissional formula projeto de

1
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Estado de São Paulo; Professor do Programa de Pós-
graduação em Ciência da Comunicação e Sociedade e Cultura na Amazônia (UFAM).

59
pesquisa, o executa e apresenta resultados em forma de Relatório de Pesquisa que receberá o
tratamento determinado pela instituição que o patrocina, ou ainda cairá no circuito da difusão
científica dos resultados, para discussão dos pares, na forma de artigos científicos ou
comunicações em Congressos.
O pesquisador acadêmico tem outra trajetória, visto que o propósito de sua pesquisa se
relaciona com o aprendizado de pesquisador, com a arguição de competência por especialistas no
assunto ou área de estudo, com a publicidade dos achados e com a obtenção de título acadêmico
sob prova cabal de competência.
Portanto, pesquisar com objetivos acadêmico-científicos implica incluir no planejamento
as etapas adicionais no processo de pesquisa, que são:
a) submeter-se a uma área de estudo ou de concentração e a uma linha de pesquisa;
b) submeter-se a uma relação institucional, mediada por um orientador;
c) apresentar e aprovar projeto de pesquisa como requisito de qualificação para ir a campo,
investigar e levantar dados;
d) demonstrar conhecimento teórico sobre a área de estudo;
e) demonstrar conhecimento das regras básicas do discurso da ciência para formular e
expressar com clareza o pensamento;
f) produzir resultados de pesquisa compatíveis com o grau ou título acadêmico desejado
(Monografia, Dissertação ou Tese);
g) submeter-se a exame público perante banca examinadora para defender o trabalho
acadêmico-científico produzido;
h) sujeitar-se a incorporar as modificações exigidas pela banca examinadora, quando assim
permitir a instituição onde defende o trabalho;
i) apresentar, em tempo hábil, a versão final do trabalho, dentro das normas institucionais.
Por isso um Projeto de Pesquisa visando à obtenção do Título de Graduado, Especialista,
Mestre ou Doutor deve cingir-se de alguns cuidados, já em seu nascedouro. Só para antecipar um
pouquinho, as fases e exigências expostas acima, quase todas vão se constituir, ao final do
projeto de pesquisa proposto, no cronograma de execução que se estende da feitura do projeto de
pesquisa até o depósito da versão final, para requerer a concessão do título.
O que deve conter, então, em um Projeto de Pesquisa Acadêmico-científico?

60
a) Tema e delimitação – devem estar, obrigatoriamente, relacionados com a área de
estudos do curso, levando em conta, ainda, a área de concentração e a linha de pesquisa a que se
filiará. Respeitadas estas exigências, o tema nasce de uma inquietação, de uma curiosidade, de
uma relação com os objetos de estudo que compreendem a área de atuação do pesquisador e que
necessita de um olhar mais aprofundado. Duas questões devem ser aplicadas ao tema escolhido:
qual a relevância para a ciência e quais as possibilidades que o investigador terá para abordar
cientificamente o tema escolhido?
Desse modo, ao responder a tais questões, o pesquisador firma o compromisso com a
temática e faz a delimitação necessária, isto é, aponta os limites de sua investigação.
Não se deve confundir tema com título. Estes podem até coincidir, mas não
necessariamente. É possível uma tese ou dissertação até receber um título mais sucinto e o tema
ser mais extenso, contendo a delimitação.
b) Problema de Pesquisa (ou simplesmente Problema) – O problema é um problema,
mas um problema de pesquisa, como todo problema precisa ser resolvido; por ser um problema
de pesquisa deve ser resolvido com pesquisa. Todo problema tem um nível de complexidade que
precisa ser levado em consideração e explicitado. Apesar de alguns autores recomendarem o seu
enunciado na forma de questão ou questões, em Ciências Humanas isto não parece razoável ou
suficiente. A recomendação mais plausível é a de que se deva seguir aos ditames lógicos do
discurso acadêmico: enunciação do problema, sua contextualização e formulação das questões
a investigar (também chamadas questões norteadoras ou simplesmente questionamentos). Se
você já limitou o tema, o problema circunscrito ao que já foi delimitado deve, também,
apresentar: viabilidade de resolução através da pesquisa; ter relevância, isto é, contribuir, se
solucionado, para conhecimentos novos; conter elementos de curiosidade ou novidade, pois
você não deve se propor a inventar a roda; ter um recorte através da delimitação que permita a
exequibilidade, isto é, que o pesquisador tenha condições de ir até o fim da pesquisa, pois de
nada adianta levantar um “problemão” e depois não ter condições de ir até o fim da pesquisa;
conter elementos de interesse, sejam eles de caráter geral ou específico.
Pense em pelo menos um parágrafo para cada item, a fim de que possa comportar a
descrição completa do problema e evite aquelas enunciações que nada revelam quando contidas
em duas linhas escritas.

61
A enunciação é objetiva e direta. A contextualização deve ser um breve apanhado que
situe o problema dentro da área de investigação para evidenciar que, apesar dos trabalhos
anteriores ou dos esforços de outros pesquisadores, o problema que você levantou ainda não teve
a solução que considera a mais adequada. Pode até citar alguns trabalhos, mas evite ser extenso,
pois terá oportunidade de voltar ao assunto quando da Revisão de Literatura, que explicaremos
mais adiante. Lembre sempre que o projeto de pesquisa comporta certa dose de tautologia, pois
sempre estamos voltando, em cada item do projeto, a situações anteriores para explicar ou
explicitar as particularidades. As questões a investigar cercam o problema de forma exaustiva,
mas lembre-se que cada questão levantada torna-se um compromisso de busca de resposta
adequada para ela.
c) Definição de termos – refere-se à tentativa de definir os termos, isto é, palavras que
estão imediatamente ligadas ao tema e ao problema levantados. Por que devemos definir os
nossos termos logo no início do projeto? Assim fazendo, os examinadores, os interessados ou
leigos saberão, imediatamente, o significado dos termos empregados, pois os termos podem ter
sentido corriqueiro, usual, mas podem também, conter outro significado a que chamamos, em
pesquisa, de conceito operacional, isto é, eles operam de forma específica quando empregados
em nosso trabalho; eles se tornam um conceito por agregar significados que ajudam a explicar a
problemática proposta. Em cada área de conhecimento as palavras, quando erigidas à condição
de conceitos operacionais, tomam significados diferentes. Não exagere, defina o estritamente
necessário.
d) Justificativa – nem todos os metodólogos incluem esse item como obrigatório no
projeto, uma vez que desde a formulação do problema já se vem evidenciando a importância da
investigação. No entanto, não é demais reforçar os aspectos de relevância do trabalho do
cientista. Deve-se aproveitar este espaço para que o pesquisador afirme categoricamente que está
preparado para levar adiante o seu trabalho e que tem, portanto, afinidades com o tema de
investigação proposto; deve, em poucas linhas, chamar a atenção para a relevância teórica de sua
investigação, pois a cada pesquisa estamos sempre mostrando, antes de começá-la, o estado da
arte em nossa área de estudo; deve, ainda, ressaltar a relevância prática dos resultados advindos
do trabalho em questão.
e) Hipótese – é uma proposição provisória que deve antecipar os resultados a serem
perseguidos com a investigação; tem a finalidade de guiar a busca objetiva, ordenada e

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logicamente construída dos dados, necessários à comprovação do que se anuncia
antecipadamente. A hipótese só é obrigatória quando a pesquisa se respaldar em métodos de
investigação que se apoiem em técnicas estatísticas. Neste caso, o investigador, se não dominar
bem esta metodologia, deve acercar-se dos conselhos de um estatístico para construir
corretamente a sua hipótese, pois, se envolver mensurações, necessariamente, as variáveis nela já
deverão estar contidas. Em trabalhos que não tomarão os métodos e técnicas ligadas à estatística,
a hipótese é dispensável. É comum, até para evitar que julgadores que não tenham esta
compreensão cobrem a ausência deste item no projeto, que se formule o que se convencionou
chamar de Hipótese de Trabalho: uma proposição que antecipa o resultado de solução do
problema, na forma esperada pelo pesquisador, sem, contudo, comprometer-se com a
quantificação e mensuração de dados de realidade.
f) Objetivos (geral; e específicos) – existe, apenas, um Objetivo Geral. Os Objetivos
Específicos serão tantos quantos o pesquisador achar necessários. Como desdobramento do
Objetivo Geral, recomenda-se que os Objetivos Específicos sejam dispostos na ordem lógica do
processo de investigação e cronologicamente ordenados. O que significa isto? Não se analisa os
dados antes de levantá-los, não se levantam dados antes de ter uma compreensão das teorias que
subsidiarão a análise dos dados levantados. Sugere-se, ainda, que cada objetivo específico esteja
ligado a um dos capítulos ou seções contidos no plano da dissertação ou estudo. O Objetivo
Geral é a alma do trabalho e deve estar coerentemente de acordo com o tema, o problema, a
hipótese (se houver) e influenciará até na escolha do método de abordagem, do método de
procedimento e das técnicas de coleta de dados. Se eu estou propondo fazer um estudo
comparativo entre teorias, já estou predizendo que usarei a pesquisa bibliográfica, o método de
abordagem dedutivo e o método de procedimento comparativo. Os objetivos são formulados
iniciando com verbos no infinitivo. Dentre os mais usados temos: estudar, analisar,
compreender, questionar, comparar, introduzir, elucidar, explicar, contrastar, discutir,
apresentar etc. Assim como os questionamentos e a hipótese, os objetivos também implicam em
compromissos do pesquisador firmados no projeto, portanto só formule os objetivos que você
almeja e tem condições de alcançar com a realização do trabalho de pesquisa.
g) Fundamentação Teórica – também chamada de Base Teórica, Referencial Teórico ou
Marco Teórico ou, ainda Revisão de Literatura. A falta de unanimidade entre os Manuais tem
gerado grande confusão, até porque usar os termos como equivalentes pode levar a equívocos

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graves. Nas Ciências Exatas e nas Ciências Biológicas era muito comum o uso do termo Revisão
de Literatura. E isto bastava. Ultimamente, mesmo nestas áreas, nos trabalhos acadêmicos, se
vem exigindo um maior esforço para trabalhar um pouco mais a questão teórica. A Revisão de
Literatura consiste em enumerar, com um brevíssimo resumo, os trabalhos na mesma área do
estudo proposto ou que tenham tratado da mesma problemática chegando a outros resultados.
Não resta dúvida que isto é importante, mas não é tudo, demonstra, apenas, que o pesquisador
está ciente do que vem sendo pesquisado sobre a questão que problematizou. Quando falamos de
Referencial Teórico estamos ampliando um pouco mais o papel da teoria nos trabalhos
acadêmicos. Queremos, com isto, exigir dos pesquisadores, na Academia, que tenham um
domínio mais amplo da diversidade teórica, dos paradigmas e dos embates entre as diversas
correntes do pensamento científico, cada uma, por sua vez, vendo o mundo e os fatos sociais,
objeto da investigação em Ciências Humanas e Sociais, incluído aí o próprio problema em
estudo, por prisma diferenciado. Tem que demonstrar, ao construir o Referencial Teórico que
conhece os Clássicos, os Comentaristas, os Inovadores e aqueles que estão produzindo, no
calor da hora, os novos conhecimentos, testando ou refutando as teorias. O Marco Teórico é
mais específico, ele emerge dessa discussão entre os pensadores que têm a contribuir para ajudar
a compreender, interpretar e descrever a realidade que aparece do contato do pesquisador com
objeto de estudo e expressado em sua problematização. O Marco Teórico é a teoria ou o
conjunto de teorias, com coerência e consistência, dentre as várias expostas ou citadas pelo
pesquisador, que o acompanhará ao longo do trabalho, marcando a filiação teórica do autor e
creditando os resultados alcançados como reforço ao Marco Teórico adotado. É claro que
quando falamos de Fundamentação Teórica estamos falando de um item que, no Projeto de
Pesquisa, aparece ainda embrionário (de forma condensada), mas já aponta elementos retratados,
como Revisão de Literatura, Referencial Teórico e Marco Teórico, todos em um item só,
resumidamente e que serão ampliados quando da Redação da Monografia, da Dissertação ou da
Tese.
h) Metodologia – deve tratar do método de abordagem do assunto a ser estudado, isto é,
o tema será abordado usando-se o método indutivo, o método dedutivo, método hipotético-
dedutivo ou, ainda, o método dialético. Deve tratar do método de procedimento, aquele que
comporta a visão teórica juntamente com as técnicas de procedimento para colher, interpretar e
analisar os dados (positivista, neo-positivista, fenomenológico-hermenêutico, antropológico e

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crítico-dialético). Deve, ainda, indicar o tipo de estudo a ser feito. O grande problema para os
pesquisadores iniciantes, sobretudo nas Ciências Humanas, decore de idiossincrasias, “pré-
conceitos”, influências ideológicas interferindo sobre o processo de pesquisa, existência de
alguns manuais explicitamente tendenciosos, apressados em fazer julgamento de valor sobre
métodos ou maneiras de ver os fatos sociais. Em Humanidades, tanto a indução quanto a
dedução são processos indispensáveis para ver e interpretar os fatos e andam juntos no processo
de descoberta, pois estamos sempre inferindo ou deduzindo sobre algo ou de algo. Ser dialético
ou não depende do objeto de estudo, do problema levantado e da maneira como o pesquisador
percebe a dinâmica social ou os processos que, reiteradamente, atuam sobre as ações humanas e
sociais. Não é necessário fazer profissão de fé sobre a escolha da abordagem, até porque, cabe à
ciência afastar os dogmas. O tema, o problema e os objetivos da pesquisa é que influenciam a
escolha do método de abordagem e de procedimento e as técnicas que vamos utilizar. Os
Estudos Monográficos, isto é, aqueles que permitem o estudo em profundidade de um tema
como saúde, família, classe social, meio ambiente, uma categoria de trabalhadores, educação,
direito, relações de parentesco etc., podem muito bem se valer do uso de técnicas as mais
variadas possíveis para a obtenção de dados, tanto quantitativos quanto qualitativos. Da mesma
forma os Estudos de Caso, tipos de estudo que, embora se atenham a uma temática específica,
se circunscrevem a uma situação, a um caso específico, localizado e delimitado. Tanto é que os
resultados obtidos com o estudo de um caso não podem ser usados para confirmar outros, mesmo
que se encontrem na mesma categoria ou situação, pois os sujeitos, o momento, a situação e o
contexto de inter-relações jamais poderão ser os mesmos. As Técnicas de Pesquisa mais usuais
em Ciências Humanas e Sociais são: documentação indireta, pesquisa bibliográfica,
documentação direta (pesquisa de campo e raramente a de laboratório), observação direta
intensiva (observação e entrevista), observação direta extensiva (questionário, formulário,
medida de opinião e atitudes), análise de conteúdo (hermenêutica e semiologia) história de vida,
análise comparativa, dentre outras. Para o Projeto de Pesquisa é necessário descrever a técnica
a ser usada; justificar o seu uso em função do problema a resolver e mostrar como pretende
selecionar, organizar, expor, analisar e interpretar os dados colhidos. Se for trabalhar com dados
quantitativos obtidos por emprego de técnicas estatísticas, explicar muito bem quais são e como
serão tratadas as variáveis do estudo, como será o tipo da amostra, qual a margem de erro e o
tipo de exposição dos dados (se em tabelas, gráficos ou em ambos).

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i) Plano do Estudo – tratando-se de Projeto de Pesquisa, que posteriormente apresentará
os resultados na forma de uma Monografia, Dissertação ou Tese, é conveniente que o
pesquisador apresente, já no Projeto de Pesquisa, de forma resumida, o que imagina que conterá
cada uma das seções do trabalho. Chamamos a atenção para o fato da norma que trata da
apresentação de trabalhos acadêmicos se referir a seções enquanto manualistas tratam as mesmas
com a denominação de capítulos. O mais correto parece ser o uso de seção, já que a Introdução,
as Referências e outras são seções obrigatórias dos trabalhos acadêmicos e devem constar dos
sumários como partes distintas. O termo capítulos vem sendo mais usado quando se trata de
livros, coletâneas de textos e literatura de ficção.
j) Cronograma – de suma importância para a apreciação do projeto. Nele fica espelhada a
capacidade de organização, de disposição para o trabalho de investigação, racionalidade de
tempo e firma um compromisso com o cumprimento das etapas estipuladas. Em projetos
destinados à conclusão de um curso, seja ele qual for, devem ser contempladas todas as etapas,
que se estendem desde a entrega do Projeto de Pesquisa, a sua aprovação pela Comissão
Avaliadora até a Defesa e depósito da versão final para requerer o título. No caso do Curso de
Mestrado e Doutorado, não podem deixar de ser contemplados os seguintes itens no
cronograma: entrega da versão final do projeto; aprovação do projeto; submissão do projeto
ao Comitê de Ética (se assim for exigido); levantamento de fontes de pesquisa; leitura do
material bibliográfico e de outros documentos; produção de instrumentos de coleta de dados,
teste e aplicação; tratamento dos dados; análise dos dados coletados e revisão dos
procedimentos para ajustes finais; produção da dissertação ou tese e entrega da versão
preliminar; produção dos originais e revisão; depósito com pedido de defesa; defesa da
dissertação ou tese; análise e eventual incorporação de recomendações da banca examinadora;
produção e revisão da versão final da dissertação ou tese; depósito com pedido de expedição do
título de Mestre ou Doutor.
Para a elaboração de Monografias, observar as etapas exigidas pelo Curso específico.
l) Referências – nesta parte do Projeto de Pesquisa devem ser relacionados, em ordem
alfabética, somente os autores e as respectivas obras citadas no corpo do texto. A revisão da
norma NBR 6023, da ABNT, desde setembro de 2002, consagra apenas o verbete
REFERÊNCIAS, diferente, portanto, das anteriores que mencionavam Referências
Bibliográficas. Isto porque a atualização contemplou citação de outros suportes de informação

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que não são livros (bíblio) como CD´s, DVD´s, documentos eletrônicos em geral etc. Siga
rigorosamente as normas adotadas pela sua Unidade de Ensino no que diz respeito a certos itens
do trabalho acadêmico, mas tais recomendações não podem sobrepor-se às normas vigentes. A
ABNT é, no Brasil, a agência normatizadora oficial e acompanha ou traduz as normas
internacionais recomendadas pela ISO (International Organization for Standardization).
m) Obras a consultar – neste item devem ser arroladas todas as obras, em livros
documentos e outros, que serão consultadas para a elaboração da Monografia, Dissertação ou
Tese.
Um bom Projeto de Pesquisa é meio caminho andado para a produção da Monografia,
Dissertação de Mestrado ou Tese Doutoral. Ele representa o nível de amadurecimento acadêmico
do candidato ao título. Seja rigoroso na análise da coerência interna dos itens de seu Projeto de
Pesquisa. Não economize palavras e nem seja prolixo. Seja objetivo, mas não esqueça a sua
alma, pois o trabalho será sempre seu, sua cara, sua identidade intelectual.
O Orientador é peça importante para apoiá-lo nesta caminhada, mas não se torne um
dependente exagerado, busque a sua autonomia e ouse avançar nas etapas da execução da
pesquisa e da elaboração do trabalho depois do projeto aprovado. O Orientador deve analisar,
fazer observações, recomendações e até sugerir mudanças substanciais no seu projeto e deverá
ser comunicado sobre os impasses e alterações necessárias no curso da execução das etapas do
Projeto. Lembre-se que o Orientador caminhará junto com você e será o corresponsável pela sua
Monografia, Dissertação ou Tese perante a Banca Examinadora.
Por tudo isto, o seu relacionamento com o mesmo deverá ser cordial, respeitoso, e deverá
render proveito para ambos.
Siga os modelos institucionais para a elaboração dos Elementos Pré-Textuais
recomendados pela instituição à qual será entregue o trabalho para apreciação que, por sua vez
não devem contrariar as normas para produção de trabalhos científicos.
Não cabem “agradecimentos”, “epígrafe” e “resumo” no Projeto de Pesquisa. Estes são
elementos que só irão aparecer na Monografia, Dissertação ou Tese. Evite outras normas, mesmo
que algum manual fale em “uso facultativo” das normas da ABNT. Estamos no Brasil, numa
Universidade Brasileira e somos signatários de tratados que firmaram posição sobre a
oficialidade do uso destas normas. O uso de outras normas só deve ser levado em consideração
quando se vai apresentar ou publicar trabalho em instituição estrangeira ou, ainda, em casos

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especialíssimos de algumas áreas de pesquisa que seguem normas diversas das consagradas pela
ISO. Não deve ser esquecida uma rigorosa revisão ortográfica do Projeto, antes da versão final.
Se possível, busque o auxílio de pessoas capacitadas para tal.

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