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Análise de drogas

vegetais

Prof. Weuller Moraes


Principais problemas
detectados no C.Q
 Falta de descrição em compêndios oficiais
 Parte da planta não correspondente
 Quantidade de impurezas superior ao
permitido
 Teor de p.a. inferior
 Contaminação microbiana
 Teor de metais pesados superior
Contaminação
Ocorrência de cunho acidental durante
o cultivo ou beneficiamento da droga.
Ex: insetos, roedores, mofo, água
contaminada.
Fraude ou adulteração
Ocorrência de caráter intencional,
sujeita às penalidades da lei.
Ex: - adulteração: adição de amido
indevidamente
- falsificação: substituição por
outra droga, ex: Peumus boldus por
Coleus barbatus.
Sofisticação

 adição de pós esgotados ou material


de qualidade ruim à droga de origem
natural ou sintética
Sofisticação

 adição de pós esgotados ou material


de qualidade ruim à droga de origem
natural ou sintética
Parâmetros de
qualidade

 Monografias oficiais: OMS,


Farmacopéia Brasileira, Européia,
Japonesa, Britânica, Protuguesa, USP
 Artigos científicos de
pesquisadores/instituições confiáveis.
Métodos
farmacognósticos
 Preparo do material vegetal para
estudos histológicos

 Controle de qualidade de drogas


vegetais
Preparo do material para
estudos histológicos
 Análise macroscópica - olho nú, com
verificação das características
organolépticas
 Análise microscópica – cortes,
coloração apropriada, montagem de
lâminas, observação dos caracteres
de identidade.
 (1)
Controle de qualidade
 Amostragem
 Identificação – ( 1)

 Verificação da Pureza e integridade- 2

 Avaliação dos p.a


Controle de qualidade
 Determinação da água
 Cinzas totais e insolúveis em ácido

 Óleos essenciais

 Óleos fixos

 Índice de espuma

 Substâncias extraíveis por etanol

 Índice de amargor
Controle de qualidade
 Determinação da atividade hemolítica
 Índice afrosimétrico

 Índice de intumescência

 Perfil químico

 Teor de princípios ativos

 Pesquisa de contaminantes
microbiológicos
Amostra

 Homogeneidade;
 A amostra final não poderá ser inferior
a 125g
 Para cada embalagem (sacos/ tonéis
e caixas)

Porção superior

Porção intermediária

Porção inferior
 Amostragem considerando o grau de
divisão e a quantidade do material (F.
Brás. IV ed.)
Grau de divisão da Quantidade Tipos de Quantidade
droga disponível amostragem da amostra

< 1cm Até 100kg - de cima para baixo


- de baixo para cima 250g
- lateralmente

- de cima para baixo


Mais 100kg - de baixo para cima 250g
- lateralmente
- quarteamento

> 1cm Até 100kg - de cima para baixo


- de baixo para cima 500g
- lateralmente

Mais 100kg -de cima para baixo


- de baixo para cima 500g
- lateralmente
- quarteamento
 Número de embalagens a serem
amostradas (F. Brás. IV ed.)

Número total Número de embalagens a serem


de embalagens amostradas

1 a 10 1a3
10 a 25 3a5
25 a 50 4a6
50 a 75 6a8
75 a 100 8 a 10
mais de 100 5% do total (mínimo 10)
Identificação – botânica
Caracteres organolépticos
 Macroscópica: olho nu
 São processos simples,
rápidos e devem preceder a
ou lupa
análise.  Microscópica: tipos de
 Tato: superfície, consistência; tricomas (glandulares,
 Visão: tamanho, forma, tectores), tipos de
coloração;  estômatos, estruturas dos
 Olfato: inodora, odor vasos etc.
característico;
 Sabor/Sensações: doce,  Cromatográfica: CCD,
azedo, salgado, amargo, CLAE, CG.
adstringente, oleoso,
mucilaginoso, acre, pungente.
Verificação da pureza
 Pesquisa de material estranho (orgânico): órgãos da mesma
planta, órgão de espécie diferente, caruncho, insetos,
roedores, mofo, açúcar, amido, serragem.

 Partes do organismo ou organismos dos quais a droga deriva,


excetuados aqueles incluídos na definição e descrição da
droga, acima do limite especificado na monografia.
 Quaisquer organismos, porções ou produtos de organismos
além daqueles especificados na definição e descrição da
droga em sua respectiva monografia.
 Impurezas de natureza mineral não inerentes à droga, tais
como: pedras, areia ou terra.
 Pesquisa de cinzas: (material inorgânico):
Cinzas Totais (derivados do tecido vegetal,
areia, terra) e Cinzas Insolúveis em Ácido
(Areia, terra).
Umidade: (Permitido: 8 a 14%): F. Bras. IV ed. : Método
gravimétrico, destilação azeotrópica, método volumétrico
(Karl Ficher)
 Método gravimétrico:

 Pesagem (2 a 5g) Estufa (100 a 1050C)


Dessecador
Obs.: aquecimento-esfriamento interrompido quando ≠ de
pesagem > 5mg.

 Destilação Azeotrópica: destilação do material com tolueno ou


xileno.
 Método volumétrico (Método de Karl-Fischer): baseia-se na
reação quantitativa da água com uma solução anidra de
dióxido de enxofre e iodo em presença de substâncias que
reajam com os íons hidrogênio. O ponto final pode ser obtido
pela mudança de coloração ou potenciometricamente.
Balança com infravermelho – IV.
 Esquema da Destilação Azeotrópica:
– Pesquisa de metais pesados e agrotóxicos
(OMS,2004)

– Determinação de micro-organismos (WHO, 1998).

 a) Material não tratado, coletado em condições


higiênicas e que será processado (aquecimento,
extração com álcool, descontaminação química ou
física): Escherichia coli: máx 104/g; Fungos máx. 105/g.

 b) Plantas que serão submetidas a tratamento que pode


conduzir a uma redução do número de micro-
organismos, antes do uso: aeróbios: máx. 107/g; Fungos
e leveduras: máx 104/g; Escherichia coli: máx. 102/g;
outras enterobactérias: máx. 104/g; Salmonellae:
ausente.
Determinação de micro-organismos (WHO, 1998).

c) Outras plantas para uso interno: aeróbicos: máx. 105/g;


fungos e leveduras: máx. 103/g; Escherichia coli: máx.
10/g: Salmonellae: ausente
Verificação dos princípios
ativos
 Qualitativa (reações químicas de
caracterização: testes gerais de
grupos – alcalóides, taninos,
flavonóides, cumarinas,
antraquinonas, saponinas, esteroídes).
 Quantitativa (gravimetria, volumetria,
espectrofotometria).

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