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Ciências

1º Bimestre
SUMÁRIO

CIÊNCIAS ................................................................................................. pág 01


Planejamento 1: A energia e suas fontes renováveis
e não renováveis ......................................................................... pág 01
Planejamento 2: Circuitos elétricos em nosso cotidiano .................. pág 05
Planejamento 3: Consumo de energia e eficiência energética .......... pág 13

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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
REFERÊNCIA
2023

UNIDADE TEMÁTICA

Matéria e Energia.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Fontes e tipos de energia. (EF08CI01X) Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não
renováveis), os tipos de energia utilizados em residências, comunidades ou
cidades e analisar os impactos ambientais gerados.
(EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica
(termelétricas, hidrelétricas, eólicas, etc.), suas semelhanças e diferenças,
seus impactos socioambientais, e como essa energia chega e é usada em
sua cidade, comunidade, casa ou escola.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A energia e suas fontes renováveis e não renováveis
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Tendo como base o CRMG - Currículo Referência de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2022), os estudantes já
tiveram acesso à temática de energia e transformações de energia no 7º ano. Neste primeiro bimestre,
pretende-se revisar brevemente as habilidades propostas no 7º ano e aprofundar de forma que o aluno
compreenda as fontes de energia que utiliza em seu cotidiano e como são os circuitos elétricos que
permitem sua transmissão, além de reconhecer as transformações de energia envolvidas nesse processo. O
consumo de energia e a eficiência energética serão apresentados através de atividades práticas, voltadas
ao cotidiano e à realidade do estudante. Ao fim, espera-se que o estudante compreenda que existem várias
fontes de energia, incluindo as fontes renováveis e o impacto positivo do uso dessas últimas para a
humanidade.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1 - O que é energia
O que é energia? Esse questionamento pode ser usado como norteador dessa primeira aula. O docente
pode utilizar o próprio quadro e pincel para construir um mural com as palavras/frases que os estudantes
citaram em resposta à pergunta inicial. Esse formato de brainstorming é útil para organizar as ideias
centrais que os discentes associam ao termo “energia”. Provavelmente, ao avaliar os termos colocados no
quadro, será possível identificar 3 classificações: equipamentos/eletrodomésticos que utilizam energia
elétrica; fontes de energia naturais ou não; uso do termo “energia” para outras finalidades. Podem ocorrer
outras formas criativas, mas é importante o docente identificar os dois primeiros pontos: a utilização da
energia nos equipamentos/eletrodomésticos e as fontes de energia. Perguntas como “de onde vem a
energia que recarrega a bateria do seu celular?” ajudarão o aluno a identificar que existem várias fontes de
energia e, também, várias maneiras de transformar essa energia em algo útil para o nosso dia a dia.

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Atividade:
Para finalizar a atividade iniciada, construir um quadro comparativo com os estudantes identificando
fontes de energia e como a utilizamos nas tarefas cotidianas. O docente deve inserir aqui, caso não
tenha ocorrido na própria discussão, os combustíveis fósseis.

Pesquisa extraclasse
Agora que o estudante está consciente da necessidade humana em relação às fontes de energia, há
uma oportunidade para a discussão quanto às fontes energéticas serem ou não renováveis e os
impactos de sua utilização. A aula expositiva, embora muito útil em vários momentos, talvez deixe de
criar a oportunidade crítica nesse momento. Se o docente tiver condições de criar um ambiente mais
ativo entre os estudantes, a sugestão para a aula seguinte é construir uma forma de debate com
eles. A turma deve ser dividida em grupos (5 ou 6 grupos) dependendo do tamanho e da facilidade
de dinâmica em sala com os estudantes. Cada grupo receberá um tema com base em um tipo de
fonte de energia da matriz energética brasileira. Sugere-se as seguintes fontes energéticas: derivados
do petróleo, energia hidrelétrica, energia solar, energia eólica, energia nuclear, biomassa de cana-de-
açúcar. Os estudantes devem ser instruídos a se prepararem para convencer um país - representado
pelo docente - a utilizar aquele tipo de energia como o principal em sua matriz energética.

Com os temas distribuídos, os grupos serão instruídos a fazerem pesquisa extraclasse a respeito da
fonte energética que é o seu tema, buscando responder os seguintes questionamentos:
• Como é produzida a energia a partir dessa fonte?
• Essa é uma fonte renovável de energia? Por que?
• quais as vantagens do uso desse tipo de energia?
• quais as desvantagens do uso desse tipo de energia?

Cada grupo receberá uma folha com os questionamentos e as instruções para realização da pesquisa.
Esses questionamentos devem ser respondidos por escrito, e entregues na aula seguinte. Além disso,
os estudantes devem fazer em cartolina ou papel kraft uma apresentação do tema do seu grupo,
para auxiliar durante a apresentação da aula seguinte.

Aula 2 - Fontes energéticas renováveis e não renováveis


A aula deve ser iniciada com a sala de forma circular, aglomerando as carteiras de cada grupo. O
docente deve se posicionar, sempre que possível, de forma próxima ao grupo que estiver defendendo
seus argumentos para que os estudantes estejam sempre atentos à fala dos colegas. No início da
aula, sugere-se ao professor criar uma situação imaginária, de um novo país sendo criado numa ilha
até então desabitada, e esse país precisa decidir entre uma fonte de energia primária. Os grupos
assumem a posição de grandes produtores de uma fonte energética e ali apresentarão seus prós e
contras. É importante que, ao final da aula, o estudante identifique diferentes fontes de energia
utilizadas no país, consiga classificá-las em renováveis ou não renováveis e reconheça os impactos
ambientais envolvidos em sua produção e utilização.

Aula 3 - Matriz energética brasileira e mundial Imagem 1: QR code para acesso ao texto
“Matriz Energética e Elétrica”.

Até aqui o docente percebeu o quanto a turma se envolveu com o


que foi proposto e certamente terá uma base sólida para propor
uma aula final para essa sequência didática. É importante elaborar
uma aula final atrativa, focada no perfil da turma. Existem várias
fontes de energia renováveis e não renováveis e é importante que o
discente compreenda esse conceito e seja apresentado às matrizes
energéticas atuais, do Brasil e do Mundo. Uma sugestão é o texto
com várias ilustrações do site da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), disponível no QR code da imagem 1, os próprios estudantes
podem acessar durante a aula através do celular, ou o docente
acessa anteriormente para preparar sua aula. A referência com link
de acesso encontra-se ao final desse planejamento, caso o docente
prefira acessar desse modo. Fonte: EPE (2023).

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As informações do texto podem ser abordadas através de uma aula expositiva, mas o uso de recurso
visual como data show ou o acesso dos estudantes por celular ou computador agregaria valor ao uso dos
gráficos. Outra opção seria sintetizar esse material e utilizar uma lista de exercícios para os estudantes
avaliarem os gráficos e responderem. Dentre as possibilidades de questões a serem repassadas aos
estudantes, tem-se:
• Qual a principal diferença da matriz energética brasileira e a matriz energética mundial?
• Qual das matrizes energéticas (brasileira e mundial) tem a maior parte da fonte energética
renovável? Por que?
• Qual a principal fonte energética do Brasil e do mundo? É uma fonte renovável? Por que?
• Qual a diferença entre fonte energética e fonte elétrica? Explique.

RECURSOS:
Quadro branco, pincéis coloridos, computador com acesso à internet, data show (se possível), material
impresso para os estudantes (se não houver condições de uso do data show).

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Avaliar o processo de ensino-aprendizagem é um procedimento de autorregulação do(a) professor(a) e
dos estudantes e, quanto mais contínuo for e quanto maior sua frequência, maiores serão as
oportunidades de coletar dados para avaliar o processo e redimensionar a ação pedagógica. Deve visar
não só à aprendizagem, mas também à convivência social, e precisa ser feita com frequência. A reflexão e
o debate contínuos e focados ajudam o estudante a tomar consciência das dificuldades para que elas
possam ser corrigidas.

O docente pode realizar o processo de avaliação a partir da participação dos discentes nas duas aulas, no
debate da 2ª aula e utilizar as questões listadas na 3ª aula. Ressalta-se aqui que o processo de avaliação
deve ser uma ação que envolve o estudante. Se o estudante não sabe que está sendo avaliado, qual o
progresso o professor pretende avaliar, a ferramenta de avaliação se torna incapaz de qualificar ou
quantificar o aprendizado.

ATIVIDADES
1 – Qual a fonte de energia utilizada na sua cidade? Ela gera impacto ambiental? Explique.

2 – Se você pudesse conversar com um representante do governo, que tipo de fonte de energia elétrica
você sugeriria para que fosse adotado e, consequentemente, fornecido em sua região, considerando as
fontes de energia estudadas? Justifique sua escolha.

3 – Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para a diminuição dos
gases causadores do aquecimento global?

a) Óleo diesel.
b) Gasolina.
c) Carvão mineral.
d) Gás natural.
e) Vento.

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REFERÊNCIAS
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. ABCD Energia, [s. l.], [2023], Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/abcdenergia/ Acesso em: 12 fev. 2023.

EXERCÍCIOS de Fontes de Energia com gabarito. Toda matéria, [s. l.], [2022]. Disponível em: < http://
www.todamateria.com.br/exercicios-de-fontes-de-energia/>. Acesso em 14 fev. 2022.

QUEIROZ, D. Geração de Energia. Documentários, [s. l.]. Câmara dos Deputados. Disponível
em:<https://www.camara.leg.br/tv/198707-geracao-de-energia/>. Acesso em: 14 fev. 2023.

GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais / Fernando
Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.

LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais / LOPES, Sônia;
AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para aprendizagens.
8º ano EF Anos Finais. v.3. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso em: 03 fev.
2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de
Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.

Imagem 1: QR code para acesso ao texto “Matriz Energética e Elétrica”. Fonte: EPE (2023).

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UNIDADE TEMÁTICA
Matéria e Energia.

OBJETO(S) DE
CONHECIMENTO: HABILIDADE(S):

Circuitos elétricos. (EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro, ferro,


lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo com o tipo de
Transformações de
transformação de energia (da energia elétrica para a térmica, luminosa,
Energia.
sonora e mecânica, por exemplo).
(EF08CI02) Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpadas
ou outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Circuitos elétricos em nosso cotidiano
DURAÇÃO: 4 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Nesta sequência didática, o objetivo é promover a compreensão dos conceitos de carga elétrica e
explorar os fenômenos de repulsão e atração eletrostática, assim como os processos de eletrização por
atrito, indução e contato e o reconhecimento de materiais isolantes e condutores. Compreender
significativamente esses conceitos e saber reconhecê-los é fundamental para o entendimento da
ciência da eletricidade. Assim, as atividades propostas têm uma abordagem prática, por meio da
criação de circuitos elétricos e verificação experimental das relações qualitativas e de
proporcionalidades entre os componentes do circuito, como a corrente elétrica, gerador/fonte,
resistência e dispositivo consumidor.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1 - Eletrodinâmica
Iniciar a aula com experimentos que atraiam a atenção do estudante e exigem explicação para o que
ocorre, permitindo que o docente inicie a contextualização de cargas elétricas na aula.
Materiais necessários: balões de ar (sugere-se a formação de duplas ou trios de estudantes, com um
balão para cada grupo), pedaços de papel picados.

1º experimento: peça aos estudantes para encherem os balões de ar e fecharem. Os estudantes


devem aproximar o balão cheio dos papéis picados sobre a mesa e observar (não haverá nada
ocorrendo). Posteriormente, o docente pede aos estudantes para esfregar o balão contra os cabelos e,
novamente, aproximá-lo dos papéis picados. Se não houver muita umidade do ar, espera-se que os
balões atraiam ao menos parte do papel picado. No quadro, o docente escreve “Por que o balão atrai
os pedaços de papel apenas após ser atritado contra o cabelo?”

2º experimento: novamente atritar o balão contra o cabelo e aproximar, em seguida, aproximar o


balão dos próprios fios de cabelo. O docente anota no quadro “O que houve com os fios de cabelo
após serem atritados com o balão?”.

3º experimento: atritar o balão contra o cabelo e colocar rente à parede e observar o que acontece.

Após esses 3 experimentos simples, o docente decide se deixa os balões com a turma ou recolhe, já
que precisará de atenção para explicar os resultados dos experimentos e estimular a participação dos
estudantes no processo.

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A abordagem posterior pode ser iniciada com o docente mencionando que, desde a Grécia antiga,
experimentos similares são realizados. Percebeu-se que os objetos podiam apresentar o que
chamamos de cargas elétricas e essas cargas elétricas podiam ser alteradas em certas situações, nesse
caso, com o atrito de certos objetos. Mas o que o atrito realmente causa?

Toda a matéria contida no Universo, seja ela sólida, líquida ou gasosa, é composta por átomos e o que
fazemos ao atritar o balão contra outras superfícies é alterar as cargas elétricas desses átomos ali
presentes. O docente pode abordar isso de forma breve e apresentar as partículas que compõem os
átomos, assim os estudantes compreenderão a relevância dos elétrons para os fenômenos da
eletricidade. É fundamental que seja visualizada a carga elétrica positiva no núcleo atômico (prótons),
a carga elétrica negativa dos elétrons e, por fim, a eletrosfera como externa ao núcleo atômico,
permitindo que exista a perda/troca de elétrons entre diferentes materiais. Desse modo, o aluno
conseguirá associar de onde vem as partículas com cargas elétricas após o atrito do balão com
superfícies.

Esse será o momento ideal de inserir os conceitos de carga elétrica positiva, negativa e neutra. O
docente pode usar o próprio experimento 1: o balão com carga elétrica neutra não atraiu os pedaços
de papel com cargas elétricas também neutras. Ao atritar o balão, alteramos sua carga elétrica - ele
recebe elétrons da outra superfície, tornando-se negativamente carregado, enquanto a superfície que
recebeu o atrito se tornou positivamente carregada. Ao esfregar o balão e eletrizá-lo com o atrito, ele
poderá atrair ou repelir outros objetos, dependendo da carga elétrica que o objetivo tiver.

Os experimentos são oportunos para abordar, também, os conceitos de eletrização por atrito, contato
e indução. No quadro, o docente pode fazer desenhos demonstrando a repulsão e atração entre
objetos com diferentes cargas elétricas, além das formas de eletrização que ocorrem (sugerimos a
Imagem 2). É importante responder claramente às questões levantadas ao fim de cada experimento.

Imagem 2: ilustração de formas de eletrização.

Fonte: ALVES, N. (2023).

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Aula 2 - Circuitos elétricos
Essa aula pode ser iniciada com a noção de isolamento elétrico, relembrando a aula anterior, os
processos de eletrização, o docente pode iniciar a aula com um fragmento de cabo de energia nas
mãos e também fita isolante. Os estudantes podem ser questionados quanto aos materiais que são
visíveis no cabo elétrico, dando oportunidade para reflexão da capacidade do cobre como condutor e
do plástico em torno do fio de cobre como um isolante elétrico. A fita isolante também é uma
excelente maneira de abordar os isolantes elétricos. Para finalizar essa apresentação inicial, o docente
pode perguntar para a turma se algum estudante sabe para que serve o isolamento elétrico, o “fio
terra” que utilizamos em muitas instalações elétricas. Se possível, um vídeo de apoio a respeito está
disponível no QR code da Imagem 2, bem como nas referências ao final desse planejamento. É
necessário que o professor faça a narração, explicando o que está sendo apresentado no vídeo e é
muito importante ressaltar como o isolamento elétrico, feito nesse vídeo pelo toque do dedo da
pessoa, torna as cargas elétricas neutras antes de fazer nova demonstração.

Imagem 2: QR code da videoaula eletrização por atrito, contato e indução.

Fonte: VASCONCELOS [s. d.].

Para uma demonstração efetiva do funcionamento de um circuito elétrico, recomenda-se ao docente


que prepare anteriormente um circuito simples, caso não disponha disso já pronto na própria escola.
Após funcionar o circuito, pode ser desmontado para remontagem em sala, com os estudantes.

→ Experimento: montagem do circuito elétrico simples em sala.

Materiais:
− 1 lâmpada de lanterna (1,5 ou 3 V);
− 2 fios de cobre, desencapados nos terminais
− 1 pilha AA (ou outra qualquer, de 1,5V)

Primeiramente, o professor deve conceituar com os estudantes o que estarão usando para formar esse
circuito:

• Qual a fonte de energia?


• Qual o elemento condutor dessa energia?
• Qual é o elemento receptor dessa energia?
• Qual transformação de energia ocorrerá nesse circuito?

Respondidos esses questionamentos, a montagem do circuito deve ser iniciada. Para que os
estudantes acompanhem a proposta, sugere-se fazer no quadro um esquema, como na Imagem 3,
demonstrando que a lâmpada incandescente recebe uma carga elétrica no polo negativo, os elétrons
recebidos atravessam a lâmpada, batendo num metal que produzirá energia luminosa e depois
seguindo para o pólo positivo da lâmpada.

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Imagem 3: esquema elétrico demonstrando as cargas numa lâmpada, à esquerda, e o modo adequado
de fixar os dois fios de cobre para montagem do circuito elétrico, à direita

Fonte: Produzido pelos autores, (2023).

Ao apresentar para o estudante essas informações, já é interessante abordar que o circuito é


exatamente um modo de ordenar o movimento dos elétrons da fonte de energia em um único sentido.
É como se estivessem construindo uma “estrada elétrica” para os elétrons seguirem até o receptor
elétrico (resistência elétrica que chamamos aqui de lâmpada) que transformará aquela energia. Além
disso, é importante o professor explicar o funcionamento da bateria (pilha) para que fique claro o fluxo
dos elétrons no circuito.

Para construir o circuito, o docente deve mostrar aos estudantes que a bateria tem pólos negativos e
positivos, assim como a lâmpada. O que precisa ser feito é garantir que os fios condutores do pólo
positivo da bateria se liguem ao pólo positivo da lâmpada, criando um caminho contínuo para os
elétrons. Cabe aqui fazer alterações nesse circuito, ligações erradas propositalmente para atrair a
atenção do estudante.

Aula 3 - Construção de um protoboard


Na última aula foi construído um circuito simples. Agora é o momento do estudante criar o próprio
material para compreender os demais modelos de circuitos elétricos e suas representações. Apesar das
dificuldades impostas para fazer atividades práticas em muitas turmas, essa atividade oferece uma
oportunidade de experimentação muito interessante, além de um material que pode ser mantido na
escola para propostas futuras. Além disso, o modelo exige atenção para a construção e trabalho em
equipe e o funcionamento exige seguir minuciosamente os passos listados, sendo oportuno para o
discente alcançar competências de interação social. A recomendação é organizar a turma em grupos
de até 5 participantes.

→ Experimento: montagem do circuito elétrico em série e paralelo em sala.

Materiais necessários para cada grupo montar o protoboard:


− uma folha de EVA (60 cm × 40 cm);
− cola para EVA
− uma chave de fenda;
− uma régua
− doze fios de cobre encapados com 6 cm
− dezesseis parafusos de ponta flangeada.

Apresente aos grupos os seguintes passos para sua construção:


a) Recorte quatro retângulos de EVA de 20 cm por 10 cm.
b) Cole dois retângulos um sobre o outro, ficando com duas placas mais grossas.

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c) Em uma das placas, marque dezesseis pontos distribuídos uniformemente, sendo quatro
fileiras com quatro pontos cada uma. Com uma caneta faça um traço em cada fileira unindo os
quatro pontos. Em seguida, faça um furo com a chave de fenda nessas marcações (Imagem 4).
d) Coloque um parafuso de ponta flangeada em cada orifício feito.
e) Com os fios de cobre encapados, ligue os 4 parafusos enfileirados formando quatro linhas
contínuas (os parafusos precisam ficar em contato direto com o cobre dos fios, ou seja, os fios
devem ser desencapados nas regiões dos parafusos). Certifique-se de que os fios estejam
esticados e que não haja sobra.
f) Por fim, cole a segunda placa retangular de EVA sob a primeira, de modo que as pontas
flangeadas dos parafusos fiquem voltadas para cima.

Imagem 4: esquema do protoboard pronto

Fonte: GEWANDSZNAJDER, F. ( 2018).

Feito um protoboard para cada grupo, distribua o restante do material para que seja feito o teste antes
do final da primeira aula:
• quatro LEDs (verdes);
• doze cabos com garra tipo jacaré (cabos GJ) para fazer as conexões entre os componentes
eletrônicos;
• Uma bateria de 9 V e resistores variados (1 de 330 Ω ou com valor levemente superior e o
restante entre 300 Ω e 5000 Ω).

Após essa organização, monte o primeiro circuito elétrico utilizando apenas um LED, conectando uma
extremidade do resistor de 330 ohms no polo positivo (+) da bateria e a outra extremidade do resistor
no parafuso 1D (Linha 1, Coluna D) e conecte o pólo negativo da bateria (-) no parafuso 3D. Depois,
conecte, utilizando os cabos GJ, as extremidades de um dos LEDs aos parafusos 1C e 3C. Peça aos
estudantes para repetirem o mesmo procedimento. Observação: os LEDs permitem a passagem de
corrente elétrica apenas em um sentido, por isso, oriente os estudantes para a maneira como o LED
deve ser ligado: a “perna” mais longa deve ser ligada no lado do polo positivo da bateria (no circuito
acima, a “perna” mais longa deve ser conectada no parafuso 1C). A ligação final ficará como
representado na imagem:

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Imagem 5: representação esquemática da ligação de teste da protoboard.

Fonte: adaptado de GEWANDSZNAJDER, F. (2018).

Provavelmente, o teste ocorrerá ao final dessa 3ª aula, mas, não havendo tempo suficiente, a sugestão
é retomar a 4ª aula com o teste e dar segmento a partir daí.

Aula 4 - Utilização do protoboard para compreensão dos tipos de circuitos elétricos e as


variações de resistores

Com o protoboard de todos os grupos testados e funcionando, relembre os conceitos de ligação em


série e paralelo, desenhando no quadro esquemas representativos. Ressalta que na ligação em série a
corrente elétrica é a mesma em todos os locais do circuito, ela percorre apenas um caminho e os
componentes são ligados em sequência. Nessa associação, quando um dispositivo interrompe a
corrente elétrica, o circuito fica aberto e não existe mais corrente. É interessante lembrar dos pisca-
piscas antigos, que tinham o funcionamento em série e apenas uma lâmpada queimada podia
interromper o funcionamento de todas as demais. Já na ligação em paralelo, os dispositivos são ligados
de forma que em um ponto do circuito estão ligados dois ou mais componentes eletrônicos, fazendo
com que a corrente elétrica seja dividida proporcionalmente entre os dispositivos. Nos pisca-piscas
mais modernos, as ligações geralmente ocorrem em paralelo.

Agora, peça para que os estudantes conectem dois LEDs (LED-1 e LED-2) em série. No protoboard, o
LED-1 pode ser ligado nos parafusos 1C e 2C e o LED-2 pode ser ligado nos parafusos 2B e 3B. Logo
em seguida, ligue os dois LEDs (LED-1 e LED-2) em paralelo, ou seja, você pode conectar o LED-1 nos
parafusos 1A e 3A e o LED-2 nos parafusos 1B e 3B.

Discuta com eles o caminho que a corrente elétrica faz nos dois circuitos. No circuito em série, a
corrente sai do polo positivo da bateria, passa pelo resistor, entra pela linha 1 do circuito, passa pelo
LED-1, entra na linha 2 do circuito, passa pelo LED-2, entra na linha 3 e chega ao polo negativo da
bateria.

No circuito em paralelo, a corrente sai do polo positivo da bateria, passa pelo resistor, entra na linha 1
do circuito, divide-se entre os LEDs 1 e 2, sai dos dois LEDs e entra na linha 3 do circuito e chega ao
polo negativo da bateria. É importante ressaltar aqui que, quando dizemos que a corrente elétrica sai
do pólo positivo e retorna ao polo negativo, estamos adotando o sentido convencional da corrente
elétrica. No sentido real, a corrente percorre o circuito de forma inversa – saindo do polo negativo e
chegando ao polo positivo.

Agora peça para que os estudantes criem seus diagramas de circuitos em série e paralelo feitos com
dois LEDs explicitando no caderno o caminho da corrente elétrica.

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Após registrarem os diagramas, peça para que os grupos adicionem um segundo resistor no início do
circuito em série. O resistor pode ser ligado entre os parafusos 1C e 2C. Em seguida, peça para
conectarem o LED-1 nos parafusos 2B e 3B. Solicite para que descrevam o que acontece com a
intensidade da luminosidade do LED quando o resistor é adicionado. Em seguida, peça para trocarem
os resistores pelos outros para observarem as variações de luminosidade do LED. Nesse instante,
explique o conceito de resistor e como ele afeta a luminosidade do LED, dizendo que quanto maior a
resistência, menor a luminosidade do LED, pois o resistor diminui a intensidade da corrente elétrica
que chega ao LED, transformando parte da energia fornecida pela bateria em calor. Lembre os
estudantes de que é esse o fenômeno que ocorre no chuveiro elétrico, em que a resistência transforma
a energia elétrica em calor, que é transferido para a água, esquentando-a.

Por fim, adicione o interruptor no início do circuito no lugar onde foi posicionado o segundo resistor no
procedimento anterior, e explique que o interruptor abre e fecha os circuitos elétricos, pois interrompe
a passagem de corrente, quando aberto, e permite a passagem de corrente elétrica, quando fechado.

RECURSOS:
Quadro branco, pincéis coloridos, computador com acesso à internet, data show (se possível), material
impresso para os estudantes (se não houver condições de uso do data show), materiais listados nos
experimentos (quantidades dependerão do tamanho da turma e número de grupos de estudantes).
Para a construção do circuito elétrico simples, é necessária uma lâmpada de lanterna, uma pilha de
1,5V, dois fios com as extremidades desencapadas e uma fita isolante pode auxiliar na montagem do
circuito, para fixação dos fios na lâmpada e na pilha.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Com a possibilidade de avaliação do trabalho em grupo, o docente pode propor um processo avaliativo
que considere o desenvolvimento de competências socioemocionais, observando os estudantes quanto
à manifestação de ações de escuta ativa, comunicação clara e cooperação com os colegas. Desse
modo, a avaliação pode ser focada apenas no desenvolvimento do protótipo (protoboard) ou o docente
inclui outros meios de avaliação discursiva aproveitando o que foi desenvolvido em sala de aula.

ATIVIDADES
1 – A respeito da eletrização, qual das alternativas é falsa?

a) Ao atritar dois objetos eletricamente neutros, ambos ficam carregados positivamente.


b) Um corpo carregado eletricamente pode atrair ou ser atraído por um corpo neutro.
c) Dois objetos com cargas positivas se repelem.
d) Dois objetos com cargas negativas se repelem.
e) Em objetos sólidos, a carga negativa é a principal responsável pela corrente elétrica.

2 – Em um circuito elétrico, adiciona-se uma quantidade de resistores ligados em série, o que


acontece com a intensidade da luminosidade de uma lâmpada ligada a esse circuito?

3 – Assinale o dispositivo elétrico capaz de transformar parte da energia elétrica a ele fornecida em
outras formas de energia que não sejam exclusivamente a energia térmica.

a) Resistor.
b) Voltímetro.
c) Amperímetro.
d) Gerador.
e) Receptor.

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REFERÊNCIAS
ALVES, N. Eletrostática – O que é? Princípios, Conceitos, Fórmulas e Exemplos. Gestão Educacional, [s.
l.], [2023]. Disponível em: <https://www.gestaoeducacional.com.br/eletrostatica-o-que-e/> Acesso
em: 15 fev. 2023.

GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais / Fernando
Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.

LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais / LOPES, Sônia;
AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para aprendizagens.
8º ano EF Anos Finais. v.3. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso em: 03 fev.
2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de
Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em:05 fev. 2023.

VASCONCELOS, S. L. et al. Eletrização por atrito, por contato e por indução: vídeo, [s. l.], [s.
d.]. Laboratório de Demonstrações Ernst Wolfgang Hamburger. E-aulas. USP. Disponível em:
<https://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=21035> Acesso em 03 fev. 2023.

Imagem 2: ilustração de formas de eletrização.Fonte: ALVES, N. (2023).


Imagem 3: esquema elétrico Fonte: autores (2023)
Imagem 4: esquema do protoboard pronto Fonte: GEWANDSZNAJDER, F. ( 2018)
Imagem 5: representação esquemática da ligação de teste da protoboard. Fonte: adaptado de
GEWANDSZNAJDER, F. (2018).

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UNIDADE TEMÁTICA

Matéria e energia.

OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:

Cálculo do consumo de (EF08CI45MG) Compreender as instalações elétricas de nossas casas


energia elétrica; como um grande circuito, identificando os principais dispositivos
elétricos utilizados reconhecendo a importância da segurança no uso
Uso consciente de energia
da energia elétrica e o risco de choque elétrico.
elétrica
(EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro,
ferro, lâmpadas, TV, rádio, geladeira, etc.) de acordo com o tipo de
transformação de energia (da energia elétrica para a térmica,
luminosa, sonora e mecânica, por exemplo).
(EF08CI04) Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados
de potência (descritos no próprio equipamento) e tempo médio de uso
para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico
mensal.

PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Consumo de eletricidade e eficiência energética
DURAÇÃO: 3 aulas
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Nesta sequência didática, o objetivo é entender o consumo de energia elétrica residencial e propor
maneiras para reduzi-lo. Para isso, serão trabalhados os conceitos de potência, de eficiência energética
e as informações que compõem uma conta de energia. Isso será feito por meio do cálculo do consumo
médio de energia elétrica a partir da potência e da estimativa de tempo de uso dos aparelhos
eletrodomésticos; da identificação e interpretação de informações contidas na conta de energia; de
cálculos para comparar o impacto de aparelhos com eficiência energética distinta no consumo e gasto
com energia elétrica.

A abordagem com cálculos baseados em consumo real permite aos estudantes entenderem conceitos
físicos que explicam o consumo de energia elétrica de diferentes aparelhos eletrodomésticos e como
isso impacta no consumo de energia elétrica em sua residência. Isso oferece uma aproximação dos
conceitos científicos, permitindo que eles compreendam a ciência como uma ferramenta para entender
e explicar a realidade, e não como algo distante do cotidiano.

B) DESENVOLVIMENTO:
Aula 1 - medidas de eletricidade
Para que o docente possa preparar essa aula, alguns conceitos e fórmulas precisam ser bem
compreendidos. Todo o sistema elétrico em nossas casas tem uma função principal que é permitir a
passagem da corrente elétrica até os eletrodomésticos e equipamentos que dependem dela para
funcionar. Mas, afinal, o que é a corrente elétrica? Temos que pensar nela como o fluxo ordenado de
elétrons, ou seja, de partículas carregadas eletricamente entre dois pontos. Para esse fluxo acontecer,
é necessário que exista maior concentração de partículas em um ponto do que no outro, ou seja, que
haja diferença de potencial elétrico (DDP). A DDP é uma grandeza física representada
internacionalmente pela sigla V (Volts), medida pelo aparelho chamado voltímetro e pode ser
chamada, também, de tensão elétrica.

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O sistema elétrico terá cabos de energia com seu interior feito em liga metálica de cobre (ou outro
condutor), permitindo o fluxo de elétrons livres (imagem 5) entre pontos diferentes. Cargas positivas
se movimentam em direção aos potenciais elétricos mais baixos, enquanto as cargas negativas tendem
a se deslocar em direção aos potenciais elétricos mais altos.

Imagem 5: fluxo de elétrons livres no material condutor de energia elétrica.

Fonte: BRASIL ESCOLA, [s. d.].

A DDP é representada pela letra U quando a calculamos matematicamente. Para obter o valor da DDP
(ou tensão elétrica), temos que conhecer a Resistência do material (R) condutor, que é definida como
a capacidade que um corpo tem de se opor à passagem da corrente elétrica. A unidade de medida da
resistência no SI é o Ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão George Simon Ohm, e representa a
razão volt/Ampére. Para o cálculo da DDP, multiplicamos, então, a Resistência do material (R) pela
corrente elétrica que passa por ele (i), utilizando-se a fórmula: U = R . i

Ao se preparar com essas informações anteriores, inicie a aula perguntando para os estudantes: “Que
equipamentos vocês acreditam que sejam responsáveis pelo maior consumo de energia elétrica em
suas casas?”. Faça uma lista no quadro com os equipamentos mencionados pelos estudantes. “Que
informação sobre o equipamento podemos utilizar para saber a quantidade de energia que ele
consome?” A partir dos levantamentos dos estudantes, direcione a discussão de modo a introduzir o
conceito de potência, explicando que ela fornece informações sobre o gasto energético dos
equipamentos elétricos/eletrônicos.

Esclareça que a potência é uma grandeza que indica a quantidade de energia elétrica transformada por
unidade de tempo. Nesse momento, mostre a eles duas ou mais embalagens de lâmpadas com
potências diferentes. Caso não seja possível, disponibilize imagens e identifique, com a turma, os
dados de potências. Pergunte a eles o que é o “W” que costuma acompanhar o valor da potência.
Explique que “W” significa "watt", que é a unidade de medida em que a potência costuma ser
expressa. Uma lâmpada de 60 W, por exemplo, transforma 60 J (joules) de energia elétrica em cada
segundo.

Explique a eles que a partir dos dados de potência e do tempo de uso, é possível calcular o consumo
energético de um aparelho elétrico. Para isso, devemos considerar a expressão: E= P.t

onde temos que:


• E: Energia, que no Sistema Internacional de Unidades (SI) é expressa em J (joule), mas que
também pode ser expressa em Wh (watt-hora).
• P: Potência, que no SI é expressa em W (watt).
• ∆t: intervalo de tempo, que no SI é expresso em s (segundo), mas que também pode ser
expresso em h (hora).

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Organize a sala em grupos de 4 ou 5 integrantes, forneça a tabela 1 com a potência média de
aparelhos residenciais e solicite a cada grupo que consulte a lista e selecione aparelhos que têm em
suas residências. Para que a atividade não se prolongue demais, peça que limitem suas escolhas a, no
máximo, 05 aparelhos. Esclareça que eles devem montar uma tabela com os aparelhos selecionados,
como o modelo a seguir. Eles devem utilizar a tabela para verificar a potência média de cada aparelho
e estimar o tempo de uso de cada um deles. Em seguida, devem calcular o consumo médio mensal dos
aparelhos escolhidos. Na tabela 1 (modelo), duas linhas estão preenchidas para que os estudantes
possam usar como referência. O tempo de uso de alguns aparelhos também está estimado; incentive-
os a fazer suas próprias estimativas, baseadas no consumo de suas residências.

Tabela 1: modelo para realização de atividade de consumo de energia por eletrodomésticos.

Fonte: Fonte: GEWANDSZNAJDER, F., 2018

Esclareça que a unidade usada na tabela para expressar energia é Wh (watt-hora), portanto eles
devem ter essas unidades como referência para a atividade, e não as utilizadas no Sistema
Internacional de Unidades.

Aula 2 - Eficiência energética


Poucas pessoas sabem como tem sido ofertado, para o consumidor, o apelo atual para a utilização de
eletrodomésticos cada vez mais eficientes em termos de consumo de energia. Aqui, você, como
docente, tem a oportunidade de trabalhar a temática e ainda criar um senso de conscientização que
pode ser aplicado ao cotidiano dos estudantes.

Em nosso país, foi criado o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para fornecer as informações sobre a
eficiência energética dos equipamentos que utilizamos (Imagem 1 demonstra a etiqueta). Ao comprar
um equipamento, poderemos escolher o mais eficiente. Essa etiqueta também estimula a fabricação de
produtos cada vez mais eficientes, por isso é fundamental apresentar essa informação ao falarmos de
consumo de energia.
Imagem 7: etiqueta de eficiência energética
fornecida pelo Inmetro, o selo PROCEL.

Fonte: EPE (2023).

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Ao comprar um equipamento, o consumidor tem a opção de avaliar a classificação de consumo de energia
a partir da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) do INMETRO

Imagem 8: Exemplo de ENCE

Fonte: International Energy Iniciative (IEI, 2023).

Cabe ressaltar, nesse momento da aula, o aumento da demanda atual por eletricidade e a necessidade de
desenvolver produtos que tenham maior eficiência em função disso. O docente pode aproveitar para
apresentar notícias de sua região a respeito de baixos níveis de reservatórios, apagões, aumento do custo
da energia para os consumidores. O discente pode compreender que o seu consumo individual está
relacionado a uma cadeia de produção e consumo a nível regional, pelo menos.

Para um momento de prática, sugere-se trabalhar a eficiência energética de diferentes tipos de


equipamentos usados nas residências brasileiras. O professor pode aproveitar para explicar como são as
transformações de energia que ocorrem em cada uma delas, o que facilitará o aluno a compreensão
sobre a potência (W).

Tabela 1: consumo energético de diferentes tipos de lâmpadas.

Fonte: GEWANDSZNAJDER, F. (2018).

A potência é medida em watt (W), e consiste na relação do consumo de energia (medido em Joule) pelo
tempo de uso (medido em segundos): P= energia/tempo

A partir da potência dos equipamentos e do tempo de utilização, os estudantes deverão calcular o gasto
de energia mensal de cada um, conforme a tabela 2.
Os estudantes devem preencher as colunas de utilização diária e de consumo mensal. Sugere-se a
formação de duplas para essa atividade.

Tabela 2: modelo de tabela a ser aplicado como atividade em sala.

Fonte: GEWANDSZNAJDER, F. (2018).

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Após o preenchimento da tabela, promova um debate acerca da contribuição que cada aparelho
eletrônico tem no gasto de energia mensal. A partir disso, os estudantes deverão pensar e propor
medidas que reduzam esse gasto, como diminuir o tempo do banho, desligar as lâmpadas de ambientes
onde não estão sendo utilizadas, trocar lâmpadas incandescentes por LED, desligar os aparelhos
eletrônicos da tomada antes de dormir, etc.

Aula 3 - Análise das contas de energia elétrica

Para essa aula, o professor deve pedir aos estudantes que levem contas de energia de suas casas para
realização da atividade. Algumas contas de energia podem ser providenciadas pelo professor, para o caso
do aluno que não tiver levado.

Roteiro de análise da conta de de energia elétrica:

Observem a conta de luz e identifiquem o que se pede.


1) O consumo mensal de energia elétrica.
2) A unidade de medida em que o consumo de energia é indicado.
3) O valor cobrado em reais pela quantidade de energia consumida.
4) Outros valores que são cobrados.
5) O consumo do mês anterior.
6) O mês de maior consumo de energia.

Durante a atividade, circule pela classe atuando como mediador, fornecendo explicações que possibilitem
aos estudantes encontrarem o caminho para a solução de suas dúvidas.

Para a verificação da análise da conta de luz, confira com os estudantes as respostas fornecidas e se eles
apresentam alguma dúvida em relação às atividades pedidas. Retome com a turma em que campos da
conta foi possível encontrar cada informação solicitada. Comente que boa parte do valor da conta de
energia é proveniente de impostos, cuja finalidade é garantir os investimentos em infraestrutura na área
energética. Esses impostos variam de acordo com o estado do país. Outra parte se deve a valores pagos
pela distribuição e transmissão de energia. Identifique junto com a turma o campo referente a esses
valores.

Em seguida, escolha uma das contas de luz como referência e calcule o valor cobrado em reais para 1
kWh, por meio do cálculo a seguir:

Ressalta que o valor da conta de energia inclui o valor do consumo da tarifa de energia com os impostos
e discuta a respeito dos períodos de encarecimento da conta de energia relacionados ao período com
menos chuvas, portanto, menos volume hídrico para a produção de energia.

RECURSOS:
Quadro branco, pincéis coloridos, computador com acesso à internet, data show (se possível), material
impresso para os estudantes (se não houver condições de uso do data show), contas de energia elétrica,
folha de papel A4 para realização das atividades.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Como foram realizadas várias atividades dos estudantes em sala, é possível avaliar a participação deles de
forma qualitativa e a entrega ou realização de cada atividade proposta de forma quantitativa. Lembre-se
de informar aos estudantes o que está sendo avaliado e como está sendo avaliado, para que os
resultados reflitam, também, a participação deles nesse processo.

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ATIVIDADES
1 – A tabela a seguir mostra os principais eletrodomésticos e suas quantidades em uma residência com
quatro pessoas, a potência elétrica de cada equipamento e o tempo mensal de funcionamento em
horas. Supondo que a companhia de energia elétrica cobre R $0,50 por cada KWh consumido,
determine o custo mensal da energia elétrica para essa residência.

a) R $215,00.
b) R $178,25.
c) R $355,00.
d) R $329,30.
e) R $274,40.

2 – Em uma época de intenso calor, um aparelho de ar-condicionado com potência de 1500 W ficou
ligado por mais tempo, chegando à marca mensal de consumo igual a 7500 W.h. Determine por
quanto tempo esse aparelho ficou ligado por dia.

a) 2 h.
b) 4 h.
c) 5 h.
d) 6 h.
e) 7,5 h.

3 – O chuveiro elétrico é considerado um vilão no consumo de energia, pois tem alto consumo.
Considerando o que você aprendeu até aqui a respeito de fontes sustentáveis de energia, proponha
um meio viável de realizar a economia de energia durante o banho através de uma fonte sustentável
de energia que não seja a energia hidrelétrica.

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REFERÊNCIAS
BRASIL ESCOLA, [s. l.], [s. d.], Disponível
em:<https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2018/12/corrente-eletrica-no-fio.jpg> Acesso em 12
fev. 2023.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. ABCD Energia, [s. l.], [2023]. Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/abcdenergia/ Acesso em: 12 fev. 2023.

IEI. O que é a etiqueta nacional de conservação de energia (ENCE)? [s. l.], [s. d.]. Disponível
em:<https://iei-brasil.org/2019/05/30/o-que-e-a-etiqueta-nacional-de-conservacao-de-energia-ence/>
Acesso em 10 fev. 2023.

GEWANDSZNAJDER, Fernando - Teláris ciências, 8º ano : ensino fundamental, anos finais / Fernando
Gewandsznajder, Helena Pacca. -- 3. ed.- São Paulo : Ática, 2018.

LOPES, Sônia - INOVAR Ciências da Natureza, 8º ano: ensino fundamental, anos finais / LOPES, Sônia;
AUDINO, Jorge. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação
infantil, o ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de
Minas Gerais, [s. l.], 2022. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/curriculos_estados/documento_curricula
r_mg.pdf. Acesso em: 05 fev. 2023.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Material de apoio pedagógico para aprendizagens.
8º ano EF Anos Finais. v.3. Belo Horizonte: SEE, 2022. Disponível em:
<https://estudeemcasa.educacao.mg.gov.br/cadernos-mapa/ef-anos-finais-2022> . Acesso em: 03 fev.
2023.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais.
Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, [s. l.], 2022.
Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg.
Acesso em: 05 fev. 2023.

Imagem 6: fluxo de elétrons livres no material condutor de energia elétrica. Fonte: BRASIL
ESCOLA, [s. d.].

Imagem 7: etiqueta de eficiência energética fornecida pelo Inmetro, o selo PROCEL.Fonte:


International Energy Initiative (IEI, 2023).

Imagem 8: Exemplo de ENCE Fonte: International Energy Iniciative (IEI, 2023).

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