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CURITIBA
2015
GERSON MÁXIMO TIEPOLO
CURITIBA
2015
Dados da Catalogação na Publicação
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBI/PUCPR
Biblioteca Central
Agradeço a Deus por iluminar o meu caminho e não me deixar fraquejar mesmo nos
momentos difíceis.
Ao professor Dr. Osiris Canciglieri Jr. pela sua orientação, paciência, ensinamentos,
experiências, amizade, e principalmente por acreditar no meu trabalho de pesquisa.
Ao professor Dr. Jair Urbanetz Jr. pela amizade, parceria, e pelos valiosos
ensinamentos e discussões sobre energia solar fotovoltaica, objetivo da minha
pesquisa.
Agradeço ao INPE, através do professor Dr. Ênio Bueno Pereira e da Silvia Pereira,
pela colaboração com o fornecimento de dados de irradiação e no auxílio na
elaboração dos mapas fotovoltaicos do estado do Paraná com os requisitos
especificados, e nas inúmeras discussões e ensinamentos a mim ofertados.
Aos professores Dr. Teófilo Miguel de Souza e Dr. Eduardo Rocha Loures pelas
orientações e troca de experiências realizadas durante a minha pesquisa.
Ao professor Dr. Trajano Viana pelas contribuições e pela aproximação com o INPE,
e ao professor Dr. Ricardo Rüther e toda a sua equipe da UFSC que me acolheram
por diversas vezes através de cursos, seminários e visitas técnicas os quais foram
de enorme importância na consolidação dos meus estudos.
Leonardo da Vinci
RESUMO
O tema desenvolvimento sustentável tem tido cada vez mais repercussão nas
esferas da sociedade brasileira e tem contribuído para maior consciência da
necessidade de preservar os recursos naturais, assim como para as questões de
como continuar a promover o desenvolvimento sócio-econômico das regiões. Uma
das questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável é a geração de
energia elétrica com a maior utilização de fontes renováveis e, consequentemente,
menor agressão ao meio ambiente. Neste cenário, historicamente, o Estado do
Paraná tem sido um dos maiores produtores de energia elétrica do país, quase
totalmente originada de hidroelétricas devido à grande bacia hidrográfica existente
no estado. Entretanto, o aproveitamento desta fonte está em declínio devido aos
impactos ambientais, e também devido à pressão da sociedade com relação aos
impactos sociais e econômicos ocasionados pelo represamento de rios e inundação
de cidades e áreas para formar grandes reservatórios, o que tem dificultado a sua
expansão na matriz elétrica. Para superar estas limitações, outras fontes têm sido
estudadas e empregadas como biomassa, eólica e solar. A geração solar
fotovoltaica, no entanto, foi nos últimos anos contemplada nas políticas
governamentais brasileiras para atender a locais remotos, com o emprego de
sistemas fotovoltaicos isolados (SFVI). Com a publicação da Resolução 482/2012 da
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que estabelece a regulamentação de
microgeração e minigeração de energia elétrica, se tornou possível utilizar os
sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica (SFVCR). Esses sistemas são
utilizados em ambiente urbano, principalmente na Europa, como forma de geração
distribuída, instalados sobre as coberturas de edificações ou integrados às mesmas.
Diante dessa nova perspectiva de instalar sistemas fotovoltaicos conectados à rede,
o objetivo desta pesquisa foi o de elaborar um estudo específico, detalhado e
atualizado sobre o potencial de geração de energia elétrica através de SFVCR no
estado, cujo um dos resultados obtidos foi a elaboração do Atlas Fotovoltaico do
Estado do Paraná com os mesmos critérios utilizados pela Comissão Europeia, o
qual é composto por um conjunto de mapas com valores de Irradiação e de
Produtividade Estimada Total Anual, Média Diária Sazonal e Média Diária Mensal.
Através da determinação dos valores de irradiação e de produtividade no estado, foi
possível constatar o enorme potencial existente no Paraná em comparação a outros
estados e regiões do Brasil, e com a Europa, para a geração de energia elétrica
através desta fonte de energia. Os resultados desta pesquisa poderão contribuir
para a elaboração de políticas públicas com incentivos a projetos e pesquisas na
área de solar fotovoltaica, visando à disseminação do uso dessa fonte de energia
renovável no Estado do Paraná.
Tabela 1. Produção de Energia Elétrica Global e Brasil por tipo de fonte. ................ 25
Tabela 2. América Latina no contexto Global (Comparação com outro país
/ região). ..................................................................................................... 40
Tabela 3. As fontes de energia e sua classificação................................................... 44
Tabela 4. Eventos históricos relevantes sobre Energia Solar Fotovoltaica -
Global e Brasil. ........................................................................................... 71
Tabela 5. Classificação de Sistemas Fotovoltaicos conforme NBR 11704. .............. 78
Tabela 6. Tabela contendo as coordenadas de latitude e longitude das 48
localidades selecionadas do estado do Paraná para este estudo. ........... 108
Tabela 7. Valores de Irradiação no plano inclinado (HTOT) e de
Produtividade Gerada Estimada Total Anual no estado do
Paraná. ..................................................................................................... 127
Tabela 8. Valores de Irradiação no plano inclinado (HTOT) e de
Produtividade Gerada Estimada Diária Média Mensal e Sazonal
no estado do Paraná. ............................................................................... 127
Tabela 9. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada
Estimada Total Anual no plano inclinado encontrados nos
estados e no Brasil para uma TD 75%. .................................................... 142
Tabela 10. Média Total Anual de Irradiação e de Produtividade Estimada
apresentada nos três cenários para o estado do Paraná, e a
diferença percentual aproximada em relação as três maiores
médias no Brasil: Distrito Federal, Goiás e Piauí. .................................... 144
Tabela 11. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada
Estimada Total Anual no plano inclinado encontrada nas regiões
do Brasil e do Paraná para TD 75%. ........................................................ 148
Tabela 12. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada
Estimada Total Anual no plano inclinado encontrada nos países
da Europa e no estado do Paraná, para TD 75%. .................................... 150
Tabela 13. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada
Estimada Total Anual no plano inclinado encontrados nos 399
municípios do estado do Paraná, para TD 75% ....................................... 204
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 23
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO .................................................................................. 23
1.2 MOTIVAÇÃO .................................................................................................. 27
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................... 28
1.4 OBJETIVOS.................................................................................................... 28
1.5 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 29
1.6 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................... 31
1.7 ESTRUTURA DO DOCUMENTO ................................................................... 33
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
em outros setores. Talvez a principal barreira tenha sido inicialmente o alto custo de
implantação desta tecnologia, mesmo tendo ocorrido uma redução significativa em
torno de 40% entre 1996 e 2006 (BENEDITO e ZILLES, 2010), e de 60% entre 2009
e 2011 (KOOT, 2011), sendo que do custo total de implantação de um SFVCR,
aproximadamente 60% corresponde à aquisição de módulos fotovoltaicos, e os 40%
restantes referem-se à preparação e instalação da estrutura, inversores,
transformadores e outros componentes necessários (HEARPS e MCCONNELL,
2011).
Com a publicação da Chamada nº 13/2011 - Projeto Estratégico: “Arranjos
técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz
energética brasileira” da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, cujos
projetos aprovados totalizavam 24,58 MWp de potência instalada, sendo alguns
relacionados ao programa Estádios Solares para a Copa de 2014 (ANEEL, 2011),
começou-se efetivamente a ocorrer uma movimentação por parte do governo federal
quanto ao apoio à pesquisa desta importante fonte energética. Em seguida foi
editada a Resolução Normativa 482/2012 também da ANEEL, que regulamenta e
permite aos consumidores de eletricidade gerar parte ou toda a energia elétrica que
consomem, como no caso dos SFVCR, através do sistema de compensação de
energia também chamado de net metering. Essa regulamentação estipula duas
classes de geração: a microgeração com sistemas de potência até 100 kW, e
minigeração com sistemas de potência superior a 100 kW até 1 MW (ANEEL, 2012).
Com isto algumas iniciativas começaram a ser implementadas em 2011 e
2012 fazendo com que o total acumulado em SFVCR implantados no Brasil até 2013
fosse de 8 MWp (MME, 2013a), e em 2014 de 15,179 MWp (Potência Fiscalizada),
sendo a maior usina instalada no Brasil a de Nova Aurora em Tubarão-SC com
aproximadamente 3,07 MWp (ANEEL, 2015), valores estes muito superiores aos
161,3 kWp implantados até 2009 (BENEDITO e ZILLES, 2010), mas muito aquém
da potência instalada em outros países, principalmente os europeus cujos valores
são da ordem de dezenas de GWp.
Em termos de Brasil, o estado do Paraná é um dos maiores produtores de
energia elétrica através das hidroelétricas, devido à grande bacia hidrográfica
existente no estado. Mas apesar deste grande potencial hídrico, a sua expansão na
matriz elétrica encontra-se em declínio devido à dificuldade de explorar o potencial
27
1.2 MOTIVAÇÃO
1.4 OBJETIVOS
1.5 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo é feita uma revisão bibliográfica sobre os tópicos que envolvem
esta pesquisa, com o objetivo de explorar os seguintes temas:
a. Desenvolvimento Sustentável;
b. Energia, as fontes Primárias e Secundárias, Renováveis e Não
Renováveis;
c. Aspectos sobre a Geração de Energia Elétrica, a Matriz Elétrica Global, a
Matriz Elétrica Brasileira e a Participação das Fontes Energéticas, Perdas
no Sistema Elétrico, Resoluções de incentivo à Geração Distribuída, a
Geração de Energia Elétrica no Paraná, o comportamento típico da Curva
de Carga do Sistema Elétrico e o comportamento da Curva de Carga no
Paraná;
d. A Fonte Solar Fotovoltaica, Terminologia, Tecnologias mais utilizadas e
Eficiência, Sistemas Fotovoltaicos Isolados e Conectados à Rede Elétrica
de Energia;
e. O Potencial de Irradiação Solar no Brasil e os levantamentos realizados até
o momento.
Mas foi em 1983 que este cenário começou a tomar as formas atualmente
conhecidas, quando a médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e
ex-Primeira Ministra da Noruega, foi convidada pelo Secretário Geral da ONU para
estabelecer e presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento. O trabalho desenvolvido por esta comissão resultou na publicação
de um relatório inovador em abril de 1987 chamado de “Nosso Futuro Comum” (do
original em inglês “Our Common Future”), que também ficou conhecido como
“Relatório Brundtland “, onde além das questões financeiras e de meio ambiente, é
incorporado também o elemento humano, com intuito de gerar o equilíbrio entre as
dimensões ambiental, econômica e social. É então definido o desenvolvimento
sustentável como sendo o “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do
presente, sem comprometer a capacidade das gerações vindouras satisfazerem as
suas próprias necessidades” (UN, 2014).
Segundo Silva e Lima (2010), Desenvolvimento Sustentável pode ser visto
como um processo de transformação que ocorre de forma harmoniosa nas mais
variadas dimensões, a saber a espacial, social, ambiental, cultural e econômica,
onde parte-se do individual para o global. A Figura 3 mostra o relacionamento entre
as dimensões citadas.
38
2.2 ENERGIA
Figura 4. Evolução Comparativa da População 1800 - 2050 (escala linear), em milhões de habitantes.
Fonte: Glenn et al. (2011).
Tabela 2. América Latina no contexto Global (Comparação com outro país / região).
Fonte: Adaptado de Glenn et al. (2011).
Produto Interno
Densidade Produto Interno
Área População (milhões Bruto per Capita
País / Populacional Bruto (bilhões de
(milhões de habitantes) (milhares de dólares
Região (Habitantes / Km²) dólares 2010)
de Km²) 2010)
2010 2050 2010 2050 2010 2030 2010 2030
África 30.222 37 66 988 1.998 2.348 11.686 2,376 5,849
China 9.641 139 147 1.337 1.417 10.051 80.097 7,518 56,526
Índia 3.287 359 491 1.181 1.614 3.887 26.418 3,291 16,368
Japão 0.378 336 270 127 102 4.296 6.878 33,828 67,434
Rússia 17.075 8 7 141 116 2.229 6.087 15,807 52,478
USA 9.827 32 41 312 404 14.707 36.373 47,132 90,034
EU27 4.325 116 109 501 473 15.213 28.016 30,367 59,230
LAC
(América
21.070 27 35 576 729 6.444 19.650 11,188 26,955
Latina e
Caribe)
Global 148.940 46 67 6.909 9.150 74.004 240.246 10,711 26,256
Figura 5. Representação dos fluxos de Energia Primária, Secundária, Uso Final e Útil.
Fonte: ECEN (2000).
Uma parcela muito grande de energia vem do Sol para a Terra, mas pouco é
aproveitado. Parte da radiação solar fornece calor ao planeta, outra parte é
responsável pela formação dos ventos, outra, os potenciais hidráulicos dos rios (pela
evaporação e condensação da água), outra, as correntes marinhas, e uma parte
43
Conforme mostrado na Figura 6, a maior parte dos 77,9% ainda é gerada pela
queima de combustível fóssil como petróleo, carvão e gás através das
termoelétricas. Segundo ANEEL (2008) esta queima contribui para a poluição do ar
e para o aquecimento global em função do aumento da concentração dos gases
causadores do efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2), liberado em larga
escala nos processos de combustão dos recursos fósseis para produção de calor,
vapor ou energia elétrica.
Os valores apresentados em 2013 quando comparados com os de 2008,
mostram uma redução de 4,1 pontos percentuais de fontes não renováveis, um
aumento de 1,4 pontos percentuais através de fonte de hidroeletricidade, e também
aumento de 2,7 pontos percentuais de fonte não hidro, mostrando uma tendência de
menor participação das não renováveis na matriz elétrica global (REN21, 2010;
2014).
pelos combustíveis fósseis e nucleares, e com uma parcela menor das renováveis
não hidráulicas.
O parque gerador no Brasil foi planejado e construído grande parte durante o
regime militar, onde algumas questões como impacto ambiental e social, foram
consideradas secundárias visto a urgência de prover o país com energia elétrica,
energia que é necessária para assegurar o seu desenvolvimento, principalmente
durante a década de 70, década marcada com a crise do petróleo que assolou o
mundo (SÓRIA, 2010).
O choque do petróleo em 1973 marcou a economia mundial, quando por
motivos políticos, com a decisão da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) de aumentar o preço do petróleo e diminuir a produção, fizeram o
preço do barril de petróleo aumentar 400%, passando de US$2,90 para US$11,65
em apenas 3 meses, endividando muitos países dependentes desta fonte em função
dos acordos comerciais realizados em dólar, entre eles o Brasil. Em 1979 houve um
segundo choque quando então o barril do petróleo chegou a custar US$40,00 (IPEA,
2010).
Atualmente o sistema elétrico brasileiro é praticamente todo conectado
através do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo ONS (2014), o tamanho e
características permitem considerar o SIN único em âmbito mundial, onde o sistema
de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é basicamente um sistema
hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com
múltiplos proprietários, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-
Oeste, Nordeste e parte da região Norte. De toda energia elétrica requerida no
Brasil, apenas 1,7% é encontrada fora do SIN em pequenos sistemas isolados
localizados principalmente na região amazônica. A Figura 7 mostra o Sistema
Interligado Nacional.
Apesar da predominância no parque gerador elétrico brasileiro seja de fontes
hidrotérmicas, outras fontes energéticas têm aumentado gradualmente a sua
participação.
Em janeiro de 2014 à capacidade instalada total de geração de energia
elétrica no Brasil atingiu a marca de 126.563 MW, onde se destaca o crescimento da
energia eólica (+19,2%) e térmica (+9,8%) em relação ao mesmo período de 2013
na matriz elétrica nacional (MME, 2014b). A Figura 8 mostra o percentual de
participação das fontes energéticas na capacidade instalada total.
48
soma das renováveis não hidráulicas somam juntas pouco mais de 10,8%, ou seja,
menos da metade das não renováveis. Entretanto, ao considerar-se apenas a
capacidade instalada de energia eólica e solar, obtém-se apenas 1,8% de
participação da matriz elétrica nacional apesar do grande potencial existente no
Brasil, principalmente da fonte solar.
Quanto à geração de energia elétrica, devido às condições hidrológicas
desfavoráveis, houve uma redução na oferta de energia hidráulica em 2013, assim
como já ocorrera em 2012, fazendo que a participação das renováveis passasse dos
84,6% em 2012 (MME, 2013b) para 79,3% em 2013 (MME, 2014a). Ao observar-se
a geração por fonte hidráulica de maneira isolada das outras renováveis, a mesma
passou de 81,90% em 2011 (MME, 2012), para 76,9% em 2012 (MME, 2013b), e
70,60% em 2013 (MME, 2014a). Quanto à participação das outras renováveis (não
hidráulicas), vem passo a passo aumentando a sua penetração na matriz elétrica
brasileira, passando de 7,10% em 2011 (MME, 2012), para 7,70% em 2012 (MME,
2013b), e 8,70% em 2013 (MME, 2014a). Entretanto ao se analisar a participação
dos combustíveis fósseis e nuclear, houve um aumento considerável da participação
na matriz, passando de 11,00% em 2011 (MME, 2012), para 15,50% em 2012
(MME, 2013b), e 20,70% em 2013 (MME, 2014a).
Quando comparados os percentuais de 2013 com os de 2011, os
combustíveis fósseis e nuclear aumentaram 88,18%, as hidroelétricas diminuíram
13,80%, e as renováveis não hidráulicas aumentaram 22,54% na geração de
energia elétrica na matriz nacional. Se por um lado o aumento da participação de
térmicas garante um fornecimento de energia elétrica firme, necessário para a
estabilização do sistema elétrico brasileiro, por outro lado representa uma maior
participação dos combustíveis fósseis (térmicas a gás e óleo diesel), e
consequentemente maior emissão dos gases causadores do efeito estufa, caminho
inverso ao modelo global que preconiza uma participação cada vez maior de
renováveis alinhado ao conceito de desenvolvimento sustentável.
A Figura 9 mostra o panorama da geração de energia elétrica por tipo de
fonte na matriz elétrica brasileira nos anos de 2012 e 2013.
50
Figura 9. Geração de Energia Elétrica nos anos de 2012 e 2013, por tipo de fonte, em GWh (¹ Inclui
lenha, bagaço de cana e lixívia, ² Inclui óleo diesel e óleo combustível, ³ Inclui outras recuperações,
gás de coqueria e outras secundárias)
Fonte: MME (2014a).
Figura 10. Estrutura do consumo de eletricidade no Brasil na rede, por classe (%).
Fonte: EPE (2013).
51
• Subsistema Sudeste/Centro-Oeste
(SE/CO): Regiões Sudeste e Centro-
Oeste, Acre e Rondônia;
• Subsistema Sul (S): Região Sul;
• Subsistema Nordeste (NE): Região
Nordeste, exceto o Maranhão;
• Subsistema Norte (N): Pará, Tocantins
e Maranhão.
Na publicação desta resolução, foi dado prazo de 240 dias a partir da data da
sua publicação para as concessionárias de energia se adequarem e publicarem as
normas técnicas para atender aos consumidores, devendo atender também às
solicitações de acesso para micro e mini geradores distribuídos nos termos da
Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia
Elétrica no Sistema Elétrico Nacional).
Para que o consumidor possa usufruir deste benefício, ele deverá ficar atento
à potência do sistema a ser instalada. Segundo ANEEL (2012a), “a potência
instalada na micro ou mini geração distribuída participante do sistema de
compensação de energia elétrica fica limitada à carga instalada, no caso de unidade
consumidora do grupo B, ou à demanda contratada, no caso de unidade
55
consumidora do grupo A”. Para fins de compensação, vários pontos devem ainda
ser observados, dentre os quais:
a. A energia injetada no sistema de distribuição poderá ser consumida pelo
consumidor em um prazo de até 36 meses;
b. Na fatura do consumidor deverá ser cobrado no mínimo o valor referente
ao custo de disponibilidade do sistema para o consumidor do Grupo B
(consumidor residencial com tarifa monômia), ou da demanda contratada
para consumidor do Grupo A;
c. O consumo de energia elétrica ativa que será faturado é a diferença entre a
energia consumida e a energia injetada, por posto tarifário, quando for o
caso, sendo que a distribuidora deverá utilizar o excedente que não tenha
sido compensado no ciclo de faturamento corrente para abater o consumo
medido em meses subsequentes.
Figura 13. Cálculo para determinação do valor da tarifa de energia elétrica COM IMPOSTOS.
Fonte: ANEEL (2013).
Aneel nº 482/2012, e que descreve em seu teor de que a energia gerada pela mini e
micro geração no sistema de compensação de energia, está sujeita a tributação
relativa à ICMS, PIS/PASEP e COFINS, quando o crédito gerado for consumido pela
carga que está sendo abatida.
No estado do Paraná, como exemplo, a alíquota do ICMS de energia elétrica
é de 29%, enquanto que a parcela referente ao PIS e COFINS é de
aproximadamente 4,5%. Aparentemente os impostos que incidem sobre a tarifa de
energia elétrica seria de 33,5%, o que não é correto. Se forem consideradas as
tarifas de energia elétrica na Copel vigentes em janeiro 2015, para um consumidor
do Grupo B1 Residencial, a tarifa “com impostos” é de R$0,49078/kWh, enquanto
que a tarifa “sem impostos” é de R$0,32637. Ao se calcular a relação da tarifa com
impostos com a tarifa sem impostos (Tarifa com Impostos / Tarifa sem Impostos), se
encontrará o valor do imposto efetivamente utilizado de 50,38%, também chamado
de “imposto por dentro”. Em outras palavras, a partir da tarifa líquida sem impostos
homologada pela ANEEL para o estado do Paraná (no caso R$0,32637/kWh), será
necessário haver um carregamento de 50,38% (ICMS, PIS, COFINS) para se obter o
valor da tarifa com impostos (R$0,49078/kWh), que é a utilizada para determinação
do valor final da fatura de energia elétrica a ser cobrada do consumidor. De outra
forma, deverá haver um desconto de 33,5% na tarifa com impostos para se chegar
na tarifa sem impostos. Este mesmo percentual de 50,38% será encontrado na
parcela referente à energia ativa injetada e depois consumida (kWh gerado / kWh
consumido) para um consumidor aderente à geração distribuída no modelo de
compensação de energia.
Este desequilíbrio quanto aos impostos acaba por afetar o retorno financeiro
do empreendimento que acaba sendo mais longo, contrariando ao esperado pelo
setor uma vez que o modelo de “compensação de energia”, também adotado em
vários países da Europa e Estados Unidos, a troca de energia é feita sem que haja
distorções na cobrança, o que favorece o incentivo à sua disseminação.
Este assunto atualmente está sendo amplamente discutido com várias
entidades de representação do setor como o Grupo Setorial de Sistemas
Fotovoltaicos da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)
com o Ministério de Minas e Energia, ANEEL e CONFAZ, com a expectativa que
este ponto seja revisto e modificado (ABINEE, 2012). Alguns estados já se
anteciparam isentando a cobrança de ICMS da energia consumida quando injetada
58
na rede, como Minas Gerais e Tocantins, que isentaram nos primeiros 5 anos de
operação do sistema. Entretanto este prazo é ainda pequeno quando comparado à
vida útil do sistema, de ao menos 25 anos para SFVCR. No estado de São Paulo o
incentivo foi dado através da isenção de ICMS na compra dos equipamentos de
geração de energia solar.
Uma das questões que tem surgido é quanto e em que momento cada fonte
energética poderia realmente contribuir na matriz elétrica do estado do Paraná.
Enquanto as fontes térmicas e hidroelétricas são chamadas de fontes firmes,
em que basicamente são capazes de gerar energia elétrica a qualquer hora (dia ou
noite), fontes como a eólica e a solar fotovoltaica são consideradas fontes
intermitentes de energia, sendo que a eólica depende da constância dos ventos,
variável ao longo das 24 horas, e a solar fotovoltaica só é capaz de gerar energia
durante o dia quando há radiação solar. Entretanto, ao se considerar a Curva de
Carga de uma região, é possível determinar em que momento esta região necessita
de maior quantidade de energia elétrica em função da demanda solicitada ao
sistema elétrico, e como uma determinada fonte energética poderia contribuir para
atendimento desta demanda.
Segundo Sória (2010), a demanda de potência ativa é a média das potências
dentro de um intervalo de tempo, que no Brasil é de 15 minutos, o que equivale a
2.920 medições em um mês médio comercial, e a curva de carga representa estas
demandas obtidas num determinado dia, podendo ainda se obter curvas que
representem uma média diária de um determinado período do ano.
60
De acordo com Souza et al. (2010), define-se a curva de carga como sendo a
curva que apresenta a demanda em função do tempo, para um determinado
período. Esta curva representa a forma de consumo de energia elétrica de um
determinado consumidor, mas também pode representar o perfil de consumo de
uma determinada região ou de todo um sistema elétrico. Desta forma, a curva de
carga pode auxiliar a concessionária de energia elétrica a analisar o comportamento
da demanda solicitada no sistema elétrico, e verificar quais futuros investimentos
deverá efetuar em seus sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia
para atender a estas solicitações. A Figura 14 mostra uma curva de carga típica de
um consumidor residencial, enquanto a Figura 15 de um consumidor comercial, e na
Figura 16 mostra curvas de carga do setor industrial, todas em um dia útil.
Figura 17. Curva de Carga diária média (dias úteis) prevista para janeiro e maio de 2009 no estado do
Paraná pelo ONS, em MW.
Fonte: ONS (2008).
prédios que atuam neste período como no setor de educação, visto que neste
momento se está no período letivo de aulas.
Durante esta pesquisa, foi solicitado à COPEL (Companhia Paranaense de
Energia), curvas de carga do estado do Paraná com dados atualizados. Foi
disponibilizado um arquivo contendo duas curvas de carga. A Figura 18 mostra a
curva de carga com o dia em que foi registrado o valor máximo de demanda em
2013 de Curitiba e Região Metropolitana (Regional Curitiba), enquanto que a Figura
19 mostra a curva de carga com o dia em foi registrado o valor máximo de demanda
em 2013 no estado do Paraná (Sistema COPEL).
Figura 18. Curva de Carga Máxima em 2013 de Curitiba e Região Metropolitana, em MW.
Fonte: COPEL (2014).
área total da célula solar (𝐴𝐶𝑇 ): superfície de uma célula solar limitada pelo
seu perímetro;
área total do módulo (𝐴𝑀𝑇 ): superfície frontal do módulo, incluindo a
moldura externa ou qualquer outra protuberância, como por exemplo,
rebite. Também denominada como: face iluminada ou superfície iluminada;
massa de ar (AM): razão entre o caminho ótico percorrido pelos raios
solares na atmosfera e o caminho vertical na direção de zênite ao nível do
mar;
resposta espectral: densidade de corrente de curto circuito por
comprimento de onda, ao longo do espectro solar;
distribuição espectral da irradiância: valores de irradiância correspondentes
a cada comprimento de onda do espectro solar;
corrente de curto-circuito (𝐼𝑆𝐶 ): corrente de saída de um conversor
fotovoltaico, na condição de curto-circuito e para valores preestabelecidos
de temperatura e irradiância total (Short Circuit Current);
tensão de circuito aberto (𝑉𝑂𝐶 ): tensão gerada através de um conversor
fotovoltaico sem carga (aberto), para valores preestabelecidos de
temperatura e irradiância total (Open Circuit Voltage);
condições-padrão de referência para ensaio (STC): temperatura de junção
da célula em 25ºC, irradiância total de 1.000 W/m² normal à superfície de
ensaio espectro AM 1,5 (Standart Test Conditions);
potência máxima (𝑃𝑀𝑃 ): potência em um ponto da curva característica de
um conversor fotovoltaico, onde o produto da corrente (𝐼) pela tensão (𝑉) é
máximo, no quadrante de geração;
potência de pico (𝑊𝑃 ): potência nominal de saída de um conversor
fotovoltaico, sob as condições padrão de referência para ensaio.
DISPERSÃO
REFLETIDA ATMOSFÉRICA
ABSORVIDA
valor superior a 2.300 kWh/m².ano, ao passo que o Sul da Europa recebe irradiação
solar anual máxima de 1.700 kWh/m².ano, enquanto que a Alemanha apresenta
1.040 kWh/m².ano (DGS, 2008).
Tabela 4. Eventos históricos relevantes sobre Energia Solar Fotovoltaica - Global e Brasil.
Fonte: Adaptado de Wolf (1972), Luque e Hegedus (2003), EERE (2014).
Ano Eventos relevantes na história da energia solar fotovoltaica - Global e Brasil
1800 Descoberta do Selênio (Se) - Berzelius
1820 Preparação do Silício (Si) - Berzelius
1839 Efeito Fotovoltaico - Edmond Becquerel (França)
1860 Efeito Fotocondutivo no Se (Smith)
1873 Willoughby Smith (Reino Unido) descobriu fotocondutividade de Se sólido
William Grylls Adams e Richard Day Evans descobrem que o selênio produz eletricidade quando
1876
exposto a luz, e provaram que um material sólido poderia mudar a luz em eletricidade.
1877 Adams e Day (UK) descobrem a fotogeração de corrente em tubos de Se; a primeira observação do
efeito fotovoltaico em sólidos
1880 Efeito Fotovoltaico no Se (Adams & Day)
1883 Charles Fritts (EUA) faz primeira célula Fotovoltaica de grande área, utilizando filme de Se.
1887 Heinrich Hertz descobriu que a luz ultravioleta alterou a tensão capaz de provocar uma faísca e saltar
entre dois eletrodos de metal.
1900 Fotosensitividade em CU-CU2O (Hallwachs)
1915 Efeito Fotovoltaico com Barreira de Potencial (Goldman & Brodsky)
1918 Cientista polonês Jan Czochralski desenvolveu uma maneira de crescer silício monocristalino, a partir
do Si fundido
1932 Audobert e Stora descobrem o efeito fotovoltaico em sulfeto de cádmio (CdS)
1945 1% de Eficiência em Células de Sulfeto de Tálio (Nix & Treptow)
Crescimento de Células Fotovoltaicas com Junção (Ohl)
1950
Teoria de junções p-n (Shockley)
Primeira célula solar com eficiência de 6% publicada: Si (Bell Lab, EUA) e Cu2S/CdS (Força Aérea,
1954
EUA)
Hoffman Eletrônicos (EUA) oferta células fotovoltaicas Si com eficiência de 2% ao valor de US$ 1500 /
1955 W
Junções p-n Difundidas (Fuller)
1957 Hoffman Eletrônica alcança 8% de eficiência em células fotovoltaicas
Satélite Vanguard I da NASA utilizou um pequeno array fotovoltaico (menos de um watt) para
alimentar seus rádios, com painel solar de Si. Mais tarde naquele ano, o Explorer III, Vanguard II, e
Sputnik-3 foram lançados com sistemas de energia fotovoltaica a bordo, sendo esta fonte utilizada
1958
com sucesso na alimentação de satélites, o que permanece até os dias atuais.
Hoffman Eletrônica alcança 9% de eficiência em células fotovoltaicas
Célula solar de Si (Pearson, Fuller & Chapin)
1959 Hoffman Eletrônicos (EUA) oferta comercialmente células fotovoltaicas Si com eficiência de 10%
Célula Solar de CdS
1960
Hoffman Eletrônica alcança 14% de eficiência em células fotovoltaicas
1962 Teoria da resposta Espectral, mecanismos de perdas (Wolf)
1963 Sharp Corporation (Japão) produz primeiro módulo comercial de Si
NASA lança o primeiro Observatório Astronômico Orbital, alimentado por um conjunto de placas
1966 fotovoltaicas 1 kW, para fornecer dados astronômicos nos comprimentos de onda ultravioleta e raios-X
filtradas pela atmosfera da Terra.
72
Continuação da Tabela 4.
Ano Eventos relevantes na história da energia solar fotovoltaica - Global e Brasil
Primeira heteroestrutura célula solar de GaAs por Alferov, Andreev et al. na URSS
1970 Dr. Elliot Berman, com a ajuda da Exxon Corporation, projeta uma célula solar significativamente
menos cara, baixando o preço dos US$ 100 por watt para US$ 20 por watt.
Primeira conferência de fotovoltaico a incluir uma sessão em aplicações terrestres (IEEE)
Continuação da Tabela 4.
Ano Eventos relevantes na história da energia solar fotovoltaica - Global e Brasil
Projeto de demonstração da Alemanha de "1000 telhados" para instalar sistemas fotovoltaicos em
1995 casas, o que provocou a atual legislação favorável a sistemas fotovoltaicos na Alemanha, Japão e
outros países
Célula líquido / sólido Fotoeletroquímica "sensibilizadas por corante" atinge 11% de eficiência (EPFL,
1996
na Suíça)
1997 Produção mundial de fotovoltaico chega a 100 MW por ano
Célula de file fino de Cu (InGa) Se2 atinge eficiência de 19% (NREL, EUA) comparável com células de
Si policristalino. Primeiro array com concentrador no espaço lançado no "Deep Space 1" pelos EUA (5
kW com células de tripla junção de alta eficiência de GaInP / GaAs / Ge)
1998
Células de Silício Monocristalino com Eficiência de 24,7%
Publicado o "Atlas de Irradiação Solar do Brasil" (LABSOLAR / INMET) - (COLLE E PEREIRA, 1998)
1999 Capacidade Instalada Global de Fotovoltaico atinge 1.000 MW
Jogos Olímpicos na Austrália destaca ampla gama de aplicações fotovoltaicas.
2000
Publicado o "Atlas Solarimétrico do Brasil" (UFPE / CEPEL / CHESF) - (TIBA et al., 2000)
2001 Publicado o "Inventário de Energia Solar no Paraná" (SIMEPAR) - (PRATES et al., 2001)
Capacidade Instalada Global de Fotovoltaico atinge 2.000 MW. Demorou 25 anos para chegar ao
2002 primeiro 1000 MW e apenas 3 anos para dobrá-la. Produção de células de silício cristalino é superior a
100 MW por ano pela Sharp (Japão).
Publicado o livro "Edifícios solares fotovoltaicos : o potencial da geração solar fotovoltaica integrada a
edificações urbanas e interligada à rede elétrica pública no Brasil" (UFSC - LABSOLAR), sendo a
2004 primeira publicação a mostrar o Potencial Fotovoltaico do Brasil, com valores de energia elétrica
estimada para tecnologia de filmes finos e taxa de desempenho adotada (performance ratio) de 80% -
(RÜTHER, 2004)
2005 Eficiência superior a 20% para células de Silício Policristalino
Células Multijunção com rendimentos superiores a 34%
2006
Publicado o "Atlas Brasileiro de Energia Solar" (INPE / DMA / CPTEC / MCT) - (PEREIRA et al., 2006)
2007 Células de tripla junção superam os 40% de eficiência
2008 Módulos de Silício Cristalino dominam 87% do mercado mundial
2009 Mais de 23 GWp de Potência Instalada Acumulada
Apresentação do estudo sobre o "Potencial de Geração de Energia Elétrica com Sistemas
2010 Fotovoltaicos com Concentrador no Brasil", com a elaboração de mapas mensais, sazonais, média
diária anual e total anual de irradiação Direta Normal (VIANA, 2010a)
Mais de 70 GWp de Potência Instalada Acumulada
2011 Entra em operação em Campinas uma unidade fabril da Tecnnometal, tornando-se a primeira fábrica
nacional de módulos solares fotovoltaicos, com capacidade de produzir 25 MWp por ano
Potência Instalada Acumulada supera 100GWp
Publicada a Resolução 482/2012 que define a micro e mini geração de energia elétrica, possibilitando
2012 a conexão do gerador de energia à rede de distribuição urbana, no modelo de compensação de
energia (net metering)
Publicado o "Atlas Solarimétrico de Minas Gerais" - (CEMIG, 2012)
Adicionados mais de 39 GWp em 2013, sendo 12,9 GWp instalados apenas na China, totalizando 139
GWp de Potência Instalada Global Acumulada em Sistemas Fotovoltaicos - REN21 (2014)
Publicado o documento "Energia Solar Paulista - Levantamento do Potencial". (SECRETARIA DE
ENERGIA SP, 2013)
2013 Completa 16 anos de operação o primeiro sistema FV conectado à rede (SFVCR) e integrado a uma
edificação instalado no Brasil (instalado em setembro de 1997 no LABSOLAR / UFSC), sendo o
SFVCR em operação à mais tempo no Brasil – (NASCIMENTO e RÜTHER, 2014)
Realizado em Pernambuco o primeiro leilão de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil, sendo negociados
122 MW e preço médio de 228,63 R$/MWh - (BRASIL ENERGIA, 2014)
74
Continuação da Tabela 4.
Ano Eventos relevantes na história da energia solar fotovoltaica - Global e Brasil
Realizado primeiro leilão de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil pela ANEEL em 31/10/2014, sendo
negociados 889,66 MW, garantia física de 202,30 MW, e preço médio 215,12 R$/MWh - (CCEE, 2014)
Levantamentos preliminares apontam que foram adicionados em torno de 47 GWp em 2014, com
2014 estimativa de Potência Instalada Global Acumulada em Sistemas Fotovoltaicos entre 185 e 190 GWp
(EUROPEAN COMMISSION, 2014)
No Brasil a Potência Instalada Acumulada em Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica de
Energia totalizou 15,179 MWp (Potência Fiscalizada) (ANEEL, 2015)
Quanto à aplicação dos SFV, eles podem ainda ser categorizados conforme
apresentado na Figura 23, enquanto a Tabela 5 mostra exemplos de classificação
de sistemas fotovoltaicos conforme a NBR 11704.
Individuais
Isolados
(SFVI)
Em minirede
Sistemas FV
Grandes centrais
Conectados
à rede Integrados à
(SFVCR) edificação
Urbanos
Aplicados à
edificação
Painel
Fotovoltaico
Cargas CC
Figura 25. Fotos de SFVI´s que atendem comunidade de pescadores em Guaraqueçaba – Paraná.
Painel
Fotovoltaico
Medidor de
energia Rede
bidirecional
(kWh)
Medidor
Inversor
opcional Cargas CA
CC/CA (kWh)
Figura 27. Primeiro SFVCR homologado pela COPEL após Resolução 482/2012 - Empresa ELCO.
Fonte: Urbanetz et al. (2014b).
(mega joule por metro quadrado dia), além de mapas de insolação. A Figura 31
apresenta o mapa com valores de radiação solar global diária - média anual, em
MJ/m².dia.
Figura 31. Mapa de radiação solar global diária - média anual (MJ/m².dia).
Fonte: Tiba et al. (2000).
com a irradiação incidente no local, foi utilizado neste estudo uma taxa de
desempenho (performance ratio) de 80%, valor este adotado em função de valores
obtidos pelo SFVCR instalado na UFSC (RÜTHER, 2004). A Figura 32 mostra o
Mapa Fotovoltaico do Brasil com os valores de energia elétrica diária estimada
gerada para cada 1 kWp de SFV instalado, para a tecnologia de filmes finos de
silício amorfo.
Em 2006 ocorreu a publicação mais recente na área, que foi o Atlas Brasileiro
de Energia Solar desenvolvido dentro do escopo do projeto SWERA (Solar and Wind
Energy Resource Assessment).
Segundo Pereira et al. (2006) o projeto foi iniciado em 2001 sob a
coordenação da Divisão de Clima e Meio Ambiente (DMA) do Centro de Previsão de
Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) e co-financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Este
88
projeto teve como objetivo principal promover o levantamento de uma base de dados
confiável e de alta qualidade, visando auxiliar no planejamento e desenvolvimento
de políticas públicas que possibilitem o incentivo a projetos nacionais de energia
solar e eólica.
O resultado deste trabalho, entre outros produtos, foi à geração de um
conjunto de mapas das diversas componentes da radiação solar: global, direta,
difusa, plano inclinado e PAR (do inglês Photosynthetically Active Radiation), e a
disponibilização de uma base de dados com acesso livre.
Para este trabalho foram utilizados dados entre 1995 e 2005, através de
imagens dos satélites GOES-8 e GOES-12 (ocuparam a posição 75ºW sobre a linha
do Equador), e de 95 estações de medições existentes no território brasileiro com
dados de temperatura e visibilidade para o Brasil da base de dados “Global Surface
Summary of Day Data” desenvolvida e mantida pelo National Climatic Data Center
(NCDC). A Figura 33 mostra as estações de medição utilizadas no desenvolvimento
deste trabalho.
Figura 33. Estações de medição existentes no território brasileiro das quais os dados disponíveis
foram utilizados.
Fonte: Pereira et al. (2006).
Figura 34. Estações da rede SONDA utilizadas na etapa de validação do modelo BRASIL-SR.
Fonte: Pereira et al. (2006).
Figura 35. Mapa de irradiação Global Horizontal - média diária anual (kWh/m².dia).
Fonte: Pereira et al. (2006).
Figura 36. Mapa de irradiação no Plano Inclinado - média diária anual (kWh/m².dia).
Fonte: Pereira et al. (2006).
91
Figura 38. Comparação entre o mapa de irradiação no plano inclinado do Brasil e Europa.
Fonte: Krenzinger (2011).
Última atualização – 10 Fevereiro 2012 Última atualização – 04 Setembro 2012 (versão Atual)
Figura 39. Mapa de Irradiação Global Horizontal e de Energia Elétrica Total Anual Estimada para uma
taxa de desempenho de 75% na Alemanha em diferentes datas.
Fonte: Šúri et al. (2007), Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
94
Versão
Anterior
Versão
Atual
Figura 40. Mapas de irradiação Global Horizontal do Brasil (valor diário) e na Alemanha (valor anual).
Fonte: Adaptado de Colle e Pereira (1998), Tiba et al. (2000), Pereira et al. (2006), ANEEL (2008),
Šúri et al. (2007), Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
(Pereira et al., 2006), com valores de irradiação média diária anual em kWh/m².dia, e
no livro Edifícios Solares Fotovoltaicos (Rüther, 2004), que apresenta o Mapa
Fotovoltaico do Brasil com valores de energia elétrica média diária anual estimada
gerada para cada 1kWp instalado, desenvolvido para sistemas fotovoltaicos
utilizando a tecnologia de filmes finos de silício amorfo (a-Si), e com módulos com
inclinação igual a latitude local, orientados para o Norte Verdadeiro, e taxa de
desempenho de 80%.
A Figura 41 mostra os mapas de irradiação média anual no Plano Inclinado da
Alemanha, com padrões diferentes de escala e cores apresentados nas duas últimas
publicações, e a Figura 42 mostra os mapas de irradiação no Plano Inclinado
elaborados nas pesquisas desenvolvidas no Brasil e os da Alemanha elaborados
pela European Commission.
Última atualização – 10 Fevereiro 2012 Última atualização – 04 Setembro 2012 (versão Atual)
Figura 41. Mapas de Irradiação e de Energia Elétrica Total Anual Estimada no Plano Inclinado, para
uma taxa de desempenho de 75% e condições ideais de geração.
Fonte: Šúri et al. (2007), Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
Versão
Anterior
Atlas Fotovoltaico do
Brasil 2004
Versão
Atual
Figura 42. Mapas de Irradiação e de Energia Elétrica Estimada na Alemanha (valor anual), e no Brasil
(valor diário).
Fonte: Adaptado Rüther (2004), Pereira et al. (2006), Šúri et al. (2007),
Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
Versão
Anterior
Estado
do
Paraná
Atlas Fotovoltaico do
Brasil 2004. Detlahe do
estado do Paraná
Versão
Atual
Figura 43. Detalhe do estado do Paraná, onde são mostrados os valores de irradiação no plano
inclinado (Atlas Brasileiro de Energia Solar - 2006) e produtividade (Atlas Fotovoltaico do Brasil -
2004), com os da Alemanha, mostrando a dificuldade de comparação entre os mapas publicados.
Fonte: Adaptado Rüther (2004), Pereira et al. (2006), Šúri et al. (2007),
Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
98
O Estado do Paraná situa-se ao sul do Brasil, com área de 199.880 km², com
uma população de 10.444.526 habitantes, distribuída em 399 municípios, e que
apresentou no ano de 2013 um consumo de energia elétrica de aproximadamente
27 TWh (IPARDES, 2013).
O estado apresenta ainda um Potencial Hidráulico de 24,12 GW, e estima-se
que quase 70% deste potencial já tenham sido explorados, chegando-se à
conclusão de que há muito pouco espaço para a expansão da hidroeletricidade visto
103
Segundo Pereira et al. (2006), existem de maneira geral dois métodos para a
determinação dos recursos de energia solar em uma região extensa: a utilização de
uma rede de radiômetros distribuídos pela região analisada associada a técnicas de
interpolação dos dados de radiação coletados, e o uso de modelos computacionais
para estimar a radiação solar incidente por meio de relações empíricas ou da
solução da equação de transferência radiativa na atmosfera.
Entretanto, embora os dados de radiação obtidos através de radiômetros
apresentem na maior parte das vezes níveis de confiabilidade superior àqueles que
podem ser obtidos através de modelos radiativos, o mesmo não acontece para os
resultados de interpolações entre os radiômetros com distâncias superiores a 45 km
entre eles numa rede de observação, onde os dados interpolados de totais diários
de irradiação apresentam níveis de confiabilidade inferiores às estimativas obtidas
com modelos que utilizam imagens de satélite, como é o caso do modelo adotado na
elaboração do Atlas Brasileiro de Energia Solar (PEREZ et al., 1997) (PEREIRA et
al., 2006).
As estimativas de irradiação disponibilizadas nos arquivos fornecidos pelo
Atlas Brasileiro de Energia Solar foram geradas a partir do modelo de transferência
radiativa BRASIL-SR, e validadas por meio de comparação com valores medidos em
105
Figura 46. Mapa mostrando os píxeis com resolução de 10 km x 10 km, e detalhe do estado do
Paraná.
107
12
41
9
44
42 36
25 43
29
22 10
8
47
15 4 14
46 21
23
27
28
34 7
6
39
3
17
31 16
24 1 45
20 11 32 35 19
40
5 13
30
26 18
2
38
48
37
33
Para cada uma das localidades escolhidas foram identificadas a sua latitude e
longitude de acordo com o cadastro do aplicativo Google Earth. Estas coordenadas
são importantes na identificação dos valores de irradiação do ponto mais próximo da
localidade pesquisada de acordo com a base de dados do plano inclinado, sendo
considerada a irradiação da localidade como sendo a irradiação deste ponto. A
Tabela 6 apresenta a relação das localidades pesquisadas com as suas respectivas
coordenadas.
Continuação da Tabela 6.
Figura 48. Imagem do Google Earth com a inserção das coordenadas encontradas mais próximas do
local pesquisado.
Figura 49. Imagem da tela do Excel – identificação da linha com as coordenadas mais próximas do
local pesquisado com os respectivos valores de irradiação no plano inclinado.
De forma análoga, foi determinado para cada localidade o ponto mais próximo
existente na base de dados para obtenção dos correspondentes valores de
irradiação no plano inclinado.
112
Com base nos dados de irradiação do ponto mais próximo obtido, foram
calculados os respectivos valores de energia elétrica gerada estimada para este
local.
Para a obtenção dos valores de energia a ser gerada em cada uma das
localidades, foram considerados os seguintes parâmetros: Potência do sistema de 1
kWp, Taxa de Desempenho (TD), Irradiância sob condições padrão de teste (Gstc =
1.000 W/m²), Inclinação e Orientação do SFVCR.
A Taxa de Desempenho (TD) ou Performance Ratio (PR), é a relação entre a
produtividade (kWh/kWp) e a quantidade de horas de sol a 1.000 W/m² (condição
STC) incidentes no painel fotovoltaico, normalmente vinculada a um ano de
operação, sendo esta grandeza expressa em percentagem (MARION et al., 2005)
(URBANETZ e CASAGRANDE, 2012) (URBANETZ et al., 2014a). De outra forma
pode-se também dizer que este valor representa o desempenho descontando as
perdas existentes no sistema tais como: perdas nos inversores, nas conexões, e
principalmente perdas devido à elevação da temperatura nos módulos devido à
temperatura ambiente, entre outras perdas (MARION et al., 2005) (GOETZBERGER
e HOFFMANN, 2005) (REICH et al., 2011), (TIEPOLO et al., 2013a).
Em estudos realizados por Reich et al. (2011), foi analisado o desempenho de
sistemas fotovoltaicos instalados nos anos 1994, 1997, e 2010, com dados
adquiridos durante o Programa 1.000 telhados na Alemanha através do Instituto
Fraunhofer. Neste estudo é mostrado a evolução do desempenho destes sistemas,
podendo chegar a um desempenho próximo de 90% quando os SFVCR são
devidamente otimizados e utilizando-se de tecnologias mais recentes e de alta
eficiência. Como valor médio, foi adotado neste trabalho o valor para a TD de 75%.
Quanto à inclinação e orientação dos módulos, um SFVCR instalado no
hemisfério sul possui orientação ideal voltado para o norte verdadeiro (geográfico) e
com inclinação correspondente à latitude local, sendo estas as condições ideais para
se obter a irradiação máxima anual, e consequentemente na geração de energia
elétrica (RÜTHER, 2004), (URBANETZ, 2010).
Desta forma, os parâmetros para estimar a energia elétrica gerada nas
localidades pesquisadas foram:
113
Com base nos dados de irradiação do ponto mais próximo obtido e nos
parâmetros adotados, foram calculados os respectivos valores de energia elétrica
gerada estimada para cada local pesquisado. Para isto, foi utilizada a Equação 1
descrita por Lorenzo (2002):
𝐻𝑡
𝐸𝐶𝐴 = 𝑃𝑁 . . 𝑃𝑅 . 𝐹𝑆 (1)
𝐺
Onde:
ECA representa a energia elétrica gerada estimada pelo sistema, em kWh
(diária, mensal ou anual);
PN representa a potência nominal do conjunto de módulos, em kWp;
Ht é a irradiação global efetiva incidente numa superfície de inclinação ótima,
em kWh/m² (diária, mensal ou anual);
G é a irradiância que determina a potência nominal dos módulos em
condições padrão de teste, normalmente 1.000 W/m²;
PR corresponde ao desempenho global do sistema (também chamado de
Taxa de Desempenho – TD, o qual será adotado nesta tese);
FS é um fator que representa as perdas por sombreamento, sendo zero (“0”)
quando o SFVCR não recebe luz, e igual a um (“1”) quando não houver sombra
incidente sobre o sistema;
4,20 – 4,35
4,20 – 4,35
4,05 – 4,20
3,90 – 4,05
3,75 – 3,90
3,60 – 3,75
3,45 – 3,60
Figura 50. Primeira versão do Mapa Fotovoltaico do Paraná, com valores de energia elétrica gerada
estimada em kWh para um sistema com potência de 1 kWp e TD = 75%.
Fonte: Tiepolo et al. (2013a).
Figura 51. Escala de irradiação e produtividade anual utilizada pela European Commission.
Fonte: Šúri et al. (2007), Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
Para esta segunda versão do mapa, foi elaborada uma escala cujas cores
fossem próximas a da matiz de cores utilizadas pela European Commission na
118
confecção dos seus mapas, com escala de valores Total Anual e Total Diária (esta
última proporcional a escala anual).
Com a escala determinada, foram agrupadas no mapa do Paraná as
localidades cujos valores de irradiação ou produtividade se encontravam em cada
um dos novos intervalos estabelecidos pela escala adotada, tendo como resultado a
segunda versão do Mapa Fotovoltaico do estado do Paraná – Total Anual, e os
respectivos Mapas Sazonais com valores diários, conforme apresentado na Figura
52 e Figura 53 respectivamente. Na Figura 54 é mostrada uma comparação entre o
Mapa Fotovoltaico do Paraná nesta segunda versão com a Alemanha.
Figura 52. Segunda versão do Mapa Fotovoltaico do estado do Paraná - Total Anual.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2013d).
119
Figura 54. Comparação entre o Mapa Fotovoltaico do Paraná (2a versão) com a Alemanha.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2013d), Šúri et al. (2007),
Huld et al. (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
Figura 55. Legenda com valores de Irradiação (HTOT) e de Produtividade Estimada Total Anual no
Plano Inclinado.
Figura 56. Legenda com valores de Irradiação (HTOT) e de Produtividade Estimada Diária Média no
Plano Inclinado.
123
Figura 57. Mapa do Brasil - destaque para o estado do Paraná onde está sendo pesquisado o
potencial de geração de energia elétrica através de SFVCR, e recorte do estado ampliado com a
grade de pixel 10 km x 10 km.
124
Figura 58. Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná - Total Anual (Plano Inclinado - HTOT).
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
125
Figura 59. Mapas Fotovoltaicos do Estado do Paraná - Média Diária Sazonal (Plano Inclinado - HTOT)
– Primavera e Verão.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
126
Figura 60. Mapas Fotovoltaicos do Estado do Paraná - Média Diária Sazonal (Plano Inclinado - HTOT)
– Outono e Inverno.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
127
Tabela 7. Valores de Irradiação no plano inclinado (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Total
Anual no estado do Paraná.
Tabela 8. Valores de Irradiação no plano inclinado (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Diária
Média Mensal e Sazonal no estado do Paraná.
Produtividade Gerada Estimada Diária média Mensal e
Irradiação (HTOT) Diária média
Sazonal em kWh/kWp.dia para SFV com inclinação igual a
Meses Mensal e Sazonal em kWh/m².dia
latitude, orientação norte e TD 75%
Mínima Máxima Média Mínima Máxima Média
JANEIRO 4,66 6,46 5,73 3,50 4,85 4,30
FEVEREIRO 4,88 6,13 5,74 3,66 4,60 4,30
MARÇO 5,01 6,34 5,95 3,76 4,76 4,46
ABRIL 4,53 5,96 5,45 3,40 4,47 4,09
MAIO 4,15 5,16 4,79 3,11 3,87 3,59
JUNHO 3,86 5,22 4,79 2,90 3,92 3,59
JULHO 3,61 5,32 4,66 2,71 3,99 3,50
AGOSTO 4,31 6,04 5,59 3,23 4,53 4,19
SETEMBRO 4,05 6,08 5,57 3,04 4,56 4,18
OUTUBRO 4,42 6,34 5,59 3,32 4,76 4,20
NOVEMBRO 4,61 6,10 5,73 3,46 4,58 4,30
DEZEMBRO 4,65 6,15 5,74 3,49 4,61 4,30
PRIMAVERA 4,48 6,08 5,63 3,36 4,56 4,22
VERÃO 4,76 6,21 5,73 3,57 4,66 4,30
OUTONO 4,63 5,77 5,40 3,47 4,33 4,05
INVERNO 4,03 5,47 5,01 3,02 4,10 3,76
Figura 61. Mapa Fotovoltaico do estado do Paraná – Global Anual (Plano Horizontal - HHOR).
129
Figura 62. Mapas Fotovoltaicos do estado do Paraná com a média Diária Sazonal Global Horizontal
(HHOR) – Primavera e Verão.
130
Figura 63. Mapas Fotovoltaicos do estado do Paraná com a média Diária Sazonal Global Horizontal
(HHOR) – Outono e Inverno.
131
Figura 64. Comparativo entre os mapas sazonais com a média diária no plano inclinado HTOT (à
esquerda) e no plano horizontal HHOR (à direita).
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
133
Figura 65. Comparativo entre os mapas com valor Anual no plano inclinado (à esquerda) e no plano
horizontal (à direita).
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
Figura 66. Mapa do estado do Paraná mostrando a divisão geográfica dos seus municípios, e a grade
de pixel na resolução 10 km x 10 km, destacando a cidade de Curitiba.
Cidade com Maior média Anual: Prado Ferreira com 2.107 kWh/m².ano e
1.580 kWh/kWp.ano.
Ao se observar o Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná – Total Anual
(Figura 58) pode-se verificar que os menores valores de irradiação anual são
encontrados na região leste do estado, sendo que as menores médias anuais são
encontradas nos municípios de Matinhos, Guaratuba, Guaraqueçaba, Pontal do
Paraná, Paranaguá, Morretes e Antonina, todos na região entre a Serra do Mar e o
litoral Paranaense. Embora a região do litoral seja sinônima de praia, sol e calor,
tem-se nestes locais um índice de nebulosidade maior ao longo do ano em
comparação a outras regiões, o que dificulta a incidência da radiação solar na
superfície. A Figura 67 mostra o Mapa Fotovoltaico do Paraná - Total Anual com a
distribuição dos 399 municípios do estado.
Figura 67. Mapa Fotovoltaico do estado do Paraná - Total Anual, com a indicação dos municípios.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
136
Tabela 9. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Total Anual no
plano inclinado encontrados nos estados e no Brasil para uma TD 75%.
Valor de Irradiação Total (HTOT) Diferença
Valor de Produtividade Total Anual percentual
Anual no plano inclinado
no Plano Inclinado (kWh/kWp.ano) da Média
(kwh/m².ano)
Estado obtida no
Total Total Total Total Total Total Paraná em
Anual Anual Anual Anual Anual Anual relação ao
MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA estado
Acre 1.873 2.057 1.933 1.405 1.542 1.450 2,73%
Alagoas 1.886 2.043 1.970 1.415 1.532 1.478 0,80%
Amapá 1.844 2.020 1.903 1.383 1.515 1.427 4,39%
Amazonas 1.795 2.091 1.898 1.346 1.568 1.423 4,65%
Bahia 1.803 2.246 2.055 1.352 1.684 1.541 -3,34%
Ceará 1.983 2.181 2.079 1.488 1.636 1.559 -4,47%
Distrito Federal 2.127 2.195 2.156 1.596 1.646 1.617 -7,89%
Espírito Santo 1.790 1.983 1.888 1.342 1.487 1.416 5,19%
Goiás 2.068 2.215 2.150 1.551 1.662 1.613 -7,64%
Maranhão 1.848 2.163 2.016 1.386 1.622 1.512 -1,49%
Mato Grosso 1.853 2.163 2.047 1.389 1.622 1.535 -2,97%
Mato Grosso do Sul 1.795 2.186 2.103 1.346 1.639 1.577 -5,55%
Minas Gerais 1.850 2.220 2.077 1.388 1.665 1.558 -4,38%
Pará 1.859 2.088 1.961 1.394 1.566 1.471 1,28%
Paraíba 1.900 2.197 2.068 1.425 1.648 1.551 -3,94%
Paraná 1.651 2.119 1.986 1.238 1.589 1.490
Pernambuco 1.870 2.184 2.040 1.403 1.638 1.530 -2,64%
Piauí 2.058 2.227 2.141 1.544 1.670 1.606 -7,25%
Rio de Janeiro 1.785 2.034 1.912 1.339 1.525 1.434 3,85%
Rio Grande do Norte 1.941 2.168 2.054 1.455 1.626 1.540 -3,29%
Rio Grande do Sul 1.737 2.013 1.927 1.303 1.510 1.445 3,08%
Rondônia 1.907 2.020 1.954 1.430 1.515 1.466 1,62%
Roraima 1.861 2.116 1.961 1.396 1.587 1.471 1,25%
Santa Catarina 1.644 2.031 1.852 1.233 1.523 1.389 7,26%
São Paulo 1.658 2.176 2.053 1.243 1.632 1.540 -3,28%
Sergipe 1.911 2.057 1.965 1.433 1.542 1.474 1,07%
Tocantins 1.986 2.188 2.086 1.489 1.641 1.564 -4,77%
BRASIL 1.644 2.246 2.001 1.233 1.684 1.501 -0,76%
Tabela 10. Média Total Anual de Irradiação e de Produtividade Estimada apresentada nos três
cenários para o estado do Paraná, e a diferença percentual aproximada em relação as três maiores
médias no Brasil: Distrito Federal, Goiás e Piauí.
Valores de Irradiação % da Área Diferença percentual da
Irradiação Total Produtividade Total
Total (HTOT) Anual abrangida no Média obtida no Paraná
(HTOT) Anual Média Anual Média em
"Acima de" em estado do em relação aos estados
em kWh/m².ano kWh/kWp.ano
kWh/m².ano Paraná com maior Média no Brasil
2.000 68% 2.050 1.538 -4,60%
1.900 78% 2.038 1.529 -5,20%
1.800 92% 2.008 1.506 -6,60%
Figura 70. Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná – Total Anual com a divisão geográfica dos 399
municípios, mostrando os três cenários simulados e a diferença percentual aproximada em relação
aos três estados com maiores médias no Brasil: Distrito Federal, Goiás e Piauí.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
145
Figura 71. Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná - Total Anual, com escala adaptada com
diferentes valores de produtividade estimada conforme a Taxa de Desempenho do SFVCR.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
mesma forma, a mesma análise pode ser realizada com relação ao estado do
Paraná se comparado com outros estados da união, onde SFVCR´s com uma TD de
80% faria com que a média obtida no estado fosse praticamente igual as maiores
médias apresentadas no Brasil (diferença inferior a 2%), e com uma TD de 82% faria
com que a média do estado fosse superior a todas as médias apresentadas no país.
No entanto estas considerações necessitam de uma quantidade de dados
práticos relevantes no Paraná e em todo território nacional, principalmente em
regiões com climas diferentes, com SFVCR´s implantados com uma mesma
configuração (potência, componentes de mesma marca/modelo, tecnologia), para
que se possam analisar os parâmetros encontrados, entre eles a taxa de
desempenho obtida nos SFVCR nas diferentes temperaturas encontradas.
Como referência a esta necessidade, está em andamento um projeto P&D da
Aneel - Tractebel – UFSC com o intuito de instalar oito módulos de avaliação
composto de sete tecnologias diferentes, cujo objetivo é o de se analisar o
desempenho destes sistemas em oito localidades com distintos climas no Brasil. A
Figura 72 mostra as localidades abrangidas pelo projeto, sendo que nenhum módulo
de avaliação será implantado no estado do Paraná.
Figura 72. Projeto P&D Aneel, Tractebel - UFSC para implantação dos oito módulos de avaliação com
sete tecnologias diferentes cada, e uma usina fotovoltaica de 3 MWp em Tubarão - SC.
Fonte: Rüther (2013).
Com relação aos valores encontrados nas regiões do Brasil, foram também
realizadas comparações destas com os valores encontrados no estado do Paraná,
os quais estão apresentados na Tabela 11.
148
Tabela 11. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Total Anual no
plano inclinado encontrada nas regiões do Brasil e do Paraná para TD 75%.
Figura 73. Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná - Total Anual e Mapa Fotovoltaico da Europa.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014a), Šúri et al. (2007), Huld et al. (2012a), EUROPEAN
COMMISSION (2012).
Para análise dos dados foram utilizados os dados de irradiação Total Anual
no plano inclinado apresentados por 27 países da União Europeia (EU-27) mais 6
países candidatos na época do levantamento (HULD et al., 2012b), conforme
apresentado na Figura 74. As linhas pontilhadas mostram os valores mínimo e
máximo de irradiação apresentados pelos 33 países, enquanto a linha vermelha
mostra a média dos valores encontrados em cada país, sendo que 90% das áreas
urbanas possuem valores de irradiação entre os extremos do retângulo em azul. Os
valores de Irradiação Total Anual mínimo, máximo e média, assim como os seus
respectivos valores de produtividade estimada Total Anual dos 33 países europeus
150
para uma TD 75% são representados na Tabela 12, que contém ainda os valores
obtidos no estado do Paraná para comparação dos dados, e também uma coluna
que apresenta a diferença percentual entre a média apresentada no Paraná e a
média obtida em cada país.
Figura 74. Valores de Irradiação Total Anual no plano inclinado dos 33 países da Europa.
Fonte: Huld et al. (2012b).
Tabela 12. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Total Anual no
plano inclinado encontrada nos países da Europa e no estado do Paraná, para TD 75%.
Fonte: Adaptado de Šúri et al. (2007).
Valor de Irradiação Total (HTOT) Diferença
Valor de Produtividade Total Anual
Anual no Plano Inclinado percentual da
no Plano Inclinado (kWh/kWp.ano)
(kWh/m².ano) Média obtida no
Estado
Total Total Total Total Total Total Paraná em relação
Anual Anual Anual Anual Anual Anual à Média obtida do
MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA país europeu
Chipre 1998 2345 2217 1.498 1.759 1.663 -10,42%
Continuação Tabela 12
Valor de Irradiação Total (HTOT) Diferença
Valor de Produtividade Total Anual
Anual no Plano Inclinado percentual da
no Plano Inclinado (kWh/kWp.ano)
(kWh/m².ano) Média obtida no
Estado
Total Total Total Total Total Total Paraná em relação
Anual Anual Anual Anual Anual Anual à Média obtida do
MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA país europeu
Sérvia 1190 1925 1531 892 1.444 1.148 29,70%
Figura 75. Mapa Fotovoltaico Brasileiro e Mapa Fotovoltaico da Europa (valores anuais).
Fonte: Šúri et al. (2007), Huld et al (2012a), EUROPEAN COMMISSION (2012).
Figura 76. Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná - Total Anual com os municípios do estado.
Destaque para o município de Curitiba e seu valor de irradiação e produtividade.
Fonte: Adaptado de Tiepolo et al. (2014b).
O SFVCR da UTFPR tem uma potência instalada de 2,1 kWp (10 módulos
KYOCERA de tecnologia de silício policristalino, modelo KD210GX-LP ligados em
série) e um inversor monofásico em 220V de 2kW de potência nominal
(PVPOWERED modelo PVP2000). Este sistema entrou em operação em 14 de
dezembro de 2011, ocupando uma área na cobertura da edificação de
aproximadamente 15m² (URBANETZ et al., 2013), e é considerado o primeiro
SFVCR instalado no estado do Paraná, implantado antes da resolução 482/2012 da
ANEEL. A Figura 77 ilustra o painel fotovoltaico e o inversor do SFCR da UFTPR,
Curitiba.
156
Figura 77. Escritório Verde da UTFPR – Curitiba (A), e Painel fotovoltaico na cobertura do EV e
detalhe do inversor (B), onde B1 é o painel do SFVCR com inclinação acompanhando o telhado
(aplicado à edificação), e B2 é o painel do SFVI com inclinação maior que o telhado, privilegiando a
produção de energia elétrica no inverno.
Fonte: Urbanetz et al. (2012).
Para um SFVCR em Curitiba, o ideal seria que este fosse implantado com
orientação norte geográfico e inclinação igual à latitude, ou seja aproximadamente
25º Sul. Entretanto, para este caso em estudo, a orientação possui em desvio
azimutal em relação ao norte de 22º Oeste e inclinação aproximada de 15º, diferente
das condições ideais de geração.
De acordo com os dados apresentados por Urbanetz et al. (2014a) e
confirmados em Urbanetz et al. (2014c), os valores de energia elétrica produzida
pelo SFVCR do EV demonstram uma produtividade em 2012 de 1.164,81
kWh/kWp.ano e em 2013 de 1.077,14 kWh/kWp.ano, e que representam uma média
mensal de aproximadamente 97,07 kWh/kWp.mês e 89,76 kWh/kWp.mês
respectivamente, onde o valor inferior apresentado em 2013 com relação a 2012 foi
devido a menor irradiação ocorrida no ano, e também ao acúmulo de sujeira sobre
os módulos, cuja limpeza foi providenciada ao final de agosto de 2013.
Com isto, a média obtida nos dois anos de operação foi de aproximadamente
93 kWh/kWp.mês, abaixo do valor esperado apresentado pelo mapa entre 113
kWh/kWp.mês e 119 kWh/kWp.mês. Considerando-se a média do valor estimado
para Curitiba de 116 kWh/kWp.mês, o valor encontrado foi em torno de 19,8%
inferior. Entretanto algumas considerações devem ser feitas:
a. A orientação e inclinação do SFVCR implantado do EV não são as ideais
conforme observado (desvio azimutal em relação ao norte de 22º Oeste, e
inclinação aproximada de 15º);
b. A proximidade do EV com outra edificação faz com que a partir de
determinada hora do dia (em torno das 17:00) ocorra sombreamento
157
parcial dos módulos fotovoltaicos, fazendo com que a partir deste horário
seja gerada energia elétrica menor.
O SFVCR da ELCO Engenharia tem uma potência instalada de 8,64 kWp (36
módulos Bosch de tecnologia de silício monocristalino, modelo C-SiM60EU30117),
distribuído em três inversores Xantrex modelo GT 3.3 de 3.300W de potência
nominal, onde cada inversor está ligado a 12 módulos fotovoltaicos em série de
240Wp cada. O SFVCR ocupa uma área aproximada de 52m² na cobertura de uma
das edificações da empresa, conectado em paralelo com a rede da concessionária
de energia, sendo o primeiro SFVCR implantado após a resolução 482/2012 da
ANEEL e homologado pela concessionária de energia COPEL (URBANETZ et al.,
2014b). A Figura 78 mostra o SFVCR implantado na empresa ELCO.
O SFVCR da ELCO começou a operar no início de 2013 (com autorização da
COPEL), sendo que somente por volta de outubro de 2013 é que o processo de
homologação foi completado, com o sistema apto a operar normalmente na
categoria de micro geração no modelo de compensação de energia (URBANETZ et
al., 2014b).
Figura 78. SFVCR da ELCO Engenharia com os módulos instalados na cobertura de uma das
edificações acompanhando a inclinação do telhado (A), e detalhe dos inversores Xantrex (B).
Fonte: Adaptado de Urbanetz et al. (2014b).
159
Uma das causas sobre a diferença entre os valores reais encontrados nos
SFVCR pesquisados e os estimados pelo mapa, é em relação à orientação e
inclinação dos SFVCR´s serem diferentes do ideal, o que faz com que a
produtividade dos sistemas seja menor do que o esperado.
Outro fator refere-se aos valores de irradiação utilizados na elaboração do
mapa. Para determinação dos valores de irradiação estimados na superfície e
apresentados no Atlas Brasileiro de Energia Solar (2006), foi utilizado o modelo
BRASIL-SR o qual nesta versão não considerou os aerossóis que ficam em
suspensão na atmosfera e que dificultam a penetração da radiação solar na
superfície. Muitos destes aerossóis são devido às queimadas existentes nas mais
diversas regiões do Brasil (principalmente na região Norte do Brasil) e que, devido
às zonas de convergência, acabam se movimentando em grande parte do território
nacional, sendo uma variável difícil de se estimar. De forma similar, o mesmo pode
acontecer em regiões urbanas com relação à concentração dos gases causadores
do efeito estufa, cujos aerossóis ficam em suspensão na atmosfera devido
principalmente à queima de combustíveis fósseis pelos motores à combustão do
setor de transporte.
Com isto, é possível que em algumas regiões do território nacional, incluindo
as áreas urbanas com grande concentração de veículos, apresentem valores de
irradiação estimada no Atlas superiores aos valores reais encontrados, sendo
necessária a elaboração de novas estimativas dos valores de irradiação
considerando-se a presença destes aerossóis, o que deve resultar em dados de
irradiação estimados com uma precisão maior quando comparados aos atuais.
Embora os valores de produtividade apresentados nos dois casos
pesquisados sejam diferentes dos apresentados pelo Mapa Fotovoltaico do Estado
do Paraná – Total Anual, estas diferenças não invalidam os valores apresentados
pelo mapa, visto que o mapa apresenta uma estimativa dos valores de produtividade
que devem ser obtidos em condições ideais de geração de energia elétrica em
SFVCR, e que normalmente diferem das condições reais onde os módulos
fotovoltaicos são implantados na cobertura das edificações já existentes, seguindo a
sua inclinação e orientação. Com isto percebe-se a importância de durante o
161
Sendo que para este caso, o SFVCR deverá ter uma potência aproximada de
2,2 kWp, sendo esta a potência estimada para gerar uma energia média de 250
kWh/mês, ou 3.000 kWh/ano.
Com isto, para o Caso 1 em que as condições de geração são próximas das
ideais, com orientação do telhado alinhado ao norte geográfico (desvio azimutal
desprezível), a produtividade do SFVCR deverá ser próxima da informada no mapa
desde que a inclinação do telhado seja muito próxima da latitude do local. No Caso 3
onde existe a possibilidade de se instalar o SFVCR nas condições ideais de
geração, a produtividade deverá ser ainda mais próxima das estimativas mostradas
no mapa. Entretanto para o Caso 2, a orientação do telhado (noroeste) e o
sombreamento parcial ao longo do ano deverão fazer com que a produtividade do
SFVCR a ser instalado neste local seja menor do que o estimado no mapa (para
estes casos deverá ainda ser levada em consideração a inclinação real do telhado).
Com isto, mesmo o mapa apresentando o potencial de geração de energia elétrica
em cada região do estado, é necessário que se faça a observação do local onde se
pretende instalar o SFVCR quanto aos fatores que podem interferir na sua
produtividade como inclinação, orientação e sombreamento.
Estes casos mostram que tão importante quanto dimensionar o sistema de
acordo com as necessidades do consumidor e com o potencial de irradiação da
região, é verificar se o local é apropriado para a instalação do SFVCR em relação às
condições ideais de geração, sendo que quanto mais distante o sistema estiver
destas condições, maior será a diferença entre o valor estimado pelo mapa com o
valor que o sistema deverá gerar no local.
De qualquer forma as estimativas apresentadas são norteadoras para um
projeto de SFVCR, devendo haver uma análise detalhada da construção para se
encontrar uma estimativa mais próxima da real. Nos casos onde as condições de
inclinação e orientação não são as ideais, é necessário utilizar os valores de
166
5 CONCLUSÕES
diversas fontes para geração de energia elétrica no estado como a solar através de
SFVCR, principalmente quando se observa que esta fonte permite a geração de
energia elétrica de forma distribuída e próxima ao ponto de consumo, de forma limpa
e renovável.
Este foi o princípio norteador desta pesquisa que teve como objetivo principal
desenvolver um estudo específico, detalhado e atualizado sobre o potencial de
geração de energia elétrica através de SFVCR no estado do Paraná, nos seus mais
diversos municípios e regiões.
Este objetivo principal foi desenvolvido por meio dos seguintes objetivos
específicos:
Brasileiro de Energia Solar (2006). Este banco de dados foi elaborado através do
modelo BRASIL-SR para estimar dados de irradiação com base em dados terrestres
e de imagens de satélites, com dados históricos referentes ao período entre 1995 e
2005.
A elaboração do Mapa Fotovoltaico do Estado do Paraná em sua primeira
versão partiu de um estudo inicial onde foram analisados os dados de irradiação de
48 municípios do estado, onde foi calculada a produtividade estimada para módulos
FV com orientação igual ao norte geográfico, inclinação igual à latitude do local,
potência do SFV igual a 1 kW e taxa de desempenho de 75%. Entretanto a
elaboração desta 1ª versão mostrou-se incompleta por não permitir a comparação
direta com mapas de outros países, visto a diferença das escalas e cores utilizadas.
Para elaboração da 2ª versão do Mapa Fotovoltaico do estado do Paraná
foram pesquisados padrões adotados em vários institutos de pesquisa em todo o
mundo, e entre as opções estudadas foi escolhido o da Joint Research Centre (JRC)
do Institute for Energy and Transport (IET) da European Commission por possuir as
seguintes características: escala que abrange todos os valores de irradiação e de
produtividade estimados no estado do Paraná, padrão de cores amplo e atual cuja
última atualização aconteceu em setembro de 2012, e a visualização numa única
escala de cores dos valores de irradiação em kWh/m² e de produtividade em
kWh/kWp, ambos com valores anuais. O resultado foi a elaboração do Mapa
Fotovoltaico do Estado do Paraná com valores Total Anual e Diária Sazonal, com
base nas 48 cidades inicialmente pesquisadas, o que já permitiu uma comparação
direta com o mapa da Alemanha, mostrando de forma mais clara o grande potencial
do estado.
A necessidade quanto ao mapeamento de todo o estado de forma mais
precisa e a possibilidade de efetuar comparações com outros países, fez com que
fosse gerada uma 3ª versão do mapa na mesma escala de cores e valores, e com
as mesmas premissas utilizadas pela European Commission. Como resultado, foi
elaborado um conjunto de mapas que constitui o “Atlas Fotovoltaico do Estado do
Paraná”, composto de um mapa com os valores de Irradiação e de Produtividade
Total Anual, quatro mapas Sazonais e doze mapas Mensais com os valores de
Irradiação e de Produtividade, ambos com valores diários.
Os valores encontrados neste estudo mostraram valores elevados de
Irradiação Total Anual no estado do Paraná cuja média do estado foi de 1.986
175
Considerações finais
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CANCIGLIERI JR, O. “Análise do desempenho do sistema fotovoltaico conectado à
rede elétrica do escritório verde da UTFPR”, Revista SODEBRAS, Volume 8, N° 88,
Abril 2013.
ANEXO A
Figura 80. Mapa de radiação solar incidente à superfície no Brasil do mês de janeiro em Ly/dia.
Fonte: Nunes et al. (1978).
192
ANEXO B
Figura 81. Gráficos de contorno com as médias mensais da soma diária de radiação solar global no
hemisfério sul durante o inverno (A), e verão (B), em MJ/m².dia.
Fonte: Pereira et al. (1996).
193
ANEXO C
Figura 82. Estações utilizadas para fornecimento de dados de radiação para desenvolvimento do
Atlas Solarimétrico.
Fonte: Tiba et al. (2000).
194
ANEXO D
Figura 84. Conjunto de mapas que apresentam a irradiância solar média na superfície entre os meses
de Janeiro a Junho às 15h00 local no estado do Paraná.
Fonte: Prates et al. (2001).
196
Figura 85. Conjunto de mapas que apresentam a irradiância solar média na superfície entre os meses
de Julho a Dezembro às 15h00 local no estado do Paraná.
Fonte: Prates et al. (2001).
197
APÊNDICE A
Figura 86. Escala de cores e valores ampliada contendo mais três cores (as três últimas ao lado
direito da escala) para melhor representar os valores altos de irradiação e de produtividade estimada
que ocorre em determinados meses do ano.
Figura 87. Mapas Fotovoltaicos do Estado do Paraná - Média Diária Mensal (Plano Inclinado - HTOT) –
Janeiro a Junho.
199
Figura 88. Mapas Fotovoltaicos do Estado do Paraná - Média Diária Mensal (Plano Inclinado - HTOT) –
Julho a Dezembro.
200
Figura 89. Mapas Fotovoltaicos do Estado do Paraná - Média Diária Sazonal Plano Inclinado (HTOT) –
Escala Ajustada.
201
Figura 90. Mapas Fotovoltaicos do estado do Paraná - Média Diária Sazonal Global Horizontal (HHOR)
– Escala Ajustada.
202
Figura 91. Comparativo entre os mapas sazonais com a média diária no plano inclinado HTOT (à
esquerda) e no plano horizontal HHOR (à direita) – Escala Ajustada.
APÊNDICE B
Tabela 13. Valores de Irradiação Total (HTOT) e de Produtividade Gerada Estimada Total Anual no
plano inclinado encontrados nos 399 municípios do estado do Paraná, para TD 75%
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Abatiá 2.084 1.563
Adrianópolis 1.798 1.348
Agudos do Sul 1.813 1.360
Almirante Tamandaré 1.840 1.380
Altamira do Paraná 2.034 1.526
Alto Paraíso 2.057 1.543
Alto Paraná 2.084 1.563
Alto Piquiri 2.053 1.540
Altônia 2.044 1.533
Alvorada do Sul 2.094 1.570
Amaporã 2.071 1.553
Ampére 2.030 1.522
Anahy 2.039 1.529
Andirá 2.097 1.573
Ângulo 2.076 1.557
Antonina 1.726 1.294
Antônio Olinto 1.812 1.359
Apucarana 2.066 1.549
Arapongas 2.076 1.557
Arapoti 2.029 1.522
Arapuã 2.053 1.540
Araruna 2.062 1.546
Araucária 1.838 1.379
Ariranha do Ivaí 2.053 1.540
Assaí 2.071 1.554
Assis Chateaubriand 2.046 1.534
Astorga 2.082 1.562
Atalaia 2.082 1.562
Balsa Nova 1.868 1.401
Bandeirantes 2.091 1.568
Barbosa Ferraz 2.055 1.541
205
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Barra do Jacaré 2.094 1.570
Barracão 2.014 1.510
Bela Vista da Caroba 2.032 1.524
Bela Vista do Paraíso 2.103 1.578
Bituruna 1.896 1.422
Boa Esperança 2.052 1.539
Boa Esperança do Iguaçu 2.031 1.523
Boa Ventura de São Roque 2.018 1.514
Boa Vista da Aparecida 2.024 1.518
Bocaiúva do Sul 1.801 1.351
Bom Jesus do Sul 2.020 1.515
Bom Suceáo do Sul 2.035 1.527
Bom Sucesso 2.054 1.541
Borrazópolis 2.063 1.547
Braganey 2.036 1.527
Brasilândia do Sul 2.053 1.540
Cafeara 2.093 1.569
Cafelândia 2.040 1.530
Cafezal do Sul 2.055 1.541
Califórnia 2.065 1.549
Cambará 2.097 1.573
Cambé 2.097 1.573
Cambira 2.062 1.546
Campina da Lagoa 2.036 1.527
Campina do Simão 2.023 1.517
Campina Grande do Sul 1.753 1.315
Campo Bonito 2.034 1.525
Campo do Tenente 1.824 1.368
Campo Largo 1.837 1.378
Campo Magro 1.835 1.376
Campo Mourão 2.055 1.541
Cândido de Abreu 2.019 1.514
Candói 2.026 1.519
Cantagalo 2.030 1.523
Capanema 2.020 1.515
Capitão Leônidas Marques 2.021 1.515
Carambeí 1.951 1.463
Carlópolis 2.082 1.562
Cascavel 2.031 1.523
206
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Castro 1.901 1.426
Catanduvas 2.028 1.521
Centenário do Sul 2.094 1.571
Cerro Azul 1.836 1.377
Céu Azul 2.019 1.514
Chopinzinho 2.035 1.527
Cianorte 2.060 1.545
Cidade Gaúcha 2.074 1.556
Clevelândia 2.026 1.519
Colombo 1.828 1.371
Colorado 2.090 1.567
Congonhinhas 2.053 1.540
Conselheiro Mairinck 2.068 1.551
Contenda 1.840 1.380
Corbélia 2.038 1.528
Cornélio Procópio 2.086 1.564
Coronel Domingos Soares 1.979 1.484
Coronel Vivida 2.037 1.527
Corumbataí do Sul 2.052 1.539
Cruz Machado 1.864 1.398
Cruzeiro do Iguaçu 2.027 1.520
Cruzeiro do Oeste 2.070 1.552
Cruzeiro do Sul 2.088 1.566
Cruzmaltina 2.062 1.546
Curitiba 1.829 1.372
Curiúva 2.017 1.513
Diamante do Norte 2.100 1.575
Diamante do Sul 2.035 1.526
Diamante D'Oeste 2.030 1.522
Dois Vizinhos 2.031 1.523
Douradina 2.068 1.551
Doutor Camargo 2.048 1.536
Doutor Ulysses 1.872 1.404
Enéas Marques 2.035 1.526
Engenheiro Beltrão 2.053 1.540
Entre Rios do Oeste 1.981 1.486
Esperança Nova 2.059 1.544
Espigão Alto do Iguaçu 2.027 1.520
Farol 2.061 1.546
207
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Faxinal 2.054 1.541
Fazenda Rio Grande 1.828 1.371
Fênix 2.057 1.543
Fernandes Pinheiro 1.870 1.402
Figueira 2.023 1.517
Flor da Serra do Sul 2.014 1.511
Floraí 2.066 1.550
Floresta 2.054 1.541
Florestópolis 2.099 1.574
Flórida 2.083 1.562
Formosa do Oeste 2.047 1.535
Foz do Iguaçu 1.956 1.467
Foz do Jordão 2.034 1.525
Francisco Alves 2.044 1.533
Francisco Beltrão 2.031 1.523
General Carneiro 1.860 1.395
Godoy Moreira 2.056 1.542
Goioerê 2.053 1.539
Goioxim 2.034 1.526
Grandes Rios 2.058 1.544
Guaíra 2.016 1.512
Guairaçá 2.082 1.562
Guamiranga 1.922 1.442
Guapirama 2.077 1.558
Guaporema 2.068 1.551
Guaraci 2.097 1.573
Guaraniaçu 2.030 1.523
Guarapuava 1.963 1.473
Guaraqueçaba 1.703 1.277
Guaratuba 1.694 1.271
Honório Serpa 2.031 1.523
Ibaiti 2.041 1.530
Ibema 2.030 1.522
Ibiporã 2.083 1.562
Icaraíma 2.064 1.548
Iguaraçu 2.075 1.556
Iguatu 2.039 1.529
Imbaú 2.011 1.508
Imbituva 1.916 1.437
208
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Inácio Martins 1.884 1.413
Inajá 2.094 1.570
Indianópolis 2.061 1.546
Ipiranga 1.956 1.467
Iporã 2.048 1.536
Iracema do Oeste 2.043 1.532
Irati 1.877 1.408
Iretama 2.049 1.537
Itaguajé 2.087 1.565
Itaipulândia 2.040 1.530
Itambaracá 2.103 1.577
Itambé 2.055 1.542
Itapejara d'Oeste 2.040 1.530
Itaperuçu 1.828 1.371
Itaúna do Sul 2.094 1.571
Ivaí 1.958 1.469
Ivaiporã 2.057 1.542
Ivaté 2.069 1.552
Ivatuba 2.051 1.538
Jaboti 2.059 1.545
Jacarezinho 2.095 1.571
Jaguapitã 2.104 1.578
Jaguariaíva 1.976 1.482
Jandaia do Sul 2.058 1.544
Janiópolis 2.060 1.545
Japira 2.053 1.540
Japurá 2.056 1.542
Jardim Alegre 2.057 1.543
Jardim Olinda 2.085 1.564
Jataizinho 2.079 1.559
Jesuítas 2.044 1.533
Joaquim Távora 2.087 1.565
Jundiaí do Sul 2.072 1.554
Juranda 2.039 1.529
Jussara 2.054 1.540
Kaloré 2.060 1.545
Lapa 1.841 1.380
Laranjal 2.039 1.529
Laranjeiras do Sul 2.034 1.525
209
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Leópolis 2.101 1.576
Lidianópolis 2.063 1.547
Lindoeste 2.018 1.513
Loanda 2.084 1.563
Lobato 2.086 1.564
Londrina 2.066 1.550
Luiziana 2.044 1.533
Lunardelli 2.059 1.544
Lupionópolis 2.087 1.565
Mallet 1.807 1.356
Mamborê 2.045 1.534
Mandaguaçu 2.068 1.551
Mandaguari 2.064 1.548
Mandirituba 1.825 1.369
Manfrinópolis 2.022 1.517
Mangueirinha 2.028 1.521
Manoel Ribas 2.044 1.533
Marechal Cândido Rondon 1.989 1.492
Maria Helena 2.070 1.552
Marialva 2.057 1.543
Marilândia do Sul 2.062 1.546
Marilena 2.092 1.569
Mariluz 2.053 1.540
Maringá 2.064 1.548
Mariópolis 2.029 1.522
Maripá 2.042 1.531
Marmeleiro 2.016 1.512
Marquinho 2.041 1.531
Marumbi 2.058 1.544
Matelândia 2.018 1.514
Matinhos 1.687 1.265
Mato Rico 2.043 1.532
Mauá da Serra 2.058 1.544
Medianeira 2.026 1.520
Mercedes 2.040 1.530
Mirador 2.068 1.551
Miraselva 2.106 1.580
Missal 2.038 1.528
Moreira Sales 2.063 1.547
210
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Morretes 1.720 1.290
Munhoz de Melo 2.087 1.566
Nossa Senhora das Graças 2.091 1.568
Nova Aliança do Ivaí 2.069 1.552
Nova América da Colina 2.078 1.559
Nova Aurora 2.042 1.532
Nova Cantu 2.039 1.529
Nova Esperança 2.077 1.558
Nova Esperança do
Sudoeste 2.034 1.525
Nova Fátima 2.074 1.555
Nova Laranjeiras 2.035 1.526
Nova Londrina 2.091 1.568
Nova Olímpia 2.077 1.558
Nova Prata do Iguaçu 2.026 1.519
Nova Santa Bárbara 2.064 1.548
Nova Santa Rosa 2.040 1.530
Nova Tebas 2.049 1.537
Novo Itacolomi 2.061 1.546
Ortigueira 2.037 1.528
Ourizona 2.054 1.540
Ouro Verde do Oeste 2.033 1.525
Paiçandu 2.055 1.541
Palmas 1.948 1.461
Palmeira 1.887 1.415
Palmital 2.040 1.530
Palotina 2.045 1.534
Paraíso do Norte 2.064 1.548
Paranacity 2.091 1.568
Paranaguá 1.710 1.283
Paranapoema 2.091 1.568
Paranavaí 2.082 1.561
Pato Bragado 1.935 1.452
Pato Branco 2.035 1.526
Paula Freitas 1.773 1.330
Paulo Frontin 1.772 1.329
Peabiru 2.055 1.541
Perobal 2.059 1.545
Pérola 2.057 1.542
Pérola d'Oeste 1.927 1.445
211
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Piên 1.811 1.358
Pinhais 1.818 1.363
Pinhal de São Bento 2.028 1.521
Pinhalão 2.038 1.528
Pinhão 1.954 1.465
Piraí do Sul 1.971 1.478
Piraquara 1.800 1.350
Pitanga 2.038 1.528
Pitangueiras 2.095 1.571
Planaltina do Paraná 2.074 1.555
Planalto 2.026 1.520
Ponta Grossa 1.906 1.429
Pontal do Paraná 1.708 1.281
Porecatu 2.088 1.566
Porto Amazonas 1.883 1.412
Porto Barreiro 2.031 1.523
Porto Rico 2.084 1.563
Porto Vitória 1.811 1.359
Prado Ferreira 2.107 1.580
Pranchita 1.952 1.464
Presidente Castelo Branco 2.074 1.555
Primeiro de Maio 2.106 1.579
Prudentópolis 1.944 1.458
Quarto Centenário 2.046 1.535
Quatiguá 2.076 1.557
Quatro Barras 1.775 1.331
Quatro Pontes 2.037 1.528
Quedas do Iguaçu 2.025 1.519
Querência do Norte 2.070 1.553
Quinta do Sol 2.057 1.543
Quitandinha 1.830 1.372
Ramilândia 2.029 1.522
Rancho Alegre 2.098 1.574
Rancho Alegre D'Oeste 2.047 1.535
Realeza 2.026 1.520
Rebouças 1.839 1.379
Renascença 2.026 1.520
Reserva 2.013 1.510
Reserva do Iguaçu 2.007 1.505
212
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Ribeirão Claro 2.090 1.567
Ribeirão do Pinhal 2.071 1.554
Rio Azul 1.827 1.370
Rio Bom 2.063 1.547
Rio Bonito do Iguaçu 2.031 1.523
Rio Branco do Ivaí 2.055 1.541
Rio Branco do Sul 1.831 1.373
Rio Negro 1.808 1.356
Rolândia 2.091 1.568
Roncador 2.042 1.531
Rondon 2.066 1.550
Rosário do Ivaí 2.050 1.538
Sabáudia 2.082 1.562
Salgado Filho 2.022 1.517
Salto do Itararé 2.065 1.548
Salto do Lontra 2.033 1.525
Santa Amélia 2.084 1.563
Santa Cecília do Pavão 2.070 1.552
Santa Cruz de Monte
Castelo 2.074 1.556
Santa Fé 2.087 1.565
Santa Helena 1.966 1.474
Santa Inês 2.091 1.568
Santa Isabel do Ivaí 2.076 1.557
Santa Izabel do Oeste 2.031 1.523
Santa Lúcia 2.023 1.517
Santa Maria do Oeste 2.034 1.526
Santa Mariana 2.098 1.573
Santa Mônica 2.075 1.556
Santa Tereza do Oeste 2.025 1.519
Santa Terezinha de Itaipu 2.027 1.520
Santana do Itararé 2.056 1.542
Santo Antônio da Platina 2.088 1.566
Santo Antônio do Caiuá 2.089 1.567
Santo Antônio do Paraíso 2.063 1.547
Santo Antônio do Sudoeste 2.000 1.500
Santo Inácio 2.090 1.568
São Carlos do Ivaí 2.058 1.544
São Jerônimo da Serra 2.047 1.535
São João 2.034 1.525
213
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
São João do Caiuá 2.092 1.569
São João do Ivaí 2.058 1.543
São João do Triunfo 1.850 1.387
São Jorge do Ivaí 2.055 1.542
São Jorge do Patrocínio 2.050 1.537
São Jorge d'Oeste 2.025 1.519
São José da Boa Vista 2.039 1.529
São José das Palmeiras 2.031 1.524
São José dos Pinhais 1.771 1.328
São Manoel do Paraná 2.059 1.544
São Mateus do Sul 1.795 1.346
São Miguel do Iguaçu 2.025 1.519
São Pedro do Iguaçu 2.028 1.521
São Pedro do Ivaí 2.057 1.542
São Pedro do Paraná 2.087 1.565
São Sebastião da Amoreira 2.074 1.555
São Tomé 2.056 1.542
Sapopema 2.031 1.523
Sarandi 2.060 1.545
Saudade do Iguaçu 2.035 1.526
Sengés 1.973 1.480
Serranópolis do Iguaçu 2.017 1.513
Sertaneja 2.106 1.580
Sertanópolis 2.097 1.573
Siqueira Campos 2.070 1.552
Sulina 2.036 1.527
Tamarana 2.050 1.537
Tamboara 2.071 1.553
Tapejara 2.068 1.551
Tapira 2.072 1.554
Teixeira Soares 1.911 1.434
Telêmaco Borba 2.007 1.505
Terra Boa 2.052 1.539
Terra Rica 2.091 1.568
Terra Roxa 2.041 1.531
Tibagi 1.985 1.489
Tijucas do Sul 1.777 1.333
Toledo 2.036 1.527
Tomazina 2.059 1.545
214
Continuação Tabela 13
Produtividade Total Anual Média
Irradiação Total (HTOT) em kWh/kWp.ano para SFVCR
Município Anual Média em
kWh/m².ano com inclinação igual a latitude,
orientação norte e TD 75%
Três Barras do Paraná 2.026 1.519
Tunas do Paraná 1.815 1.361
Tuneiras do Oeste 2.065 1.549
Tupãssi 2.041 1.531
Turvo 2.005 1.504
Ubiratã 2.037 1.528
Umuarama 2.065 1.549
União da Vitória 1.809 1.357
Uniflor 2.086 1.564
Uraí 2.083 1.563
Ventania 2.016 1.512
Vera Cruz do Oeste 2.027 1.520
Verê 2.038 1.528
Virmond 2.027 1.521
Vitorino 2.028 1.521
Wenceslau Braz 2.051 1.538
Xambrê 2.060 1.545
215
APÊNDICE C
Figura 92. Atlas Fotovoltaico Brasileiro. Média Diária Mensal (Plano Inclinado - HTOT) – Janeiro a Abril.
217
Figura 93. Atlas Fotovoltaico Brasileiro. Média Diária Mensal (Plano Inclinado - HTOT) – Maio a Agosto.
218
Figura 94. Atlas Fotovoltaico Brasileiro. Média Diária Mensal (Plano Inclinado - HTOT) – Setembro a
Dezembro.
219
Figura 95. Atlas Fotovoltaico Brasileiro. Média Diária Sazonal (Plano Inclinado - HTOT) – Primavera a
Inverno.
220
APÊNDICE D
APÊNDICE E
APÊNDICE F