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UNIVERSIDADE LICUNGO

10

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


LICENCIATURA EM ENSINO DE FÍSICA COM HABILITAÇÃO EM ENERGIAS
RENOVÁVEIS

FOGUETE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ALFABETIZAÇÃO ENERGÉTICA


DOS ALUNOS DA ESCOLA SECUNDARIA DE DONDO

Universidade Licungo
Beira
2023

UL
11

FOGUETE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ALFABETIZAÇÃO ENERGÉTICA DOS ALUNOS DA


ESCOLA SECUNDARIA DE DONDO

Monografia científica a ser entregue ao curso de Licenciatura em Ensino de Física, Faculdade de


Ciências e Tecnologia-Extensão da Beira, para obtenção do grau académico de Licenciatura em
Ensino de Física com Habilitação em energias renováveis

Júri:

Presidente:
____________________________________

Arguente:
_____________________________________

Orientador:
___________________________________

Beira, maio de Dois Mil e Vinte e Três


12

Agradecimentos

Agradeço a Deus por ter me dado a graça da vida e sabedoria para poder trilhar este
caminho estudantil, à minha família, especialmente a minha mãe dona Regina, pela paciência e
apoio, principalmente naquelas noites prolongadas fazendo trabalhos da escola, a todos os
docentes do departamento de ciências e tecnologias, em especial aos docentes do curso de Física.

Agradeço ao meu supervisor, MsC Rui Muchaiabande, pelo acompanhamento e


orientação sábia para a materialização deste trabalho.

Aos meus amigos, por sempre acreditarem em mim e sempre darem aquele apoio
emocional.

Agradeço aos meus irmãos em Cristo, e ao meu Pastor pelo fortalecimento Espiritual e
muito mais.

Agradeço ao dr Otelo, professor de química da ESG de Dondo, por me ajudar na


organização dos alunos. Aos colegas do curso que foram excelentes companheiros de batalha
durante a formação.
13

Lista de Siglas
AE- Alfabetização Energética
ALER- Associação Lusófona de Energias Renováveis

ANAMM- Associação Nacional dos Municípios de Moçambique

BRIC- Brasil, Rússia, Índia e China

EDM- Electricidade de Moçambique

EE- Eficiência Energética

ENE- Estratégia Nacional de Energia

ESG- Ensino Secundaria Geral

EUA- Estados Unidos da América

FER- Fontes de Energias Renováveis

FUNAE- Fundo Nacional de Energia

HCB- Hidroelétrica de Cahora Bassa

INAQUA- Instituto Nacional de Desenvolvimento da Aquacultura

INE- Instituto Nacional de Estatística

MIREME- Ministério dos Recursos Minerais e Energia

ODS- Objectivos de Desenvolvimento Sustentável

ONU- Organização das Nações Unidas

PEE- Promoção da Eficiência Energética

PNE- Política Nacional de Energia

PNEPT- Política Nacional de Energia Para Todos

UNESCO- Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura


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Resumo

Moçambique é um país de baixa renda com cerca de 30 milhões de habitantes, dos quais, cerca de
44% têm acesso à energia eléctrica. Por outro lado, quanto ao uso de energia eléctrica, o país
apresenta altos índices de desperdício de energia e uma das causas associadas a este cenário é o
baixo nível de conhecimento sobre os mecanismos de poupança de energia. Por via desta
constatação, existe uma necessidade de alfabetizar energeticamente os consumidores de energia
eléctrica. A AE é importante para todos os grupos sociais, mas avaliar a AE em alunos pode ser
especialmente relevante por algumas razões: formação de hábitos e valores: A escola é um
espaço privilegiado para a formação de hábitos e valores, e a educação em EE pode ser uma
forma de estimular práticas mais sustentáveis entre os jovens; futuros consumidores: os alunos de
hoje serão os consumidores de energia do futuro, e é importante que eles tenham uma visão
crítica e consciente sobre o uso desses recursos; consciencialização da comunidade: ao promover
a AE entre os alunos, é possível que eles se tornem multiplicadores desses conhecimentos dentro
de suas famílias e comunidades. Deste modo, o presente estudo teve como objectivo avaliar o
nível de AE dos alunos da Escola Secundaria de Dondo. O estudo teve uma abordagem
quantitativa aplicada a uma amostra de 397 alunos do primeiro e segundo ciclo. Para a sua
selecção o autor usou a amostragem aleatória simples. A colecta de dados foi por questionário
adaptado do estudo de DeWaters e Powers (2011). Os resultados indicam que o desempenho dos
alunos é insatisfatório com uma pontuação de 33%. Com esses resultados, pode-se afirmar que,
os alunos do ESG de Dondo necessitam de uma intervenção na questão da AE para o aumento do
conhecimento na temática energética e EE, permitindo a sua participação eficaz no combate do
desperdício da energia eléctrica.

Palavra-chave: Alfabetização Energética, Eficiência Energética, Conhecimento.


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Abstract

Mozambique is a low-income country with around 30 million inhabitants, of which around 44%
have access to electricity. On the other hand, regarding the use of electricity, the country has high
levels of energy waste and one of the causes associated with this scenario is the low level of
knowledge about energy saving mechanisms. As a result of this finding, there is a need to make
energy literate consumers of electricity. Energy literacy is important for all social groups, but
assessing energy literacy in students can be especially relevant for a few reasons: Formation of
habits and values: The school is a privileged space for the formation of habits and values, and
education in energy efficiency can be a way to encourage more sustainable practices among
young people; Future consumers: Today's students will be the energy consumers of the future,
and it is important that they have a critical and conscious view about the use of these resources;
Community awareness: By promoting energy literacy among students, it is possible for them to
become multipliers of this knowledge within their families and communities. Thus, the present
study aimed to evaluate the SE level of students from Escola Secundaria de Dondo. The study
had a quantitative approach applied to a sample of 397 students from the first and second cycle.
For his selection the author used simple random sampling. Data collection was through a
questionnaire adapted from the study by DeWaters and Powers (2011). The results indicate that
the students' performance is unsatisfactory with a score of 33%. With these results, it can be
stated that the ESG students of Dondo need an intervention in the issue of EE in order to increase
their knowledge on energy and EE, which allows their effective participation in combating the
waste of electrical energy.

Keywords: Energy Literacy, Energy Efficiency, Knowledge.


16

Índic

e
CAPÍTULO I:.................................................................................................................................12

1. Introdução...............................................................................................................................12

1.1. Problematização..................................................................................................................13

1.2. Justificativa e importância do estudo..................................................................................15

1.3. Objectivo:............................................................................................................................17

1.4. Hipóteses.............................................................................................................................17

CAPÍTULO II:................................................................................................................................19

2. Fundamentação teórica............................................................................................................19

2.1. Conceitos da alfabetização energética.................................................................................19

2.2. Estado de arte......................................................................................................................20

2.3. Principais tópicos abordados no quarto princípio da Alfabetização Energética.................22

2.4. Alfabetização Energética dos alunos sob ponto de vista de alguns autores........................24

2.5. Variáveis de Indicadores sociodemográficos......................................................................25

2.6. Avaliação do nível de Alfabetização Energética dos alunos...............................................25

CAPÍTULO III:..............................................................................................................................27

3. Metodologia............................................................................................................................27

3.1. Caracterização de pesquisa..................................................................................................27

3.2. Instrumento de avaliação.....................................................................................................28

3.3. Metodologia usada para a descrição das características sociodemográficas dos alunos.....30

3.4. Metodologia usada para avaliação do desempenho dos alunos...........................................31

CAPÍTULO IV:..............................................................................................................................32

4. Apresentação e discursões dos conteúdos...............................................................................32

4.1. Apresentação dos resultados................................................................................................32


17

4.1.1. Características sociodemográficas dos alunos.................................................................32

4.1.2. Desempenho dos alunos da Escola Secundaria de Dondo sobre a Alfabetização


Energética………………………………………………………………………………………...33

4.2. Discussão dos resultados.........................................................................................................34

CAPÍTULO V:...............................................................................................................................37

5. Conclusão................................................................................................................................37

Referência bibliográfica.................................................................................................................39
18

Índice de tabelas
Tabela 3. 1. Questões submetidas a avaliação...............................................................................29
Tabela 3. 2. Distribuição da amostra por classe...........................................................................30
Tabela 3.3. Descrição das características sociodemográficas dos alunos selecionados................30
Tabela 3. 4. Critério de avaliação de desempenho do ESG...........................................................31
Tabela 4.1 Características sociodemográficas dos alunos por escola...........................................32
Tabela 4.2. Desempenho dos alunos da Escola Secundaria de Dondo..........................................33
12

CAPÍTULO I:

1. Introdução

A energia é a base que governa todas as ações que os seres humanos realizam em conjunto
e com o meio ambiente que os sustenta. Com a nossa forte dependência em fontes de
combustíveis fósseis ricos em energia, fomos capazes de criar os pilares da sociedade moderna,
permitindo mobilidade, crescimento industrial, conforto em casa, suprimento de alimentos nunca
antes vistos e prosperidade económica. Para mim, é claro que a energia é um recurso
extremamente importante. Ela é constantemente produzida e utilizada, o que exige uma gestão
cuidadosa das suas fontes e consumos. Acredito que apenas com um bom entendimento sobre o
que é energia, quais são suas fontes e processos de produção, formas de uso e estratégias de
conservação, podemos tomar decisões informadas sobre o melhor uso da energia.

Neste contexto, um público informado e alfabetizado em energia tem maior probabilidade


de se envolver no processo de desenvolvimento com a tomada de decisão e estará mais bem
equipado para tomar decisões. No entanto, o conhecimento por si só não determina um uso mais
consciente da energia. É necessário que as pessoas possam traduzir esse conhecimento em acções
concretas. (Dewaters & Powers, 2008).

O caminho para a tradução desses conhecimentos, esta direccionada a educação


energética. Porque as crianças sentadas em nossas salas de aula hoje são os eleitores e
consumidores de amanhã, e uma educação energética eficaz os ajudará a entender a relevância e
as implicações de suas próprias acções dentro de sua comunidade e do mundo mais amplo à
medida que se tornam adultos. (Dewaters et al., 2007; Trajkovic, 2018).

Deste modo, há uma necessidade de uma avaliação eficaz que ajude a medir a AE em
termos de referências conceituais válidas que definam de forma abrangente a AE em relação ao
conhecimento do conteúdo dos alunos, bem como atitudes e comportamentos relacionados à
energia.

Uma medida ampla e eficiente de alfabetização energética para alunos do ensino


secundário pode servir para determinar os níveis básicos de alfabetização energética entre grupos
13

de alunos, bem como para avaliar a eficácia de um programa/educação energética para melhorar
o nível de AE. Essa avaliação daria um feedback valioso, permitindo maiores avanços em
direcção à melhores programas educacionais, implementação mais ampla desses programas em
nossas salas de aula e melhor alfabetização energética.

1.1. Problematização

Um dos desafios que o mundo enfrenta na actualidade é a demanda energética. A medida


que a população mundial cresce, a necessidade energética também aumenta, causando uma
aceleração do esgotamento das fontes primárias de energia, como carvão mineral, petróleo e gás
natural (Muchaibande, Mahanjane & Carvalho, 2021). Esse esgotamento tem consequências
ambientais e económicas, como a emissão de gases poluentes que contribuem para o aquecimento
global e a dependência económica de países produtores desses recursos.

Segundo (Muchaibande et all, 2021) a humanidade, ciente desses problemas, começou a


pensar em novas fontes de energia, ambientalmente limpas e seguras, para serem usadas em
diversas finalidades, incluindo o sector residencial. Igualmente as sociedades começaram a
adoptar formas de poupanças no consumo de energia, integradas nos programas de eficiências
energéticas. Nestes mesmos programas se reconhecem medidas mais acessíveis de se economizar
energia sem muitos custos. Essa preocupação com a eficiência energética e a adopção de medidas
mais sustentáveis é essencial para garantir a disponibilidade de energia para as gerações futuras e
reduzir os impactos negativos no meio-ambiente.

Deste modo, muitos países desenvolvidos elaboraram programas de eficiências


energéticas, que incluem a utilização de tecnologias que consomem menos energia e a educação
do consumidor. Com os programas de eficiência energética, os países estão ocupando os mais
altos níveis de poupança, passando a dispor de energia suficiente, de boa qualidade e segura.
(Muchaibande et all, 2021). A adopção de programas de eficiência energética pode ser uma
forma importante garantir a disponibilidade de energia de boa qualidade e segura, além de trazer
benefícios em termos de economia e consciencialização do consumidor.

Mas de acordo com a ONU, apesar de todos os avanços científicos da humanidade, na


elaboração de tecnologias e programas de EE, mais de 1,5 bilhão de pessoas ainda vivem
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sem energia eléctrica no mundo. Em África, apesar de ser um continente rico em recursos
energéticos, continua a ocupar o mais alto nível de desperdício de energia e com uma cobertura
de rede eléctrica à população ainda mais baixa. (Muchaibande et all, 2021). Por exemplo, em
Moçambique a cobertura nacional de acesso à electricidade da rede é de 44%, significando que
das cercas de 30 milhões de habitantes que somos, cerca de 17,5 milhões de moçambicanos ainda
não têm acesso à electricidade, tanto nas zonas rurais como urbanas. Em 2020, apenas 4,5% da
população rural tinha acesso à electricidade em comparação com 75% da população urbana
electrificada. Assim, o acesso à electricidade nas zonas rurais precisa de aumentar rapidamente
para que o Governo atinja o seu objectivo de electrificação de todos os agregados familiares
moçambicanos até 2030.

Segundo o último Relatório de rastreamento ODS (Objectivos de Desenvolvimento


Sustentável) de 2021, Moçambique está entre os 20 países com défice de acesso à electricidade,
tecnologias e combustíveis de 2010 a 2019. Em Moçambique, assim como na Nigéria, Tanzânia,
Uganda, Etiópia, Madagáscar, e a República Democrática do Congo, não mais do que 5% da
população tem acesso à energia.

Para sair deste ranking dos 20 países com défice de acesso à energia eléctrica, o governo
de Moçambique estabeleceu programas que visam mitigar a falta de acesso à energia eléctrica no
país, respondendo o 7º ODS da ONU estabelecido na agenda de 2030 e visa assegurar o acesso
universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia (ODS). Nesta
perspectiva o governo moçambicano estabeleceu uma estratégia, na política nacional de energia
em 2018 do Programa Nacional Energia para Todos (PNEPT). O PNEPT visa levar e assegurar o
acesso universal de energia até 2030, por uma abordagem tecnicamente viável, financeiramente
sustentável e ambientalmente suportável.

Apesar desses avanços na política energética, Moçambique ainda está em um patamar


muito baixo quanto aos níveis da EE, ou por outra, muita energia que Moçambique dispõe, mas a
grande parte se perde e apenas uma parcela muito pequena está sendo usada efectivamente para o
nosso bem-estar e para o desenvolvimento do país. Esta situação apresenta um desafio em que
todos os moçambicanos são chamados a contribuir, para que todos tenham energia eléctrica
15

segura, de boa qualidade e com baixo nível de desperdício em seu uso." (Muchaibande et all,
2021)

Portanto, para contribuição para estes desafios, vários autores como (DeWaters e Powers
2011; Brounen, 2013, Muchaibande et al. 2018) centralizam-se na educação energética dos
consumidores e alunos. Nesta perspectiva, os autores sugerem uma implementação no currículo
escolar de temáticas relacionadas à geração, transporte, distribuição, eficiência energética,
consumo de energia, etc., para fornecer aos usuários informações que possam auxiliar na
diminuição do desperdício de energia, já que o sucesso desta contribuição reside no
conhecimento daquilo que é a energia e a sua forma de eficiência energética. A partir do que foi
apresentado, surge a seguinte questão norteadora da pesquisa: Qual é o nível de alfabetização
energética dos alunos da Escola Secundária Geral de Dondo?

1.2. Justificativa e importância do estudo


O maior desafio da humanidade é actualmente a protecção do ambiente e economia da
energia nas suas diversas formas. Actualmente existe uma preocupação enorme sobre como
suprir nossa demanda em energia num modelo climático sustentável, pois, a produção, conversão
e utilização da energia têm um grande impacto sobre o ambiente e a sociedade. Por isso, a
utilização da energia deve ser consciente, isto é, ela deve ser usada racionalmente e de forma que
se produzam impactos negativos menores sobre a natureza. (Roberto, 2002 citado por Machaieie,
2011)

A informação é um requisito fundamental para que os indivíduos estejam conscientes


sobre a energia, suas propriedades e seu impacto sobre o ambiente. Dewaters (2011) diz que um
público informado e competente em energia estará mais bem equipado para tomar decisões e
acções ponderadas e responsáveis relacionadas à energia. Os conhecimentos do impacto de mau
uso de energia têm, pode de certa forma influenciar as escolhas dos cidadãos. Pois, para que se
façam escolhas conscientes é necessário compreender as capacidades, os efeitos e até o custo da
energia, bem como as consequências da sua má gestão.

As iniciativas educacionais podem representar um ponto fulcral para a divulgação do


conhecimento sobre a energia e impacto de sua utilização nas comunidades. O impacto que tais
16

iniciativas podem ter sobre a comunidade é fundamentado pela influência que os alunos
informados podem ter junto de suas famílias e da comunidade em geral.

Pretendendo que elas sejam “informadores” das comunidades, há que assegurar que elas
tenham algum conhecimento sobre a energia e o impacto de sua utilização. Para que os alunos
possam transmitir informação relevante sobre o assunto em suas famílias, elas precisam obter um
conhecimento básico sobre a energia e compreender o seu impacto na vida do dia-a-dia e isso
pode ser conseguido através da instrução.

O principal objectivo no processo de ensino-aprendizagem (PEA) sobre energia é habilitar


os alunos a assumirem responsabilidades em matéria de uso da energia, sabendo o impacto que
estas têm sobre o ambiente. Por isso, alunos de certos níveis de ensino devem ser inclusos no
processo de consciencialização de acordo com suas idades.

Uma vez que estão desenhados alguns conteúdos sobre fontes de energia nos programas
de ensino básico e médio do 1º e 2º ciclo, em algumas disciplinas de ciência e, partindo do
princípio que os programas devem ser cumpridos, surgiu a necessidade de avaliar o
conhecimento sobre estas matérias por parte de alunos destes níveis de ensino e ainda. Pois,
pretendendo-se que alunos sejam dinamizadores de conhecimento relevante sobre energia e seu
impacto no ambiente, é preciso saber se eles estão a altura de difundir esse conhecimento.

Dado que na presente pesquisa pretende-se avaliar o nível de compreensão por parte de
alunos sobre conteúdos relacionados a energia e o conhecimento do impacto de sua utilização no
ambiente e ainda seu conhecimento sobre as fontes renováveis de energias, ela poderá nos dar o
ponto de situação sobre o PEA em energia e seu impacto sobre o ambiente.

Esta pesquisa também é importante enquanto levanta alguns pontos de discussão sobre o
papel da escola na educação da camada jovem face aos problemas energéticos e ambientais
decorrentes do uso da energia. Uma vez que esta pesquisa pretende avaliar o conhecimento do
aluno em conteúdos relacionados com a energia, pretende dessa forma contribuir para uma
reflexão e compreensão da necessidade de mudança das práticas nas escolas e o seu impacto na
melhoria das aprendizagens dos alunos.

No que diz respeito à ESG de Dondo e ao nível nacional, é preciso conhecer o nível de
conhecimento acerca de energia, para poder mitigar ou ajudar a sociedade com problemas
17

relacionados a energia e o desperdício dos mesmos, porque sabendo o nível de conhecimento dos
alunos, seja ele alto ou baixo, poderá se criar mecanismo ou programas para poder minimizar
essa situação.

1.3. Objectivo:
1.3.1. Geral
 Avaliar o nível de Alfabetização energética dos alunos da Escola Secundaria de Dondo
1.3.2. Específico
 Descrever as características sociodemográficas dos alunos do ESG de Dondo;
 Avaliar o nível de AE dos alunos em relação a conhecimento sobre conceitos
fundamentais da energia e ao consumo racional da energia electrica.

1.4. Hipóteses
 As características sociodemográficas dos alunos são as mesmas;
 O nível de AE dos alunos do ESG de Dondo é baixo.
1.5. Delimitação do tema

A cidade de Dondo é composta por 58 escolas, das quais 52 são do ensino primário e 6 do
ensino secundário, e com um universo de 43.294 alunos, segundo o inquérito do INE de 2021.

A pesquisa tem como objetivo avaliar o nível de alfabetização energética dos alunos da
escola secundária de Dondo, localizada na cidade de Dondo, província de Sofala, em
Moçambique, durante o ano letivo de 2022.

A alfabetização energética é uma habilidade essencial no mundo atual, onde a energia é


cada vez mais importante para a economia e a sociedade. A pesquisa busca identificar como os
alunos compreendem e aplicam conceitos relacionados à energia, tais como consumo, produção,
conservação e sustentabilidade.

O público-alvo da pesquisa são os alunos matriculados no 1º e o 2º ciclo, isto é, da 8ª à 12ª


classe da escola secundária de Dondo. A escolha desses alunos se deve ao fato de que eles já têm
um conhecimento prévio sobre o assunto, e estão em um momento crucial de suas vidas
acadêmicas, onde a alfabetização energética é cada vez mais importante.
18

Para definir o conceito de alfabetização energética, a pesquisa considera que essa


habilidade é a capacidade dos alunos em compreender e aplicar conceitos relacionados à energia,
tais como consumo, produção, conservação e sustentabilidade. Essa definição leva em
consideração não apenas o conhecimento teórico, mas também a capacidade prática dos alunos
em aplicar esse conhecimento em seu dia a dia.

A avaliação do nível de alfabetização energética dos alunos da escola secundária de


Dondo é importante porque pode ajudar a identificar lacunas no ensino e orientar políticas
públicas voltadas para o ensino de energia e sustentabilidade. Além disso, a pesquisa pode
contribuir para a conscientização dos alunos e da sociedade em geral sobre a importância da
alfabetização energética e seus impactos na economia e no meio ambiente
19

CAPÍTULO II:

2. Fundamentação teórica
Neste capítulo faz-se um levantamento teórico sobre os conceitos de alfabetização, o
estado de arte, a importância da AE, principais tópicos abordados no quarto princípio de AE, AE
dos alunos sob ponto de vista de alguns autores, variáveis de indicadores sociodemográficos e
avaliação do nível de AE dos alunos. Descreve-se a situação da literatura energética em
Moçambique

2.1. Conceitos da alfabetização energética


A alfabetização energética atraiu um interesse crescente entre os pesquisadores. No
entanto, até agora, nenhum consenso foi alcançado sobre uma definição comum de
AE. DeWaters e Powers (2011) definem a AE como o domínio do conhecimento básico
relacionado à energia, juntamente com a compreensão dos impactos da produção e consumo de
energia no meio-ambiente, como a energia é usada na vida quotidiana e a adopção de
comportamentos de economia de energia. Essa definição agrega três dimensões diferentes:
conhecimento, atitude e comportamento.

Essa contextuação de AE é manifestamente mais desafiadora para os indivíduos do que


simplesmente seguir instruções para reduzir a energia nas acomodações das pessoas, até porque
implica transformações de longo alcance que abrangem entendimentos, atitudes e
comportamentos. Também apresenta desafios significativos em termos de garantir a consistência
em todas as actividades de ensino superior, incluindo pesquisa, ensino e gestão de propriedade
em apoio à alfabetização energética (Tilbury, 2011).

Enquanto para Martins et al., (2021) A AE é uma ferramenta muito poderosa, à disposição
das pessoas comuns, para contribuir para um mundo mais sustentável. Segundo o autor, a AE é o
poder que as pessoas têm em suas mãos para elevar o desenvolvimento do planeta para um nível
mais diferente do que vivemos.
20

Outrora Brounen et all (2013) apresentam uma definição mais restrita e mais relacionada à
noção económica de custo-benefício. Segundo esses autores, a AE está relacionada ao trade-off
entre o maior investimento inicial necessário para adquirir equipamentos mais eficientes e a
economia monetária e energética resultante dessa escolha no longo prazo.

Kalmi et all. (2017) também usam uma definição semelhante, mas um pouco mais
abrangente. Além do trade-off relatado por Brounen et all. (2013), Kalmi et all. (2017) referem-
se à consciência do consumo individual de energia, à compreensão do processo que envolve a
formação do preço final da energia, à-vontade de adoptar comportamentos de economia de
energia, à necessidade de informação e à-vontade de acessar informações relacionadas à energia.

No entanto, Blasch et all. (2018) concentram-se em um conceito que eles chamam de


alfabetização financeira relacionada à energia. Esse conceito engloba não apenas o conhecimento
relacionado à energia necessária para tomar decisões informadas, mas também as habilidades
necessárias para processar essas informações, como a capacidade de realizar cálculos financeiros.

Por último, o Departamento de Energia dos EUA (2017) fornece uma visão mais ampla,
afirmando que a AE abrange não apenas a compreensão da natureza e o papel da energia no
mundo e na vida quotidiana, mas também a capacidade de aplicar esse entendimento para
responder perguntas e resolver problemas.

Tomando em conta as definições apresentadas, o autor toma como referência a definição


fornecida pelo Departamento de Energia dos EUA (2017). Dada a sua abrangência, permite
incorporar as várias definições apresentadas, incluindo as três dimensões da AE propostas por
DeWaters e Powers (2011), mas também a capacidade de realizar cálculos financeiros sugeridos
por Blasch et all. (2018).

2.2. Estado de arte


Em busca de um mundo melhor, alguns pesquisadores olharam na necessidade de
reconfigurar o indivíduo nas dimensões cognitiva, afectiva e comportamental para uma prática
energética pró-eficiente, para isso, os pesquisadores elaboraram diversas temáticas referente a AE
para poder educar os alunos em ralação as suas escolhas no uso do recurso energéticos.

Dewaters e Powers (2013) publicaram um artigo com o título "Estabelecimento de


critérios de medição para um questionário de AE", onde os autores buscaram estabelecer critérios
21

básicos para a construção de um instrumento de avaliação para pesquisas sobre AE, e os critérios
por eles estabelecidos são os que hoje são chamados de Dimensões da AE (Conhecimento,
Atitude e Comportamento). Para a elaboração do questionário os autores usaram a Estrutura de
Desenvolvimento de Instrumento, que visa organizar os conteúdos de acordo com cada critério
estabelecido.

Dewaters e Powers (2008) desenvolveram um estudo sobre "AE entre os jovens do ensino
fundamental e médio". O grupo estudado, foram aluno de uma cidade dos estados unido de
América, em particular na cidade de nova York, onde o estudo abrangeu um universo de 1021
alunos, onde se denotou que, os alunos apresentam um nível muito baixo em relação ao
conhecimento de conceitos básicos de energia, mas segundo as autoras eles apresentam uma
pontuação significativa em relação à atitude e comportamento em relação à energia.

Yutaka (2018) publicou um artigo intitulado "Um estudo da AE entre os alunos do ensino
médio no Japão". Neste estudo, o autor buscou entender o conhecimento, atitude e
comportamento dos alunos do Japão conserte a temática energética e os factores que levam aos
resultados por ele alcançados. Para a dimensão cognitiva o autor obteve uma percentagem de
41,17%, uma percentagem considerada muito baixa pelo autor, mas que comparada aos EUA do
estudo de Dewaters (2008) é um resultado superior, frisa o autor. E um dos factores que levam o
resultado baixo da parte cognitiva é que os alunos não abordam assuntos ligados a energia em
suas casas e nem mesmo na escola, diz o autor.

Usman et al (2021) desenvolveram e publicaram um artigo sobre "AE de alunos do ensino


médio em Indonésia: Um estudo preliminar". Onde os autores buscaram descobrir o perfil inicial
de AE dos alunos do ensino médio da Indonésia. Usando um questionário adaptado, os autores
constataram que o perfil inicial em cada aluno em relação ao conhecimento, os alunos apresentam
um resultado desanimado, isso devido à falta de conhecimento e habilidade nas questões ligada a
energia por parte dos alunos. Nesse sentido, os autores sugerem uma aprendizagem que possa
aprimorar a alfabetização energética do aluno e sinergia seus domínios, como o aprendizado
baseado em STEM.

Martins, et al (2021) desenvolveram um estudo sobre “Mulheres Vs Homens: Quem tem


melhor desempenho em alfabetização energética”, onde os autores explicam a implicação do
género no que diz respeito ao conhecimento, atitude e comportamento energético. Os autores
22

chegaram a conclusão de que a uma diferença significativa nos níveis de conhecimento do preço
da energia e conhecimento financeiro, com os homens a obterem os melhores resultados. Mas
apesar dos homens apresentarem melhores pontuação no preço de energia e finanças, os autores
dizem que as mulheres, por outro lado, demonstram melhores atitudes e comportamento em
relação à energia.

Em Moçambique o tema ligado a Alfabetização Energética, é muito pouco falado, há que


destacar alguns trabalhos realizados por uma equipe de pesquisadores.

Muchaibande et al (2019), fizeram um estudo comparativo entre Moçambique e África do


Sul na componente da integração dos conceitos ligados a energia nos currículos de cada país,
cujos resultados apontaram para uma diferença grande entre ambos, constatou-se, por exemplo,
que a taxa média de integração dos conceitos ligados a energia situava se em 12% contra 30% da
África do Sul.

Outro estudo, também realizado por Muchaiabande et al (2020), avalia a Política Nacional
de Energia (PNE) como directriz para a expansão do acesso à energia, com foco no papel
atribuído à escola nos Programas de Eficiência Energética na matriz de iluminação eléctrica. Dos
resultados apresentados nesse estudo, apontam para a TV como o meio mais eficaz que leva
informação aos alunos sobre como poupar a energia eléctrica com 73,6% e a participação da
escola praticamente é muito baixa, com apenas 3.3% dos participantes apontarem para ela como
o meio de promoção de eficiência energética.

Olhando para os dois artigos de Muchaiabande e tal (2019, 2020) apresentados nos
parágrafos anteriores, pode-se afirmar que Moçambique precisa desenvolver currículos e
mecanismo que leve o país a abordar mais a temática energética em escolas, visto que é a escola e
os professores que tem mais contactos com o aluno do que o seu educando em sua casa,
currículos esses com conteúdos que promovam a eficiência energética nas escolas. Em face deste
cenário exposto, os mesmos autores, Muchaiabande et al, escreveram um livro paradidático
lançado em 2021 e um artigo em 2022, com o título “Eficiência Energética e Vigilância
Energética” e “Alfabetização energética no contexto da eficiência: lições a aprender com África
do Sul, Brasil, Índia e Portugal".
23

2.3. Principais tópicos abordados no quarto princípio da Alfabetização Energética


A alfabetização energética é uma compreensão da natureza e do papel da energia no
mundo e na vida diária, acompanhada pela capacidade de aplicar essa compreensão para
responder a perguntas e resolver problemas. (Departamento de Energia dos EUA, 2017).

Existe um consenso entre os pesquisadores sobre o papel decisivo da educação para


abrandar a crise energética (Muchaiabande et al, 2022).

Entretanto, muitos estudos foram realizados em tal dimensão que hoje podemos afirmar
que pesquisas para demonstrar a importância da educação energética se tornaram obsoletas,
passando-se a buscar estratégias metodológicas e conteudistas sobre como tal tema deve ser
implementado para que os resultados sejam cada vez mais eficazes. (Muchaiabande et al, 2022).

Muchaiabande et al, 2022 dizem que vários estudos de nível internacional seguem a lógica
estabelecidos em benchemarks que sugerem conteúdos e metodologias de aprendizagem para o
campo de educação energética.

Entre esses estudos, o Departamento de Energia dos EUA (ou simplesmente U.S.
Department of Energy) estabeleceu um quadro conceptual constituído por sete princípios
fundamentais para Alfabetização Energética (AE). Esses princípios foram estabelecidos na
consideração de que:

Sem uma compreensão básica de energia, fontes de energia, geração,


utilização e estratégias de conservação, indivíduos e comunidades não podem
tomar decisões informadas sobre tópicos que vão desde a utilização consciente
de energia em casa e escolhas dos consumidores até a política energética
(inter)nacional (Muchaiabande et al, 2022 Cita DOE, 2017, p. 1).

Portanto, dos sete princípios estabelecidos pelo Departamento de Energia dos EUA, o
autor traz consigo o quarto princípio, sendo o de “Várias fontes de energia podem ser usadas nas
actividades do homem, e frequentemente essa energia deve ser transferida da fonte ao destino”,
que apresenta tópicos fundamentais e menos abordados ao longo do percurso estudantil nas
questões energéticas e que em nossos currículos não constam essas temáticas, que são:

 Unidades de energia (J, Cal, KWh).


 Fontes de energia não renováveis e renováveis.
24

 Consumo de energia no sector industrial, de transporte, residencial, comercial e de


agricultura.
 Formas de transporte de energia e impactos associados.
 Formas de geração de energia.
 Formas de conservação de energia (Pilhas, Baterias, etc.)

Segundo alguns autores como (Muchaiabande et al, 2022, Dewaters et al.,2013,


Zografakis et al., 2008) esses princípios são essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade,
porque a educação dos mesmos pode trazer consigo um aumento de conhecimento na sociedade e
poder alcançar um futuro sustentável, uma capacidade de decisão observadas nos alunos nas
questões relacionadas a energia e um comportamento adequado notado na sociedade em relação à
energia na vida quotidiana.

2.4. Alfabetização Energética dos alunos sob ponto de vista de alguns autores
Uma parte importante da literatura sobre o tema AE é dedicada a trabalhos de investigação
relativos a alunos e estudantes. De acordo Broe, (2019) estudos de duas décadas indicam que os
alunos são geralmente caracterizados por um baixo nível de AE, tanto em termos de
conhecimentos teóricos como de consciência das consequências do consumo de energia para as
sociedades e para o ambiente. Género, renda dos pais, perfil de escolaridade e localização da
escola são apontados como factores de diversificação.

Os estudos realizados com alunos de escolas norte-americanas revelaram um baixo nível


de conhecimento sobre a questão da conservação de energia e os determinantes do consumo
doméstico de energia, bem como a falta de consciencialização sobre situação energética do país
(J. Dewaters e Powers, 2011).

Outro estudo realizado nas Escolas Secundária Geral de Moçambique, em particular na


cidade da Beira, revelou a falta de conhecimento acerca da AE e sua importância na sociedade
(Muchaiabande et all., 2022), estes resultados segundo os autores é devido ao desinteresse por
parte dos alunos nos assuntos relacionados com a energia, outro aspecto que podemos olhar é a
falta de conteúdo no currículo moçambicano, pode ser isso o motivo também da insatisfação no
desempenho energético dos alunos.
25

Por sua vez, um estudo realizado com alunos do ensino médio na Grécia revelou uma
correlação entre as atitudes individuais, hábitos energéticos e desempenho escolar com
preocupações ambientais. Esta correlação está ligada com a propagação das informações das
mídias e por consciencialização nas escolas. (Ntona e Arabatzis, 2015).

Declarações relativas à tomada de medidas em benefício da conservação de energia ou da


protecção do ambiente. Conforme demonstrado pelo estudo realizado por (Yeh et al, 2017)., um
conhecimento significativamente melhor sobre o tema energia é apresentado pelos alunos cujos
pais tinham um nível de ensino superior ou trabalhavam no sector da educação do que os outros
alunos, isso devido a sua vasta experiência naquilo que é o meio-ambiente que o ensino superior
e a educação inseri-o o educando.

2.5. Variáveis de Indicadores sociodemográficos


O Distrito de Dondo possui 223.484 habitantes, sendo 112.336 mulheres e 111.148
homens segundo as projecções do INE para 2021 e uma densidade populacional de 91 hab. /km.
Possui 3 Postos administrativos e 5 Localidades nomeadamente: posto Administrativo Dondo
Sede que coincide com área Municipal (localidade sede), Posto Administrativo de Mafambisse
(Localidade Sede e Mutua) e Posto Administrativo de Savane (Localidade Sede e
Chinamacondo). A superfície do Distrito é de 2.443 Km2.

A cidade possui 10 Bairros assim designados: Canhandula, Nhamainga, Mafarinha,


Mandruzi, Consito, Central, Macharote, Nhamaiabwe, Samora Machel e Thundane. A população
local pertence na sua maioria ao grupo bangue resultante do cruzamento entre os Machangas,
Matewe e Sena – Pondzo do Baixo Zambeze. Tem uma taxa de Analfabetismo de 11.1% dos
quais 4% homem e 7,1% mulheres. A maior percentagem recai para o grupo feminino devido à
fraca participação desse género em escolas (ANAMM, 2021)

Dondo é fornecida energia eléctrica gerada pela Central de Chicamba (Província de


Manica). O distrito conta assim com duas subestações. Uma delas, situada no Dondo, tem a
potência de 20KVA e alimenta as saídas de Dondo – Inhamizua (22KV), Dondo – Nova Maceira
(22KV) e Dondo – Pùngué (22KV). A outra, localizada em Mafambisse é alimentada por uma
linha de 110KV e tem uma potência de 12MVA. A mesma energia alimenta cerca de 88% das
famílias que vivem na cidade (INAQUA, 2011).
26

2.6. Avaliação do nível de Alfabetização Energética dos alunos


Segundo Martins et al. (2020) a discussão sobre AE começou com foco no conhecimento.
Ele diz que, apesar da importância do conhecimento, o acesso a ele, por si só, não determina uma
mudança de comportamento mais efetiva. A AE surge na literatura mais recente, como um
conceito amplo que engloba três dimensões/avaliações: conhecimento, atitude e comportamento.
De acordo com (J. E. Dewaters, 2011):

Na avaliação do conhecimento, é essencial compreender os conceitos científicos


fundamentais, tais como regras, teorias e processos de transferência e transformação de energia,
além da influência dos fluxos energéticos nos ecossistemas.

Já na avaliação da atitude, é importante compreender as situações comuns relacionadas


ao fornecimento e desligamento de energia, bem como os impactos ambientais decorrentes dos
processos de produção e uso de energia. Além disso, as convicções e ideologias pessoais podem
influenciar as decisões relacionadas à energia, e é necessário considerar esses factores no
processo decisório.

Por fim, na avaliação do comportamento, é crucial ter consciência do impacto das ações
cotidianas no consumo e produção de energia, assumindo a responsabilidade individual e o
compromisso com ações efetivas e verdadeiramente comprometidas com a economia de energia,
como forma de contribuir para a sustentabilidade ambiental e a preservação dos recursos naturais.

Para o trabalho em questão o autor tomou em consideração a dimensão do conhecimento,


visto que a avaliação do conhecimento energético é importante para promover a educação e a
conscientização sobre energia, identificar lacunas de conhecimento que precisam ser preenchidas
e incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis relacionadas ao uso da energia.

Considerando os estudos de (Brounen 2013), (Kalmi 2017) e (Blasch 2018), (Martins et


al., 2020) entendem que o conhecimento é necessário para tomar decisões informadas
relacionadas à energia, não só na vertente energética, mas terá que incluir alguns conceitos
financeiros básicos, que dão às pessoas as habilidades necessárias para realizar cálculos
financeiros, entretanto o autor se focara na questão energética, visto que a maior preocupação é
com o desperdício e o mau uso da energia, e está ação ira minimizar se o povo estar devidamente
equipado com o conhecimento. Desta forma, (Martins et al., 2020) propõem uma abordagem
27

integrativa, que agrega conhecimentos nas áreas de energia, as capacidades que esse
conhecimento proporciona, a sensibilidade para as questões energéticas e a necessidade de
mudança de hábitos de consumo de energia, a percepção do papel individual de cada cidadão e
comportamento ou tomada de decisão.

CAPÍTULO III:

3. Metodologia

3.1. Caracterização de pesquisa


Para a materialização deste estudo, foram adoptados os seguintes tipos de pesquisa:

Quanto a abordagem, a pesquisa é quantitativa pois a investigação se apoia


predominantemente em dados estatísticos que visam gerar medidas precisas e confiáveis que
permitam uma análise estatística ou uma tentativa para garantir precisão de resultados, buscando
evitar erros de análise e interpretação (Porto, S.a).

Em relação aos objectivos, a pesquisa é descritiva visto que descreve as características do


grupo estudado, como a classe que o aluno frequenta, a idade, o género, se o aluno vive em uma
casa eletrificada, em que bairro o aluno vive, o número de agregado familiar, nível académico
alcançado pelo encarregado e o desempenho do aluno e estabelecer relações entre as variáveis.

Quanto ao procedimento a pesquisa é de campo pois, consistiu em realização de coleta de


dados juntos aos grupos estudados.

O desenvolvimento desta pesquisa obedeceu três etapas a saber: Fase de revisão


bibliográfica, adaptação do questionário a ser aplicado e análise dos resultados alcançados.

A fase de revisão bibliográfica: consistiu na busca de informações para um conhecimento


amplo da matéria referente a AE.

Fase da adaptação do questionário a ser aplicado: nesta etapa foi elaborado um


questionário, espelhando-se no questionário da DeWater e Powers (2011).
28

Fase da análise de dados: consistiu na apresentação dos resultados alcançados através de


tabelas, igualmente consistiu na descrição quantitativa e comparação dos resultados.

3.2. Instrumento de avaliação

O presente estudo, usa um questionário adaptado do Questionário de Alfabetização


Energética do DeWater e Powers (2011) para melhor compreensão dos níveis de alfabetização
energética entre estudantes do ensino médio da ESG de Dondo.

O questionário de Alfabetização Energética é um instrumento desenhado para administrar


em sala de aula e está alinhado com critérios que descrevem a alfabetização energética em termos
de amplo conhecimento e habilidades cognitivas relacionadas à energia dos alunos. (GLIEM,
2003).

A confiabilidade da consistência interna do questionário foi medida pelo Alfa de


Cronbach, que é de 0,70 satisfazendo os critérios geralmente aceites para consistência interna
(GLIEM, 2003, Citado por GASPAR, 2016). O coeficiente alfa de Cronbach é uma técnica
utilizada para avaliação da confiabilidade e consistência interna de instrumentos de medição.
(GASPAR, 2016)

Para o presente estudo, o questionário modificado contem 23 questões múltipla escolha


(Ver a tabela 3.1) contendo cinco opções de respostas onde o participante tinha que escolher
apenas a que achasse correcta, esta dimensão correspondente a uma das três dimensões da
alfabetização energética proposta por da DeWater e Powers (2011). A adaptação do questionário
partiu do pressuposto da comunidade em que o questionário seria submetido.

Para o processamento dos dados o autor usou o sistema estatístico IBM SPSS para a
analise dos dados, das seguintes variáveis. (Ver a tabela abaixo).
29

1. Toda e qualquer acção na Terra envolve…[B]


2. A fonte original de energia para quase todos os seres vivos na Terra é.. [A]
3. Qual das seguintes afirmações melhor DEFINE a energia? [D]
4. Como se sabe que um pedaço de madeira tem armazenado energia potencial química? [C]
5. Todas as seguintes são formas de energia EXCEPTO…[E]
6. A quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que usamos é medida em unidade chamada…[A]
7. Quais são as duas coisas que determinam a quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que um aparelho
eléctrico irá consumir? [D]
8. Quando se liga uma lâmpada INCANDESCENTE (observa a figura ao lado), pequena parte de energia
eléctrica é convertida em… e grande parte é convertida em…. [A]
9. Quando se liga uma lâmpada LED (observa a figura ao lado), pequena parte de energia eléctrica é
convertida em… e grande parte é convertida em…[B]
10. É impossível... [C]
11. O termo "recursos energéticos renováveis" significa… [E]
12. Qual dos seguintes recursos energéticos NÃO é renovável? [B]
13. Que recurso fornece cerca de 76% da energia utilizada em Moçambique? [A]
14. A maior fonte de ENERGIA RENOVÁVEL utilizada em Moçambique para obtenção de electricidade é
…[B]
15. A maior barragem hidroeléctrica de Moçambique localiza-se na província de…[D]
16. As três maiores Barragens hidroeléctricas de Moçambique são…[A]
17. A energia eléctrica que chega na cidade da Beira é gerada nas albufeiras dos rios…[B]
18. Qual é o combustível fóssil mais explorado actualmente em Moçambique? [A]
19. A MAIOR RAZÃO para comprar um aparelho com selo de eficiência energética (observa exemplo de
um selo na figura ao lado) é porque... [B]
20. Em que circunstâncias se gasta mais energia eléctrica? [D]
30

21. Que recurso fornece a maior parte da ENERGIA ELÉCTRICA utilizada em Moçambique? [D]
22. Qual das seguintes actividades relacionadas com a energia é MUITO prejudicial para a saúde humana e
o ambiente? [C]
23. Qual das seguintes lâmpadas eléctricas (observa a figura ao lado) pode ser MUITO prejudicial para a
saúde humana e o ambiente se forem mal descartadas no fim do seu ciclo de vida ou quando acidentalmente
se quebrarem?
Tabela 3. 1. Questões submetidas a avaliação.

3.3. Metodologia usada para a descrição das características sociodemográficas dos


alunos

A escolha dos alunos da 8ª a 12ª classe deveu-se ao facto de os alunos já terem tido
conteúdos ligados a conceitos sobre energia nas disciplinas de Ciências Naturais da 3ª a 7ª classes
e Física da 8ª a 10ª classes segundo INDE/MINED citado por ( Muchaiabande et al., 2019).

A Escola Secundaria de Dendo, apresenta um número total de 3470 alunos matriculados


no Curso Diurno nas classes de 8ª a 12ª (ver tabela 2.), de ambos os géneros. Para determinar a
amostra o autor usou a fórmula proposta por Edriss (2013). Na tabela 3.2 apresenta-se o número
exato dos alunos que foram submetidos ao questionário.

Quanto as características sociodemográficas dos alunos, foram identificadas 8 variáveis,


conforme a tabela 3.3.

Tabela 3. 2. Distribuição da amostra por classe

Classe 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª Total


1051 799 779 383 458 3470
% 30,3 23 22,4 11 13,2 100
n 120 91 89 44 52 396
N
n= 2 (1) Fonte: Edriss (2013)
1+ N∗e
Onde:
n – Tamanho da amostra
N- População total de interesse
e- erro experimental, assumido em 5
Tabela 3.3. Descrição das características sociodemográficas dos alunos selecionados
31

Ordem Variáveis Observação


1 A classe que frequenta Com opções de 1 a 5
2 Idade do aluno Valor discreto
3 Género do aluno Com opções de 1 ou 2
4 Vive numa casa electrificada Com opções de 1 ou 2
5 Bairro onde vive o aluno Com opções de 1 a 11
6 Agregado familiar do aluno Valor discreto
7 Nível de educação alcançado pelo encarregado Com opções de 1 a 6
8 Desempenho do aluno em AE Valor contínuo
Mesmo tendo o número exato dos alunos que o autor iria submeter ao questionário, o
autor deparou-se com a questão de numerosidade em salas de aula, por cada classe, foi aí que o
autor aplicou uma amostra aleatória simples, onde o autor usou alguns papelinhos enumerados e
aplicou o sorteio para a selecção do grupo alvo a participar da pesquisa. A amostragem aleatória
simples da se a cada elemento do grupo alvo a mesma probabilidade de serem selecionados, pois
essa selecção é feita em forma de sorteio (Oliveira, 2001).

3.4. Metodologia usada para avaliação do desempenho dos alunos


Para a avaliação do desempenho o autor usou o regulamento de avaliação de desempenho
do ESG, que estabelece os critérios de desempenho dos alunos.

Nos termos desse Regulamento, são cinco os componentes subjacentes ao processo de


avaliação no ESG, designadamente: Excelente, Muito Bom, Bom, Satisfatório e não Satisfatório.
(ver a tabela 3.4).

Tabela 3. 4. Critério de avaliação de desempenho do ESG

Classificação Classificação
Desempenho do aluno
qualitativa quantitativa
Demonstra de forma excelente as competências requeridas; Cumpre com
rigor todas as exigências do programa; Aplica com sucesso os
Excelente 19 a 20 conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridas em novas situações;
Possui conhecimentos sólidos e amplos, habilidades e atitudes
requeridas e espírito crítico
Demonstra amplamente as competências requeridas; Cumpre todas as

Muito Bom 17 a 18 exigências do programa; realiza tarefas exigidas sem dependência do


professor; Possui pensamento independente, coerente e crítico.

Bom 14 a 16 Demonstra com segurança as competências requeridas; cumpre as


32

exigências do programa cometendo poucas falhas e não mudando o


essencial do conteúdo; possui bons conhecimentos, habilidades e
atitudes.
Demonstra satisfatoriamente as competências requeridas; cumpre
Satisfatório 10 a 13 satisfatoriamente as exigências do programa; possui satisfatórios
conhecimentos, habilidades e atitudes
Demonstra insatisfatoriamente as competências requeridas; comete
Não
Inferior a 10 muitas falhas, o seu desempenho precisa de ser melhorado, não revela
Satisfatório
segurança.

CAPÍTULO IV:

4. Apresentação e discursões dos conteúdos

4.1. Apresentação dos resultados

4.1.1. Características sociodemográficas dos alunos


Em relação as características sociodemográficas dos alunos, a tabela 4.1 mostra o cenário da
Escola Secundaria de Dondo.
1
Tabela 5.4.1 Características sociodemográficas dos alunos por escola

Variável n=396
8ª 9ª 10ª 11ª 12ª
Alunos entrevistados (número) 120 91 89 45 52
Idade de alunos (anos) 13 14 17 18 17
Media do Agregado Familiar
6 5 8 5 7
(número)
Género de alunos (%) F 55,8 46,2 40,4 44,4 30,8
M
42,5 52,7 58,4 55,6 69,2
Casas de alunos com acesso à Sim
95 91,2 88,3 95,6 98,1
energia elétrica (%)
Não 4,2 6,6 12,4 4,4 1,9
Nível de Escolaridade do
Encarregado de Educação do aluno 43 a 25 b 30 c 21 a 23 c

1a
Secundário, 2o ciclo
b
Universitário, graduação (licenciado)
C
Secundário, 1o ciclo
33

(número)
Desempenho Cognitivo (0 a 20
6,6 6,4 6,6 6,2 7,4
valores)

A tabela 4.1 apresenta os resultados referentes às características sociodemográficas dos


alunos, os quais visam responder à hipótese 1 que afirma que as características
sociodemográficas dos alunos são as mesmas. Pode-se notar que a percentagem de alunos do
sexo feminino é de 45,6%, enquanto a dos alunos do sexo masculino é de 53,4%. Além disso, na
mesma tabela, percebe-se que cerca de 92,2% dos alunos vivem em uma casa eletrificada. A
média de membros por agregado familiar é de 6,2 e o nível acadêmico dos encarregados de
educação é maioritariamente do ESG do 2º ciclo, com uma percentagem de 29%. Quanto ao
desempenho global dos alunos, a média é de 6,6.

4.1.2. Desempenho dos alunos da Escola Secundaria de Dondo sobre a Alfabetização


Energética.

Em relação ao desempenho dos alunos sobre a AE, a tabela 4.2 mostra aquilo que é a capacidade
dos alunos da Escola Secundaria de Dondo.
34

Tabela 6.4.2. Desempenho dos alunos da Escola Secundaria de Dondo


35

Conteúdos [n] [%]


1. Toda e qualquer acção na Terra envolve…[B] 125 31,00
2. A fonte original de energia para quase todos os seres vivos na Terra é.. 93 23,00
[A]
3. Qual das seguintes afirmações melhor DEFINE a energia? [D] 157 39,00
4. Como se sabe que um pedaço de madeira tem armazenado energia 96 24,00
potencial química? [C]
5. Todas as seguintes são formas de energia EXCEPTO…[E] 105 36,00
6. A quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que usamos é medida em 118 29,00
unidade chamada…[A]
7. Quais são as duas coisas que determinam a quantidade de ENERGIA 81 20,00
ELÉCTRICA que um aparelho eléctrico irá
consumir? [D]
8. Quando se liga uma lâmpada INCANDESCENTE (observa a figura 203 51,00
ao lado), pequena parte de energia eléctrica é
convertida em… e grande parte é convertida em…. [A]
9. Quando se liga uma lâmpada LED (observa a figura ao lado), pequena 111 27,00
parte de energia eléctrica é convertida em… e grande parte é convertida
em….[B]
10. É impossível... [C] 78 19,00
11. O termo "recursos energéticos renováveis" significa… [E] 44 11,10
12. Qual dos seguintes recursos energéticos NÃO é renovável? [B] 117 29,00
13. Que recurso fornece cerca de 76% da energia utilizada em 86 21,00
Moçambique? [A]
14. A maior fonte de ENERGIA RENOVÁVEL utilizada em 179 45,10
Moçambique para obtenção de electricidade é …[B]
15. A maior barragem hidroeléctricas de Moçambique localiza-se na 245 61,00
província de…[D]
16. As três maiores Barragens hidroeléctricas de Moçambique são…[A] 275 69,00
17. A energia eléctrica que chega na cidade da Beira é gerada nas 43 10,00
albufeiras dos rios…[B]
18. Qual é o combustível fóssil mais explorado actualmente em 155 39,00
Moçambique? [A]
19. A MAIOR RAZÃO para comprar um aparelho com selo de 147 37,00
eficiência energética (observa exemplo de um selo na figura ao lado) é
porque... [B]
20. Em que circunstâncias se gasta mais energia eléctrica? [D] 163 41,10
21. Que recurso fornece a maior parte da ENERGIA ELÉCTRICA 173 43,00
utilizada em Moçambique? [D]
22. Qual das seguintes actividades relacionadas com a energia é MUITO 175 44,10
prejudicial para a saúde humana e o ambiente? [C]

23. Qual das seguintes lâmpadas eléctricas (observa a figura ao lado) 78 19,00
pode ser MUITO prejudicial para a saúde humana e o ambiente se forem
mal descartadas no fim do seu ciclo de vida ou quando acidentalmente se
quebrarem?
Media 132 33,00
36

A média do desempenho situou-se em 33% em ambos os géneros. Os resultados referentes


ao desempenho dos alunos sobre AE são apresentados na tabela 4.2. De acordo com esses
resultados, os alunos destacaram-se positivamente na questão sobre as três maiores barragens de
moçambique com 69% de aproveitamento, a identificação da maior barragem hidrelétrica
nacional e o comportamento da luz incandescente, também foram questões com um bom
aproveitamento com 61% e 51% respetivamente. As questões com baixo desempenho estão
relacionadas com a proveniência da energia electrica que chega a cidade da Beira com 10%, o
significado do termo recurso energético, com 11,1%, a identificação da lâmpada que constitui um
risco para a saúde humana com 19%, a unidade de medida de energia electrica com 20% e do
principal recurso energético renovável mais utilizado em Moçambique com 21%.

4.2. Discussão dos resultados


Os resultados das características sociodemográficos dos alunos, apresentados na tabela
4.1, mostram que 45,6% são do sexo feminino e 53,4% do sexo masculino. Além disso, a média
de membros por agregado familiar é de 6,2 e o nível acadêmico dos encarregados de educação é
predominantemente do ESG do 2º ciclo, com uma porcentagem de 29%. A idade dos alunos varia
de 13 a 17 anos, do 1º ao 2º ciclo. É interessante notar que cerca de 92,2% dos alunos vivem em
uma casa eletrificada.

Com base na tabela 4.2, vai-se discutir o desempenho cognitivo de algumas questões
individualizadas através de uma comparação com outros estudos realizados em alguns países,
como é o caso dos EUA e Japão. Nas questões discutidas nos trabalhos realizados nesses dois
países foram tomadas em consideração alguns tópicos e obedecem algumas sequencias:
Conceitos básicos de energia, Conservação de energia, potência e energia e recursos
energéticos.

Conceitos básico de energia: cerca de 51% dos alunos foram capazes de dizer que grande
parte da energia elétrica fornecida à uma lâmpada incandescente é convertida em calor e pequena
parte em iluminação, este resultado está muito abaixo dos resultados obtidos por DeWaters e
Powers (2011) nos EUA com 65% e 77% no Japão por Yutaka (2018) .( Yutaka, 2018; Dewaters
& Powers, 2011).
37

Conservação de energia: cerca de 37% dos alunos reconheceu que a maior razão para a
compra de electrodomésticos com selo de eficiência energética é da indicação da quantidade de
energia que estes electrodomésticos poderão consumir, porem, este resultado é significativamente
baixo quando comparado com os resultados apresentados em estudos realizados nos EUA por
DeWaters & Powers (2011) e no Japão por Yutaka com 73% e 83% respectivamente.

Potência e energia: apenas 20% dos alunos que participaram no estudo foram capazes de
identificar as duas variáveis que determinam a quantidade de energia consumida por um
electrodoméstico, resultado muito abaixo dos resultados obtidos nos estudos de DeWaters &
Powers (2011) e Yutaka (2018) que obtiveram mais de 40%. Todavia, apenas 10% dos alunos
dos EUA e 37% dos alunos japoneses poderiam identificar a unidade da energia eléctrica
(Dewaters & Powers, 2011), em comparação ao EUA o resultado é baixo dos que encontramos
no presente estudo, onde cerca de 29% dos alunos sabiam que a unidade da energia eléctrica é o
KWh.

Recursos energéticos: apenas 11,1% dos alunos foram capazes de dizer o significado de
“Recurso energético renovável”. Quando comparado com os resultados obtidos nos EUA e em
Japão o resultado no presente estudo é muito baixo, ou seja, no EUA conta com 50% e em Japão
com 15% dos alunos que souberam identificar o recurso energético renováveis. Dando
seguimento aos recursos energéticos, apenas 21% dos alunos conseguiram identificar o recurso
energético fóssil mais explorado em Moçambique, uma percentagem abaixo da encontrada por
(Dewaters & Powers, 2011) e por Yutaka (2018) com 26,6% .

Com os resultados relativamente aos diferentes domínios do conhecimento explanados


acima, pode-se constatar, de uma forma geral, um desempenho não satisfatório e ligeiramente a
baixo dos dois estudos realizados nos EUA e Japão. Essa tendência negativa das diferentes
questões do domínio cognitivo, resultou numa média de 33%.

Para concluir, pode-se afirmar que em média, os resultados alcançados nesse estudo estão
em conformidade com a 2ª hipótese estabelecida pelo autor, e demostraram algumas
similaridades e diferenças quando comparados com estudos previamente realizados em outros
países. Por exemplo, vários estudos como de (Fah et al. 2012; Yutaka, 2018; Usman & Huda,
2021; Dewaters & Powers, 2011;), realizados na Malásia (32,66%), Estados Unidos da América
38

(40,17%), Japão (41,17%) e Indonésia (48,6%) respetivamente, alguns estudos mostraram-se


muito alto e outro igual quando comparados com os achados nesse estudo.

CAPÍTULO V:

5. Conclusão
 Ao analisar as características sociodemográficas dos alunos, podemos notar que a
percentagem de alunos do sexo feminino e masculino é próxima, a maioria vive em casa
eletrificada e o nível acadêmico dos encarregados de educação é predominantemente do
ESG do 2º ciclo. A média de membros por agregado familiar é relativamente similar e o
desempenho global dos alunos não apresenta grandes diferenças, o que confirma a
primeira hipótese desta pesquisa. Neste caso percebe-se a importância de não analisar
informações isoladas sobre o desempenho acadêmico dos alunos, mas sim considerar
39

factores sociais e culturais que podem influenciar a equidade de gênero e a condição


socioeconómica das famílias. É mencionado que a predominância do nível acadêmico dos
encarregados de educação pode indicar um contexto socioeconómico desfavorável para a
educação de qualidade. Para uma análise completa e aprofundada, é necessário considerar
todas essas informações em conjunto.

 Quanto ao desempenho dos alunos sobre AE, pode concluir-se que o nível de AE dos
alunos do ESG de Dondo é insatisfatório, comparado com os estudos feitos no mundo fora,
como o de Yutaka, 2018 e Dewaters & Powers, 2011, apenas têm uma corelação com o
estudo feito em malásia.

Ainda com a visão no estudo percebemos que os alunos não têm noção acerca do termo
recurso energético, visto que esse é um termo que dá partida para a compreensão da
energia no seu panorama geral, e outro aspecto importante é que existe um nível de
desempenho insatisfatório com relação ao conhecimento da proveniência da energia
utilizada na cidade da Beira, isso significa que os alunos não têm a noção da proveniência
da energia que eles utilizam e nem mesmo têm uma noção acerca das albufeiras que geram
essas energia. Neste sentido podemos perceber que os resultados, apontam para uma
concordância com a hipótese dois formulada. Deste modo percebe-se a necessidade de
resolver a situação relacionada com o conhecimento energético nos alunos, visto que o
desenvolvimento de uma nação, esta nas mãos dos que hoje são alunos.

Finalmente esses resultados sugerem que:

1. Haja uma Implementação dos programas educacionais que promovam a conscientização


dos alunos sobre o conceito de recurso energético e a importância da energia na
sociedade;
2. Oferecer palestras e actividades práticas para que os alunos conheçam de perto as
albufeiras que geram a energia utilizada na cidade da Dondo;
3. Desenvolver um plano de ensino mais abrangente e eficaz, que inclua a educação
ambiental e a sustentabilidade, para que os alunos sejam mais conscientes sobre os
impactos ambientais da produção e consumo de energia;
40

4. Fazer parcerias com empresas locais de energia para promover visitas técnicas e aulas
práticas nas escolas, proporcionando uma melhor compreensão sobre o assunto.
5. Introduzir materiais didáticos específicos para o ensino de AE, como livros, vídeos e
softwares educacionais. Esses materiais podem ser usados para complementar as aulas e
fornecer aos alunos uma visão mais ampla e detalhada do tema.
6. Incentivar a participação em projetos de energia renovável: Uma forma prática de
envolver os alunos em projetos de AE é incentivá-los a participar de iniciativas que
promovam a energia renovável, como projetos de instalação de painéis solares, turbinas
eólicas ou sistemas de reciclagem.
7. Realizar atividades extracurriculares: Além das aulas regulares, as escolas podem
organizar atividades extracurriculares relacionadas à AE, como palestras e feiras de
ciências. Isso pode aumentar o interesse dos alunos pelo tema e ajudá-los a se envolver
mais com a matéria.
8. Integrar a AE em outras disciplinas, como matemática, ciências e geografia. Isso pode
ajudar os alunos a entender a importância da AE em diferentes áreas e como ela está
relacionada a outros conceitos importantes.

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Yutaka, A. (2018). A Study of Energy Literacy among Lower Secondary School Students in
Japan. December.
43

Apêndice
Nota Importante
O questionário que vai responder é uma pesquisa que estou a desenvolver para a obtenção do
grau de licenciatura na Universidade Licungo.
Tem aqui 23 perguntas ligadas a energia eléctrica, o objectivo é saber o nível de
entendimento que você possui acerca de energia. Apoiando-se naquilo que sabe, responda na
medida do possível. Por favor, não deixe nenhuma pergunta em branco.
Agradeço de forma antecipada a sua cooperação e me responsabilizo em garantir maior
confidencialidade nas suas opiniões de resposta.
Atenciosamente Foguete Dos Santos, contacto: 872179449 ou 844871286
44

A. Dados sociodemográficos
1. A classe que frequenta: _______ ª
2. Está a repetir essa classe? 1-Sim / 2-Não
3. Idade do aluno __________ (Anos)
4. Género
1. Feminino
2. Masculino
5. Vive numa casa electrificada? 1-Sim / 2-Não
6. Em que Bairro vive o aluno?
1. Canhandula 2. Central 3. Consito 4. Mafarinha
5. Mandruzi 6. Macharote 7. Nhamainga 8. Nhamaiabwe
9. Samora Machel 10. Thundane 11. Outro (especificar)

7. Agregado familiar do aluno (Número de membros da família) _________

8. Nível de educação alcançado pelo encarregado de educação.


1. Primário, 1o ciclo
2. Primário, 2o ciclo
3. Secundário, 1o ciclo
4. Secundário, 2o ciclo
5. Universitário, graduação (licenciado)
6. Universitário, pós-graduação (Mestre, Doutor,…)
9. Género do encarregado de educação do aluno: 1- Feminino / 2 - Masculino
B. Dados sobre o conhecimento em aquisição, consumo e conservação de energia. Uma única opção
está correcta. Em cada questão, apenas marque uma opção.

1. Toda e qualquer acção na Terra envolve...


A. Alimentação
B. Energia
C. Sol
D. Água
E. Movimento
2. A fonte original de energia para quase todos os seres vivos na Terra é...
A. Sol
B. Água
C. Solo
D. Vida vegetal
E. Vento
3. Qual das seguintes afirmações melhor DEFINE a energia?
A. Uma força que move alguma coisa
B. Potencial e cinética
C. O ritmo a que o trabalho é feito
45

D. A capacidade de realizar trabalho


E. Combustíveis fósseis
4. Como se sabe que um pedaço de madeira tem armazenado energia potencial química?
A. Pode ser convertido noutras coisas, tais como papel e porta
B. É um objecto imóvel
C. Liberta calor quando queimado
D. Foi em tempos um ser vivo
E. A madeira não tem energia potencial armazenada
5. Todas as seguintes são formas de energia EXCEPTO...
A. Química
B. Calor
C. Mecânica
D. Electromagnética
E. Carvão
6. A quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que usamos é medida em unidade chamada...
A. Kilowatt-hora (kWh)
B. Kilowatt (kW)
C. Unidade Térmica Britânica (BTU)
D. Volt(V)
E. Cavalo-Vapor (CV)
7. Quais são as duas coisas que determinam a quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que um
aparelho eléctrico irá consumir?
A. O tamanho do aparelho (volume), e o custo da electricidade
B. A temperatura do aparelho quando é ligado, e o período de tempo durante o qual é ligado
C. A potência nominal do aparelho (watt ou kilowatt), e o custo da electricidade
D. A potência nominal do aparelho (watt ou kilowatt), e o período de tempo em que é ligado
E. A potência nominal do aparelho (watt ou kilowatt), e o tamanho da tomada eléctrica
8. Quando se liga uma lâmpada INCANDESCENTE (observa a figura ao lado), pequena
parte de energia eléctrica é convertida em… e grande parte é convertida em….
A. Luz/Calor
B. Electrões /Temperatura Incandescente
C. Temperatura /Calor
D. Calor/Luz
E. Electrões /Luz
9. Quando se liga uma lâmpada LED (observa a figura ao lado), pequena parte de energia eléctrica é
convertida em… e grande parte é convertida em….
A. Temperatura /Calor
B. Calor/Luz
C. Electrões /Temperatura
D. Luz/Calor LED
E. Electrões /Luz
10. É impossível...
A. Converter energia química em energia térmica
B. Medir a quantidade de energia nos alimentos
C. Construir uma máquina que produza mais energia do que aquela que utiliza
D. Utilizar etanol para alimentar um automóvel
E. Poupar energia através da redução, reutilização e reciclagem de produtos
11. O termo "recursos energéticos renováveis" significa...
A. Recursos que são gratuitos e convenientes de utilizar
B. Recursos que podem ser convertidos directamente em calor e electricidade
C. Recursos que não produzem poluição atmosférica
46

D. Recursos que são muito eficientes de utilizar para a produção de energia


E. Recursos que podem ser repostos pela natureza num curto período de tempo
12. Qual dos seguintes recursos energéticos NÃO é renovável?
A. Solar
B. Carvão
C. Biomassa (madeira, lenha, carvão vegetal, resíduos de animais e plantas, combustíveis
alcoólicos)
D. Água (hídrica)
E. Geotermal
13. Que recurso fornece cerca de 76% da energia utilizada em Moçambique?
A. Biomassa tradicional (lenha, carvão vegetal e alguns resíduos animais)
B. Água (hídrica)
C. Nuclear
D. Vento
E. Combustíveis fósseis
14. A maior fonte de ENERGIA RENOVÁVEL utilizada em Moçambique para obtenção de
electricidade é ...
A. Solar
B. Água (hídrica)
C. Vento
D. Biomassa (madeira, resíduos, plantas, combustíveis alcoólicos)
E. Geotermal
15. A maior barragem hidroeléctrica de Moçambique localiza-se na província de…
A. Manica
B. Inhambane
C. Zambézia
D. Tete
E. Maputo
16. As três maiores Barragens hidroeléctricas de Moçambique são…
A. Chicamba, Mavuzi e Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB)
B. Mepopole, HCB e Curumana
C. Lucheringo, Pequenos Libombos e HCB
D. Mavuzi, HCB e Lucheringo
E. Curumana, Pequenos Libombos e Mavuz

17. A energia eléctrica que chega na cidade da Beira é gerada nas albufeiras dos rios…
A. Búzi, Púnguè e Zambeze
B. Revuè, Zambeze e Chicamba
C. Búzi, Chicamba e Zambeze
D. Zambeze, Búzi e Revuè
E. Save, Púnguè e Búzi
18. Qual é o combustível fóssil mais explorado actualmente em Moçambique?
A. Carvão mineral
B. Gás natural
C. Petróleo bruto (petróleo)
D. Carvão vegetal
E. Madeira
19. A MAIOR RAZÃO para comprar um aparelho com selo de eficiência energética (observa exemplo de
um selo na figura ao lado) é porque...
A. O selo indica que o aparelho foi aprovado pelo governo de
Moçambique para ser comercializado no nosso país
47

B. O selo indica o nível de energia que o aparelho vai consumir


C. O selo indica o país de origem e o período de garantia do aparelho
D. O selo indica que o aparelho é moderno
E. O selo indica que o aparelho não é caro.
20. Em que circunstâncias se gasta mais energia eléctrica?
1. Durante a preparação das refeições
2. Durante os finais de semanas ou em dias de celebrações (aniversários, datas festivas, etc.)
3. Durante a noite
4. Depende do comportamento das pessoas que estão a usar essa energia
5. Durante o uso do ferro eléctrico de engomar
21. Que recurso fornece a maior parte da ENERGIA ELÉCTRICA utilizada em Moçambique?
A. Petróleo
B. Carvão
C. Gás natural
D. Água (hídrica)
E. Energia nuclear
22. Qual das seguintes actividades relacionadas com a energia é MUITO prejudicial para a saúde
humana e o ambiente?
A. Geração de electricidade com células fotovoltaicas (painéis solares)
B. Extracção e transporte de gás natural
C. Queima de combustíveis fósseis para produzir electricidade
D. Fabrico de células fotovoltaicas (painéis solares) para produção de electricidade
E. Extracção e transporte de carvão mineral

23. Qual das seguintes lâmpadas eléctricas (observa a figura ao lado) pode ser MUITO prejudicial para
a saúde humana e o ambiente se forem mal descartadas no fim do seu ciclo de vida ou quando
acidentalmente se quebrarem?
A. Lâmpadas Incandescentes
B. Lâmpadas LEDs
C. Lâmpadas Fluorescentes
D. Todas não são prejudiciais
E. Todas são prejudiciais na mesma medida
48

ANEXO

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