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CURSO DE FÍSICA
Dondo
2022
INDE ANTÓNIO MAFUNGA JANO
Dondo
2022
INDE ANTÓNIO MAFUNGA JANO
____________________________________________________________
Presidente do júri: MsC Carlos Mário Carlos
_____________________________________________________________
Arguente: MsC Benjamim António Curado
____________________________________________________________
Supervisor: MsC Rui Muchaiabande
Lista de tabelas
AE – Alfabetização energética
CCMER – Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis
DEE – Desafio em Eficiência energética
DOE – Department Of Energy
EE – Eficiência Energética
EEVE – Energia, Eficiência e Vigilância Energética
EDM – Electricidade de Moçambique
ER – Energia Renovável
ESG – Ensino Secundário Geral
EUA – Estados Unidos da América
LED – Díodo Emissor de Luz
MIREME – Ministério de Recursos Minerais e Energia
ODS – Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
PEE – Programa de Eficiência Energética
PDIE – Plano Director Integrado de Infraestruturas Eléctricas
PNE – Política Nacional de Energia
RDC – República Democrática do Congo
SADC – Comunidade de desenvolvimento da Africa Austral
SNE – Sistema Nacional de Educação
TV – Televisão
Unilicungo – Universidade Licungo
Resumo
Moçambique é um país de baixa renda com cerca de 30 milhões de habitantes, dos quais,
cerca de 34% tem acesso a energia eléctrica, ou seja, cerca de 19,8 milhões de habitantes não têm
acesso à rede eléctrica nacional, para além disso, o país apresenta altos índices de desperdício de
energia e uma das causas associadas ao alto índice de desperdício de energia é o baixo nível da
população em alfabetização energética. Deste modo, o presente estudo teve como objectivo,
implementar a alfabetização energética à alunos do ensino secundário geral na cidade da Beira.
O estudo teve uma abordagem qualitativa e teve como amostra, dezoito alunos da 11ª classe
provenientes de cinco escolas da cidade da Beira. A colecta de dados foi através de questionário
escrito adaptado de DeWaters e Powers (2009). Os resultados apontaram para um bom
desempenho cognitivo e com relação a atitude com uma pontuação de 60,3% e 74,4%
respectivamente. Quanto a dimensão comportamental os alunos obtiveram uma pontuação
moderada com 58,6%. Com esses resultados, pode-se afirmar que, primeiro os alunos mostraram
vontade de contribuir como parte da solução dos problemas relacionados a energia, porem essa
vontade pouco se reflectiu nas suas acções, segundo, a implementação da alfabetização
energética à alunos mostrou ser uma ferramenta fundamental na conscientização das pessoas
sobre o uso racional de energia e deve ser incorporada nos currículos do sistema nacional de
educação através de programas educacionais de energia eficazes que levam em consideração
conteúdos que enfatizam não apenas o conhecimento, mas que tenham impacto nas atitudes,
valores e mudanças comportamentais dos alunos.
Palabras clave: Alfabetización energética. promoción del ahorro de energía. Sector residencial.
Índice
1 Introdução............................................................................................................................... 11
4.2.3 Avaliação da média dos desempenhos nas três dimensões referentes a AE ................. 42
5 Conclusão ............................................................................................................................... 47
1 Introdução
1.1 Justificativa
Segundo Teixeira (2008), a questão energética requer uma mudança de postura das
lideranças políticas e conscientização da população sobre a necessidade de se buscar um
desenvolvimento sustentável e uma das formas é a educação pois, de acordo com Dias (2003), os
processos de ensino-aprendizagem no contexto da energia têm se mostrado como uma ferramenta
de intervenção social de significativa importância.
Assim sendo, a escolha deste tema justifica-se, pelo facto das projecções do plano director
integrado de infra-estruturas de aumentar as ligações de energia eléctrica de 165.000 por ano em
2018 para 350.000 em 2020 e para 590.000 em media de 2025 ate 2030 (MIREME, 2019)..
Esse aumento tem a ver com o cumprimento do sétimo objectivo do desenvolvimento
sustentável, que visa assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e, a preço acessível,
recomendando que os países deverão, até 2030, duplicar a taxa global de melhoria de eficiência
energética (Muchaiabande et al., 2021). Para além disso, a área residencial é apontada como
sendo a maior carteira dos clientes da empresa fornecedora de energia eléctrica, a Electricidade
de Moçambique (EDM).
12
Portanto, acredita-se que o aumento do acesso a energia eléctrica deve ser acompanhado
por um plano que promova a eficiência energética na população e isso pode ser possível através
da implementação da AE dentro e fora das escolas pois, segundo Teixeira (2008) o aluno é
considerado agente multiplicador natural de ideias nas comunidades.
1.2 Problematização
1.3 Objectivos
1.3.1 Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral, analisar o desempenho dos alunos após a
implementação da alfabetização energética no contexto de eficiência energética.
1.3.2 Específicos
O trabalho tem como objectivos específicos os seguintes:
Elaborar uma sequência de conteúdos didácticos para a alfabetização energética;
Produzir materiais instrucionais (cartazes, textos e quadro de circuitos residencial);
Implementar a alfabetização energética;
Avaliar o desempenho dos alunos sobre a Alfabetização Energética
13
1.4 Metodologias
A dimensão com relação a atitude, continha 16 questões, das quais, embora não houvesse
uma resposta correcta, eram apresentadas cinco opções de respostas representadas por letras A
(concordo plenamente), B (concordo parcialmente), C (nem concordo e nem discordo), D
(discordo moderadamente) e E (discordo fortemente).
Por fim, a dimensão com relação ao comportamento continha 9 questões com cinco
opções de respostas. Tal como aconteceu com o desempenho com relação à atitude, não havia
resposta correcta e as opções eram representadas por letras onde A (quase sempre ou sempre, B
(frequentemente), C (as vezes), D (não muito frequentemente) e E (quase nunca ou nunca).
Escola, n = 18
Variável
1 2 3 4 5
Frequência 6 3 4 3 2
Percentagem 33,3 16,7 22,2 16,7 11,1
Género (%) Masculino 1 1 0 2 2
16
Feminino 5 2 4 1 0
Legenda:
1. Escola Secundária Mateus sansão Mutemba
2. Escola Secundária da Ponta-Gêa
3. Escola Secundária Nossa senhora de Fátima
4. Escola Secundária American Board
5. Escola Secundária São José da Munhava
Tabela 1.2: Número de alunos por bairro que participaram no programa de AE.
Bairro n %
Alto da Manga 1 5,6
Pioneiro 2 11,1
Munhava-Central 3 16,7
Esturro 2 11,1
Mananga 2 11,1
Maraza 4 22,2
Macurungo 2 11,1
Matacuane 1 5,6
Nhangau 1 5,6
Total 18 100,0
17
1.4.7 Limitações
As restrições impostas pela pandemia de COVID-19 através do decreto presidencial nº
50/2021 de 16 de Julho, que previa a suspensão das aulas presenciais por 30 dias a contar da data
do seu anúncio (Imprensa Nacional de Moçambique, 2021), e foi prorrogada por mais 30 dias
através do decreto presidencial nº 56/2021 de 13 de Agosto . Esses decretos, adiaram a realização
da AE para finais de outubro depois que as aulas presencias foram retomadas com o anúncio do
decreto presidencial nº76/2021 de 24 de setembro e por conseguinte, o número de sessões ficou
condicionado para seis.
Por outro lado, o numero máximo de participantes ficou limitado para 20 alunos com o
anuncio do decreto presidencial nº 76/2021 de 24 de setembro, que prevê a retoma das aulas
presenciais, mas condicionadas ao máximo de 20 alunos por turma, (Imprensa Nacional de
Moçambique, 2021).
18
2 Revisão Bibliográfica
Com efeito, em 1988, Lawrenz argumentou pela primeira vez que a educação energética
eficaz deve desenvolver alunos bem informados com atitudes positivas em relação à conservação
de energia (Dewaters & Powers, 2013).
Então, em 1989, Barrow & Morrisey definiram um “indivíduo alfabetizado em energia”
como alguém que está ciente e tem conhecimento das razões para a conservação de energia, a
necessidade de alternativas aos combustíveis fósseis e o impacto do sistema energético no
ambiente (Halpin, 2018).
Utilizando definições de alfabetização científica, tecnológica e ambiental como modelos,
DeWater e Powers, definem a Alfabetização Energética como sendo o domínio do conhecimento
básico relacionado à energia, juntamente com uma compreensão dos impactos da produção e do
consumo de energia no meio ambiente, como a energia é usada na vida quotidiana e a adopção de
comportamentos de economia de energia (Dewaters & Powers, 2011). Para além disso, os autores
consideram um individuo energeticamente alfabetizado como sendo aquele que:
Possui uma base de conhecimento conceitual sólida, bem como uma compreensão
completa de como a energia é usada na vida quotidiana;
Entende o impacto que a produção e o consumo de energia têm em todas as
esferas do nosso meio ambiente e da sociedade;
É solidário com a necessidade de conservação de energia e a necessidade de
desenvolver alternativas aos recursos energéticos baseados em combustíveis fósseis;
Está ciente do impacto que as decisões e acções pessoais relacionadas à energia
têm na comunidade global;
E mais importante, se esforça para fazer escolhas e exibir comportamentos que
refletem essas atitudes em relação ao desenvolvimento de recursos energéticos e ao
consumo de energia.
Finalmente, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) criou uma definição
de alfabetização energética por meio de sua campanha “Energy Literacy Framework” onde
oferece uma visão mais ampla, afirmando que a alfabetização energética abrange a compreensão
da natureza e do papel da energia no mundo e na vida quotidiana e a capacidade de aplicar esse
entendimento para responder a perguntas e resolver problemas (US Departiment of Energy,
2017).
Outrossim, o Departamento de Energia dos EUA (DOE) classifica uma pessoa
alfabetizada em energia como sendo aquela que pode aplicar esse conhecimento de energia para
resolver problemas, pensa em energia em termos de sistemas inteiros, saber de onde vem sua
energia e quanto ela usa, pode avaliar a confiabilidade das informações sobre energia e é capaz de
tomar decisões informadas sobre energia e uso de energia com base na compreensão dos
impactos e consequências, podem se comunicar sobre energia e se esforçam para aprender mais
sobre energia ao longo de suas vidas (US Departiment of Energy, 2017).
Em suma, considerando as definições apresentadas, toma-se como referência a definição
fornecida pelo Departamento de Energia. dada a sua abrangência, permite incorporar as diversas
definições apresentadas, incluindo as três dimensões da alfabetização energética propostas por
DeWaters & Powers, mas também a capacidade de realizar cálculos financeiros sugeridos por
Blasch et al.
Entender a primeira
Conhecimento Fontes e recursos energéticos e a segunda lei da
termodinâmica
Identificar as
Impactos sócio-ambientais unidades de energia
e potencia
Sensibilidade/consciência Prevenir/remediar a
sobre questões globais de contaminação
energia ambiental
Responsabilidade
Atitude Atitudes positivas com econômica pelo uso de
relação a energia recursos renováveis
Intensão de conservar
Comportamento Padrões de
Decisões ponderadas
comportamento de
consumo de energia
Defende a mudança
Figura 2: Exemplo de características e benchmarks das dimensões da AE. Fonte: ( DeWaters & Powers, 2011)
23
Para (US Departiment of Energy, 2017), sem uma compreensão básica de energia, fontes
de energia, geração, uso e estratégias de conservação, os indivíduos e as comunidades não podem
tomar decisões informadas sobre tópicos que vão desde o uso inteligente de energia em casa e as
escolhas do consumidor até a política energética nacional e internacional, em suma, um individuo
alfabetizado energeticamente pode:
Levar a decisões mais informadas,
Melhorar a segurança de uma nação,
Promover o desenvolvimento económico,
Levar ao uso sustentável de energia,
Reduzir riscos ambientais e impactos negativos e
Ajudar indivíduos e organizações a economizar dinheiro.
Por isso, questões nacionais e globais actuais, como o suprimento de combustíveis fósseis
e as mudanças climáticas, destacam a necessidade de educação em energia, (US Departiment of
Energy, 2017).
Por outro lado, (Dewaters et al., 2007; Dewaters & Powers, 2011; Fah et al., 2012) não
fogem muito da visão do DOE e defendem que um indivíduo alfabetizado em energia é aquele
que possui uma sólida base de conhecimento conceitual, bem como uma compreensão completa
de como a energia é usada na vida quotidiana, entende o impacto que a produção e o consumo de
energia tem em todas as esferas de nosso meio ambiente e da sociedade, é simpático a
necessidade de conservação de energia e a necessidade de desenvolver alternativas aos recursos
baseados em combustíveis fósseis, está ciente do impacto que as decisões e acções pessoais
relacionadas à energia têm na comunidade global e, o mais importante, se esforça para fazer
escolhas e exibir comportamentos que reflitam essas atitudes no que diz respeito ao
desenvolvimento de recursos energéticos e ao consumo de energia.
Portanto, a alfabetização energética é agora, mais do que nunca, uma habilidade de vida
importante para capacitar os alunos e também o público em geral, visto que, esses estarão
munidos de ferramentas adequadas para fazer escolhas ponderadas nas suas decisões relacionadas
a energia.
24
A maioria dos estudos revelam que os níveis de alfabetização energética da população são
baixos (Dewaters & Powers, 2011; El-Hassan & Alghamdi, 2017; Fah et al., 2012; Usman &
Huda, 2021), principalmente por causa dos baixos resultados na dimensão cognitiva.
Com efeito, DOE apresenta alguns factores que influenciam nas decisões energéticas tais
como: factores económicos, políticos, ambientais e sociais (US Departiment of Energy, 2017).
Quanto aos factores económicos, DOE escreve que os custos da energia afectam a tomada
de decisões sobre energia em todos os níveis visto que, a energia exibe características tanto de
uma comodidade quanto de um produto diferenciável. Os custos de energia estão frequentemente
sujeitos a flutuações de mercado, e as escolhas energéticas feitas por indivíduos e sociedades
afectam essas flutuações.
Os factores políticos desempenham um papel na tomada de decisões sobre energia em
todos os níveis (US Departiment of Energy, 2017). Esses factores incluem estrutura
governamental e equilíbrio de poder, acções tomadas por políticos e acções partidárias ou de
interesse próprio tomadas por indivíduos e grupos.
No que concerne aos factores ambientais, (US Departiment of Energy, 2017) descreve que
os custos ambientais resultantes das decisões sobre energia afectam a tomada de decisões sobre
energia em todos os níveis pois, todas as decisões energéticas têm consequências ambientais
sejam elas positivas ou negativas.
No que diz respeito aos factores sociais, o DOE aponta para as questões ética, moralidade
e normas sociais como sendo responsáveis na tomada de decisões sobre energia em todos os
níveis, pois, os factores sociais geralmente envolvem os outros três factores nomeadamente
econômicos, políticos e ambientais.
Por outro lado, Martins et al (2020) apresentam outros factores que também podem
influenciar na AE dos quais destacam-se: o nível de escolaridade, género (masculino ou
feminino), idade, a responsabilidade em pagar a conta da electricidade, forma de pagamento da
conta de energia (pré-pago ou pós-pago) entre outros.
Em relação ao nível de escolaridade, a literatura mostra que indivíduos com maior nível
de escolaridade tendem a obter pontuação significativamente melhor na AE do que os indivíduos
de baixo nível de escolaridade (Dewaters & Powers, 2011; Martins, Madaleno, & Dias, 2020).
Igualmente indivíduos formados em áreas exactas e engenharias apresentam um desempenho
25
positivo com relação a AE quando comparados com indivíduos de outras áreas (Martins,
Madaleno, & Dias, 2020).
No concernente ao género, há uma divergência quanto aos achados, por exemplo na
pesquisa de (Dewaters & Powers, 2011; Lee et al., 2015; Martins, Madaleno, & Dias, 2020),
demostraram que as raparigas tendem a desenvolver mais comportamento e atitudes positivas
com relação a energia quando comparadas com os rapazes. Em contraste, (Mola et al., 2018)
demostraram que os rapazes superaram as raparigas principalmente na dimensão cognitiva. Por
isso não pode ser um factor conclusivo e carece de mais estudos aprofundados sobre a matéria.
Assim como o género, a idade é um factor controverso e não conclusivo, por isso, o autor
não ira incluir a idade como um factor determinante que pode influenciar na AE.
Outra questão que parece afectar a conscientização sobre a economia de energia é a forma
como a energia é paga e por quem é paga (Martins, Madaleno, & Ferreira, 2020), isto é, quando a
electricidade é pré-paga, os consumidores tendem a gastar mais do que aqueles que têm contas
pós-pagas. Do mesmo modo e de acordo com os mesmos autores, quando a pessoa paga a conta
de luz, é provável que apresente um nível mais elevado de literacia energética.
Deste modo, pode-se afirmar que a descrição do DOE sobre os factores que influenciam
nas decisões sobre energia são mais abrangentes e holísticas, ao passo que, as apresentações de
Martins et al, são mais restritas e podem ser enquadrados no contexto dos factores sociais
propostos pelo DOE.
Outro estudo, também realizado por Muchaiabande et al (2020), avalia a Política Nacional
de Energia (PNE) como directriz para a expansão do acesso à energia, com foco no papel
atribuído à escola nos Programas de Eficiência Energética na matriz de iluminação eléctrica. Dos
resultados apresentados nesse estudo, apontam para a TV como o meio que leva informação aos
alunos sobre como poupar a energia eléctrica com 73,6% e a participação da escola praticamente
é insignificante com apenas 3.3% dos participantes apontarem para ela como o meio de promoção
de eficiência energética (Muchaiabande et al., 2020). Como se não bastasse, o estudo trouxe
outro dado importante sobre as lâmpadas eléctricas, onde constatou-se que a lâmpada
incandescente era a mais usada no sector residencial com 36,6%.
Olhando para os resultados dos dois trabalhos de Muchaiabande e tal (2019, 2020)
apresentados nos parágrafos anteriores, pode-se afirmar que Moçambique precisa desenvolver
mecanismos legais para controlar os tipos de lâmpadas eléctricas que são importadas para serem
comercializadas e incluir no sector da educação, currículos com conteúdos que promovam a
eficiência energética principalmente no sector residencial.
Em face deste cenário exposto no paragrafo anterior, os mesmos autores Muchaiabande et
al, escreveram um livro paradidáctico lançado em 2021, com o título Eficiência Energética e
Vigilância Energética, onde descrevem com detalhes sobre como poupar energia. Como forma de
implementar os conteúdos do livro EEVE, foi elaborado um programa de implementação da
alfabetização energética que culminou com a realização deste trabalho.
27
Nesse capítulo, faz-se a descrição das actividades realizadas no curso a fazenda energética
que se integra no âmbito da implementação da alfabetização energética, da estrutura do curso,
dos temas a serem abordados e os respectivos objectivos, os matérias utlizados far-se-á a
abordagem da implementação da alfabetização energética.
A princípio, o curso A fazenda energética teve como público alvo 18 alunos da 11ª
classe provenientes das diferentes escolas secundarias da cidade da Beira conforme apresentado
na tabela 1.2.
Apesar do objectivo principal do curso ser a implementação da alfabetização energética
no contexto da promoção de eficiência energética residencial no domínio da iluminação eléctrica,
nele também foram abordadas outras áreas de promoção de eficiência energética como por
exemplo, o uso correcto de electrodomésticos (geleira, congeladores, aparelhos de ar
condicionado, TVs, entre outos)
Acresce-se que as aulas foram presenciais, no entanto, para garantir a continuidade das
aulas mesmo fora da sala de aulas, foi criada uma plataforma virtual WhatsApp onde nela eram
discutidos assuntos relacionados a energia, apresentadas dúvidas e também propostos exercícios.
Duração: 5 semanas
Carga horária: 20 horas
Objectivos:
Tema 1: Promover discussão inicial sobre a capacidade que as pessoas têm de
fazer o uso das diferentes formas de energia;
Tema 2: Criar uma consciência de que o uso sustentável da energia em
Moçambique depende não somente das acções do governo, mas também das
decisões individuais sobre os hábitos e padrões de consumo que cada cidadão
decide adoptar;
Tema 3: Estabelecer uma reflexão sobre a demanda de energia eléctrica nacional e
como as atitudes e comportamento das pessoas podem afectar a sua
disponibilidade e segurança;
28
3.1 Materiais
Os materiais paradidácticos utilizados no programa de alfabetização energética foram o
livro Energia, Eficiência e Vigilância Energética (EEVE), cartazes, quadro com experiência
simulando uma residência. Esses materiais, são fontes previamente elaborados e disponibilizados
ao autor do TCC que passou a usar como material integrante da sua pesquisa a fim de verificar a
eficácia da AE
Quanto ao livro EEVE, da autoria de Muchaiabande et al. (2021), é constituído por cinco
capítulos nomeadamente Energia e suas formas, Matriz Energética, energia eléctrica, Iluminação
Eléctrica Residencial e Eficiência Energética, igualmente foram utilizados vários cartazes com a
demostração de imagens correspondentes a cada tema que era tratado. A seguir segue o resumo
dos capítulos do livro EEVE.
No capítulo I é apresentado o conceito da energia envolvendo a sua definição, as leis e as
formas pela qual a mesma é disponibilizada. Neste capítulo estabelece-se uma discussão inicial
sobre a capacidade que as pessoas têm de fazer uso das diferentes formas de energia reflectindo
se sobre os impactos socioambientais que este uso pode criar.
O capítulo 2 tem como objecto de estudo o conceito de matriz energética. Para
contextualizar a situação de Moçambique, neste capítulo faz-se uma breve abordagem histórica
da matriz eléctrica de Moçambique e são apresentadas as principais acções que o governo e
outras instituições estão a desenvolver para tornara energia eléctrica mais disponível, segura e
limpa. O foco da discussão visa a criar nos alunos uma consciência de que o uso sustentável da
energia em Moçambique depende não somente das acções do governo, mas também das decisões
individuais sobre os hábitos e padrões de consumo que cada cidadão decide adoptar.
No capítulo 3 são discutidos os conceitos básicos da energia eléctrica sob ponto de vista
da sua geração, transporte, distribuição consumo. Alem desses aspectos cognitivos, procura-se
29
neste capítulo estabelecer uma reflexão sobre a demanda de energia eléctrica nacional e como as
atitudes e comportamentos das pessoas podem afectar a sua disponibilidade e segurança.
Apos a discussão dos conceitos básicos da energia eléctrica, o capítulo 4 dedica-se a
aprofundar uma das suas aplicações, precisamente ligados a iluminação eléctrica residencial.
Neste capítulo faz-se a abordagem de alguns conceitos da luminotécnica com o propósito de levar
o aluno a ter consciência dos impactos socioambientais que o uso dos diferentes tipos de
lâmpadas eléctricas pode trazer.
O processo educacional a partir do primeiro ao quarto capítulo, cria as condições para que
o aluno comece a reflectir na necessidade de usar a energia eléctrica de forma mais eficiente e
sustentável sendo esse o principal assunto do último capítulo. No capítulo aborda-se o conceito
de selo de eficiência energética em geral e, de modo específico o seu papel na escolha de uma
lâmpada eléctrica para iluminação no sector residencial. Também faz-se uma reflexão sobre os
impactos socioambientais causados no uso de lâmpadas fluorescentes. Este capítulo tem como
objectivo central, verificar através de actividades práticas de auditoria energética e DEE, os
resultados de aprendizagem alcançados pelos alunos ao transcorrer todo o livro.
Basicamente, os conteúdos do livro EEVE estão configurados de tal modo que o processo
de ensino e aprendizagem alcance as dimensões cognitiva, de atitude e de comportamento. Com
esta pretensão didáctica, o livro apresenta uma estrutura que agrega quatro domínios:
Abordagem dos conceitos científicos ligados a energia com foco na energia
eléctrica e toda a sua cadeia;
Actividades práticas – exercícios, medições e avaliação de grandezas eléctricas
associadas a economia de energia;
Visitas técnicas e entrevistas – para a observação e colecta de depoimentos e
argumentos que permitem o aluno aprender e pensar, a reflectir e a rever suas
posições e julgamentos a cerca dos hábitos pessoais, da sua família e da sociedade
em geral, em relação a energia eléctrica e toda a sua cadeia e;
Jogos e vídeos – Material complementar que permite aprofundar o tema em
estudo.
3.1.1 Cartazes
Quatro (4) cartazes fizeram parte do programa de Alfabetização Energética em eficiência
energética nomeadamente:
30
Cartaz 1 (C1) – nele são apresentadas diferentes formas de energia e os alunos eram
desafiados a identificar cada uma delas.
Depois que os grupos foram criados, foram apresentados aos alunos os objectivos da
implementação da alfabetização energética
Objectivos da aula
Objectivos da aula
A segunda aula foi marcada pela introdução da matriz energética mundial de uma forma
geral e da moçambicana de forma partícula. Também nela foi abordada a matriz eléctrica
nacional e a diferença existente entre matriz energética e eléctrica.
Antes da introdução do tema da segunda aula, a turma foi convidada a efeituar uma visita
de estudos ao Centro Comunitário Multifuncional de Energias Renováveis (CCMER) localizado
na Munhava, onde os alunos tiveram a oportunidade de ver os processos de transformação de
dejetos em biogás e em fertilizantes, transformação de resíduos sólidos em carvão vegetal e o
funcionamento de concentradores de raios solares para aquecimento de alimentos.
processo desde a geração, transporte, distribuição e consumo de energia eléctrica que chega ate
na cidade da Beira.
Objectivos da aula
Definir a iluminação.
Compreender o impacto da iluminação sobre as fontes primárias de energia.
Conceituar lâmpada eléctrica.
Conhecer os tipos de lâmpadas em uso residencial, suas vantagens e desvantagens.
Conhecer a iluminação adequada em diferentes ambientes da residência.
último grupo decidiu produzir poesia relatando os diferentes tipos de lâmpadas, suas vantagens e
desvantagens.
Q, n=18
%
26. Toda e qualquer acção na Terra envolve...[B] 55,6
27. A fonte original de energia para quase todos os seres vivos na Terra é...[A] 66,7
28. Qual das seguintes afirmações melhor DEFINE a energia? [D] 100,0
29. Como se sabe que um pedaço de madeira tem armazenado energia potencial química? [C] 55,6
30. Todas as seguintes são formas de energia EXCEPTO... [E] 50,0
31. A quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que usamos é medida em unidade chamada...[A] 72,2
32. Quais são as duas coisas que determinam a quantidade de ENERGIA ELÉCTRICA que um
33,3
aparelho eléctrico irá consumir? [D]
40
33. Quando se liga uma lâmpada INCANDESCENTE, pequena parte de energia eléctrica é convertida
66,7
em… e grande parte é convertida em….[A]
34. Quando se liga uma lâmpada LED, pequena parte de energia eléctrica é convertida em… e grande
52,9
parte é convertida em….[B]
35. É impossível...[C] 50,0
36. O termo "recursos energéticos renováveis" significa...[E] 38,9
37. Qual dos seguintes recursos energéticos NÃO é renovável [B] 33,3
38. Que recurso fornece cerca de 76% da energia utilizada em Moçambique? [A] 55,6
39. A maior fonte de ENERGIA RENOVÁVEL utilizada em Moçambique para obtenção de
38,9
electricidade é ...[B]
40. A maior barragem hidroeléctrica de Moçambique localiza-se na província de…[D] 50,0
41. As três maiores Barragens hidroeléctricas de Moçambique são…[A] 88,9
42. A energia eléctrica que chega na cidade da Beira é gerada nas albufeiras dos rios…[B] 77,8
43. Qual é o combustível fóssil mais explorado actualmente em Moçambique? [A] 44,4
44. A MAIOR RAZÃO para comprar um aparelho com selo de eficiência energética é porque...[B] 61,1
45. Em que circunstâncias se gasta mais energia eléctrica? [D] 88,2
46. Que recurso fornece a maior parte da ENERGIA ELÉCTRICA utilizada em Moçambique? [D] 52,9
47. Qual das seguintes actividades relacionadas com a energia é MUITO prejudicial para a saúde
82,4
humana e o ambiente? [C]
48. Qual das seguintes lâmpadas eléctricas pode ser MUITO prejudicial para a saúde humana e o
70,6
ambiente…[C]
Media 60,3
No que diz respeito ao desempenho com relação ao comportamento, cerca de 88,9% dos
alunos mostraram se despostos a encorajar as suas famílias lâmpadas LEDs ou fluorescentes
compactas mesmo sabendo que são mais caras por essas serem energeticamente eficientes,
igualmente, cerca de 72,2% dos alunos respondeu que as suas famílias compram lâmpadas LEDs
ou fluorescentes compactas por essas serem mais eficientes e apenas 72,2% dos alunos apaga
lâmpadas quando sai do quarto. Por outro lado, cerca de 44,4% respondeu que as suas famílias
ainda compram lâmpadas incandescentes por essas serem mais baratas, apenas 44,4% dos
respondentes desliga TV quando ninguém esta a assistir. A média do desempenho com relação ao
comportamento situou-se em 58,6%.
Tabela 4.2: Atitudes e comportamentos positivos dos alunos em tópicos sobre energia e EE
Q, n=18
%
1. A educação energética deve ser uma parte importante do currículo de todas as escolas. 94,4
2. Eu faria mais para poupar energia se soubesse como. 83,3
3. A poupança de energia é importante. 100,0
4. A forma como eu pessoalmente utilizo a energia não faz realmente diferença para os problemas
55,6
energéticos que a nossa nação enfrenta.
5. Não preciso de me preocupar em desligar as luzes na sala de aula, porque a escola paga a
72,2
electricidade.
6.Os moçambicanos devem poupar mais energia. 82,4
7. Não temos de nos preocupar em poupar energia, porque serão desenvolvidas novas tecnologias
83,3
para resolver os problemas energéticos para as gerações futuras.
8. Todos os aparelhos eléctricos devem ter um selo que mostre os recursos utilizados na sua
100,0
fabricação, as suas capacidades de consumo, e os custos de funcionamento.
9. Deveríamos fazer mais da nossa electricidade a partir de recursos renováveis. 83,3
10. Moçambique deveria desenvolver mais formas de utilizar energias renováveis, mesmo que isso
61,1
signifique que a energia vai custar mais.
11. Os esforços para desenvolver tecnologias de energia renovável são mais importantes do que os
esforços para encontrar e desenvolver novas fontes de combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão 47,1
mineral).
12. As leis que protegem o ambiente natural devem ser tornadas menos rigorosas, a fim de permitir
33,3
que mais energia seja produzida.
13. Devem ser construídos parques fotovoltaicos para gerar electricidade, mesmo que esses parques
66,7
estejam localizados em vales paisagísticos, terras agrícolas, e áreas de vida selvagem.
42
14. Mais campos de gás e carvão mineral devem ser desenvolvidos à medida que são descobertos,
50,0
mesmo que se situem em áreas protegidas por leis ambientais.
15. Acredito que posso contribuir para a resolução dos problemas energéticos, fazendo escolhas e
83,3
acções apropriadas relacionadas com a energia.
16. Acredito que posso contribuir para a resolução dos problemas energéticos trabalhando com
94,1
outros.
Média (Atitude) 74,4
17. Eu tento poupar energia eléctrica. 61,1
18.Quando saio de um quarto apago as luzes. 72,2
19. Desligo o televisor quando ninguém está a assistir. 44,4
20. Muitas das minhas decisões diárias são afectadas pelos meus pensamentos sobre o uso de
33,3
energia.
21. A minha família compra lâmpadas INCANDESCENTES porque são mais baratas 44,4
22. A minha família compra lâmpadas LEDs ou lâmpadas FLUORESCENTES compactas porque
72,2
são mais eficientes
23. Estou disposto a encorajar a minha família a comprar lâmpadas LEDs ou lâmpadas
FLUORESCENTES COMPACTAS mesmo sabendo que são mais caras porque são 88,9
energeticamente mais eficientes.
24. Estou disposto a comprar menos coisas a fim de poupar energia. 44,4
25. O lixo de lâmpadas FLUORESCENTES quebradas ou queimadas pode ser descartado como lixo
66,7
comum que produzimos em casa
Média (Comportamento) 58,6
80.00% 74.40%
70.00%
60.30% 58.60%
60.00%
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
Desempenho cognitivo Desempenho em relação a Desempenho em relação ao
atitude comportamento
Nesse subcapítulo, são discutidos os resultados referentes aos desempenhos nas três
dimensões da AE.
estudos de DeWaters & Powers (2011) e Yutaka (2018) que obtiveram mais de 40%. Todavia,
apenas 10% dos alunos dos EUA e 37% dos alunos japoneses poderiam identificar a unidade da
energia eléctrica (Akitsu, 2018; Dewaters & Powers, 2011), resultados de longe abaixo dos
encontrados na presente pesquisa, onde cerca de 72% dos alunos sabiam que a unidade da energia
eléctrica é o Wh ou KWh.
Conceitos básico de energia (pergunta 33): cerca de 66,7% dos alunos foram capazes de
dizer que grande parte da energia eléctrica fornecida à uma lâmpada incandescente é convertida
em calor e pequena parte em iluminação, este resultado está em concordância com os resultados
obtidos por DeWaters e Powers (2011) nos EUA com 65%, porem, ligeiramente abaixo dos
achados no Japão por Yutaka (2018) com 75,8% (Dewaters & Powers, 2011; Yutaka, 2018).
Recursos energéticos (pergunta 36, 39): apenas 39% dos alunos foram capazes de dizer o
significado de “Recurso energético renovável” e identificar a maior fonte de energia renovável
utilizada para gerar electricidade em Moçambique. Quando comparado com os resultados obtidos
nos EUA constata-se que os alunos americanos obtiveram maior pontuação que os do presente
estudo, ou seja, 50% contra 39%, em contrapartida, esse resultado é bem acima que o resultado
encontrado no Japão por Yutaka (2018) com 15%. Dando seguimento aos recursos energéticos,
apenas 44% dos alunos conseguiu identificar o recurso energético fóssil mais explorado em
Moçambique, uma percentagem acima da encontrada por (Dewaters & Powers, 2011) com
26,6%, porem, ligeiramente abaixo do resultado obtido no Japão por Yutaka (2018).
Com esses resultados relativamente aos diferentes domínios do conhecimento discutidos
acima, pode-se constatar, de uma forma geral, um desempenho bom e ligeiramente acima dos
dois estudos realizados tanto nos EUA por DeWaters & Powers (2011) bem como no Japão por
Yutaka (2018). Essa tendência positiva das diferentes questões do domínio cognitivo, resultou
numa média de 60,3%.
Com efeito e para concluir na senda do desempenho cognitivo, pode-se afirmar que em
média, os resultados alcançados nesse estudo, demostraram algumas similaridades e diferenças
quando comparados com estudos previamente realizados em outros países. Por exemplo, vários
estudos como de (Dewaters & Powers, 2011; Fah et al., 2012; Usman & Huda, 2021; Yutaka,
2018), realizados nos Estados Unidos da América (40,17%), Malásia (32,66%), Indonésia
(48,6%) e Japão (41,17%) respetivamente, mostraram um desempenho muito baixo quando
45
comparados com os achados nesse estudo, igualmente estão muito abaixo quando comparados
com os desempenhos com relação a atitude e comportamento.
Por outro lado, e contrariando essas projecções, Lee et al (2015) na sua pesquisa realizada
em Taiwan, revelou resultados que estão em concordância com os resultados obtidos nesse
trabalho, ou seja, 60,3% para a presente estudo e 63% para a pesquisa do Lee et al.
A explicação para a pontuação relativamente maior no desempenho cognitivo em relação
aos trabalhos previamente realizados nos quatro países acima mencionados, pode se encontrar na
implementação da alfabetização energética, ou seja, todo o processo que envolveu a alfabetização
energética, fez com que os alunos tivessem um melhor entendimento sobre os conceitos de
energia, os impactos socio-ambientais, conservação de energia, recursos energéticos a nível de
Moçambique, etc.
5 Conclusão
Para concluir e responder a pergunta de pesquisa pode se afirmar com base nos resultados
alcançados que a implementação da alfabetização energética, mostrou-se ser uma ferramenta
fundamental na promoção da eficiência energética e pode trazer impactos positivos significativos
na esfera social e ambiental quando incluída nos currículos do Sistema Nacional de Educação,
por isso como sugestão, encoraja-se aos fazedores da politica, principalmente na área de
educação a desenharem planos estratégicos por forma a desenvolverem programas educacionais
de energia eficazes que levam em consideração conteúdos que enfatizem não apenas o
conhecimento, mas que tenham impacto nas atitudes, valores e mudanças comportamentais dos
alunos.
49
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51
A. Por favor, indique a sua opinião sobre cada declaração abaixo. Não há respostas certas ou erradas. Leia cada
declaração cuidadosamente, depois coloca um círculo na sua folha de respostas para a letra que melhor descreve
o quanto concorda ou discorda, usando a seguinte chave:
“A" representa "concordo plenamente".
"B" representa "concordo parcialmente".
"C" representa "nem concordo nem
discordo"
"D" representa "discordo moderadamente".
"E" representa "discordo fortemente".
1. [ ] A educação energética deve ser uma parte importante do currículo de todas as escolas.
2. [ ] Eu faria mais para poupar energia se soubesse como.
3. [ ] A poupança de energia é importante.
4. [ ] A forma como eu pessoalmente utilizo a energia não faz realmente diferença para os problemas energéticos
que a nossa nação enfrenta.
5. [ ] Não preciso de me preocupar em desligar as luzes na sala de aula, porque a escola paga a electricidade.
6. [ ] Os moçambicanos devem poupar mais energia.
7. [ ] Não temos de nos preocupar em poupar energia, porque serão desenvolvidas novas tecnologias para resolver os
problemas energéticos para as gerações futuras.
8. [ ] Todos os aparelhos eléctricos devem ter um selo que mostre os recursos utilizados na sua fabricação, as suas
capacidades de consumo, e os custos de funcionamento.
9. [ ] Deveríamos fazer mais da nossa electricidade a partir de recursos renováveis.
10. [ ] Moçambique deveria desenvolver mais formas de utilizar energias renováveis, mesmo que isso signifique que
a energia vai custar mais.
11. [ ] Os esforços para desenvolver tecnologias de energia renovável são mais importantes do que os esforços para
encontrar e desenvolver novas fontes de combustíveis fósseis (petróleo, gás, carvão mineral).
12. [ ] As leis que protegem o ambiente natural devem ser tornadas menos rigorosas, a fim de permitir que mais
energia seja produzida.
13. [ ] Devem ser construídos parques fotovoltaicos para gerar electricidade, mesmo que esses parques estejam
localizados em vales paisagísticos, terras agrícolas, e áreas de vida selvagem.
14. [ ] Mais campos de gás e carvão mineral devem ser desenvolvidos à medida que são descobertos, mesmo que se
situem em áreas protegidas por leis ambientais.
15. [ ] Acredito que posso contribuir para a resolução dos problemas energéticos, fazendo escolhas e acções
apropriadas relacionadas com a energia.
16. [ ] Acredito que posso contribuir para a resolução dos problemas energéticos trabalhando com outros.
B. Para as declarações seguintes, por favor seleccione a escolha que melhor descreve o seu comportamento. Seja
honesto, não há respostas certas ou erradas. Leia cada declaração cuidadosamente, depois coloca um círculo na
sua folha de respostas para a letra que melhor descreve o quanto concorda ou discorda, usando a seguinte
chave:
"A" representa "quase sempre" ou "sempre".
"B" representa "frequentemente"
"C" representa "às vezes"
"D" representa "não muito frequentemente".
"E" representa "quase nunca" ou "nunca"
Adaptado de Jan De Waters (2009). Clarkson University, Potsdam, NY
17. [ ] Eu tento poupar energia eléctrica.
18. [ ] Quando saio de um quarto apago as luzes.
19. [ ] Desligo o televisor quando ninguém está a assistir.
20. [ ] Muitas das minhas decisões diárias são afectadas pelos meus pensamentos sobre o uso de energia.
21. [ ] A minha família compra lâmpadas INCANDESCENTES porque são mais baratas
22. [ ] A minha família compra lâmpadas LEDs ou lâmpadas FLUORESCENTES compactas porque são mais
eficientes
23. [ ] Estou disposto a encorajar a minha família a comprar lâmpadas LEDs ou lâmpadas FLUORESCENTES
COMPACTAS mesmo sabendo que são mais caras porque são energeticamente mais eficientes.
24. [ ] Estou disposto a comprar menos coisas a fim de poupar energia.
25. [ ] O lixo de lâmpadas FLUORESCENTES quebradas ou queimadas é descartado como lixo comum que
produzimos em casa
C. Dados sobre o conhecimento em aquisição, consumo e conservação de energia. Uma única opção está
correcta. Em cada questão, apenas marque uma opção. Quando terminar, transfere as suas escolhas para a
folha de respostas.
35. É impossível...
A. Converter energia química em energia térmica
B. Medir a quantidade de energia nos alimentos
C. Construir uma máquina que produza mais energia do que aquela que utiliza
D. Utilizar etanol para alimentar um automóvel
E. Poupar energia através da redução, reutilização e reciclagem de produtos
44. A MAIOR RAZÃO para comprar um aparelho com selo de eficiência energética (observa exemplo de um selo na
figura ao lado) é porque...
A. O selo indica que o aparelho foi aprovado pelo governo de Moçambique para ser comercializado no
nosso país
B. O selo indica o nível de energia que o aparelho vai consumir
C. O selo indica o país de origem e o período de garantia do aparelho
D. O selo indica que o aparelho é moderno
E. O selo indica que o aparelho não é caro.
46. Que recurso fornece a maior parte da ENERGIA ELÉCTRICA utilizada em Moçambique?
Adaptado de Jan De Waters (2009). Clarkson University, Potsdam, NY
A. Petróleo
B. Carvão
C. Gás natural
D. Água (hídrica)
E. Energia nuclear
47. Qual das seguintes actividades relacionadas com a energia é MUITO prejudicial para a saúde humana e o
ambiente? A. Geração de electricidade com células fotovoltaicas (painéis solares)
B. Extracção e transporte de gás natural
C. Queima de combustíveis fósseis para produzir electricidade
D. Fabrico de células fotovoltaicas (painéis solares) para produção de electricidade
E. E. Extracção e transporte de carvão mineral